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INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS

CURSO DE DIREITO

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

Trabalho apresentado para avaliação


parcial, atendendo às exigências da
Disciplina de APS.

SOROCABA
2021
SUMÁRIO

1. Problema apresentado...........................................................................1
2. O melhor instrumento para solução dos conflitos..................................2
3. Sobre o Sigilo........................................................................................3
4. Conclusão do problema.........................................................................4
5. Bibliografia.............................................................................................5
Problema Apresentado

Uma operadora de telefonia celular móvel tem milhares de demandas judiciais


propostas por consumidores insatisfeitos e, deseja solucionar todas essas
demandas por meio de conciliação ou mediação. Mas, é imprescindível que as
mediações ou conciliações realizadas fiquem em sigilo, porque a empresa não
deseja que os resultados dos acordos sejam conhecidos de outros clientes.
Ela, então, procura o grupo para assessorá-la na análise dessa proposta.

As atividades que o grupo deverá realizar para solucionar este caso são:

1. Pesquisar se o melhor instrumento para solução dos conflitos é a mediação


ou a conciliação.

2. Analisar à luz da legislação aplicável se é possível manter em sigilo o


resultado da alternativa que vai ser utilizada (mediação ou conciliação).

3. Redigir um texto de até 80 linhas para esclarecer qual o melhor instrumento


a ser utilizado (mediação ou conciliação) e se é possível guardar sigilo (com a
fundamentação legal que o grupo encontrou).

4. O texto deverá ser postado para a avaliação.

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O melhor instrumento para solução dos conflitos
MEDIAÇÃO X CONCILIAÇÃO

A mediação e a conciliação são métodos autocompositivos de solução de


conflitos em que as próprias partes chegam à sua solução.

A mediação é mais indicada para conflitos em que há relacionamento anterior


entre as partes, o mediador procura restabelecer o diálogo que existia antes do
conflito, para que elas consigam compreender suas posições e por si só
alcançar a solução que se compatibiliza aos seus interesses e necessidades.
Por sua vez, a conciliação é indicada para conflitos menos complexos, que
tenham natureza objetiva.

Nesses conflitos há uma controvérsia pontual entre as partes, sem fundo


emocional e o conciliador tem uma atitude mais propositiva na busca da
solução.

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É possível manter em sigilo o resultado da alternativa que vai
ser utilizada?

Todas as matérias discutidas e reveladas são protegidas pela política do sigilo


e da confidencialidade.

Código de Ética, Resolução 12 5 de 29/11/2010 do CNJ dispõe:

Art. 1º São princípios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e


mediadores judiciais: confidencialidade, decisão informada, competência,

imparcialidade, independência e autonomia, respeito à ordem pública e às leis

vigentes, empoderamento e validação.

I – Confidencialidade - dever de manter sigilo sobre todas as informações

obtidas na sessão, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem

pública ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar
como advogado dos envolvidos, em qualquer hipótese;

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Redigir um texto de até 80 linhas para esclarecer qual o melhor
instrumento a ser utilizado (mediação ou conciliação) e se é
possível guardar sigilo (com a fundamentação legal que o
grupo encontrou).

Nesse contexto, para utilizar o método mais adequado deve-se levar em


consideração as características da disputa, tais como custo, celeridade,
manutenção de relacionamentos, custos emocionais, entre outros. O caso em
questão trata-se de uma relação de consumo com milhares de demandas
judiciais em andamento, busca-se maior celeridade, redução de custos, sem
preocupações emocionais, ou seja, os requisitos são objetivos, técnicos.

O método mais adequado a solução do conflito apresentado é a conciliação,


que se trata de um processo autocompositivos breve, no qual as partes são
auxiliadas por um conciliador, sem interesse na causa, que será proativo,
podendo propor soluções e, assim, ajudar as partes a alcançá-las mais
rapidamente. É, também, a mais indicada para esse tipo de conflito porque ele
possui natureza objetiva, em que há uma controvérsia pontual entre as partes.
Além do que a disputa advém de uma relação de consumo e não há
necessidade de preservação de relacionamento entre as partes, sem enlace
emocional, por isso a conciliação é mais célere e solucionará o problema em
menos sessões, o que gera diminuição de custos e menos tempo para a
resolução do problema.

O que tange ao sigilo do processo, para a conciliação se aplica o princípio da


confidencialidade previsto no art. 30 da Lei 13.140 de 26/06/2015: Art. 30. Toda
e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial
em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral
ou judicial salvos e as partes expressamente decidirem de forma diversa ou
quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de
acordo obtido pela mediação. Podemos acrescentar também, a Resolução 12 5
de 29/11/2010 do Código de Ética do CNJ.

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Bibliografia

 Brasil. Resolução nº125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a


Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de
interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências.
Brasília/DF, 2010.
 CALMON FILHO, Petrônio. Fundamentos da mediação e da conciliação
Rio de Janeiro: Forense, 2007
 https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/principios-
da-mediacao-de-conflitos-
civis/#:~:text=O%20art.,informalidade%20e%20da%20decis%C3%A3o%
20informada%E2%80%9D.

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