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APRENDENDO E ENSINANDO ARTES ATRAVÉS DA SUA HISTÓRIA E SUA

CONCEITUALIZAÇÃO

Jucilene Balbinot1

RESUMO: O presente trabalho desenvolve um estudo sobre a Arte, sua


concepção, história e sua relação com a educação. Sabendo que a arte é um
conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer, este trabalho tem
como objetivo a ampliação de conhecimentos com relação a arte. Busca, também,
compreender as significações e importância desta para o ser humano. Assim
como a ciência é um modo de organização da experiência humana, a arte é um
modo de transformar a experiência adquirida em objeto de conhecimento, através
do sentimento. Para compreender uma obra de arte é necessário considerar a
natureza dentro do contexto em que foi produzida e os princípios pelos quais foi
estruturada. Sendo assim, baseio-me em pesquisas bibliográficas para o
desenvolvimento do presente estudo. Através da pesquisa realizada, vê-se que a
arte é o movimento na dialética da relação homem-mundo. E que a educação em
arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico, da percepção estética,
da sensibilidade e imaginação do ser humano. O conhecimento artístico nasce da
liberdade de escolha e neste campo crescem as produções artísticas e as
metodologias do ensino da arte.

PALAVRAS-CHAVE: Arte-educação, artista, conhecimento.

ABSTRAT: This paper develops a study about art, it’s concption, history and
relation with education. Knowing that art is a set of rules to drive any human
activity, we focus this work in art’s knowledge amplification. We look for the
meaning and value of art to the human being. Such science organize human
experience, arts transform experience in knowledge’s object, through feelings. To
understand a piece of art reeds consider the nature inside the context wich this
piece was made and the principles to estruture it. A large review based this paper.
Art is the movement in dialetic man-world’s relation. Art’s education marke possible
the development of artistic mind, aesthetical perception, sensibility and
imagination. Artistic knowledge borns from choicês freedom and in this field grows
up artistic production and art’s teaching metodologies.

KEYWORDS: Art’s teaching, artist, knowledge.

1
Acadêmica do 6º período do curso de Pedagogia, com ênfase em Recursos Humanos, da
Faculdade Assis Gurgacz. Endereço: Rua Xavantes, 51 – Santa Cruz. E-mail:
jujubi9@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO

O presente trabalho desenvolve um estudo sobre a Arte, sua importância e


suas contribuições para o desenvolvimento artístico humano.
A arte, sendo um elemento cultural, é instrumento de produção de
conhecimento, de desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção
estética, aprimorando, no ser humano, sua sensibilidade, percepção e imaginação
na criação das formas artísticas. Por isso a arte deve ser vista como prática
pedagógica presente no dia-a-dia das salas de aulas.
É através deste estudo, que deseja-se buscar maior compreensão e
aprimoramento na área, a fim de contribuir com a aprendizagem e o
desenvolvimento do talento, muitas vezes, “oculto” na maioria das crianças.
Nessa perspectiva, o estudo respalda-se em Kramer e Leite (1998), Fusari
e Ferraz (1993), Secretaria da Educação Fundamental (2000), entre outros.

1 CONCEPÇÕES E BREVE HISTÓRIA DA ARTE

A palavra arte vem do latim ars e corresponde ao termo grego techne,


técnica, significando o que é ordenado ou toda espécie de atividade humana
submetida a regras.
Arte é o movimento na dialética da relação homem-mundo. Criação
humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta), que
sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. A
verdadeira concretização da obra de arte se faz no contato com as pessoas,
quando o ato criador se completa. Sendo assim, ela age como meio de união do
indivíduo com o todo.
De acordo com Fusari e Ferraz:

(...)a arte é uma das mais inquietantes e eloqüentes produções do


homem. Ela ignora qualquer outro fazer que não seja aquele implícito no
próprio conhecer. A arte é um fazer em que o aspecto realizativo é
particularmente intensificado, unido e inventivo (FUSARI e FERRAZ,
1993, p.91).

Complementando Fusari e Ferraz, a arte é um meio para se compreender


o desenvolvimento individual em suas diferentes fases e o desenvolvimento da
consciência estética e criadora do indivíduo; é um modo privilegiado do
conhecimento e aproximação entre indivíduos de culturas distintas. É a arte que
nos ajuda a conhecer o que não podemos articular e que explora o pensamento
divergente, mobiliza a busca de novas soluções, de possibilidades que leva à
construção de um processo de investigação da forma de expressão e criação que
caracteriza cada ser humano. A arte ensina que é possível transformar
continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser
flexível.
Como resultado de análise e avaliação, a arte pode adquirir dimensões e
formas de expressão por meio de crítica. Esta, além de contribuir para que se
aprecie melhor as obras, ajuda a sociedade a manter-se atenta aos valores tanto
da arte do passado quanto das manifestações mais recentes.
A arte é, ainda, um modo de transformar a experiência adquirida em
objeto de conhecimento, através do sentimento; é um entendimento intuitivo do
mundo, tanto para o artista quanto para o apreciador.
A obra de arte revela para o artista e para o espectador uma possibilidade
de existência e comunicação, além da realidade de fatos e relações conhecidos.
Ela fala por si mesma, independe e vai além das intenções do artista. Cada obra é
um produto cultural de uma época e uma criação singular da imaginação humana.
De acordo com a Secretaria de Educação Fundamental,

(...)as manifestações artísticas são exemplos vivos da diversidade cultural


dos povos e expressam a riqueza criadora dos artistas de todos os
tempos e lugares. Uma constante da arte é a representação da figura
humana (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, 2000, p.112).
Em outras palavras, pode-se dizer que o ser humano e tudo o que está a
sua volta, são obras inspiradoras das representações e manifestações artísticas.
Para que se possa compreender a obra de arte de nosso tempo é
necessário considerar a natureza dentro do contexto em que foi produzida e os
princípios pelos quais foi estruturada. A obra de arte pode ser definida como um
objeto que possui a capacidade de expressar uma experiência, dentro de uma
determinada organização.
Na tentativa de reconstruir a arte da humanidade, os críticos recorrem a
um conjunto de elementos, às fontes históricas que correspondem a todo material
que nos permite conhecer a vida artística do homem desde seus primórdios.
Dentre estas fontes encontram-se os textos históricos, a tradição oral e pictórica,
entre outros.
As primeiras descobertas de arte pré-histórica, segundo Batistoni Filho
(1989), correspondem a um período entre 30 000 e 8 000 a. C., e aconteceram em
fins do século XIX, na Europa. Esta arte mostra-se através de desenhos e pinturas
policrômicas, o que chamamos de arte rupestre. As gravações e pinturas eram
feitas em rochas, com pigmentos derivados de minerais diluídos com água e
acrescidos de vegetais para sua fixação. O pintor dessa época era figurativo,
reproduzia a imagem na sua verdade visual: não a deformava nem a estilizava. O
homem pré-histórico não foi apenas pintor. Foi também escultor. Fazia incisões
nas pedras e esculpia (em marfim, pedras, ossos, argila) figuras femininas de
formas exageradamente volumosas que estariam ligadas a rituais de fecundação.
Seguido de sucessivos avanços da humanidade, a arte chega a um dos
clímax da nossa cultura somente a partir do período clássico (VI à IV a. C.). Nesse
momento da história, a arquitetura e a escultura atingem ápices concretos
inimagináveis. A literatura se concretiza e o teatro explode numa genialidade
inigualável.
As manifestações artísticas dos primeiros séculos da colonização
brasileira ocorreram com a efetivação do sistema colonial e a vinda das ordens
religiosas jesuíticas, beneditinas e franciscanas, que trouxeram ao Brasil vestígios
de sua cultura.
O modelo mais concreto da escultura e arquitetura, encontra-se na arte
Egípcia, representada basicamente pelas pirâmides. De acordo com Batistoni
Filho:

(...)os egípcios foram os maiores estatuários, primando na técnica, no


domínio do material e no poder expressivo. Eles não usavam a
perspectiva científica para representar o espaço, mas apenas para
sugeri-lo (BATISTONI FILHO, 1989, p.29 e 30).

Numa outra perspectiva de arte, não egípcia, encontra-se a arte bizantina.


É a arte da cor, onde a forma é substituída pela decoração. Já a arte árabe era um
produto, por força, eclético, com destaque para as Artes Decorativas.
Diante destas representações e do quadro sócio econômico evolutivo,
culmina, na Itália, o movimento renascentista, que segundo Batistoni e Filho
(1989, p.65), “procura reviver os modelos clássicos greco-romanos” .
Os artistas e pensadores do Renascimento voltaram seus olhos para a
cultura clássica (cultura greco-romana), não apenas para copiá-la mas assimilá-la
à cultura clássica tanto quanto a medieval.
O poder expressivo e a beleza do corpo humano foram dois ideais que a
Renascença encontrou realizados na arte clássica, pois o Renascimento surgiu
quando o homem começou a estudar o seu passado.

(...)A pintura foi a manifestação artística que mais progrediu no


Renascimento. Os pintores renascentistas ficaram famosos por suas
figuras perfeitas e pelo aperfeiçoamento da perspectiva. E souberam bem
distribuir a luz e as sombras, dando mais exatidão às suas obras. (IESDE
BRASIL, 2002, p.25)

A grande figura da pintura renascentista foi o pintor Leonardo da Vinci, e


Michelângelo foi o maior escultor. Os trabalhos artísticos de ambos são admirados
até os dias atuais, na Arte Contemporânea, devido à sua perfeição, e também pela
correta distribuição de luzes e sombras.
Nos séculos XV e XVI surgiu uma nova visão de mundo, o
antropocentrismo e a ciência moderna. E a valorização das artes como expressão
do conhecimento encontra, então, seu apogeu. Este dá-se durante o Romantismo,
quando a arte é concebida como “órgão geral da Filosofia”.
Com a fundação da academia de Belas Artes, no Rio de Janeiro, pelos
artistas que compuseram a célebre “Missão Artística Francesa de 1816”,
introduziu-se o neoclassismo no Brasil, tendo como principal pintor brasileiro
Pedro Américo de Figueiredo e Melo.
Por volta de 1908, surge uma nova tendência artística, o cubismo, que
considerava a obra de arte um fato plástico independente da imitação direta das
formas naturais e que se propunha a traduzir sua visão com a ajuda de formas
geométricas. No Brasil, Tereza d’Amico (1914-1965) foi a primeira pintora a seguir
o cubismo.
A Semana da Arte Moderna, de 1922, veio introduzir na cultura brasileira
uma concepção de vanguarda que rompeu violentamente com a repressão
ideológica dominante em todos os setores de atividade artística. A primeira
artista a se destacar é Anita Malfatti (1889-1964). Já a primeira Bienal de São
Paulo (1951) fez com que os artistas se engajassem numa linguagem despojada e
geométrica da arte concreta: o abstracionismo.
A Arte Moderna, liberando a criatividade, incorporando culturas diferentes
da ocidental e utilizando a temática como um simples pretexto, permitiu que os
artistas brasileiros voltassem para os aspectos culturais que lhes eram próprios.
O estudo da arte no Brasil a partir do modernismo inclui leituras,
contextualização e análises das produções artísticas brasileiras do século XX, que
detectaram os rompimentos com as tradições e regras acadêmicas.
Outras mudanças se fazem sentir na ocasião quando surge a Arte
Conceitual que dá um passo a mais, interessando somente a idéia, a criação
mental do artista.
A arte do disgusting art (arte desagradável ou mórbida) dominou as
últimas Bienais de Veneza e São Paulo. Esta arte tem como proposta chocar as
pessoas e proclamar a equivalência entre a vida e arte. Sendo assim, seus temas
são sexo e morte.
A arte do século XX (Arte Contemporânea) é diferente da arte grega ou
renascentista, porque responde as questões colocadas pelo homem e pela
cultura atual. Uma das mais importantes características da arte de nossos dias é
a procura da espontaneidade, através da técnica, presente, nas fotografias e
cinema, por exemplo.
As novas tecnologias para a arte contemporânea atuam com um meio à
disposição da liberdade do artista, que se somam às técnicas e aos suportes
tradicionais, para questionar o próprio visível, alterar a percepção, propor um
enigma e não mais uma visão pronta do mundo. O trabalho do artista passa a
exigir também do espectador uma determinada atenção, um olhar que pensa.
Em síntese, cada época cria uma arte que lhe é propícia, e cada grupo
humano o faz a sua maneira, dentro do conhecimento de mundo que esse mesmo
grupo venha a ter. As características individuais propícias do artista são elementos
fundamentais na avaliação da obra artística.

2 RELAÇÃO ENTRE ARTE E EDUCAÇÃO

A educação em arte, que busca a constituição de um ser humano


completo, propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção
estética, fazendo com que o aluno desenvolva sua sensibilidade, percepção e
imaginação na criação das formas artísticas. A experiência nas artes é um
instrumento básico de educação que promove o pensamento criador. Pela
vertente utópica, a arte se constitui num elemento pedagógico fundamental ao
homem.
A “educação através da arte” foi um movimento educativo e cultural
idealista, que ressaltava o papel da arte na formação global do ser humano. Este
movimento recuperou a valorização da arte infantil e a concepção da arte baseada
na expressão e na liberdade criadoras.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs ,

(...)conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a


relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de agir e
de pensar, que pode criar um campo de sentido para a valorização do
que lhe é próprio e favorecer abertura à riqueza e à diversidade da
imaginação humana. (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL,
2000, p.18)

Essa compreensão vinda do aluno, demonstra que a função da arte de


transformar a relação com a realidade, aciona as manifestações periféricas da
emoção, da imaginação.
No início de década de 60, arte-educadores lançaram as bases para uma
nova mudança de foco dentro do ensino de Arte, questionando a idéia do
desenvolvimento espontâneo da expressão artística da criança e procurando
definir a contribuição da arte para a educação humana. Em 1971, pela Lei de
Diretrizes e Bases de Educação Nacional (LDB), a arte é incluída no currículo
escolar com o título de Educação Artística. Considerada “atividade educativa” e
não disciplina, ela surge com o objetivo de garantir e melhorar o ensino de arte na
educação escolar, sendo tarefa do professor proporcionar a aprendizagem por
meio da instrução.
Conforme a Secretaria de Educação Fundamental,

(...)as obras de arte podem contribuir para ampliar as dimensões da


compreensão dos alunos sobre a sexualidade humana, quando
documentam ações de homens e mulheres em diferentes momentos da
história e em culturas diversas (...) Outra dimensão que faz parte das
manifestações artísticas é a expressão das características do ambiente
em que foram produzidas (Secretaria de Educação Fundamental, 2000,
p.112).
Partindo desse pressuposto, o espaço da arte-educação é essencial à
educação numa dimensão muito mais ampla, em todos os seus níveis e formas de
ensino. A arte-educação apresenta-se como um movimento em busca de novas
metodologias de ensino e aprendizagem de arte nas escolas.
Mesmo o campo da produção cultural tendo sido pouco abraçado pelos
educadores no Brasil, ele pode ser interessante no que se refere às possibilidades
de estudo sobre suas relações com a educação e os processos de socialização,
de construção e de internalização de modos, costumes e valores.
Não existe melhor ocasião para aprender certas habilidades, senão nas
aulas de artes. Quando o aluno produz ou aprecia obras de arte, desenvolve sua
percepção e imaginação, que são recursos indispensáveis para compreender
outras áreas do conhecimento humano.

3 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA TRABALHAR ARTE NAS


ESCOLAS

Para ser professor na área de Arte, é importante que se busque cursos de


formação inicial e continua nesta área. É necessário conhecer a história da arte, e
informar-se sobre a produção artística atual para participar da sociedade como
cidadão cultivado, ampliando o próprio horizonte e o dos alunos. A formação
cultural tanto de professores, quanto de profissionais que atuem nas mais
diferentes agências de caráter social e cultural é parte do processo de construção
da cidadania.
A experiência de profissionais da educação nos espaços culturais pode
atuar no sentido de informar seu olhar, sensibilizar e flexibilizar seu conhecimento
e, assim, propiciar situações que se configurem como importantes momentos de
aprendizagem do ponto de vista cultural, político, estético e ético.
A inserção de outras linguagens artísticas tem como objetivo o trabalho
integrado com as diferentes linguagens e foi orientada no sentido de ter o
professor como agente facilitador na compreensão e na execução das
propostas apresentadas. (CAVALCANTE apud KRAMER, LEITE, 1998,
p.90)

Porém, logo após a obrigatoriedade da Educação Artística no ensino


fundamental, ficaram evidentes as dificuldades enfrentadas pelos professores. A
Educação Artística vem se desenvolvendo nas escolas de forma incompleta,
esquecendo ou desconhecendo que o processo de aprendizagem e
desenvolvimento do educando envolve múltiplos aspectos. É por isso que o
aperfeiçoamento e formação do magistério para atuar em artes passa a ser um
problema emergente, que ultrapassa os limites dos cursos e licenciaturas em
Educação Artística. Esses problemas e necessidades de resolvê-los deram origem
a movimentos de organização de professores de Arte, como associações de arte-
educadores.
A partir de 1980, com o movimento Arte-educação, ampliaram-se as
discussões sobre a valorização e o aprimoramento do professor. Antes disso
acontecer, os professores de Educação Artística tinham como única alternativa
seguir documentos oficiais e livros didáticos em geral. As próprias faculdades de
Educação Artística não estavam instrumentalizadas para a formação mais sólida
do professor, oferecendo cursos técnicos, sem bases conceituais.
O professor necessita conhecer a História da arte para poder escolher o
que ensinar. Ele precisa criar formas de ensinar os alunos a perceberem as
qualidades das formas artísticas. E, principalmente, posicionar-se com clareza
sobre as dimensões estéticas e artísticas que devem conectar-se na educação
escolar dos estudantes.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação através da arte é um movimento educativo e cultural que
busca constituir um ser humano completo.
A prática de arte nas escolas é uma forma de enriquecimento da vida
interior, como processo de auto-realização. E a Arte-educação apresenta-se como
uma busca de novas metodologias de ensino e aprendizagem da arte nas escolas.
Para ser professor na área de artes, além de cursos de formação inicial e
contínua, é necessário conhecer a história da arte para poder escolher o que
ensinar. Lembrando que o ensino de arte só será bem-sucedido se os objetivos do
professor coincidirem com os objetivos de estudo do aluno.
Sob os aspectos supracitados, conclui-se que as contribuições da Arte para
o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, é de suma
importância para o ser humano, principalmente para crianças em idade escolar.
Além do mais, a arte contribui para transformar a imaginação e realidade concreta.
Se considerarmos a arte tanto uma atividade educativa, quanto uma
disciplina, entenderemos que não há melhor ocasião para desenvolver certas
habilidade artísticas senão nas aulas destinadas a esse assunto.
Sendo assim, não podemos pensar a arte de forma isolada, tão pouco
pensar em excluí-la das práticas escolares, muito pelo contrário, devemos pensar
alternativas para que esta passe a ser trabalhada com maior freqüência nas
escolas.

5 REFERÊNCIAS

ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Arte como forma de pensamento. In:


Filosofando: introdução à filosofia. 2.ed., São Paulo: Moderna, 1993, p. 345-361

BATISTONI FILHO, D. Pequena história da arte. 3.ed., Campinas: Papirus, 1989.

CHAUÍ, M. O universo das artes. In: Convite à filosofia. 11.ed., São Paulo: Ática,
1999, p. 314-333.

FUNDAMENTAL, Secretaria de Educação. Parâmetros curriculares nacionais:


arte. Rio de Janeiro: DP & A, 2000.
FUSARI, M. F. R.; FERRAZ, M. H. C. T. Arte na educação escolar. São Paulo:
Cortez, 1993.

__________________________________. Metodologia do ensino de arte. São


Paulo: Cortez, 1993.

IESDE BRASIL S.A. Curso de aperfeiçoamento em artes. Curitiba: Iesde, 2002.

KRAMER, S.; LEITE, M. I. (Orgs.). Infância e produção cultural. Campinas:


Papirus, 1998.

REALE, M. Teoria do belo e teoria do ser. In: Introdução à filosofia. 3.ed., São
Paulo: Saraiva, 1994, p. 219-230.

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