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Todas as aulas síncronas serão as 19 horas, serão também gravadas e reservadas em especial para
dias anteriores as provas.
Método de avaliação
3 provas individuais realizadas por meio do moodle.
Dica
Ler o código de processo Civil acerca do tópico a ser estudado
19/05/2021
ATOS PROCESSUAIS
1.Atos processuais
1.1- Forma
1.2- Prática eletrônica dos atos processuais
1.3- Tempo e lugar
1.4 – Prazos, Verificação e Penalidades
1.5- Comunicação: Citação, intimação e cartas
1.6- Distribuição e registro
1.7 – Valor da causa
Formalismo Processual
Nós sabemos que o processo se forma através de vários atos desencadeados para um provimento
final. Inicia pela demanda, se desenvolve por outros meios, até chegar a sentença.
b) estabelecer dentro de quais limites devem cooperar e agir as pessoas que atuam no processo;
Os sujeitos têm de saber quais são os limites e quando devem praticar certos atos.
Atos processuais
O processo, sob o aspecto estrutural (processo + procedimento), é um conjunto sequencial de atos,
tendentes à efetiva tutela jurisdicional.
Processo é uma sequência ordenada de fatos, atos e negócios processuais. (Helio Tornaghil).
Ato processual é modalidade de ato jurídico, mas que é praticado e busca gerar efeitos dentro do
processo. Qualquer ato realizado fora do processo, ainda que a ele ligado, só adquirirá relevo e
produzirá efeitos se trazido ao processo.
“Ato processual é aquele que é praticado no processo, pelos sujeitos do processo com eficácia no
processo, com eficácia no processo e que somente no processo pode ser praticado. ”
Fato processual – fato jurídico capaz de influir no processo. Ex. morte de uma pessoa – Suspensão
do processo (art.313 do CPC/15)
“São atos jurídicos processuais os que tem importância jurídica em respeito a relação processual, isto
é, os atos que tem por consequência imediata a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a
modificação ou a definição de uma relação processual.” (Chovienda)
Os atos processuais – são atos que têm por consequência imediata a constituição, a conservação, o
desenvolvimento, a modificação ou a extinção do processo.
Exemplos:
De ato processual de constituição – demanda
De ato processual de desenvolvimento – audiência preliminar, atos de instrução, de
ordenação
De ato processual Modificação – alteração objetiva da demanda
De ato processual Extintivo – sentença ou decisão parcial do mérito
Disposto na parte geral, Livro IV, CPC/15 que trata sobre a forma, o tempo, o lugar de sua
realização, os prazos, as comunicações dos atos e as nulidades.
CPC/15 – Art. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei
expressamente exigir (Vide art.280 – Citação), considerando-se válidos os que, realizados de outro
modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Quanto a solenidade
Serve como garantia e segurança das partes
O que se condena é o excesso de solenidades, por vezes imotivadas
A virtude está no meio-termo: “a forma é valiosa e mesmo imprescindível na medida que se faz
necessária para garantir aos interessados o proveito que a lei procurou visar com sua instituição”.
(HTJ, p.467)
Está sempre ligada a instrumentalidade do processo e somente quando não atingir sua finalidade.
Quanto ao modo
Quanto aos aspectos formais tem-se que os atos processuais estão sujeitos a alguns aspectos
reguladores.
A forma, como vimos é uma garantia de segurança para as partes;
Princípios informadores:
Princípio da liberdade das formas (Art.188, CPC) – Os atos são não solenes, pois não estão
submetidos em princípio, a formas sacramentadas. A solenidade é exceção e depende de
expressa previsão legal.
Princípio da instrumentalidade das formas – Determina que os atos processuais solenes
praticados, sem a observância das formalidades impostas na lei, serão validos, desde que
atinjam a finalidade.
o Vale o conteúdo do ato, em detrimento da forma.
Princípio da documentação – Segundo o qual os atos devem ser escritos ou, quando oral,
devem ser reduzidos a termo. E deve ser usado a língua portuguesa (art.192).
Princípio da Publicidade (Art.189,CPC) – Elevado a categoria de garantia constitucional.
Exceção à regra:
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os
processos:
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável,
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Atos reais – são atos instrutórios do Juiz, que são por exemplo oitiva de testemunha.
Atos de documentação – todo e qualquer ato do Juiz deve ser rubricado e assinado segundo
art.205, CPC.
Prazos processuais
Prazos peremptórios – são aqueles que não podem ser alterados pelas partes, mas pelo juiz
diante da complexidade do processo, aumentando-os de oficio, mas nunca os reduzindo, a
não ser pela manifestação e anuência expressa das partes (art.222, §1º).
Prazos dilatórios - são aqueles prazos que embora previstos na lei podem ser ampliados pelo
juiz, ou por convenção das partes podem ser ampliados ou reduzidos, por exemplo prazos que
não são previstos em lei, como manifestação das partes, então aplica-se o prazo mínimo de 5
(cinco) dias, pode-se, no entanto, ser solicitado pela parte a dilação do prazo para
cumprimento do determinado, sem que a outra parte precise concordar.
Após decorrido o prazo para realização do ato, ocorre a preclusão, cessa a faculdade de pratica-lo.
(art.223), porém se comprovar justa causa o Juiz pode devolver-lhe este prazo.
Atos de comunicação
Atos de citação – arts.238 a 259
Atos de intimação – art.269 e 275
Atos das partes
Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém e também as partes dos atos e termos do processo,
se difere da citação pois não se restringe as partes processo, mas a qualquer pessoa ligada ao
processo, exemplo testemunha, perito.
Citação é essencial para que o processo se desenvolva e para que seja válida, deve seguir alguns
requisitos, é um ato solene de chamar alguém para o processo, ainda que emitida por juízo
incompetente se cumprida é válida.
Parte tem o prazo de até o ultimo dia antes da prescrição para propor ação, sendo que a citação ainda
que feita após, retroage a data da propositura da ação.
Citação via de regra é pessoal, devendo ser feita na pessoa do promovido , porém há exceções.
Art.242- A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante
legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
A citação não poderá ser realizada em determinados lugares ou situações, exceto para evitar
perecimento.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
Quando houver incapacidade mental não se fara a citação, apenas a seu representante.
Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou
está impossibilitado de recebê-la.
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do
citando.
Réu citado fictamente não fica desamparado, lhe é designado um curador ou defensor público.
Prazo para cumprimento da determinação de ato que deve ser cumprido pela parte conta a
partir da data em que se der a comunicação, porque uma coisa é prazo processual e outro prazo da
parte.
Renúncia do prazo – pela lei processual o réu tem 15 dias para contestar, sendo esse prazo
peremptório, pois não pode solicitar dilação, quando ele realiza a contestação antes do fim do prazo
ele renuncia ao restante do prazo.
Juiz também possui prazos para cumprir o que lhe é facultado. Não há nenhuma punição então
trata-se de prazo impróprio, diferente dos prazos para as partes que são próprios, uma vez que elas
perdem o direito.
§ 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida
defesa por apenas um deles.
§ 1º É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.
§ 2º Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o
direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-
mínimo.
§ 3º Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do
Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.
Para o Juiz não há penalidade por perda de prazo. Pode apenas obstar promoção como
previsto constitucionalmente.
Faça a Leitura dos Capítulos X, XI, XII e XIV, do Curso de Direito Processual Civil, Volume I,
do Professor Humberto Theodoro Júnior, que é a bibliografia básica da nossa Disciplina.
26/05/2021
NEGÓCIO PROCESSUAL
O negócio processual:
Veio como novidade no código de processo civil
Embora já o admitisse José Carlos Barbosa Moreira, para quem o negócio processual
encontrava-se previsto no CPC/1973:
Convenções celebradas pelas partes sobre matéria processual, asseverando que a vontade das
partes pode sim ordenar-se a influi no modo de ser do processo, no conteúdo da relação
processual.
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou
durante o processo.
O acordo de saneamento (art. 357, §2º) limita os poderes instrutórios do juiz? A realização de
negócio processual pode limitar o direito probatório do juiz?
Entendo que não, e justifico:
O juiz não tem um papel passivo na condução da atividade probatória –ao juiz foi dado ampla
autonomia para exercer seus poderes instrutórios;
O juiz pode indeferir provas (decisão fundamentada) inúteis ou meramente protelatórias (art.
370, §único. CPC);
E quando o legislador permitiu convenção ou negócio processual com relação a matéria
probatória, ele o fez por meio de negócios processuais típicos
I -recair sobre direito indisponível da parte;II -tornar excessivamente difícil a uma parte o
exercício do direito.
§4o A convenção de que trata o §3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
Na escolha do perito:
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:
Em suma
31/05/2021
NULIDADES PROCESSUAIS
Nulidades do processo é um tema de suma importância pois quando nós falamos sobre atos
processuais sabemos sobre o excesso de formalismo que deve ser repelido e a nulidade também
pertence ao gênero dos atos jurídicos, logo, sua validade perpassa para a averiguação das seguintes
condições:
Agente capaz;
Objeto lícito;
Forma prescrita ou não defesa em lei.
Quando se fala em nulidade do processo é preciso lembrar que o ato processual é composto de atos
intercalados. Quando vamos analisar as nulidades de um processo não vamos analisar um ato
isoladamente, mas pode ser que um juiz ao apreciar esse ato declare a nulidade de apenas um deles
porque os demais subsequentes não foram atingidos pelo vicio daquele ato antecedente, mas quando
aquele ato antecedente gera vicio nos subsequente o Juiz irá declarar a nulidade desses atos.
Para Aroldo Plínio (“Nulidades no Processo”, Del Rey, 2014, 2ª ed.) tais elementos não bastam para
o estudo das nulidades no Direito Processual. Por que em se tratando o processo um complexo de
normas que preveem a regularidade de cada ato pode ser que:
“um ato tomado isoladamente, em sua forma e em seu conteúdo, pode se revestir de todas as
condições de validade que são requeridas em seu modelo legal e, não obstante, pode ser irregular e
até mesmo inexistente, no processo. Ou pode não revestir de forma prescrita em lei e ser aproveitado
como válido quando cumprir a sua finalidade.” (p. 17).
Nulidade
Conceito
“É a sanção destinada ao ato que se desvia do seu modelo legal no processo, não é apenas pela forma
que o ato se sujeita a ela. A nulidade alcança a forma e todas as demais condições de regularidade do
ato processual (Aroldo Plínio, p. 18);
A regra é a não formalidade , mas na existência de formalidade essa deve ser cumprida sob pena de
constituir-se o vício resultando em nulidade.
É, “uma sanção que incide sobre a declaração de vontade contrária a algum preceito do direito
positivo.” (HTJ, p. 573)
Deve ser reconhecida pelo juiz, é uma sanção que incide e é destinado sobre o ato ou aquela
declaração de vontade, contraria ao direito positivo.
EX: Sentença proferida em um processo que não teve citação válida. Nesse caso não chega nem a
existir processo, pois se para que haja processo é necessário que haja citação válida, se ela não
ocorreu nenhum dos atos subsequentes pode ser considerado valido. Ou seja, apesar de ter
acontecido a sentença, de fato o processo nunca existiu, pois foi violado seu requisito de existência.
Necessária Querela nulitatis.
Ato inexistente
“O ato pode ser inexistente pela ausência de sua própria constituição material ou por defeito
essencial de sua formação, ou de sua situação no processo. ” (Aroldo Plínio, p. 39)
Ou seja, o ato processual será inexistente quando lhe faltar elemento constitutivo mínimo.
O ato inexistente jamais se tornará existente. Pois, não há meio de fazer com que um ato inexistente
passe a existir. Logo, contra decisão inexistente não cabe recurso, e muito menos trânsito em
julgado.
Se existente um ato, passa-se a análise de sua validade e eficácia.
Exs: Ex.: Sentença proferida por quem não é juiz; sentença sem dispositivo ou sem assinatura ou
petição inicial assinada por quem não tem capacidade postulatória.
Da validade do ato
Ato inválido será aquele que não se conformar com o esquema abstrato (tipo) determinado pelo
legislador. Ou seja, no caso em que for descumprido uma série de ditames previstos na lei
processual. O seu descumprimento, portanto, pode levar a sua invalidade.
Ex; Sendo a citação um ato solene que se não tiver advertência que o réu deve comparecer à
audiência ou para a contestação, há uma invalidade nesse ato, então existiu o mandado de citação e ai
por ausência de conformação é necessária reconhecer sua invalidade seja ela absoluta ou relativa.
Diferente dos atos jurídicos, os atos processuais para serem considerados não validos se um juiz o
declarar por decisão judicial.Art.282, CPC.
A invalidade deve ser reconhecida por provimento judicial. Pois, só existirá invalidade do ato,
quando este for reconhecido por decisão do juiz. Assim, antes do provimento jurisdicional, o ato,
ainda que inválido, será tratado como válido.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e
ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
Exemplo: sentença proferida quando não houve a citação válida, Quando ato por praticado
por quem não tem ius postulandi(art. 4º Lei 8.906/94);
Ou seja, no direito processual brasileiro existe uma forte tendência de banir, de extirpar as
formalidades não essenciais, pois, o excesso de formalismo deve ser afastado como nocivo à
efetividade do processo.
E, nem mesmo quando haja expressa prescrição de nulidade, tal ato não será invalidade se:
o Não houver prejuízo para a parte (§1º do art. 282, CPC);
o Puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação de invalidade(§2º do
art. 282, CPC)
Art. 146 -§7o O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já
presente o motivo de impedimento ou de suspeição.
Art. 270 -§2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes
das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a
acompanhar o feito em que deva intervir.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como
condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
O comparecimento espontâneo, no entanto, supre o vício, desde que a parte não tenha sofrido
prejuízo (art. 282 e 239 §1º, CPC);
Deve ser arguida por simples petição, como ainda contestação, preliminar de recurso,
impugnação ao cumprimento de sentença, etc., como ainda em sustentação oral;
Efeitos da decretação
Vimos que enquanto não decretada (ou declara, se considerar que o vício já estava lá) a
invalidade, o ato processual é válido;
Cabendo ao juiz ao decretá-lo determinar quais os demais atos foram atingidos pela nulidade
do ato antecedente;
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele
dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam
independentes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as
providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
Convalidação Subjetiva:
Dá-se pela aplicação das regras contidas nos artigos 276 e 278 do CPC, cuja :
Decretação de nulidade não pode ser requerida pela parte que Ihe deu causa; e ainda
Da qual a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte
falar nos autos, sob pena de preclusão.
Só não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem
prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.
07/06/2021 – 09/06/2021
UNIDADE IV – TUTELAS PROVISÓRIAS
INTRODUÇÃO
O tempo de duração do processo é um problema a ser enfrentado pelos processualistas.
As técnicas e mecanismos das tutelas diferenciadas é utilizado para minimizar os
impactos causados pelo decurso do tempo do processo até a efetiva e satisfativa entrega da
prestação jurisdicional.
Dentre as técnicas diferenciadas adotadas pelo Código de Processo Civil, destaca-se:
A tutela provisória baseada na urgência (cautelar e antecipada) que visa resguardar,
antecipar, obstar, impedir, conservar o bem ou direito tutelado, mas que ainda não é
possível de ser entregue em definitivo ao jurisdicionado.
A tutela provisória, que se contrapõe a definitiva, é uma tutela concedida em grau não
exauriente e superficial, guardando em si certa precariedade.
TÉCNICA DIFERENCIADA
São técnicas onde não preciso aguardar o desfecho do procedimento comum, ou ordinário.
A tarefa da tutela diferenciada, como mecanismo de aceleração do procedimento ou mesmo
para resguardar o direito lesado ou a sua frutuosidade, é conhecida como provisória, porque,
visa suprir, os efeitos indesejáveis da demora na solução do processo.
Para Ada a ‘tutela diferenciada’ seria “aquela que se contrapõe à obtida pelo procedimento
ordinário, considerado o paradigma das formas processuais em boa parte do século passado,
por possibilitar a solução dos conflitos de maneira segura, cercando o exercício da função
jurisdicional das mais plenas garantias e culminando com a sentença de mérito e a
estabilidade da coisa julgada.”
Ou seja, é uma técnica para as tutelas que se contrapoem “ao solene procedimento
ordinário”. MARINONI, ARENHART)
TÉCNICAS DIFERENCIADAS
Sumarização do procedimento
o Decorre da criação de procedimentos especiais (ex.: JEsp´s);
o Abrevia-se o procedimento comum (ex.: julgamento antecipado do mérito; decisão
parcial de mérito);
Em que ficam preservadas todas as garantias fundamentais das partes, tais
como: contraditório, cognição plena, coisa julgada;
Sumarização da cognição
o Do qual o contraditório se mostre eventual ou postecipado (ex. ação monitória)
– o contraditório somente se instaurará se a iniciativa for tomada por aquele em
face de quem se pede a tutela (hoje, tutela satisfativa antecedente);
o E a que adianta provisoriamente o resultado do pleito, em vista da presença de
alguns requisitos que permite ao juiz, embora insuficiente a convicção plena, em
juizo de probabilidade a conceda;
Proto Pisani (La Tutela Sommaria, 1982): “não existe um único processo che offra uma
única forma di tutela per tutte le situazioni di vantaggio, ma esistono invece uma pluralità di
processi ed uma pluralità di forme di tutela giurisdizionale; la diversità di questi processi e
di queste forme di tutela, e delle loro varigate combinazioni, rifletono la diversità dei
bisogni di tuteal delle situazioni di vantaggio.”
TUTELAS PROVISÓRIAS
- Opção Legislativa – Livro próprio Livro V da Parte Geral;
- Unificação como Tutela Provisória, como gênero, tendo como espécie as tutelas satisfativa
(antecipada) e cautelar;
CARACTERÍSTICAS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS
Sumariedade da cognição {Kazuo Watanabe - limitações à atividade cognitiva do juiz: -
no plano horizontal (extensão da cognição): cognição limitada [parcial] ou plena e no
plano vertical (profundidade da cognição): cognição superficial ou exauriente} – Juízo de
probabilidade;
Precariedade (vez que a decisão poderá ser revogada ou modificada);
Não induz a coisa julgada (nem mesmo quando estabilizada);
OBJETO DA CAUTELAR
Cautelar – tem por objetivo não só assegurar a efetividade da tutela do direito
material ou uma situação substancial que possa ser tutelada, como por exemplo, no
caso em que a tutela visa assegurar a própria situação;
Marinoni e Arenhart reconhecem que a tutela cautelar deixa de ser aquele cuja vocação
seria apenas a de garantir a efetividade do processo.
Sendo equivocado afirmar que a cautelar é instrumento do processo principal;
DISPOSIÇÕES GERAIS
(ARTS. 294 A 299 NCPC):
FUNDAMENTOS:
A) Urgência (satisfativa ou cautelar); - demonstração da probabilidade
do direito e do perigo de dano ou risco do resultado útil do processo;
b) Evidência (satisfativa, art. 311);
MOMENTO REQUERIMENTO:
a) Antecedente (urgência)
o Requisitos da petição ( art. 303 – satisfativo e art. 305)
b) Incidente (evidência, art. 294, § un.)
o - É contemporâneo ou posterior à formulação do pedido;
MOMENTO CONCESSÃO:
Liminarmente - (in limine litis – de Urgência – art. 9, § un, inc. I, e
ar. 300, §2°)
o - Evidência – nas hipóteses dos incs. II e III do art. 311 - art. 9, §
un, inc. II;
b) Na sentença – (técnica de adiantamento provisório dos efeitos da
tutela em si) – art. .012, V;
c) Em grau recursal – caso em que o pedido será dirigido ao próprio
Tribunal – art. 299;
o - pressupostos os art. 999 e §4°, art. 1.012
o - Em RE ou Resp (art. 1.037 c/c 1.029, §5°;
COMPETÊNCIA
Enunciado 18 do TJMG: “O perigo de dano ao direito material da parte deve ser analisado
para o deferimento da tutela antecipada e o risco ao resultado útil do processo para a
concessão da tutela cautelar.”
E, no caso da tutela de urgência satisfativa – há que ser reversível os efeitos da decisão
antecipada (art. 300, §3°, CPC)
DA IRREVERSIBILIDADE
Enunciado 40 CJF– “A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua
concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível.”
Enunciado 25 ENFAM – “A vedação da concessão de tutela de urgência cujos efeitos
possam ser irreversíveis (art. 300, § 3º, do CPC/2015) pode ser afastada no caso concreto
com base na garantia do acesso à Justiça (art. 5º, XXXV, da CRFB).”
DA CAUÇÃO
Pode o juiz, conforme o caso, para a concessão da tutela de urgência, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder
oferecê-la. (§ 1º, art. 300, CPC).
A PARTE RESPONDERÁ PELO PREJUÍZO QUE A EFETIVAÇÃO DA TUTELA
CAUSAR À PARTE ADVERSA SE (ART.302):
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários
para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Obs.: Sempre que possível, a indenização será liquidada nos autos em que a medida
tiver sido concedida.
DA TUTELA DE URGÊNCIA SATISFATIVA ANTECEDENTE
- Requisitos da petição inicial – nos casos em que a urgência for contemporânea a
propositura da ação – limita-se (art. 303):
o - A) ao requerimento da tutela antecipada;
o - B) a indicação do pedido da tutela definitiva;
o - C) exposição da lide, o direito que se busca realizar (e sua probabilidade), e o perigo
da demora;
o - D) indicar o valor da causa, tendo como base o pedido de tutela definitiva;
o - E) explicitar se pretende valer-se do benefício do requerimento de tutela
antecipada em caráter antecedente (intenção de ver estabilizada a decisão) - e
neste caso, o Autor não manifestará a sua intenção de dar prosseguimento ao
processo;
RECEBIDA A PETIÇÃO O JUIZ PODERÁ:
1) não conceder a tutela, pelo não preenchimento dos pressupostos, intimado o autor a
emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, sob pena de indeferimento e extinção sem
resolução;
2) conceder a tutela (só esta é que está apta a estabilizar);
Obs.: a meu sentir esta audiência só ocorrerá caso o autor opte em sua petição
inicial (art. 319, VII) por esta audiência – caso em que o Réu será citado para
contestar
PROBLEMA PROCEDIMENTAL QUANTO A ESTABILIZAÇÃO
Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a inicial no prazo de 15 dias, ou no
prazo maior fixado pelo juiz;
Ocorre que, este prazo será inferior ao prazo da citação e intimação do réu.
Logo, com ou sem a impugnação, caso o autor não emende a petição inicial, acarretará na
extinção do processo sem resolução do mérito (§2°, art. 303)
Solução: O juiz determinar a intimação para emenda depois de findo o prazo para que o
Réu se oponha a decisão;
o Enunciado 19 do TJMG: “O autor do requerimento de tutela antecipada antecedente
concedida só estará obrigado a aditar a petição inicial se houver a interposição
de recurso.”
Do contrário, a decisão nunca estabilizará pela exigência contida no §2°, art. 303, CPC;
PRESSUPOSTOS PARA ESTABILIZAÇÃO
Só ocorre quando:
a) o autor, na petição inicial, declinar pelo benefício da tutela antecedente,
que faz presumir sua estabilização;
b) que o autor não tenha manifestado no bojo da petição, no sentido de dar
prosseguimento ao processo após eventual decisão concessiva da tutela;
c) se concedida a decisão de tutela satisfativa em caráter antecedente; e
d) se não impugnada (por AI, art. 1.015, I) pelo réu, litisconsorte passivo ou
assistente. E desde que não seja caso de citação ficta;
É SÓ A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO QUE OBSTA A ESTABILIZAÇÃO?
FINALIDADE DA ESTABILIZAÇÃO
O CPC/15 permitiu a estabilização da tutela provisória antecedente de natureza satisfativa
com clara finalidade de:
“regular a crise de direito material, mesmo após extinção do processo antecedente e
sem o sequenciamento para o processo principal ou de cognição plena.” (HTJ,
Dierle e Érico).
EFICÁCIA DA ESTABILIZAÇÃO
É ultrativa;
É temporalmente ilimitado, após definitivamente estabilizada;
E após o decurso do prazo bienal, adquire a eficácia definitiva, incontroversa,
indiscutível e imutável;
Na França se fala que esta decisão estabilizada adquire a eficácia de “provisória
independente”;
Enquanto na Itália se fala em “eficácia indefinidamente postergada”
Em ambos os países não há prazo para o ajuizamento da ação autônoma
OBSERVAÇÃO
No pedido de cautelar requerido de forma antecedente há um procedimento com duas
ações:
o a primeira, cautelar e
o a segunda, principal – mas eventual, sujeita a efetivação da tutela cautelar.
o
Para Marinoni: “Não é comum uma ação ser proposta no curso de um procedimento,
embora isso seja técnica possível e tenha sido a opção do legislador.” (2017, p. 253)
Obs.: Uma vez cessada a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido,
salvo sob novo fundamento.
O INDEFERIMENTO DA CAUTELAR NÃO FAZ COISA JULGADA
O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal,
nem influi no julgamento desse;
Exceto, no entanto, se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de
decadência ou de prescrição.
TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA
Evidência – fato jurídico processual em que as afirmações de fato estão comprovadas
– a exemplo do MS (mas neste caso, as provas dos fatos não necessariamente devem ser
pré-constituídas);
A evidência – fato jurídico processual – autoriza que se conceda tutela jurisdicional,
mediante a técnica de tutela diferenciada;
É uma técnica processual; e pode servir tanto às tutelas definitivas ou provisórias;
o Se direito se mostra incontroverso e estiver em condições de imediato julgamento – a
técnica é pelo julgamento parcial do mérito (art.356) –
Também visa combater a injustiça do tempo do processo, quando a evidência do direito
material assegura à parte que tem razão a fruição do seu direito, sem que precise aguardar
o desfecho final do processo;
TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA X PEDIDO INCONTROVERSO – DECISÃO
PARCIAL DE MÉRITO
14/06/2021 – 20/06/2021
FORMAÇÃO DO PROCESSO
Em suma, os direitos das partes se exercem perante o juiz e nunca perante a outra parte.
O processo é uma entidade jurídica de formação gradual. Nasce com a propositura da ação
(princípio dispositivo), mas só se completa com a citação, que á a integração do réu a
relação jurídica.
Iudicium est actus trium personarum: iudicis, actoris et rei;
CONSIDERA-SE PROPOSTA A AÇÃO:
Com o protocolo da petição inicial:
Art. 240. “Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada,
todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no
art. 240 depois que for validamente citado.”
ANTES DA CITAÇÃO JÁ EXISTE PROCESSO?
Sim. Tanto é que o juiz pode:
ESTABILIZAÇÃO DO PROCESSO
ALTERAÇÃO DO PEDIDO
A estabilidade do processo é atingida pelo aperfeiçoamento do processo, com a citação
válida.
Assim só se admite a alteração do pedido, quando:
o a) feito antes da citação – por ato unilateral e livre do autor;
o b) depois da citação – somente por acordo de ambas as partes (art. 329, II);
o c) depois da fase de saneamento – não é possível.
No caso de revelia, posso alterar o pedido desde que o réu seja citado novamente.
ALTERAÇÃO SUBJETIVA
O juízo não se altera depois da propositura da ação, salvo se ocorrer: conexão/continência
ou algum motivo legal posterior que o impeça ou que o torne incompetente;
As partes, depois da citação se estabilizam, e não se substituem, salvo nos casos previstos
em lei. Ex.: falecimento (art. 75, VI e § 1º CPC/15);
E no caso de sucessão entre vivos, a substituição da parte por seu sucessor só se dará no
processo com o consentimento da outra parte ou suprimento do juiz (art. 109, §1º CPC).
Assegurando, no entanto, o adquirente, a sua intervenção como assistente litisconsorcial
(art109, §2º CPC).
SUSPENSÃO
Ocorre quando um acontecimento voluntário ou não, provoca, temporariamente, a
paralisação da marcha dos atos processuais. (HTJ, p.709)
A suspensão inibe o andamento do feito, mas não elimina o vínculo jurídico.
Durante a suspensão nenhum ato processual se realiza, exceto para prática de atos
urgentes, com o fim de evitar dano irreparável (art. 221 e 314 CPC).
Tais como, por exemplo:
Evitar a ocorrência de prescrição ou decadência;
Antecipação de prova em risco de se perder.
CASOS DE SUSPENSÃO DO PROCESSO: ART. 313 DO CPC (QUE SÃO DE
ORDEM FÍSICA, LÓGICA E JURÍDICA):
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes (que não pode ser superior a 6 meses);
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito (até um ano):
o a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
o b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a
produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de
competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
DOS DEMAIS CASOS DE SUSPENSÃO REGULADOS NO CPC:
Verificação, pelo juiz, da incapacidade processual ou irregularidade da representação da
parte - art. 76 (prazo razoável);
Embargos à execução - art. 921, II;
Execução frustrada – art. 921, III;
Para cumprimento voluntário pelo devedor na Execução – art. 922;
Embargos na Execução Fiscal e em caso de frustrada a execução – art. 40 LEF;
ADI – art. 21 Lei 9.868/1999;
A DECLARAÇÃO JUDICIAL
Será necessária para que se dê a suspensão;
É meramente declarativa – e, para todos os efeitos, o processo é suspenso desde o
momento em que ocorreu o fato que a motivou e não do seu reconhecimento nos autos.
QUANTO AO TÉRMINO DA SUSPENSÃO:
É automático (313, §5º, CPC);
E se impreciso (sine die), o termo de suspensão, a retomada da marcha e dos prazos
depende de uma nova deliberação judicial com a consequente intimação das partes;
FÉRIAS E SUSPENSÃO DO PROCESSO (ARTS. 214 E 215, CPC/15)
Durante as férias e nos feriados as houver não se praticarão atos processuais (art. 214), com
exceção:
EXTINÇÃO
Encerramento da relação processual.
Se o objetivo da relação processual é a composição ou solução da lide, logo, em sendo esta
atingida, o processo se exaure.
Entretanto, alguns fatos extraordinários impedem o prosseguimento da marcha
processual. Ocorrendo a sua extinção anômala. Ou seja, sem apreciação do mérito.
Extinção com resolução do mérito (atinge a meta) → art. 487 do CPC -- DEFINITIVA;
Extinção sem resolução do mérito (não atinge a meta) → art. 485 CPC -- TERMINATIVA.
A sentença quem põe fim ao processo. E o recurso contra ela é o de apelação.
DEFINITIVA X TERMINATIVA
Sentença de mérito ou definitiva → é aquela que encerra a relação processual, compondo
a lide;
Sentença terminativa → é aquela que extingue sem dar solução ao litígio.
Caberá ao juiz (art. 317), antes de proferir decisão sem resolução de mérito,
conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
pressupostos processuais;
às condições da ação;
perempção;
Litispendência;
coisa julgada
Compete ao Réu alegar em sede de preliminares, na 1ª oportunidade que lhe caiba falar nos
autos. Mas se não o fizer. Não ocorrerá a preclusão, nem impedirá que o juiz a conheça de
ofício.
EXTINÇÃO DO PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
O pedido do autor, manifestado na propositura da ação, revela processualmente, qual a lide
que se pretende compor.
Alfredo Buzaid dizia: o julgamento desse conflito de pretensões (lide ou litígio) mediante
a qual o juiz, acolhendo ou rejeitando o pedido, dá razão a uma das partes e nega-a a outra
constitui uma sentença definitiva de mérito.
PROCEDIMENTO
é a exteriorização da relação processual que, dependendo de alguns fatores (valor da causa,
pretensão das partes, natureza do direito material) pode assumir diferentes feições ou modos
de ser.
é a denominação que se dá às variadas formas exteriores de se movimentar o processo.
é sinônimo de rito do processo, ou seja, o modo e a forma por que se movem os atos no
processo.(Pontes de Miranda).
PROCEDIMENTO COMUM
Um único procedimento – processo de conhecimento, que será subsidiário e complementar (§
ún., art. 318, CPC) para os procedimentos especiais (arts. 539 a 770, CPC) e de execução;
É dividido em 4 fases: postulação (arts. 319 a 346, CPC), saneamento (arts. 347 a 357, CPC),
instrução (arts. 358 a 484, CPC) e decisão (arts. 485 a 512, CPC). E eventualmente podem ter
outras 2, a saber: liquidação (arts. 509 a 512, CPC) e a satisfativa (arts. 513 a 538, CPC).
⯈As fases que ora vamos ver, nem sempre se mostram nitidamente separadas, se interpenetrando, às
vezes.
Fase Decisória
ADEQUAÇÃO DO PROCEDIMENTO
⯈ O erro de forma não conduz à nulidade do processo (art. 283 CPC/15) competindo ao juiz adequar a
adaptação da causa ao procedimento, qualquer que seja a fase em que se encontre, aproveitando-se
os atos já realizados, desde que não tenha ocorrido prejuízo para as partes.
⯈ Obs.: Não é o nome dado à ação pela parte que importa. O que se tem de apurar é a compatibilidade
entre o pedido e o rito escolhido- Humberto Theodoro Júnior (p. 731)
PETIÇÃO INICIAL
- Juízo
- Partes – qualificação completa
- Fatos e fundamentos - Causa de Pedir - fatos (causa de pedir próxima)
- fundamentos (causa de pedir remota)
- Pedido e suas especificações
- - Imediato (provimento jurisdicional – sentença)
- Mediato (tutela jurisdicional pretendida)
O pedido limita o poder de decisão do juiz (arts. 141 e 492)
- Valor da Causa - arts. 291 a 293 CPC
- Provas que pretende demonstrar a verdade dos fatos;
- Opção pela realização ou não da audiência de mediação ou conciliação
⯈Princípio da inércia do judiciário – no qual o juiz só age quando provado por meio da demanda
⯈ V - o valor da causa;
⯈ VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
⯈ Juizados?
⯈ Varas especializadas?
⯈ Onde?
⯈ Art. 53, II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
⯈ Embargos à Execução?
⯈Caso o Requerente não tenha as informações do Requerido, poderá ele, na petição inicial, requerer ao
juiz diligências necessárias a sua obtenção.
⯈E neste caso, não há que se fala do indeferimento da petição inicial, se a obtenção de tais informações
tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. (§§ 1º, 2º e 3º do art. 319)
⯈Fatos
⯈ Cabe à parte descrever não só o fato (ou conjuntos de fatos) como ainda atribuir-lhe nexo jurídico a
justificar o seu pedido;
⯈ Não é obrigatória a menção do texto legal, posto que “mesmo a invocação errônea de norma legal
não impede que o juiz aprecie a pretensão do autor à luz do preceito adequado.” (HTJ, p. 753);
⯈ Neste sentido: “O juiz não está adstrito a nomes jurídicos nem a artigos de lei indicados pelas partes,
devendo atribuir aos fatos apresentados o enquadramento jurídico adequado. Aplicação do brocardo
da mihi factum, dabo tibi ius.” (REsp 1537996/DF, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 21/06/2016, DJe 28/06/2016)
⯈ Ocorreu pelo CPC/15 a mitigação do princípio da iuria novit curia, uma vez que:
⯈ Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito
do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício.
⯈Fundamentos
⯈ Leis
⯈ Doutrina
⯈ Jurisprudência
⯈ Cumulativos/ Alternativos
⯈ Subsidiários – importante!
⯈ Ex.: Exoneração/revisão
⯈ Requerimentos – Ex.:
⯈ Citação do réu
⯈ O pedido deve ser certo (art. 322) e determinado (art 324), compreendendo no principal, os juros
legais e correção monetária e as verbas de sucumbência;
⯈ Exceção à regra: (§1º, art. 322) – em caso de pedido genérico (obs. que se aplica a reconvenção - §2º,
art. 322), que se dá:
⯈ quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
⯈ quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu, ex.:
prestação de contas.
⯈ Quando a discussão da demanda gire em torno de referidos contratos, caberá ao Requerente, em sua
petição inicial, discriminar:
⯈ Pois, compete a ele: “(...), discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.”
⯈ E enquanto se discute o valor da parcela controversa, “o valor incontroverso deverá continuar a ser
pago no tempo e modo contratados” (§3º, art. 330)
PEDIDO COMINATÓRIO
⯈Nas obrigações de fazer, não-fazer (art. 498) entregar (art. 538, §3º) é possível inserir na ordem
judicial (de ofício ou a requerimento) a pena pecuniária pelo atraso no cumprimento;
⯈Tem cabimento nas tutelas provisórias, como nas definitivas (arts. 297 e 537, CPC)
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
⯈ É possível (art. 327 CPC), num único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que
entre eles não haja conexão, mas desde que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; III - seja adequado para todos os pedidos o
tipo de
procedimento.
⯈ E ainda que não haja compatibilidade de procedimento, permite-se a cumulação, desde que o autor
empregue o procedimento comum, sem prejuízo das técnicas processuais diferenciadas dos
procedimentos especiais (arts. 327, §2º).
um dentre vários é que poderá ser julgado - eventual ou subsidiária – 2 ou + pedidos, sendo que o 2º
só será apreciado se 1º for improcedente (condenação em espécie na impossibilidade entrega coisa)
- Art. 326 do CPC – “É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária a fim de que o juiz
conheça do posterior, quando não acolher o anterior”.
PEDIDO ALTERNATIVO
⯈ Pedido Alternativo - Art. 325 CPC - Onde não há cumulação de demandas, pois, será alternativo,
quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
⯈ Ex.: o devedor que se comprometeu a entregar o boi ou um cavalo, e a obrigação não foi cumprida.
⯈ Pedido de Obrigação de Trato Sucessivo – no qual subentende no pedido que as prestações vincendas
se encontram incluídas no pedido.
⯈ Art. 323 CPC: “Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas,
essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e
serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo,
deixar de pagá-las ou de consigná-las.” Ex.: consignação de aluguel, alimentos.
INTERPRETAÇÃO DOS PEDIDOS
⯈ Art. 322:
⯈ Art. 489:
⯈ § 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em
conformidade com o princípio da boa-fé.
PEDIDO IMPLÍCITO:
⯈ Os juros, correção monetária e verbas de sucumbência, inclusive honorários advocatícios (art. 322,
§1º, 82, §2º e 85. CPC);
⯈ E ainda que a sentença seja omissa, será possível ao credor incluir tais valores na liquidação, os juros
e correção monetária. E os honorários?
⯈ Quanto aos honorários, reconhecia o STJ que: “"Se a sentença - omissa na condenação em honorários
de sucumbência - passou em julgado, não pode o advogado vitorioso cobrar os honorários
omitidos." (EREsp 462.742/SC).
⯈ Hoje, contudo, o CPC/2015 prevê que (art.85 § 18): “Caso a decisão transitada em julgado seja
omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição
e cobrança.”
V - O VALOR DA CAUSA;
⯈ § 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
⯈ Dica 2: Se forem muitos documentos, numere-os. Faça anotações e grifos caso seja necessário.
⯈ Dica 3: se tiver pedido de justiça gratuita, solicitar documentos para comprovar renda;
⯈ “A omissão da petição inicial quanto à audiência de conciliação ou mediação deve ser interpretada
como concordância, desnecessária a intimação para emenda.”
DICAS
⯈ (Nem precisa dizer) - Erros de ortografia e gramática – Pedir que alguém releia a peça
⯈ Havendo vício sanável, determinar a emenda da petição, caso em que deverá indicar “com precisão”
o que precisa ser saneado (art. 321, CPC) – e só se o autor não cumprir a diligência no prazo em que
lhe foi assinado é que o juiz indeferirá a inicial (art. 321, § ún., CPC) – e só depois, se for o caso;
⯈ II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
⯈ IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 (advocacia em causa própria) e 321 (quando não
cumprido, pelo autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emenda determinada pelo juiz).
⯈ De acordo com HTJ (p. 758)– “o indeferimento liminar e imediato da petição inicial, antes da citação
do réu, é de se ver com exceção.”
⯈ II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
⯈ Seja a terminativa (art. 330 c/c art. 495, I, CPC) como a definitiva de improcedência liminar do
pedido (art. 332, CPC) caberá o recurso de Apelação;
⯈ Recurso este que ensejará o juízo de retratação – prazo de 5 dias (art. 331 e §3º, art. 332. CPC);
⯈ Não retratando, o juiz mandará citar o réu para responder o recurso (§1º, art.
331 e §4º art. 332);
⯈ Não interposto o recurso de apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado (§3º, art. 331 e §2º,
art. 332, CPC)
⯈Não é obrigatória;
⯈ Há divergência se ainda que o autor manifeste ou não sua intenção na petição inicial, se ainda assim,
esta audiência deve ser designada:
⯈ Para HTJ (p. 779) – “ainda que o autor manifeste, expressamente na petição inicial, desinteresse pela
autocomposição, o juiz a despachará designando dia e hora para sua realização”;
⯈ Para Didier (p. 555) – que além de concordar com HTJ entende que mesmo quando não houver
pedido expresso do autor, seja pelo sim ou pelo não, o juiz deve entender como indicativo de sua
vontade pela realização da audiência inicial, designando-a;
⯈ Para AFC (p. 199) – contrariamente entende que “a audiência não será designada se qualquer das
partes manifestar, expressamente, desinteresse na composição consensual. “ E, coadunando com os
autores acima, também entende que no silêncio da petição, que tal “deve ser interpretado no sentido
de que pretende ela participar da tentativa de solução
consensual.”
⯈ Não parece acertada tal entendimento. Reconheço que este é um requisito indispensável da petição
inicial e sua omissão permite ao juiz determinar a emenda da mesa.
⯈ Caso realizada a audiência de conciliação ou mesmo mediação pelo juiz, entendo que o juiz se torna
impossibilitado ao julgamento do processo;
⯈ Logo, a mediação e conciliação deverá se conduzida pelos auxiliares do juízo (§1º, art. 334, CPC);
⯈ O não comparecimento das partes (ou seus prepostos com poderes especiais) é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça. Sanção: multa de até 2% da vantagem econômica revertida para
União ou Estado;
⯈ Obtida a auto composição, será esta reduzida a termo e homologada por sentença;
BIBLIOGRAFIA
⯈7.2 Reconvenção
DA CONTESTAÇÃO
⯈ É através da qual réu apresenta a parte essencial de sua defesa (preliminar, fato e mérito);
⯈ A contestação é a principal e mais importante resposta do réu, deve ser feita de forma escrita (art.
335, CPC) e por petição, jamais por cota nos autos. Não há qualquer previsão legal que permita a
contestação oral, ainda que reduzida a termo;
⯈É “o instrumento processual utilizado pelo réu para opor-se, formal ou materialmente, à pretensão
deduzida em juízo pelo autor.” (HTJ, p. 789);
⯈ Peremptórias – são aquelas que se acolhidas, conduzem a extinção do processo (ex. inépcia,
ilegitimidade, litispendência, coisa julgada, perempção);
⯈ Dilatórias – não conduzem a extinção, mas amplia ou dilata o curso do procedimento (ex. nulidade
da citação, incompetência do juízo; conexão, deficiência de representação ou falta de autorização
para a causa, etc);
⯈ Pelo princípios da eventualidade (exceção – art. 342), também deve o réu arguir:
⯈ Sim, uma vez que este ato é uma faculdade que pode ou não ser exercida pelo Réu;
⯈ Entretanto, caso ele não conteste, ocorrerá a revelia (consequências da revelia, art. 344);
⯈ Só no caso em que o direito for indisponível, é que será afastada a revelia, quando então o MP é
convocado para atuar como custus legis;
⯈Pode ainda, caso queira, reconhecer a procedência do pedido (art. 487, III, a, CPC)
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
⯈ É na contestação que deve ser alegada toda e qualquer defesa, devendo observar o princípio da
eventualidade (= que todas as alegações da parte devem ser produzidas de uma só vez, na 1ª
oportunidade que tenha para manifestar, ainda que contraditórias entre si);
⯈ Ou seja: toda a matéria de defesa deve ser arguida na contestação sob pena de preclusão.
Excetuando, no caso, apenas:
⯈ as matérias supervenientes,
⯈ ou aquelas que podem ser arguidas em qualquer grau de jurisdição (art. 342, CPC)
⯈ Não se admite contestação por negativa geral (pois, é o mesmo que não contestar), exceto quando
apresentada por curador especial, advogado dativo (art. 341, § único CPC);
⯈ Revelia é, portanto, ausência de “contestação”, no prazo e forma legais. Ou seja, deixando o réu de
oferecer contestação dentro do prazo e com as observâncias das formalidades legais, será ele revel.
DA PRELIMINAR EM CONTESTAÇÃO
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
⯈ Este poder decorre do fato de que “qualquer uma das demais preliminares afeta os requisitos de
constituição ou desenvolvimento válido e regular do processo, matéria na qual há, sem dúvida,
evidentes interesse público.” (HTJ, p. 795);
⯈ Deverá o réu indicar o sujeito passivo, quando tiver conhecimento de quem o seja, sob pena de
arcar com as despesas e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação (art.
339, CPC);
⯈ Caso em que o juiz intimará o autor para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, altere a petição
inicial requerendo a substituição do réu (art. 338) ou a inclusão como litisconsorte passivo do sujeito
indicado como o legitimado passivo (art. 339, §3º).
⯈ E são devidos reembolso e honorários pela indicação errônea ao réu substituído, percentual de 3 a
5% (p. un., art. 338, CPC)
⯈ Com audiência de conciliação ou mediação - a resposta do réu, neste caso, só será apresentada nas
seguintes hipóteses e partir:
⯈ 1º dia útil seguinte ao do protocolo (que deve ser de até 10 dias úteis antes da audiência) da petição
do réu, manifestando expressamente o seu desinteresse na audiência;
⯈ Deferida a petição e não tendo o autor optado expressamente pela audiência e em se tratando de
causa que não admite a autocomposição, será o réu citado para, em 15 (quinze) dias úteis a contar da
citação, apresentar sua resposta.
⯈ O prazo só será em dobro, se o processo não for eletrônico (art. 229, CPC) e se os advogados
forem distintos com escritórios distintos e que mais de um tenha contestado (§2º, 229);
⯈ Se houver desistência de um dos réus ainda não citado, o prazo para resposta será da intimação que
homologar a desistência (art. 335, §2º);
⯈ O prazo é comum, exceto quando, havendo designação da audiência e um deles manifestar pelo
desinteresse. Aplicando-se assim o art. 335, §1º - No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a
hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
⯈ Outra novidade referente à resposta do réu refere-se ao local do protocolo da contestação quando
for caso de alegação de incompetência relativa ou absoluta do juízo.
⯈ Será caso de livre distribuição da contestação, é o que se deduz, quando o réu não for citado por
carta precatória.
⯈ Pois, sendo o réu citado por meio de carta, será o caso de protocolo da contestação que será
juntada aos autos da carta precatória (art. 340).
⯈ Enquanto não apreciada a alegação de incompetência relativa ou absoluta, (§3º, art. 340, CPC), e a
nova data de audiência dependerá da decisão que definir a competência (§4º, art. 340, CPC),
suspende-se audiência.
⯈ Implicando dizer que, no caso em que houve citação para a audiência, o réu ainda não precisa
apresentar a contestação referente às demais matérias, sobretudo, a de mérito. E, neste caso, a
contestação será apenas para arguir a incompetência. E o seu prazo para contestar começa a fluir se,
depois de ocorrida a audiência, não tenham as partes chegado à autocomposição, ou caso o réu
manifeste o seu desinteresse na realização desta.
DA RECONVENÇÃO
⯈ “É a ação do réu contra o autor, proposta no mesmo feito em que está sendo demandado.” (João
Monteiro, citado por HTJ, p. 798)
⯈ E assim como a contestação, a reconvenção é mera faculdade, só que sem ônus. Pois, não
apresentando a reconvenção, pode o réu ajuizar ação paralela diante do mesmo juiz (mesmo depois
de perdido o prazo para reconvenção);
NOVIDADE DO CPC
⯈A reconvenção, deverá ser feita na própria contestação, e não mais em petição autônoma, sendo
esta desnecessária só no caso em que o autor optar por não oferecer a contestação (§6º, art. 343,
CPC);
AUTONOMIA DA RECONVENÇÃO
PRESSUPOSTOS DA RECONVENÇÃO
⯈ Cabe ao réu-reconvinte demonstrar estarem presentes
⯈ os pressupostos processuais e
PRESSUPOSTOS:
⯈ 2) Pressupostos específicos:
⯈ Que seja conexa com a ação principal ou com o fundamentos da defesa (a que foi utilizada na
contestação para resistir o pedido do autor);
⯈ Legitimidade;
⯈ Competência;
⯈ Rito
⯈ Mencionar o valor da causa (art. 292), pois na reconvenção deve-se observar todas as exigências
do art. 319 no que lhe couber;
⯈ Nada impede, portanto, por se tratar de ação autônoma do réu em face do autor, que ocorra a
ampliação subjetiva da demanda, casos em que a reconvenção é proposta pelo reconvinte em
litisconsórcio com terceiro (§4º, art. 343), ou contra o autor reconvindo e terceiro (§3º, art. 343);
⯈ Em sendo o autor substituto processual, ainda que o reconvinte afirme ser titular de direito em face
do substituído, a reconvenção deve ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto
processual (§5º, art. 343), mas desde que o autor-reconvindo também tenha legitimidade
extraordinária;
RECONVENÇÃO E COMPENSAÇÃO
⯈ Não.
⯈ Para tanto, basta que o réu invoque o seu crédito em simples petição (desde que menor que do
autor, porque se maior, não);
⯈ O mesmo ocorre no caso de pagamento, remissão, novação – que são defesa indiretas do mérito;
⯈ O manejo da reconvenção, no entanto, será necessário quando o crédito do réu, face ao autor não
está baseado em título líquido e certo. Exigindo-se assim a apresentação da reconvenção, para o
reconhecimento do mesmo;
⯈Tratando-se de decisão parcial (art. 354, § único, CPC), de modo que contra esta cabe recurso de
agravo de instrumento;
⯈ Sim, se rejeitado o pedido reconvencional ou mesmo quando houver extinção da mesma sem
resolução do mérito;
BIBLIOGRAFIA
⯈THEODORO JR., Humberto. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, vol. I, capítulo XXIII
FASES DO PROCESSO
Fase Postulatória
• Petição inicial
• Contestação
Fase Saneamento
Fase Probatória
Fase Decisória
PROVIDENCIAS PRELIMINARES
⯈ Findo o prazo para apresentação da resposta do Réu, os autos serão conclusos ao juiz, que
caberá verificar:
⯈ Da não contestação e não ocorrência da revelia (art. 348) – intimará o autor para especificar
provas;
⯈ Se foi alegado pelo réu qualquer fato impeditivo, modificativo ou extintivo (inclusive questão
prejudicial) – caso em que o Autor será intimado a manifestar-se (art. 350, CPC), assim como se
arguido qualquer matéria preliminar (art. 351, CPC);
⯈ Se foi alegado pelo réu qualquer questão preliminar – dando-se oportunidade para que os vícios
sanáveis sejam saneados (prazo: nunca superior a 30 dias – art. 353);
⯈ Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de
fato formuladas pelo autor. (art. 344, CPC)
⯈ litisconsórcio: a contestação oferecida por um dos réus aproveita aos litisconsortes que não tiveram
contestado; e neste caso só aproveitará aos ausentes no limite que nela tiver sido alegado;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou
estiverem em contradição com prova constante dos autos.
EFEITOS DA REVELIA
⯈ Art. 348 CPC, em sendo revel o réu, o juiz ordenará que o autor que especifique provas que
pretende produzir na AIJ, se ainda não as tiver indicado;
⯈ Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça
representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. (Art.
349 – que reproduz a súmula 231 do STF)
EFEITOS DA REVELIA
⯈a revelia opera-se em razão da matéria de fato. Assim as questões de direito deverão ser apreciadas
livremente pelo Juiz;
⯈os prazos correrão sem que o réu revel que não tenha advogado nos autos da data da publicação
(art. 346 CPC);
⯈ O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar
(§ un., 356)
⯈“A revelia não importa em procedência automática dos pedidos, porquanto a presunção de
veracidade dos fatos alegados pelo autor é relativa, cabendo ao magistrado a análise conjunta das
alegações e das provas produzidas.” (4ª T. do STJ; AgInt no AREsp 1.588.993, rel. Ministro Raul
Araújo, julg. 2610.2020).
⯈ Se o réu alegar algumas das matérias previstas no art. 337, CPC (preliminares), o juiz intimará o
Autor para, em 15 dias:
⯈ Não só impugnar à contestação, mas para que este, querendo, possa produzir prova documental
com o fito de refutar alegação do réu;
⯈ Em tendo o réu alegado qualquer fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito do autor, o
juiz determinará a ouvida do autor, que o fará por meio da réplica, no prazo de 15 dias;
⯈ se na contestação o réu, apenas limitou-se a negar o fato constitutivo do direito do autor (defesa
direta), não haverá réplica, por absoluta desnecessidade;
⯈ Não poderá o autor, na réplica, aduzir fatos novos, devendo apenas impugnar as alegações feitas
pelo réu.
INTERVENÇÃO DO MP
⯈ Nas hipóteses em que o MP deve intervir no feito (art. 178 CPC), caberá ao juiz abrir vista a ele,
na fase das providências preliminares, para que o mesmo manifeste-se;
⯈ A não manifestação MP, como visto, pode acarretar a nulidade do processo (art. 279, CPC);