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Anticoagulantes,

trombolíticos e antiplaquetários
Marina Morgado Garcia
DISFUNÇÕES SANGUÍNEAS
Trombose

Sangramento

Anemia
DISTÚRBIOS TROMBÓTICOS
Anormalidade mais comum da homeostasia

Trombo: Formação de coágulo indesejado dentro dos vasos sanguíneos

IAM
Trombose de veia profunda
Embolia pulmonar
Derrame cerebral isquêmico adulto https://www.youtube.com/watch?v=SRv7Ws7geFI
Homeostasia primária

https://www.youtube.com/watch?v=JUk8DiWdymg
Como deveria funcionar
Com o sangramento, há constrição dos vasos envolvidos que diminui o fluxo de sangue para a lesão, as
plaquetas aderem ao local onde ela ocorreu e se agregam formando um tampão, e proteínas
plasmáticas iniciam a coagulação, em que é formada uma rede insolúvel sobre o tampão plaquetário.

A coagulação envolve uma série de reações, chamada cascata da coagulação. Quando esse processo
é iniciado, proteínas denominadas fatores da coagulação são ativadas sequencialmente resultando na
transformação de fibrinogênio, uma proteína solúvel, em fibrina, filamentos que formam a rede do
coágulo. Essa barreira interrompe o sangramento e permanece até a cicatrização do tecido.

A hemostasia é um processo dinâmico. Durante a formação do coágulo, são ativados alguns inibidores
para limitar o processo ao local necessário. Enquanto se completa a cicatrização, um processo
chamado fibrinólise remove o coágulo. Em condições normais, há um equilíbrio entre coagulação e
fibrinólise, evitando sangramento exagerado ou coagulação excessiva.
DISTÚRBIOS RELACIONADOS AO
SANGRAMENTO
Envolvem falha da homeostasia: ocorrem quando há deficiência ou
disfunção de um ou mais elementos da hemostasia. Podem ser
hereditários ou adquiridos e apresentar intensidade variável.
O sangue normalmente circula nos vasos sanguíneos. Quando há
rupturas de artérias ou de veias, ele extravasa para os tecidos ou para o
exterior do corpo.
Menos comum do que as doenças tromboembólicas
Ex: Hemofilia
TROMBO E EMBOLO
Trombo: coágulo que adere na parede vascular

Embolo: coágulo intravascular que flutua no sangue

Oclusão do vaso

Privação dos tecidos de oxigênio e nutrientes


RESPOSTA PLAQUETÁRIA
Corte: Interações entre plaquetas, células endoteliais e cascata
de coagulação.

Vasoespamo
Tampão de fibrina e plaquetas
FORMAÇÃO DO COÁGULO
• Estimulado pela cascata de coagulação

• Formação da trombina

• Tampão: fibrina- plaquetas


CASCATA DE COAGULAÇÃO
CASCATA DE COAGULAÇÃO
FÁRMACOS ANTICOAGULANTES
MECANISMO DE AÇÃO DA HEPARINA
MECANISMO DE AÇÃO DA HEPARINA
Se liga a Antitrombina III e inativa os fatores de coagulação
(trombina- Fator II a, Fator Xa)

Principais usos terapêuticos/ profiláticos:


• Trombose aguda de veias profundas
• Embolismo pulmonar
• Profilaxia pós cirúrgica
• IAM
FARMACOCINÉTICA HEPARINA
Efeito anticoagulante ocorre minutos após a administracao IV

1-2 hs: SC

Rápido início de ação


EFEITOS ADVERSOS HEPARINA
Hemorragia (Principal complicação)

Reações de hipersensibilidade/ antigênicas (febre, calafrios,


choque anafilático)

Alteração de função hepática


CONDUTAS E CI
Monitorar o tempo de sangramento

Monitorar quantidade de plaquetas

Contraindicação: pré/pós cirúrgico cerebral, oftálmico ou medula


espinal.
ANTAGONISTA DA VITAMINA K
Antagoniza a função do cofator da vitamina K

Varfarina

Anticoagulante VO
VARFARINA
USOS PROFILÁTICOS
Profilaxia de trombose

Profilaxia de embolia pulmonar

Profilaxia tromboembólica pré/pós cirúrgica

Profilaxia IAM
FARMACOCINÉTICA VARFARINA
Liga-se 99% as proteínas plasmáticas (albumina)

Não difunde para urina e leite materno

Atravessa facilmente a placenta

Possui IT estreito
EFEITOS ADVERSOS
Hemorragia

Deficiência de vitamina K

CI: Uso durante gravidez (teratogenicidade, aborto).


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Uso crônico de álcool, barbitúricos, Rifampicina (estímulo


biotransformação): efeito anticoagulante

Uso agudo de álcool, cimetidina, cloranfenicol, metronidazol


(inibição da biotransformação) : efeito anticoagulante
Rivaroxabana
Indicações
Prevenção de acidente vascular cerebral
Prevenção de embolia sistêmica
Tratamento e prevenção de trombose venosa profunda (TVP)
Tratamento e prevenção de embolia pulmonar (EP)
Rivaroxabana
Mecanismo de ação: inibidor direto altamente seletivo do fator
Xa

Não há necessidade de monitorar os parâmetros de coagulação


durante o tratamento clínico de rotina com rivaroxabana.
Rivaroxabana
A ativação do fator Xa (FXa) por meio das vias intrínseca e
extrínseca desempenha um papel central na cascata da
coagulação sanguínea.

O FXa converte diretamente a protrombina em trombina por


meio do complexo de protrombinase e, finalmente, esta reação
leva à formação do coágulo de fibrina e à ativação das plaquetas
pela trombina.
FARMACOCINÉTICA

A absorção oral da rivaroxabana é quase completa e a


biodisponibilidade oral é alta (80– 100%) para dose de 2,5 mg e
10 mg, independente das condições de jejum/alimentação.
EFEITOS ADVERSOS
Hemorragias

Anemias

Trombocitopenia

Boca seca
FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS
São fármacos que ativam a conversão de plasminogênio em
plasmina
FÁRMACOS TROMBOLÍTICOS
Estreptoquinase
Alteplase
Uroquinase

Opcão terapêutica para pacientes que não podem realizar


angioplastia ou intervenções coronarianas.
Uso IV
USOS TERAPÊUTICOS
Trombose

Embolismo pulmonar grave

Dissolução de coágulos que resultam em AVE


EFEITOS ADVERSOS e CI
Efeito adverso principal: Hemorragia

Contraindicação
Pacientes com ferimentos em cicatrização
Gestação
Sangramento intracranial
FÁRMACOS ANTI AGREGANTES
PLAQUETÁRIOS
Diminuem a formação dos sinais químicos que promovem a
agregação plaquetária.

Inibem as ciclo-oxigenases (COX)

Bloqueiam receptores de glicoproteínas

Ex: Ácido acetilsalicílico (AAS), clopidogrel, ticlopidina, abcximabe,


cilostazol
FÁRMACOS ANTI AGREGANTES
PLAQUETÁRIOS- AAS
Possui eficácia antitrombótica irreversível
Inibe síntese tromboxano e inibe agregação plaquetária
Profilaxia isquemia cerebral transitória
Profilaxia IAM

Interação com Ibuprofeno


Ingerir AAS 30 minutos antes ou 8h após uso Ibuprofeno
CILOSTAZOL
Claudicação intermitente (CI): sensação de cãibra nas pernas que se
torna presente durante exercícios ou caminhadas e ocorre como
resultado do suprimento de oxigênio diminuído. Essa cãibra
geralmente ocorre nas panturrilhas, mas também pode ocorrer nas
coxas, nádegas ou pés.
Dor
Fraqueza nas pernas, após caminhada, que regride com breve
repouso.
CILOSTAZOL
Antiplaquetário oral

Ação vasodilatadora

Tratamento de doença vascular periférica, para redução do


sintoma da claudicação intermitente

Prevenção da recorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC).


Mecanismo de ação
Inibição da ação da fosfodiesterase III e supressão da
degradação da adenosina monofosfato (AMP) cíclico, com o
consequente aumento de sua concentração nas plaquetas e
vasos sanguíneos, produzindo inibição da agregação plaquetária
e vasodilatação.
CLOPIDOGREL
Pró-fármaco, e um de seus metabólitos é inibidor da agregação
plaquetária.
Deve ser metabolizado pelas enzimas do citocromo P-450 para
produzir o metabólito ativo que inibe a agregação plaquetária.
O metabólito ativo de clopidogrel inibe, seletivamente, a ligação
da adenosina difosfato (ADP) ao seu receptor plaquetário P2Y12
e, subsequente, ativação do complexo glicoproteíco GPIIb/IIIa
mediado por ADP, e portanto, inibição da agregação plaquetária.
ANTAGONISTA DOS RECEPTORES ADP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MYCEK, M. J.; HARVEY, R. A. Farmacologia ilustrada. 5.ed. Porto
Alegre: Artmed, 2013.
RANG H P.; DALE, M.M; FLOWER, R. Farmacologia. 7.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010. 1325p.
GILMAN, G. As bases Farmacológicas da Terapêutica ,11. ed.
Rio de Janeiro:Guanabara Koogan

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