Você está na página 1de 13

Estruturas 

de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Capítulo 03
Como se sabe, a treliça, é um sistema estrutural em que as
Barras Tracionadas
barras são axialmente tracionadas ou comprimidas, dependendo
3.1 – Introdução do sentido das ações atuantes.
Treliça Curva
Barras tracionadas são aquelas solicitadas exclusivamente
(ou predominantemente) por força axial de tração.

São as peças de dimensionamento mais simples, já que não


estão sujeitas aos fenômenos de instabilidade (“flambagem”).

Nos edifícios com estrutura de aço, tais barras aparecem, na


maioria das vezes, compondo treliças que funcionam como vigas
de piso, treliças de cobertura e sistemas estabilizantes.

Treliça Curva
2

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Contraventamento
de Cobertura

Contraventamento
Vertical Duplo

Pilar Treliçado
Treliça Espacial

Treliças Espaciais de Coberturas


Contraventamento Vertical
Duplo, Pilar Treliçado e Contraventamento Vertical
Torres Treliçadas Estabilizante
Contraventamento de Cobertura
3 4

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Tirantes de
Sustentação

Viga Treliçada para


Ponte

Tirantes de Sustentação de
Coberturas

Pilares Treliçados Vigas Treliçadas para Pontes

Pilares Treliçados

5 6

emerson_bolandim@hotmail.com 1
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.2 – Generalidades

Com relação às treliças de piso, elas geralmente têm os dois


a) Treliça Pratt b) Treliça Howe
banzos paralelos e podem apresentar diversas geometrias, sendo
muito conhecidas as designadas pelos nomes próprios (Fig. 3.1
adiante), sendo elas:
c) Treliça Warren d) Treliça Warren
- Pratt;
sem montantes com montantes
- Howe; Fig. 3.1 – Treliças usuais em vigas de piso

- Warren (sem e com montantes).


 na treliça Pratt, Fig. 3.1a, o banzo inferior e as diagonais são
No que se refere ao sentido das forças axiais nas barras tracionadas, o banzo superior e os montantes comprimidos;
quando, por exemplo, atuam cargas gravitacionais e as treliças
 na treliça Howe, ver Fig. 3.1b, inverte-se o sentido das forças
são biapoiadas pela face inferior, tem-se que:
axiais nas diagonais e montantes em relação à treliça Pratt;
7 8

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

 na treliça Warren sem e com montantes, Figs. 3.1c e 3.1d, o


banzo inferior fica tracionado, o superior comprimido, as
diagonais extremas comprimidas, a seguinte tracionada, a
a) Treliça Triangular b) Treliça Trapezoidal
outra comprimida e assim sucessivamente até a região
central;

No caso das treliças de cobertura, as geometrias são bem c) Treliça Parabólica d) Treliça em Arco
parecidas com às das vigas de piso. No entanto, o banzo superior Fig. 3.2 – Treliças usuais para coberturas

não pode ser plano, para que haja o escoamento da água da


A Fig. 3.3 adiante apresenta os perfis mais utilizados nos
chuva que incide no telhado. Assim, são muito usadas treliças de
banzos, montantes e diagonais das treliças.
formas triangular e trapezoidal, e, ainda, treliças de formas
As seções I ou H são empregadas em tesouras submetidas a
parabólica e circular como ilustrado na Fig. 3.2 a seguir.
maiores cargas e com grandes vãos.
9 10

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

As regiões nodais normalmente empregadas em treliças são


formadas por uma chapa conectada ao banzo, denominada de
chapa de nó ou Gusset, que serve para a ligação de diagonais e
montantes (Fig. 3.4).
a) Banzos

b) Diagonais e Montantes

Fig. 3.3 – Perfis usuais em treliças


a) Região nodal parafusada utilizando b) Região nodal soldada utilizando
Observe que barras compostas são comumente empregadas chapa Gusset chapa Gusset
Fig. 3.4 – Regiões nodais usuais em treliças
em treliças.
11 12

emerson_bolandim@hotmail.com 2
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Nas Figs. 3.4a e 3.4b são mostrados respectivamente dois Nota-se que os banzos, por facilidades construtivas,
detalhes típicos de nós de uma treliça em que as barras são geralmente são barras contínuas, sem interrupção nos nós, e que
formadas por duas cantoneiras em forma de T, ligeiramente o ponto de encontro dos eixos longitudinais das barras que
afastadas entre si (o afastamento entre as cantoneiras está concorrem ao nó, representado por PT (ponto de trabalho), define
baseado na espessura da chapa Gusset): sua posição geométrica.

 no primeiro (Fig. 3.4a), a chapa de nó é parafusada entre as Uma outra opção é a adoção de chapa de nó (Gusset)
duas cantoneiras do banzo e diagonais e montantes são soldada ao banzo, com diagonais e montantes parafusados a ela.
parafusados a essa chapa (uma cantoneira de cada lado da Em algumas situações, especialmente quando o banzo tem
chapa – o espaçamento entre as duas cantoneiras é igual à seção T, diagonais e montantes podem ser soldados diretamente à
espessura da chapa); alma da mesma, sem chapa de nó. Quando as barras têm seção I
 no segundo (Fig. 3.4b), os parafusos são substituídos por ou H, com eixo de maior inércia perpendicular ao plano da treliça,
soldas de filete. é comum a ligação direta por meio de solda.
13 14

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.3 – Estudo da Região Nodal (região da ligação)  para ligações parafusadas devem ser analisadas as prováveis

Serão definidas a seguir algumas considerações importantes linhas de ruptura, conforme ilustrado na Fig. 3.5, sendo a

a serem utilizadas no processo de verificação dos estados-limites seção crítica aquela correspondente ao menor valor da área

últimos e de serviço das barras de aço sujeitas à esforços de líquida. Tal área da seção de ruptura analisada deve ser

tração, tais como área líquida, área líquida efetiva e coeficiente de calculada por meio da Eq. 3.1.

redução da área líquida devido a distribuição não uniforme da  t s 2 


An  0,9  A  nf df t   (Eq. 3.1)
tensão de tração na seção transversal do elemento conectado,  4g 

denominado Ct.
 para ligações soldadas, considerar An = A, pois as barras
tracionadas ligadas apenas por meio de solda, como não
3.3.1 – Área Líquida
sofrem redução de área em função da presença de furos,
O cálculo da área líquida, An, é feito de acordo com os
possuem área líquida igual à área bruta.
seguintes casos:
15 16

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

onde,
df = dimensão do furo;
nf = a quantidade de furos contidos na linha de ruptura;
s = espaçamento dos furos na direção da solicitação;
g = espaçamento dos furos na direção perpendicular à solicitação;
t = é a espessura da parte conectada analisada.
a) Furação com padrão uniforme

3.3.2 – Linhas de Ruptura

Denomina-se linha de ruptura o percurso que passa por um


conjunto de furos em uma ligação parafusada, segundo o qual se
rompe uma barra tracionada.

No caso da Chapa 1 mostrada na Fig. 3.5a, em que a furação


possui padrão uniforme, é evidente que a linha de ruptura dessa b) Furação com padrão não uniforme

chapa é a linha A-B-C-D. Fig. 3.5 – Linhas de ruptura


17 18

emerson_bolandim@hotmail.com 3
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Mas quando não é seguido um padrão uniforme, como na Na prática, para a determinação da linha de ruptura que
ligação entre chapas mostrada na Fig. 3.5b, torna-se necessário prevalece, usa-se um processo empírico que fornece resultados
um estudo mais rigoroso. compatíveis com ensaios.

Analisando apenas a Chapa 1 da Fig. 3.5b, observa-se que Por esse processo, determina-se a largura líquida (bn) de
existe a possibilidade de a mesma romper-se segundo uma das cada uma das linhas de ruptura pela Eq. 3.2:
seguintes linhas de ruptura: n
si2
bn  bg   df   (Eq. 3.2)
(a) A-B-C-D; 4
i 1 g i
onde,
(b) A-B-F-C-D;
bg é a largura total da seção transversal.
(c) A-B-G-C-D;
n é o número de segmentos diagonais (não perpendiculares à
(d) A-B-F-G-C-D; linha de atuação da força de tração);
(e) A-B-F-K-G-C-D. s e g definidos anteriormente e ilustrados conforme Fig. 3.6 a
seguir.
19 20

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

As informações a seguir devem ser levadas em conta quando


linhas de ruptura em ligações parafusadas são determinadas:

 nas ligações usuais, somente precisam ser consideradas as


linhas de ruptura que passam pelos furos situados na região
de máxima força axial atuante (N). Por essa razão, apenas
foram levadas em conta na Fig. 3.5b as linhas de ruptura que
Fig. 3.6 – Ilustração dos espaçamentos s e g entre os furos A e B
passam pelos furos B e C, os únicos submetidos à força total
N, conforme mostra a Fig. 3.7, supondo, simplificadamente,
A menor largura líquida, denominada largura líquida crítica
que todos os parafusos trabalham igualmente (no caso em
(bnc), deve ser adotada, e as demais desprezadas.
questão, cada parafuso transmite da Chapa 1 para a Chapa 2
A linha de ruptura correspondente à largura líquida crítica é
uma força N/7, conforme apresentado pelo diagrama de
aquela por onde se admite que a chapa irá se romper.
forças transmitidas pelos parafusos da ligação).
21 22

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

 a linha de ruptura A-B-G-C-D da Figura 3.5b não precisaria ser


considerada, pois possui a mesma largura líquida da linha de
ruptura A-B-F-C-D;

 as linhas de ruptura são formadas por um conjunto de


segmentos retos, que podem se situar na seção transversal
(perpendiculares à força N) ou formar um ângulo diferente de
90º com essa força (segmentos diagonais), mas que sempre se
dirigem de uma das bordas longitudinais da chapa para a outra;
Fig. 3.7 – Forças transmitidas pelos parafusos da ligação  o primeiro segmento das linhas de ruptura se situa sempre na
seção transversal e une uma borda longitudinal da chapa a um
A linha de ruptura I-J-K-L-M, por exemplo, apesar de passar
furo e o último segmento também se situa na seção transversal
por três furos, não prevaleceria, uma vez que estaria submetida a
e une a outra borda longitudinal da chapa a um furo.
uma força de tração relativamente reduzida (N – 4N/7); 23 24

emerson_bolandim@hotmail.com 4
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.3.3 – Dimensão dos furos df

A furação em perfis ou chapas pode ser feita por meio de


duas distintas maneiras: feitos com broca (uma broca, em
movimento rotatório, efetua o furo) ou por punção (uma haste
ponteada pressiona com forte impacto a chapa a ser furada).
a) Broca b) Punção
Os furos broqueados podem ser feitos em chapas de qualquer
Fig. 3.8 – Processo de furação de chapas e perfis de aço
espessura e os furos puncionados geralmente são limitados a
chapas de espessura que não ultrapasse o diâmetro do parafuso Se os furos são feitos com broca (Fig. 3.8a), consegue-se

em mais de 3 mm. uma boa precisão na obtenção desse valor. No entanto, se os


furos são feitos por punção (Fig. 3.8b), nas suas bordas, do lado
Nas estruturas de aço, na maioria das vezes, são usados os
da saída da haste ponteada, por uma deficiência inerente do
chamados furos-padrão, que possuem diâmetro nominal 1,5 mm
processo, o diâmetro fica um pouco superior ao valor nominal.
maior que o diâmetro do parafuso empregado.
25 26

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Com base no exposto, no cálculo da largura líquida a ser direção da 


solicitação
utilizada na Eq. 3.2, se os furos são feitos com broca, basta tomar
sua dimensão df igual ao diâmetro nominal, ou seja, igual ao
diâmetro do parafuso mais 1,5 mm (Fig. 3.9). Se os furos são
feitos por punção, deve-se tomar a dimensão df igual ao diâmetro
do parafuso mais 3,5 mm ou seja, com 2,0 mm adicionais para
considerar a imprecisão do processo (Eq. 3.3).

Assim, de modo conservador, a situação mais desfavorável do


ponto de vista estrutural, será o uso de furos feitos por punção.
direção da 
solicitação

df  d p  3,5 mm (Eq. 3.3)


onde, Fig. 3.9 – Tipos de furos mais utilizados

dp é o diâmetro do parafuso.
27 28

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.3.4 – Perfis Parafusados

A área líquida em qualquer perfil parafusado pode ser


determinada ao se transformar o perfil em um ou mais elementos
planos.

As cantoneiras podem ser rebatidas segundo a linha do


esqueleto (linha que passa pela semi-espessura das abas) e
tratadas como chapas para obtenção da largura líquida e da área Fig. 3.10 – Rebatimento de cantoneiras

líquida, conforme ilustra a Fig. 3.10 a seguir.


No caso dos perfis I, H e U, pode-se utilizar um procedimento
A largura final da chapa fica igual à soma das larguras das
simplificado que consiste em determinar a área líquida de cada
duas abas da cantoneira menos a sua espessura, de modo que a
elemento plano da seção transversal do perfil independentemente,
analogia possa ser perfeitamente aplicada.
somando-se em seguida essas áreas (Fig. 3.11).
29 30

emerson_bolandim@hotmail.com 5
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

 An perfil   An mesa sup erior   An mesa inferior   An alma (Eq. 3.4)

Em um perfil qualquer, quando uma linha de ruptura tem todos


os seus segmentos na seção transversal, a área líquida pode ser
obtida subtraindo-se da área bruta Ag a área dos furos.

3.3.5 – Área Líquida Efetiva


Fig. 3.11 – Linha de ruptura em perfil I com todos os segmentos da seção
Uma barra tracionada conectada com parafusos ou solda, por
Assim, calculam-se as áreas líquidas das mesas e da alma, apenas alguns dos elementos componentes da seção transversal,
considerando cada um desses elementos como uma chapa fica submetida a uma distribuição de tensões não-uniformes na
isolada, e depois se somam os valores obtidos, conforme a Eq. 3.4 região da ligação.
a seguir: Isso ocorre porque o esforço tem que passar pelos elementos
31 32

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

conectados, que ficam submetidos a uma tensão média maior que


a dos elementos não conectados (elementos soltos).

A Fig. 3.12a mostra o comportamento de uma cantoneira


ligada a uma chapa por meio de parafusos (somente são
mostrados os furos) e a Fig. 3.12b conectada por meio de solda,
a) Ligação parafusada b) Ligação soldada
por apenas uma das abas.

É possível observar na figura que o fluxo de forças apresenta


afunilamento junto à ligação, se concentrando mais no elemento
conectado.

Observa-se ainda que a seção 1-1, nas Figs. 3.12a e 3.12b, é


a seção mais solicitada da cantoneira na região da ligação, pois: c) Tensão não uniforme d) Área líquida efetiva
Fig. 3.12 – Comportamento de uma cantoneira conectada por apenas uma aba
33 34

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

 quando a ligação é parafusada, a peça sofre a perda de área considerado apenas uma parte da mesma trabalhando de fato à
decorrente da furação e está submetida à totalidade da força tração, sob tensão uniforme de valor igual ao máximo atingido,
de tração N (a seção 2-2, onde se situa o segundo furo, conforme ilustra a Fig. 3.12d. Essa parte recebe a denominação
encontra-se solicitada por apenas metade da força normal, de área líquida efetiva e é representada por Ae, conforme Eq. 3.5 a
uma vez que a outra metade já foi transmitida pelo parafuso seguir, com a parte restante sendo desprezada.
situado na seção 1-1); Para efeitos práticos, a área líquida efetiva é dada por:
 quando a ligação é soldada, a seção 1-1 situa-se em posição Ae  Ct  An (Eq. 3.5)

mais próxima da entrada da força N, quando ainda nenhuma onde, Ct é um coeficiente de redução da área líquida a ser definido
parcela dessa força foi transmitida pela solda para a chapa. adiante.

Cabe comentar que o fenômeno anteriormente apresentado é


Dessa forma, a seção 1-1 fica submetida a uma tensão não-
referenciado em bibliografia especializada como “Shear lag effect”.
uniforme (Fig. 3.12c), e em razão disto, para efeitos práticos, será
35 36

emerson_bolandim@hotmail.com 6
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.3.6 – Coeficiente de Redução Ct onde,


ec = excentricidade da ligação, igual à distância do centro
3.3.6.1 – Perfis com Seção Transversal Aberta
geométrico da seção da barra, G, ao plano de cisalhamento da
Nos perfis com seção transversal aberta, quando a força de
ligação (em perfis com um plano de simetria, exceto cantoneiras, a
tração é transmitida somente por parafusos ou somente por soldas
ligação deve ser simétrica, cada uma correspondente a um plano
longitudinais e transversais ou ainda por uma combinação de
de cisalhamento, por exemplo, duas seções T no caso de perfis I
soldas longitudinais e transversais para alguns (não todos) ou H ligados pelas mesas ou duas seções U no caso desses perfis
elementos da seção transversal (devendo, no entanto, ser usado ligados pela alma, conforme Fig. 3.13 a seguir);
0,90 como limite superior, e não se permitindo o uso de ligações lc = comprimento efetivo da ligação (esse comprimento, nas
que resultem em um valor inferior a 0,60), o coeficiente Ct é dado ligações soldadas, é igual ao comprimento da solda na direção da
pela Eq. 3.6 a seguir: força axial; nas ligações parafusadas é igual a distância do
ec primeiro ao último parafuso da linha de furação com maior número
Ct  1,0  (Eq. 3.6)
lc
de parafusos, na direção da força axial).
37 38

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Verifica-se então que o coeficiente Ct é tanto maior quanto menor


ec ec Ts
ec
for a distância do centro geométrico da barra ao plano de
G de Ts cisalhamento da ligação (ec) e quanto maior for o comprimento da
G G de Ue G de Ud ligação (lc). Isso pode ser facilmente entendido observando-se a Fig.
ec G de Ti
ec 3.14, referente a ligação em um perfil I pelas mesas, com a alma não
conectada (livre).
Ue Ud Ti
Fig. 3.13 – Ilustração dos valores de ec em seções abertas
Na Fig. 3.14, vê-se que quanto maior o comprimento da ligação,
mais uniforme é a tensão normal e, consequentemente, menor a área
Não é permitido o uso de ligações que resultem em um valor que não trabalha no elemento não conectado na seção 1-1, a mais
do coeficiente Ct menor que 0,60 (caso isso ocorra, a ligação é solicitada. Observe que, se o perfil I possuir uma altura reduzida, a
pouco eficiente e deve ser modificada). Por outro lado, se o valor distância ec será relativamente pequena, a tensão normal será mais
obtido pela Eq. 3.6 ultrapassar 0,90, por razões de segurança, uniforme e a área que não trabalha será proporcionalmente menor
deve ser usado nos cálculos esse valor como limite superior. 39
que se o perfil possuísse grande altura. 40

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Se a ligação é feita por meio de todos os elementos da seção


transversal do perfil (Fig. 3.15), a tensão normal na barra tem uma
não-uniformidade pouco significativa e pode-se considerar Ct igual
a 1,0.

Fig. 3.14 – Coeficiente de redução Ct (influência do lc na ligação) Fig. 3.15 – Barra com todos os elementos da seção conectados
41 42

emerson_bolandim@hotmail.com 7
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

1.3.6.2 – Chapas Planas


Ct  1,0 para lw  2b
Nas chapas planas ligadas exclusivamente pelas bordas Ct  0,87 para 2b  lw  1,5b (Eq. 3.7)

longitudinais por meio de solda (Fig. 3.16), o comprimento dos Ct  0,75 para 1,5b  lw  b

cordões de solda (lw) não pode ser inferior à largura da chapa (b) e
Nota-se, pelas Figs. 3.17 e 3.18, que se o comprimento lw é
devem ser utilizados os valores da Eq. 3.7 para o coeficiente Ct:
pequeno, a tensão normal de tração na seção mais solicitada da
chapa não é uniforme (é maior junto às bordas longitudinais e
menor ou até nula na região central) e a área que não trabalha
pode ser relativamente grande, ou seja, Ct tem valor reduzido.

Se lw é alto, a tensão normal na seção mais solicitada tende a


se tornar uniforme e a área que não trabalha é muito reduzida,
podendo até ser nula, ou seja, Ct tem valor elevado.
Fig. 3.16 – Chapa soldada apenas pelas bordas longitudinais
43 44

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.4 – Estados-Limites Últimos relacionados à Tração

Fig. 3.17 – Coeficiente de redução


Os perfis soldados e os perfis laminados (perfis pesados),
Ct em função comprimento lw tratados pela ABNT NBR 8800:2008, quando submetidos à força
(lw pequeno)
axial de tração, apresentam basicamente dois tipos de estados-
limites últimos, sendo eles:

1. escoamento da seção bruta;


Fig. 3.18 – Coeficiente de redução
Ct em função comprimento lw
2. ruptura da seção líquida.
(lw grande)

Assim, no dimensionamento aos estados-limites últimos, uma


Se a chapa for ligada por parafusos bem distribuídos ao longo
barra submetida à força axial de tração, deve satisfazer a seguinte
da largura b ou por solda transversal, Ct pode ser tomado igual a
condição de resistência dada pela Eq. 3.8:
1,0.
45 46

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

onde,
Nt ,Sd  Nt ,Rd (Eq. 3.8)
onde, Ag é a área bruta da seção transversal;
fy é a resistência ao escoamento do aço;
Nt,Sd é a força axial de tração solicitante de cálculo, obtida com
a1 é o coeficiente ponderação da resistência ao escoamento.
a combinação de ações de cálculo apropriada;

Nt,Rd é a força axial de tração resistente de cálculo levando em 3.4.2 – Ruptura da Seção Líquida
conta os estados-limites últimos de escoamento da seção bruta e A força axial de tração resistente de cálculo, Nt,Rd, deve ser
ruptura da seção líquida. calculada pela Eq. 3.10:

Nt,Rd  Ae fu  a 2  a2  1,35  (Eq. 3.10)


3.4.1 – Escoamento da Seção Bruta
onde,
A força axial de tração resistente de cálculo, Nt,Rd, deve ser
Ae é a área líquida efetiva da seção transversal;
calculada pela Eq. 3.9: fu é a resistência à ruptura do aço;
Nt,Rd  Ag fy 
a1
 a1  1,10  (Eq. 3.9) a2 é o coeficiente ponderação da resistência à ruptura.
47 48

emerson_bolandim@hotmail.com 8
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

De uma maneira geral, para que a condição de resistência 3.5 – Estados-Limites de Serviço relacionados à Tração
seja atendida, quando uma barra de aço está sujeita à forças O índice de esbeltez das barras tracionadas, tomado como a
axiais de tração, deve-se respeitar a Eq. 3.11 a seguir: maior relação entre o comprimento destravado L e o raio de

 Ag fy giração r correspondente, excetuando-se as barras redondas


Nt ,Rd 
  a1 rosqueadas que são montadas com pré-tensão, não deve ser
Nt,S d  (Eq. 3.11)
N 
Ae fu superior a 300, conforme Eq. 3.12, ou seja:
 t ,Rd  a2
L
     300 (Eq. 3.12)
Os coeficientes de ponderação da resistência dados por a1 e r 

a2, respectivamente iguais a 1,10 e 1,35 para os estados-limites Essa, recomendação tem o objetivo de evitar que as barras

de escoamento da área bruta e de ruptura da seção líquida, fiquem muito flexíveis e, como consequência, apresentem:

expressam um maior nível de incerteza quanto ao valor da  deformação excessiva causada pelo peso próprio ou por
resistência nominal deste último. choques durante o transporte e a montagem;
49 50

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

 vibração de grande intensidade quando atuarem ações


variáveis, como o vento, ou quando existirem solicitações de
equipamentos vibratórios, como compressores e geradores,
vibração esta que pode se transmitir para toda a edificação,
causando sensações de grande desconforto aos usuários.

Considerando que a esbeltez elevada está relacionada à


problemas de desempenho, e não à segurança da estrutura, sua
limitação constitui uma verificação de estado-limite de serviço.

Para se obter a máxima relação (L/r), é preciso determinar o


valor da relação L/r no plano da estrutura analisada, e também no
plano perpendicular ao plano da estrutura, conforme Fig. 3.19.
Fig. 3.19 – Determinação da relação L/r em uma cobertura
51 52

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.6 – Emprego de Barras Compostas – ELS Nesse caso, para se assegurar um comportamento conjunto

É usual se projetar barras compostas, constituídas, por adequado dos perfis da barra composta, a distância máxima (L)

exemplo, por duas cantoneiras ou dois perfis U, em que a ligação entre duas chapas espaçadores adjacentes deve ser tal que a Eq.

entre os perfis é feita por meio de chapas espaçadoras, soldadas 3.13 seja respeitada:

ou parafusadas a esses perfis, conforme as Figs. 3.20 e 3.21.  L 


    300 (Eq. 3.13)
 rmin 

onde,

L é o comprimento destravado;
Fig. 3.20 – Barras compostas com chapas espaçadoras soldadas
rmin é o raio de giração mínimo de apenas um perfil isolado da
barra composta.

Fig. 3.21 – Barras compostas com chapas espaçadoras parafusadas


53 54

emerson_bolandim@hotmail.com 9
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.7 – Exemplo de Aplicação 1 Solução:


Dados:
Para o perfil U 381 x 50,4, em aço MR250, indicado na Fig. Aço MR250: fy = 250 MPa e fu = 400 MPa
3.E1, determine a força axial de tração resistente de cálculo. Área bruta do perfil: Ag = 64,2 cm2
Considere que os parafusos são de 22,2mm (7/8”) de diâmetro e
1) Verificação dos estados-limites últimos
os furos puncionados de fábrica.
(a) Verificação do Escoamento da Seção Bruta
Ag  fy 64,2  25,0
Nt ,Rd    1459,09 kN
 a1 1,10

(b) Verificação da Ruptura da Seção Líquida

- diâmetro dos furos (df) e área líquida (An)

df  d p  3,5 mm  25,7 mm (furos puncionados)


Fig. 3.E1 – Região da ligação em perfil U com ligação parafusada
55 56

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Portanto, a força axial de tração resistente de cálculo, de


An  Ag  4  df  t  62,4  4  2,57  1,0  53,92 cm2
acordo com a ABNT NBR 8800:2008 será:
- fator de Redução (Ct)
 Ag fy
ec = 20 mm (excentricidade da ligação) Nt ,Rd   1459,09 kN
  a1
Nt ,Rd  min 
lc = 85 mm (comprimento da ligação) N A f
 e u  1221,93 kN
 t ,Rd  a2
ec 20
Ct  1,0   1  0,765
lc 85
Logo, a força axial resistente de cálculo do perfil de aço é
0,6  Ct  0,9  Ok!
determinada pela ruptura da seção líquida.
- área líquida efetiva (Ae)
Nt ,Rd  1221,93 kN
Ae  Ct  An  0,765  53,92  41,24 cm2

Ae  fu 41,24  40,0
Nt ,Rd    1221,93 kN
 a2 1,35
57 58

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.8 – Exemplo de Aplicação 2 Solução:


Dados:
Para o perfil U 381 x 50,4, em aço MR250, indicado na Fig. Aço MR250: fy = 250 MPa e fu = 400 MPa
3.E2, determine a força axial de tração resistente de cálculo, Área bruta do perfil: Ag = 64,2 cm2
porém, utilizando agora uma ligação soldada.
1) Verificação dos estados-limites últimos
(a) Verificação do Escoamento da Seção Bruta
Ag  fy 64,2  25,0
Nt ,Rd    1459,09 kN
 a1 1,10

(b) Verificação da Ruptura da Seção Líquida

- área líquida (An)

An  Ag  64,2 cm2
Fig. 3.E2 – Região da ligação em perfil U com ligação soldada
59 60

emerson_bolandim@hotmail.com 10
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

- fator de Redução (Ct)  Ag fy


Nt ,Rd   1459,09 kN
ec = 20 mm (excentricidade da ligação)   a1
Nt ,Rd  min 
N A f
lc = 100 mm (comprimento da ligação)  e u  1521,78 kN
 t ,Rd  a2
ec 20
Ct  1,0   1  0,80
lc 100 Logo, a força axial resistente de cálculo do perfil de aço é
0,6  Ct  0,9  Ok! determinada pelo escoamento da seção bruta.
- área líquida efetiva (Ae) Nt ,Rd  1459,09 kN
Ae  Ct  An  0,8  64,2  51,36 cm2

Ae  fu 51,36  40,0
Nt ,Rd    1521,78 kN
 a2 1,35

Portanto, a força axial de tração resistente de cálculo, de


acordo com a ABNT NBR 8800:2008 será: 61 62

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.9 – Exemplo de Aplicação 3 Solução:


Dados:
Determine a força axial de tração resistente de cálculo da Aço ASTM A-36: fy = 250 MPa e fu = 400 MPa
diagonal de treliça apresentada na Fig. 3.E3. Considere que todos Propriedades de uma cantoneira da diagonal:
os elementos são feitos em aço ASTM A-36 e que os parafusos Ag = 7,03 cm2
t = 4,76 mm
são de 12,5 mm de diâmetro, puncionados de fábrica.
xcg = 2,08 cm
Ix = Iy = 40,0 cm4
rx = ry = 2,39 cm
rz = 1,50 cm

Fig. 3.E3 – Ligação entre


montante, diagonal e 1) Verificação dos estados-limites últimos
banzo inferior.
(a) Verificação do Escoamento da Seção Bruta
Ag  fy 2  7,03  25,0
Nt ,Rd    319,54 kN
 a1 1,10
63 64

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

(b) Verificação da Ruptura da Seção Líquida lc = 2 x 40 mm = 80 mm (novo comprimento da ligação)

- diâmetro dos furos (df) e área líquida (An) ec 20,8


Ct  1,0   1  0,74
lc 80
df  d p  3,5 mm  16,0 mm (furos puncionados)
0,6  Ct  0,9  Ok!
 
An  2  Ag  1  df  t  2   7,03  1 1,6  0,476   12,54 cm2
- área líquida efetiva (Ae)
- fator de Redução (Ct) Ae  Ct  An  0,74  12,54  9,28 cm2
ec = 20,8 mm (excentricidade da ligação)
Ae  fu 9,28  40,0
Nt ,Rd    274,96 kN
lc = 40 mm (comprimento da ligação)  a2 1,35
ec 20,8  Ag fy
Ct  1,0   1  0,48
lc 40 Nt ,Rd   319,54 kN
  a1
Nt ,Rd  min   Nt ,Rd  274,96 kN
0,6  Ct  0,9  Não Ok!  Ligação pouco eficiente N A f
 e u  274,96 kN
 t ,Rd  a2
Medida a ser tomada: aumentar o comprimento da ligação.
65 66

emerson_bolandim@hotmail.com 11
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

3.10 – Exemplo de Aplicação 4

A Fig. 3.E4 a seguir apresenta uma ligação típica de


contraventamento de edifícios estruturados em aço.

Assumindo que a diagonal de contraventamento seja feita em


aço USI CIVIL 350, possui comprimento L = 5000 mm, tem sua
seção dentro e fora da região da ligação conforme apresentado
adiante e considerando ainda que a ligação utiliza parafusos de
19,05 mm (3/4”) de diâmetro com furos puncionados de fábrica,
pede-se:

a) determine a força axial de tração resistente de cálculo da


diagonal do contraventamento;

b) avalie o estado-limite de serviço aplicável. Fig. 3.E4 – Ligação de contraventamento de um edifício estruturado em aço
67 68

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

Solução: A verificação do escoamento da seção bruta deve ser feita


Dados:
para o perfil dentro da região da ligação (perfil U) e fora da região
Aço USI CIVIL 350: fy = 350 MPa e fu = 500 MPa
da ligação (perfil I).
Dados da diagonal de contraventamento:
Ag fy 42,24  35,0
Dados do perfil I: Dados do perfil U: NtU,Rd    1344,0 kN
(fora da ligação) (dentro da ligação)  a1 1,10
d = 300 mm d = 300 mm
bfs = 200 mm bfs = 104,0 mm Ag fy 60,48  35,0
NtI,Rd    1924,36 kN
bfi = 200 mm bfi = 104,0 mm  a1 1,10
tfs = 9,5 mm tfs = 9,5 mm
tfi = 9,5 mm tfi = 9,5 mm Nt ,Rd  1344,0 kN
tw = 8,0 mm tw = 8,0 mm

1) Verificação dos estados-limites últimos (b) Verificação da Ruptura da Seção Líquida

(a) Verificação do Escoamento da Seção Bruta - diâmetro dos furos (df) e área líquida (An)
Ag fy df  d p  3,5 mm  22,55 mm (furos puncionados)
Nt ,Rd 
 a1 69 70

Prof. Emerson Alexandro Bolandim Prof. Emerson Alexandro Bolandim

An  Ag  2  df  t  42,24  2  2,255  0,8  38,63 cm2 0,6  Ct  0,9  Não Ok!  Adotar Ct  0,9

- área líquida efetiva (Ae)

Ae  Ct  An  0,9  38,63  34,77 cm2

Ae  fu 34,77  50,0
Nt ,Rd    1287,78 kN
 a2 1,35

 Ag fy
Nt ,Rd   1344,0 kN
  a1  Nt ,Rd  1287,78 kN
- fator de Redução (Ct) Nt ,Rd  min 
N A f
 e u  1287,78 kN
ec = xcg = 26,4 mm (excentricidade da ligação)  t ,Rd  a2

lc = 300 mm (comprimento da ligação) Cabe ressaltar que a força axial resistente de cálculo do perfil
ec 26,4 U dentro da região da ligação é determinante pela ruptura da
Ct  1,0   1  0,912
lc 300
71 seção líquida efetiva. 72

emerson_bolandim@hotmail.com 12
Estruturas de Aço em Perfis Laminados e  Março/2021
Soldados – 3 Barras Tracionadas

Prof. Emerson Alexandro Bolandim

2) Verificação do estado-limite de serviço aplicável AGRADECIMENTOS


O único estado-limite de serviço aplicável no exemplo de
aplicação proposto está relacionado à esbeltez elevada da peça
de aço, dessa forma,
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
L
  300
r
L 500
x    39,90  300  Ok!
rx 12,53

L 500
y    109,17  300  Ok!
ry 4,58

Portanto, de acordo com a verificação anterior, a peça de aço


não apresentará problemas relacionados ao desempenho em
serviço. 73

emerson_bolandim@hotmail.com 13

Você também pode gostar