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Novas Leituras 8

TESTE N.° 7

ESCOLA:

TESTE FORMATIVO DE PORTUGUÊS

Ano: 8.° | Turma: Data: / /20

Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.

DIOGO: (Surpreendido) A Joana deixou uma 35


carta… assim tipo carta de… despedida, foi?
Não imaginava…
5 DR. BRITO: Não, Diogo. A Joana escrevia, nos
últimos anos, cartas, muitas cartas…
40
DIOGO: (Surpreendido) Escrevia-lhe cartas… a
si?!
10
DR. BRITO: Não a mim… (Pausa breve) Eram
dirigidos à… tua irmã.
45
DIOGO: (Incrédulo) À minha irmã?! À Marta?! E
ela já tinha morrido?
DR. BRITO: Já, rapaz, já… Eu sei que parece
15
estranho, mas a Joana sentia-se muito 50
desamparada, percebes? Não tinha com quem
falar, depois que a tua irmã faleceu; assim, foi a
maneira que ela encontrou de se sentir menos
só…
55
20 DIOGO: (Indignado) Fogo! Nunca pensei! Ela
devia ‘tar na pior! (Pausa) A Joana nunca
aceitou a morte da minha irmã… Eu fartei-me
de lhe dizer para ela não pensar mais naquilo
que tinha acontecido, mas ela teimava em
puxar o assunto… (Pausa) Mas… e ela 60
25
escrevia a contar o quê?...
DR. BRITO: O que se ia passando de
importante na vida dela, na cabeça dela… Foi
assim que comecei a conhecer a minha filha, 65

Diogo… Só assim! (Pausa breve) E vi que tu


30 foste importante para ela…
DIOGO: (Acanhado) Nem por isso… Acho que
a Joana só queria ver-me para falar da Marta…
Sei lá… Julgo que gostava de ir lá a casa para,
de alguma forma, se sentir mais perto da Marta.
DR. BRITO: (Pensativo) Talvez. Elas eram
muito amigas…
DIOGO: Éramos amigos os três… Amigos de
infância… (Sorri.) Amigos de sempre! Quando
éramos pequenos e íamos os três à praia com
a minha mãe, divertíamo-nos à brava!...
Ríamo--nos por tudo e por nada! Gozávamos
com tudo… (Pausa) Mas, depois, eu não soube
ser o amigo que ela precisava. (Pesaroso)
Agora, sei que a devo ter dececionado muito… 1
DR. BRITO: Não foste só tu, Diogo. (Eleva um
fazíamos ideia disso; não é? (Suspira.) Às
vezes,
Novas Leituras sem
8 darmos conta, estamos tão longe
daqueles que amamos…
DIOGO: (Acenando afirmativamente) Pois GRUPO I
estamos…
1. DR.
“A Joana
BRITO:escrevia, nos últimos anos,
(Pausadamente) cartas, de
Temos muitas cartas…” (linhas 4-5)
1.1.aprender
Identificacom
o destinatário
os nossos das cartassobretudo
erros, de Joana.os
que nos custam mais caro, não é?

1.2.DIOGO: (Cabisbaixo)
Interpreta É…
a reação do Diogo ao tomar conhecimento desse destinatário.
DR. BRITO: Quando quiseres desabafar, podes
contar comigo, Diogo, estás a ouvir? Não faças
1.3.cerimónia!
Explica a importância dessas
(Pausa breve) cartas para
Sabes, a Joana, mas também para o seu pai.
eu agora
tenho uma outra noção do tempo; uma outra
noção das prioridades…
DIOGO: (Acanhado, levanta-se) Bem, eu até
2. gostava
A certa de
altura,
ficaro aqui
Diogomais
relembra
tempoacontecimentos
a conversar passados.
2.1.consigo,
Relaciona
masesses
fiqueiacontecimentos
de passar em com
casaos
dediferentes
uma estados de espírito manifestados pelo Diogo no
seu
amiga…discurso.
DR. BRITO: (Levantando-se) Claro, claro,
compreendo. Eu acompanho-te à porta.
3. “Não foste só tu, Diogo. (Eleva um pouco o tom de voz.)” (linhas 43-44)
(Saem
3.1. Esclarece o motivo ambos)
pelo qual o Dr. Brito “Eleva um pouco o tom de voz”, na fala transcrita.

Maria Teresa Maia Gonzalez, Os Herdeiros da Lua de Joana,


Edição Babel, 2010 (Ato V, Cena I – excerto)
4. “Sabes, eu agora tenho outra noção do tempo; uma outra noção das prioridades…” (linhas 56-58)
4.1. Comenta esta afirmação do Dr. Brito.

GRUPO II

1. Reescreve as frases a seguir apresentadas, substituindo as expressões sublinhadas pelo pronome


pessoal adequado.
a) A Joana escrevia muitas cartas à amiga.

b) A Joana teimava em puxar o assunto da morte de Marta.

c) Se pudesse, o pai de Joana mudaria a sua atitude anterior.

d) A morte de Joana fez o pai repensar as suas prioridades.

2. Repara no excerto seguinte:


DIOGO: (Surpreendido) A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi?
Não imaginava…
DR. BRITO: Não, Diogo. A Joana escrevia, nos últimos anos, cartas, muitas cartas…
DIOGO: (Surpreendido) Escrevia-lhe cartas… a si?!
DR. BRITO: Não a mim… (Pausa breve) Eram dirigidos à… tua irmã.

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2.1. Identifica nas falas do Diogo e do Dr. Brito as marcas do modo oral aí presentes.

3. No discurso do Diogo, há palavras e expressões que se desviam da norma padrão.


3.1. Transcreve dois exemplos do texto e reescreve-os segundo a norma.

4. Preenche os espaços em branco com se não ou senão.


a) Joana era jovem e inteligente, mas havia um : sentia-se muito só.
b) Joana tem de estudar as notas pioram.
c) Joana podia ser feliz fosse a indiferença da família.

GRUPO III

Baseando-te na experiência de Joana, escreve um texto que pudesse ser divulgado no jornal de uma
escola, no qual alertes para a importância da família na vida de um adolescente.

Na planificação do teu texto, indica por tópicos:

• as possíveis consequências no comportamento dos adolescentes resultantes da indiferença


da família;
• exemplos concretos de adolescentes que sofreram com o desinteresse da família pelos seus
problemas;
• os aspetos positivos do apoio e da compreensão da família…

Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem:

– escreve um texto com um mínimo de 140 e um máximo de 180 palavras;


– seleciona vocabulário variado e adequado ao texto;
– redige frases claras e corretas;
– aplica corretamente os conectores discursivos;
– respeita as normas de ortografia;
– pontua corretamente o texto.

Lembra-te de que, no final, deves:

• reler com atenção o texto que produziste,


• verificar se obedeceste à planificação que fizeste;
• conferir se há erros do foro gramatical;
• proceder às correções que entenderes necessárias.

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