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NOME

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I – INICIAÇÃO


E TREINAMENTO DESPORTIVO

CIDADE – ESTADO
2021
NOME

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I –


INICIAÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Bacharel


em Educação Física - Universidade Unopar como requisito
obrigatório para cumprimento da disciplina de Estágio
Supervisionado I Iniciação e Treinamento Desportivo.

Prof. Dr.
Tutor à Distância:
Tutor Presencial:

CIDADE – ESTADO
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
ATIVIDADE A – MATURAÇÃO E DESEMPENHO...........................................................5
ATIVIDADE B – ESPECIALIZAÇÃO ESPORTIVA PRECOCE.........................................7
ATIVIDADE C – MÉTODO TRADICIONAL OU TECNICISMO.........................................8
ATIVIDADE D – O ENSINO A PARTIR DE JOGOS.......................................................14
ATIVIDADE F – OS AVANÇOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS DO
TREINAMENTO DESPORTIVO......................................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................29
INTRODUÇÃO

Os profissionais de educação física ao trabalharem com o esporte, especialmente


falando do futebol deverão estudar e conter nos seus currículos metodologias de ensino-
aprendizagem-treinamento: analítico, situacional e global, além de outros demais métodos
nas quais servem pra ensinar ou treinar futebol ou outros esportes com a finalidade de
saber a metodologia certa para intervir em seus alunos mediante todo o contexto que a
aula, ou treinamento exige.
Desta forma, nesta imersão de saberes fundamenta-se o trabalho Profissional: “os
homens são seres do que fazer é exatamente porque seu fazer é ação e reflexão. É
práxis. É transformação do mundo” (FREIRE, 2011, p. 121). Esta perspectiva de Paulo
Freire corrobora a importância da realização de um estágio em que possamos realizar a
“práxis” educativa, momento de observar ações para a transformação da realidade que
nos circunda por meio da transformação dos indivíduos que estiverem aos nossos
cuidados durante nossas atividades enquanto Educadores Físicos.
O mundo contemporâneo ressalta a importância de uma estética corporal, aliada a
situações de boa saúde, os “padrões corporais” devem ser atingidos por meio de práticas
físicas fundamentadas e supervisionadas por especialistas capazes de nortear as
atividades a serem desenvolvidas pelos praticantes de ginásticas.
Nos tempos atuais temos a procura por uma estética corporal, aliada a
desempenho e saúde, alcançados por programas específicos e modalidades esportivas
que possam ser realizadas dentro das academias. Tratou-se de uma atividade
essencialmente interativa, onde estabelecemos relações sociais por meio de vínculos
afetivos, de caráter social e não apenas biológico. Serve para despertar maior interesse
nos alunos de Educação Física confrontando-os com a prática e os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso.
Durante o estágio comprova-se o trabalho com processos de treinamento,
fundamento essencial para a adequação do programa treinamento/aluno adequando
assim aplicando a carga de exercícios de acordo com o processo estabelecido.
ATIVIDADE A – MATURAÇÃO E DESEMPENHO

a) Como organizar a prática esportiva para que todos os alunos participem?


No treinamento esportivo a longo prazo com atletas pré-adolescentes e
adolescentes, diferentes aspectos dos processos de crescimento e desenvolvimento
devem ser levados em consideração, pois estes constituem-se a base sobre a qual deve
ser elaborado o planejamento das diferentes fases do treinamento esportivo, com seus
respectivos objetivos, conteúdos, métodos e avaliações (BOHEME, 2014).
A evolução do desempenho motor na infância e na adolescência está fortemente
associada aos processos de crescimento e maturação e devido a essa relação de
interdependência, na avaliação do desempenho motor, devem ser considerados os
aspectos do crescimento físico e as idades cronológica e biológica, haja visto que o
crescimento e a maturação não ocorrem, necessariamente, em sincronia com a idade
cronológica da criança. Assim, dentro de um grupo de crianças do mesmo sexo e da
mesma idade cronológica, haverá variações na idade biológica, ou no nível de maturação
(BOHEME, 2014).
Trazer materiais novos e deixar a aula mais interessante para incentivar os alunos
a participar das aulas. É preciso que as pautas metodológicas sejam discutidas a fim de
levar em conta cada período escolar, buscando alternativas diversas que aproveitem as
particularidades de cada fase do desenvolvimento do aluno. O estímulo à prática
esportiva não deve se restringir somente às horas de aula, mas também pode existir por
meio da promoção de eventos regulares, como torneios internos e gincanas. Não é
necessário focar apenas na competitividade: procure investir também em palestras,
simpósios e rodas de conversa que tenham saúde e esporte como assuntos principais. A
criação de um ambiente escolar preocupado com essas questões também estimula o
envolvimento dos alunos com o tema. Cabe ao professor aproveitar o potencial dos
alunos que se encaixam no primeiro caso e implantar propostas pedagógicas que
procurem alterar o quadro dos alunos com o segundo perfil. O gosto pela prática
desportiva pode ser ensinado através dos esforços conjuntos de educadores e
coordenação.
Como você pode avaliar o nível de maturação dos alunos? Descreva um
método e seus característica.
A avaliação é processual e não deve privilegiar somente a questão física, motora
ou técnica. Ela deve abranger pelo menos três dimensões: os conceitos trabalhados em
aula e se esses foram assimilados pelos estudantes; o procedimental, ou seja, averiguar
se o aluno sabe fazer, jogar e se orientar no espaço e tempo e, por fim, considerar as
atitudes, valores e comportamentos, que costumam ser deixados de lado, orientar e levar
em conta a presença, pontualidade e produção intelectual realizada pelas turmas. É mais
comum a prova prática ou teórica ser utilizada para avaliar todos os alunos. Marinho
lembra que as opções de instrumentos são variadas, como seminários, pesquisas ou
dinâmicas, e devem ser utilizadas de acordo com o que o docente deseja avaliar.
Como a maturação está associada ao desempenho esportivo?
Para uma criança atingir nível de excelência no esporte deve possuir algumas
características que o distingue das demais. No entanto, altos níveis de treinamento são o
requerimento mínimo para alcançar níveis de excelência. No entanto, é preciso levar em
consideração a individualidade biológica das crianças e as especificidades de cada
modalidade esportiva, pois cada indivíduo tem um limiar para executar determinado tipo
de exercício físico e atingirá determinado nível e isto dependerá da natureza e do grau de
dificuldade da tarefa e da interação de múltiplos fatores ambientais e genéticos.
ATIVIDADE B – ESPECIALIZAÇÃO ESPORTIVA PRECOCE

Como você explicaria esta situação ao técnico?


Quando se inicia um esporte o praticante iniciante não pode fazer as mesmas
atividades que um veterano, pós conforme nos tornamos mais avançados, nosso nível de
adaptação a um estimulo diminui, e a necessidade para uma complexidade de treino
aumenta junto com nossa força, resistência e velocidade isso quer dizer quanto mais
avançado o atleta se torna, mais variações precisam ser feitas no treino para quebrar a
homeostase e manifestar ganhos de força, resistência e velocidade.
Considerando o tópico de Especialização Esportiva Precoce, qual o problema
de colocar atletas de diferentes faixas etárias e experiências para realizar as
mesmas atividades durante todo o treinamento?
A prática intensa de um esporte competitivo ocasiona uma especialização precoce
e traz possíveis riscos em quatro grandes áreas que são riscos de tipo físico,
psicológicos, motrizes e riscos de tipo esportivo. Cada criança tem uma estrutura corporal
diferente por faixa etária isso já e um indicador de diferente rendimento no treino e
diferentes experiências de tempo de treinamento pode ocasionar em lesões pós o treino
pode ser puxado demais pra aqueles alunos que tem menor tempo de experiência.
Quais os problemas decorrentes da Especialização Esportiva Precoce?
Na atualidade as crianças que iniciam em um esporte estão tendo certos
problemas com a questão de especialização precoce no mesmo, ela pode ocorrer quando
a criança começa muito cedo no esporte e seus treinamentos ficam muito focados em
uma só posição ou função dentro do esporte escolhido, podendo ocasionar sérios
malefícios um desses prejuízos e a iniciação precoce na infância, alguns deles são:
estresse de competição, saturação esportiva, lesões, formação escolar deficiente,
unilateralização de desenvolvimento, reduzida participação em jogos e brincadeiras
infantis, desistência do esporte, entre outros. A desistência do esporte é algo comum
quando tratamos de especialização precoce e alguns fatores são determinantes para isto
como, sobrecarga exagerada nos treinos tornando-os árduos e maçantes trazendo assim
a falta de motivação, ausência de maturidade para trabalhar com cobranças e consciência
corporal limitada para executar gestos mais técnicos.

ATIVIDADE C – MÉTODO TRADICIONAL OU TECNICISMO


Elabore um texto sobre o método tradicional de ensino, apontando seus
pontos fortes e fragilidades, para apresentar ao técnico o que irá fundamentar seu
trabalho.
Em função disso, o mercado para professores de Educação Física que trabalham
na iniciação ao Futsal se expandiu, e na maioria das vezes os mesmos não estão
preparados pedagogicamente para desenvolver seu trabalho de modo a utilizar
metodologias que respeitem as necessidades, interesses e as particularidades da
dinâmica dos Jogos Desportivos Coletivos. Ainda em função da necessidade alguns
locais ainda tinham como treinadores pessoas no qual não possuíam estudo e sim
devoção ao esporte (SANTANA, 2014).
Na realidade se faz necessário professores qualificados, preparados não só para
meramente ensinar futsal e sim ensinar valores e atitudes. As escolas de Futsal têm como
objetivo desenvolver as habilidades do esporte em si, como os seus princípios técnicos e
táticos e por se tratar de uma área do ensino deve-se ter como uns de seus princípios a
integração, socialização e autoestima. E para alcançar esses objetivos, cada professor
deve possuir um método eficaz em suas aulas.
O futsal é um esporte que traz certa facilidade para ser executado visto que precisa
apenas de uma bola, de um espaço e de jogadores para que haja um jogo. Entre os
esportes praticados o futsal é muito popular e ganhou a preferência de muitos. Mais um
ponto fraco disso e que acaba sendo banalizada as técnicas e se torna repetitiva e
cansativa para os alunos.

Apresente um planejamento de duas (2) semanas de trabalho, com dois (2)


encontros semanais, pensando seu grupo de alunos: meninos de 10 a 12 anos de
idade: Não esqueça de selecionar alguns fundamentos do futsal e planejar as
atividades a partir do método tradicional de ensino
O Trabalho será desenvolvido ao longo de 32 horas/aula, sendo (02) duas aulas
semanais em 01 turma de 5º ano, em média de 30 alunos. Serão abordados os temas do
ensino dos Jogos Desportivos Coletivos, aqui especificamente o futsal, com os seguintes
passos desenvolvidos de forma integrada, complexa e não sequencial:
1º - História e origem do futsal
2º - Conhecimento das regras
3º - Domínio das técnicas do jogo
4º - Possibilidades e inovações pedagógicas
5º - Ensinar a jogar jogando
6º - Ensinar /futsal pela compreensão
7º - Jogos adaptados
8º - Resgatar a cultura de jogos e brincadeiras (ludicidade)
9º - Respeitar e observar os limites
10º - Dar diferentes vivências e experiências aos alunos
11º - Aprender a respeitar regras, discutidas e acordadas.
Assumiu-se a proposta de Freire (2011, p.8-10), ela propõe quatro princípios
pedagógicos no ensino do futebol que conduzem ao caminho de um processo de ensino-
aprendizagem do futsal resgatando o lúdico e dando um novo significado a essa cultural
popular.
1. Princípio da Inclusão (ensinar futebol a todos).
2. Princípio da excelência (Não basta ensinar, deve ensinar bem a todos).
3. Princípio Ético e crítico (Ensinar mais que futebol a todos).
4. Princípio de tomada de consciência das ações (Fazer com que todos gostem de
esporte).
Seguindo uma organização pedagógica para aplicar todo o conhecimento
levantado acima, o projeto de intervenção foi dividido ao longo de 32 horas/aula que
possibilitar-se-á o ensino do futsal nas aulas de Educação Física Escolar.
Um processo de ensino-aprendizagem
Primeira parte da aula: será destinada à formação de uma roda de conversa, na
qual o professor explicara a aula.
Segunda parte: realizaremos um jogo adaptado dando-se ênfase a uma das
particularidades do jogo. E em cada aula foram destacados dois fundamentos
trabalhados.
Terceira parte: de forma lúdica, vivenciaremos uma das habilidades do futsal.
Quarta parte: Será realizado um jogo de futsal que contem ou não algumas regras
adaptadas.
Quinta parte: a aula se encerra com uma roda de conversa, na qual serão
discutidas e avaliadas as aulas pelo grupo (estudantes e professor).
A implementação terá início com uma aula na qual os alunos terão conhecimento
de como será as próximas aulas, o que terão que fazer durante as aulas para que possam
ser avaliados, a ênfase será a participação de todos. Na sala de multimídia será passado
o filme “Rudy” com o objetivo de mostrá-los que podemos ser perseverantes e acreditar
em nossos sonhos e que podemos praticar os esportes pelo simples prazer. Explicarei
para todos a importância desta conversa inicial sobre o trabalho. Os alunos tomarão
conhecimento de como sera realizado o trabalho. A conversa será sobre o futsal,
explicações de como é trabalhado este esporte nas aulas de educação física, diferente
das escolinhas que trabalham para o alto rendimento.
A segunda aula será sobre o desenvolvimento dos movimentos e a importância de
sabermos o lado dominante em nosso corpo (dominância lateral), para qual usando a
princípio bexigas, os alunos poderão trabalhar realizando toques alternando as mãos, ora
com a mão direita, depois a mão esquerda, podendo detectar o lado dominante de seu
corpo e as dificuldades de utilizar o lado não dominante, depois utilizaremos o mesmo
método usando a bola de futsal quando puderam usar os pés para fazer o mesmo
experimento.
Nas aulas 03 e 09, desenvolveremos o Fundamento “Passe”. Os alunos realizarão
uma sequência de passes (passe com o lado interno do pé, passe de bico, passe com a
parte externa do pé), pois é por meio dos passes que se possibilita o jogo coletivo e a
progressão das jogadas no futsal. O trabalho será realizado no primeiro momento em fila,
quando os alunos passarem a bola de pé em pé, depois realizaremos o trabalho em
duplas. Entre uma atividade e outra sempre mostrar a eles a importância de se manterem
bem organizados para a vivência das atividades.
Nas aulas 04 e 07, realizaremos a condução de bola. Os alunos desenvolverão as
diversas possibilidades dos movimentos corporais, aplicando as técnicas básicas do
futsal, que são conduzir a bola tocando apenas com a parte interna do pé em progressão,
depois conduzir a bola tocando com a parte externa do pé em progressão, pois é através
da condução de bola que se possibilita a progressão das jogadas no futsal.
Na aula 05, utilizaremos jogos e brincadeiras para estratégia do ensino-
aprendizagem do Rodízio (troca de posições), essas atividades propiciarão aos alunos a
vivência de deslocamentos, posicionamentos que os levarão a ter consciência do espaço
do jogo e das formas de deslocar-se durante uma partida de futsal. Nas atividades
propostas, utilizaremos diferentes tipos de bolas (bola de voleibol, handebol e futsal). No
primeiro momento, logo após a conversa com os alunos, explicarei sobre a importância de
se realizar o rodízio e o porquê de realizar dentro de uma partida de futsal, mas que
também é executado em outras modalidades.
Na aula 06, trabalharemos o Toque e o Passe. Os alunos formarão um círculo, e
um dos alunos será o “bobinho”, o qual ficará no meio do círculo, a escolha será feita
aleatória. A brincadeira popularmente conhecida como bobinho, proporciona vivenciarmos
o passe longo, o passe curto e também o toque com a parte interna e externa do pé.
Definiremos a regra da brincadeira, a princípio os alunos poderão dar no máximo dois
toques na bola, um toque para dominar e outro para passar, depois alteraremos a regra,
os alunos terão que tocar de primeira, ou seja, dar apenas um toque na bola, assim
dificultando mais a ação dos mesmos. Quando o aluno (bobinho) tocar na bola, o aluno
que tocou a bola por último e foi pego passará a ser o bobinho e assim sucessivamente.
Os fundamentos do Toque e do Passe, por meio das brincadeiras (atividades lúdicas),
proporcionam o desenvolvimento das habilidades físicas como: agilidade, velocidade e
deslocamento de suma importância no Futsal.
Nas aulas 08 e 13, trabalharemos o Chute. Desenvolveremos as diversas
possibilidades de Chutes que acontecem durante uma partida de futsal, através da
competição dos números e do fut-queimada realizaremos os chutes colocados com a
parte interna e externa do pé, chutes por elevação, ou seja por cima com o peito do pé e
chute de bico. O jogo do fut-queimada é uma versão da bola queimada, mas adaptado
para realizar com os pés, o qual possibilitará treinar os mais variados chutes. Faremos
variações das regras muitas vezes no decorrer da partida.
Na aula 10, trabalharemos a Condução de bola e o chute, dando ênfase às regras
de ação do futsal, fazendo com que os alunos se apropriem das regras básicas do jogo.
Através dos jogos adaptados e das brincadeiras vivenciaremos as atividades recreativas
usando a organização (trabalho em equipe) cooperação, agilidade, condução e chute. No
início das atividades, explicarei que irão formar duas filas, uma fila conduzirá a bola,
tocando para o colega que estará na outra fila e este devolverá, tocando para que o
mesmo chute ao gol, depois os alunos trocarão de fila. Ao final da aula, realizaremos o
“Gol a gol” neste jogo o jogador será, ao mesmo tempo, o goleiro e o atacante, pelo qual
arriscarão chutes ao gol adversário e defenderá a sua meta, não podem usar as mãos e
quando acertarem a trave, realizarão a cobrança de uma penalidade máxima.
Na aula 11, realizaremos as jogadas ensaiadas, mas antes, ficaremos em sala de
aula, onde retomaremos sobre a aula anterior e apresentarei um vídeo sobre jogadas
ensaiadas e também o vídeo expondo o momento que os próprios alunos vivenciarão as
atividades na quadra. Depois vou expor as atividades que irão ser trabalhadas nesta aula.
Levarei para a quadra um tabuleiro de Futebol de Botão, similar a uma quadra de futsal
para o ensino das jogadas ensaiadas. Através de jogos adaptados e atividades lúdicas, os
alunos deverão mostrar-se mais cooperativos, também deverão cobrar os
posicionamentos errôneos dos colegas.
Na aula 12, realizaremos a brincadeira do “Nunca Três”. Dividiremos a turma em
duplas; delimitados o espaço para a brincadeira (quadra de voleibol); as duplas se
posicionarão de forma aleatória no espaço escolhido. Para iniciar a brincadeira
escolheremos uma dupla, nesta dupla um dos alunos será o fugitivo e o outro o pegador.
Nesta parte da aula, trabalharemos o deslocamento, na sequência trabalharemos o
passe, toque e cabeceio, como também o desenvolvimento das diversas possibilidades
de passes que podem acontecer em uma partida de futsal através do fut-vôlei. Nesta aula
organizaremos as equipes (mistas) com cinco jogadores cada, criaremos regras para que
todos possam participar, estabeleceremos três minutos por partida e ganhará a equipe
que mais pontuar. Os jogos serão disputados no sistema de todos contra todos, mas o
principal desta aula será a participação de todos.
Na aula 14, verificaremos o aprendizado dos alunos com a metodologia utilizada
para o ensino dos fundamentos do futsal, ficaremos em sala e os alunos irão expor suas
opiniões sobre as aulas práticas e responderão algumas perguntas realizadas sobre os
conteúdos aplicados.
Na aula 15, desenvolveremos o chute e o passe, através da brincadeira do “Stop”,
os alunos ocuparão um mesmo espaço no círculo central da quadra, um aluno será
escolhido para ficar no meio do círculo e o mesmo joga a bola de futsal para cima e os
outros alunos se deslocarão por todos os lados da quadra, quando a bola cair, o aluno
que a jogou gritará STOP, os alunos terão que parar imediatamente de correr. O aluno,
com a posse de bola, dará três toques e a chutará usando a parte interna do pé, ou seja,
um chute colocado, tentando atingir um colega. Conforme os alunos vão sendo
queimados, vão saindo da brincadeira até que todos também sejam queimados e assim
conheceremos o vencedor ou a vencedora.
Na aula 16, realizaremos um “circuito”. Desenvolveremos as habilidades de
domínio, deslocamento, passes, chutes colocados e cabeceio. Por estar chegando ao
final da implementação do planejamento, trabalharemos com eles vários fundamentos ao
mesmo tempo, uma vez que nas aulas anteriores, procurarei trabalhar um fundamento, ou
no máximo dois em uma só aula. Poderá se perceber uma melhor familiarização com o
futsal, que antes era pouco conhecido e vivenciado na prática por muitos dos alunos,
principalmente as meninas e os menos habilidosos, ora por vergonha, por falta de
motivação, ou até mesmo como relataram por oportunidades. Concluo que, com
organização e uma metodologia pautada em estudos sérios é possível realizar um
trabalho que contribua para o desenvolvimento dos nossos alunos.
ATIVIDADE D – O ENSINO A PARTIR DE JOGOS

Você acaba de iniciar seu estágio em uma escolinha de voleibol que trabalha com
a iniciação a partir do Mini Voleibol, com crianças de 7 a 14 anos:
a) Quais as características do método de ensino a partir de jogos?
O minivoleibol é uma metodologia de aprendizagem do voleibol simples e adaptada
às necessidades e ao estágio de maturação das crianças. Como o praticante, no período
de iniciação, se encontra em fase de construção das suas capacidades motoras, se
entendeu que reduzindo as ações complexas para situações simplificadas de jogo a
assimilação do conteúdo do jogo aconteceria de uma forma mais natural.
O minivoleibol é um método simples e adaptado às necessidades das crianças de
08 a 14 anos, para a aprendizagem do voleibol, jogado por duas equipes compostas por
menos de 6 jogadores em cada time, resultante de reflexões didáticas onde as ações
complexas se reduzem a situações de jogos simplificadas, correspondentes ao estado de
desenvolvimento dos jogadores.
As vantagens da prática deste esporte pela criança podem ser distinguidas no
plano físico, intelectual ou cognitivo e moral ou afetivo. Sobre o plano da
psicomotricidade, o vôlei desenvolve a destreza, a coordenação, a capacidade de reação,
a velocidade e o domínio sobre si mesmo. Neste plano os comportamentos podem ser
caracterizados pelo verbo fazer. O aspecto intelectual ou cognitivo abrange as habilidades
intelectuais do aluno, assim como seu conhecimento e sua capacidade de demonstrar
esse conhecimento. E no plano moral, desenvolve o espírito de apoio, de ajuda e facilita a
interação social progressivo. No aspecto afetivo deve-se estar atento a basicamente a 12
características, tais como: agressividade, tensão, medo, determinação, desatenção,
atenção, nervosismo, tranquilidade, falta de confiança, segurança, alegria, e motivação,
as quais podem ser separadas em itens facilitadores positivos ou negativos e itens
inibidores positivos e negativos (ROBAZZA et al., 2010).
Além desta, as principais características do minivoleibol são:
* Caráter lúdico/recreativo das aulas.
* Possibilidade do envolvimento de um grande número de alunos na aula.
* Turmas mistas.
* Altura da rede adaptável ao desenvolvimento das crianças.
* Tamanho da quadra ajustada ao espaço disponível.
* Bolas menores e mais leves.
* Número de jogadores variado.
* Regras elementares e flexíveis.
* Bola em jogo por um maior tempo.
Mas para que resultados positivos sejam alcançados é necessário que haja todo
um critério e planejamento para o desenvolvimento das atividades.
b) O que seria o Método Situacional?
O método situacional compõe-se de jogadas básicas extraídas de situações de
jogo envolvendo comportamentos individuais e coletivos. Essas situações ou estruturas
funcionais possibilitam ao aprendiz o confronto com situações reais de jogo. Apresenta
como vantagem a proximidade das situações apresentadas no treinamento com as ações
do jogo competitivo formal e o aprendizado das habilidades por meio de resolução de
problemas (ANDRADE, 2010).
c) Como você aplicaria o Método Situacional no contexto do Minivoleibol?
Na expectativa de uma estruturação mais adequada para o ensino do esporte no
âmbito escolar, especificamente o Minivoleibol nas aulas de Educação Física, a partir das
discussões sobre a prática do esporte escolar se é válido ou não, procuraria implementar
uma metodologia de ensino que possa substituir a visão exacerbada, pautada na mera
execução de gestos técnicos estereotipados, que dificulta a compreensão do esporte
como meio educacional e sua prática isonômica no âmbito escolar.
Primeiro, familiarizaria a criança com a bola, a quadra e a rede, ensinando as
posturas básicas e movimentação na quadra; segurando, arremessando e rolando
diferentes tipos de bolas (vôlei, basquete, futebol), praticando diferentes tipos de
pequenos jogos para desenvolver qualidades físicas, como velocidade, agilidade, força e
reação.
No minivoleibol todos os três jogadores são atacantes, levantadores e defensores,
possibilitando dessa forma a experiência prática em várias funções, fugindo, assim, da
especialização pôr funções precocemente. Ensinaria os primeiros princípios táticos, como
formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo, cooperação com o
colega, observação do oponente e posicionamento na quadra. Contínuo desenvolvimento
da preparação física básica, através de movimentos rápidos na direção da bola.
A proposta metodológica em si pode ser dividida em duas fases:
1º FASE - Introdução do saque tipo tênis e do ataque para melhoria do sistema
ofensivo. Melhora da manchete para a recepção de saque e da defesa para melhoria do
sistema defensivo. Introdução e prática frequente do minivoleibol 3x3, utilizando regras
apropriadas, sistema básico e táticas de ataque e defesa.
2º FASE - Introdução do bloqueio e melhoria dos fundamentos e habilidades
técnicas e táticas. Ensino de diferentes variações de ataque e melhoria do levantamento e
das habilidades de defesa como: queda, rolamento e mergulho.
Formação da equipe e de sistemas básicos de ataque e defesa são introduzidos
com a transição para o minivoleibol 4x4.
A transição para o voleibol normal ocorreria quando todos os elementos básicos
estão disponíveis depois de aprendidas as três etapas iniciais do minivoleibol.

d) Elabore duas atividades para o ensino do Minivoleibol.


Introdução ao mini-vôlei - 2x2
Passada a fase de domínio da bola, a criança já pode começar a preparar-se
para o toque, a manchete e o saque por baixo, permitindo um jogo de voleibol simples:
2x2. O principal objetivo é atacar e lançar a bola sobre a rede. São ensinados os
princípios de formação inicial, movimentos de acordo com as situações de jogo,
cooperação com o colega, observação do oponente e posicionamento na quadra, bem
como contínuo desenvolvimento de preparação física básica, através de movimentos
rápidos na direção da bola, saltos e deslocamentos de diferentes formas.

Jogo básico de mini-vôlei - 3x3 sem regras


O objetivo do trabalho nesta fase é a aquisição dos gestos técnicos básicos:
toque, manchete, saque por baixo, ataque em toque, bem como, estimular situações que
são exigidas no voleibol. Buscar a melhora da manchete para a recepção do saque e para
uma possível situação de defesa. Na preparação física, introdução dos saltos com corda,
velocidade de reação, agilidade e flexibilidade, para favorecer o processo de
aprendizagem do ataque e do bloqueio. Nesta fase o jogo já pode ser 3x3, atacando e
lançando a bola, mas sem se preocupar com as regras, o senso de coletividade é a
principal meta.

ATIVIDADE E – TREINAMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS

Procure fazer de forma resumida e indicando quais tipos destas capacidades


seriam mais inerentes ao futebol, considerando o início da temporada.
A avaliação da força motora, por exemplo, tem sido amplamente utilizada tanto
para inferências sobre o desempenho esportivo quanto para a obtenção de parâmetros
para a prescrição do treinamento. Em relação ao desempenho esportivo, podemos citar
estudos que identificaram o tempo, a magnitude e a direção da força aplicada nas
diversas fases da corrida de velocidade.
Destacam-se as capacidades motoras de resistência, força, velocidade, resistência
de velocidade e agilidade, exigindo do praticante importantes adaptações
neuromusculares e metabólicas (anaeróbia alática, anaeróbia lática e aeróbia). Talvez no
aspecto físico, as diferenças entre o futebol e o futsal sejam mais evidentes, no entanto, o
conhecimento de aspectos táticos das modalidades permite que o(a) jogador(a) “corra
certo”, realizando os esforços realmente necessários ao contexto do jogo e executando as
ações técnicas com maior probabilidade de acerto. Mais uma vez, fica evidenciada a
necessidade de interação entre diversos fatores.
Particularmente em relação às capacidades físicas e ao tamanho corporal,
especialmente durante a puberdade, devem sempre ser consideradas as possíveis
diferenças entre os jovens no ritmo de desenvolvimento biológico, pois as crianças com
desenvolvimento físico precoce podem ter certa vantagem em situações onde o tamanho
corporal e a capacidade física exercem influência no desempenho. Ré et al. (2003), em
estudo transversal realizado com jovens entre 9 e 16 anos de idade, demonstraram que,
especialmente na faixa etária entre 13 e 14 anos, as possíveis diferenças no ritmo de
maturação biológica mostraram-se determinantes na distinção dos jogadores de
diferentes níveis competitivos (federados e não-federados) no futsal.
O desenvolvimento das capacidades motoras de forma isolada é um tema muito
abordado na literatura do treinamento. Vários estudos têm tentado identificar os métodos
e os meios de treinamento mais apropriados para a maximização do desempenho para as
diversas capacidades motoras. Contudo, esse tema é bastante amplo e controverso já
que a resposta de um atleta a um determinado método de treinamento depende de um
conjunto de fatores como a experiência (i.e. tempo de treinamento), a modalidade
esportiva em questão, os métodos de treinamento utilizados anteriormente entre outros.
Foge do escopo do presente manuscrito a discussão exaustiva de tais tópicos.
Forneceremos, portanto, apenas alguns exemplos do que tem sido feito no âmbito
científico acerca desta temática. Os métodos de treinamento da flexibilidade podem ser
genericamente divididos em três tipos: estático, dinâmico e combinados (e.g.
alongamento contração-relaxamento).
Vários estudos têm relatado que esses três métodos são eficientes em aumentar o
grau de flexibilidade. Em relação à duração do estímulo no treinamento de flexibilidade
estática, o tempo total que o músculo permanece alongado parece ser mais importante
que a duração de cada série (seis séries de 10 segundos vs. duas séries de 30 segundos.
Entre os meios de treinamento para o desenvolvimento da velocidade podemos salientar
o uso de corridas rápidas e curtas, corridas curtas em subidas, corridas com tração ou
com colete de sobrecarga, exercícios pliométricos, saltos com sobrecarga, “overspeed”
entre outros. Em diferentes níveis, estes métodos têm se mostrado efetivos para o
desenvolvimento da velocidade. A força muscular é outra capacidade de grande
importância para uma vasta gama de modalidades esportivas, merecendo grande atenção
nos programas de treinamento. Já a força rápida ou potência é ainda mais abrangente,
sendo de fundamental importância para as modalidades esportivas coletivas, nas
modalidades de velocidade na natação e no atletismo, nas modalidades de luta, enquanto
a resistência de força se faz importante em algumas modalidades como o ciclismo, o “ski
cross-country”, etc. (PLATONOV, 2018).
O desenvolvimento destas diferentes manifestações da força pode ser atingido
através do treinamento específico com o uso de diferentes métodos e meios de
treinamento. Destacam-se entre outros: a) o método isométrico funcional, que se utiliza de
ações musculares estáticas em angulações pertinentes ao gesto esportivo em questão; b)
o método isocinético, que faz uso de um dinamômetro isocinético, o qual controla a
velocidade da contração muscular, tanto excêntrica quanto concêntrica, em intensidades
máximas ou sub-máximas (assim como o isométrico, este método pouco se traduz em
condições reais de prática esportiva, indo contra o princípio da especificidade do
treinamento) e c) o método dinâmico com o uso de ações excêntricas, concêntricas ou a
combinação de ambas. A utilização de uma ação isolada pode ser interessante quando
esta estratégia representar uma especificidade significativa com o gesto esportivo em
questão. O treino complexo é outro método bastante utilizado no desenvolvimento da
potência muscular. Este método se baseia na combinação de cargas altas com cargas
mais baixas, na tentativa de promover a potencialização pós-ativação (PPA).
Contudo, uma vez que treinadores e profissionais do esporte preocupam-se com a
especificidade das cargas em relação às modalidades esportivas, a manipulação do
volume e o intervalo de descanso entre as séries dos exercícios desempenham um papel
importante. Recentemente foi demonstrado (dados não publicados) que os treinadores
podem reduzir com êxito o intervalo de descanso, para atender a uma demanda de
tarefas específicas, e ainda manter a produção de potência desde que ocorra uma
redução do volume nos exercícios realizados.
É fundamental salientar que a alteração dos níveis de força, seja pelo treinamento
de força, seja pelo de potência, requer uma reorganização do controle do movimento para
que a força seja revertida em desempenho no movimento desejado, enfatizando a
importância do conteúdo específico na transferência do treinamento para a tarefa de
campo (TRICOLI et al., 2015).
A pré-temporada é a fase preparatória das equipes para as primeiras partidas. No
início a preparação física no futebol ocupa 50% do treino. É um período de muito trabalho.
Por isso é aconselhado que os treinos sejam divertidos e dinâmicos. Além de ter
amistosos, para manter os atletas entrosados, os testes físicos são os primeiros passos
nessa fase. Os conteúdos de ordem física dão ênfase nos aspectos coordenativos das
capacidades biomotoras e aspectos fisiológicos por meio de preparação física geral e
específica.
Preparação física geral: tem como objetivo aumentar os níveis de força e
resistência, desenvolver a velocidade, melhorar a flexibilidade e a coordenação. Nessa
etapa o treino se inicia com um volume de médio para alto. A intensidade é secundária.
Preparação física específica: tem por objetivo desenvolver as qualidades
específicas de acordo com as exigências da modalidade:
Tempo de reação
Equilíbrio
Força específica (potência)
Aumento da massa muscular
Nessa etapa o volume já se estabiliza e a intensidade passa a ser o motor primário.
Os exercícios específicos já são mais usados. Os treinos já se aproximam mais com a
realidade das competições. Uma boa pré-temporada será fundamental para ditar o ritmo
da equipe na temporada.
ATIVIDADE F – OS AVANÇOS CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS DO TREINAMENTO
DESPORTIVO
O treinamento físico é uma importante área de atuação profissional da Educação
Física e do Esporte. Ela tem por objetivo precípuo, a melhoria do desempenho físico-
esportivo através da aplicação de um processo organizado e sistemático composto por
exercícios físicos. Nos últimos anos, os progressos tecnológicos e nos métodos de
investigação científica nas diferentes subáreas relacionadas ao treinamento físico
trouxeram um avanço significativo na obtenção deste objetivo
A primeira grande derrota de Adolf Hitler ocorreu três anos antes do começo da
Segunda Guerra. Um homem, sozinho, foi o herói desse confronto, que deveria ser, para
os nazistas, a demonstração cabal da superioridade ariana. Negro, americano do
Alabama, sétimo filho de uma família de colhedores de algodão e neto de escravos, Jesse
Owens (1913-1980) bateu quatro recordes olímpicos.
Os Jogos Olímpicos de 1936 foram inaugurados, em 1º de agosto, pelo próprio
Hitler, em Berlim. E o Führer percebeu seu imenso potencial como arma de propaganda:
o evento foi meticulosamente organizado como um meio de mostrar ao mundo as
maravilhas da Alemanha. Para desgosto de Hitler, Owens venceu nos 100m, em 3 de
agosto, e nos 200m rasos, no revezamento 4 x 100m e no salto em distância. Nessa
última modalidade, a vitória foi sobre o alemão Lutz Long.
O cadete carioca Oswaldo Ignácio Domingues também competiu nos 100m do
atletismo, mas, sem condições mínimas de treinamento, devido à divisão política entre o
Comitê Olímpico Brasileiro e a Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF), ele
parou na primeira eliminatória. Domingues reformou-se como general de Exército e
morreu em 2009, aos 91 anos, no Rio.
Antigamente, nas provas de velocidade, era difícil apurar o vencedor quando os
atletas chegavam à meta quase ao mesmo tempo. Hoje em dia várias inovações
permitem superar essas dificuldades. Um exemplo foi a invenção de aparelhos que
registam o tempo exato em que os atletas chegam à meta. Também houveram avanços
ao nível dos instrumentos utilizados pelos atletas, nomeadamente às varas utilizadas no
salto à vara, aos dardos e ao objeto lançado no lançamento do peso.
Atualmente as varas são feitas de fibra de carbono ou fibra de vidro o que
proporciona uma grande diminuição do seu peso e uma maior flexibilidade.
Também os dardos sofreram alterações na sua concepção e no seu lançamento.
No lançamento do peso, também o objeto que é lançado sofreu alterações, antes os
pesos eram fabricados a partir de grandes pedras e hoje em dia são feitos de metal. O
maior e mais nítido avanço do atletismo foi a adaptação do calçado a cada modalidade
esportiva. Os calçados para as provas de velocidade geralmente não possuem sola no
calcanhar, mas sim uma placa flexível ou rígida até o ante pé. Para corridas de longas
distâncias, os atletas costumam optar por sapatos de meio fundo (sapatos que possuem
uma zona intermediária em espuma no calcanhar), pois oferecem mais amortecimento do
calcanhar em encontro com o chão. Para corridas com barreiras, os atletas optam entre
sapatos de velocidade (geralmente com placas flexíveis) e sapatos de meio fundo.
Nas corridas de fundo (mais longas, podem ir até 10.000 metros), os desportistas
utilizam sapatos de bico. No ante pé, esses sapatos possuem menos bicos e placas
menores, mas possuem uma placa intermediária com amortecimento em espuma ao
longo de todo o comprimento do sapato. A sapatilha utilizada no salto em comprimento,
no salto com vara e no salto triplo também foi melhorada. Implementou-se uma sola larga
ao longo de todo o comprimento, pois assim oferece maior estabilidade. O calçado do
triplo possui ainda um reforço no calcanhar.
O atletismo como um todo se renovou. Nas últimas décadas aliou-se tecnologia e
conforto para possibilitar um melhor desempenho dos atletas. Podemos observar o
resultado desse investimento a cada recorde quebrado e meta superada. Nas Olimpíadas
Rio 2016 não será diferente.
A análise de jogo tem sido utilizada cada vez mais por equipes esportivas, tal
aplicação se averigua também na pesquisa científica dentro das Ciências do Esporte. Os
estudiosos das diferentes modalidades esportivas têm procurado compreender a
diferença de performance dos jogadores e das equipes, com o objetivo de identificar os
fatores que determinam significativamente o resultado da eficácia das ações táticas
individuais, de grupo e coletivas. A tática individual diz respeito à ação de um jogador,
que, por meio da aplicação de uma técnica, visa atingir um determinado objetivo. Pode
ser exemplificada na busca do ponto direto na execução do saque no voleibol. A tática de
grupo pode ser evidenciada nas ações entre dois ou três jogadores, por intermédio da
realização de uma sequência de técnicas individuais, que visa um objetivo comum. No
voleibol, pode ser explicitada por elementos táticos da ação de bloqueio, que preenche
um determinado espaço da trajetória da linha de ataque adversária e o defensor, que
preenche o outro espaço e/ou linha da bola a ser atacada. Já a tática coletiva se relaciona
com as ações que envolvam mais de três jogadores, realizadas a partir de um plano geral
pré-estabelecido, no intuito de alcançar o objetivo desejado. No voleibol esta situação
ocorre quando a defesa e o bloqueio se movimentam de acordo com o resultado do saque
da própria equipe, o sistema defensivo inicia-se no saque e já se movimenta no primeiro
toque na bola efetuado pelo adversário
Deste modo, a análise da performance tática tem possibilitado:
• configurar modelos da atividade dos jogadores e das equipes;
• promover o desenvolvimento de métodos de treino que garantam maior
especificidade e, portanto, superior transferibilidade para o jogo;
• indicar tendências evolutivas das diferentes modalidades esportivas.
A tecnologia da informação disponível para o aprimoramento dos atletas e
conquistas de vitórias e campeonatos não é aproveitada por alguns treinadores
conservadores que não fazem uso da análise de jogo, pois consideram que as suas
experiências são suficientes para interpretar e avaliar o processo tático inerente aos
treinamentos e competições (GARGANTA, 2011). No estudo de Franks e McGarry (2016),
os treinadores de futebol, experientes e novatos, foram indagados sobre os
acontecimentos ocorridos após 45 minutos de uma partida de futebol. Os treinadores
experientes demonstraram um índice de acerto mais baixo que os novatos, além disso se
comportaram de forma confiante, mesmo com respostas com conteúdo errado. No estudo
de Wnorowski (2017), os treinadores peritos não souberam descrever todas as situações
ocorridas em uma partida de voleibol, apesar de descreverem corretamente a eficácia de
cada um dos seis fundamentos. Assim, é impossível relembrar todos os acontecimentos
que ocorrem no transcorrer de uma partida e, menos ainda, as inúmeras ocorrências
táticas efetuadas por cada um dos atletas (com ou sem posse da bola) e da equipe como
um todo, ao longo de um jogo, ou de vários jogos de um ou mais campeonatos
(GARGANTA, 2011).
Para a análise de jogo, há hoje inúmeros hardwares e softwares que permitem a
criação de banco de dados, sendo “papel e lápis” um recurso obsoleto. Estas ferramentas
tecnológicas atuais auxiliam na melhor compreensão das modalidades esportivas, via
registro de dados com um número maior de itens a serem observados e analisados. Além
disso, dados são acessados de forma rápida. É possível, dentro do banco de dados,
cruzar categorias de cada um dos itens com categoria pré-selecionadas de outra
categoria, isso se denomina “aplicação de filtro”. Por exemplo, optar em averiguar dentro
da categoria “posição” o item levantador na posição de rodízio número um; na categoria
“recepção” o item passe em que a bola chegou para o levantador na zona de ataque dois
ou três. O resultado desse filtro poderá ser mostrado, em cada uma das categorias, em
bloco de semelhanças de itens, pelo somatório de cada item idêntico e em concomitância
com outras categorias que foram filtradas ou não, tal como o “resultado do ataque”, com
os itens ponto, erro e continuação, e “estado do bloqueio”, com os itens simples, duplo ou
triplo (GARGANTA, 2011).
Os recursos atuais permitem a análise de jogo mediante o registro in loco da
partida ou treino, por meio de uma grelha ou lista de atributos, que será composta por
categorias pré-determinadas ou categorias construídas e inseridas no software, Data
Project e Simi Scout, respectivamente. O filtro desses programas de computador permite
a combinação da ação selecionada, seja uma ou mais categorias combinadas, com a
calibração do tempo da imagem em vídeo do respectivo registro da ação. Assim, ao se
efetuar o estudo do jogo será possível perceber toda movimentação tática individual, de
grupo ou coletiva efetuada, pois poderá ser determinado o tempo de visualização antes e
após o registro da ação, como cinco segundos antes e três depois, para se averiguar todo
o contexto que compõe a tomada de decisão.
Ao filtrar as categorias e calibrar o tempo de registro da imagem, será possível
perceber outras variáveis integrantes do contexto da decisão, seja pela imagem real, pela
reconstrução geométrica do registro da ação na quadra ou campo da modalidade,
estatística descritiva e gráficos desta. Desse modo, não existe a limitação do “lápis e
papel” ou softwares que fazem apenas o registro simples da tomada de decisão, tal como
erro ou acerto em uma determinada jogada, que impossibilita melhor análise da pessoa,
do ambiente e da tarefa (MATIAS et al., 2015).
Nos últimos anos, o uso do lactato sanguíneo, como indicador do estado de
condicionamento físico, ou da intensidade de treinamento, ganhou grande impulso. Isto se
deve, principalmente, à facilidade na obtenção e análise de amostras através de
instrumentos semi-automatizados. Em particular, esta medição tem sido amplamente
utilizada em exercícios aeróbios e anaeróbios.

Normalmente verifica-se uma baixa concentração de lactato no sangue em


repouso (aproximadamente 1 mmol/L no sangue e no músculo). A taxa de remoção
depende da concentração de lactato, ou seja, é necessário que a lactatemia alcance um
determinado nível para forçar a remoção de lactato e estimular as enzimas e coenzimas a
catalisar o processo de reversibilidades. Por este fato encontramos sempre
concentrações de lactato sanguíneo mesmo em situações de repouso.
Nos exercícios de longa duração, com duração superior a 30 minutos, a energia
para a contração muscular provém da combustão aeróbica do glicogênio, gorduras e
proteínas. Em exercícios de baixa intensidade, há predominância da utilização de
gorduras sobre a de glicogênio, ocorrendo o inverso nos de alta intensidade. Em
exercícios de longa duração, o atleta está sujeito a fadiga devido a vários fatores:
depleção de glicogênio muscular, acidose induzida pelo lactato, desequilíbrio hídrico ou
mineral, etc, onde a acidose induzida pelo lactato é um importante fator de fadiga
(FERREIRA 2017)
A resposta do lactato sanguíneo durante um exercício incremental tem sido
muito utilizada na área esportiva como forma de mensuração dos efeitos do treinamento,
prescrição das intensidades de exercícios e como forma de estimar o desempenho em
diferentes modalidades esportivas (FERREIRA et al. 2017). O lactato é mais um
intermediário metabólico do que um produto final do metabolismo energético. O lactato é
continuamente formado e liberado de diversos tecidos como os músculos esqueléticos e
as células vermelhas sanguíneas. O lactato também serve como uma fonte energética em
tecidos altamente oxidativos como o coração e o precursor da gliconeogênese, o fígado;
sendo assim, um bom marcador indireto de alterações no metabolismo celular
(ROBERGS, 2011).
Popularmente conhecido como GPS (em inglês, Global Positioning System), o
sistema de posicionamento global, por vezes incorretamente designado de sistema de
navegação, é uma ferramenta norte-americana utilizada para determinação da posição de
um receptor na superfície da Terra ou em órbita. Criado e controlado pelo departamento
de defesa dos EUA (DoD), para uso militar, a priori, foi dissipado ao mundo civil e
declarado totalmente operacional apenas em 1995.
Com um desenvolvimento ao custo de cerca de 10 bilhões de dólares, essa
“constelação” de 28 satélites, sendo 4 sobressalentes em 6 planos orbitais, além de sua
aplicação óbvia na aviação geral e comercial e na navegação marítima, pode ser
destinada à localização de qualquer pessoa, seja para encontrar o caminho para
determinado local (ou de volta ao ponto de partida), conhecer a velocidade e direção do
deslocamento e uma visualização geral de área percorrida. Aí que o benefício chega aos
campos de futebol. “Tem se aperfeiçoado hoje a questão da mensuração do desempenho
dos atletas no quesito de deslocamento, movimentações. De forma geral busca-se
mapear o que o jogador faz no campo, deslocamentos, aceleração, velocidade, percurso,
com objetivo de melhorar os processos de treinos.
Esses mecanismos refletem o que de fato o jogador faz no jogo do ponto de vista
físico, predominantemente. A partir daí, abre-se a possibilidade de mapear padrões
táticos, ou seja, deslocamento global da equipe e tendências de movimentação em função
de diferentes jogadores (o que depende muito da capacidade de quem analisa).
Quanto mais fidedignas forem as informações, no sentido de serem representativas
do que de fato ocorre nos minutos da prática esportiva, mais adequado será o processo
de intervenção no treinamento e no próprio jogo. É muito mais usual hoje em dia a
utilização em treinos até mesmo pela facilidade de manter uma estrutura num local fixo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fundamentação teórica que norteou esse estágio possibilitou entender a


educação física como disciplina escolar que visa a formação de cidadãos que conheçam
e vivenciem a cultura esportiva. Nesse sentido, tornou-se importante compreender que os
alunos não são atletas, mas que podem jogar apenas pelo prazer e devem ter a
oportunidade de apropriação dos princípios básicos dos esportes coletivos, aqui
especificamente o futsal, pensando numa formação esportiva inicial mais ampla e que se
afasta do ensino especializado.
Com isso, espera-se que os alunos possam desenvolver melhores condições para
aprender o futsal de maneira mais ampla e que isso possa ser efetivado em suas práticas
esportivas fora do ambiente escolar. Esta metodologia, mostrou-se eficaz, mas para que
os resultados sejam mais expressivos e que contemple a totalidade dos alunos, necessita
de um tempo maior de aplicação, mesmo assim, com trinta e duas horas-aula de
implementação do planejamento tive uma noção de como pode ser mais efetivo no ensino
das aulas de educação física.
Com este Estágio, tive a oportunidade de adquirir experiência na elaboração destas
aulas, ou seja, tive a oportunidade de transpor no papel aquilo que poderá ser usado para
a prática, juntamente com os meus conhecimentos e objetivos para cada aula. O
processo de ensino – aprendizagem é caracterizado como o período em que estamos em
evolução, ora também faz parte dele errar porque errar é constante. Foi através do erro
que consegui de forma gradual ir melhorando e evitando cometer os mesmos erros na
aula seguinte. Vi os erros que cometi como construtivos e evolutivos, ou seja, o que me
permitiu evoluir e ver as coisas de outra forma, porque tive a oportunidade de melhorar.
Sempre que me chamavam atenção vi as críticas apontadas como construtivas porque
foram determinantes para o evitar de cometer os mesmos erros.
Conclui-se, desta forma, após finalizar as experiências do Estágio, a importância da
realização do mesmo na área de treinamento esportivo, principalmente, aos inúmeros
benefícios proporcionados pela prática dessa modalidade. Ressaltando-se ainda que, a
realização de estágios no meio acadêmico é fundamental e indispensável, pois
proporciona experiências práticas, fundamentais para o meio profissional, pois possibilita
vivência em modalidades diferentes, desenvolvimento de técnicas de expressão, tanto
corporal como oratórias, permite aprofundamento de conhecimentos específicos e,
principalmente experiência.
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