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Curso Técnico em Eletromecânica

Manutenção Elétrica e Automação


Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria

José Manuel de Aguiar Martins


Diretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Fátima Torres


Diretora de Operações do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Sérgio Roberto Arruda


Diretor Regional do SENAI/SC

Antônio José Carradore


Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Confederação Nacional das Indústrias
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Técnico em Eletromecânica

Manutenção Elétrica e Automação

Frederico Samuel de Oliveira Vaz

Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.

Equipe técnica que participou da elaboração desta obra

Coordenação de Educação a Distância Design Educacional, Ilustração,


Beth Schirmer Projeto Gráfico Editorial, Diagramação
Equipe de Recursos Didáticos
Revisão Ortográfica e Normatização SENAI/SC em Florianópolis
FabriCO
Autor
Coordenação Projetos EaD Frederico Samuel de Oliveira Vaz
Maristela de Lourdes Alves

Ficha catalográfica elaborada por Kátia Regina Bento dos Santos - CRB 14/693 - Biblioteca do SENAI/SC
Florianópolis.

V393m
Vaz, Frederico Samuel de Oliveira
Manutenção elétrica e automação / Frederico Samuel de Oliveira Vaz. –
Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
80 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Manutenção - Normas. 2. Ferramentas e equipamentos. 3.


Manutenção industrial. 4. Automação – Componentes elétricos. I. SENAI.
Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título.

CDU 62-7

SENAI/SC — Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 – Itacorubi – Florianópolis/SC
CEP: 88034-001
Fone: (48) 0800 48 12 12
www.sc.senai.br
Prefácio
Você faz parte da maior instituição de educação profissional do estado.
Uma rede de Educação e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-
das e estrategicamente instaladas em todas as regiões de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais é realidade. A proximidade com as


necessidades da indústria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas
teóricas, e realmente práticas, são a essência de um modelo de Educação
por Competências que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-
senvolver habilidade e garantir seu espaço no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os métodos de


ensino-aprendizagem da instituição, o Programa Educação em Movi-
mento promove a discussão, a revisão e o aprimoramento dos processos
de educação do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-
sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional,
oferecer recursos didáticos de excelência e consolidar o modelo de Edu-
cação por Competências, em todos os seus cursos.

É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.

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do Conhecimento.
Sumário
Conteúdo Formativo 9 36 Unidade de estudo 4 Finalizando 77
Componentes Elétri-
Apresentação 11 cos de um Sistema de Referências 79
Automação

12 Unidade de estudo 1
37 Seção 1 - Elementos de
Normas Aplicáveis à
entrada de sinais
Manutenção
40 Seção 2 - Elementos de pro-
cessamento de sinais
13 Seção 1 - NR 6 – Equipamen- 41 Seção 3 - Elementos de saída
to de Proteção Individual – de sinais
EPI (206.000-0/I0)
13 Seção 2 - NR 10 – Segurança
em instalações e serviços em 44 Unidade de estudo 5
eletricidade
Manutenção de
22 Seção 3 - NR 17 – Ergonomia Equipamentos e
22 Seção 4 - NR 33 – Segurança Dispositivos
e saúde nos trabalhos em Industriais e Prediais
espaços confinados

45 Seção 1 - Manutenção em
24 Unidade de estudo 2 fusíveis
Custos de 47 Seção 2 - Manutenção em
Manutenção contatores
52 Seção 3 - Manutenção em
relés de sobrecarga e de
25 Seção 1 - Custo e manuten- tempo
ção

58 Unidade de estudo 6
28 Unidade de estudo 3 Manutenção de
Ferramentas Manuais Transformadores e
e Equipamentos utili- Motores Elétricos
zados na Manutenção

59 Seção 1 - Instalação e manu-


29 Seção 1 - Ferramentas ma- tenção de transformadores
nuais 66 Seção 2 - Manutenção de
31 Seção 2 - Ferramentas elé- motores elétricos
tricas
31 Seção 3 - Instrumentos de
medição
32 Seção 4 - Instrumentos
digitais
8 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação

Carga horária: 60 horas

Competências

Interpretar projetos elétricos e de automação para a montagem e a manutenção


de máquinas e equipamentos.

Planejar, executar e controlar montagem e manutenção de máquinas e equipa-


mentos elétricos e de automação para garantir o funcionamento do processo.

Conhecimentos

▪▪ Leitura e interpretação de manuais de equipamentos e catálogos;


▪▪ Normas aplicáveis na manutenção elétrica;
▪▪ Custos de manutenção elétrica (equipamentos, insumos, mão de obra);
▪▪ Manutenção de equipamentos e dispositivos de automação (equipamentos de
automação industrial, predial e gerenciamento de energia elétrica);
▪▪ Normas técnicas de ensaios elétricos;
▪▪ Manutenção de máquinas e dispositivos SEP (transformadores, geradores e
linhas de transmissão);
▪▪ Manutenção de componentes elétricos;
▪▪ Instrumentos de medição;
▪▪ Técnicas de manutenção elétrica;
▪▪ Sistemas de automação.

Habilidades

▪▪ Interpretar e aplicar normas técnicas, regulamentadoras e de preservação am-


biental;
▪▪ Interpretar catálogos, manuais e tabelas técnicas;
▪▪ Identificar os dispositivos de sistemas elétricos e automação;
▪▪ Identificar e relacionar materiais, dispositivos e máquinas inerentes ao projeto;
▪▪ Aplicar softwares específicos;
▪▪ Selecionar e aplicar instrumentos de medição e ferramentas necessárias ao
processo;
▪▪ Identificar e prospectar melhorias nas instalações de sistemas elétricos e de
automação industrial;

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 9


▪▪ Elaborar e acompanhar cronograma de etapas para execução do projeto elétri-
co;
▪▪ Diagnosticar problemas relacionados ao funcionamento de sistemas elétricos e
de automação;
▪▪ Executar desmontagem e/ou montagem e testes nos sistemas elétricos e de
automação;
▪▪ Avaliar a relação custo/benefício das atividades da manutenção;
▪▪ Emitir ordem de serviço;
▪▪ Coletar dados específicos para avaliação e planejamento da manutenção de
sistemas elétricos, mecânicos e de automação;
▪▪ Utilizar ferramentas de controle e planejamento da manutenção.

Atitudes

▪▪ Zelo no manuseio dos equipamentos e instrumentos de medição;


▪▪ Uso racional de insumos e tratamentos de resíduos;
▪▪ Adoção de normas de segurança do trabalho;
▪▪ Pró-atividade;
▪▪ Organização e conservação do laboratório e equipamentos.

10 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Apresentação
Neste material serão apresentadas definições, ferramentas e conceitos Professor Frederico
que nortearão o seu trabalho enquanto técnico em eletromecânica nas Samuel de Oliveira Vaz
atividades de manutenção e automação, tanto do ponto de vista técnico-
operacional como do planejamento. Graduado em Engenharia Elé-
trica pela Universidade Estadual
Será apresentada a fundamentação teórica sobre os principais compo- de Santa Catarina (UDESC) em
nentes elétricos de um sistema de automação, visando possibilitar a im- 2005 e pós-graduado em Proje-
plementação e sua manutenção, de forma que no final do curso você to e Análise de Máquinas Elétri-
esteja apto a atuar nos setores de manutenção, instalação e operação de cas Girantes pelo Centro Univer-
sistemas de automação. sitário de Jaraguá do Sul/UNERJ
A manutenção deve ser encarada como função estratégica na obtenção em 2009. Atuou na área de fa-
bricação de motores elétricos
dos resultados da organização e deve estar direcionada ao suporte do
na WEG Equipamentos Elétricos
gerenciamento e à solução de problemas apresentados na produção, lan- S.A. (2002-2009). Deste 2008 é
çando a empresa a patamares competitivos de qualidade e produtividade professor dos cursos técnicos e
(Kardec & Nascif, 2001). tecnológicos do SENAI – Jaraguá
Muitas são as descobertas que reservamos para você. Vamos! O que está do Sul.
esperando para começar?

Bons estudos!

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 11


Unidade de
estudo 1
Seções de estudo

Seção 1 - NR 6 – Equipamento de Proteção


Individual – EPI (206.000-0/I0)
Seção 2 - NR 10 – Segurança em instalações
e serviços em eletricidade
Seção 3 - NR 17 – Ergonomia
Seção 4 - NR 33 – Segurança e saúde nos
trabalhos em espaços confinados
Normas Aplicáveis à Manutenção

Diversas são as normas regula- brigadas de manter o SESMT, re- contra riscos de queda em traba-
mentadores, as NRs, aplicadas à comendar ao empregador o EPI lhos em altura;
manutenção. Neste livro serão adequado ao risco existente em
apresentadas as principais, de for- determinada atividade.
ma objetiva, simplificada e com A seguir será apresentada uma
Seção 2
foco na instalação e manutenção relação de alguns equipamentos NR 10 – Segurança em
elétrica, para análise detalhada de de proteção individual, associa- instalações e serviços
cada uma das normas citadas a se- dos as suas respectivas funções
guir. Recomenda-se uma consulta (BRASIL, 2001, p. 6):
em eletricidade
direta à norma em questão. As
normas apresentadas serão: ▪▪ A – EPI para proteção
da cabeça – A.1 capacete de Introdução
segurança para proteção contra Dispõe sobre as diretrizes bá-
Seção 1 choques elétricos e A.2 capuz de sicas para a implementação de
segurança para proteção do crâ- medidas de controle e siste-
NR 6 – Equipamento de nio em trabalhos onde haja risco mas preventivos, destinados a
Proteção Individual – de contato com partes giratórias garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que direta
EPI (206.000-0/I0) ou móveis de máquinas;
ou indiretamente interajam em
▪▪ B – EPI para proteção dos instalações elétricas e serviços
A Norma Regulamentadora – NR olhos e da face – B.1 óculos com eletricidade nas fases de
6 considera “Equipamento de
de segurança para proteção dos geração, transmissão, distribui-
Proteção Individual – EPI todo
olhos contra impacto de partícu- ção e consumo, incluindo as
dispositivo ou produto, de uso
las volantes; etapas de projeto, construção,
individual utilizado pelo traba-
montagem, operação, manu-
lhador, destinado à proteção de ▪▪ F – EPI para proteção dos tenção das instalações elétricas
riscos suscetíveis de ameaçar a membros superiores – F.1 luva e quaisquer trabalhos realizados
segurança e a saúde no trabalho de segurança para proteção das nas suas proximidades (BRASIL,
(BRASIL, 2001, p. 1).” mãos contra choques elétricos 2004, p. 1).
Entende-se como Equipamento
e F.3 manga de segurança para
Conjugado de Proteção Indivi-
dual todo aquele composto por
proteção do braço e do antebra-
vários dispositivos que o fabri- ço contra choques elétricos; Medidas de proteção
cante tenha associado contra ▪▪ G – EPI para proteção dos coletiva
um ou mais riscos que possam membros inferiores – G.1 cal- Em todos os serviços executados
ocorrer simultaneamente e que çado de segurança para proteção
sejam suscetíveis de ameaçar a
em instalações elétricas devem
dos pés contra choques elétricos; ser previstas e adotadas, priori-
segurança e a saúde no trabalho
(BRASIL, 2001, p. 1). ▪▪ I – EPI para proteção tariamente, medidas de proteção
contra quedas com diferença coletiva aplicáveis, mediante pro-
de nível – I.1 dispositivo trava- cedimentos às atividades a serem
É de competência do Serviço
queda de segurança para prote- desenvolvidas, de forma a garantir
Especializado em Engenharia de
ção do usuário contra cinturão de a segurança e a saúde dos traba-
Segurança e em Medicina do Tra-
segurança para proteção contra lhadores.
balho (SESMT) ou da Comissão
Interna de Prevenção de Aciden- quedas, I.2 – cinturão de segu-
tes (CIPA), nas empresas deso- rança para proteção do usuário

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 13


As medidas de proteção coletiva Medidas de proteção
Compatível com o nível de compreendem, prioritariamente,
a desenergização elétrica e, na sua
individual
potência a ser trabalhado:
respeitadas as recomenda- impossibilidade, o emprego de Nos trabalhos em instalações
ções do fabricante e as in- tensão de segurança e, na impos- elétricas, quando as medidas de
fluências externas, os equi- sibilidade de aplicação de tensão proteção coletiva forem tecnica-
pamentos, dispositivos e de segurança, devem ser utilizadas mente inviáveis ou insuficientes
ferramentas que possuam outras medidas de proteção cole- para controlar os riscos, devem
isolamento elétrico devem
tiva, tais como: isolação das partes ser adotados equipamentos de
estar adequados às tensões
envolvidas. vivas, obstáculos, barreiras, sinali- proteção individuais específicos
zação, sistema de secionamento e adequados às atividades desen-
automático de alimentação, blo- volvidas.
queio do religamento automático. As vestimentas de trabalho de-
vem ser adequadas às atividades,
devendo contemplar a condutibi-
Obs.: São considerados ten- lidade, inflamabilidade e influên-
são de segurança os níveis de cias eletromagnéticas.
tensão inferiores a 50 Vac e
120 Vcc. Em ambientes úmi- É vedado o uso de adornos pes-
dos este nível de tensão de- soais nos trabalhos com instala-
verá ser a metade deste po- ções elétricas ou em suas proxi-
tencial. midades.

Exemplo de aplicação de Segurança na constru-


tensão de segurança: ção, montagem, operação
e manutenção
▪▪ os 24 Vcc que são fornecidos
“Nos trabalhos e nas atividades
pela fonte interna de CLPs, os referidas devem ser adotadas
quais são aplicados em botoeiras medidas preventivas destinadas
e seus sensores de entrada. ao controle dos riscos adicio-
nais, especialmente quanto à
Exemplo de utilização de altura, confinamento, campos
proteção coletiva: elétricos e magnéticos, explo-
sividade, umidade, poeira, fau-
▪▪ isolação das partes vivas; na e flora e outras agravantes,
▪▪ obstáculos; adotando-se a sinalização de
segurança.” (BRASIL, 2004, p. 3)
▪▪ barreiras;
▪▪sistema de secionamento auto-
mático de alimentação; Nos locais de trabalho só podem
ser utilizados equipamentos, dis-
▪▪ sinalização; positivos e ferramentas elétricas
▪▪ bloqueio do religamento auto- compatíveis com a instalação elé-
mático (desenergização); trica existente, preservando-se as
▪▪ aterramento das instalações características de proteção como,
elétricas. por exemplo, a categoria do equi-
pamento de medição que deverá
ser compatível com o nível de
potência a ser trabalhado, con-
forme quadro 1 (mais adiante).

14 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Os ensaios e testes elétricos labo- a. troca de função ou mudança de b. retirada da zona controlada
ratoriais e de campo só podem ser empresa; de todos os trabalhadores não
realizados por trabalhadores que envolvidos no processo de re-
atendam às condições de quali- b. retorno de afastamento do tra- energização;
ficação, habilitação, capacitação balho ou inatividade, por perí-
e autorização estabelecidas nesta odo superior a três meses; c. remoção do aterramento tem-
NR, que são (BRASIL, 2004, p. porário, da equipotencialização
5): c. modificações significativas nas e das proteções adicionais;
Trabalhador qualificado é aque- instalações elétricas ou troca
le que comprovar conclusão de de métodos, processos e orga- d. remoção da sinalização de im-
curso específico na área elétrica nização do trabalho. pedimento de reenergização;
reconhecido pelo Sistema Oficial
e. destravamento, se houver, e
de Ensino.
Segurança em instala- religação dos dispositivos de
Profissional legalmente habili- secionamento.
ções elétricas desenergiza-
tado é o trabalhador previamen-
te qualificado e com registro no das A seguir é apresentado um proce-
competente conselho de classe. dimento para desenergização elé-
Somente serão consideradas dese-
trica, que deve ser utilizado como
Trabalhador capacitado é aque- nergizadas as instalações elétricas
referência. Observe atentamente.
le que atende às seguintes condi- liberadas para trabalho, mediante
ções, simultaneamente: os procedimentos apropriados,
obedecida a sequência abaixo
a. recebe capacitação sob orien- (BRASIL, 2004, p. 5):
tação e responsabilidade de
profissional habilitado e auto- a. secionamento;
rizado; e
b. impedimento de reenergiza-
b. trabalha sob a responsabilidade ção;
de profissional habilitado e au-
torizado. c. constatação da ausência de ten-
são;
A capacitação só terá validade
para a empresa que o capacitou e d. instalação de aterramento tem-
nas condições estabelecidas pelo porário com equipotencializa-
profissional habilitado e autoriza- ção dos condutores dos circui-
do responsável pela capacitação. tos;
São considerados autorizados os
trabalhadores qualificados ou ca- e. proteção dos elementos ener-
pacitados e os profissionais habi- gizados existentes na zona
litados, com anuência formal da controlada;
empresa.
Os trabalhadores autorizados a f. instalação da sinalização de im-
intervir em instalações elétricas pedimento de reenergização.
devem possuir treinamento espe- O estado de instalação desenergi-
cífico sobre os riscos decorrentes zada deve ser mantido até a auto-
do emprego da energia elétrica e rização para reenergização, deven-
as principais medidas de preven- do ser reenergizada respeitando
ção de acidentes em instalações a sequência de procedimentos a
elétricas, de acordo com o estabe- seguir:
lecido nesta NR.
Deve ser realizado um treinamen- a. retirada das ferramentas, uten-
to de reciclagem bienal e sempre sílios e equipamentos;
que ocorrer alguma das situações
a seguir:

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 15


Título: Procedimento de desenergização elétrica.
Elaborador: Nome do profissional habilitado.
Data: DD/MM/AAAA.
Revisão: 00

Descrição da Responsável / Modo de


Item Risco / Perigo Efeito Meio de Controle
Atividade Executante Detecção
Receber ordem
01 Encarregado. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
de serviço.
Separar material
Materiais com
e ferramentas Corte e
02 Eletricista. pontas e farpas Visual e tato. Luva de couro.
necessários para esmagamento.
ou pesados.
o serviço.
Instalar
03 sinalização de Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
serviço.
Isolar a área
de trabalho,
para criar
04 Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
distanciamento
da zona
controlada.
Luvas de couro e isolante
elétrico para tensão
apropriada; sapato com
Verificar qual
Choque Parada solado isolante elétrico;
o circuito a ser
05 Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e Visual. vestimenta antichama
desenergizado e
voltaico. queimaduras. de classe apropriada;
secioná-lo.
óculos de segurança com
abas laterais; capacete de
segurança.
Bloquear o
06 Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
circuito.
Equipamento de medidas
elétricas de categoria de
segurança apropriado;
luvas de couro e isolante
Visual, por
Verificar elétrico para tensão
Choque Parada meio de
ausência de apropriada; sapato com
07 Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e equipamento
tensão no solado isolante elétrico;
voltaico. queimaduras. de medidas
circuito. vestimenta antichama
elétricas.
de classe apropriada;
óculos de segurança com
abas laterais; capacete de
segurança.
Instalar
08 aterramento Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
temporário.
Luvas de couro e isolante
elétrico para tensão
Segregar apropriada; sapato com
os demais Choque Parada solado isolante elétrico;
09 circuitos que Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e Visual. vestimenta antichama
se encontrem voltaico. queimaduras. de classe apropriada;
energizados. óculos de segurança com
abas laterais; capacete de
segurança.

16 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Executar o
serviço de
Profissionais
instalação ou Verificar Verificar
necessários Verificar demais
manutenção demais demais Verificar demais
10 para a procedimentos
aplicando procedimentos procedimentos procedimentos pertinentes.
execução do pertinentes.
as melhores pertinentes. pertinentes.
serviço.
técnicas de
trabalho.

Retirar as
Verificar Verificar
ferramentas e os Verificar demais
demais demais Verificar demais
11 equipamentos Eletricista. procedimentos
procedimentos procedimentos procedimentos pertinentes.
da área de pertinentes.
pertinentes. pertinentes.
trabalho.

Permanecer
dentro da zona
Em caso de acidente
controlada
Falhas muitas pessoas
12 somente os Eletricista. Visual. Seguir o procedimento.
operacionais. podem serem
necessários para
atingidas.
a reenergização
do circuito.
Luvas de couro e isolante
elétrico para tensão
apropriada; sapato com
Remoção da Choque Parada solado isolante elétrico;
13 segregação dos Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e Visual. vestimenta antichama de
demais circuitos. voltaico queimaduras. classe apropriada; óculos
de segurança com abas
laterais, Capacete de
segurança.
Remoção do
14 aterramento Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
temporário.
Retirar o
bloqueio do
15 sistema de Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
secionamento do
circuito.

Luvas de couro e isolante


elétrico para tensão
apropriada; sapato com
Choque Parada solado isolante elétrico;
16 Religar o circuito. Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e Visual. vestimenta antichama
voltaico queimaduras. de classe apropriada;
óculos de segurança com
abas laterais; capacete de
segurança.

Equipamento de medidas
elétricas de categoria de
segurança apropriado;
luvas de couro e isolante
Visual, por
elétrico para tensão
Verificar tensão Choque Parada meio de
apropriada; sapato com
17 e funcionamento Eletricista. elétrico e arco cardiorrespiratória e equipamento
solado isolante elétrico;
do equipamento. voltaico. queimaduras. de medidas
vestimenta antichama
elétricas.
de classe apropriada;
óculos de segurança com
abas laterais; capacete de
segurança.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 17


Remoção do
18 isolamento da Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
zona controlada.
Remoção da
19 Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
sinalização.
Liberação do
20 Eletricista. Nenhum. Nenhum. Nenhum. Nenhum.
serviço.
Quadro 1 - Procedimento de Desenergização Elétrica

Proteção contra incêndio e explosão

As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser


dotadas de proteção contra incêndio e explosão. Os materiais, peças,
dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em insta-
lações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explo-
sivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do
Sistema Brasileiro de Certificação. (BRASIL, 2004, p. 6)

Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular ele-


tricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de
descarga elétrica.

Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acen-


tuado de incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de
proteção, como alarme e secionamento automático para prevenir so-
bretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou
outras condições anormais de operação (BRASIL, 2004, p. 6).

Sinalização de segurança
Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obe-
decendo ao disposto na NR-26 – sinalização de segurança, de forma a
atender, dentre outras, as situações a seguir (BRASIL, 2004, p. 6):

a. identificação de circuitos elétricos;

b. travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e co-


mandos;

c. restrições e impedimentos de acesso;

d. delimitações de áreas;

e. sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de


movimentação de cargas;

f. sinalização de impedimento de energização;

g. identificação de equipamento ou circuito impedido.

18 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Procedimentos de trabalho
Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens
de serviço específicas aprovadas por trabalhador autorizado, contendo,
no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de
trabalho a serem adotados.
Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, cam-
po de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, dispo-
sições gerais, medidas de controle e orientações finais (BRASIL, 2004,
p. 6).

Situação de emergência
As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com
eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa.
Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e
prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de
reanimação cardiorrespiratória.

Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e a operar


equipamentos de prevenção e combate a incêndios existentes nas ins-
talações elétricas. Observe a seguir e, atentamente, o significado de ter-
mos usuais de trabalhadores habilitados para os serviços de instalações
elétricas em situações de combate a incêndios (BRASIL, 2004, p. 8 e 9).

1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1.000 volts em corrente alter-


nada ou 1.500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e
terra.

2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de at-


mosfera explosiva.

3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável


e adequada intencional à terra, destinada a garantir a equipotencial
idade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação
elétrica.

4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféri-


cas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira
ou fibras, na qual após a ignição a combustão se propaga.

5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alterna-


da ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1.000 volts
em corrente alternada ou 1.500 volts em corrente contínua, entre
fases ou entre fase e terra.

6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes ener-


gizadas das instalações elétricas.

7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a inter-


rupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve
grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pesso-
as.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 19


8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema ou
meio, fixo ou móvel, de abrangência coletiva, destinado a preservar a
integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por


meio de invólucro ou barreira.

10. Extrabaixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em cor-


rente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou
entre fase e terra.

11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na defi-


nição e seleção de medidas de proteção para a segurança das pessoas
e o desempenho dos componentes da instalação.

12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas as-
sociadas e com características coordenadas entre si, necessárias ao
funcionamento de determinada parte de um sistema elétrico.

13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta


as condições de segurança ao trabalhador por meio de procedimen-
tos e equipamentos adequados desde o início até o final dos trabalhos
e liberação para uso.

14.Impedimento de Reenergização: condição que garante a não ener-


gização do circuito através de recursos e procedimentos apropriados,
sob controle dos trabalhadores envolvidos nos serviços.

15.Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir


qualquer contato com partes internas.

16.Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de


corrente elétrica, por interposição de materiais isolantes.

17.Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não im-


pede o contato direto por ação deliberada.

18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar


lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de
controle.

19.Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento sufi-


ciente para evitar os perigos da eletricidade.

20.Procedimento: sequência de operações a serem desenvolvidas para


a realização de determinado trabalho, com a inclusão dos meios ma-
teriais e humanos, medidas de segurança e circunstâncias que impos-
sibilitem sua realização.

20 CURSOS TÉCNICOS SENAI


21.Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória di-
nâmica de informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores.

22.Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões


ou danos à saúde das pessoas.

23.Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além


dos elétricos, específicos de cada ambiente ou processo de trabalho
que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no
trabalho.

24.Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, aler-


tar, avisar e advertir.

25.Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos interrelacionados


destinados a atingir um determinado objetivo.

26.Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e


equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica até a medição, inclusive.

27.Tensão de Segurança: extrabaixa tensão originada em uma fonte


de segurança.

28.Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador


pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do
corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais,
ferramentas ou equipamentos que manipule.

29.Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um


dispositivo de manobra fixo numa determinada posição, de forma a
impedir uma operação não autorizada.

30.Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segre-


gada, acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas
de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos
apropriados de trabalho.

31.Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não se-


gregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível
de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autoriza-
dos.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 21


Espaços confinados: Espa-
ço confinado é qualquer
Seção 3
área ou ambiente não proje- NR 17 – Ergonomia
tado para ocupação humana
contínua, que possua meios li- Esta norma regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permi-
mitados de entrada e saída, cuja tam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisio-
ventilação existente seja insufi-
lógicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de con-
ciente para remover contami-
nantes ou onde possa existir a forto, segurança e desempenho eficiente (BRASIL, 2002, p. 1).
deficiência ou enriquecimento As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamen-
de oxigênio. to, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos
e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização
do trabalho.
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as ban-
cadas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes requisi-
tos mínimos:

a. ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com


o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de
trabalho e com a altura do assento (BRASIL, 2002, p. 2);

b. ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;

c. ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e


movimentação adequados dos segmentos corporais.

Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, na-


tural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da ativi-
dade. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de
forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes
excessivos (BRASIL, 2002, p. 4).

Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de


trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, nor-
ma brasileira registrada no INMETRO.
A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de tra-
balho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se um luxímetro com
fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função
do ângulo de incidência.

Seção 4
NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espa-
ços confinados
Esta norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que intera-
gem direta ou indiretamente nestes espaços (BRASIL, 2006, p. 1).

22 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Medidas técnicas de prevenção (BRASIL, 2006, p. 2): Nesta primeira unidade de estu-
dos, você teve a oportunidade de
a. identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entra- conhecer as normas que regula-
da de pessoas não autorizadas; mentam a atividade de instalação
e manutenção elétrica transitando
b. antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; por conceitos e noções essenciais
ao desenvolvimento do seu traba-
c. proceder à avaliação e ao controle dos riscos físicos, químicos, bioló- lho enquanto técnico em eletro-
gicos, ergonômicos e mecânicos; mecânica.
Na unidade que segue você es-
d. prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; tudará sobre os custos de manu-
tenção, um dos fatores mais im-
e. implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos ris- portantes a ser considerado na
cos atmosféricos em espaços confinados; tomada de decisões mediante a
escolha de um programa de ma-
f. avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de traba- nutenção.
lhadores, para verificar se o seu interior é seguro;
Fique antenado!
g. manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a
realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavan-
do ou tornando inerte o espaço confinado;

h. monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas


áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando
as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência
são seguras;

i. proibir a ventilação com oxigênio puro;

j. testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e,

k. utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provi-


do de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas
ou interferências de radiofrequência.
Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de
movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos
espaços confinados.

Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou


possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade – INMETRO.

Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, so-


terramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade está-
tica, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos,
amputações e outros que possam afetar a segurança e a saúde dos tra-
balhadores.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 23


Unidade de
estudo 2
Seções de estudo

Seção 1 - Custos de manutenção


Custos de Manutenção

Seção 1
Custos de manutenção
Nenhum estudo de implantação de programas de manutenção, em em-
presa alguma, pode ser devidamente efetuado sem se considerarem os É importante salientar que a
custos envolvidos. Eles são, na verdade, os fatores mais importantes a classificação de estudos de
serem examinados para se decidir entre diferentes programas de manu- melhorias como custo indire-
tenção. to é feita considerando esse
estudo de forma global, ou
O custo é um fator crítico de competitividade e deve merecer foco total seja, com caráter geral. Caso
na gestão da manutenção. ele seja realizado especifica-
Um exemplo da composição dos custos de manutenção é apresentado mente sobre um equipamen-
no gráfico a seguir. to, deverá ser considerado
custo direto.

O custo direto de manutenção


pode ser dividido nos seguintes
componentes:

▪▪ mão de obra própria direta


– O custo de mão de obra pró-
pria é gerado pelas demandas de
serviços a executar, previstos nos
Figura 1 - Composição de Custo
planos de manutenção preventiva
Fonte: Pinto e Nascif (2001, p. 58). estabelecidos no sistema de ma-
nutenção, nas demandas de servi-
ços identificadas pelas equipes de
Para fins de controle, os custos de mento seja por sua indisponibi- inspeção de área e nas chamadas
manutenção podem ser classifica- lidade e falha do equipamento, solicitações de serviços avulsas
dos em três grupos: decorrente de ação imprópria de advindas das áreas de produção
custos diretos – São todos os manutenção (PINTO e NASCIF, (SENAI, 2004b, p. 55).
custos necessários para manter o 2001). Para cada ordem de serviço existe
equipamento funcionando, sendo custos indiretos – São custos um número de horas alocadas que
eles: inspeções regulares e manu- relacionados estrutura adminis- é multiplicado pelo salário médio
tenção preventiva, manutenção trativa, composta por: engenharia mensal (incluindo encargos so-
preditiva, manutenção detectiva, de supervisão e manutenção, pla- ciais) para a geração do custo da
manutenções corretivas, custos de nejamento e estudo de melhorias, ordem de serviço.
reparo ou revisões. supervisão entre outros. Nesse Uma parcela das atividades rela-
custos de perda de produção grupo devem ser considerados cionada à manutenção pode ser
– São decorrentes da perda de ainda: aquisição de equipamentos terceirizada, passando então a fa-
produção, gerados por: falhas em e ferramentas para a manutenção, zer parte do custo de serviços de
máquina/equipamento principal custos de amortização, deprecia- terceiros.
sem a possibilidade de utilização ção, consumo de energia e demais
de um equipamento reserva, seja utilidades (PINTO e NASCIF,
pela inexistência desse equipa- 2001).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 25


Deve-se sempre procurar alcançar devem estar bem definidos visan- Um dos itens de controle de ma-
altos padrões de confiabilidade, do à redução de custo. nutenção é o acompanhamento
pois dessa forma a carga de tra- ▪▪ custos com materiais de de custos que deve ser colocado
balho relativa a ações corretivas é manutenção – Os custos com na forma gráfica visando a faci-
reduzida, e o quadro de mão de materiais também dependem de litar a visualização. Os seguintes
obra própria tem seu custo otimi- um bom planejamento e sistema itens devem ser apresentados:
zado (SENAI, 2004b). de manutenção, onde as trocas ▪▪ previsão de custo mês a mês;
Nos planos preventivos, as infor- sistemáticas e por condição sejam
mações da carga de trabalho em ▪▪ realização – quanto foi efetiva-
feitas no momento certo, com
horas homem e a frequência com mente gasto no mês;
garantia de qualidade do material
que ocorrem as intervenções em adquirido, com garantia de qua- ▪▪ realizado em anos anteriores;
cada ordem de serviço devem ser lidade na execução dos serviços ▪▪ benchmark – índice de uma em-
confiáveis, alinhadas a uma busca e uma boa política de aquisição presa que seja referência, ou seja,
constante de produtividade atra- material para estoques (SENAI, que apresente menor custo na
vés de um planejamento/progra- 2004b, p. 57). área de manutenção e que possua
mação com padrões eficientes de as mesmas características na área
execução. SENAI (2004b, p. 55) Os custos com materiais de ma- de manutenção.
▪▪ custo de serviços de tercei- nutenção podem ser separados
ros – Podem ser divididos em: em: custo de sobressalentes, que É importante que cada espe-
é o custo do componente de um cialidade da manutenção faça
serviços executados externamen-
equipamento e é dado pelo valor o controle individual de custos
te, por exemplo, balanceamen- de modo que a estrutura orga-
to, usinagens especiais e testes da nota fiscal, se a aplicação for
nizacional possa agrupá-los ou
específicos, e serviços executados imediata, ou pelo valor reajusta-
dividi-los conforme a necessida-
internamente. Um bom planeja- do, se o componente já estava no de. Como exemplo pode-se citar
mento deve ser realizado previa- estoque tendo sido comprado há uma empresa na área de lami-
mente à contratação de terceiros mais tempo, e custo de materiais nação de tiras a quente de uma
e os serviços a serem realizados de insumo, tais como: óleo, gra- siderúrgica em que é importan-
xa, lixas e similares. Em algumas te saber diferenciar os custos de
empresas esse custo é considera- manutenção mecânica, elétrica
do indireto e é rateado entre os e automação/instrumentação
equipamentos que utilizaram o in- (PINTO e NASCIF, 2001, p. 60).
sumo em determinado momento.
Um exemplo de gráfico para o
acompanhamento de custos é
apresentado na figura que segue,
no qual as letras j, f, a, m, n e d
representam especialidades de
manutenção, cada qual com seu
custo individual. Veja!

26 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 2 - Custo Total da Manutenção
Fonte: Pinto e Nascif (2001, p. 60).

Prepare-se para conhecer, a partir de agora, algumas ferramentas manu-


ais e equipamentos importantes empregados na atividade de manuten-
ção elétrica. Há muito ainda para se descobrir sobre a manutenção de
equipamentos e dispositivos de automação. Vamos juntos!

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 27


Unidade de
estudo 3
Seções de estudo

Seção 1 - Ferramentas manuais


Seção 2 - Ferramentas elétricas
Seção 3 - Instrumentos de medição
Seção 4 - Instrumentos digitais
Ferramentas Manuais e Equipamentos
Utilizados na Manutenção

Seção 1
Ferramentas manuais
É de grande importância o papel corretamente toda vez após o uso,
desempenhado pelas ferramen- guardando-as em local apropria- Metal: Terminais de compo-
tas, nos diversos setores de áreas do. nentes eletrônicos.
técnicas. Seu rendimento está di-
retamente relacionado à qualidade
do trabalho que se pretende exe- Alicate de Bico Redon-
cutar. Sendo assim, é fundamen- do
tal que se saiba a maneira correta É indicado para o manuseio de
de manuseá-las e guardá-las, além fios rígidos. Por causa de seu
de saber quais utilizar, de acordo bico cônico, é utilizado para fazer
com a necessidade. olhais de vários diâmetros com
A utilização da ferramenta ade- rapidez e bom acabamento. De-
quada, da maneira adequada, faz verá possuir cabo isolado.
com que ganhemos tempo na
realização da tarefa solicitada e
permite que ela seja concluída em Alicate de Bico Meia-
segurança. Cana
É indicado para o manuseio de
Armazenamento e terminais, fios e cabos elétricos.
transporte Pode também ser utilizado para
dobrar, torcer ou endireitar su-
As ferramentas devem sempre es- portes, linguetas, condutores e
tar armazenadas de forma a tor- terminais. Pode-se utilizá-lo para
nar prático o acesso e, da mesma segurar porcas com até 4 mm, mas
forma, evitar a colisão ou o atrito não se deve utilizá-lo para girar a
com outras durante seu transpor- peça pois pode danificar as suas
te. O ideal é que estejam, quando bordas. Esse alicate pode estar
numa oficina, de preferência em provido de dispositivo para corte,
painéis ou armários e, quando que deverá ser usado apenas para
transportadas, em caixa apropria- condutores de cobre ou alumínio
da ou cinta de ferramentas, evi- de pequena bitola. Deverá possuir
tando o transporte nas mãos ou cabo isolado.
bolsos.

Alicate de corte diago-


Conservação da ferra- nal ou lateral
menta
Esse alicate é utilizado para o cor-
Para que as ferramentas possam te de condutores de metal brando
manter-se íntegras em sua fun- e de pequenas peças plásticas ou
cionalidade e segurança, o usuá- de metal.
rio deve procurar protegê-las de Pode ser utilizado também para
pó, umidade, oxidação, vibração remover a capa plástica isolante
e quedas, bem como lubrificá-las dos condutores.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 29


Alicate universal
Trata-se de um alicate mais robus- Alicate de bico redondo
to, usado para segurar, torcer e
cortar fios rígidos de maior bitola,
se comparado ao alicate de bico
meia-cana. Pode ser utilizado para Alicate de corte
segurar um dos extremos de um
parafuso enquanto no outro utili-
za uma ferramenta adequada para
soltar a porca, porém não deverá Alicate universal
ser utilizado para o giro, pois pro-
vocará a deformação da cabeça
do parafuso ou da porca (pouca
pressão).
Chave de fenda

Chave de fenda
Ferramenta utilizada para aper-
tar e soltar parafusos de fenda.
Formada por uma haste cujo ex-
tremo tem forma de cunha, com Chave Phillips
seu comprimento revestido por
material isolante, fixa em um cabo
de material isolante e anatômico.
Não deve em hipótese alguma ser
utilizada como talhadeira, pois ha-
veria danos à ferramenta e com-
prometeria a sua isolação elétrica Chave tipo canhão
com fissuras no material isolante.
Além disso, a chave de fenda dani-
ficada, ao ser utilizada e havendo
Quadro 2 - Ferramentas Manuais
cantos arredondados em sua pon- Fonte: SENAI (2009, p. 2 e 4).
ta, poderá danificar o parafuso.

Chave Phillips
A chave Phillips é uma variante
da chave de fenda. Seu diferencial
está na extremidade no formato
de cruz, conforme apresentado
no quadro que segue.

Chave tipo canhão


A chave tipo canhão é utilizada
para a colocação e a retirada de
porcas. Em sua extremidade a
haste possui um desenho equiva-
lente ao desenho externo de uma
porca.

30 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Seção 2 Seção 3
Ferramentas elétricas Instrumentos de medição
A furadeira e a parafusadeira são
máquinas-ferramentas. A furadei-
Introdução
ra é utilizada para abrir furos em
materiais sólidos com a utilização Os primeiros instrumentos de medição utilizados para grandezas elé-
de brocas específicas para o ma- tricas se baseiam na deflexão de um ponteiro, fixo a uma bobina móvel
terial a ser perfurado. A parafusa- submetida a um campo magnético. Quando uma corrente é aplicada a
deira serve para apertar ou afrou- uma bobina, esta gera seu deslocamento e o mecanismo de contrarrea-
xar parafusos. São equipamentos ção, geralmente uma mola, produz uma força contrária de modo que a
elétricos, que podem ser alimenta- deflexão do ponteiro seja proporcional à corrente da bobina.
dos se conectados à rede elétrica Os instrumentos digitais são baseados em conversores analógicos digi-
ou por meio de bateria. tais e apresentam maior confiabilidade. Não possuem partes móveis e
É preciso ter alguns cuidados para são adaptáveis a leituras automatizadas.
o manuseio dessas ferramentas: Para medir a tensão e a corrente elétrica utilizam-se instrumentos de
▪▪ manter a furadeira em um úni- medição específicos para essa tarefa, tais como: voltímetro, amperíme-
co alinhamento durante a furação tro, ohmímetro, alicate volt-amperímetro e multímetro. Conheça cada
a fim de preservar a broca; um deles.
▪▪ manter as brocas sempre
limpas; Voltímetro
▪▪ certificar-se de que a tensão da Instrumento utilizado para a medição da diferença de potencial entre
fonte é a correta para o uso; dois pontos de um circuito. Deve ser conectado em paralelo aos pontos
▪▪ ter cuidado na colocação e a serem medidos.
aperto da broca no mandril; Possui como características básicas: alta impedância de entrada e como
▪▪ evitar quedas, batidas, umida- consequência baixa corrente de entrada.
de etc.

Figura 9 - Ligação do Voltímetro


Fonte: SENAI (2002, p. 28).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 31


Amperímetro Seção 4
Instrumento utilizado para a medição da intensidade de corrente que Instrumentos digitais
circula em uma malha do circuito. Deve ser inserido em série no circuito.
Possui como características: baixa impedância de entrada e como conse- Esses instrumentos têm possibili-
quência baixa queda de tensão interna (SENAI, 2002). dade de realizar medidas de várias
grandezas de natureza elétrica, ou
seja, são instrumentos múltiplos.

O multímetro digital, por exem-


plo, oferece praticamente as
mesmas possibilidades de me-
dição do multímetro analógico,
além de outras vantagens, como
melhor precisão na leitura e im-
pedância de entrada muito alta.
A seguir serão apresentados
mais especificamente o multí-
Figura 10 - Ligação do Amperímetro metro digital, próxima figura e o
Fonte: SENAI (2002, p. 28). alicate volt-amperímetro, figura
posterior (SENAI, 2009).

Ohmímetro
Quando se quer medir a resistência de componentes em algum circuito,
a condição básica é que esteja desenergizado e com uma das extremida-
des desligadas. Nestas condições, o ohmímetro deve ser colocado pa-
ralelo ao componente a ser medido, conforme figura 5 (SENAI, 2002).

Figura 12 - Multímetro Digital


Fonte: (SENAI (2009, p. 5).

Figura 11 - Ligação do Amperímetro


Fonte: SENAI (2002, p. 29).

32 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Em medições da corrente elétrica,
o equipamento deverá ser inter-
rompido e deverá estar ligado em
série no circuito, conforme apre-
sentado na figura seguinte.

Figura 14 - Partes de um Multímetro


Digital
Fonte: SENAI (2009, p. 6).
Figura 13 - Alicate Volt-Amperímetro
Fonte: SENAI (2009, p. 5).
Figura 16 - Ligação para Medição de
Obs. – Nunca se deve mudar Corrente
Multímetro digital de escala ou função quando o
Fonte: SENAI (2009, p. 7).
instrumento de medição esti-
Nos multímetros digitais os valo- ver conectado a um circuito
res das medidas obtidas podem ligado, porque isso poderá
Para a medição de resistência
ser visualizados diretamente no causar a queima do instru-
visor digital, não necessitando mento (SENAI, 2009, p. 6). elétrica, o resistor desconhecido
de interpretação, como ocorre deve estar desconectado do cir-
nos instrumentos analógicos cuito, caso contrário o valor me-
(SENAI, 2009). dido estará considerando outros
Para a realização de medição de componentes do circuito.
tensão, assim como apresenta-
Antes da utilização do instrumen- do anteriormente, o equipamento
to, a função a ser executada deve deve estar paralelo aos pontos a se-
ser selecionada de acordo com a rem medidos. Observe na imagem.
grandeza a se medir: resistência,
tensão ou corrente, e se faz ne-
cessária a determinação da escala
de trabalho. Quando não se tem
noção da ordem de grandeza a ser
medida, colocar o equipamento
no maior valor de escala e, se ne-
cessário, corrigi-la.

Figura 17 - Ligação para Medição de


Resistência Elétrica
Fonte: SENAI (2009, p. 8).

Figura 15 - Ligação para a Medição de


Tensão
Fonte: SENAI (2009, p. 6).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 33


Alicate volt-amperímetro

Os procedimentos de medição a serem utilizados para o alicate volt-


amperímetro são os mesmos apresentados anteriormente para o mul-
tímetro, no entanto, o alicate volt-amperímetro apresenta a vantagem
de eliminar a necessidade de interrupção do circuito para a medição de
corrente elétrica, necessitando apenas que envolva o circuito (condu-
tor), conforme apresentado na figura (SENAI, 2009, p. 6).

Figura 18 - Posicionamento do Alicate Volt-Amperímetro


Fonte: SENAI (2009, p. 6).

Este equipamento é fundamental em aplicações industriais, principal-


mente para as medições de correntes em motores, transformadores e
cabos de alimentação de painéis.

Obs. – Antes de utilizar qualquer instrumento de medição, é


necessário que se consulte o manual do instrumento, no qual
são descritas particularidades e maneiras de utilização, pois de
um instrumento para outro ocorrem diferenças significativas
(SENAI, 2009 p. 9).

Cuidados
Para realizar a conexão do instrumento de medição ao circuito, a fonte
de alimentação deve ser desligada e a polaridade de ligação deve ser ob-
servada cuidadosamente. O instrumento deve ser conectado de modo
que a corrente entre através do borne positivo, ou seja, pelo sentido
convencional da corrente elétrica.
A medição da intensidade de corrente contínua com o multímetro digital
com chave rotativa é análoga à medição realizada com multímetro analó-
gico. Se o multímetro digital for dotado de chave tipo push/pull, deve-se
adotar o seguinte procedimento:

34 CURSOS TÉCNICOS SENAI


a. ligue o multímetro (on/off). Bornes: “Peça metálica
que se liga ao quadro de
b. selecione o modo AC/DC para DC. eletricidade, e em cuja parte su-
perior há um parafuso destina-
c. selecione a função V/A/Ω para corrente. do a fixar o fio que a atravessa
(FERREIRA, 2010).”
d. selecione a escala de grandeza adequada.

e. conecte as pontas de prova nos bornes adequados (comum e cor-


rente).

f. abra o circuito e insira as pontas de prova.

g. efetue a leitura.

Os multímetros manuais deverão sempre ser manuseados respeitando-


se alguns cuidados básicos:

▪▪ conferir se o aparelho não está com falta de bateria, pois, se for o


caso, a medição apresentada pode não ser a correta;
▪▪ antes de conectá-lo a qualquer circuito, selecionar a grandeza elétrica
que se deseja medir;
▪▪ certificar-se de que os cabos de medição estão nos bornes corretos
para o uso;
▪▪ evitar quedas, batidas, umidade etc.

Para medições de corrente elétrica em barramentos de painéis elétricos,


utilizando alicate amperímetro, deve-se estar atento para não encostar a
proteção plástica no barramento. Mesmo que esta seja feita de material
isolante apropriado para não permitir a passagem de corrente elétrica
do painel para o equipamento, o barramento ao qual se deseja medir a
corrente que o percorre pode estar quente e acabar danificando o alicate
amperímetro, derretendo-o quando em contato.

Estamos chegando à quarta unidade de estudos desta unidade curricular.


Podemos dizer que ultrapassamos metade do curso. Vamos! Ainda há
muitas descobertas pela frente.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 35


Unidade de
estudo 4
Seções de estudo

Seção 1 - Componentes de entrada de sinais


Seção 2 - Componentes de processamento
de sinais
Seção 3 - Componentes de saída de sinais
Componentes Elétricos de
um Sistema de Automação

Basicamente um sistema de auto-


mação é composto de três catego-
rias de componentes, que são:
▪▪ componentes de entrada de
sinais elétricos;
▪▪ componentes de processa-
mento de sinais;
▪▪ componentes de saída de
sinais elétricos.

Seção 1
Componentes de en-
trada de sinais
Os componentes de entrada de
sinais elétricos são responsáveis Figura 19 – Botão Tipo Cogumelo
pela geração de informações, Fonte: Parker... (2001, p. 10).
dados de entrada, que che-
gam ao circuito através de uma
ação, mecânica, elétrica, eletrô-
nica ou combinação entre elas
(PARKER..., 2001, p. 10).

Todos os elementos que realizam


a energização ou desenergização
do circuito podem ser considera-
dos componentes de entrada de
Figura 20 – Botoeiras
sinais, tais como botoeiras e cha-
Fonte: WEG ([200-]c, p. 2).
ves de fim de curso.
Para o esquema apresentado na figura 19, quando ocorre o acionamento
Botoeiras do botão, os contatos 13 e 14 se fecham e os contatos 11 e 12 se abrem
As botoeiras são chaves elé- interrompendo a passagem de corrente. Quando o botão não está sendo
tricas que, quando acionadas, acionado, a mola de retorno faz com que os contatos voltem à posição
invertem seus contatos, geran- inicial, isto é, contatos 11 e 12 fechados permitindo a passagem da cor-
do informações digitais. São rente elétrica.
acionadas manualmente e ge- As botoeiras com trava podem ser divididas basicamente em botoeira
ralmente apresentam um con- acionada por um botão giratório (figura 21) e botoeira acionada por bo-
tato normalmente aberto e um
tão do tipo cogumelo (figura 20), em ambos os modelos. Elas continuam
contato normalmente fechado e
podem ser divididas em botoei- sendo acionadas mesmo depois da parada do acionamento. Construtiva-
ras pulsadoras e botoeiras com mente essas botoeiras possuem as mesmas características apresentadas
trava (PARKER..., 2001, p. 10). anteriormente.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 37


Figura 21 – Botoeiras com Trava
Fonte: WEG ([200-]c, p. 2).

A botoeira com trava, tipo cogu-


melo, é muito aplicada como bo-
tão de emergência e seu retorno à
posição inicial ocorre com o giro Figura 23 – Chaves de Fim de Curso
da botoeira no sentido horário. Fonte: WEG ([200-]c, p. 2).

A habilitação ou desabilitação de uma chave de fim de curso ocorre com


o deslocamento de um rolete mecânico ou de um rolete escamoteável,
também conhecido como gatilho.

Figura 22 – Botoeiras
Fonte: WEG ([200-]c, p. 2).

Chaves fim de curso

As chaves fim de curso, figura 23,


também chamadas de interrup-
tores de posição, são comutado- Figura 24 – Chaves de Fim de Curso
res elétricos de entrada de sinais,
Fonte: Brusamarello, Fagundes e Rech (2003, p. 10).
acionadas mecanicamente. São
utilizadas em aplicações como,
por exemplo, hastes de cilindros Podemos observar na figura 24, uma chave de fim de curso acionada
hidráulicos e/ou pneumáticos e por um rolete mecânico que possui um contato comutador formado
ao longo do percurso de cabeço- por um borne comum 11, um contato fechado 12 e um aberto 14 (PA-
tes móveis de máquinas e equipa- RKER..., 2001, p. 12).
mentos industriais. Enquanto o rolete não for acionado, a corrente elétrica pode passar
pelos contatos 11 e 12 e está interrompida entre os contatos 11 e 14.
Quando o rolete é acionado, a corrente passa pelos contatos 11 e 14 e é
bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o acionamento,
os contatos retornam à posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e
14 desligado (PARKER..., 2001, p. 12).

38 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Sensores emissor receptor
Os sensores são elementos emis-
sores de sinais elétricos projeta-
dos para detectar a presença ou a
movimentação de materiais metá-
licos ou não metálicos, por pro-
ximidade ou aproximação, sem símbolo
contato físico.
Figura 27 – Sensor Óptico por Barreira
A determinação do tipo de sen-
sor a ser utilizado deve ocorrer a Fotoelétrica
partir da aplicação e do material Fonte: Brusamarello, Fagundes e Rech
Figura 25 – Sensor Capacitivo
a ser detectado. Os sensores mais Fonte: Adaptado de Brusamarello,
(2003, p. 8).
utilizados em aplicações indus- Fagundes e Rech (2003, p. 6).
triais são: sensores capacitivos, Outro modelo de sensor óptico
indutivos, ópticos, magnéticos, ul- é o do tipo reflexivo, figura 28,
trassônicos, de pressão, volume e no qual emissor e receptor de
temperatura. luz são montados num único
Geralmente os sensores apresen- corpo. Nesse tipo de sensor, os
tam características similares de feixes de luz são emitidos e re-
cebidos simultaneamente pelo
operação, apresentado dois cabos
sensor e, em seguida, refletidos
de alimentação e um cabo de saí-
pelo alvo o que reduz espaço e
da de sinal. Figura 26 – Sensor Indutivo facilita sua montagem entre as
Fonte: Adaptado de Brusamarello, partes móveis dos equipamen-
Em funcionamento a partir da Fagundes e tos industriais (PARKER..., 2001).
detecção do material é emitido Rech (2003, p. 6)
um sinal de baixa corrente, que
por essa razão não poderá ser Os sensores indutivos, figura 26,
utilizado para energizar direta- atuam especificamente na detec-
mente os demais componentes ção de material metálico e a dis-
elétricos utilizados, tal como um
tância de atuação varia de acordo
solenóide, por exemplo, sendo
com as especificações impostas/
necessária a utilização de relés símbolo
auxiliares com o objetivo da projetadas pelo fabricante e da di-
ampliação do sinal (PARKER..., mensão do objeto a ser detectado.
2001). receptor
Os sensores ópticos, figura 27, led indicador
atuam pelo princípio da emissão emissor
Os sensores capacitivos, figura 25, e recepção de feixes de luz e de-
detectam a presença de qualquer tectam a aproximação de qual- Figura 28 – Sensor Óptico Reflexivo
tipo de material, como metal, ma- quer tipo de objeto, desde que Fonte: Brusamarello, Fagundes e Rech
deira, plástico, vidro, granulado, este não seja transparente. Os (2003, p. 6).
pó mineral, tipo cimento, líquido sensores ópticos por barreira fo-
em geral etc. toelétrica trabalham aos pares Os sensores de pressão, também
sendo um emissor de luz e outro conhecidos como pressostatos, fi-
A distância de detecção varia, de-
receptor (PARKER..., 2001).
pendendo da massa do material a gura 29, são chaves elétricas acio-
ser detectado e das especificações nadas por um piloto hidráulico
impostas/projetadas pelo fabri- Com o posicionamento de algum ou pneumático. Têm por função
cante. material que ocasione a interrup- controlar uma pressão num cir-
ção do feixe de luz, a comutação cuito hidráulico ou pneumático
elétrica ocorre, enviando um sinal e transformam uma mudança de
elétrico ao circuito de comando. pressão em sinal elétrico digital,
quando a referência fixada for
atingida.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 39


O relé da figura anterior apresen-
ta dois contatos abertos (13/14
e 43/44) e dois fechados (21/22
e 31/32), acionados por uma bo-
bina eletromagnética de 24 Vcc.
Com a energização da bobina
ocorre o fechamento dos conta-
tos abertos, possibilitando a pas-
sagem de corrente elétrica entre
eles e, simultaneamente, a cor-
rente é interrompida no contato
Figura 29 – Pressostato Pneumáticos (Captador de Pressão)
fechado com a sua abertura (PA-
RKER..., 2001, p. 16).
Fonte: Lima, Gilmário ([200-], p. 39).

A partir da desenergização da bo-


Seção 2 bina ocorre o reposicionamento
dos contatos por meio da ação de
Componentes de processamento de sinais uma mola.
Os componentes de processamento de sinais elétricos são responsáveis
pela análise dos sinais recebidos dos componentes de entrada, realizan-
do a combinação e a ordenação de modo que o comportamento/ação
dos componentes de comando elétrico seja o desejado.

Como principais elementos de processamento de sinais podem-se citar


os relés auxiliares, os contatores de potência, os relés temporizadores
e os contadores, ambos com a função de energização e desenergização
dos elementos de saída (PARKER..., 2001). Figura 31 – Relé Auxiliar com Três
Contatos NA e 1F

Relés auxiliares
Além de relés auxiliares de dois
Os relés auxiliares, figura a seguir, são chaves elétricas de quatro ou mais contatos abertos (NA) e dois
contatos, acionadas por bobinas eletromagnéticas. contatos fechados (NF), existem
outros que apresentam o mesmo
funcionamento, mas com três
contatos NA e um NF, figura aci-
ma.

Contatores de potên-
cia
Os contatores são dispositivos de
manobra mecânica, não manual,
eletromagnética, que têm uma
única posição de repouso. Cons-
truídos para elevada frequência de
Figura 30 – Relé Auxiliar com dois Contatos Abertos e dois Fechados
manobras, capazes de estabelecer,
Fonte: WEG ([200-]c, p. 248).
conduzir e interromper correntes
em condições normais do circui-
to, inclusive suportar sobrecargas
no funcionamento, apresentam as
mesmas características construti-
vas dos relés auxiliares.

40 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Relés temporizadores Outro tipo de relé temporiza- Indicadores Luminosos
dor apresenta retardo no des-
Os relés temporizadores, figu- ligamento, figura que segue. Os indicadores luminosos, figu-
ra que segue, são dispositivos de Quando a bobina é energizada, ra a seguir, são lâmpadas incan-
controle de tempos de curta du- o contato comutador é imedia- descentes ou LEDs, utilizados
ração que têm por finalidade for- tamente invertido. A partir do na sinalização visual de eventos
momento em que a bobina é
necer um sinal de saída conforme ocorridos ou prestes a ocorrer.
desligada, o período de tempo São empregados, geralmente,
sua função e o tempo ajustado.
ajustado no potenciômetro é em locais de boa visibilidade
São utilizados na automação de respeitado e somente então o
máquinas, processos industriais, que facilitem a visualização do
contato comutador retorna à sinalizador (PARKER..., 2001, p.
especialmente em sequenciamen- posição inicial (PARKER..., 2001, 18).
to, interrupções de comandos e p. 17).
chaves de partida.

O relé temporizador tem um


contato comutador e uma bo-
bina com retardo na ligação,
cujo tempo é ajustado por meio
de potenciômetro. A partir da
energização da bobina, após um
tempo determinado, ocorre o
acionamento do contato comu- Figura 34 – Indicador Luminoso
tador. Caso, por exemplo, o ajus- Fonte: WEG ([200-]c, p. 3).
te de tempo seja 5 segundos, o
temporizador irá aguardar 5 se-
gundos após a energização da Indicadores sonoros
bobina para a inversão dos con-
tatos, abrindo 11 e 12 e fechan- Os indicadores sonoros, figura
do 11 e 14 (PARKER..., 2001, p. próxima, são campainhas, sire-
17). nes, cigarras ou buzinas e são
Figura 33 – Relé Temporizador com
utilizados na sinalização acús-
tica de eventos ocorridos ou
Retardo no Desligamento
prestes a ocorrer. Geralmente
é empregado em locais onde a
visualização de indicadores lu-
Seção 3 minosos é limitada (PARKER...,
2001, p. 18).
Componentes de saída
de sinais
Os componentes de saída de si-
nais elétricos são responsáveis
pela indicação ou atuação final do
circuito, que é executada a partir
das ordens processadas e recebi-
das dos comandos elétricos.
Figura 32 – Relé Temporizador, Dial de
Ajuste de Temporização Entre os diversos componentes
Fonte: WEG (1999, p. 7). de saída de sinais, podemos
destacar os indicadores lumi-
nosos e sonoros, bem como os Figura 35 – Sinalizador Sonoro
solenoides aplicados no aciona- Fonte: Logismarket (2001).
mento eletromagnético de vál-
vulas hidráulicas e pneumáticas
(PARKER..., 2001, p. 18).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 41


Solenóides
Os solenóides, próxima figura, são bobinas eletromagnéticas que geram
um campo magnético e, a partir de sua energização, atraem elementos
compostos de materiais ferrosos, apresentando comportamento equiva-
lente ao ímã permanente.

Figura 36 – Bobinas Eletromagnéticas


Fonte: Parker... (2001).

Numa eletroválvula, hidráulica ou pneumática, a bobina do solenóide


é enrolada em torno de um magneto fixo, preso à carcaça da válvula,
enquanto que o magneto móvel é fixado diretamente na extremidade
do carretel da válvula. Quando uma corrente elétrica percorre a bobina,
um campo magnético é gerado e atrai os magnetos, o que empurra o
carretel da válvula na direção oposta à do solenoide que foi energizado.
Dessa forma, é possível mudar a posição do carretel no interior da vál-
vula por meio de um pulso elétrico (PARKER..., 2001, p. 19).

Em eletroválvulas pneumáticas de pequeno porte, figura seguinte, do


tipo assento, o êmbolo da válvula é o próprio magneto móvel do sole-
noide. Quando o campo magnético é gerado, em consequência da ener-
gização da bobina, o êmbolo da válvula é atraído, abrindo ou fechando
diretamente as passagens do ar comprimido no interior da carcaça da
válvula.

Figura 37 – Eletroválvula Pneumática de Pequeno Porte (Esquemático)

42 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 38 – Eletroválvula Pneumática de Pequeno Porte (Esquemático)

Estamos chegando à penúltima unidade de estudos desta unidade cur-


ricular. Prepare-se para estudar agora a manutenção de equipamentos e
dispositivos industriais e prediais.

Bons estudos!

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 43


Unidade de
estudo 5
Seções de estudo

Seção 1 - Manutenção em fusíveis


Seção 2 - Manutenção em contatores
seção 3 - Manutenção em relés de
sobrecarga e de tempo
Manutenção de Equipamentos e
Dispositivos Industriais e Prediais

A instalação elétrica deve ser ve-


rificada periodicamente por pro-
Seção 1
Seletiva: em combinação
fissionais qualificados, e quan- Manutenção em com relés.
to mais crítica é a aplicação ou fusíveis
maior a importância da instalação
para uma atividade industrial, Os fusíveis são os dispositivos
por exemplo, menor deverá ser de proteção mais tradicionais na
o intervalo entre as verificações. alimentação de diversas cargas,
Como ação preventiva, os seguin- tendo como principal função a
tes pontos deverão ser verificados proteção contra curto-circuito de
(WEG, [200-]): sistemas elétricos e atuando tam-
▪▪ condições de fixação dos bém como limitadores das cor-
eletrodutos em painéis, pois rentes de curto-circuito.
possuem a função de proteção A operação dos fusíveis é dada
mecânica dos cabos; através da fusão do elemento fusível,
▪▪ observar se as partes vivas contido em seu interior. O ele-
permanecem fora do alcance; mento fusível é um condutor de
seção transversal dimensionado
▪▪ dispositivos de proteção de para que sofra com a passagem de
equipamentos móveis assim corrente elétrica um aquecimento
como as condições de seus cabos maior que o dos outros conduto-
flexíveis; res, devido a sua alta resistência.
▪▪ o estado dos condutores e O elemento fusível é geralmente
suas ligações, principalmente os de cobre, prata, estanho, chumbo
de proteção; ou liga. Já o corpo do fusível, em
▪▪ verificar se entrada e saída geral, é de porcelana ou esteatita,
de cabos estão fechadas, com hermeticamente fechado. Os fusí-
relação à passagem de pequenos veis têm ainda um elemento indi-
animais; cador de operação, possibilitando
▪▪ medir os valores da resistência ao profissional da área observar
de isolamento em relação à terra seu estado de funcionamento.
e a resistência dos eletrodos de Em circuitos de potência são uti-
aterramento; lizados fusíveis D ou NH, com
▪▪ não lixar ou limar contatos; o objetivo de proteger a carga
alimentada contra correntes de
▪▪ desenergizar a instalação caso curto-circuito e, de forma sele-
seja verificada a necessidade de tiva, contra sobrecargas de longa
algum reparo. duração.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 45


Na proteção de circuitos de comando, geralmente são utilizados fusíveis Características e instalação
tipo D com características de interrupção retardada (WEG, [200-]).
(Comandos Elétricos, SENAI-
Os fusíveis tipo D, diametral, têm sua aplicação voltada para a proteção MG, 2004)
contra curto-circuito em instalações residenciais, comerciais e indus-
As principais características dos
triais. Estão disponíveis em diversas correntes normalizadas (dependen-
fusíveis NH são:
do do fabricante), com capacidade de ruptura de acordo com a corrente
do fusível de 100kA, 70kA e 50kA e tensão máxima de 500V. Na figura ▪▪ corrente nominal: corrente
a seguir, podemos ver a estrutura detalhada dos fusíveis tipo D. Observe. máxima que o fusível suporta
continuamente sem interromper
o funcionamento do circuito.
Fusível D Esse valor é marcado no corpo
de porcelana do fusível.
▪▪ corrente de curto-circuito:
corrente máxima que deve cir-
cular no circuito e que deve ser
interrompida instantaneamente.
▪▪ capacidade de ruptura (kA):
valor de corrente que o fusível
Figura 39 - Componentes do Fusível D é capaz de interromper com se-
Fonte: Adaptado de WEG ([200-]g, p. 05). gurança. Não depende da tensão
nominal da instalação.
Os fusíveis do tipo NH, figura Fusível NH ▪▪ tensão nominal: tensão para
seguinte, deverão ser manuseados a qual o fusível foi construído.
apenas por pessoal qualificado Os fusíveis normais para baixa
para a intervenção e substituição tensão são indicados para tensões
deste elemento em circuitos de de serviço de até 500V em CA e
potência. Os fusíveis NH supor- 600V em CC.
tam elevações de corrente durante ▪▪ resistência elétrica (ou
certo tempo sem que ocorra fu- resistência ôhmica): grandeza
são e são empregados em circui- elétrica que depende do material
tos sujeitos a picos de corrente e e da pressão exercida. A resistên-
onde existem cargas indutivas e cia de contato entre a base e o
capacitivas. fusível é a responsável por even-
Também estão disponíveis em tuais aquecimentos que podem
diversos valores de correntes nor- provocar a queima do fusível.
malizadas (dependendo do fabri- Figura 40 - Componentes do Fusível NH
▪▪ curva de relação tempo de
cante), com capacidade de ruptu- Fonte: Adaptado de WEG ([200-]g, p.
fusão x corrente: curvas que in-
ra de 120kA e tensão máxima de 02). dicam o tempo que o fusível leva
500V. para desligar o circuito. Elas são
variáveis de acordo com o tempo,
a corrente, o tipo de fusível e
são fornecidas pelo fabricante.
Nessas curvas, quanto maior for
a corrente circulante, menor será
o tempo em que o fusível terá
que desligar. Veja a seguir a curva
típica na figura curva de relação
de tempo de fusão x corrente.

46 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Figura 41 - Curva de Relação Tempo de Fusão x Corrente
Fonte: SENAI (2004a, p. 22).

Os fusíveis devem ser instalados


no ponto inicial do circuito a ser
Seção 2
protegido e em locais arejados Manutenção em contatores
para que não ocorra aquecimento
excessivo. Contatores são dispositivos de manobra mecânica, não manual, eletro-
magnética, que possui única posição de repouso, construídos para ele-
O local de instalação deve ser vada frequência de manobras, capazes de estabelecer, conduzir e inter-
de fácil acesso para que inspe- romper correntes em condições normais do circuito, inclusive suportar
ções e manutenções possam sobrecargas no funcionamento. De acordo com a aplicação, o contator
facilitadas. A instalação deve ser
poder ser utilizado individualmente ou acoplado a relés de sobrecarga.
realizada de tal modo que per-
Existem contatores de potência e contatores auxiliares.
mita seu manejo sem perigo de
choque para o operador (SENAI, Os principais elementos construtivos de um contator são os contatos
2004a, p. 23). (principais e auxiliares), sistema de acionamento (bobina), carcaça e
acessórios. Na figura a seguir você poderá visualizar um contator em
vista explodida.
Quando ocorre a atuação (quei-
ma) de um dos fusíveis de uma
das fases, os demais fusíveis são
afetados em decorrência da cor-
rente de curto. O ideal é que se-
jam trocados os três fusíveis para
que seja garantida a integridade da
instalação. As mesmas ações são
indicadas para fusíveis de coman-
do.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 47


Obs. – Os contatos principais
nos contatores geralmente
serão em número de três,
quatro, eventualmente, e em
casos específicos, dois e até
um.

Contatos auxiliares
Os contatos auxiliares são dimen-
sionados para a função de comu-
tação de circuitos auxiliares de
comando, sinalização e intertrava-
mento, entre outras aplicações.
Esses contatos podem ser do tipo
NA (normalmente aberto) ou NF
1 – Carcaça inferior (normalmente fechado), e ainda
2 – Núcleo fixo adiantados ou retardados, depen-
3 – Anel de curto-circuito dendo das características do con-
4 – Bobina tato.
5 – Mola de curso Segundo a norma IEC 947-4, a
6 – Núcleo móvel
identificação de contatores e de-
7 – Cabeçote móvel
8 – Contatos móveis principais
mais dispositivos de manobra de
9 – Contatos móveis auxiliares baixa tensão é utilizada para for-
10 – Molas de contato necer informações a respeito da
11 – Contatos fixos principais função de cada terminal e sua
12 – Contatos fixos auxiliares localização em relação a outros
13 – Parafusos com arruelas terminais e ainda facilitar e uni-
14 – Carcaça superior formizar a execução de projetos e
15 – Capa a montagem de painéis.
As bobinas são identificadas de
Figura 42 - Elementos Construtivos
forma alfanumérica, com A1 e
Fonte: WEG ([200-]h, p. 02).
A2. Os terminais do circuito prin-
cipal são identificados por núme-
Contatos principais ros unitários e por sistema alfanu-
mérico como na figura a seguir.
Os contatos principais em estado fechado desempenham a função de
ligação entre a rede e a carga, conduzindo corrente ao circuito principal.
Esses contatos são projetados para que tenham capacidade de estabele-
cer e interromper correntes de cargas resistivas, capacitivas e indutivas.
O profissional da área deverá sempre observar a categoria de emprego
do contator.

48 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Os números de função 5-6 são
designações de contatos NF re-
tardados na abertura, enquanto
os números de função 7-8 são
utilizados para designar a função
de contatos NA adiantados no fe-
chamento.

Vida Útil dos


Contatores

Vida útil mecânica


Figura 43 - Identificação de Terminais de Potência A vida útil mecânica é obtida por
Fonte: WEG ([200-]c, p. 247). meio da realização de ensaios,
quando se determina o número
de manobras sem carga que o
Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 Os números de função 1, 2 são
contator pode realizar sem apre-
geralmente são conectados aos utilizados para designação de
sentar defeitos mecânicos. Esse
dispositivos de secionamento ou contatos normalmente fechados,
ensaio é realizado com o contator
proteção, sendo que esses termi- já os números de função 3, 4 são
instalado sob condições usuais de
nais do contator ficam voltados utilizados para designação de con-
serviço, com classe de funciona-
para a rede (fonte de alimentação) tatos normalmente abertos.
mento intermitente.
e os terminais 2T1, 4T2 e 6T3 são Os traços que antecedem os núme-
conectados aos relés de sobrecar- ros de função indicam a sequência. Vida útil elétrica
ga ou diretamente à carga. Seguindo a norma, os terminais
Já a vida útil elétrica é determi-
Os terminais dos contatos auxilia- pertencentes a um mesmo ele-
nada por meio de ensaios com o
res são identificados ou marcados mento de contato devem receber o
contator sob carga, sendo obtido
nos diagramas através de figura mesmo número de sequência. No
assim o número de manobras que
com dois números. A unidade re- entanto contatos com o mesmo
os contatos dos polos podem efe-
presenta a função do contato e a número de função devem receber
tuar sem apresentar defeitos ne-
dezena representa a sequência de números de sequência diferentes.
cessitando de manutenção, fator
numeração, como você poderá Na figura a seguir você poderá ob-
que estará ligado diretamente à
observar na figura a seguir. servar como é essa identificação.

Figura 44 - Identificação de Terminais dos Contatos Auxiliares


Fonte: WEG ([200-]c, p. 247).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 49


categoria de emprego, da corrente Principais defeitos e respectivas causas em contatores
e da tensão nominal de serviço.
Os ensaios para determinar a vida Estudaremos, agora, os defeitos mais comuns nos contatores e os pro-
útil elétrica são realizados nos re- blemas causados nos circuitos elétricos por eles comandados. WEG
gimes de emprego AC3 e AC4. ([200-]c)
Podendo variar, dependendo do
tipo e do fabricante, a vida útil Defeito Prováveis Causas
elétrica dos contatos situa-se na
Fusível de comando queimado
faixa de 1 milhão de manobras em
regime AC3. Já a vida útil mecâni- Relé térmico desarmado
ca situa-se na faixa de 10 milhões Comando interrompido
de manobras, o que garante o per-
Bobina queimada
feito funcionamento do contator
Contator não liga Bobina queimada por sobretensão
durante toda a sua vida útil elétri-
ca. WEG ([200-]c) Bobina queimada por ligação em tensão errada
Bobina queimada por queda de tensão
(principalmente CC)
É importante ressaltar que
Bobina queimada por corpo estranho no entreferro
a elevada vida útil mecânica
não garante a você efetuar Linhas de comando longas (efeito de “colamento”
diversas substituições dos capacitivo)
contatos. A substituição dos Contatos soldados
contatos é uma opção válida
e muito empregada, porém, Correntes de ligação elevadas (por exemplo,
Contator não desliga comutação de transformadores a vazio)
a cada manobra do contator
ocorre o faiscamento, em es- Comando oscilante;
pecial na abertura, provocan-
do a carbonização das partes Ligação em curto-circuito;
internas e o depósito de ma- Comutação Y∆ defeituosa.
terial condutor nas câmaras
do contator, fator determi- Contator desliga Quedas de tensão fortes por oscilações da rede ou
nante a sua vida útil elétrica. involuntariamente devido à operação de religadores.
Sempre ao substituir apenas Instabilidade da tensão de comando
os contatos, deverão ser ob-
servados os aspectos relata- Regulação pobre da fonte;
dos anteriormente e deve-se Linhas extensas e de pequena seção;
verificar junto ao fabricante a Faiscamento excessivo
Correntes de partida muito altas;
disponibilidade de venda de
contatos avulsos. Subdimensionamento do transformador de
comando com diversos contatores operando
simultaneamente
Corpo estranho no entreferro;
Posição de montagem
Anel de curto-circuito quebrado;
Preferencialmente, os contatores
Bobina com tensão ou frequência errada;
devem ser montados na vertical
em local que não esteja sujeito a Contator apresenta Superfície dos núcleos, móvel e fixo, suja ou
ruído oxidada, especialmente após longas paradas;
trepidação, sendo permitida uma
inclinação, em relação ao plano de Oscilação de tensão ou frequência no circuito de
montagem, de aproximadamente comando;
30o. Quedas de tensão durante a partida de motores.

50 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Relé inadequado ou mal regulado.
Relé térmico atua e
o motor não atinge Tempo de partida muito longo.
a rotação normal Frequência muito alta de ligações.
(contator com relé)
Sobrecarga no eixo.
Localização inadequada da bobina.
Núcleo móvel preso às guias.
Curto-circuito entre as espiras por deslocamento ou
Bobina magnética se remoção da capa isolante (em CA).
aquece
Curto-circuito entre a bobina e o núcleo e por
deslocamento da camada isolante.
Saturação do núcleo, cujo calor se transmite à
bobina
Sobretensão.
Ligação em tensão errada.
Bobina se queima
Subtensão (principalmente em CC).
Corpo estranho no entreferro.
Carga excessiva.
Pressão inadequada entre contatos.
Dimensões inadequadas dos contatos
Sujeira na superfície dos contatos.
Contatos
sobreaquecem Superfície insuficiente para a troca de calor com o
meio ambiente.
Oxidação (contatos de cobre).
Acabamento e formato inadequados das superfícies
de contato
Correntes de ligação elevadas (como na comutação
de transformadores a vazio).

Contatos se fundem Comandos oscilantes.


Ligação em curto-circuito.
Comutação estrela-triângulo defeituosa
Arco voltaico.
Contatos se desgastam
excessivamente Sistema de desligamento por deslizamento (remove
certa quantidade de material a cada manobra).
Excessiva umidade do ar.
Dielétrico recoberto ou perfurado por insetos,
Isolação é defeituosa poeira e outros corpos.
Presença de óxidos externos provenientes de
material de solda.
Quadro 3 - Principais Defeitos e Respectivas Causas em Contatores
Fonte: SENAI (2004a).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 51


Defeitos mecânicos Seção 3
Os defeitos mecânicos são provenientes da própria construção do dis- Manutenção em relés
positivo, das condições de serviço e do envelhecimento do material (SE- de sobrecarga e de
NAI, 2004a, p. 84). Salientam-se em particular:
tempo
▪▪ lubrificação deficiente;
▪▪ formação de ferrugem;
▪▪ temperaturas muito elevadas; Relés de sobrecarga
▪▪ molas inadequadas; Relés de sobrecarga, conforme a
▪▪ trepidação do local da montagem. figura, são dispositivos constituí-
dos de um par de lâminas metá-
licas (um par por fase), com prin-
Ricochete entre contatos
cípio de funcionamento baseado
Ricochete é a abertura ou o afastamento entre contatos após o choque nas diferentes dilatações térmicas
no momento da ligação. Isso é consequência da energia cinética presente que os metais apresentam quan-
em um dos contatos. do submetidos a uma variação de
O ricochete reduz sensivelmente a vida útil das peças de contato, espe- temperatura, e constituídos, ain-
cialmente no caso de cargas com altas correntes de partida. Isso acon- da, por um mecanismo de disparo
tece porque o arco que se estabelece a cada separação sucessiva dos contido num invólucro isolante e
contatos vaporiza o material das pastilhas. com alta resistência térmica.
Relés de sobrecarga são aplicados
Visando à redução de custos, o tempo de ricochete deve ser reduzido na proteção de um possível supe-
para 0,5ms. Baixa velocidade de manobra, reduzidas massas de contato raquecimento de equipamentos
móveis e forte pressão nas molas são algumas condições que diminuem elétricos, como transformadores
o tempo do ricochete. Os contatores modernos são praticamente livres e principalmente motores.
de ricochete. Na ligação, eles acusam um desgaste de material de con-
tato equivalente a 1/10 do desgaste para desligamento sob corrente
nominal. Assim, a corrente de partida de motores não tem influência na
durabilidade dos contatos (SENAI-MG, 2004a).

Figura 45 - Relé de Sobrecarga


Fonte: Adaptado de WEG ([200-]c, p.
247).

52 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Na figura, a seguir, podemos observar as partes que compõem o relé de sobrecarga. Veja!

1 – Botão de rearme;
2 – Contatos auxiliares;
3 – Botão de teste;
4 – Lâmina bimetálica auxiliar;
5 – Cursor de arraste;
6 – Lâmina bimetálica principal;
7 – Ajuste de corrente.

Figura 46 - Representação Esquemática de um Relé Térmico de Sobrecarga


Fonte: WEG ([200-]c, p. 271).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 53


Circuito principal ou de Corrente nominal do Nomenclatura de con-
potência motor tatos em relés de sobre-
O circuito principal é constituído A corrente nominal do motor carga
de três pares de lâminas bimetá- é utilizado para o ajuste do relé, A nomenclatura utilizada para
licas de aquecimento, alavanca através do botão de regulagem. É, fornecer informações a respeito
de desarme, terminais de entrada ainda, característica fundamental da numeração de sequência e de
(1L1, 3L2 e 5L3) e terminais de na sua seleção, pois é a corrente função de cada terminal, ou sua
saída (2T1, 4T2 e 6T3). do motor que definirá a faixa de localização em relação a outros
corrente do relé de sobrecarga. terminais, deve estar de acordo
com a norma IEC 947.
Circuito auxiliar ou de
Número de manobras Seguindo a norma, os terminais
comando
do circuito principal dos relés de
O circuito auxiliar e constituído A proteção de um motor com relé sobrecarga deverão ser marcados
basicamente dos contatos auxi- de sobrecarga tem seu desempe- da mesma forma que os terminais
liares (NA – normalmente aberto nho garantido nos casos de ope- de potência dos contatores.
– e NF – normalmente fechado) ração contínua ou respeitado o
pelos quais deverá circular toda limite de frequência de manobras
a corrente de comando, botão do fabricante, que na maioria dos
de regulagem, botão de rearme casos é de 15 manobras/hora.
(reset), botão de seleção (manual
e automático) e bimetal de com-
pensação da temperatura (possibi-
Instalação de relés tri-
litado que o relé tenha condições polares para serviços
de operação na faixa de 20o a 50o mono e bifásico
C sem alterações na curva de de- Caso os relés tripolares sejam uti- Figura 48 - Identificação dos Terminais
sarme). lizados na alimentação de cargas de Potência do Relé de Sobrecarga
monofásicas ou bifásicas, a co- Fonte: WEG ([200-]c, p. 277).

Posição de montagem nexão desse dispositivo deve ser


efetuada conforme a figura a se-
A posição de montagem dos relés guir, ou seja, dessa forma o relé
deve seguir sempre as orientações comporta-se como se estivesse
fornecidas pelo fabricante, mas, carregado para serviço trifásico.
em geral, possível afirmar que os
relés podem ser fixados em pare-
des verticais. Inclinações de até
30 o na vertical e 90 o na horizon-
tal são admissíveis para todos os
lados.

Figura 47 - Relé Térmico de Sobrecarga


Tripolar para Serviço Monofásico (a)
ou Bifásico (b)
Fonte: WEG ([200-]c, p. 277).

54 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Tecla multifunção – Programação Relés de tempo com
retardo na energização
(RE)
Os relés de tempo com retardo na
energização (RE) são dispositivos
aplicados no sequenciamento de
comandos e interrupções, painéis
de comando, chaves compensa-
doras.
Figura 49 - Tecla Multifunção em Relé de Sobrecarga
Podemos encontrar esses relés
Fonte: WEG ([200-]c, p. 279).
nas configurações com uma ou
duas saídas NA/NF.
Para que o relé de sobrecarga atue
com eficiência contra a falta de  J m  J ce  Funcionamento
t a  2π  n N   

fase, embora não seja um compo-  mméd  C rméd
C  Com a energização dos terminais
nente específico de proteção con- de alimentação A1-A2/A3-A2,
tra falta de fase se ajustado para inicia-se a contagem do tempo (t)
a corrente de trabalho poderá de- Onde: ajustado no dial. Depois de trans-
tectar a falta de fase, para tanto, ta – tempo de aceleração (segun- corrido esse tempo, ocorrerá a
é necessário medir a grandeza da dos); comutação dos contatos de saída,
corrente não utilizando a corren- permanecendo nessa posição até
Jm – momento de inércia do mo-
te nominal informada na placa do que a alimentação seja interrom-
tor (kgm2);
motor (WEG, [200-]c). pida.
Jce – momento de inércia da carga
referida ao eixo do motor (kgm2);
Relés de tempo nN – rotação nominal (rps);
Temporizadores são dispositivos Cmméd – conjugado médio de ace-
de controle de tempos de curta leração do motor (Nm);
duração que têm por finalidade Crméd – conjugado médio de acele-
fornecer um sinal de saída, con- ração da carga (Nm).
a – Instante da comutação dos con-
forme sua função e o tempo ajus-
tatos
tado. São utilizados na automação b – Retorno a posição de repouso
de máquinas, em processos indus- Existem diversas maneiras de de-
terminar o tempo para se alcançar T – Temporização ajustada no dial
triais, especialmente em sequen-
ciamento, nas interrupções de 90% da rotação síncrona. A pri-
meira delas é com a utilização do Figura 50 - Diagrama Temporal
comandos e em chaves de partida. Fonte: WEG ([200-]c, p. 280).
alicate amperímetro em conjunto
O ajuste do relé de tempo deve com um cronômetro. Quando
ser realizado para um tempo de a corrente atingir um valor em
partida equivalente ao tempo para torno do valor nominal o motor
o motor atingir no mínimo 90% estará apto a comutar. A segunda
da rotação síncrona, que teorica- maneira é medindo o tempo ne-
mente obedece à seguinte função cessário para que o motor atinja
(WEG, [200-]c): 90% da rotação síncrona, instante
ideal para a comutação, com um
tacômetro.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 55


Relés de tempo
estrela-triângulo (RT Y-∆)
Os relés de tempo estrela-triân-
gulo (Y-∆) são dispositivos fa-
bricados especialmente para a
utilização em chaves de partida
estrela-triângulo. Nesse relé va-
mos encontrar dois circuitos de
temporização, sendo possível
ajustar apenas o controle de tem-
Figura 51 - Diagrama Temporal
po que executa a conexão estrela.
Fonte: WEG ([200-]c, p. 283).
O segundo, com tempo preesta-
belecido e fixo (100ms) para o
controle do intervalo entre a troca a – Instante da comutação dos contatos
das conexões estrela e triângulo. b – Retorno à posição de repouso
T1 – Tempo ajustável para conexão estrela
Funcionamento
T2 – Tempo fixo para conexão triângulo (100ms)
Com a energização dos terminais
de alimentação A1-A2/A3-A2, o
contato de saída estrela (15–18) Ajuste da temporização no relé
comuta instantaneamente, perma- A temporização desejada deve ser ajustada através de seu dial de ajuste
necendo acionado durante todo o frontal, cuja escala geralmente apresenta-se em segundos. Você poderá
tempo (t1) ajustado no dial. De- encontrar, no entanto, temporizadores com escala de minutos.
pois de transcorrida a tempori-
zação ajustada, o contato estrela
retorna ao repouso (15–16), ini-
ciando a contagem do tempo (t2)
fixo de 100ms, ocorrido do tempo
(t2), os contatos de saída triângulo
(25–28) serão acionados e perma-
necerão acionados até que a ali-
30

mentação seja interrompida.


10
0,1

1 3

Figura 52 - Dial Ajuste de Temporização


Fonte: WEG ([200-]i, p. 07).

56 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Principais defeitos e respectivas causas em relés
(WEG, [200-]c)

Defeito – relé atuou


Provável causa
▪▪ Relé inadequado ou mal regulado;
▪▪ Tempo de partida muito longo;
▪▪ Frequência de ligações muito alta;
▪▪ Sobrecarga no eixo;
▪▪ Falta de fase;
▪▪ Rotor bloqueado/travado.

Finalmente, estamos chegando no final desta unidade curricular. Mante-


nha-se firme porque ainda há muita novidade pela frente. Vamos juntos!

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 57


Unidade de
estudo 6
Seções de estudo

Seção 1 - Instalação e manutenção de


transformadores
Seção 2 - Manutenção de motores
elétricos
Manutenção de Transformadores
e Motores Elétricos

Seção 1
Instalação e manutenção de transformadores

Transformadores de distribuição e força imersos em


óleo isolante
Os procedimentos relacionados ao recebimento, instalação e manu- Grande parte dos transformado-
tenção de transformadores imersos em líquido isolante, de distribuição res é projetada para operação
e de potência, estão detalhados, respectivamente, na NBR 7036 e na até 1.000 m acima do nível do
NBR 7037, e servirão como base para as etapas descritas a seguir (WEG, mar. Para condições em que a al-
[200-] e). titude é superior a 1.000 m acima
do nível do mar, o equipamento
tem sua capacidade reduzida ou
Recebimento e instalação deverá utilizar um sistema de re-
frigeração mais eficiente (WEG,
Deve haver um espaçamento mínimo de 0,5 m entre transformadores [200-] e, p. 5).
e entre estes e paredes ou muros, proporcionando facilidade de acesso
para inspeção e ventilação, dependendo, entretanto, das dimensões de A tabela a seguir apresenta os
projeto e tensão. valores de limite de temperatura
Transformadores a serem instalados em postes devem ter seu sistema para os transformadores imersos
de fixação e montagem em conformidade com a Norma ABNT e, em em óleo. Analise-a atentamente.
caso de instalações abrigadas, o recinto no qual será colocado o trans-
formador deve ser bem ventilado de maneira que o ar aquecido possa
sair livremente.
Deverá ser realizada inspeção visual, principalmente nas buchas, conec-
tores e acessórios, para constatar a ausência de eventuais danos ou va-
zamentos que poderiam ocorrer devido ao manuseio e ao transporte do
transformador.

É necessária a confirmação de que os dados de placa estão compatí-


veis com a especificação técnica do equipamento e que os dados cons-
tantes na placa de identificação estão coerentes com o sistema em que
o transformador será instalado (WEG, [200-] e, p. 4).

Para transformadores religáveis, deve ocorrer a constatação de que a


ligação de despacho (expedição) atende ao especificado.
Verificar as conexões de aterramento do transformador e atentar para as
ligações do primário e secundário.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 59


Limites de elevação de temperatura (°C)(A)

Dos enrolamentos Das partes metálicas


Tipos
Método da variação
de da resistência
Do Em contato Não em
Transformadores
Circulação Do com a contato com
Ponto
do óleo Circulação óleo isolação a isolação
natural ou forçada sólida ou sólida e não
Mais
forçada de óleo adjacente a adjacente a
sem fluxo com fluxo Quente ela ela
de óleo dirigido
dirigido

Sem
conservador Não devem
A temperatura
atingir
55 60 65 50 não deve
ou sem gás temperaturas
atingir, em
inerte acima superiores
nenhum
do óleo à máxima
Em caso, valores
especificada
que venham
para o ponto
Óleo Com danificar
mais quente
conservador essas partes,
55 60 65 55 da isolação
outras partes
ou com gás adjacente ou
65(A) 70 (A) 80 (A) 65 (A) ou materiais
inerte acima em contato
adjacentes
do óleo com esta

Tabela 1 – Limites de Elevação de Temperatura


Fonte: WEG ([200-]e, p. 05).
(A) Quando é utilizada isolação de papel, este deve ser termoestabilizado.

Ligações
Como comentado anteriormente, é fundamental que se verifique se os
dados da placa de identificação estão coerentes com o sistema ao qual o
transformador vai ser instalado.

Deverá ser realizado o aperto adequado à ligação das buchas cuidando


para que nenhum esforço seja transmitido aos terminais, o que viria a
ocasionar afrouxamento das ligações, mau contato e posteriores vaza-
mentos por sobreaquecimento no sistema de vedação. Alguns tipos de
buchas permitem a conexão direta dos cabos ou barramentos. Outros
necessitam de conectores apropriados, que podem ou não ser forneci-
dos com o transformador. (WEG, [200-], p. 5).

60 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Aterramento A tabela apresentada a seguir relaciona alguns problemas típicos, nor-
malmente encontrados, e as soluções recomendadas relativos à ma-
Deverá ser realizado o aterramen- nutenção. Conforme indicação de alguns fabricantes, alguns ensaios e
to do tanque, figura que segue, via testes devem ser realizados a cada três anos, tais como: fator de potên-
conector e, para que se tenha uma cia do transformador e fator de potência e capacitância das buchas, se
proteção adequada, deveremos providas de derivações capacitivas, isolamento com corrente contínua
ter uma “malha de terra” de baixa do transformador, relação de transformação e resistência elétrica dos
resistência. enrolamentos.

Tg a 90°C (%)
ou FP a 100°C
TIF > 20
(%) (fator
Teor de
de perdas Rigidez Acidez mN/m a Recomendações
dielétricas a água
90°C 25oC
ou 100°C)
Atende Nenhuma
Regeneração ou
Atende Não troca de óleo e
atende limpeza da parte
Atende Atende
ativa
Não Filtragem do
Figura 53 – Aterramento do Tanque do
Transformador óleo
atende
Fonte: WEG ([200-]e, p. 05). Regeneração ou
Atende
troca de óleo
Atende
Obs – O aterramento dos pararraios Não Regeneração ou
deve ser feito com cabos indepen- Atende atende troca de óleo
dentes do aterramento do neutro Atende Não Secagem da
do transformador. parte ativa e de
atende óleo
Secagem da
Não
parte ativa e
Manutenção Atende
atende regeneração ou
troca de óleo
Inspeções periódicas devem ser Atende
realizadas e os registros devem Secagem da
Não
Não parte ativa e
ser feitos a partir dos instrumen- atende
atende regeneração ou
tos indicadores, em caso de ocor- troca de óleo
rências de anomalias ocorridas
Não
com o transformador, ou com o Regeneração ou
sistema elétrico, que possa afetar atende troca de óleo
seu desempenho ou característi-
cas. Também deve ser verificada Não atende
periodicamente a temperatura Tabela 2 – Verificações das Condições do Óleo Isolante
no termovisor, visando a detec- Fonte: WEG ([200-]e, p. 29).
tar possível aquecimento nos co-
nectores, assim como devem ser A seguir é apresentado um roteiro para inspeções visuais periódicas, que
retiradas amostras e realizados deve abranger todos os pontos a serem observados: (WEG, [200-] e, p.
ensaios para a avaliação do óleo 28)
isolante (anualmente).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 61


Inspeções periódicas g. Posição das válvulas dos radia- ruído, vibrações e vazamento
dores (S). (S);
semestrais e trienais
Esse procedimento estabelece as b. Circuitos de comando, contro-
verificações mínimas a serem fei- A-3. Conservador le e alimentação (S);
tas nos diversos componentes do a. Vazamento (S);
transformador, semestralmente c. Indicador de fluxo (S);
(S) e cada três anos (T). (WEG, b. Registros entre conservador
[200-]e, p. 28) d. Pressostatos (S).
e tanque, se estão totalmente
abertos (T);
A-1. Buchas A-7. Secador de ar
c. Fixação do conservador (T);
a. Vazamentos (S); a. Estado de conservação (S);
d. Nível do óleo isolante (S).
b. Nível do óleo isolante (S); b. Limpeza e nível de óleo da
cuba (S);
c. Trincas ou partes quebradas, A-4. Termômetros de óleo e/
inclusive no visor do óleo (T); ou enrolamento c. Estado das juntas e vedação
(S);
a. Funcionamento dos indicado-
d. Fixação (T);
res de temperatura (S); d. d) Condições da sílica-gel (S).
e. Condições e alinhamento dos
b. Valores de temperatura encon-
centelhadores (T);
trados (anotar) (S); A-8. Dispositivo de alívio de
f. Conectores, cabos e barramen- pressão
c. Estado dos tubos capilares dos
tos (T);
termômetros (T); a. Tipo tubular: verificar a inte-
gridade da membrana (T);
g. Limpeza das porcelanas (T).
d. Pintura e oxidação (S);
b. Tipo válvula: verificar funcio-
A-2. Tanque e radiadores e. Calibração e aferição (T); namento do microrruptor (T).

a. Vibração do tanque e das aletas f. Nível de óleo na bolsa (T).


dos radiadores (S);
Nota: para a verificação do
A-5. Sistema de ventilação for- funcionamento físico da vál-
b. Vazamentos na tampa, nos
çada vula, ela deverá ser desmon-
radiadores, no comutador de tada e ensaiada em dispositi-
derivações, nos registros e nos vo apropriado.
a. Ventiladores quanto a aqueci-
bujões de drenagem (S);
mento, vibração, ruído, veda-
ção a intempéries, fixação, pin-
c. Estado da pintura, anotando
tura e oxidação (S); A-9. Relé de gás tipo Buchholz
os eventuais pontos de oxida-
ção (S); a. Presença de gás no visor (S);
b. Acionamento manual (S);
d. Estado dos indicadores de b. Limpeza do visor (T);
c. Circuitos de alimentação (S);
pressão (para transformadores
selados) (S); d. Pás e grades de proteção (S). c. Vazamento de óleo (S);

e. Todas as conexões de aterra- d. Juntas (S);


mento (tanque, neutro etc.) A-6. Sistema de circulação de
(T); óleo e. Fiação (T);

f. Bases (nivelamento, trincas a. Bomba de circulação forçada f. Atuação (alarme e desligamen-


etc.) (S); de óleo quanto a aquecimento, to) (T).

62 CURSOS TÉCNICOS SENAI


A-10. Relé de pressão súbita e. Contatores, fusíveis, relés e b. aquecimento nos conectores,
chaves (T); observando os critérios esta-
a. Vazamento (S); belecidos para termovisão;
f. Isolação da fiação (T);
b. Juntas (S); c. desnivelamento da base;
g. Aterramento do secundário
c. Contatores tipo plugue (T); dos TCs, régua de bornes, d. anormalidades constatadas nos
identificação da fiação e com- ensaios de óleo, obedecendo
d. Fiação (T). ponentes (T). aos limites fixados na NBR-
10756;
A-11. Comutadores de deriva- A-13. Ligações externas
ções e. irregularidades no funciona-
mento do comutador de deri-
a. Aterramento (T);
a. Tipo a vazio: estado geral e vações em carga.
condições de funcionamento b. Circuitos de alimentação exter-
(T); f. nesse caso, bloquear a opera-
nos (S).
ção do comutador.
b. Tipo sob carga: Com base nos resultados do rotei-
g. trinca ou quebra do diafragma
ro de inspeção, devem ser toma-
▪▪ nível de óleo do compar- da válvula de segurança (tubo
das as seguintes providências, de
timento do comutador (S); de explosão);
acordo com o resultado obtido:
▪▪ condições da caixa do
acionamento motorizado, h. defeitos nos acessórios de pro-
quanto a limpeza, umi- Desligamento imediato (risco teção e sinalização.
dade, juntas de vedação, iminente para equipamento e
trincos e maçanetas, aque- instalação);
cimento interno etc. (S); a. Ruído interno anormal;
▪▪ motor e circuito de ali-
mentação (S); b. Vazamento significativo de
▪▪ fiação (S). óleo;

c. Aquecimento excessivo nos


conectores, observando os cri-
Nota: as inspeções por tem-
po de operação ou número térios estabelecidos para ter-
de comutações devem ser re- movisão;
alizadas conforme o estabele-
cido no manual do fabricante d. Relé de gás atuado;
do comutador.
e. Sobreaquecimento de óleo ou
dos enrolamentos detectados
através dos termômetros/ima-
A-12. Caixa de terminais da fia-
gens térmicas.
ção de controle e proteção

a. Limpeza, estado da fiação e


Desligamento programado
blocos terminais (S);
(sem riscos imediatos)
b. Juntas de vedação, trincos e Esse desligamento, embora pro-
maçanetas da caixa (S); gramado, deve ser realizado no
menor prazo possível, dentro das
c. Resistor de aquecimento e ilu- condições do sistema:
minação interna (S);
a. vazamento de óleo que não
d. Fixação, corrosão (S); oferece risco imediato de abai-
xamento perigoso do nível;

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 63


Na figura, podemos observar os componentes integrantes de um trans-
formador a óleo.

Terminal de alta tensão


Terminal de alta tensão
Bucha de alta tensão

Tampa

Abertura para inspeção

Guarnição

Comutador
Armadura

Núcleo

Bobina

Bobina de BT

Bobina de AT Núcleo

Armadura

Tanque
Bucha de baixa tensão

Olhal de suspensão Terminal de baixa tensão


Radiador
Dispositivo de aterramento

Suporte de fixação ao poste Placa de identificação

Figura 54 – Componentes Integrantes de um Transformador a Óleo


Fonte: WEG (200-]b, p. 204).

Transformadores de potência a seco

Os procedimentos relacionados ao recebimento, instalação e manuten-


ção de transformadores de potência a seco e a aplicação de cargas em
transformadores de potência estão detalhados, respectivamente, na
NBR 10295 e NBR 5416 e servirão como base para as etapas descritas a
seguir. (WEG, [200-]f)

Manutenção
Uma das grandes vantagens desse tipo de transformador é o número
reduzido de manutenções. No entanto, o acompanhamento periódico se
faz necessário para a verificação de eventuais anomalias, observando-se
os seguintes pontos (WEG [200-]f, p. 9):
▪▪ sobreaquecimento nos terminais;
▪▪ funcionamento do conjunto de proteção térmica;
▪▪ verificação da pressão nos contatos dos terminais, painel de comu-
tação;

64 CURSOS TÉCNICOS SENAI


▪▪ verificação de eventual obstrução nas entradas e saídas de ar.
Inspeções periódicas devem ser realizadas e os registros devem ser feitos
a partir dos instrumentos indicadores, em caso de anomalias ocorridas
com o transformador ou com o sistema elétrico que possam afetar seu
desempenho ou características. Também deve ser verificada periodica-
mente a temperatura através da inspeção termográfica.

Alguns defeitos normalmente ocorridos podem ser relacionados com as


causas prováveis, como mostra o quadro abaixo. É apresentada também
a ação necessária para a correção.

Item Anormalidades Causa Provável Correção


Limpeza de áreas de contatos.
Sobreaquecimento Mal contato.
nos terminais AT, BT Apertar porcas/parafusos
1 Sobrecarga acima do previsto.
e ponto de conexão e Diminuir carga.
painel de comutação
Aumentar a refrigeração.

Circulação de ar de Limpar canais de ar de refrigeração do


refrigeração insuficiente. transformador.

Verificar dutos/aberturas para circulação de ar


Sobreaquecimento do Temperatura do ar de de refrigeração, quanto ao dimensionamento e
2 refrigeração acima da
transformador às obstruções.
temperatura prevista

Diminuir carga.
Sobreaquecimento do
transformador Aumentar a circulação de ar da refrigeração.

Verificar tensão de alimentação no relé.


Atuação do relé de
3 proteção (alarme e/ou Falta de alimentação do relé. Verificar funcionamento correto do relé e
desligamento). fiação.
Quadro 4 – Análise de Anormalidades
Fonte: WEG ([200-]f, p. 10).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 65


A mais importante razão para o 1. o sistema ou equipamento
Seção 2 teste de isolação é garantir a se- é desligado e desconectado
Manutenção de mo- gurança pública e pessoal. Execu- de todos os outros circuitos,
tores elétricos tando um teste de alta voltagem chaves, capacitores, escovas,
entre condutores de correntes para-raios e interruptores de
não energizados (hot), na terra e circuito. Certifique-se de que
condutores-terra, você pode eli- as medições não são afetadas
Introdução minar a possibilidade de curtos- por corrente de fuga através de
A manutenção de motores elétri- circuitos ou curtos para terra que chaves e aparelhos de proteção
cos, adequadamente aplicada, re- sejam ameaçadores. de excesso de corrente.
sume-se a uma inspeção periódi- O teste geralmente é executado
ca quanto a níveis de isolamento, depois da instalação inicial do 2. a temperatura do condutor está
elevação de temperatura, desgas- equipamento. Esse processo pro- acima do ponto de condensa-
tes excessivos, correta lubrificação tegerá o sistema contra equipa- ção do ar ambiente. Quando
dos rolamentos e eventuais exa- mentos defeituosos e mal conec- este não for o caso, uma cama-
mes no ventilador, para verificar o tados por fios e irá garantir uma da de umidade se formará na
correto fluxo de ar. instalação de alta qualidade e pro- superfície de isolação e, em al-
teção contra fogo ou choque. guns casos, será absorvida pelo
A frequência com que devem ser material.
feitas as inspeções depende do A segunda razão mais importante
tipo e das condições do local de para o teste de isolação é prote- 3. a superfície do condutor con-
aplicação do motor. Os motores ger e prolongar a vida de sistemas tém carbono e outras matérias
devem ser mantidos limpos, pois elétricos e motores. Ao longo dos estranhas que podem se tornar
o acúmulo de sujeira prejudica anos, sistemas elétricos são ex- condutivas em condições de
a refrigeração. Também se deve postos a fatores ambientais como umidade.
atentar para que o grau de pro- sujeira, graxa, temperatura, es-
teção do motor seja adequado ao tresse e vibração. Tais condições 4. a voltagem adotada não é mui-
local de instalação. podem levar a falhas de isolação, to alta. Quando sistemas de
Para o bom funcionamento dos resultando em perda de produção baixa voltagem são testados, o
motores elétricos, os rolamentos ou mesmo incêndios. excesso de voltagem pode es-
deverão estar em perfeito estado, tressar ou danificar a isolação.
por isso estudaremos esses com-
ponentes mais especificamente. DICA 5. o sistema sob teste foi comple-
Testes de manutenção pe- tamente descarregado na terra.
riódica podem fornecer in- O tempo de descarga na ter-
Resistências de isola- formações valiosas sobre ra deve ser aproximadamente
mento o estado de deterioração e cinco vezes o tempo de carga
ajudarão a predizer possí- de teste.
Os níveis de isolamento de um veis falhas do sistema. A cor-
motor devem ser verificados reção de problemas evitará 6. o efeito de temperatura é
com o auxílio de um meghô- surpresas e aborrecimentos, considerado. Uma vez que a
metro, a fim de constar o iso- além de estender a vida útil
resistência de isolação é in-
lamento entre as bobinas e o de operação para uma série
versamente proporcional à
isolamento entre as bobinas e de equipamentos.
a carcaça do motor. Também é temperatura de isolação (a re-
importante que seja verificado sistência decresce à medida
o valor da resistência de cada que a temperatura aumenta),
bobina do motor, para verificar Antes de medir as leituras registradas são alte-
a possível existência de curto radas por mudanças na tempe-
A fim de obter medições de resis-
parcial. (WEG, [200-]c) ratura do material de isolação.
tência de isolação significantes, o
eletricista deve examinar cuidado-
samente o sistema sob teste. Os
melhores resultados são alcança-
dos quando:

66 CURSOS TÉCNICOS SENAI


É recomendável que os testes se-
jam executados à temperatura de
condutor padrão 20o C. Como
regra básica, ao comparar leituras
à temperatura de base de 20o C,
dobre a resistência para cada 10o
C acima de 20o C ou divida a re-
sistência por dois para cada 10o C
abaixo de 20o C em temperatura.
Por exemplo, uma resistência de 1
Mega-Ohm a 40o C passará a ser
4 Mega-Omhs à temperatura de
20o C. Para medir a temperatura
do condutor, use um termômetro
infravermelho sem contato.

Teste de resistência de
isolamento em motores Figura 55 – Teste de Nível de Isolação de um Motor
Ao testar a resistência entre bo- Fonte: WEG ([200-]c).
binas do estator, certifique-se de
que as fases e circuitos do estator
estão desconectadas. Meça a resis-
Desequilíbrio entre correntes de fase
tência de isolação entre circuitos e Se o desequilíbrio entre as correntes nas fases do motor for superior a
entre os circuitos e a terra. 5%, sua causa deverá ser investigada e eliminada.
A seguinte tabela lista as leituras Para a verificação do desequilíbrio entre as fases de um motor elétrico,
mínimas de resistência recomen- devemos agir conforme o exemplo abaixo:
dadas para as classificações varia-
das de voltagem de motor. 1. medir a corrente nas três fases e calcular a corrente média.
Ex.: Ia = 125A Ib = 134A Ic = 138A I média = 132A

Classificação Resistência 2. verificar qual corrente apresenta o maior desvio em relação à corrente
de Voltagem Mínima média (DM)
de Fábrica aceitável
O maior desvio está na fase A, pois a diferença em relação à média é de
7,43A
0-208 100.000Ω
208-240 200.000Ω 3. calcular o desequilíbrio de corrente percentual (DI)

240-600 300.000Ω DI =( DM/ média) x 100% DI = (7,3/132) x 100 = 5,52%

600-1.000 1 MΩ
Nesse exemplo o desequilíbrio está acima de 5%, portanto, sua causa
1.000-2.400 2 MΩ deverá ser investigada e eliminada.
2.400-5.000 3 MΩ

Tabela 3 – Resistência mínima reco- Identificação dos Terminais do Motor de Indução Tri-
mendada a 40 o C fásico
Fonte: WEG ([200-]c).
Esse procedimento visa a facilitar a identificação de terminais de um
motor de indução trifásico, que, por algum motivo, teve sua numeração
A figura que segue apresenta a perdida e não se tem outra maneira de identificá-los sem abrir a máqui-
forma como deve ser testado o na. Vamos agora estudar esta tarefa.
nível de isolação do motor.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 67


Os motores de indução trifásicos em baixa tensão podem oferecer dife-
rentes opções de ligação de seus enrolamentos, pois podem trabalhar em
diferentes níveis de tensão ou velocidade, sendo assim, estão disponíveis
em 3, 6, 9 ou 12 cabos, de acordo com as necessidades.
Na prática, é bastante comum a perda de numeração (identificação de
cabos) devido aos mais variados motivos. Para o restabelecimento corre-
to da numeração adequada, para uma posterior execução das ligações de
forma correta, deve-se realizar o seguinte procedimento descrito abaixo,
que terá como base o motor com seis cabos.
Inicialmente, identificam-se os três circuitos com um testador de con-
tinuidade ou um ohmímetro. Depois, utilizam-se os seguintes procedi-
mentos:
1o passo – Adotar uma bobina como referência, numerando-a como
sendo 1 - 4;
2o passo – Utilizar qualquer uma das bobinas restantes, numerá-la de
forma provisória aleatoriamente e ligá-la à referência, como indica a fi-
gura, a seguir;

Figura 56 – Medição de Tensão na Bobina Restante


Fonte: Niederle (1998, p. 7 ).

3o passo – Medir a tensão induzida na bobina restante e verificar os


critérios da Tabela;

Medida Realizada Marcações


≅0 Correta
>> 0 Invertida

Tabela 4 – Resultados de Medições de Tensão e Critérios para Marcação dos Termi-


nais
Fonte: Niederle (1998, p. 6).

DICA
Correta – Numerar definitivamente os terminais;

Invertida – Inverter os terminais e numerá-los definitivamente

4o passo – Trocar as bobinas 2 - 5 pela restante, numerando-a como


3 - 6. Repetir o 3o passo.

68 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Planos de manutenção aplicados a motores elétricos
A seguir é apresentado um plano de manutenção para motores que re-
laciona o componente a ser inspecionado com a ação a ser realizada
e o intervalo de tempo (periodicidade) entre as ações em motores de
corrente alternada.

Anualmente
A cada 3 A Cada 3 anos
Componente Diariamente Semanalmente (Revisão
meses (Revisão Completa)
Parcial)

Desmontar o motor.
Inspeção de Drenar água
Reapertar
Motor completo. ruído e de condensada
parafusos. Checar as partes e
vibração. (se houver). peças.

Limpeza.

Inspeção visual; Checar a fixação do


enrolamento.
Enrolamento do Medir
estator e rotor. resistência de Estecas.
isolação.
Medir a resistência
de isolação.

Limpeza dos
mancais, substituir,
se necessário.
Reengraxar. Inspecionar casquilho
e substituir se
Controle de Respeitar
Mancais. necessário, (mancal
ruído. intervalos
de bucha).
conforme placas
de lubrificação. Inspecionar pista
de deslize (eixo) e
recuperar quando
necessário.
Limpar o
Caixa de ligação, interior, Limpar interior e
aterramentos. reapertar os reapertar parafusos.
parafusos.
Acoplamento
(observe as Após 1ª semana:
Checar
instruções de Checar alinhamento
checar alinhamento e
manutenção do e fixação.
alinhamento e fixação.
fabricante do
fixação.
acoplamento).
Se possível,
Registre os
Dispositivos de desmontar e testar
valores da
monitoração. seu modo de
medição.
funcionamento.
Limpar
Limpar (quando
Filtro. (quando Limpar.
necessário).
necessário).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 69


Controle de
Controle a
Áreas dos anéis. limpeza se
limpeza.
necessário.

Controle da
superfície,
Anéis.
limpeza e
contato.

Controle,
substituir
Escovas. quando o
comprimento
estiver gasto.
Troca de calor Limpar os tubos do
ar-ar. trocador.
Quadro 5 – Plano de Manutenção
Fonte: WEG ([200-]c, p. 52).

Falhas em motores elétricos


A seguir é apresentada uma tabela que relaciona defeitos a diversas cau-
sas possíveis. Essas informações poderão servir como base na avaliação
de motores e em sua manutenção.

Defeitos Possíveis Causas

Falta de tensão nos bornes do motor;

Baixa tensão de alimentação;

Conexão errada;

Numeração dos cabos trocada;


Motor não consegue partir
Carga excessiva;

Platinado aberto;

Capacitor danificado;

Bobina auxiliar interrompida.

Ligação interna errada;

Rotor falhado;

Rotor descentralizado;

Tensão abaixo da nominal;


Baixo torque de partida
Frequência abaixo da nominal;

Frequência acima da nominal;

Capacitância abaixo da especificada;

Capacitores ligados em série em vez de paralelo.

70 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Rotor falhado;

Rotor com inclinação de barras acima do especificado;

Conjugado máximo baixo Rotor descentralizado;

Tensão abaixo da nominal;

Capacitor permanente abaixo do especificado.

Entreferro acima do especificado;

Tensão acima do especificado;

Frequência abaixo do especificado;

Ligação interna errada;

Rotor descentralizado;

Corrente alta a vazio Rotor arrastando;

Rolamentos com defeito;

Tampas com muita pressão ou mal encaixadas;

Chapas magnéticas sem tratamento;

Capacitor permanente fora do especificado;

Platinado/centrífugo não abre.

Tensão fora da nominal;

Sobrecarga;

Corrente alta em carga Frequência fora da nominal;

Correias muito esticadas;

Rotor arrastando no estator.

Isolantes de ranhura danificados;

Cabinhos cortados;

Resistência de isolamento baixo Cabeça de bobina encostando na carcaça;

Presença de umidade ou agentes químicos;

Presença de pó sobre o bobinado.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 71


Graxa em demasia;

Excessivo esforço axial ou radial da correia;

Eixo torto;
Aquecimento dos mancais
Tampas frouxas ou descentralizadas;

Falta de graxa;

Matéria estranha na graxa.

Ventilação obstruída;

Ventilador menor;

Tensão ou frequência fora do especificado;

Rotor arrastando;

Rotor falhando;

Estator sem impregnação;


Sobreaquecimento do motor
Sobrecarga;

Rolamento com defeito;

Partidas consecutivas;

Entreferro abaixo do especificado;

Capacitor permanente inadequado;

Ligações erradas.

72 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Desbalanceamento;

Eixo torto;

Alinhamento incorreto;

Rotor fora de centro;

Ligações erradas;
Alto nível de ruído
Corpos estranhos no entreferro;

Objetos presos entre o ventilador e defletor;

Rolamentos gastos;

Combinação de ranhuras inadequadas;

Aerodinâmica inadequada.

Rotor fora de centro;

Desbalanceamento na tensão da rede;

Rotor falhado;

Ligações erradas;

Rotor desbalanceado;
Vibração excessiva Mancais com folga;

Rotor arrastando;

Eixo torto;

Folga nas chapas do estator;

Uso de grupos fracionários em bobinagem de motor monofásico de


capacitor permanente.
Quadro 6 – Defeitos e Possíveis Causas em Motores Elétricos
Fonte: WEG ([200-]c, p. 227 e 228).

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 73


Defeitos em enrolamentos de motores elétricos de
indução
A figura a seguir apresenta alguns defeitos com suas possíveis causas em
enrolamentos de motores elétricos de indução. (WEG, [200-]c, p. 228)

Motores Trifásicos

Figura 57 – Exemplos de Motores Trifásicos


Fonte: WEG ([200-]c, p. 230).

74 CURSOS TÉCNICOS SENAI


Foto nº 1, 2, 3, 4, 5 e 9 – Essas fotos mostram defeitos de isolamento
causados caracteristicamente por contaminações, abrasão ou oscilação
de tensão;
Foto nº 6 – A queima total do isolamento em todas as fases do enrola-
mento trifásico origina-se na sobrecarga do motor. Subtensões e sobre-
tensões provocam o mesmo tipo de falha;
Foto nº 7 – A queima total do isolamento em todas as fases do motor,
normalmente é motivada por correntes muito altas no enrolamento do
estator devido à condição de rotor bloqueado. Isto também pode ocor-
rer devido a partidas e reversões excessivas.
Foto nº 8 – Defeitos de isolamento como este, normalmente são cau-
sados por pico de tensão, que ocorre muitas vezes na comutação de
circuitos de força, descargas atmosféricas, descargas de capacitores e de
dispositivos de força de semicondutores.
Foto nº 10 e 11 – O defeito de “falta de fase” surge em consequência de
interrupção numa fase da rede de alimentação do motor. A causa geral-
mente é um fusível queimado, um contator aberto, uma linha de força
interrompida ou conexão deficiente.
Foto nº 12 – A queima do isolamento numa fase do enrolamento do
estator, pode resultar de tensão desigual entre as fases. Tensões desi-
guais normalmente são motivadas por carga não balanceada na rede de
alimentação, por conexões deficientes junto aos terminais do motor ou
por mau contato. Um desequilíbrio de corrente de 5% a 10%.

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 75


Finalizando
Ao longo desta unidade curricular apresentamos a você conceitos, noções e ferramentas essen-
ciais ao desenvolvimento de seu trabalho como técnico em Eletromecânica, tanto do ponto de
vista técnico-operacional como do planejamento. Pretendemos a leitura e a interpretação ajustada
das normas que regulamentam a atividade de instalação e manutenção elétrica, bem como de
catálogos e manuais de equipamentos. Discorremos, entre outros, sobre os custos envolvidos na
atividade de manutenção, sobre a manutenção de equipamentos e dispositivos de automação, os
instrumentos de medição e as técnicas de manutenção elétrica.
Esperamos que você tenha se deliciado com todas as descobertas que lhe reservamos!
Sucesso em sua caminhada acadêmica!

MANUTENÇÃO ELÉTRICA E AUTOMAÇÃO 77


Referências
▪▪ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7036: Rece-
bimento, instalação e manutenção de transformadores de distribuição imersos em
líquido isolante. Rio de Janeiro.

▪▪ ______. NBR 7037: Recebimento, instalação e manutenção de transformadores de


potência em óleo isolante mineral. Rio de Janeiro.

▪▪ ______. NBR 5416: Aplicação de cargas em transformadores de potência. Rio de


Janeiro .

▪▪ BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora – NR 10: Segu-


rança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília: Ministério do Trabalho, 2004.

▪▪ ______. Norma Regulamentadora nº 06: equipamento de proteção individual. Brasília:


Ministério do Trabalho, [200-]. 33 p.

▪▪ ______. Manual de aplicação da Norma Regulamentadora nº 17 – Ergonomia. 2 ed.


Brasília, MTE/SIT, 2002.

▪▪ ______. Norma Regulamentadora – NR 33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espa-


ços Confinados. Brasília: Ministério do Trabalho, [200-].

▪▪ FERREIRA, A. B. de H. Dicionário eletrônico Aurélio. 3. Ed. Curitiba: Positivo, 2010.

▪▪ KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção: função estratégica. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ:
Qualitymark, 2001. 341 p.

▪▪ KARDEC, Alan; RIBEIRO, Haroldo. Gestão estratégica e manutenção autônoma. Rio


de Janeiro, RJ: Qualitymark, c2002. xiv, 117 p.

▪▪ NIEDERLE, Gilnei Dresch. Motores de indução trifásicos. Ijuí: UNIJUI – Universidade


do Noroeste do Estado de RS, 1998. (Relatório de Atividades Práticas).

▪▪ PARKER HANNIFIN CORPORATION. Tecnologia eletropneumática indústria. Jac-


areí: Parker Training, 2001. (Apostila). Disponível em: <http://amsfrancisco.planetaclix.pt/
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▪▪ SENAI. Eletricidade predial, material EAD. São Paulo, SP: SENAI-SP, 2009.

▪▪ ______. Comandos elétricos. Itabira: SENAI-MG, 2004a.

▪▪ ______. Manutenção industrial – Santa Luzia: SENAI-MG, 2004b.

▪▪ ______. Eletricista de instalações prediais, material EAD. Porto Alegre: SENAI-RS,


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▪▪ TAKAHASHI, Yoshikazu; OSADA, Takashi. TPM/MPT: manutenção produtiva total.


São Paulo, SP: IMAM, 1993. 322 p.

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▪▪ VERRI, Luiz Alberto. Gerenciamento pela qualidade total na manutenção industrial:
aplicação prática. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark, 2007. 128 p.

▪▪ VIANA, Herbert Ricardo Garcia. PCM – Planejamento Controle de Manutenção. Rio


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▪▪ WEG S.A. Catálogo de fusíveis. Jaraguá do Sul: WEG, [200-]g.

▪▪ ______. Catálogo de relés de proteção e temporizadores WEG. Jaraguá do Sul: WEG,


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▪▪ ______. Catálogo de temporizadores. Jaraguá do Sul: WEG, [200-]i.

▪▪ ______. Manual de comando e proteção: módulo 1. Jaraguá do Sul: WEG, [200-]c. p. 314.

▪▪ ______. Manual de contatores. Jaraguá do Sul: WEG, [200-]h.

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▪▪ ______. Manual de instalação e manutenção de motores corrente contínua. Jaraguá do


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▪▪ ______. Manual de instalação e manutenção de transformador a Seco. Blumenau:


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▪▪ ______. Manual de instalação e manutenção de transformadores. Blumenau: WEG,


[200-]e.

▪▪ ______. Montagem painéis: módulo 5. Jaraguá do Sul: WEG, [200-]a. p. 63.

80 CURSOS TÉCNICOS SENAI

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