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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Atividade 02 – Questões e Problemas

GERÊNCIA DE PRODUTO E PREÇO - Prof.: Raul de Freitas Balbino

Discente: Matrícula:
MATHEUS HENRIQUE S. MARTINS 11921ADM202

Uberlândia – MG
2021
1. Conforme visto no documentário, analise o ciclo de vida do produto IPOD e descreva
as fases de vida do produto (caso seja necessário, utilize outras fontes para suas
respostas):

Desenvolvimento

Após o retorno de Steve Jobs à empresa, a Apple decidiu entrar no mercado dos aparelhos de
MP3 quando surgiu um fornecedor independente, Tony Fadell, e seu objetivo era desenvolver
um aparelho com disco rígido de MP3 que se conectaria a uma loja online. Pouco tempo
depois de lançar sua loja online de músicas, o iTunes, Jobs resolveu desenvolver o iPod num
esquema sigiloso, uma equipe montada e um prazo quase impraticável. Steve queria tudo
pronto dentro de nove meses. A equipe trabalhava 7 dias por semana, havia reuniões diárias e
Steve se envolveu bastante no projeto, queria um design simples, com menos botões possíveis
e de fácil acesso e manuseio. Entretanto, faltando 3 meses para o lançamento, os
desenvolvedores do iPod descobriram que o produto descarregava após 3 horas de uso, até
mesmo desligado. Finalmente, após 8 semanas estressantes, os engenheiros encontraram a
solução e resolveram o problema da vida útil da bateria.

Introdução

Jobs então apresentou o produto para a mídia e fornecedores, em 2001, um dispositivo de


MP3 que armazenava até mil músicas e cabia no bolso. Apesar do produto inovador, o
momento não era nada propício. Em um momento no qual muitas gravadoras ainda estavam
com medo da empresa Napster e de outros programas que permitiam o download gratuito de
músicas. Além disso, o atentado às torres gêmeas havia ocorrido um mês antes e o país inteiro
ainda estava em choque. A decadência das empresas de internet estava começando, a
economia do Vale do Silício estava se desintegrando… A impressão era que a Apple estava se
arriscando em um mercado que não estava firme. O produto em sua introdução recebeu
muitas críticas, o preço era alto, era melhor ter os discos físicos. Apesar disso, o iPod tinha
algumas coisas a seu favor: o produto tinha uma integração perfeita com o iTunes, era um
aparelho bonito e na moda e a marca já tinha uma base leal de consumidores do MAC, que
ficaram entusiasmados com o lançamento do iPod. Uma comunidade influente, grupos de
amigos compartilhando novidades e comentando entre si… tudo isso fez o lançamento
deslanchar.

Crescimento

Outro fator foi importante para o crescimento do produto: os fones brancos. Por um puro
golpe de sorte, os fones brancos usados junto com o aparelho branco despertou atenção dos
consumidores, que consideravam quem usava a combinação descolada, interessante e na
moda. A Apple se aproveitou e incorporou os fones brancos às propagandas e divulgação do
iPod. Manchetes em revistas, artigos sobre listas de músicas de celebridades e notícias na TV
aumentaram ainda mais o crescimento e vendas do produto. No ano de 2004 o iPod
representava 53% das vendas da empresa. Nascia o fenômeno do iPod. Com a extinção da
Napster, os consumidores queriam outra alternativa para baixar suas músicas online. Steve
queria que as músicas fossem ―alugadas‖ pelos consumidores no ITunes porém as gravadoras
exigiam que os álbuns fossem vendidos completos. Após meses de negociações exaustivas
com executivos e artistas, a Apple lançou a Music Store no ITunes. Eram mais de 200 mil
músicas das principais gravadoras. Cada canção era vendida a US$ 0,99, sendo que a empresa
da Maçã ficava com somente 30% do lucro de cada venda. Inicialmente desacreditada pelas
gravadoras, essa ideia deu muito certo e, em menos de um ano, 25 milhões de músicas já
haviam sido vendidas — o que fez com que os nomes do mundo da música que ficaram de
fora do lançamento corressem para incluir seus artistas no serviço. Além de a Apple evoluir
com rapidez expressiva seu hardware — as mudanças aconteciam em intervalos menores do
que um ano —, ela acertou em cheio ao garantir a compatibilidade com o Windows já na
terceira geração do produto, em 2003. A decisão pode não ter agradado Jobs, mas ele teve que
―abrir mão‖ da exclusividade com o MAC para garantir que uma quantidade maior de pessoas
pudesse ter acesso ao gadget. O resultado foi fenomenal, foi como se todos os usuários de PC
quisessem ter um iPod para conectar a seus computadores.

Maturidade

No início de 2004, o dispositivo se tornava mais que um produto e passava a ser um


fenômeno cultural. As vendas estavam indo às alturas. No final do mesmo ano, a empresa da
maçã havia vendido 200 milhões de músicas no ITunes e mais de 6 milhões de iPods. Em
2005, a Apple vendeu 32 milhões de iPods. A empresa quadruplicou as vendas dos três anos
anteriores e solidificou sua posição com 75% do mercado de aparelhos de MP3 nos EUA.
Desde 2001, a Apple lançou cinco linhas diferentes de iPods: Classic, Mini, Nano, Shuffle e
Touch. No seu auge, o aparelho chegou a vender mais de 55 milhões de unidades em 2008.

Declínio

Mesmo importantes para a história da Apple e essenciais em determinar o que a empresa é


atualmente, os iPods foram relegados a um papel secundário em sua linha de produtos. A
principal razão para isso tem um nome bastante conhecido: o iPhone. Unindo capacidades de
reprodução multimídia a CPUs com grande capacidade de processamento e à possibilidade de
fazer ligações, o gadget logo se tornou o principal produto da organização. Se o iPod foi um
dos grandes responsáveis por minar o mercado de discmans, o reprodutor de músicas pode
estar sendo a vítima da vez na briga com os smartphones. A questão atual é por que valeria a
pena comprar um iPod se o celular contém, em único dispositivo, as mesmas funções do
player e ainda faz ligações. Além disso, o espaço interno do smartphone ainda pode ser
ampliado com um cartão de memória. Em 2013, o número de aparelhos vendidos caiu à
metade da marca atingida em 2008, seu auge. Esse tocador digital de músicas já foi
responsável por 40% da receita da Apple, em 2006. E em 2013 não chegou a 3%. Com isso a
linha iPod foi aos poucos jogada para escanteio: em 2014 a linha Classic foi encerrada, tanto
por escassez de peças quanto pela necessidade de matar de vez a porta de 30 pinos; a
categoria iPod foi escondida dentro do site oficial; seus números de venda deixaram de ser
informados em 2015; a Apple não mais os mencionou em keynotes e para completar, o Nano
e o Shuffle não tinham acesso ao Apple Music por não rodarem iOS. O completo silêncio
quando dos 15 anos da linha foi o alarme final, de que o outrora player revolucionário estava
com os dias contados.

2. Como as tendências mutáveis do consumidor influenciaram o desenvolvimento e


lançamento de novos produtos da Apple?

A Apple compreende que os consumidores de tecnologia se sentem sobrecarregados com


informação com frequência. Isso também acontece em outros nichos e indústrias. A empresa
da maçã reduz a confusão enfrentada por consumidores ao simplesmente simplificar os textos
no site e outros textos de venda. Eles eliminam completamente o jargão e termos técnicos, se
adaptando às tendências mutáveis dos consumidores. Em seu lugar, usam linguagem simples
e direta enquanto destacam os benefícios que os consumidores precisam muito e pelos quais
serão encantados. Eles carregam a filosofia ―quanto mais simples melhor‖ nas suas linhas de
produtos também. Eles não sobrecarregam seus clientes em potencial com escolhas,
parâmetros e opções em demasia. Além disso, como a Apple consegue manter seus fãs com
preços tão mais altos que os seus concorrentes? É porque ela não vê os PCs como
competidores. Enquanto outros focam em uma única característica vantajosa, a Apple se
concentra no produto por inteiro, e funciona. De fato, a empresa ganha com preços maiores
por causa de seus atributos e características de ponta.

3. Em seus esforços voltados para novos produtos, a Apple tem permanecido orientada
para o cliente? Justifique sua resposta.

Sim, a Apple tem permanecido orientada para o cliente. A gigante corporativa criou uma
experiência para o consumidor que vai muito além da compra. A ―Experiência Apple‖ inclui
vários elementos de cada aspecto do processo de compra – comparando diferentes versões de
produtos, testando produtos em uma loja da marca, comprando o item em si, recebendo a
compra, desembrulhando e ligando o produto. Cada um desses elementos não acontece apenas
por acaso. Eles foram muito bem criados, revisados e melhorados para atrair cada sentido do
consumidor. Vejamos a instalação, por exemplo. Uma das coisas que os fãs da Apple
realmente apreciam nos computadores da marca é a facilidade com que você pode ligá-
los. Literalmente tão simples como abrir, plugar, ligar e voilà – tudo funciona. A empresa
investe milhares de horas em testes, design e aprimoramento dos produtos. Fazem isso para
que o que está dentro caixa combine com a caixa, e a caixa combine com o que está dentro. A
experiência na loja da Apple não é apenas uma visita curta para a maioria das pessoas. A
maioria das pessoas que entram em uma loja da Apple acaba ficando, testando os produtos,
fazendo perguntas para os ―gênios‖ que trabalham lá – e muitos clientes acabam saindo de lá
com uma nova compra.

4. Realize uma pesquisa, utilizando a Internet, e encontre dois produtos (de qualquer
empresa) que estão no estágio de declínio do ciclo de vida do produto.
a) Em cada caso, descreva se o declínio é permanente (sua opinião, bem construída,
também será considerada em sua resposta).
O iPad da Apple foi descrito por Steve Jobs como uma terceira via da computação pessoal,
entre smartphones e notebooks. Ao chegar às lojas, o iPad passou pelo ciclo de recepção e
expansão no mercado, com novos modelos sendo anunciados ano a ano. O ápice para a
categoria foi em 2014, com mais de 220 milhões de tablets vendidos, segundo a consultoria
Gartner, sendo um terço para a Apple. O que Jobs não previa, porém, é que o tablet acabaria
canibalizado pelo smartphone. Ao longo da década, os celulares começaram a ganhar telas
cada vez maiores. Além disso, os tablets também não conseguiram ser uma alternativa leve
aos notebooks. "Eles não eram potentes o suficiente e seus sistemas operacionais tinham
limitações", avalia Mikako Kitagawa, analista da consultoria Gartner. Com o desencanto, o
tablet passou a amargar quedas de vendas a partir de 2015. Em 2018, chegou a 134 milhões de
unidades vendidas - redução de 36% em quatro anos. Não creio que o declínio seja
permanente, pois o produto ainda é apreciado por crianças. Além disso, os tablets também
acharam espaço no setor corporativo e educacional, enquanto a Apple aposta nos criadores de
conteúdo que buscam mobilidade com a versão profissional de seu tablet, o iPad Pro.

b) Descreva como a empresa poderia revitalizar o produto.

Para evitar o declínio de um produto é preciso analisar, compreender, comunicar, inovar e


desenvolver. Primeiramente, identificar em que fase se encontra a empresa; antes de se
desenvolver um plano de ação, analisar as razões que levam a empresa ao declínio; bolar uma
estratégia que foque as principais razões que levam o produto ao declínio, compartilhando
com os funcionários e informando-os sobre a necessidade de mudanças; criar um
brainstorming de maneira a explorar a potencialidade criativa de toda a equipa para inovar o
produto, mantendo-o no mercado. Na minha opinião, o futuro do tablet é se reinventar, até
mesmo sem a identificação anterior, mas com a marca do impacto tecnológico da categoria.
"Hoje, eles estão embutidos em vários lugares: em geladeiras conectadas, despertadores e até
mesmo no painel do carro", enumera Camargo, do SiDi. Assim, mesmo que morra em sua
forma atual, "espiritualmente" o tablet estará encarnado em outros aparelhos.
Referências:

GUGELMIN, F. A história do iPod, o MP3 player que mudou a história [vídeo]. Tecmundo,
20 fev. 2017. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ipod/114389-historia-ipod-mp3-
player-mudou-historia-video.htm. Acesso em: 22 ago. 2021.

PATEL, N. 7 Estratégias de Marketing da Apple Que Você Deveria Aprender. Neil Patel.
Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/7-estrategias-de-marketing-da-apple-que-voce-
deveria-aprender. Acesso em: 22 ago. 2021.

SOUZA, R. Novo estudo mostra que mercado de tablets continua em declínio. Canal Tech,
03 maio 2018. Disponível em: https://canaltech.com.br/tablet/novo-estudo-mostra-que-
mercado-de-tablets-continua-em-declinio-113122/. Acesso em: 22 ago. 2021.

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