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GESTAÇÃO MÚLTIPLA:
▪ A prevalência mundial de gestação múltipla é de 10:1000 partos, com ampla variação local.
GEMELIDADE:
▪ Esses intervalos podem ser reduzidos em qualquer época da gravidez, de acordo com a
necessidade.
▪ Em relação aos exames laboratoriais de rotina, a Atenção maior deve ser dada ao fato de que
em gestações gemelares são mais frequentes quadros de anemia, portanto, a cada trimestre, é
preciso avaliar a hemoglobina materna.
▪ Prognóstico da gestação:
▪ Utiliza-se o radical “córion” para designar o número de placentas e “amnio” para o número
de bolsas.
▪ Não há evidências suficientes que suportem a indicação de cesárea eletiva para gestações
gemelares.
▪ A via de parto deve ser escolhida dependendo da apresentação fetal, da idade gestacional,
da amniocidade e da presença ou ausência de outras indicações formais de cesárea.
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS:
▪ O diagnóstico é feito pela medida seriada dos níveis pressóricos durante o acompanhamento
pré-natal.
▪ Estado hipertensivo registrado antes do início da gestação no período que precede a 20ª
semana de gravidez ou além de 12 semanas após o parto.
▪ Esta condição não está associada a edema e proteinúria (salvo se houver dano renal antes da
gravidez) e persiste depois de 12 semanas após o parto.
DROGA ANTI-HIPERTENSIVA:
HAS GESTACIONAL:
▪ Aumento da pressão arterial que ocorre após a 20ª semana de gestação, mais
frequentemente perto do parto ou no puerpério imediato, sem proteinúria.
▪ Acredita-se que tais mulheres são propensas a desenvolver hipertensão arterial essencial no
futuro.
▪ O edema atualmente não faz mais parte dos critérios diagnósticos da síndrome, embora
frequentemente acompanhe o quadro clínico.
▪ Hospitalização imediata.
Cuidados Gerais:
▪ O sulfato de magnésio pode ser utilizado durante o trabalho de parto, parto e puerpério,
devendo ser mantido por 24 horas após o parto se iniciado antes do mesmo.
▪ Quando iniciado no puerpério, deve ser mantido por 24 horas após a primeira dose.
▪ O gluconato de cálcio a 10% atua como antídoto. É indispensável manter sempre à mão uma
ampola de 10ml, para aplicação imediata no caso de eventual parada respiratória, apesar
desta raramente ocorrer quando são devidamente observadas as normas de aplicação e
vigilância do sulfato de magnésio.
▪ Na persistência das convulsões, pode-se optar pela fenil- hidantoína, segundo o esquema:
Dose de ataque: 250mg + SG 5% 250ml IV em gotejamento até completar a dose total de
750mg.
SINDROME HELLP:
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS:
▪ O abortamento é dito precoce quando ocorre até a 12ª semana e tardio quando ocorre
entre a 13ª e a 22ª semanas.
▪ Toda gestante com sangramento vaginal no 1º trimestre deve ser submetida a exame
abdominal, exame especular e toque.
▪ Quando o colo estiver fechado ou houver dúvida no diagnóstico, está indicada uma
ultrassonografia para avaliação das condições do saco gestacional (com ou sem descolamento)
e do embrião (com ou sem batimentos).
▪ Caracteriza-se pela integridade do ovo, com útero compatível com a idade da gravidez e colo
impérvio.
▪ O uso de tocolíticos não é eficiente, uma vez que, nesta fase de gestação, os betareceptores
uterinos não estão adequadamente sensibilizados.
ABORTO COMPLETO:
▪ O colo uterino (orifício interno) pode estar aberto e o tamanho uterino mostra-se menor que
o esperado para a idade gestacional.
▪ A conduta nesse caso é de observação, com atenção ao sangramento e/ou à infecção uterina.
▪ Gestação >12 semanas, recomenda-se misoprostol na dose de 200µg de 12/12 horas, via
vaginal.
▪ Em gestações com <12 semanas, pelo tamanho uterino, indica-se a aspiração manual
intrauterina (AMIU), por ser mais segura e permitir o esvaziamento mais rápido.
ABORTO RETIDO:
▪ Pode ocorrer discreto sangramento, com colo impérvio, regressão dos fenômenos gravídicos
e redução do volume uterino em relação à idade gestacional.
▪ Também pode ser usado o misoprostol 4 comprimidos de 200µg a cada 12 horas (3 doses).
▪ Entre 18 e 22 semanas, a dose recomendada é 100µg de misoprostol via vaginal de 6/6 horas,
4 doses.
▪ Em úteros pequenos, compatíveis com <12 semanas, também pode ser utilizada a AMIU.
ABORTO INFECTADO:
▪ Caracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de ovo íntegro ou não e quadro
hemorrágico variável.
▪ Pode apresentar secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor local e
febre, além de comprometimento variável do estado geral.
ABORTO HABITUAL:
▪ Miomatose uterina;
▪ Insuficiência istmocervical;
▪ Fatores imunológicos;
▪ Fatores infecciosos;
▪ Fatores genéticos.
GRAVIDEZ ECTÓPICA:
▪ Corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina, sendo mais frequente a prenhez
tubária.
▪ As repercussões hemodinâmicas podem ser discretas, apenas com lipotímia, até quadros
graves com choque hipovolêmico, na dependência do volume de sangramento intracavitário.
▪ Ausência de BCF;
▪ Estabilidade hemodinâmica.
▪ Estes casos podem representar uma gestação de localização desconhecida, podendo tratar-
se de um aborto ou mesmo gestação ectópica em resolução.
▪ O nível sérico de βHCG deve ser dosado no 4º e no 7º dia após o tratamento e depois
semanalmente até atingir 5mUI/ml.
Diagnóstico:
▪ Diagnóstico inconclusivo;
▪ Gravidez ectópica avançada (βHCG >5.000mUI/ml, massa anexial > 4cm, atividade cardíaca
embrionária);
▪ Seguimento difícil;
▪ O diagnóstico clínico pode ser feito pela presença de sangramento vaginal intermitente,
geralmente de pequena intensidade, indolor e, por vezes, acompanhado da eliminação de
vesículas (sinal patognomônico).
▪ A altura uterina ou o volume uterino, em geral, é incompatível com o esperado para a idade
gestacional, sendo maior previamente a um episódio de sangramento e menor após.
▪ Não há presença de batimentos cardíacos ou outras evidências de embrião (nas formas
completas).
MOLA HIDATIFORME:
▪ Atente para a presença de hipertensão arterial precoce, já que esta é a única condição de
pré-eclâmpsia previamente à 20ª semana de gestação.
▪ A quantificação do ßHCG, com níveis muito acima do valor normal, pode ajudar no
diagnóstico da doença.
▪ Deve-se evitar nova gravidez por pelo menos 1 ano após o esvaziamento uterino.
▪ A evolução em geral é boa e não representa quadro de risco materno e/ou ovular.
▪ Nos 20% restantes, o sangue fica totalmente retido atrás da placenta, caracterizando a
hemorragia oculta.
▪ Neste quadro, o aspecto do útero e dos anexos é característico, com coloração azulada
marmórea, devido às infusões sanguíneas e às equimoses que se assentam sobre a serosa.
Diagnóstico:
▪ Combinação entre o crescimento placentário em direção ao fundo uterino, que é mais bem
vascularizado, com a degeneração das vilosidades periféricas que receberão menor
suprimento sanguíneo, conferindo uma implantação placentária adequada.
▪ Nas placentas prévias marginais, muitas vezes o sangramento não se apresenta até o
momento do parto.
▪ Pode haver contrações uterinas, mas não há aumento do tônus entre as contrações.
ACRETISMO PLACENTÁRIO:
▪ Percreta (quando ultrapassa a musculatura uterina podendo invadir até órgãos adjacentes,
como a bexiga).
▪ Outros fatores de risco incluem a presença de cicatriz uterina prévia (cesárea) e curetagem
uterina prévia.
VASA PRÉVIA:
▪ Está associada à inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas.
▪ É uma causa rara de hemorragia, ocorrendo geralmente em gestantes com implantação baixa
da placenta e inserção velamentosa de cordão.
▪ A perda sanguínea é de origem fetal, fato este que mostra a urgência do seu diagnóstico.
▪ O diagnóstico pré-parto é difícil, podendo ser percebido por intermédio do toque vaginal e
pela amnioscopia (com a visualização dos vasos sanguíneos atravessando as membranas pelo
orifício interno do colo).
▪ A USG com Doppler colorido pode detectar a vasa prévia no anteparto e deve ser
considerada em gestantes de alto risco (placenta prévia, inserção velamentosa de cordão).
ROTURA UTERINA:
▪ Completa: há a total rotura da parede uterina. É uma urgência obstétrica, levando a risco de
vida tanto da mãe quanto do feto.
▪ As chances de sucesso de se conseguir um parto normal são semelhantes após uma ou mais
cesáreas.
▪ A distinção entre crescimento intrauterino restrito (Ciur) e pequeno para a idade gestacional
(PIG) é importante, visto que alguns recém-nascidos considerados como PIG não sofreram
Ciur.
▪ Nestes casos, existem razões genéticas para o baixo peso ao nascer (constitucional).
▪ Por outro lado, alguns recém-nascidos com Ciur não são PIG, como nos casos dos fetos com
potencial de crescimento, por exemplo, para atingir 4kg ao termo, mas que – como resultado
de um ambiente intrauterino desfavorável – atingem somente 3kg, sendo considerados,
portanto, como “adequados para a idade gestacional” (AIG).
▪ Sempre que houver discrepância entre a idade gestacional e a medida de fundo uterino, deve
haver suspeita de Ciur.
▪ Classicamente tem sido utilizado o peso fetal estimado abaixo do percentil 10 para a idade
gestacional como parâmetro diagnóstico.
▪ Para a tomada de decisão, alguns fatores são importantes, tais como: idade gestacional,
vitalidade e maturidade fetal, patologia materna de base, tipo de Ciur, presença de defeito
congênito, presença de oligodrâmnia.
▪ É importante ressaltar que, diante de um caso suspeito de Ciur, a gestante deve ser
encaminhada ao pré-natal de alto risco para avaliação e conduta específicas.
MACROSSOMIA FETAL:
▪ Feto com peso igual ou superior a 4.000 gramas, independentemente da idade gestacional ao
nascimento.
▪ Durante o pré-natal deve-se suspeitar desse diagnóstico para os fetos cujo peso estimado
seja igual ou maior que o percentil 90.
▪ Nem sempre dia gnosticados no pré-natal, na avaliação clínica é importante atentar para o
biotipo avantajado dos pais (especialmente o da mãe), gestação prolongada, história
obstétrica de feto macrossômico, multiparidade, obesidade, ganho ponderal excessivo e
diabetes materno (sem vasculopatia).
▪ O peso fetal calculado não é parâmetro preciso na gestação próxima ao termo, devendo o
ultrassonografista atentar para a medida da circunferência abdominal e a presença de
depósitos de gordura (tecido subcutâneo), que exprimem de maneira mais fidedigna o perfil
metabólico do concepto, bem como a avaliação do volume de líquido e massa placentária.
▪ Mesmo na ausência de trabalho de parto têm sido identificadas lesões fetais decorrentes da
acomodação intrauterina.
▪ Prevalece a indicação obstétrica quanto à via de parto, salientando a cuidadosa avaliação da
pelve materna quanto à proporcionalidade e o preconizado como boa assistência ao trabalho
de parto.
▪ Distocias no trabalho de parto que requerem uso de ocitocina ou parto dirigido (fórcipe ou
vacuum) para correção de período expulsivo prolongado tem elevada associação com distocia
de ombro e lesões fetais (fraturas ou paralisias).
▪ No caso de diabetes sob mau controle glicêmico, atentar para a possibilidade de distocia de
espáduas, posto que o tronco do feto é desproporcional às dimensões do polo cefálico.
GESTAÇÃO PROLONGADA:
▪ A indução do parto deve ser realizada a partir de 41 semanas de gestação, após concordância
da mulher.
▪ Em gestantes que recusam submeter-se à indução, na conduta deverá ser avaliado o bem-
estar fetal, 2 vezes por semana.
gestacional encontra-se entre 22 semanas (ou 154 dias) e 37 semanas (ou 259 dias).
▪ Gestantes com alto risco para parto prematuro, ou seja, parto prematuro anterior,
submetidas a cerclagem cervical e portadoras de malformações uterinas devem receber
100mg de progesterona por via vaginal diariamente a partir de 24 e até 34 semanas de
gestação.
▪ Para fins de prevenção, toda gestante que for submetida a uma ultrassonografia nesse
período deve ter uma avaliação do comprimento cervical por via transvaginal.
▪ Para a vaginose bacteriana pode ser feita a abordagem sindrômica ou a realização do exame
de bacterioscopia da secreção vaginal onde estiver disponível.
▪ O uso de agentes tocolíticos ou inibidores das contrações uterinas deve ser iniciado assim
que se concluir pelo diagnóstico de trabalho de parto prematuro, respeitadas as
contraindicações para o seu uso.
▪ O principal objetivo da tocólise é ganhar tempo necessário para a ação da corticoterapia e/ou
transporte maternofetal com segurança.
Contraindicações:
▪ Fetais: morte fetal, anomalias fetais incompatíveis com a vida, comprometimento fetal,
crescimento intrauterino restrito grave ou idade gestacional >34 semanas;
▪ Nifedipina (primeira escolha): cápsulas de ação rápida de 10mg. Oferecer 10mg VO a cada 20
minutos até quatro doses OU 20mg VO em dose única, e se necessário 20mg após 90–120
minutos se a atividade uterina persistir. Se após a 2ª dose mantiver atividade uterina,
considerar falha terapêutica e utilizar outro agente. A dose de manutenção é de 20mg VO a
cada 4 a 8 horas por no máximo 72 horas. As contraindicações são: hipotensão materna (PA
<90/50mHg) e bloqueio átrio-ventricular.
▪ As contraindicações são: disfunção renal ou hepática, úlcera péptica ativa, asma sensível a
Aine, desordens de coa gulação, trombocitopenia, oligohidrâmnio (rotura de membranas) e
após 32 semanas (para evitar complicações, como o fechamento precoce do ducto arterioso).
▪ Os efeitos atingem seu benefício máximo se o parto ocorrer entre 24 horas e 7 dias após a
última dose do medicamento.
▪ Entretanto, mesmo se o parto ocorrer fora desse prazo ainda existem benefícios e, portanto,
toda mulher com risco de parto prematuro deve receber corticoterapia, exceto quando houver
contraindicações ao seu uso.
As opções disponíveis são:
▪ Indicações: IG ≥ 24 e ≤ 34 semanas.
▪ Repetição das doses: as evidências atuais ainda são conflitantes em relação ao uso rotineiro
de doses repetidas ou de resgate de corticosteroides no manejo do trabalho de parto
prematuro.
▪ O benefício a curto prazo é evidente para doses repetidas, mas ainda há dúvidas em relação
às consequências a longo prazo.
▪ Sugere-se repetição da dose se apresentar novo episódio com risco elevado de parto pré-
termo antes de 32 semanas e após 7 dias da dose de ataque inicial, com um máximo
de 3 doses.
DIABETES:
Fatores de risco:
PIELONEFRITE AGUDA:
▪ É uma doença grave que pode cursar com sepse e trabalho de parto prematuro.
▪ Ocorre em 2% das grávidas e até 23% destas mulheres têm recorrência na mesma gravidez.
▪ Controle de cura: Em todos os casos de infecção urinária, deve-se realizar cultura de urina
para controle de cura de 1 a 2 semanas após o término do tratamento, para confirmar
erradicação da bacteriúria.
▪ Se a urina for estéril e não houver sintomas urinários presentes, esta deve ser repetida
mensalmente até o parto.
OLIGOIDRÂMNIO:
▪ Quanto mais precoce a instalação do quadro, mais grave tende a ser o prognóstico,
principalmente pela hipoplasia pulmonar e pela presença de anormalidades congênitas.
▪ Clinicamente, haverá suspeita da patologia quando a altura uterina for inferior àquela
esperada para a idade gestacional estimada, especialmente quando associada à diminuição da
movimentação fetal e fácil percepção das pequenas partes fetais à palpação obstétrica.
DIAGNÓSTICO:
▪ As técnicas semiquantitativas são aquelas que estimam o volume por meio da mensuração da
profundidade e/ou largura das coleções de fluido.
▪ Afastada a presença de anomalias congênitas, destaque especial deverá ser dado à pesquisa
de restrição do crescimento intrauterino e do sofrimento fetal pela hipoperfusão placentária.
POLIDRÂMNIO:
▪ Da mesma forma, tem sido citada sua relação com as patologias placentárias.
▪ Apesar de predito, em 34% a 63% das vezes, a polidramnia é rotulada como idiopática.
▪ Vale destacar também a relação existente com a macrossomia fetal, mesmo na ausência de
diabetes materno.
▪ Sempre haverá suspeita do diagnóstico clínico quando a altura uterina for superior àquela
esperada para a idade gestacional estimada, especialmente quando a paciente referir
diminuição da movimentação fetal e quando houver impossibilidade de palpar partes fetais e
dificuldade de realizar a ausculta do concepto.
▪ O tônus uterino poderá estar maior e, nos casos agudos, a paciente poderá referir dor
intensa.
DIAGNÓSTICO:
▪ Entre 18,0cm e 24,0cm, o líquido será considerado aumentado e servirá de alerta para a
instalação da polidramnia.
▪ Quando a terapia específica não for possível, far-se-á o tratamento por meio de medidas que
reduzam o volume de líquido amniótico, objetivando a melhoria das condições das gestantes e
a redução da contratilidade uterina, com consequente diminuição da incidência de parto
prematuro.
AMNIORREXE PREMATURA:
DIAGNÓSTICO:
▪ O teste de Coombs indireto é o teste de escolha para fins diagnósticos, pois é o mais preciso
para determinar a titulação de anticorpos.
▪ Como a meia vida da imunoglobulina é de 24 horas, a gestante que recebeu a dose na 28ª
semana, terá baixos títulos anticorpos anti-D no dia da admissão do parto a termo.
SÍFILIS:
▪ Doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica e causada pelo Treponema pallidum, que
pode produzir, as formas adquirida e congênita da doença.
▪ É o exemplo de uma IST que pode ser controlada com sucesso por meio de ações e medidas
de programas de saúde pública em virtude da existência de testes diagnósticos sensíveis,
tratamento efetivo e de baixo custo.
SÍFILIS PRIMÁRIA
▪ Cancro duro – caracteriza-se por ser uma lesão erosada ou ulcerada, geralmente única,
indolor, com bordos endurecidos, fundo liso e brilhante, com aparecimento
▪ Na mulher, geralmente aparece nos pequenos lábios vaginais, paredes vaginais, colo uterino
e anus, porém pode passar despercebida.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
▪ Fase de duração variável em que não se observam sinais e/ou sintomas. O diagnóstico é
realizado exclusivamente por meio de testes sorológicos.
▪ Sífilis tardia os sinais e sintomas surgem em um período variável após 3 a 12 anos, ou mais,
do contágio. As manifestações mais comuns são: tubérculos ou gomas (lesões
cutâneomucosas), comprometimento articular, aneurisma aórtico, tabes dorsalis e demência.
SÍFILIS NA GESTAÇÃO:
▪ A realização do teste para sífilis (VDRL, RPR) no início do 3º trimestre (28ª – 30ª semanas)
permite o tratamento materno até 30 dias antes do parto, intervalo mínimo necessário para
que o recém-nascido seja considerado tratado intraútero.
▪ Parceiros sexuais devem ser tratados concomitantemente, caso contrário o recém-nato será
considerado caso de sífilis congênita.
HIV:
▪ A transmissão vertical (da mãe para o filho) pode ocorrer em qualquer momento da
gestação, do parto e do pós- parto, por meio do aleitamento materno.
▪ Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65%)
ocorre tardiamente na gestação e, principalmente, durante o trabalho de parto e no parto
propriamente dito, sendo estes momentos importantes para a profilaxia da transmissão
vertical do HIV.
▪ Fatores obstétricos, tais como a duração da ruptura das membranas amnióticas, a via de
parto e a presença de hemorragia intraparto;
▪ O aleitamento materno.
▪ A carga viral materna elevada e o tempo prolongado de ruptura das membranas amnióticas
são reconhecidos como os principais fatores associados à transmissão vertical do HIV.
▪ A carga viral nas secreções cervicovaginais e no leite materno tem se mostrado importante
determinante de risco de transmissão intraparto e pela amamentação, respectivamente.
▪ Bolsa rota por mais de 4 horas aumenta progressivamente a taxa de transmissão (cerca de
2%, a cada hora, até 24 horas).
ANEMIAS NA GESTAÇÃO:
▪ Cerca de 6 semanas após o parto, na ausência de perda sanguínea excessiva durante o parto,
esses níveis retornam ao normal.
▪ A anemia pode ocorrer por perda sanguínea, destruição excessiva dos eritrócitos ou
deficiência de sua produção.
▪ Anemia na gestação, de acordo com a OMS, é definida como nível de hemoglobina abaixo
de 11g/dL.
▪ Ela pode ser classificada como leve (Hb 10 – 10,9g/dL), moderada (Hb 8 –
▪ Adotando esse critério, até 50% das mulheres grávidas são consideradas anêmicas. É
interessante adotar outros critérios para a conceituação e para o diagnóstico de anemia. Os
índices corpusculares, principalmente o Volume Corpuscular Médio (VCM = 81-95dL) não
sofrem variações e podem, então, ser tomados com tal finalidade.
▪ Para fins práticos, tomando-se o VCM como indicador, identificam-se
▪ Deficiência de ferro;
HIPEREMESE GRAVÍDICA:
▪ Vômitos persistentes que levam a uma perda de peso maior que 5% do peso pré-gravídico,
associada a desequilíbrio hidroeletrolítico e cetonúria, o que ocorre em cerca de 1% das
gestações.
▪ Mais frequente em primigestas, a sua patogênese não é bem conhecida e sua etiologia é
provavelmente multifatorial.
Diagnóstico:
▪ Outras causas de náuseas e vômitos intensos devem ser afastadas, como úlcera
▪ gástrica, cisto de ovário torcido, prenhez ectópica, insuciência renal, infecções intestinais,
problemas metabólicos e do sistema nervoso central.
▪ Os vômitos tardios da gravidez não devem ser confundidos com hiperemese gravídica.
▪ Os vômitos incoercíveis e náuseas acarretam quadro que vai desde a desidratação e oligúria à
perda de peso, alcalose (pela perda maior de cloro, através do suco gástrico – hipocloremia),
perda de potássio nos casos mais prolongados e alterações no metabolismo de gorduras e
glicose, podendo, nos casos mais graves, chegar à insuficiência hepática, renal e neurológica.
Conduta:
▪ O apoio psicológico e educativo desde o início da gestação, assim como o tratamento
precoce das náuseas e vômitos, com reorientação alimentar e antieméticos, são as melhores
maneiras de evitar os casos de hiperemese.
▪ Aconselha-se também evitar alimentos com cheiros fortes, como as comidas muito
temperadas.
Terapias farmacológicas:
▪ São várias as opções terapêuticas farmacológicas para o adequado manejo das náuseas e
vômitos da gravidez.