C*ARL O . HfcMPEL
Al Vãiitrrmtode dr PrincrtoH
FILOSOFIA DA
CIÊNCIA NATURAL
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ZAHAR EDITOltVs
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m o D B J A N e m o •
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I- Ji CféZ
Titulo Oii(iiul:
Phitosophy d Natural SãeHct
CK ICO
IST*
Imf/ruo no Biaul
INP! C E
Prefácio 9
1. Alcance e Obfttivo deste Livro II
2. Investigação Científica: Invenção e Verificação . . 13
Um Caio Histórico como Exemplo, 13. As Etapas
Fundamentais para Verificar unia Hipótese, 16.
O Papel da Indução na Investigação Cientifica, 21.
3. A Verificação de uma Hipótese: Saa Lógica e
Sua Força 32
Verificações Experimentai» kV. Não-Experi men-
tais. 32. O Papel das Hipóteses Auxiliarei. 36.
Verificações Cruciais, 40. Hipóteses ad hoc, 43.
Vcrificabilidade cm Principio e Significação Em-
pírica. 45.
4. Critérios de Confirmação e Aceitabilidade 48
Ouantidadc. Variedade c Prccisio da Evidência
Sustentados, 48. Confirmação por "Novas" Im-
plicações. 52. O Apoio Teórico, 54. Simplici-
dade, 57. A Probabilidade das Hipóteses. 63.
«•> As Leis e seu Papel na Explicação Cientifica 65
Dua* Exigências Básicas para as Explicações
Cientificai. 65. A Explicação Dcdulivo-Nomoló-
gica. 68. Leis Universais c Generalizações Aciden-
tais, 73. As Explicações Probabillsticas: Seus Fun-
damentos, 78. Probabilidades Estatísticas c Leis
probabilisticas. 79. O Caráter Indutivo da Expli-
cação Probabilística. 89. f.
ii A* Teorias e a Hxplicação Teórica 92
As Características Gerais das Tconas, 92. O* Prin-
cípios Internos c os Princípios de Transposição.
95 Compreensão Tcóric», 98. O "Status" das
Entidade* Teóricas. 100. Explicação e "Redução
,i(i E-tinilíar". 106.
6 FltOSOFIA D* CrffCM NATURAL
CARL Ü. HEMrlL
ALCANCE h OHJETIVO DI-STE LIVRO
U M CASO H I S T Ó H H O C O M O fXtMPlO
Si .*. tnuo ,
.( n.t,i r t> u v i
p nílo « o .»ui
Uma rápida reflexão mostra que selam quais forem oc enuncia-
dos particulares que ocupem os lugares marcados pelas letras
'p' e V i a conclusão ser» certamente verdadeira se as premissas
o forem. De fato, nosso esquema representa a forma de argu-
mento chamada modus tolltns. a que já nos referimos.
22 FtLOSOpiA DA CIêNCIA NATUBAL
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24 FILOSOFIA DA CIêNCIA NATURAL
P ou
fcle nos di/. com efeito, que i*J proposição que /> ò o cuso. se-
gue-se que p ou q c o caso, onde p e q podem ser quaisquer
proposições. O vocábulo 'ou' deve ser aqui entendido no sen-
tido "não exclusivo", de modo que 'p ou q eqüivale a 'ou p ou
q ou p c q conjuntamente*. É claro que sendo verdadeira a
premissa de um argumento deste tipo. também o é a conclusão;
logo. é válido qualquer argumento da forma especifleuda. Mus.
isolada, mu icgia nos permite infeiir uniu infinidade de conse-
qüências diferentes a partir de qualquer premissa. Assim, de
'a l.ua nao tem atmosfera' cia nos autoriza inferir qualquer
enunciado da forma 'a Lua não tem atmosfera, ou q\ onde V
pode ser substituído por qualquer enunciado, seja ele falso ou
30 FiUMOf u D* Gfctcu S*rum*L
V l W I X ^ Ü ü ( S r E U M E ^ T U S V5 «»ií.piimiXI.B
iw-cto
de, unu certa carga mínima fundamental que ele, <rm confor-
midade com a hipótese, identificou como sendo a carga do
décima. Baseado cm numerou* medida* cuidadosamente (ci-
tas eoconlrou como seu valor cm unidade» cktrostãlicjs 4,774
X 10-**. Esta hipótese foi logo contestada pelo físico Ehrcnhaft
cm Viena, que JHUTK-.OU ICT repetido a cxp.-iiêiicia de Millikan
e encontrado cargas consideravelmente menores que a curga ele-
trônica determinada por este. Discutindo os tcsultudoi de
Fhrcnhafl.1 Millikan supriu várias fontes prováveis Oc cnos
(i- '.. violações das condições cxpcnmeniais) que poderiam dat
conta dos resultados aparentemente discordantes de Ehrcnhaft:
evaporação durante a ob«rviie.ã«. fj/endo diminuir o peto da
goticuta; fotmac.au de um película de ósido nas gotrçulas de
mercúrio usadas em algumas das experiências de Ehrcnhaft: in-
fluência perturbadora das partículas de poeira suspensas no ar:
afastamento da partícula cm relação ao foco da luneta usada
p*'a obscrví-la; modificação da forma esférica preuuposta.
quando as gotlcutas sao muito pequena»; erros inevitáveis na
cronoiuctragem dos movimentos dr pequenas partícula». Rcfc-
rindo te a duas partículas abcrrantcs observadas por um outro
hHMliaailiu que usara gotas de óleo, Millikan conclui "A única
interpretação possível então para o comportamento «lestas dum
partículas. • era que. . . nAtj eram esferas de óleo", mas par-
BciriM dc poeira (pp. 170, 169). Milhkan afirma ainda que os
resultados de repetições mais precisas dc sua própria experiên-
cia, estavam todos cm acordo essencial com o resultado ante-
riormente anunciado por ele. Ehrcnhaft continuou por muitot
anos a defender c multiplicar os resultados com que pretendia
ttUbcteccr i exiittnria de carga* subclcuonuaii mas cm geral
esssa resultados nio puderam ser reproduzidos por outro* físicos.
dc modo que a concepção atomlstica da carga elétrica foi man-
tida. O valor numérico achado por Millikan para a carga ele-
trônica, entretanto, foi mau tarde reconhecido como sendo
ligeira mente pequeno; o desvio foi atribuída a um erro numa das
hipóteses auxiliarei do próprio Millikan: ele usara um valor
demasudo pequeno para a viscosídade do ar nos cálculos que
filtra com as informações fornecidas pela goticula de óleo'
VfKtFKAÇÕES CBUCIA1S
VERIFICABILIDADE EM PRINCíPIO E
SIGNIFICAÇÃO EMPÍRICA
(UPIJil I• citai
qiKUiu inu-if >m *«« W KUmt «•»
«''» "HfW! WÉIIt.m AH
•I f - i ^ citdi Munir
n . <ia. * iNim 4,nitr»
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Toilii-idoMii WilÜim<Alili-
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D lluí» >-L>™/- J- Imt-^m. « . /.H« t*t...^ KW-. .•«•) ... (Vmi
oi CotuiH Stikdmm Piaalrm anl Chaajt>". <m C. O. Ilimpal. AI*H"
CRITÉRIOS D E CONFIRMAÇÃO
E ACEITABILIDADE
QUANTIDADE, VABUEüADE E n c c t i l o DA
EVIDENCIA S l S I Í S l A D O t A
n2 — 2*
O kfoto TEóSUCO
*»-*•'
onde m c um inteiro positivo c n qualquer inteiro maior que m
Para m =a 2 recai-se na fórmula já conhecida; m — | , 3,4. . . .
determinariam novas séries de raias. E, de fato, a existência de
séries correspondentes a m - 1,3,4 c 5 foi estabelecida pos-
teriormente pelJ exploração eípcr.nKnlai dl» palies invisivfii
infra-vermelho e utua-violela do espectro de hidrogênio. Che-
gou-se assim a um forte apoio empírico para uma hipótese
mais geral que implicava a fórmula original de Balmer como
caio especial, fornecendo portanto um apoio dedutivo para
ela. E em 1913 surgiu um apoio dedutivo por uma teoria,
quando Bohr mostrou que a fórmula generalizada - - e portanto
a original de Balmer — decorria da sua teoria do átomo de
hidrogênio. Essa dedução reforçou enormemente o apoio à
fórmula de Balmer, porque a colocou no contexto das concep-
ções quâniicas desenvolvidas por Plaack. Einsteln t Bohr. que
estavam apoiadas por diversas evidências além das medidas
56 FILOSOFIA DA CIêNCIA NATURAL
SIMPLICIDADE
5 Este ponto está tratado de modo sugestivo, usando como exemplo a teoria
flogística da combustão, no capítulo 7 de J. B. Conant, Science and Common Sense.
Uma concepção geral estimulante de como nascem e caem as teorias cientííicaB
está desenvolvida em T. S. Kuhn. The Slructure oi Scicnlijic Revoluíions (Chicago:
The Uoiversity of Chicago Press, 1962).
51 FILOSOFIA DA CILNCU NATUKAL
rma, m».
CUTéBIOS DF CONFIRMAçãO t ACEII^MUIMOE 61
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Assim formulada, a explicação é um arnuacnto DO sentido
de I o ) o fenômeno a ser eiphcaoo. descTXo peta sentença
d), c |usi3ot:nic o one se esperava tendo em vrsta os fatos
explicativos citados cia a), b) e c); 2.*) de fato. d) de-
corre dedalrvanacatc dos rssssarúdoi npliaaiórioi. Esla úi-
limos sio dc dais espiões, a) c b) tem caráter de leis (crars
asse exprimem conexões rapine as, naãfonnu e c> descreve
£»!» - *- 1
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F:LOSOFH W CBXOA NmiajA
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uto di relevância riaaaaalftrm ao
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t^tmmmm Jc^_-...*.-«-•( < paoriM aasjaj eamdab > . ' A >
•mate por oae t ek esperar o kaòmeao rxawsmaasav** (hocoo-
a» fraco, isdutivo.) E o
e saCBBcslo, pois o rxsss-
qae saa eoacaçôei especifica-
ao esquema
exato. £ o qac acontece, parti-
aaaaflH ema?itiuii>ca de um íeoõ-
•is—itin a panir de
ia reflexão em espelhos
e •awitsftgaa Oaero tiraailn é a celebre erpikacao
por Lncrtier (e i I i n i l l l i i 11 por Adams) dai
do ptiaeti Urano, qac
asa atração gravitacanal exercida
easaecidüt Levemcr taspemoa
dniõas a BDD pUoeu exienor amda não ob-
c calculoa a posição, a massa c ostras características
As L u * E s i u PAPU. S » EXPLICAçãO 71
MM.O(.-»tit.. idUlOBa» •»
Hanom. Bim a «tuVS.
As (-éIS E SEU PAPEI NA EXPLICAçãO 79
st MUt m o>
Analogamente, a pfobabddadf de obler cara como rciul-
lado do experimento fortuKo *# de atirar uma moeda sem
defeito* ê dada por
ftj HCMÍ = M
c a probabilidade de obter um és como resultado do experi-
mento lortuito de lançar ura dado refutar í
ei HAJU = i/*
tiH.K) = I
•<•?.*') í p<*»lmo d i i
i i um cato a* P
[In iliarmnir provável(
I i um e«»o .tf R
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numa Tcav sa»
AS TEORIAS E A EXPLICAÇÃO TEÓRICA
COMPREENSãO TEóRICA
D l M N iv Ao
DKCINIVúI-S OPERACIONAIS
I A pfiimlia (ipouglo. «o» il»"(i. di fUidaiun i-i" <n u ' .n. Ito
logv ei Mdil"<> fA,wi (NOVJ Voi»; 1W Miimlllin Coropin». IWÍ).
114 F I L O » * ! » D* Cabacu NATVKAL
l aaaez oa de
O pR-
•er tcrãado
•a caracterizarão de trrsaoa COSK> •«•pn—calo'. 'ataaaa', •**-
soedade. -amprraaan-. carpi dãnca' e ladloapa. qwc repre-
«eataaa coaceilos awaaaitatrwas ai—nsr*n valores rsaaacricoi. A
dei«açio opcraooaal c catão cotfccbida cosas a especifica^ão
ée aaa prw;ed—:aao para B t U f í a i r o «ator auaacnco de
M M dada aaBUkãdadc «aa caaos paracatarii: a» dcftaiccVi opc-
nootais loauai o cuMet oV repras de ascdãcâo.
A b i » c (MT aaak aanatao opcracwaal de 'i naaawaan'
i1 1
1» tatavlKto •• iia>i'HHMi
» »B™-»H»9 1lt>l'*M"H wnK
M i l «p.<ti
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» i l M I » Utm -t V i - c . 'W,..,, mm «• IuI I IIIIIII •» wmvi »,i.i.i.i
124 FILOSOFIA DA Casa* NATUXAL
« i p - o - Secsado
biotteKot neles
cc rolas núcleos.
i ser carseteria-
a foiot t à sJadM.f • £ m
ceaot como as kit d
dade doa coseekot e d » l ã de atsts oBCsais* aos de ostra
é asterprctsda respeetrvasseste cosso aesáatWsdsde dos con-
Rrou^Ao txM T U * »
R E D U ç ã O DAS L I I S
REFORMULAçãO DO MECANICISMO
não pode ser feita sem cautela. Pois na nossa discussão admi-
timos ser possível separar claiamenle os teimo* de Física e de
Quimiüa dc um Indo c oi especificamente bíDlôRicm do outro.
CCKO, diante dc qualquer lermo cientifico atualmente cm uso,
c provável que não haja dificuldade cm decidir Intuitivamente
se ele pertence a um ou a outro desses vocabulário! ou a
nenhum deles. MaB seria muito difícil formular explicitamente
critérios gerais mediante os quais qualquer termo cientifico ago-
ra cm uso. c também qualquer termo que venha a ser introdu-
zido no futuro, possa ser identificado dc modo inequívoco como
pertencente no vocabulário especifico dc lal disciplina particular.
Pude mesmo wi impossível tldl tais crilério», pois no decorrer
da pesquisa futura a linha divisória entre a Biologia « •
I;isi ca-e-Química pode tornar-se tao pouco nítida como a que
separa nos nossos dias a Física da Química. Pode muito bem
acontecer que teorias futuras, formuladas cm termos dc espé-
cies inteiramente novas, forneçam explicações tanto para os
fenômenos atualmente chamado* biológicos como para os que
soo agora denominados físicos ou químicos. No vocabulário
de uma tul teoria unlficanlc a distinção entre termos flslco-
qulmicoi c lermos biológicos Ma teria mais sentido, nem a
questão dc rcduílr a Riologia a Física c A Química.
Um desenvolvimento teórico deste gênero, cntrclonto, nlo
está alntla a nosso Mcance. E enquanto não estiver, é melhor
inlciprct.ii .1 inccaniclsino como um principio heurístico, como
um preceito orientador das pesquisas, do que como uma tese
ou uma teoria sobre a natureza dos fenômenos biológicos. Assim
compreendido, o mecanicismo estimula o cientista a persistir
na procura de teoiios básicas flsico-químicas dos fenômenos
liiolofúeot, cm vez de ic tcii|'iiir a opinião de que vt conceitos
e princípios da Física o da Química sfio impotentes para dar
uma explicação adequada dov fenômenos da vidu. Os triunfos
alcançados pela pesquisu biofísica e bioquímica orientada por
este preceito constituem uma credencial .1 qual a concepção viu-
lista nada tem a contrapor.
djia sobre a situação e dos objetivos que ele quer atingir pela
loa ação. Parece assim que. para caracterizar as formas, pro-
pensdes ou capacidades dê coõiporlamento a que se referem os
temos paicotógwos precisa «ws de outros termos psicológicos.
aJeaa de uai vocabulário bchavioristico conveniente. Esta con-
sideração não prova, claro, que seja impossível uma redução
dos lermos psicológicos a Ba vocabulário behaviorístico. mas
adverte que a rtosinafidadc de uma tal redução não ficou estabe-
lecida pelo tipo de analise que apreciamos.
Outra disciplina a que se pensou que a Psicologia pudesse
ser eventualmente reduzida ê a Fisiologia. e especialmente a
NeuroTisiolOfja; rnas aqui também uma redução plena no sen-
tido especificado aateriorneate não pode sequer ser vislum-
brada.
Finalmente, devemos registrar que questões de redutibiii-
dade surgem também a respeito das Ciências Sociais, particular-
mente a propósito da doutrina do individualismo metodológico.'
«piado a qual todo* o* Icaõmeaoa sociais devem ser descritos.
analisados c explicados em lermos de situações dos agentes in-
dividuais envolvidos acJea, ascdiante leis e teorias concernentes
ao comportamento iadmdaaL A descrição da "situação" de
BM agente teria que levar «ai coou seu* motivos c suas crenças
•assai coaao aea estado fcàcauajco e «a diversos fatores físicos,
aaaakicM « btokSficos do ara aartlcnsc Pode-se pois dizer da
dcuinna do individualismo metodológico que ela implica a re-
dutibüidade dos conceitos c leis das Ciências Sociais (num sen-
tido amplo, incluindo Psicologia de grupo. Teoria do compor-
tamento econômico c análogos) aos da Psicologia individual.
PMpgir. Química e Física. Mas oa problemas assim levanta-
dos escapam ao alcance deste livro. Pertencem à Filosofia das
Ciências Sociais < só foram mencionados aqui como ilustração
adicional do protskaaa da rcdaDostídadc teórica c como exemplo
das várias afinidades légècaa c metodológicas que existem entre
as Gcacias Naturais e ;
LEITURAS ADICIONAIS
Amtoiottai
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