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Perseveravam na Doutrina dos Apóstolos (Atos 2:42)

O primeiro sermão produziu três mil convertidos! 3.000! Talvez alguns pensaram: “Agora, o que
faremos com todas estas pessoas?” Lucas resumiu as atividades destes primeiros crentes em um
versículo: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações” (Atos 2:42). Neste artigo, vamos destacar a primeira das quatro coisas citadas por Lucas: a
doutrina dos apóstolos.

O ensinamento na primeira igreja foi chamado a doutrina dos apóstolos. Jesus revelou a sua
vontade aos apóstolos e mandou que eles a entregassem ao mundo. Observe que este
ensinamento não foi chamado “a doutrina da igreja”. A Igreja Católica Romana ensina que a igreja
produz as Escrituras. É com esta base que eles aceitam os escritos dos “Pais da Igreja”, as tradições
e até editos modernos como palavras de autoridade. Mas o relato de Lucas demonstra que
aconteceu ao contrário. Foi a pregação do evangelho que deu origem à igreja. Então, santos
apóstolos e profetas guiaram a igreja até Deus completar a sua revelação (Efésios 3:5). A doutrina
da igreja primitiva veio dos apóstolos porque eles a receberam diretamente de Deus.

Perseveravam

Não devemos falhar em observar quem perseverava na doutrina. Todos os crentes, não somente os
pregadores, perseveravam na doutrina. Freqüentemente, esperamos os outros se dedicarem à
doutrina para nos guiarem. Todos os membros da primeira congregação foram dedicados à palavra.
Todos desejavam aprender. Isso não significa que todos fossem mestres ou peritos. Deus não
precisa de um monte de professores para cumprir seu plano. De fato, os estudiosos
freqüentemente se acham sofisticados demais para aceitar a simplicidade do plano de Deus (1
Coríntios 1:18-31). Não precisamos fazer seminário, mas Deus quer que sejamos capazes de
defender as razões da nossa esperança nele (1 Pedro 3:15). Essa defesa será possível somente por
meio de um discipulado dedicado.

Ouvintes e Praticantes

Os primeiros cristãos desejavam aprender porque queriam fazer. O cristianismo não é uma busca
acadêmica. No livro de Atos, Lucas escreveu sobre vidas transformadas, não sobre formaturas de
faculdades. Os tessalônicos suportaram perseguições. Os efésios queimaram livros de artes
mágicas. Um casal, Áqüila e Priscila, saíram de Roma, foram para Corinto e depois para Éfeso, e
depois voltaram para Roma pelo seu desejo de divulgar o evangelho. Pessoas de fé se mostram
dedicadas em ouvir e praticar!

E você? Ficaria bem no meio daqueles 3.000 convertidos?

–por Bryan Moody

Fonte: https://estudosdabiblia.net/escb14_02.htm

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O Ensinamento da Verdade: A Responsabilidade da Igreja

Uma igreja que realmente se preocupa em agradar a Deus valorizará a verdade e dará importância
à divulgação da palavra do Senhor. Igrejas que procuram agradar aos homens, satisfazendo todas
as necessidades materiais, emocionais e sociais deles, tendem a minimizar a importância da
pregação da verdade. Inventam suas próprias doutrinas ou adaptam a doutrina de Cristo para
manterem-se atualizadas e conformadas às preferências da sociedade.

Como a igreja deve olhar para a palavra de Deus? Qual o papel de uma igreja fiel no ensinamento
do evangelho?

A Palavra do Senhor é a Base da Comunhão com Deus


Qualquer igreja que negligencia o ensinamento das Escrituras desrespeita o Senhor que as revelou.
A palavra de Deus é a semente que produz o fruto agradável ao Senhor (Lucas 8:11,15). Paulo
descreve o evangelho como o poder de Deus para salvar (Romanos 1:16). Jesus incentivou seus
ouvintes a conhecerem a verdade, pois ela nos liberta do pecado: “Se vós permanecerdes na minha
palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (João 8:31-32). É somente por meio do evangelho que entramos no corpo de Cristo
(Efésios 3:6).

A palavra do Senhor nos santifica e é a base da união que existe entre os verdadeiros discípulos de
Cristo. Jesus orou ao Pai em favor dos seus seguidores: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles
eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua
palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles
em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me
tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam
aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como
também amaste a mim.” (João 17:17-23).

Uma vez que entramos em comunhão com o Senhor, a palavra dele continua indispensável. As
Escrituras fornecem tudo o que nós precisamos para estarmos equipados para servir a Deus (2
Timóteo 3:16-17). Para manter a comunhão com Cristo, precisamos permanecer na doutrina
dele: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o
que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho” (2 João 9; cf. 1 Coríntios 4:6; 1
João 2:3-4). O amor da verdade nos protege dos enganadores (2 Tessalonicenses 2:9-12).

A Igreja Ensina a Palavra


Paulo disse que a igreja de Deus é coluna e baluarte da verdade (1 Timóteo 3:15). Reconhecendo
seu papel na divulgação do evangelho, as igrejas no Novo Testamento sustentavam os obreiros que
ensinavam o evangelho (1 Coríntios 9:11-14; 2 Coríntios 11:8; Filipenses 4:15-18; 1 Timóteo 5:17-
18). Além de sustentar evangelistas para levar a palavra a outros lugares, a igreja deve ser ativa no
ensinamento das pessoas ao seu redor. A igreja dos tessalonicenses deu um excelente exemplo
neste trabalho de divulgação do evangelho: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só
na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal
ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma” (1 Tessalonicenses 1:8).

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Os presbíteros (pastores/bispos) são responsáveis pela alimentação espiritual do rebanho: “Rogo,
pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de
Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que
há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida
ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho” (1 Pedro 5:1-3; cf. Atos 20:28; Efésios 4:11; Tito 1:9). Os
pregadores (evangelistas) são obrigados a pregar somente a verdade:. Paulo disse a Timóteo: “Tem
cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás
tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Timóteo 4:16; cf. 2 Timóteo 4:1-5). Uma igreja tem
a responsabilidade de examinar todas as doutrinas e de rejeitar as falsas (1 João 4:1). Jesus elogiou
os efésios por sua preocupação em rejeitar falsos mestres, e criticou a igreja em Pérgamo por sua
tolerância dos mesmos (Apocalipse 2:2,14-16).

O Que É a Verdade?
Muitos hoje ficam com a mesma dúvida que Pilatos expressou em sua pergunta: “Que é a
verdade?” (João 18:38). A verdade, que é a palavra de Deus, nos liberta (João 17:17; 8:32). Esta
palavra é eterna e absoluta, porque foi revelada pelo Espírito Santo (1 Coríntios 2:9-13; Salmo
119:89). Muitos abordam a Bíblia como se fosse um livro impossível de ser compreendido, mas as
afirmações e exigências de Deus mostram que é possível e necessário entender a verdade (Atos
17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22; Salmo 119:105; Hebreus 10:26; 1 João 2:21).

A Mensagem que os Seguidores de Jesus


Pregam Enquanto a tendência humana é
enfatizar as palavras suaves, o estilo da linguagem, a maneira de apresentar a palavra, etc., é
interessante e importante observar que tais coisas, nas Escrituras, são insignificantes ou até
indesejáveis. A ênfase bíblica é no conteúdo da mensagem daqueles que seguem “a verdade em
amor” (Efésios 4:15-16).

A única maneira de certificar a fidelidade de uma igreja na questão de doutrina é pelo estudo
cuidadoso da própria Bíblia. Os pontos que se seguem não constituem uma lista completa ou oficial
de doutrinas essenciais, pois tudo que Deus nos revelou é verdadeiro. São apenas sugestões de
alguns ensinamentos da Bíblia que devem ser respeitados e divulgados.

Os discípulos de Cristo pregam Jesus crucificado e rejeitam a sabedoria humana. Paulo disse: “Eu,
irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com
ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus
Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A
minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas
em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria
humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios 2:1-5). Pregam Jesus como o único caminho para a
salvação (Atos 4:12).

Os fiéis seguidores de Jesus ensinam que Jesus é eterno, como o Pai é eterno (João 8:24,58;
Filipenses 2:5-6). Falam sobre a autoridade absoluta de Jesus (Mateus 28:18-20), e o reconhecem
como o alicerce da igreja (1 Coríntios 3:11).

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Uma igreja que se preocupa em agradar a Deus pregará o que a Bíblia ensina sobre a salvação.
Mostrará a necessidade da fé, do arrependimento e do batismo para remissão dos pecados
(Marcos 16:15-16; Atos 2:38; 22:16; Gálatas 3:26-27).

Ensinará, também, que é essencial obedecer a Jesus, fazendo tudo em nome dele (1 João 2:3;
Colossenses 3:17). Ensinam que é necessário ouvir e praticar a palavra de Cristo (Tiago 1:21-25).
Rejeitará qualquer doutrina que não faz parte do puro evangelho pregado pelos apóstolos (Gálatas
1:6-9; 1 Tessalonicenses 5:21-22).

Não modificará a mensagem para agradar aos homens, mas sempre falará a sã doutrina. Paulo
orientou Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende,
exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que
sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista,
cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Timóteo 4:2-5).

O Desafio:
Igrejas que realmente desejam servir ao Senhor devem examinar tudo que ensinam e corrigir
quaisquer acréscimos ou omissões. É de sumo importância divulgar a Palavra de Deus – nada mais e
nada menos!

–por Dennis Allan


Fonte: https://estudosdabiblia.net/d144.htm

A Unidade que Agrada a Deus

Deus quer que seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus se preparou para sua própria morte, uma das
primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos: "Não rogo somente por estes, mas também
por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como
és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste"
(João 17:20-21). Aqueles que querem glorificar a Deus incentivarão esta unidade entre os crentes: "Assim,
pois, seguimos as cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros" (Romanos 14:19).

Como servos de Deus em comunhão com o Espírito Santo, deveremos trabalhar humildemente para manter
a unidade: ". . . completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor,
sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vangloria, mas por
humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é
propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros" (Filipenses 2:2-4).
Paulo deu a fórmula prática para esta paz quando escreveu à igreja dividida em Corinto: "Rogo-vos, irmãos,
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis a todos a mesma cousa e que não haja entre vós divisões;
antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1 Coríntios 1:10).

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Crer que a unidade é importante é uma coisa. Praticá-la é outra. Neste artigo, examinaremos alguns esforços
para manter a unidade de maneiras que Deus não aceita. Então consideraremos a base da unidade que
agrada a Deus.

Esforços Humanos para Manter a Unidade

Algumas vezes, pessoas bem intencionadas estão tão preocupadas em manter a unidade que usarão
qualquer método incluindo os meios que Deus nunca aprovou para preservar uma união artificial.
Considere alguns exemplos de esforços humanos que Deus não aprova.

Unidade por legislação humana: Muitas igrejas impõem regras para manter a unidade na congregação.
Convenções, congressos e conferências são usados freqüentemente como meios de estabelecer e manter
normas de doutrina e prática, tentando assim criar e manter a unidade entre as congregações. A Bíblia
nunca autoriza tais métodos humanos.

Unidade por estrutura de organização humana: Muitos grupos religiosos procuram manter a unidade
criando hierarquias de autoridade denominacional. Grupos de congregações que têm "sedes" ou outros
laços estão seguindo o esquema humano. No Novo Testamento nunca há nem sinal de uma igreja
supervisionando outra. Cada congregação era totalmente independente e responsável diante de sua cabeça,
que é Cristo. Deus nunca ordenou papas, bispos, presidentes ou quem quer que seja para supervisionar
múltiplas congregações. Os únicos supervisores humanos aprovados por Deus são os presbíteros (também
chamados pastores e bispos) que cuidam da igreja local onde estão (Atos 14:23; Filipenses 1:1; 1 Pedro 5:1-
2).

Unidade por meio de placas de igrejas: Ainda que a Bíblia não use um único nome especial para descrever
igrejas, muitas pessoas tentam manter ligações entre congregações por meio de placas. Estas pessoas
pensam que todas as igrejas que seguem Jesus deverão usar o mesmo "nome" para que possam ser
imediatamente identificadas como fiéis. Como resultado desta mentalidade, algumas igrejas adotaram
nomes que ressaltam algum ponto doutrinário especial (Batista, Pentecostal, Presbiteriana, etc.). Outros
usam nomes que honram pessoas respeitadas como fundadores das respectivas denominações (Luterana,
Wesleyana, etc.). Algumas vezes o nome por si pode ser bom. Pode ser uma descrição simples do fato que o
grupo designado busca seguir o Senhor (igreja de Deus, igreja de Cristo, etc.). Não há problema bíblico com o
uso de tais descrições, mas precisamos lembrar que elas não são marcas registradas que identifiquem os
verdadeiros servos de Deus.

Unidade pelo método de Diótrefes: Um dos mais velhos métodos humanos de manter "unidade" foi
praticado por um homem chamado Diótrefes. Este homem queria um lugar de primazia entre seus irmãos, e
decidiu-se a expelir da igreja quem quer que não o seguisse. Ele se via como "dono da igreja" e usou várias
acusações falsas e palavras maliciosas para afastar e manter fora aqueles que estavam pregando a verdade.
Ele não permitiria nem mesmo que a igreja recebesse coisas escritas por fiéis servos de Deus! Seus esforços
para proteger seu próprio partido eram prejudiciais à causa de Cristo. João não se intimidou com tal
carnalidade. Ele escreveu a este arrogante servo de Satanás: "Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as
obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas cousas, nem ele

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mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja. Amado, não imites
o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal
jamais viu a Deus (3 João 10-11).

A Base da Unidade que Agrada a Deus

Conquanto os métodos humanos para manter a unidade possam parecer práticos e eficientes, os
verdadeiros seguidores de Jesus procurarão manter a unidade do modo que ele nos ensina nas Escrituras.
Consideremos alguns textos importantes que nos auxiliarão a entender o que Jesus quer que façamos.

João 17:17-23 A oração de Jesus mostra a base da unidade que agrada a Deus. União com Deus requer
santificação do pecado do mundo (João 17:17-19). É irônico, mas importante, entender que a unidade
requer divisão! Se quisermos estar unidos com Deus e seus servos, precisamos não manter comunhão com
Satanás e seus servos. Santificação e harmonia vêm pela palavra de Deus (João 17:17, 20-21). Nossa unidade
tem que ser modelada pelo exemplo divino. O Pai e o Filho são pessoas distintas, mas concordam em tudo o
que dizem e fazem. Os cristãos, portanto, buscam desenvolver a mente de Cristo através do estudo de sua
palavra para que possam aprender a pensar como Deus pensa (1 Coríntios 2:9-16). A relação amorosa entre
cristãos serve como evidência para o mundo que nosso Senhor veio do Pai (João 17:21-23).

1 Coríntios 1:10 O apelo de Paulo mostra que a palavra revelada é a base de nossa unidade. Nossa união é
baseada em Jesus Cristo. Quando seguimos cuidadosamente sua autoridade em tudo o que fazemos,
evitamos as divisões que vêm das opiniões, doutrinas e esquemas humanos (Colossenses 3:17). Os cristãos
deverão falar a mesma coisa. Isto não justifica meios artificiais para impor uniformidade no ensino das
igrejas, mas antes nos desafia a buscar entender e ensinar exclusivamente a doutrina de Cristo (1 Coríntios,
4:6; 2 João 9). O discípulos deverão ter a "mesma disposição mental". A humildade desprendida de Jesus é
nosso exemplo perfeito (Filipenses 2:1-8; Romanos 12:9-10, 15-18). Os seguidores de Cristo precisam
desenvolver o "mesmo parecer". Enquanto opiniões humanas criam contenda e divisão, a vontade perfeita
de Cristo incentiva completa harmonia entre os irmãos. Para conseguir este "mesmo parecer", precisamos
ser bastante humildes para abandonar as opiniões e tradições humanas, para assim ensinar e praticar
somente o que é autorizado no Novo Testamento.

Tiago 3:17-18 O comentário de Tiago nos recorda as prioridades corretas que deveremos buscar. A
sabedoria divina "é, primeiramente, pura; depois, pacífica . . . ." Cometemos um erro terrível quando
invertemos esta ordem. Algumas pessoas estão tão decididas a manter a paz que se esquecem da
necessidade de defender a doutrina pura. Freqüentemente até ridicularizarão aqueles que insistem no
estudo cuidadoso e aplicação do ensino do Novo Testamento, declarando que estão mais preocupadas com
o amor e a unidade. Mas o amor real obedece aos mandamentos de Jesus (João 14:15) e a unidade real é
baseada na concordância com suas palavras (1 Coríntios 1:10). Quando somos fiéis a Cristo, estamos seguros
da comunhão com ele e com seus verdadeiros seguidores (1 João 1:5:7). Deveremos incentivar a paz, porém
não ao preço da verdade. Se formos forçados a escolher entre a pureza da doutrina de Cristo e a paz com
nossos irmãos, precisamos por Deus em primeiro lugar. É melhor estar próximo de Deus e longe dos homens
do que estar perto dos homens e longe de Deus. A unidade que Deus quer está entre Deus e seus servos
obedientes (João 14:23) e, em conseqüência, entre os irmãos que servem o esmo Deus (1 Coríntios 1:10).

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O Desafio na Aplicação

A unidade artificial é fácil. Os homens são muito capazes de esconder diferenças reais e criar alianças ímpias,
como o faziam os fariseus e os herodianos quando se uniam contra seu adversário comum, Jesus. Mas a
unidade real requer trabalho duro. Exige estudo diligente, humildade genuína, amor pelos irmãos e, acima
de tudo, um amor intransigente por Deus e sua Palavra. Que Deus nos ajude a desenvolver a mente de Cristo
para servi-lo juntos!

-por Dennis Allan

Fonte: https://estudosdabiblia.net/d47.htm

De Qual Igreja Você É?


Descobrindo a Igreja do Primeiro Século
Atos 11:19-26

Há dois mil anos, quando os apóstolos começaram a pregar o evangelho do Senhor pelo mundo
inteiro, não existia uma variedade de "igrejas", denominações e seitas, todas com as suas doutrinas
e métodos para ganhar discípulos. De fato, Jesus e os seus apóstolos ensinaram haver uma só
igreja, a qual é o corpo de Jesus, ele mesmo sendo o cabeça (veja Mateus 16:18; Efésios 1:22-23,
4:4, 5:22-23; Colossenses 1:18). Portanto, quando pessoas se convertiam, ninguém lhes
perguntava, "de qual igreja você é?" - pois era óbvio que pertenciam àquela única igreja que Cristo
mesmo edificou.

Muitos hoje dizem estar procurando "a igreja certa". Para alguns isto quer dizer simplesmente um
lugar onde possam se sentir bem ou confortáveis, apaziguando suas consciências com atos
externos de "adoração" a Deus. Porém, para os mais honestos, esta procura é uma busca
verdadeira para fazer parte da "...nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1
Pedro 2:9-10).

Com o intuito honesto de descobrir a igreja edificada por Cristo, vamos viajar dois mil anos atrás
para a cidade de Antioquia da Síria, onde estava chegando pela primeira vez a pregação do
evangelho de Jesus. Ao lermos este relato do Espírito Santo sobre a conversão das pessoas desta
cidade, prestemos bem atenção ao que aconteceu, e façamos a pergunta, "de qual igreja eram
estas pessoas?"

O que aconteceu em Antioquia? (Atos 11:19-20)

Depois que Estêvão foi morto em Jerusalém por pregar o evangelho (veja Atos 7:51 - 8:4), os
cristãos que ali moravam se espalharam pelas regiões ao redor, levando a palavra do Senhor para
lugares onde ainda não havia sido pregada. No início estes discípulos pregavam somente aos
judeus, porém alguns que eram naturais de lugares entre os gentios ("gregos") logo começaram
também a pregar aos não-judeus.

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O que, exatamente, estes discípulos pregavam? Versículo 19 diz que se
espalharam "anunciando...a palavra", e versículo 20 nos ensina que estavam "anunciando-lhes o
evangelho do Senhor Jesus". Este fato é simples e importante demais para o ignorarmos - os que
saíram de Jerusalém pregavam somente a palavra, o evangelho do Senhor Jesus. Mostrando este
mesmo padrão em seu ensinamento, o apóstolo Paulo disse: "decidi nada saber entre vós, senão a
Jesus Cristo e este crucificado" (1 Coríntios 2:2).

Qual o resultado da pregação da palavra do Senhor? (Atos 11:21-24)

A Bíblia nos afirma que ouvir a palavra é suficiente para produzir fé em pessoas a fim de salvá-las. O
apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, "Pois não me envergonho do evangelho, porque
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..." e "...assim, a fé vem pela pregação, e
a pregação, pela palavra de Cristo" (Romanos 1:16; 10:17). Pessoas que verdadeiramente querem
servir a Deus junto ao povo dele não precisam ouvir de milagres ou promessas de bênçãos
materiais, porém responderão com fé à simples pregação da palavra de Cristo. Vejamos o que
aconteceu em Antioquia quando as pessoas responderam com fé:

Conversão ao Senhor. Quando as pessoas honestas de Antioquia ouviram o evangelho, "crendo, se


converteram ao Senhor" (Atos 11:21). Pregar o evangelho de Jesus resulta na conversão de pessoas
a ele, o Senhor!

Ninguém na Bíblia jamais foi convertido à igreja. Porém, muitos hoje são. Basta ouvir uma conversa
entre dois crentes, e logo alguém dirá algo assim: "Você sabia que fulano-de-tal saiu da igreja?" ou
"Graças a Deus que depois de tanto tempo desviado eu voltei para a igreja!" Expressões assim
mostram pessoas convertidas à igreja e não ao Senhor. O problema é que muitos que se chamam
"evangelistas" saem pelas ruas anunciando muitas coisas - a igreja, o pastor, teologia, promessas de
curas ou de bênçãos materiais, expulsão de demônios, etc. - mas pouca gente parece ter interesse
pela pregação da palavra. O resultado disso é pessoas convertidas a estas coisas, e não ao Senhor.
Para fazer parte da igreja que pertence ao Senhor, é necessário ouvir o evangelho, a palavra que
fala do Senhor, para que sejamos convertidos a ele.

Firmeza no Senhor. Boas notícias correm rapidamente, e logo a igreja em Jerusalém ficou sabendo
da conversão das pessoas em Antioquia (Atos 11:22). A linguagem que descreve a igreja em
Jerusalém deve chamar nossa cuidadosa atenção. Por exemplo, ela tem "ouvidos". Também, ao
mesmo tempo ela é singular - "a igreja" - e plural - "enviaram Barnabé". O que aprendemos com
isto? A palavra "igreja" na Bíblia não descreve um prédio ou uma organização (denominação), e sim
pessoas. A igreja em Jerusalém simplesmente era pessoas convertidas ao Senhor que ouviram da
conversão de outros e mandaram ajuda na pessoa de Barnabé.

Quando Barnabé chegou em Antioquia, ele ficou alegre ao ver a graça de Deus entre estes novos
convertidos (Atos 11:23). Como é possível ver a graça de Deus? O apóstolo Paulo escreveu: "a
graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a
impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,
aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus..." (Tito 2:11-13). O que Barnabé viu em Antioquia eram pessoas que manifestavam
vidas transformadas pela graça de Deus. Sua resposta era de exortar "a todos a que, com firmeza
de coração, permanecessem no Senhor" (Atos 11:23).

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Muitos têm orgulho de dizer que permanecerão sempre firmes na igreja. Vamos lembrar, porém,
que a igreja é pessoas, e pessoas, mesmo boas, podem errar. Seria tolice permanecer firme em
pessoas se estas não estão firmes no Senhor! Porém, quem permanece firme no Senhor não cairá
mesmo se toda a igreja e os pastores caírem, pois seguirá aquele que é o verdadeiro "bom pastor"
(veja João 10:27-28).

União ao Senhor. Por causa da pregação do evangelho por Barnabé e outros em Antioquia, "muita
gente se uniu ao Senhor" (Atos 11:24). De fato, o resultado de pessoas ouvindo o evangelho do
Senhor, se convertendo ao Senhor, e permanecendo no Senhor sempre será pessoas unidas ao
Senhor. Este é o ponto da conversão - Deus nos oferece paz e reconciliação em Cristo para que
possamos ser unidos a ele para eternidade (veja 2 Coríntios 5:18-21; João 14:1-3)!

De qual igreja eram estas pessoas? (Atos 11:25-26)

Infelizmente, o padrão que vemos no mundo religioso hoje é bem diferente do que vimos em
Antioquia. Hoje, pessoas pregam a igreja, se convertem à igreja, permanecem na igreja, e se unem
à igreja. Porém, o foco de Barnabé e dos outros discípulos que espalhavam a palavra nunca era a
igreja, e sim era sempre o Senhor! E o que acontece quando pessoas respondem à pregação do
Senhor? "Por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão" (Atos
11:26). Ninguém pregou a igreja, mas mesmo assim o resultado da pregação foi uma igreja em
Antioquia que estava ativamente ensinando a outros!

Permanece, portanto, a nossa pergunta - "de qual igreja eram estas pessoas?" Era Católica?
Batista? Presbiteriana? Mórmon? Não! Para ser uma dessas igrejas, teria sido necessário pregar e
converter pessoas à doutrina de uma delas. Era uma filiada da igreja de Jerusalém? Também não!
Ninguém pregou a igreja de Jerusalém, embora todos tivessem saído de lá! A doutrina não era de
Jerusalém, e sim do Senhor! Então, qual igreja era? Basta dizer que era a igreja do Senhor (pois,
pertence a ele!) que se reunia na cidade de Antioquia (veja Romanos 16:1; 1 Coríntios 1:2; 1
Tessalonicenses 1:1; etc.).

E como foram chamados os membros desta igreja? Católicos? Batistas? Presbiterianos? Mórmons?
Também não! "Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (Atos
11:26). Sendo pessoas que ouviram a palavra do Senhor Jesus Cristo, se converteram ao Senhor
Jesus Cristo, permaneceram no Senhor Jesus Cristo, e se uniram ao Senhor Jesus Cristo, faz perfeito
sentido eles terem sido chamados pelo título dele - "cristãos". Estes não conheceram nenhuma
doutrina humana para que fossem chamados por nomes e métodos humanos. Estes seguiram e
serviram a Cristo.

É possível ter uma igreja igual à de Antioquia hoje?

O problema não se resolve em ter uma igreja igual à de Antioquia, mas em ser uma igual.
Afirmamos que isto não é somente possível, mas é essencial, pois sendo qualquer outra coisa traz a
condenação de Deus (veja 2 João 9-11)! Como conseguiremos isto? A resposta é simples - faremos
da mesma forma que os irmãos no primeiro século o fizeram. Deixemos de procurar igrejas e
filiações com denominações e doutrinas humanas, procurando em vez disso o Senhor através da
palavra dele! Ao ouvir o simples evangelho, pessoas honestas se converterão, permanecerão
firmes, e se unirão ao Senhor. Quando se reunirem em um só lugar para adorar o Senhor juntas,

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mesmo se forem só duas ou três pessoas, já serão uma igreja (veja Mateus 18:20). Qual igreja
serão? A igreja edificada pelo Senhor, ele mesmo sendo a cabeça.

De qual igreja você é?

--por Carl D. Ballard


Fonte: https://estudosdabiblia.net/d105.htm

O Evangelho Sagrado

Um Estudo de Gálatas 1:6-10

Há diversos textos bíblicos que estão repletos de pérolas de sabedoria e conselho. Considere o
seguinte trecho: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os
chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o
evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o
evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente
daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém
lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado! Acaso
busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se
eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1:6-10).
Neste escrito, analisaremos os versículos detalhadamente e depois faremos algumas aplicações.

A admiração

"Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela
graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que
ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de
Cristo” (Gálatas 1:6-7). Quando Paulo escreveu para as igrejas, geralmente depois das saudações
ele escreveu agradecimentos e louvores ao Senhor. Neste parágrafo, ele, de repente, colocou
maldições no lugar das bênçãos costumeiras. O apóstolo era homem bem franco e não viu motivo
para fingir que as coisas estivessem melhores do que de fato estavam. O próprio fato que Paulo se
admirou com a situação chocante na igreja já serviu como repreensão. Por que Paulo se admirou
com eles? 1. Porque estavam abandonando. Note que esta saída do exército de Cristo estava
acontecendo na época do escrito da carta; não tinha-se concretizado totalmente ainda. Mas o
abandono estava em andamento. 2. Porque estavam abandonando tão rapidamente. Os falsos
mestres chegaram a uma igreja relativamente nova e, em pouco tempo, os irmãos já estavam se
rendendo. Os gálatas demonstravam pouca resistência ao vírus de falsa doutrina que estava se
espalhando naquela região. 3. Porque estavam abandonando aquele que os chamou. Estavam
abandonando alguém (Deus) a fim de receber alguma coisa (um evangelho deturpado). Estavam
perdendo tanto para receber tão pouco com tanta rapidez.

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O problema nas igrejas da Galácia envolveu a presença de “algumas pessoas” que estavam
ensinando um falso evangelho. Os nomes destas pessoas nunca são citados no livro de Gálatas,
talvez por causa de desprezo. Nos vários livros do Novo Testamento que tratam de falsos mestres,
o mais comum é para não chamar os nomes dos cidadãos que pervertem a palavra. Mas Paulo
nitidamente identificou os intrusos pelo que faziam-deturpavam a mensagem de Cristo. O Senhor
nos chamou “pela graça”, mas estes estavam acrescentando as obras da lei, tais como a circuncisão
de nenês e a observação dos dias festivos. O apóstolo disse que eles perturbavam os irmãos;
perturbar é o mesmo verbo usado em Atos 15:24 numa carta que condenou os mesmos erros. A
perversão do evangelho sempre conduz à perturbação da igreja.

Este novo evangelho que estava sendo promulgado pelos falsos mestres não era nem evangelho. A
palavra “evangelho” significa “boas novas”. A mensagem pervertida não era boas novas porque não
conduzia à salvação. Na realidade, só existe um evangelho, que é o de Cristo. Esta palavra pertence
a ele; por isso, o homem não tem direito de mudá-la. Às vezes, pessoas imaginam que o
ensinamento em si tem pouca importância, que a única coisa importante é a vida da pessoa. Mas
Satanás conquista pessoas tanto por erro doutrinário como por má conduta.

A advertência

"Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes
pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um
evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!” (Gálatas 1:8-9). Paulo
avisou que não déssemos ouvidos a nenhum outro evangelho, não importa quem o pregue. Ele
frisou esta declaração repetindo-a. Não importa que fosse anjo celestial nem mesmo que fosse o
próprio apóstolo Paulo, a pessoa com um outro evangelho seria amaldiçoada. Este anúncio
demonstra que a mensagem é maior que o mensageiro. Ao invés de ficar encantado pela própria
pessoa que ensina, devemos nos ocupar analisando a própria mensagem à luz da Palavra de Deus.
Os gálatas já haviam recebido a pura verdade; por isso, tinham condições para desmentir as
novidades. Nós também podemos verificar tudo pela regra da palavra escrita na Bíblia.

A apologia

"Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a
homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas
1:10). Evidentemente Paulo havia sido acusado de ter adaptado seu evangelho ao gosto dos
gentios. Paulo não pregou a circuncisão, nem as leis do Velho Testamento. Algumas pessoas
acharam que Paulo estava simplesmente facilitando a entrada dos gentios a fim de ganhar mais
adeptos. Eles pensaram que Paulo fosse mole, que ele não se desse conta das exigentes demandas
do evangelho. Mas Paulo respondeu que as palavras dele não eram típicas de alguém que estava
procurando agradar os homens. Se ele estivesse tentando conseguir a aprovação dos homens, ele
não teria se aproximado deles com maldições. Paulo estava pregando o evangelho sem dar
importância à opinião dos homens.

As aplicações

A norma: Este trecho mostra que tudo tem que ser avaliado pelo padrão da palavra. A falsa
doutrina tem que ser rejeitada sem levar em conta o “status” das pessoas que estão promulgando-

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a. Hoje em dia, muita gente acaba determinando quem vai seguir, mas as pessoas fiéis a Cristo são
decididas a seguir a verdade independente das personalidades envolvidas. Paulo nem pediu
lealdade a sua própria pessoa, mas sim à mensagem de Jesus. Os princípios deste trecho condenam
revelações posteriores à Bíblia. Não devemos dar crédito a nenhum homem nem a qualquer anjo
que vem alegando ter recebido uma revelação além da que está escrita na Bíblia.

A tolerância: Em nossa época, sempre se fala que devemos mostrar tolerância, abertura a novas
idéias, e aceitação de diversas fés e crenças. Paulo não possuía esta atitude. Ele fortemente se opôs
a todo ensinamento que não era o de Cristo. Pelo mesmo jeito nós não devemos minimizar a
verdade do evangelho sugerindo que outras religiões também são verdadeiras. A verdade bíblica é
única e exclui toda outra filosofia ou doutrina. Um breve olhar nas pregações do Novo Testamento
mostra bastante polêmica à medida que os apóstolos discutiram com os judeus afirmando que
Jesus é o Cristo e o exclusivo Salvador (Atos 4:11-12; 9:20-22; 28-29; 17:2-3; 18:27-28; 19:8-10; etc.)

A aceitação: Paulo explicou em termos francos e claros que não podemos agradar o Senhor e
também os homens. As exigências de Cristo batem contra aquilo que as pessoas querem ouvir e
fazer. Por isso, quando servimos Jesus fielmente recebemos perseguição e rejeição pelo mundo (2
Timóteo 3:12; Atos 14:22). Temos que desenvolver mais ansiedade para receber a aprovação do
Senhor do que a do mundo.

A venda do evangelho: A crítica dos inimigos de Paulo, que ele estava adaptando a mensagem para
agradar os ouvintes, não era verdade. Mas, às vezes pessoas fazem justamente isso. Mas o
evangelho não é produto que pode ser descontado para conseguir a venda. Vivemos na época do
freguês e muita gente procura aplicar os princípios de “marketing” à igreja. Para os vendedores de
Cristo hoje em dia as visitas nos cultos são possíveis fregueses e a adoração é destinada a satisfazer
o mercado. Líderes nas igrejas se tornam estrategistas e calculam mudanças para fazer da igreja
algo mais fácil para vender às pessoas. Jesus nunca mudou a mensagem dele nem por um triz para
conquistar mais adeptos. Aliás, ele repeliu muitas vezes as pessoas que poderiam ter-se tornado
discípulos (Lucas 9:57-62; 14:25-33; Mateus 19:16-22). Paulo condenou a idéia de mercadejar a
palavra de Deus (2 Coríntios 2:17; 4:2) e simplesmente procurou manifestar a verdade. Não
importa nossa popularidade, importa nossa fidelidade ao Senhor.

A rigidez: Os intrusos nas igrejas da Galácia viram Paulo como muito liberal porque ele deixou de
ensinar a circuncisão. Também, os fariseus pensaram que Jesus era irreligioso porque quebrou
muitas tradições respeitadas deles. Ele não guardou o sábado do jeito deles, não lavou as mãos na
forma cerimonial, não jejuou, etc. Nem sempre o verdadeiro discípulo de Cristo vai ser o mais
restrito; às vezes, vai ser mais aberto do que outras pessoas. O discípulo segue Jesus quer o
caminho seja liberal, quer seja conservador.

Gálatas 1:6-10 é uma jóia de alimentação espiritual; leia este trecho algumas vezes e reflita nas
aplicações importantes para nossa época.

-por Gary Fisher


Fonte: https://estudosdabiblia.net/d103.htm

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A Igreja do Senhor: Como se Chama?

Quando ensino sobre a importância de seguir a Jesus, sem defender nenhuma denominação ou
placa humana, pessoas frequentemente perguntam sobre o “nome” da igreja. Qual igreja ou qual
ministério segue a Jesus sem tradições ou doutrinas humanas? Se eu quiser ser discípulo de Jesus,
devo fazer parte de qual igreja?

Muitas pessoas se surpreendem em aprender que a igreja do Senhor não tem nome exclusivo.
Achamos nas Escrituras diversas descrições da igreja, mas nenhum nome próprio e exclusivo.
Podemos usar quaisquer dessas descrições, mas não temos direito de promover ou defender
nenhum nome como a maneira certa e única de identificar a igreja. Qualquer pessoa que faz isso
estaria falando o que Jesus não falou, e assim acrescentando à palavra que Deus revelou.

O que aprendemos das Escrituras sobre maneiras de descrever a igreja?

A Igreja de Quem?

Muitas passagens falam simplesmente da igreja (ekklesia, os chamados para fora, assembléia), às
vezes identificando o local onde se reunia um grupo de cristãos. Então, podemos nos referir à igreja
simplesmente assim, como “a igreja” (cf. Atos 8:1; 9:31; Romanos 16:1).

Freqüentemente, as descrições na Bíblia mostram o relacionamento que existe entre o Senhor e a


sua igreja. Ela pertence a Deus; por isso, é a igreja de Deus (Atos 20:28; 1 Coríntios 1:2; 10:32;
Gálatas 1:13; 1 Timóteo 3:5,15). Jesus derramou seu sangue para comprar a igreja; portanto, Paulo
falou das igrejas de Cristo (Romanos 16:16), e Jesus falou de sua própria igreja (Mateus 16:18). Os
discípulos de Jesus são herdeiros abençoados; então, coletivamente são a igreja dos primogênitos
(Hebreus 12:22-23).

O Corpo de Cristo

A igreja é descrita, também, como o corpo de Cristo (Colossenses 1:24; Efésios 1:22-23; 4:12). Nesta
figura, Jesus é a cabeça (Efésios 5:23; Colossenses 1:18), e os cristãos são os membros do corpo
(Romanos 12:4-5; 1 Coríntios 12:12-27; Efésios 3:6; 4:16; 5:30). A imagem do corpo enfatiza os
diversos papéis dos membros, e a dependência e submissão de todos a Jesus.

O Reino de Deus

O Novo Testamento fala repetidamente do reino de Deus ou do reino dos céus, que foi um dos
temas principais da pregação de João Batista (Mateus 3:2), de Jesus Cristo (Mateus 4:17), e dos
apóstolos e outros pregadores na igreja primitiva (Atos 8:12; 19:8; 20:25; 28:23,31). Enquanto a
palavra “igreja” enfatiza o povo, o termo “reino” destaca a autoridade do rei (1 Coríntios 4:20;
Hebreus 1:8; 12:28-29; Mateus 28:18-20; Apocalipse 12:10).

O reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36). É superior aos reinos humanos (Daniel 2:44-45;
Isaías 2:2), pois Jesus é “o Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Apocalipse 17:14). Ao invés de ser
uma entidade política e mundana, é um reino espiritual fundado no santo caráter de Deus
(Romanos 14:17-18).

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O caráter do rei e do reino define, também, as qualidades dos súditos. Entramos no reino por um
processo de transformação (Colossenses 1:13). Como servos do rei espiritual, temos de desenvolver
as características espirituais do nosso Senhor (Tiago 2:5). Neste reino, são valorizadas qualidades
como humildade, inocência (Marcos 10:14-15) e santidade (1 Coríntios 6:9-10; Gálatas 5:19-21;
Hebreus 12:14).

A Casa de Deus

A igreja (não um prédio!) é a casa de Deus (1 Timóteo 3:15). Ela é o santuário e habitação do
Senhor (Efésios 2:21-22). É uma casa espiritual (1 Pedro 2:5). Deus habita e mantém comunhão com
aqueles que fazem a vontade dele (João 14:23; Apocalipse 3:20).

O Rebanho de Deus

A igreja é o rebanho de Deus (Atos 20:28). Jesus é o bom pastor que deu a vida pelas ovelhas (João
10:11). Elas ouvem a voz de Jesus e o seguem para receber a vida eterna (João 10:27-28). Os bispos
ou presbíteros têm a responsabilidade de pastorear o rebanho local segundo as ordens do Supremo
Pastor (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-4).

Como a Bíblia Descreve os Indivíduos que Seguem a Cristo?

As descrições acima são termos coletivos – identificam um conjunto. A igreja é composta de


pessoas que saíram do pecado para servir a Jesus. Agora, consideremos alguns termos usados nas
Escrituras para descrever os seguidores de Cristo individualmente:

Discípulos (Atos 6:1-2,7) significa aprendiz ou aluno. O discípulo ouve os ensinamentos e segue o
exemplo do seu mestre. “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for
bem instruído será como o seu mestre” (Lucas 6:40).

Irmãos (Atos 6:3; 15:1,23,32,33; Filipenses 4:21; Colossenses 1:2) descreve a relação familiar dos
filhos do mesmo Pai. “Seja constante o amor fraternal” (Hebreus 13:1).

Santos (1 Coríntios 1:2; Filipenses 1:1; 4:21,22; Colossenses 1:2) identifica o caráter de pessoas
santificadas pelo sangue de Jesus. Na Bíblia, este termo não é limitado aos mortos. Deve ser uma
descrição verdadeira dos cristãos vivos. “segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos
santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (1 Pedro 1:15).

Cristãos (Atos 11:26; 26:28; 1 Pedro 4:16) é uma descrição que aparece apenas três vezes no Novo
Testamento, mas descreve bem a relação especial dos discípulos com seu Senhor e Salvador. “Em
Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (Atos 11:26).

Fiéis (Efésios 1:1; 1 Timóteo 4:3,12; Apocalipse 17:14) e Crentes (Atos 5:14; 1 Tessalonicenses 1:7)
vêm da mesma raiz grega, e significam pessoas que acreditam e confiam (em Deus) e que são
verdadeiras. “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres,
agregados ao Senhor” (Atos 5:14).

Pedras que vivem (1 Pedro 2:5) é uma frase que destaca a nossa posição na casa de Deus,
construída sobre Jesus Cristo, a pedra de esquina. “Também vós mesmos, como pedras que vivem,

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sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5).

Concidadãos dos santos (Efésios 2:19) enfatiza a inclusão de pessoas, anteriormente afastadas de
Deus, na família do Senhor. “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos
santos, e sois da família de Deus” (Efésios 2:19).

Membros do corpo de Cristo e da família de Deus (1 Coríntios 12:27; cf. Efésios 2:19) é uma
expressão que mostra a interdependência dos fiéis, e a dependência de todos em Cristo, a cabeça
do corpo. “Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns
dos outros” (Romanos 12:5).

Nomes humanos causam divisões

Sabemos que Jesus Cristo, vivendo como judeu na Palestina 2.000 anos atrás, teve oportunidade de
participar de qualquer das várias seitas que existiam na época. Mas não há nenhum registro de ele
ter se ingressado em qualquer uma delas. Ele simplesmente fazia a vontade do Pai, sem seguir as
tradições e doutrinas humanas. Procurava e andava com pessoas que compartilhavam o seu desejo
de honrar a Deus. Todos que observaram e ouviram Jesus ficaram admirados com a postura
“radical” dele.

Durante sua vida aqui na Terra, Jesus prometeu edificar a sua igreja (Mateus 16:18), e ensinou os
seus discípulos a seguirem o ensinamento e o exemplo dele. Nós, hoje, devemos fazer como ele
fazia e ensinava. Devemos buscar o conhecimento da vontade de Deus e obedecê-lo para honrar o
nosso Criador e Redentor. Apesar da influência forte das muitas denominações, com suas próprias
tradições e doutrinas, devemos ser simplesmente cristãos, seguidores do nosso Salvador.

Pelo nosso desejo de servir a Deus, rejeitaremos as tendências de criar e manter igrejas humanas –
grupos que honram homens e defendem doutrinas humanas. Certamente as diversas igrejas hoje
com suas placas destacando fundadores, tradições doutrinárias e ministérios criados por homens
não dão a devida honra ao verdadeiro Senhor e Salvador.

Como podemos servir ao Senhor sem participar da confusão das denominações? Como podemos
evitar as divisões que acontecem quando os homens são elevados a posições de honra? Paulo falou
do mesmo problema quando escreveu aos coríntios: “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer:
Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? Foi
Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1
Coríntios 1:12-13). Nomes humanos e destaque impróprio dado aos homens criam divisões.

Para evitar tais divisões, devemos seguir o único Salvador (Atos 4:12) e Mediador (1 Timóteo 2:5).
Devemos estudar a mesma palavra de Deus para que possamos falar e pensar a mesma coisa (1
Coríntios 1:10). Seguir a Jesus exige esforço, mas certamente vale a pena (Hebreus 11:6; Mateus
7:13-14).

Tenhamos coragem para rejeitar tradições, doutrinas, práticas e nomes humanos para honrar o
nosso Criador e Salvador.

–por Dennis Allan

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A Missão Espiritual da Igreja

Quando Jesus ficou diante de Pilatos para ser julgado, ele descreveu a natureza espiritual de seu
reino: "O meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se
empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é
daqui" (João 18:36).

Aqueles que saem do "império das trevas" são transferidos para o "reino do Filho" (Colossenses
1:13). Jesus "é a cabeça do corpo, da Igreja" (Colossenses 1:18), e seus súditos gozam de "toda
sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Efésios 1:3).

Os soldados que vão batalhar para avançar a causa deste reino espiritual usam a armadura e as
armas espirituais (Efésios 6:10-17; 2 Coríntios 10:3-6) quando buscam cumprir sua missão
espiritual. Usando a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, servos de Cristo ensinam outros
sobre o Senhor e sua graça salvadora (Romanos 1:16; 2 Timóteo 2:2), "levando cativo todo
pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). Estes discípulos de Cristo compartilham o
plano eterno de Deus "para que pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida,
agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que
estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Efésios 3:10-11).

Muitas das tendências erradas das denominações modernas poderiam ser evitadas por um
entendimento mais claro da missão espiritual da igreja. É aparente que a igreja do primeiro século
dava atenção principalmente aos assuntos espirituais. Jesus não estabeleceu um clube social ou
esportivo, e não deu aos homens o direito de modificar ou corromper essa missão espiritual de que
ele incumbiu sua igreja. Nosso papel hoje em dia deveria ser estudar e obedecer a vontade de
Deus, fazendo tudo de acordo com a autoridade de Cristo (Colossenses 3:17). Enquanto você
continua este estudo, leia cada passagem citada com um desejo sincero de entender e aplicar a
vontade de Deus.

A Obra Espiritual da Igreja

Cristãos trabalhando juntos: As assembléias da igreja são ocasiões para adorar o Senhor e edificar
aqueles que participam. Podemos ver claramente a natureza espiritual das atividades das igrejas
primitivas. Os santos oravam juntos (Atos 4:31; 1 Timóteo 2:1-2). Eles pregavam o evangelho (Atos
4:33). Eles se reuniam para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:17-34). Os
cristãos primitivos louvavam a Deus e edificavam-se uns aos outros cantando salmos, hinos e
cânticos espirituais (Efésios 5:19; Colossenses 3:16). De acordo com a instrução apostólica, os
cristãos aproveitam as assembléias no primeiro dia da semana para recolher dinheiro que será
usado para fazer a obra de que Deus incumbiu a igreja (1 Coríntios 16:1-2). A Bíblia mostra que
cada membro do corpo tem uma parte importante na edificação dos outros irmãos (Efésios 4:11-
16).

A Missão do Ensinamento do Evangelho: A igreja, como "coluna e baluarte da verdade" (1 Timóteo


3:15), tem o privilégio e responsabilidade de espalhar o evangelho de Cristo. É abundantemente
claro no Novo Testamento que esta era a alta prioridade na vida de Jesus e de seus seguidores. Se
somos verdadeiramente seus discípulos, essa será também nossa prioridade. A missão da igreja é
espiritual.

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Os cristãos têm o privilégio de propagar a mensagem de salvação do evangelho. Devemos partilhar
da atitude expressada por Paulo: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de
Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1:16). É por isto que os cristãos primitivos
de Jerusalém foram tão diligentes em seu trabalho (Atos 5:42).

Precisamos primeiro dar-nos ao trabalho. Nossa missão hoje é a mesma que a missão dos
tessalonicenses, que levavam diligentemente o evangelho às regiões próximas da Macedônia e
Acaia (1 Tessalonicenses 1:8). As instruções que Paulo deu aos coríntios mostram que um propósito
significativo de suas reuniões era convencer os incrédulos e edificar os santos (1 Coríntios 14:24-
26).

Cumprir esta missão também requer empenho financeiro. As igrejas de hoje podem mandar
evangelistas para pregar em outros lugares, como fez a igreja de Antioquia (Atos 13:1-3; 14:26-28).
Os evangelistas eram às vezes sustentados pelas igrejas para que pudessem dedicar-se à obra de
pregar (Filipenses 4:5-8; 1 Coríntios 9:14-15). Paulo ensinava que o mesmo tipo de apoio financeiro
poderia também ser dado aos presbíteros (1 Timóteo 5:17-18). É natural que pessoas que se
dedicam à missão de divulgar o evangelho possam sacrificar voluntariamente seus bens materiais
com este mesmo fim.

Ensinar toda a verdade: A igreja precisa aceitar sua responsabilidade de ensinar a verdade da
palavra de Deus em todas as circunstâncias. Todos os seguidores fiéis de Jesus precisam da mesma
convicção que Paulo encorajou em Timóteo, quando escreveu: "Prega a palavra, insta, quer seja
oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo
4:2). A igreja que evita alguns aspectos da palavra de Deus porque poderiam ser impopulares ou
difíceis das pessoas aceitarem não está cumprindo sua missão.

Corrigir os que erram: A responsabilidade de corrigir e repreender mostra que pregar o evangelho
envolve a correção daqueles que estão no erro. O positivismo "Eu estou bem, você está bem" não
tem lugar na pregação de Cristo. Quando uma pessoa está em pecado, ninguém tem o direito de
dizer "Você está bem assim como está." A mensagem do evangelho é diferente: os pecadores não
estão bem, mas podem ser transformados pelo amor e a graça de Deus para se tornarem íntegros
novamente.

Esta necessidade de corrigir os pecadores inclui a responsabilidade de corrigir os irmãos que


recaem no pecado (Gálatas 6:1; Tiago 5:19-20). Uma igreja que verdadeiramente entende sua
missão espiritual corrigirá os irmãos em erro para tentar salvar suas almas e manter a pureza do
corpo (Mateus 18:15-17; 1 Coríntios 5:1-13). Ler estes textos mostra que às vezes é desagradável
obedecer a Cristo. Uma igreja que segue Jesus removerá os pecadores impenitentes do seu meio.
Podemos não gostar da linguagem forte que Paulo usa em 1 Coríntios 5:13, mas precisamos
lembrar que era o próprio Deus que dava estas instruções para "expulsar" da congregação aqueles
que retornavam a uma vida de pecado. Se vamos pregar a verdade, precisamos pregar toda a
verdade!

A Obra Material da Igreja

Enquanto a importância da obra da igreja é claramente espiritual, há também um aspecto material.


Em Atos 4:32-37, os discípulos contribuíram para aliviar as necessidades dos santos. A igreja de

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Jerusalém ajudou as viúvas pobres de seu meio (Atos 6:1-2). Quando as necessidades dos santos
excederam a capacidade da igreja local, outras congregações enviaram dinheiro para ajudá-los
(Atos 11:29-30; Romanos 15:25-26; 1 Coríntios 16:1; 2 Coríntios 8:4; 9:1-2; etc.) Deste modo, as
igrejas mais ricas ajudavam as mais pobres, demonstrando a verdadeira fraternidade do amor que
deverá caracterizar as igrejas de Cristo.

Melhoramentos Humanos?

Os complicados sistemas de obras sociais em muitas igrejas modernas não se parecem nem um
pouco com a simplicidade do plano do Novo Testamento. Em vez de terem fé para converter o
mundo a Cristo, muitas igrejas estão atarefadas convertendo a igreja para se ajustar às expectativas
do mundo. Algumas usam apelos a desejos carnais para atrair pessoas ou adquirir fundos. Em nome
da religião, algumas usam bandas de "rock" ou outros programas musicais especiais. Outras
oferecem festas completas com bebidas alcoólicas e danças. Muitas outras prometem bênçãos
materiais e boa saúde para aqueles que se juntarem a suas igrejas. O interesse neste mundo
tornou-se tão forte que algumas igrejas parecem mais como organizações sociais do que corpos
espirituais. Precisamos não perder nossa concentração no céu, pensando que podemos corrigir
todos os males sociais de um mundo dominado pelo pecado.

Muitas igrejas se enredaram nos negócios da sociedade moderna, procurando colocar seus
membros em lugares de poder político ou investindo os fundos da igreja em negó-cios. Se elas
buscam comprar e operar enormes corporações ou operar pequenas empresas tais como bazares
de igreja e balcões de cachorro-quente, estas igrejas estão mostrando claro desrespeito pelo plano
que Deus deu. Precisamos ter fé suficiente para estarmos contentes para que a igreja receba
dinheiro da maneira que Deus autorizou (contribuições voluntárias1 Coríntios 16:1-2) e o use
somente nos modos aprovados por Deus.

Contentes em Fazer o Que Deus Ordenou

Quando seguimos o modelo fornecido pelo Novo Testamento, a igreja será suficiente para fazer a
obra e terá fartura de obra para fazer. Não temos necessidade nem permissão para envolver a
igreja em outros projetos, organizações e obras inventados pelos homens. Assim como Deus
rejeitou o fogo oferecido por Nadabe e Abiú (Levítico 10:1-7), ele rejeitará obras estranhas que os
homens introduzem nas igrejas. Tão certo como o Senhor desagradou-se quando Uzá estendeu
uma mão de ajuda para fazer o que lhe parecia direito (2 Samuel 6:1-11), ele não quer nossa
"ajuda" para encontrar um modo mais eficaz de fazer sua obra. Em ambos casos de pecados fatais,
o problema fundamental foi uma falta em seguir exatamente o que Deus tinha instruído. Se
desconsideramos suas instruções, não podemos esperar melhor sorte. "Há caminho que ao homem
parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Provérbios 14:12).

-por Dennis Allan


Fonte: https://estudosdabiblia.net/d45.htm

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A igreja do segundo século

Um dos principais motivos em distribuir esta revista e outras publicações é para incentivar pessoas
honestas a seguir o padrão do Novo Testamento como a revelação completa e suficiente de Deus. A
base desse propósito é sólida e bíblica, mesmo se lutamos às vezes para cumprir a grande
responsabilidade que Deus tem nos dado. É impressionante que as afirmações mais fortes no Novo
Testamento sobre a importância e suficiência das Escrituras vêm dos apóstolos que melhor
conheciam a glória e autoridade de Cristo. Em duas ocasiões, Jesus deixou a luz de sua glória brilhar
de uma maneira especialmente visível. A primeira vez, Pedro, João e Tiago testemunharam a
transfiguração (Mateus 17:1-8). Na outra ocasião, Saulo de Tarso (depois conhecido como o
apóstolo Paulo) viu a luz e ouviu a voz de Jesus (Atos 9:1-7). Tiago foi o primeiro dos apóstolos a
morrer (Atos 12:1-2), mas os outros três (Pedro, João e Paulo) continuaram durante alguns anos.
Escreveram entre eles, pelo menos, 20 dos 27 livros do Novo Testamento. Os mesmos estão entre
os principais personagens no livro de Atos. Esses homens foram absolutamente convencidos da
grandeza de Jesus e da autoridade de sua palavra. Nos livros deles, não há sombra de dúvida sobre
a suficiência da palavra revelada no primeiro século. Leia cuidadosamente as seguintes passagens:
João 12:47-50; Atos 4:12; 17:30-31; 1 Coríntios 4:6; 11:1; Gálatas 1:6-10; 1 Tessalonicenses 2:13; 2
Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; 2 João 9-11; Apocalipse 3:3. Um estudo desses trechos mostra que as
Escrituras, como já reveladas no primeiro século, servem de padrão completo e suficiente para o
nosso serviço a Deus hoje. Devemos obedecer os mandamentos e respeitar os exemplos
encontrados no Novo Testamento, porque é somente assim que saberemos a vontade de Deus
para hoje. O alvo de cada cristão verdadeiro é seguir as instruções que Jesus deixou para os
primeiros seguidores. Cada igreja dedicada ao Senhor vai, necessariamente, se preocupar em fazer
tudo que ele pede no Novo Testamento, e mais nada.

Enquanto o nosso apelo é simples e bíblico, ninguém deve pensar que é sempre fácil. Como Jesus e
seus discípulos enfrentaram diversas "autoridades" que defendiam suas instituições e as religiões
estabelecidas por homens, ainda há muitos que querem defender as tradições humanas, e que
sentem um desejo maior de manter suas posições entre homens do que fazer a vontade de Deus.

Algumas dessas pessoas lutam com a contradição entre sua suposta lealdade a Cristo e as doutrinas
e práticas humanas que defendem. Muitas vezes, acabam se justificando desta maneira: "Eu sei
que tal coisa não se encontra no Novo Testamento, mas a história mostra que as igrejas do segundo
ou terceiro século a praticaram; então, estamos seguindo o exemplo daqueles cristãos." Pense nos
perigos desta abordagem às questões espirituais.

Apostasia não demora. A Bíblia está cheia de exemplos de povos que desviaram da verdade em
pouco tempo. Considere alguns: os israelitas começaram murmurar na primeira semana depois do
êxodo, e caíram na idolatria menos de três meses depois; quase todos eles morreram no deserto
por causa de desobediência a Deus; diversas gerações abandonaram o Senhor na época dos juízes;
muitos dos seguidores de Jesus desviaram enquanto ele ainda estava na terra; Paulo predisse
apostasia entre os presbíteros da igreja de Éfeso; alguns dos cristãos gálatas já estavam
abandonando o evangelho quando Paulo lhes escreveu sua carta; Tiago falou na sua carta sobre
irmãos desviados; Pedro falou de pessoas que voltaram ao pecado como cachorros lambendo o
vômito; João disse que já houve vários anticristos; etc.

Depois do primeiro século, quem pode confiar no segundo? Até o fim do primeiro século, já houve

19
uma tendência forte de alguns irmãos se desviarem da verdade. Deus claramente viu congregações
diferentes -- algumas fortes e outras fracas e mortas -- e já estava prestes a castigar algumas e
vomitar outras (examine as cartas às igrejas da Ásia em Apocalipse 2 e 3). Se tudo isso já estava
acontecendo no primeiro século, quem teria coragem de confiar nos exemplos de igrejas do
segundo século? Nós temos que voltar às ordens dadas no Novo Testamento, considerando os
exemplos aprovados pelo Senhor. Mas não temos nenhum direito de defender alguma doutrina ou
prática porque já existia no segundo século.

"Mas eles dizem: Não andaremos." O apelo que Deus faz hoje é o mesmo que fez através de
Jeremias: "Assim, diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas
veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma;
mas eles dizem: Não andaremos" (Jeremias 6:16). Quando Jeremias pregou tais palavras, ele foi
fortemente criticado. Qualquer pessoa hoje que fala contra as mudanças que os homens estão
introduzindo nas igrejas vai ser criticada. As congregações que decidem manter sua independência
no serviço de Deus, não se alinhando com nenhum tipo de denominação ou associação de igrejas,
crescerão na fé, mas serão atacadas pelos fariseus e escribas da nossa época, que querem defender
partidos políticos e tradições humanas para manter seu poder e influência.

Este comentário do historiador John L. Mosheim, sobre as mudanças do segundo século, descreve
bem as tendências de muitos hoje que querem melhorar o plano de Deus:

"Durante grande parte deste século todas as igrejas continuavam a ser, como a princípio,
independentes umas das outras, nem eram ligadas por nenhum consórcio ou confederação ... Mas,
com o passar do tempo, tornou-se costume para todas as igrejas cristãs dentro da mesma província
unirem-se e formarem uma espécie de sociedade ou comunidade mais ampla; e, à maneira das
repúblicas confederadas, manterem suas convenções em tempos determinados, e ali deliberarem
pela vantagem comum de toda a confederação.... Estes concílios -- dos quais não aparece nenhum
vestígio antes da metade deste século -- mudaram quase toda a forma da Igreja." (História
Eclesiástica, Vol. I, pág. 116).

Durante os últimos seis anos de trabalho no Brasil, eu tenho observado a sinceridade de muitas
pessoas corajosas que têm enfrentado pastores, presbíteros, convenções, etc. na defesa do
evangelho puro. Algumas dessas pessoas estavam em sistemas denominacionais, mas perceberam
pelo estudo da palavra de Deus que foi necessário sair do meio daqueles erros para estar em
comunhão com Deus (2 Coríntios 6:14 - 7:1). Eu dou graças a Deus pelo exemplo e a fé de tais
pessoas, e oro que Deus continue abençoando os vários grupos independentes que estão seguindo
a palavra dele em várias partes do país, e em outros países.

Mas, ao mesmo tempo, alguns outros que começaram bem estão abandonando o padrão do Novo
Testamento para organizar denominações humanas. Ao invés de buscar a Deus, "segundo nos fora
ordenado" (1 Crônicas 15:13), essas pessoas defendem vários erros em nome das "nossas igrejas"
ou de "nossos missionários". E, como os profetas de antiguidade foram criticados e rejeitados, as
pessoas que ensinam contra esses desvios serão criticadas e rejeitadas hoje. Mas, vamos lembrar
que é melhor estar sozinhos com Deus do que no meio da multidão que rejeita a palavra dele.

Para entender bem o perigo de abandonar o Senhor e seguir as ideias humanas, considere alguns
exemplos atuais de coisas que estão acontecendo no Brasil entre pessoas que alegam seguir

20
somente a Bíblia. Procure na sua Bíblia para ver se essas ideias refletem as praticas das igrejas
aprovadas por Deus no primeiro século, ou das que desviaram dele no segundo século ou depois.

• Um presbítero afirmou para mim que a igreja hoje precisa seguir o Novo Testamento, mas
defendeu os direitos de um homem sem filhos crentes ser o único pastor de uma
congregação. (Estude Atos 20:17; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9).
• Um jornalzinho evangélico criticou as nossas publicações porque não defendemos nenhuma
placa de igreja. (Leia Marcos 9:38-41; 1 Coríntios 1:10-13).
• Um evangelista atacou uma congregação que ele nem conhece por não praticar um
determinado ato de louvor da maneira que ele ensina. Ele mesmo admite que tal prática
não se encontra na Bíblia. A defesa dele: algumas igrejas do segundo século a praticaram!
(Lembre-se de Gálatas 1:6-10).
• Em diversos lugares, pessoas que dizem ser fiéis a Cristo estão organizando conferências e
convenções regionais e nacionais, sociedades missionárias e encontros de pastores. Aos
poucos, tais reuniões estão tomando mais e mais liberdade em fazer decisões que envolvem
várias congregações, criando organizações denominacionais. De vez em quando, recebemos
convites para participar de encontros deste tipo, mas os convites ainda não vieram
acompanhados por explicações bíblicas do porquê de tais reuniões e convenções. (Leia Atos
20:28; 1 Pedro 5:1-3).
• Na mania de criar ou manter uma imagem de serem igrejas importantes e de influência no
mundo, algumas congregações não suportam a sã doutrina, mas convidam políticos ou
pregadores não cristãos, que nem ensinam a verdade sobre a salvação, para ensinar e
participar de seu louvor. (Pense em 1 Timóteo 5:20-22; 2 João 9-11).

Caro leitor, examine bem o que você mesmo faz e apoia. As denominações continuarão defen-
dendo suas tradições, e homens descontentes com a simplicidade do padrão bíblico criarão novas
denominações. Mas você pode fazer como Jesus, e servir a Deus livre das doutrinas e tradições
erradas dos homens. Que Deus te abençoe na sua procura da verdade.

- por Dennis Allan


Fonte: https://estudosdabiblia.net/199931.htm

O que é a Sã Doutrina?
Que "sã doutrina" seria essa de que Paulo falava ao dizer que alguns não a suportariam? "Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão
para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade,
voltando às fábulas." (2 Tm 4:3-4).

Acredito que a resposta para "o que é a sã doutrina" seja toda a doutrina dos apóstolos, mas em
especial a doutrina que foi revelada ao apóstolo Paulo, a qual é hoje largamente desprezada na
cristandade. É só continuar lendo o capítulo para ver que Paulo (e por conseguinte sua doutrina) já

21
estava sendo desprezado por muitos no final de sua vida. A segunda epístola a Timóteo é sua
última carta que chegou até nós antes de ele ser morto. Ali ele escreve: "Porque Demas me
desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para
Dalmácia. Só Lucas está comigo... Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males... Ninguém me
assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam." (2 Tm 4:10-16).

Uma vez alguém me enviou um vídeo de um conhecido pastor batista no qual ele sugere que Paulo
deveria ter estudado teologia para poder explicar melhor suas ideias. Recentemente alguém
escreveu mostrando grande indignação por ter escutado o mesmo pregador insinuar que a "água
viva" que Jesus oferece à mulher de Samaria em João 4 seria o líquido seminal masculino, uma ideia
que esse pregador deve ter aprendido com os hereges gnósticos, que já atuavam no segundo
século da era cristã. Não é de surpreender que das escolas de teologia saem pessoas assim, que
são "ordenadas" para pastorear rebanhos denominacionais, pois o que mais se aprende lá é
conhecimento humano, e não a "sã doutrina". Alguns alegam que as escolas de teologia seguem a
instrução dada por Paulo a Timóteo: "O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a
homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." (2 Tm 2:2). Será? Não creio.

Esta foi uma ordem pessoal de Paulo a Timóteo, pois ele tinha recebido ensinos e revelações que
outros apóstolos não tinham recebido e isso precisava ser compartilhado numa sequência
envolvendo Paulo, Timóteo, homens fiéis, outros homens fiéis. Esta era a maneira de disseminar a
sã doutrina. A ordem de Paulo a Timóteo era que ele confiasse esse ensino "a homens fiéis",
obviamente se referindo a irmãos experimentados e idôneos para ensinarem outros. Seria
ingenuidade considerar alguém que passa num vestibular ou paga uma taxa de inscrição numa
faculdade de teologia como um "homem fiel". Qualquer um pode sentar-se na carteira de uma
escola assim, independente de seu caráter moral, pois na maioria delas o que vale é o "QI", no
sentido regular e alternativo do termo.

Não se pode ler este versículo de 2 Timóteo 2:2 sem levar em consideração o estado de ruína do
testemunho e abandono da pessoa e doutrina de Paulo que naquele momento estava no início, e
só iria aumentar com o passar dos séculos. "Bem sabes isto, que os que estão na Asia todos se
apartaram de mim... Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica,
Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia... Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males...
todos me desampararam." (2 Tm 1:15; 4:10-22). A sã doutrina já estava sendo atacada de todos os
lados, daí a exortação "evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a
palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da
verdade" (2 Tm 2:16-18).

E quem era esse Paulo que esses homens abandonavam, desprezavam e criticavam, a exemplo do
que fazem muitos pregadores modernos? Ninguém menos que o apóstolo a quem haviam sido
revelados e confiados mistérios inestimáveis nunca antes conhecidos dos profetas do Antigo
Testamento e nem mesmo dos apóstolos que vieram antes dele. Quais mistérios ou segredos eram
esses? Os mistérios do evangelho da graça de Deus (Rm 16:25-26), do endurecimento de Israel por
um tempo (Rm 11:25-27), do arrebatamento e da ressurreição do corpo de Cristo (1 Co 15:51-53),
do um só corpo, a Igreja (Ef 3:1-9), da cidadania ou vocação celestial do crente no corpo de
Cristo (Ef 1:3; Fp 3:20-21), do propósito de Deus de reunir todas as coisas em Cristo na
dispensação da plenitude dos tempos (Ef 1:9-10), da graça de Deus (Rm 6:14), da identificação do
crente com Cristo (1 Co 15:1-4), da iniquidade e do anticristo (2 Ts 2:6-12) e outras verdades

22
decorrentes destas.

Então quando Paulo diz a Timóteo para confiar "a homens fiéis, que sejam idôneos para também
ensinarem os outros" (2 Tm 2:2) as coisas que lhe tinham sido passadas, ele não estava de
brincadeira. Certamente não estava dizendo para Timóteo abrir um Instituto Bíblico, uma
Faculdade de Teologia ou um site na Web oferecendo algum curso livre com direito a um
certificado de papel e a possibilidade de ser "ordenado pastor" e "abrir um trabalho", como se
costuma dizer no meio evangélico. Paulo falava sério da necessidade de compartilhar a homens
sérios e idôneos as coisas sérias que ele tinha recebido por revelação.

Tudo fará mais sentido se você juntar isso com o alerta do apóstolo no capítulo 3, no qual o assunto
é continuação do capítulo 2 onde ele descreveu a condição da "casa de Deus" (1 Tm 3:15) que
deveria ter sido "coluna e firmeza da Verdade", mas pela ação de homens inidôneos havia se
transformado numa "grande casa" (2 Tm 2:20) onde havia vasos para honra e desonra. Veja o que
o capítulo 3 fala dos homens que haviam tomado de assalto a "grande casa" e agora angariavam
seguidores com promessas vãs. Foi disso que Paulo alertou os anciãos de Éfeso em Atos 20:29-31,
quando disse: "eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que
não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas
perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três
anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.". Os comentários entre
chaves são meus para explicar melhor:

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens
amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães,
ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor
para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus, tendo aparência de piedade [não se apresentam como bandidos], mas negando a eficácia
dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas
mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências [concupiscência: desejo
ardente de possuir algo]; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da
verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés [imitando os milagres de Deus], assim
também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à
fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o
daqueles." (2 Tm 3:1-9).

Os homens desta passagem certamente não podem ser qualificados como "homens fiéis" para
aprenderem com Timóteo. Além do mais, o encargo que Paulo dava a Timóteo não era baseado em
idade ou formação, pois sabemos que Timóteo era um jovem que até mesmo devia enfrentar o
preconceito de irmãos mais velhos. "Ninguém despreze a tua mocidade" (1 Tm 4:12), escreve Paulo.
Portanto para considerar escolas de teologia como aquilo que é descrito por Paulo em 2 Timóteo
2:2 seria preciso admitir que um vestibular ou o pagamento de uma taxa de inscrição e outras
mensalidades é tudo o que se requer de "homens fiéis". Além disso, se era para Timóteo encontrar
homens assim para receber o ensino do Espírito dado através do apóstolo Paulo, seria preciso eles
que esses "homens fiéis" tivessem um grande apreço por Paulo e sua doutrina, e não um desprezo
declarado como é encontrado dentro das paredes dessas instituições. Ali é justamente o ensino de
Paulo o mais rechaçado, pois muitos teólogos o consideram um machista recalcado que escrevia
coisas que só serviam para sua época e costumes.

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Quer um exemplo? Na maioria dessas escolas de teologia são admitidas mulheres para ensinar,
algo totalmente fora daquilo que Paulo ensinou. Algumas estudantes sairão qualificadas, segundo o
padrão humano, para receberem títulos pomposos, como "pastoras", "bispas" e "apóstolas",
exercendo "autoridade de homem" (1 Tm 2:12 ARA). Quando Paulo ordenou que as mulheres
ficassem caladas nas igrejas (1 Coríntios 14:33-37) ele concluiu dizendo que as coisas que ele
escrevia eram "mandamentos do Senhor". Em 1 Timóteo 2:11-15 Paulo ampliaria o escopo de seu
ensino sobre o lugar da mulher proibindo-a de ensinar e assumir autoridade designada ao homem.
Seria ingenuidade pensar que as escolas de teologia ensinem isso, pois se os "pastores" saíssem
levando esse ensino não encontrariam emprego em nenhuma denominação moderna.

Nessas escolas o que acontece é o que Pedro previu que aconteceria, ao se referir ao ministério de
Paulo: "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado
irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as
suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes
torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados,
sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais
juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza." (2 Pe 3:15-17).

A leitura usual que se faz desta passagem é que Paulo escrevia difícil e que não sabia se expressar
corretamente, portanto o que ele escreveu não é exatamente o que ele queria dizer e nem deve ser
entendido ao pé da letra, muito pelo contrário. Pois bem, é justamente dos "indoutos e
inconstantes" que usam desse raciocínio para torcerem os escritos de Paulo "e igualmente as
outras Escrituras", que Pedro está falando. E repare que ao falar das cartas de Paulo o apóstolo
Pedro as coloca em pé de igualdade com "as outras Escrituras", mostrando que elas são tão
inspiradas quanto todo o cânon do Antigo Testamento, que era o que conheciam na época.

Mas antes que ache que o assunto de Paulo eram apenas as mulheres, lembre-se dos muitos
mistérios que mencionei um pouco antes, os quais foram revelados em primeira mão a esse
apóstolo, tudo aquilo "sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos
séculos para nossa glória" (1 Co 2:7). O que ele escreveu sobre o lugar da mulher e outras
ordenanças não estão na lista dos "mistérios", mas são "mandamentos do Senhor" (1 Co 14:37)
abrangendo muitas áreas da vida prática do cristão e da assembleia.

Portanto, não é nas escolas de teologia que você irá aprender a sã doutrina, mas muito mais "aos
pés de Jesus" (Lc 10:39), aquela escola que um irmão norte-americano, que já está com o Senhor,
costumava apelidar de "Saint Mary's at Jesus' Feet Theological Seminary" ("Seminário Teológico de
Santa Maria aos Pés de Jesus"), referindo-se ao episódio em que Marta, ocupada com muitas
coisas, é repreendida pelo Senhor que aponta para Maria, aprendendo aos seus pés, como alguém
que escolheu a melhor parte. Esse irmão também costumava fazer trocadilho de "Theological
Seminary" ("Seminário Teológico") com "Theological Cemetery" ("Cemitério Teológico"), porque o
que podia se aprender ali nada mais era do que as obras mortas do conhecimento intelectual
humano.

Dessas escolas podem sair muitos peritos em assuntos como os que copiei da grade curricular de
um curso de teologia: Antropologia, Ciências, Epistemologia, Filosofia, História, Hermenêutica,
Língua Portuguesa, Psicologia, Redação, Grego, Hebraico, Metodologia da Pesquisa Científica,
Sociologia, Metodologia Exegética, Ética Filosófica, Teologia Sistemática, Aconselhamento,

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Fenomenologia da Religião, Comunicação, etc. Aparentemente Timóteo não iria conseguir ensinar
tudo isso a "homens idôneos", pois nem ele estudou essas disciplinas e nem estaria qualificado a
ensinar pelos padrões das escolas de teologia. Antes ele teria de conquistar um título de "Mestre"
ou "Doutor". Tudo isso realmente serve para alimentar o intelecto do homem natural, mas não são
o ensino do Espírito de Deus. E sabemos que "o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente" (1 Co 2:14).

Mário Persona

Não suportarão a Sã Doutrina


O tema deste artigo faz parte de um texto profético que expressa a visão do apóstolo Paulo quanto
ao futuro da igreja.
Advertindo veementemente a Timóteo, diz: “Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não,
corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina, pois haverá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças,
como que sentindo coceiras nos ouvidos e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às
fábula” (2Timóteo 4.1-11).

Esta advertência deve ser aceita e posta em prática por todos a quantos Deus tem outorgado o
sagrado encargo de ensinar em seu nome as verdades celestiais e eternas.

O texto citado retrata claramente o tédio dos homens pela sã doutrina e a predominância de suas
próprias cobiças. A meu ver, esta é a mais larga porta e o mais espaçoso caminho para a apostasia.

O tédio pela sã doutrina só tem lugar nas vidas de baixo nível espiritual
.
Sabemos que apostasia é o afastamento da doutrina, repúdio à fé etc. Esta definição está enqua-
drada no texto citado, nas expressões “não suportarão a sã doutrina” e “se recusarão a dar ouvidos
à verdade”. São erros que atingem a fé, a vontade, a consciência e o caráter.
Esta profecia de Paulo tem um tom de alarme, tendo em vista uma situação catastrófica, que
ameaça à igreja quanto às características bíblicas que lhes são atribuídas de “igreja do Cristo vivo,
coluna e firmeza da verdade” (1Timóteo 4.15). As portas do inferno não prevalecerão contra a
igreja de Cristo (Mateus 16.18). É certo, porém, que a condição espiritual, objeto das predições de
Paulo, é capaz de ocasionar mais um dentre os muitos acidentes na história do povo de Deus, cujas
consequências permanecem, às vezes, durante séculos.
O ser humano por si só tem-se revelado incapaz de encarar a eternidade com o devido otimismo e
necessária perseverança. Isso acontece sempre que a vida espiritual desce a um nível insuficiente.
Quando se lhe estreita a visão das riquezas do infinito, e das belezas da glória de Deus. Para chegar
a esse patamar de risco, basta descuidar do cultivo da vida espiritual, mesmo que seja pelo
excessivo cuidado das coisas lícitas desta vida (Lucas 8.14). Jesus nos recomendou buscarmos “em
primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça” (Mateus 6.33).

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Soube de um consagrado pregador do Evangelho que disse: “Tenho muito medo de perder a unção
do Espírito Santo”. O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura e não as pode entender (1Coríntios 2.14). Se não as entende e não as aceita, não têm valor
para ele e não lhe pertencem.
Diz-se que ninguém morre de fome; morre, sim, de inanição. Enquanto sente fome, a pessoa deseja
com avidez o alimento. Quando, porém, a debilidade domina, rejeita a alimentação sólida; o
organismo não a suporta. É isso o que acontece na vida espiritual. Aconteceu no passado. Deus,
através de Moisés, libertou Israel da escravidão no Egito, do poder opressor de faraó. No Egito, o
povo estava sujeito a trabalho forçado, açoites e tortura. Era obrigado até a rejeitar seus filhos do
sexo masculino ao nascerem. Estava sem alegria, sem esperança e sem futuro. Já em liberdade,
viajando para a terra prometida “terra que manava leite e mel”, testemunhas de muitos milagres,
protegidos no deserto, foram alimentados de um modo maravilhoso. O maná provido por Deus era
alimento tão eficiente que sustentou o povo sadio e vigoroso durante quarenta anos. Eis como foi
considerado nas Escrituras: “pão do céu” (Êxodo 16.4); “cereal do céu e pão dos anjos” (SaImo
78.24-25); “Deu-lhes a comer o pão do céu” (João 6.31ª). Foi assim que o consideraram durante
algum tempo, enquanto obedeciam à Palavra de Deus. Quando, porém, a vida espiritual declinou,
deixaram de dar valor aos milagres e à presença de Deus, de dia, na nuvem, e de noite na coluna de
fogo.
Estêvão disse: “nos seus corações, voltaram ao Egito” (Atos 7.39). Mesmo geograficamente
distantes do Egito, voltaram à escravidão. Em tal condição espiritual, era outra a avaliação que
faziam do maná. Reclamaram: “A nossa alma tem tédio deste pão tão vil” (Números 21.5).
O que era o maná provido milagrosamente por Deus? Era maná do céu, pão dos anjos, pão do céu,
ou era mesmo “um pão tão vil”? Eis como o ser humano empobrecido espiritualmente avalia as
coisas sublimes de Deus. Chegaram à triste condição descrita por Sofonias: “Não atende a ninguém,
não aceita disciplina, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus” (Sofonias 3.2).
Paulo escreveu: “Estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas
más, como eles cobiçaram” (1Coríntios 10.6).

A vida espiritual é motivo de satisfação e muita felicidade. É uma realidade aceita pela fé e
experimentada na intimidade da comunhão com Deus. Desfrutá-la é sobremodo agradável. A
sublimidade das revelações de Deus, através da sua Palavra, fascina, inspira ânimo, encoraja.
A sã doutrina é aceita como autêntica revelação da pessoa e da vontade de Deus. É considerada o
mais elevado padrão de vida, no mais alto nível de dignidade e nobreza espiritual, e isto depende
do seu cultivo regular.
Para o crente em boa condição espiritual, a doutrina não é um jugo insuportável; é o alimento da
alma, na jornada para o céu. É fácil aceitar esta recomendação: “Desejai ardentemente como
crianças recém-nascidas o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para
salvação” (1 Pedro 2.2).
Em tal condição, o crente pode dizer com sinceridade de coração: “Quão doces são as tuas palavras
ao meu paladar; mais doces que o mel à minha boca” (SaImo 119.103).

Pr. Estevam Ângelo de Souza, Responsável pela Assembleia de Deus em São Luís/MA, Preside a
Convenção Maranhense das Assembleias de Deus.

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A Sã Doutrina de Deus

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tt 2.1)

A palavra doutrina se origina do grego: “didache”, que significa ensino ou instrução dos apóstolos.
Entendemos que a sã doutrina é a revelação do Eterno Deus por meio das sagradas escrituras e
representa o alicerce e o sustentáculo da verdadeira fé cristã.
Vejamos o que a bíblia nos ensina sobre a sã doutrina:

I.TIPOS DE DOUTRINAS EXISTENTES:

A.Doutrinas de homens: (Mc 7.6-9; Mt 15.6-9).


B.Doutrinas de hereges: (Ap 2.6,15)
C.Doutrinas de demônios: (I Tm 4. 1-2).
D.Doutrina de Deus: (Jo 7.16; Tt 2.10).

II.CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS ACERCA DA SÃ DOUTRINA:


A.Precisamos cuidar da sã doutrina (I Tm 4.16).
B.Devemos nos afastar dos que vivem em desacordo com a sã doutrina (Rm 16.17).
C.Devemos nos afastar dos opositores a sã doutrina. (I Tm 1.9-11).
D.O motivo da existência de falsas doutrinas. (I Tm 6.3-5).
E.Não devemos recebê-los nem cumprimentá-los. ( II Jo 10).
F.Haverá tempos em que não suportarão a sã doutrina. (II Tm 4.3).
G.Cuidado com os ventos de Doutrina. (Ef 4.14).

III.A IMPORTÂNCIA DA SÃ DOUTRINA:


A.Jesus tinha uma Doutrina: (Mt 7.28; Mt 22.33; Lc 4.32).
B.Os Cristãos primitivos tinham uma Doutrina a qual perseverava: (At 2.42).
C.Os crentes de Roma pautavam sua vida por excelente doutrina: (Rm 6.17).
D.Paulo recomendou a Tito e a Timóteo o cuidado com a doutrina: (ITm 1.3-10; 4.6-16; 6.3; II
Tm4.3; Tt 1.9; Tt 2.1).
E.João determinou a doutrina: (2Jo .9).
F.João recomendou a doutrina: (2Jo 10).
G.A doutrina proporciona comunhão com Deus: (2Jo .9).
H.A doutrina proporciona piedade: (I Tm 6.3)

27
IV.A NECESSIDADE DA SÃ DOUTRINA:
A. Preservar dos falsos profetas: (Mt 24.24; Mt 7.15).
B. Preservar das heresias e apostasias: (II Ts 2.3; I Tm 4. 1-2).
C. Para não corromper nosso entendimento: (II Ts 2.2).
D. Devemos guardar as tradições: (II Ts 2.15).
E. Proporciona-nos a segurança da salvação em Cristo: (I Tm 4:16).
F. Santifica-nos: (Jo 17:14-17).
G. Tornar-nos sábios: (II Tm 3:15).
H. Tornar-nos obedientes: (Rm. 6.17).

V.A SUFICIÊNCIA DA SÃ DOUTRINA:


A. Ninguém poderá alterar a doutrina: (Gl 1.8).
B. Ninguém poderá ensinar outra doutrina: (I Tm 1.3).

VI.A COMPLETUDE DA SÃ DOUTRINA:


A. A doutrina está completa e não precisa de nenhuma modificação: (Ap 22. 18-19).

Por fim, enfatizamos a relevância do conhecimento doutrinário para a solidificação de uma fé


autentica que combate as heresias e propaga veementemente a suprema verdade de Deus.

Pr. Sidnei O. Ferreira


sidney.osvaldo@hotmail.com

Fonte: https://estudos.gospelmais.com.br/a-sa-doutrina-de-deus.html

A importância de falar a Sã Doutrina

Clodoaldo Machado
Ministério Fiel Igreja e ministério

Paulo escreveu a Tito: Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina (Tito 2.1). Ao dar esta ordem,
Paulo nos ensina sobre o que a igreja deve falar. Falar a sã doutrina é responsabilidade da igreja, ela
deve ser conhecida por isso. A sã doutrina é a sua voz. É por isso que ela está neste mundo. Pedro
escreveu que a igreja é a propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele
que a chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1Pe.2.9, ênfase acrescentada). A igreja tem a
responsabilidade de tornar o caráter de Deus conhecido. É preciso proclamar as virtudes de Deus e

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a igreja faz isso quando fala o que convém à sã doutrina. Falar a sã doutrina é a responsabilidade da
igreja.
Muitos pensam em doutrinas como assuntos para serem tratados em livros de teologia sistemática,
ou classes onde se ensinam os pilares do pensamento cristão. Certamente envolve isso, porém a sã
doutrina lida também diretamente com o dia a dia das pessoas. Quando Paulo pensava em sã
doutrina, ele pensava em como as pessoas estavam vivendo. Na carta de Paulo a Tito, encontramos
algumas razões pelas quais é importante que a igreja se concentre nesta tarefa.

Primeiro, a sã doutrina expõe o falso ensino. Paulo escreveu: Porque existem muitos
insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso
fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe
ganância(Tt.1.10,11). Paulo afirma que o ensino destes homens para nada era proveitoso. Suas
palavras eram vazias e nada acrescentavam aos que ouviam. Ao contrário, tais palavras eram
prejudiciais. Paulo diz que eles pervertiam casas inteiras. O ensino destes homens estava
destruindo famílias. A má doutrina, sorrateiramente, ataca a família e a perverte. É preciso calar
estas vozes destruidoras. Como, porém, fazemos isso? Falando corajosa e abertamente a sã
doutrina.
Quando falamos a sã doutrina, consequentemente expomos o que é falso. Não podemos nos
envergonhar do que cremos e devemos falar e continuar falando a sã doutrina. Por medo da
impopularidade a igreja é tentada a parar de falar o que convém e falar o que as pessoas desejam
ouvir. Isto abre espaço para que o ensino falso entre na igreja e, em consequência, a família seja
degradada. Não é sem motivo que temos visto tantos pais separados e filhos sendo criados sem a
presença deles. Quando a sã doutrina não é falada, o falso ensino ocupa o seu lugar e as dolorosas
consequências são percebidas na família.

A segunda razão importante para que a sã doutrina seja falada é que ela expõe a falsa profissão de
fé. Paulo escreve que aqueles homens no tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o
negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda
boa obra(Tt.1.16). Em Creta, havia pessoas que professavam crer em Deus, no entanto suas
atitudes demonstravam o contrário. Elas não eram de fato convertidas ao Senhor, ainda que
dissessem ser. Este é o efeito do falso ensino, ele gera uma falsa profissão de fé. Quando a má
doutrina é ensinada, as pessoas são enganadas. Elas dizem que conhecem a Deus, falam coisas a
respeito de Deus, cantam músicas sobre Deus, mas de fato não O conhecem.
Pessoas estão sendo enganadas, estão crendo que são salvas, professando conhecer a Deus, sem
nunca de fato O terem conhecido. Jesus disse que elas o chamam de Senhor, mas Ele nunca as
conheceu (Mt.7.21,22). Somente a sã doutrina pode desfazer o engano e ajudar as pessoas a
entenderem o que é conhecer a Deus. A igreja deve falar a sã doutrina, assim os que são salvos
serão confirmados; os enganados, ou serão transformados ou se retirarão por não suportarem a sã
doutrina. Alguém disse que o evangelho ruim é pior do que evangelho nenhum.

29
A terceira razão para se falar a sã doutrina é que ela lida com o comportamento das pessoas. Paulo,
em Tito 2.1-10, deixou claro como a sã doutrina é algo prático.

Ela ensina ao homem o que é ser homem. Paulo escreveu: Quanto aos homens idosos, que sejam
temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância (Tt.2.2).
Vivemos num mundo em que os jovens querem sempre ser jovens. Querem prolongar sua
adolescência, desejam que a juventude não passe nunca. O mundo deseja que a vida seja uma
grande brincadeira cheia de diversão. Entretanto, Deus nos fez para sermos adultos. A juventude é
apenas uma pequena etapa da vida. A maior parte da vida é para ser vivida como adulto. Os
conselhos deste mundo, porém, são contrários a isso e querem fazer das pessoas, eternos jovens. É
preciso falar o que é ser homem, alguém moderado, respeitável, sensato e sadio na fé. Não temos
visto as pessoas sendo respeitáveis por serem mais velhas, uma das razões é porque não querem
parecer adultas e respeitáveis. Assim, a sociedade se degrada em larga escala. Só a igreja pode
apresentar a solução para isso: Falar a Sã Doutrina.

A sã doutrina também ensina à mulher o que é ser mulher. Paulo escreveu que as mulheres mais
velhas devem ensinar as mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos (Tt.2.3-5). Os conselhos
deste mundo têm ensinado as mulheres a agirem como homens, a pensarem como homens, a
fazerem atividades de homens. Até mesmo quanto à sexualidade, as mulheres têm sido levadas a
pensarem como homens. Achando-se livres e emancipadas fazem, cada vez mais, o que homens
egoístas querem que façam. Existe o lado feminino da sexualidade e ele parece estar sendo cada
vez mais desconsiderado. Mais lamentável ainda é ver estes pensamentos seculares sobre a mulher
sendo seguidos por aqueles que dizem crer na Bíblia. A sã doutrina ensina a mulher a ser mulher
dentro dos propósitos de Deus. Aqui é mais um lugar onde a vergonha tem dominado a igreja.
Muitos se envergonham deste ensino, acham-no ultrapassado e sem relevância e por isso não o
falam.

Temos deixado o pensamento secular nos dizer o que é ser mulher. Deus, que é quem criou a
mulher, sabe o que é melhor e satisfatório para ela, e sua Palavra nos ensina isso. Ela tem um papel
nobre, exaltado e digno na família, na igreja e na sociedade. Porém este mundo tem diminuído este
papel e feito com que tenhamos vergonha dele. Assim, temos mulheres abandonando a
feminilidade que Deus designou para elas. O resultado tem sido percebido na sociedade. Falar a sã
doutrina é ensinar a mulher a ser mulher.

A sã doutrina ensina o jovem a ser criterioso. Paulo escreveu: Quanto aos moços, de igual modo,
exorta-os para que, em todas as coisas, sejam criteriosos (Tt.2.6). Em todas as coisas os jovens
devem ter critério. Ter critério fala de ter uma mente sadia.
Jovens são facilmente corrompidos pelos maus conselhos deste mundo, basta conferir o número de
ordenanças que a Bíblia dá quanto a isso. O livro de Provérbios, por exemplo, é intenso em falar a

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eles. Para muitos jovens, o que a maioria está fazendo não parece ser errado. Não é sem motivo
que Paulo os ordena a serem criteriosos em todas as coisas. A sã doutrina os ajuda a ter critérios, a
fim de que suas decisões sejam sábias. A juventude é um período curto da vida, porém nele são
tomadas decisões que trazem consequências para a vida toda. Por isso é importante que a sã
doutrina seja falada.

Davi escreveu no Salmo 19.7 que o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Símplices é tradução de uma palavra hebraica que traz a ideia de uma porta aberta. A ideia é que o
testemunho do Senhor faz com que o crente aprenda a fechar sua mente. Ter a mente aberta é um
conselho deste mundo e não da Palavra de Deus. A Palavra de Deus dá sabedoria de maneira que
não sejamos mais símplices, isto é, que não sejamos mais aqueles que aceitam tudo o que nos é
oferecido sem qualquer resistência. É por meio da sã doutrina que ensinamos os jovens a não
serem símplices, de mente aberta. Por meio dela, eles aprendem a ser criteriosos. Quando a
Palavra de Deus está na mente, ela é o filtro que impedirá os maus conselhos de entrar. Jovens
precisam da sã doutrina.

A igreja tem esta grande responsabilidade. São razões importantes para não fugirmos dela. Não
podemos nos contentar com menos que isso. Não podemos ser condescendentes e permitirmos
que assuntos que não convêm à sã doutrina sejam assuntos dominantes na igreja. Cada membro da
igreja do Senhor Jesus Cristo é responsável por isso, uns por falarem, outros por ouvirem. Não
podemos nos furtar desta grande responsabilidade: falar a sã doutrina.

SÃ DOUTRINAS Ã DOUTRINA

Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei. Sou peregrino na terra; não escondas de
mim os teus mandamentos. (SALMOS 119:18,19)

31
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tito 2.1).

P o rqu e ex is te m mu it os in subo rdi nado s, pal rado res f rí vo los e en gana do re s,


e sp ec ia lm en te os da c i rc un cis ão . É p rec i so fa zê- los cal a r, po rque an da m
p e rve rt endo c asa s in te i ras , ens in ando o qu e não de vem , po r to rpe gan ân ci a (Tito
1.10,11).

Paulo diz que eles pervertiam casas inteiras. O ensino destes homens estava destruindo a igreja. A má
doutrina, que perverte a família. É preciso calar estas vozes destruidoras. Como, porém, fazemos isso?
Falando corajosa e abertamente a sã doutrina.

A segunda razão importante para que a sã doutrina seja falada é que ela expõe a falsa profissão de fé. Paulo
escreve que aqueles homens n o t oca nt e a D eus , p rofe ssa m con he cê - lo ; en t re tan to , o
n ega m po r sua s ob ras ; é po r isso qu e são a bom in á ve is , d eso bed i ent es e
re p ro va dos pa ra toda bo a o b ra . (Tt.1.16).

“Na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” (Hebreus 12:4).

“Resistir até o sangue lutando contra o pecado “significa dizer não ao pecado até que ele nos mate!

" Po is sab emo s q ue o noss o vel ho hom em fo i c ru ci fi cad o com CR IS TO, pa ra qu e o


c o rpo do p eca do sej a d es t ru ído , e não ma is s ejam os es c ra vo s d o p ec ado . "
( Ro mano s 6:6)

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia” (Provérbios 28.13).

O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável. PV. 28.9

Os que deixam a lei louvam o ímpio; porém os que guardam a lei contendem com eles.PV.28.4

O inimigo de nossas almas quer aprisionar e condenar, cada vez mais, as pessoas que não levam a sério a
Palavra de Deus e não as praticam.

Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que o que estamos praticando é errado. Enquanto nós não
considerarmos pecado o que estamos praticando, o pecado ficará fazendo parte de nossas vidas com o
nosso consentimento.

Não adianta reconhecer o pecado e ficar secretamente com ele sem confessar ou com tristeza de deixá-lo e
de vez enquanto "praticá-lo novamente." Gálatas 6.7 diz: Não erreis, Deus não se deixa escarnecer, tudo que
o homem semear, ele irá colher...

‘"Sonda-me, ó Deus, conhece o meu coração, prova-me e vê os meus pensamentos. Vê se há em mim algum
caminho mau, algum pecado escondido e guia-me pelos Teus caminhos eternos" (Salmo 139:23-24).

"Bem-aventurado o homem cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto; bem-aventurado aquele
a quem o Senhor não imputa maldade e em cujo espírito não há engano" (Salmo 32:1-2).

32
" Po is sab emo s q ue o noss o vel ho hom em fo i c ru ci fi cad o com CR IS TO, pa ra qu e o
c o rpo do p eca do sej a d es t ru ído , e não ma is s ejam os es c ra vo s d o p ec ado . "
( Ro mano s 6:6)

Jó 11: 13 a o 16 “S e dis pus e re s o c o ra ção e es te nd e res as m ãos pa ra D eus ; s e


l an ça res pa ra l ong e a i ni qüi dad e da tu a mã o e nã o p e rmi t i res ha bi ta r na t ua
t en da a inju st i ça, e nt ão, le va nt a rás o ros to se m má cu la , es ta rás s egu ro e n ão
t e me rás . P oi s te es qu ec e rás do s teu s s of rim en to s e d el es s ó t e rás l e mb ran ça
c om o d e água s q ue pa ssa ra m .”

“ F ir a- me o just o, ser á i st o uma benig ni da de ; e re pr ee nda - me , is so s er á como


ól e o s obre a mi nha cabe ça ; nã o r e cuse a mi nha ca be ça… ” ( Sa l mo 141. 5)

Q uan to aos m oço s, d e igua l mo do, e xo rta - os pa ra qu e, e m tod as as co isa s,


s eja m c ri t e ri osos (Tt.2.6). Em todas as coisas os jovens devem ter critério. Ter critério fala de ter uma
mente sadia.

Jovens são facilmente corrompidos pelos maus conselhos deste mundo, basta conferir o número de
ordenanças que a Bíblia dá quanto a isso. O livro de Provérbios, por exemplo, é intenso em falar a eles. Para
muitos jovens, o que a maioria está fazendo não parece ser errado. Não é sem motivo que Paulo os ordena a
serem criteriosos em todas as coisas. A sã doutrina os ajuda a ter critérios, a fim de que suas decisões sejam
sábias. A juventude é um período curto da vida, porém nele são tomadas decisões que trazem
consequências para a vida toda. Por isso é importante que a sã doutrina seja falada.

A Sã doutrina não se apoia em teorias humanas nem em princípios tradicionais, mas fundamenta-se em toda
a Palavra de Deus e na doutrina dos apóstolos.

Ao anjo da igreja em Laodicéia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o
soberano da criação de Deus. Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que
você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da
minha boca. Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é
miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu . Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro
refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa
nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar " (Apocalipse 3:14-18).

A igreja de Laodicéia estava cega espiritualmente e não enxergava a sua necessidade de Deus, pois achava
que, por ter riquezas, ela tinha tudo que precisava. No entanto, o Espírito Santo mostrou o quanto ela estava
errada, ao dizer que ela era miserável, digna de compaixão, pobre, cega e estava nu (v.17). E após essa
advertência, o Senhor a recomenda pingar um "colírio" para limpar os olhos e poder enxergar.

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.

WWW.CASADOSENHOR.COM.BR

Fonte: https://www.casadosenhor.com.br/estudos/estudo/374

33
A Sã Doutrina
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. Tito 2.1

- Introdução: A verdadeira e pura doutrina é saudável. Como é a sã doutrina?

1- Faz Diferença: Romanos 16.17

Quem segue falsos ensinamentos não tem uma vida cristã saudável, se torna doentio
espiritualmente e perturba a Igreja. Já o crente firmado na verdade está sempre bem.

2- Deve ser Ensinada: I Timóteo 4.6


A doutrina verdadeira deve ser divulgada como a boa mensagem do evangelho. A força da Palavra
de Deus deve vencer todo mal e derrotar toda mentira (João 8.32).

3- Deve ser Vivida: Tito 2.10


Quando praticamos a Palavra de Deus estamos servindo de exemplo para quem não conhece a
Jesus. Nosso testemunho de vida deve ser mais forte que nossas palavras (Tiago 1.22). Em nossos
cultos devemos ministrar sobre a doutrina (I Coríntios 14.26).

4- Não pode ser Alterada: II João 2.1


Qualquer ensinamento que ultrapassar a doutrina verdadeira deve ser rejeitado e refutado para
que a verdade prevaleça.

5- Incomoda os incrédulos: II Timóteo 4.2


As pessoas que não acreditam na Bíblia ficam incomodados com sua mensagem desafiadora
porque não querem mudar de vida (I Timóteo 1.10).

-Conclusão: A doutrina cristã é baseada na Bíblia Sagrada, que é imutável, inerrante e infalível. Não
podemos desviar desta mensagem fiel e verdadeira.

© AUTOR: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues

Fonte: https://www.esbocopregacao.com/2016/10/a-sa-doutrina.html

A SÃ DOUTRINA DO SENHOR

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Não Suportarão a sã doutrina
"Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina..." (2ª Timóteo 4:3).

TEXTO ÁUREO

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás,
tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Tm 4.16).

VERDADE PRÁTICA

A Igreja de Cristo é a única instituição na Terra que preserva e defende a verdade de Deus, ante aos
enganos e males das heresias.

Para referir-se “a doutrina dos apóstolos” (At 2.42):

O ensino das Escrituras deve ser, antes de mais nada, ortodoxo. Todo ensino bíblico-doutrinário deve
ser estritamente de acordo com a mensagem divina revelada no Antigo e Novo Testamentos. Tal
ortodoxia cristã tem nas Sagradas Escrituras a única fonte do verdadeiro conhecimento de Deus, de
suas doutrinas e da maravilhosa salvação em Cristo Jesus.

II. A IGREJA É GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA

A Igreja de Cristo é vista numa linguagem figurada como “casa” e “família” (1 Tm 1.2,18; 2.13-15).
A Bíblia, em 1 Timóteo 3.15, usa a expressão “coluna e firmeza” que fala de suporte, apoio,
sustentáculo de uma construção. A lição que aqui podemos aprender é que devemos fielmente
preservar aquilo que temos recebido da parte do Senhor. A verdadeira igreja é aquela que se
mantém em tudo fiel à sã doutrina bíblica.

1. O significado de “coluna e firmeza da verdade” (1 Tm 3.15). Consoante à Igreja, esses termos


indicam a função do Corpo de Cristo no que se refere à Verdade. O comportamento requerido da
Igreja, conforme o texto “para que saibas como convém andar na casa de Deus”, revela sua
natureza, no sentido de que ela deve ter um comportamento digno e santo em relação ao mundo
pecador. Isso porque a “Igreja do Deus vivo” é um povo santo, separado do pecado e do
mundanismo. Portanto, a Igreja é a demonstração viva e santa da Verdade do evangelho. Seu papel
é o de sustentar, manter e defender a Verdade contra todo erro e oposição intelectual, religiosa e
filosófica dos falsos mestres. A Verdade foi confiada à Igreja, e todo erro e heresia devem ser
refutados por ela (1 Tm 6.3-5; 2 Tm 2.18; 3.8; 4.4).

2. A Verdade no contexto de 1 Timóteo 3.15. Essa Verdade do evangelho é o vastíssimo conteúdo


doutrinário da fé cristã. A Igreja tem a missão de viver e representar essa Verdade, mas também de
mantê-la e defendê-la de toda oposição que se lhe ataca.

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1. Cristo está edificando a sua Igreja. Aos discípulos, Jesus declarou que edificaria sua igreja (Mt
16.18). O fundamento e as colunas (pilares) desse edifício são as doutrinas bíblicas fundamentais, as
quais dão sustentação a esse edifício espiritual (1 Co 3.9,10,16). A Igreja é edificada sobre “o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus é a principal pedra de esquina” (Ef 2.20). A
ordem da frase “apóstolos e profetas” deixa claro que a “doutrina dos apóstolos”, citada em Atos
2.42, refere-se ao ensino que receberam de Jesus e que foram comissionados a ensinar. Não se
tratava de uma doutrina particular dos apóstolos Pedro, João, Tiago ou Paulo, mas a mesma ensinada
por Jesus. A referência aos profetas trata-se dos profetas da igreja primitiva que confirmavam, pelo
Espírito Santo, as doutrinas ensinadas. A ordem da frase apóstolos e profetas indica tratar-se do dom
profético naqueles dias outorgado pelo Espírito Santo (Ef 4.11).

2. Os edificadores desse edifício (1 Co 3.10,11). Paulo ilustra que a edificação da Igreja é efetuada
pelos ministros do Senhor. No versículo 11, a Bíblia declara que “ninguém pode colocar outro
fundamento além do que já está posto”. No texto de Efésios 4.11, vemos os edificadores que Deus
tem dado à Igreja, tais como “apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres”. Eles usam os
materiais da doutrina cristã para construir este edifício espiritual.

MISSIONÁRIO PEDRO SANTOS


Fonte: http://missionariopedrosantos.comunidades.net/a-sa-doutrina-do-senhor

Por que a sã doutrina é tão importante?

Pergunta: "Por que a sã doutrina é tão importante?"

Resposta: Paulo ordena Tito: "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (Tito 2:1). Tal mandato
torna óbvio que a doutrina sã é importante. Mas por que é importante? Será que aquilo em que
acreditamos realmente importa?

A sã doutrina é importante porque a nossa fé é baseada em uma mensagem específica. O ensino


geral da igreja contém muitos elementos, mas a mensagem primária é explicitamente definida:
"Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados,
segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1
Coríntios 15:3-4). Esta é a boa notícia inequívoca, e é para vir "antes de tudo". Mude essa
mensagem, e a base da fé muda de Cristo para outra coisa. Nosso destino eterno depende de ouvir
"a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação" (Efésios 1:13, veja também 2

36
Tessalonicenses 2:13-14).

A sã doutrina é importante porque o evangelho é de confiança sagrada, e que não nos atrevamos a
adulterar a comunicação de Deus com o mundo. Nosso dever é entregar a mensagem, não mudá-la.
Judas transmite uma urgência para proteger a fé sã: "me senti obrigado a corresponder-me
convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue
aos santos" (Judas 1:3, veja também Filipenses 1:27). "Batalhar" carrega a ideia de lutar por algo
vigorosamente, ou seja, com todo o seu esforço. A Bíblia inclui um aviso para não adicionar ou
retirar da Palavra de Deus (Apocalipse 22:18-19). Ao invés de alterar a doutrina dos apóstolos,
recebemos o que nos foi transmitido e mantemos "o padrão das sãs palavras que de mim ouviste
com fé e com o amor que está em Cristo Jesus" (2 Timóteo 1:13).

A sã doutrina é importante porque aquilo em que acreditamos afeta o que fazemos. O


comportamento é uma extensão da teologia, e existe uma correlação direta entre o que pensamos
e a forma como atuamos. Por exemplo, duas pessoas estão no topo de uma ponte; uma acredita
que pode voar, e a outra acredita que não pode voar. Suas próximas ações serão bastante
diferentes. Do mesmo modo, um homem que acredita que o certo e o errado não existem
naturalmente se comportará de maneira diferente de um homem que acredita em padrões morais
bem definidos. Em uma das listas de pecados da Bíblia, são mencionadas coisas como rebelião,
assassinato, mentira e raptores de homens. A lista conclui com "tudo quanto se opõe à sã doutrina"
(1 Timóteo 1:9-10). Em outras palavras, o ensino verdadeiro promove a justiça, já o pecado floresce
onde a "sã doutrina" se opõe.

A sã doutrina é importante porque devemos confirmar a verdade em um mundo de


falsidade. "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João 4:1). Há joio entre o trigo, e
lobos entre o rebanho (Mateus 13:25; Atos 20:29). A melhor maneira de distinguir a verdade da
falsidade é conhecer a verdade.

A sã doutrina é importante porque o fim da doutrina sã é a vida. "Tem cuidado de ti mesmo e da


doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos
teus ouvintes" (1 Timóteo 4:16). Por outro lado, o fim da má doutrina é a destruição. "Pois certos
indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente
pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de
nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (Judas 1:4). Mudar a
mensagem da graça de Deus é uma coisa perversa, e a condenação por tal ação é severa. Que
aquele que pregar outro evangelho ("o qual não é outro") seja anátema (ver Gálatas 1:6-9).

A sã doutrina é importante porque encoraja os crentes. O amor à Palavra de Deus traz "grande paz"
(Salmo 119:165), e aqueles que fazem “ouvir a paz… que fazem ouvir a salvação” são
verdadeiramente “formosos” (Isaías 52:7). Um pastor deve ser "apegado à palavra fiel, que é
segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para

37
convencer os que o contradizem" (Tito 1:9).

A palavra de sabedoria afirma: "Não removas os marcos antigos que puseram teus pais"
(Provérbios 22:28). Se pudermos aplicar isso à sã doutrina, a lição é que devemos preservá-la
intacta. Que nunca nos desviemos da "simplicidade e pureza devidas a Cristo" (2 Coríntios 11:3).

A SÃ DOUTRINA DE JESUS

Quando o Apostolo Paulo ensinava Timóteo através de suas cartas, ele dizia: - II Timóteo 4: 1
Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na
sua vinda e no seu reino; v.2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. v.3 Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores
conforme as suas próprias concupiscências; v.4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas. 5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu
ministério.

Comentário.: Hoje podemos constatar isto. Há doutores, estudiosos de doutrinas diferente da de


Jesus que buscam desviar o entendimento da verdade que é o EVANGELHO DE CRISTO como ELE
ensinou e voltando a fábulas, delírios de homens corrompidos de entendimento que buscam
explicações segundo a sabedoria humana que é loucura para Deus, como o mesmo Paulo disse em:
(I Coríntios 3: 19 Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele
apanha os sábios na sua própria astúcia.)

Já na primeira carta de Paulo a Timóteo, ele dizia: - I Timóteo 6: 3 Se alguém ensina alguma outra
doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina
que é segundo a piedade, 4 É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, 5 Contendas de homens
corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho;
aparta-te dos tais.

Comentário.: É exatamente o que vemos, pessoas ensinando outros a acreditarem em outra


doutrina (outro ensinamento) que não é o de JESUS CRISTO que é segundo o amor e a piedade. Por
isto eu não sigo religiões e muito menos ensinos que dizem haver reencarnação ao em vez de
ressurreição como JESUS nos ensinou.

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Paulo não estava falando de si mesmo (do seu entendimento humano) mas era o Espírito Santo de
Deus quem estava falando por ele, por isto ele acertou, pois hoje vemos Kardecistas enganando
muitos e os desviando do Evangelho de Jesus, como vemos também muitos usando o Evangelho
para ganho próprio (meio de vida) e na verdade o Evangelho de Cristo nos ensina que somente
através de Jesus teremos a salvação e a vida eterna e que aquele que quiser ser grande na vida
eterna que seja servo de todos aqui neste mundo. Jesus que era Filho de Deus e também Deus, veio
viver como homem e nos ensinar pelo seu exemplo como vivermos, nos desviando da maldade e da
iniqüidade, praticando o amor, a reta justiça e a fé em Deus.

Jesus deixou bem claro que se não perdoarmos nossos semelhantes não seremos perdoados por
Deus e que devemos buscar o amor verdadeiro amando até mesmo os nossos inimigos, pois Ele
morreu por nós quando estávamos ainda sendo inimigos d’Ele.

Se você quer seguir JESUS CRISTO, leia a Bíblia (Novo Testamento) pois vivemos no tempo da graça
e somos salvos pela fé em JESUS CRISTO e não deixe ninguém te enganar por doutrinas várias e
estranhas: (Hebreus 13: 9 Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque
bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos
que a eles se entregaram.)

A graça de Deus é a salvação pela fé em Jesus, por isto Jesus disse: (João 14: 6 Disse-lhe Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.)

Não se engane e nem se deixe enganar, Jesus é o Cristo de Deus e também é Deus e ninguém vai ao
Pai que é Deus se não for através d’Ele. Não existe outro caminho! Ele é o único caminho, como
também a única verdade e somente n’Ele e em Deus está a vida como Ele disse: (João 5: 26 Porque,
como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo;)

Portanto, se não for através de Jesus ninguém terá a salvação e a vida eterna: (João 14: 6 Disse-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.)

Quem não conhece Jesus não conhece à Deus: (João 8: 19 Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai?
Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim,
também conheceríeis a meu Pai.)

Quem não acreditar que Jesus é o Filho unigênito de Deus, o Cristo de Deus, o único que pode nos
salvar e o aceitar como seu único Senhor e Salvador, morrerá em seus pecados: (João 8: 24 Por isso
vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em
vossos pecados.)

Creia em Jesus, não há outro caminho, Ele é o único caminho para Deus!

Fonte: https://sites.google.com/site/jjeessuusstteeaammaa/a-sa-doutrina-de-jesus

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