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PUC – Pontifícia Universidade Católica

Campus Poços de Caldas/MG

Laboratório de Física Geral III


Turma 1- Quinta-feira: 10:40/12:20
Curso de Engenharia Civil

Atividade 4 – Partícula carregada em um campo elétrico

Geraldo Guimarães Pereira Netto


Nicoli Eduarda Souza de Oliveira
Yuri Poli de Castro Ribeiro

Prof. Luís Fernando Delboni


Setembro/2020
Introdução
Uma carga elétrica ou uma distribuição de cargas elétricas gera no espaço da sua
vizinhança um campo elétrico 𝐸⃗, definido como:

F
E =
q

em que 𝐹 é a força elétrica que atua sobre uma carga q puntiforme e positiva,
hipotética ou não, presente em um certo ponto da vizinhança. Esta carga q é
denominada carga de prova ou de teste e não é a carga geradora do campo elétrico
definido pela equação (1). A direção e o sentido do campo elétrico em um determinado
ponto do espaço são iguais ao da força elétrica que atua sobre a carga de prova
positiva. A definição, dada pela equação (1), é local, ou seja, vale para um ponto. Uma
imagem global do campo elétrico gerado no espaço da vizinhança de uma carga ou de
uma coleção de cargas é obtida do esboço das linhas de campo elétrico. Considere
uma partícula que se move na direção 𝑥 e entra com velocidade 𝑣0 em uma região
com campo magnético uniforme na direção 𝑦, como indicado na figura 1. Essa
partícula passará a ter uma aceleração constante na direção 𝑦 e sofrerá uma deflexão
em sua trajetória. Nesse caso, seu movimento é descrito pelas equações:
1
∆ y = ay t 2 (2 )
2
d=∆ x=v 0 t (3)
OBJETIVOS:
Compreender os efeitos da ação do campo elétrico no movimento de uma partícula
carregada; calcular a aceleração de uma partícula ao entrar em uma região com
campo elétrico uniforme.
Materiais utilizados:
 1 régua;
 Software (https://ophysics.com/em6.html);
 Software SciDavis.

Procedimento Experimental

Primeiramente utilizamos uma régua para estabelecer um padrão de medidas


no software, e assim fazendo uma escala.
Escala utilizada: 1,7 cm na régua equivale a 1,0 cm da simulação.

Utilizando um software apropriado, primeiramente foi feita a simulação


repetidas vezes com valores diferentes para a velocidade e mantendo o restante de
forma constante:
Carga da partícula: 5µC

Massa da partícula: 2 x 10−16 kg

Campo elétrico: 1000 N/C

Figura 1 – software onde o experimento foi realizado


Foram recolhidos os dados na tabela a seguir:

Tabela 1 – Velocidade X Distância

V0 ( m/s2 ) D ( m)
1,0 0,005
2,0 0,0098
3,0 0,0129
4,0 0,0176
5,0 0,0217
6,0 0,0270
7,0 0,0317
8,0 0,0350
9,0 0,0405
10,0 0,0441

Utilizando esses valores de tabela, foi então plotado um gráfico Vo x d:

Figura 2 – Gráfico da Velocidade x Distância com ajuste linear

O eixo ∆y é um valor constante de: 0,0235 m.


T = 45 s, também sendo um valor fixo no experimento.
Podemos relacionar ∆y com a aceleração em y através da seguinte equação
obtida pela linearização do gráfico:

ay
A=
√ 2∆ y

ay =A 2 x 2 ∆ y

Substituindo os valores obtidos temos:

ay =(227)2 x 2(0,02350)
Faz então a propagação de erros:
∆A
( A+ ∆ A )2 =A 2 ± 2 xC
A

( A+ ∆ A )2=2272 ±2 x 3 x 227

( A+ ∆ A )2=51529 ±1362= (5,15 ± 0,14 ) x 10 4


ay =2 ∆ y ( A+ ∆ A )2=(0,047 ( 5,15± 0,14 )) x 1014

ay =( 0,24205± 0,007 ) x 10 14

ay =( 2,42± 0,07 ) x 1013 m/s 2

Na tabela a seguir, foi montado o procedimento utilizando a variação da massa.


Tabela 2 - Tabela montada com a variação de massa

V0 ( m/ s2) x 105 D ( m) Tempo (nm) x 10-9 Massa (kg) x 10-16


2,0 x 105 0,0047 10 x 10-9 0,1 x 10-16
2,0 x 105 0,0064 14 x 10-9 0,2 x 10-16
2,0 x 105 0,0094 20 x 10-9 0,4 x 10-16
2,0 x 105 0,0135 28 x 10-9 0,8 x 10-16
2,0 x 105 0,0194 40 x 10-9 1,6 x 10-16
2,0 x 105 0,0270 57 x 10-9 3,2 x 10-16
2,0 x 105 0,0347 71 x 10-9 6,4 x 10-16

É possível notar que a massa independe, uma vez que a partícula esta
tendendo a subir no gráfico tornando a reta tangente positiva, assim mostrando a
direção do campo elétrico, positiva.
Em seguida, montamos a mesma tabela, dessa vez variando apenas a carga.

Tabela 3 – Tabela variando a carga

V0 ( m/ s2) x 105 D ( m) Tempo (nm) x 10-9 Carga µC


2,0 x 105 0,0141 71 x 10-9 -3,0
2,0 x 105 0,0176 87 x 10-9 -2,0
2,0 x 105 0,0247 122 x 10-9 -1,0
2,0 x 105 0,0247 122 x 10-9 1,0
2,0 x 105 0,0176 87 x 10-9 2,0
2,0 x 105 0,0141 71 x 10-9 3,0
2,0 x 105 0,0123 61 x 10-9 4,0

Analisando pelo gráfico do software, é possível perceber que a carga influencia o


comportamento da partícula, independentemente de sua massa, quando a carga é
negativa, a partícula tende a descer na simulação. Quando é positiva, também seja
qualquer a sua massa, a partícula tende a subir no gráfico. Isso significa que o campo
elétrico está ligado a carga da partícula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SERWAY, Raymond A; JEWETT, John W. Física para cientistas e engenheiros:


eletricidade e magnetismo. Volume 3. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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