Você está na página 1de 12

CAPITULO I BACTERRIAS

Conceito

As bactérias são seres unicelulares e procariontes, que fazem parte do Reino Monera.
Existem milhares de espécies conhecidas que apresentam formas, habitats e
metabolismo diferentes. As bactérias podem viver no ar, na água, no solo, dentro de
outros seres vivos, e até em locais de altas pressões e condições completamente
inóspitas à maioria dos seres vivos. Alguns desses microrganismos são causadores de
doenças, mas também há bactérias com grande importância ecológica e econômica.

Importância

Toda a diversidade das bactérias também demonstra uma diversidade de funções.


Vejamos a seguir:

 Renovação de nitrogênio no ambiente. Na natureza, as bactérias participam do


Ciclo do Nitrogênio, ajudando em diversas etapas.

 Produção de alimentos. As bactérias são utilizadas na fabricação de iogurtes,


queijos e coalhadas, em que se utiliza os lactobacilos.

 Produção de remédios e suplementos. Na indústria farmacêutica, são


produzidos antibióticos e vitaminas a partir de bactérias.

 Desenvolvimento da engenharia genética. É possível usar bactérias


geneticamente modificadas para produzir proteínas humanas, como hormônio do
crescimento e insulina.

 Biorremediação de ambientes. É possível introduzir bactérias do gênero


Pseudomonas em ambientes poluídos para descontaminação. Esse processo
recebe o nome de biorremediação, pois as bactérias agem oxidando compostos
orgânicos nocivos e tornando-os inofensivos.

Estrutura morfológica

As bactérias podem apresentar diferentes formas: esféricas, de bastões, espiraladas, de


vírgula, entre outras. Observe a seguir exemplos de bactérias e os formatos de cada ser.
Estrutura morfológica das bacterias
Conforme podemos observar na imagem, de acordo com a forma ou morfologia, as
bactérias recebem uma designação específica:

 Cocos: são esféricos ou arredondados;

 Bacilos: são alongados e cilíndricos;

 Espirilos: são longos, espiralados e deslocam-se por meio de flagelos;

 Espiroquetas: são espiralados e deslocam-se com movimentos ondulatórios;

 Vibriões: apresentam aspecto de vírgula.

Nutrição

Existem duas classes de nutrientes que são indispensáveis às bactérias: macronutrientes


(carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre, fósforo e hidrogênio) e micronutrientes (ferro,
zinco, manganês, cálcio, potássio, sódio, cobre, cloro, cobalto, molibdênio, selênio,
magnésio, entre tantos outros).
Reprodução.

A reprodução das bactérias é assexuada, geralmente por divisão binária (ou fissão


binária), em que o cromossomo é duplicado e depois a célula se divide ao meio
originando duas bactérias idênticas.

É um processo extremamente rápido, o que explica a rápida proliferação bacteriana


em infecções, por exemplo.

Outro modo é através da esporulação, que acontece em condições adversas como falta
de água e nutrientes, calor extremo, entre outras.

Nesse caso, a célula sofre um espessamento do envoltório e interrompe o metabolismo,


formando assim um esporo chamado endósporo. Esse endósporo é capaz de viver em
completa inatividade por anos.

Clostridium tetani, causadora do tétano e Bacillus anthracis, que provoca o carbúnculo


ou Anthrax, são exemplos de bactérias que produzem endósporos e vivem por muitos
anos inativos no solo.

Ao penetrarem no interior do corpo humano ou de um animal (ambiente anaeróbico)


passam por uma desesporulação e voltam à forma normal, infectando o corpo do
hospedeiro.

CAPITULO II FUNGOS

Conceito

Os fungos são seres eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, heterotróficos e aeróbios


ou anaeróbios facultativos (leveduras). Pertencem ao Reino Fungi, segundo a
classificação de Robert Whittake em 1969 ou ao domínio Eukaryota, proposto por
Thomas Cavalier-Smith em 2003. Os fungos apresentam estruturas microscópicas e
macroscópicas e seus principais representantes são os bolores, mofos, levedos,
cogumelos de chapéu (conhecidos popularmente como Champignon). 

Importância Ecológica
Por serem saprófagos e se alimentarem de restos de animais e vegetais mortos, os
fungos apresentam importante papel ecológico atuando como decompositores em um
ecossistema, isto é, reciclando a matéria orgânica para que ela seja reinserida no
ambiente, geralmente sendo reutilizada na produção de mais matéria orgânica pelos
produtores.

Além disso, os fungos podem estabelecer relações mutualísticas com outros


organismos. Essas associações podem apresentar vantagens para a sobrevivência de
ambas as espécies em um determinado ambiente.

Liquens

Associação entre fungos, geralmente ascomicetos, e cianobactérias (algas azuis),


permite a sobrevivência desses dois reinos de organismos diferentes em um ambiente
que provavelmente sozinhos não conseguiriam.

Os fungos atuam decompondo a matéria orgânica e protegendo as cianobactérias e estas


atuam realizando a fotossíntese e doando parte de seus produtos para os processos
metabólicos dos fungos.

Líquen do tipo escamuloso

Micorrizas

Associação entre fungos e vegetais. O fungo se associa com a raiz de vegetais,


geralmente leguminosas. Dessa forma, o fungo consegue proteger o vegetal frente a
alguns patógenos, além de fornecer nutrientes oriundos da decomposição para o vegetal
e este, por sua vez, fornece os produtos da fotossíntese e aminoácidos para os processos
metabólicos do fungo.
Estudos recentes ainda afirmam que a associação com fungos promoveu um aumento
da resistência do vegetal frente a condições adversas do ambiente como secas,
alcalinização ou acidificação do solo e proteção frente a pragas.

Esquema de uma micorriza.

Importância Industrial

Os fungos são amplamente utilizados na indústria principalmente em processos


fermentativos. As leveduras são utilizadas na produção
de pães e fermentos biológicos. Fungos ascomicetos são utilizados na produção
de queijos.

Queijo Blue Stilton contendo o fungo Penicillium roqueforti em verde.


Para a produção de antibióticos como a penicilina são utilizados os fungos do
gênero penicillium.

Na fabricação de cervejas e bebidas fermentadas, as leveduras são utilizadas para


promover a fermentação alcoólica.

Estrutura morfológica

A estrutura metodológica dos fungos é idêntica ao das plantas, o que difere um de outro
é que os fungos nunca irão fazer fotossíntese e mesmo assim podem produzir grande
quantidade de carbono através de sua reprodução sexuada, além de incluir açucares e
óleos nesta reprodução.

Os fungos se alimentam através de saprófitos que seriam matéria orgânica morta no


caso heterotróficos, ou através do sistema parasita se alimentando de matéria viva os
saprofíticos, nesses dois casos as substancias são digeridas no exterior da parede celular
dos fungos, através de enzimas que são produzidas por eles.

Geralmente as paredes celulares dos fungos são constituídas por hexoses e hexominas,
que se transformam em mananas, ducana e galactanas, alguns fungos podem ter a
parece celular rico em quitina, já outros possuem complexos polissacarídeos e proteínas
com predominância em cisteína.

Figura 1: Estrutura morfológica dos fungos


Importância dos fungos

Os produtos produzidos pelos fungos possuem grande importância econômica:

 A penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja


substância é produzida pelo fungo Penicillium.
 Algumas espécies são comestíveis, conhecidas popularmente como Shitake,
Shimeji, Champignon, dentre outros. Entretanto, outras são tóxicas como
o Aspergillus flavus e  podem ser encontradas na produção agrícola de milho,
nozes, amendoim que libera a aflatoxina que são substâncias capazes de
provocar câncer no fígado.
 Os produtos do metabolismo energético, fermentação, da
levedura Saccharomyces cerevisiae são utilizados tanto na produção do pão,
onde o fermento biológico, que contém o extrato do fungo, libera dióxido de
carbono na presença do açúcar, fazendo a massa do pão crescer. Esse fungo
ainda é utilizado na produção de bebidas alcoólicas uma vez que o mesmo
converte a glicose (açúcar) em etanol durante o processo de fermentação.

Além disso, há espécies de fungos patogênicas que causam doenças denominadas


micoses como, por exemplo, as frieiras, sapinho, histoplasmose, candidíase, dentre
outras.

Alguns fungos podem estabelecer associações com outros organismos, como algas e
raízes, denominadas, respectivamente, líquens e micorrizas, sendo benéficas para ambas
as partes, tal associação denominada mutualismo.

Nutrição

Os fungos se alimentam através da absorção de nutrientes presentes no solo, sendo


chamados de heterotróficos.

A alimentação ocorre através da liberação de enzimas digestivas pelo fungo no solo.


Essas enzimas, chamadas exoenzimas, agem digerindo as substâncias orgânicas
presentes no solo para que o fungo possa absorver apenas os produtos dessa digestão.
Como os processos digestivos ocorrem fora do organismo, a digestão é conhecida
como digestão extracorpórea.

O estado em que o composto orgânico utilizado como alimentos pelo fungo se encontra
permite caracterizar a forma de nutrição em:

 Saprofagia: Quando o fungo se alimenta de organismos mortos e em


decomposição;

 Parasitismo: Quando se alimenta de substâncias e organismos vivos;

 Predação: Quando se alimentam de pequenos animais, como insetos.

Os produtos absorvidos a partir da digestão extracorpórea são transportados pelo


interior celular por meio de difusão.

Reprodução

Os fungos reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode


ser: (i) brotamento (seres unicelulares), (ii) fragmentação do micélio, onde um
micélio se fragmenta originando muitos outros e (iii) esporulação, acima dos corpos de
frutificação estão os esporângios que produzem os esporos, estruturas imóveis e
resistentes a ambientes desfavoráveis. Já a reprodução sexuada requer a fusão de duas
hifas haplóides, quando isso não ocorre, originam-se hifas geneticamente distintas
denominadas dicários.

CAPITULO III VIRUS

Conceito

Os vírus são organismos acelulares que são incapazes de se reproduzirem fora de uma
célula. São, basicamente, formados por material genético e envoltos por uma capa
proteica.

Os vírus são organismos muito simples que se destacam pela ausência de células. São


muito conhecidos pelas doenças que causam aos seres humanos, entretanto, é
importante saber que alguns são inofensivos para o homem. A seguir descreveremos
melhor as características, a estrutura e a maneira como os vírus reproduzem-se.

Importância

Apesar dos vírus serem responsáveis pela disseminação de doenças e até ocasionar


mortes, eles também são benéficos e necessários para a existência da humanidade.

Estrutura morfológica

A estrutura dos vírus é bastante simples quando o comparamos com qualquer


organismo possuidor de células. Podemos dizer que os vírus são partículas constituídas
por material genético envolto por uma camada proteica. Em alguns casos, observa-se
ainda um envelope membranoso envolvendo a cápsula de proteínas. Veja abaixo mais a
respeito de cada uma dessas partes:

 Material genético: Nos vírus, encontramos DNA, RNA ou os dois combinados.


Os vírus que apresentam DNA são chamados de vírus de DNA e aqueles que
possuem RNA são chamados de vírus de RNA.

 Capsídio: O capsídio é uma cápsula formada por proteínas que envolvem o


material genético. Apresenta diferentes formatos e é formado por pequenas
subunidades denominadas de capsômeros.

 Envelope: Os envelopes encontrados nos vírus são, geralmente, derivados da


membrana plasmática da célula onde o vírus reproduziu-se. Esse envelope
apresenta fosfolipídeos e proteínas da membrana, além de proteínas e
glicoproteínas que possuem origem viral.

Nutrição e reprodução

Como dito anteriormente, o vírus é incapaz de se reproduzir de maneira independente,


sendo fundamental, assim, a participação de uma célula. Cada vírus apresenta a
capacidade de infectar um tipo específico de célula e, portanto, diz-se que ele possui
especificidade de hospedeiro.

Inicialmente, o vírus identifica a célula que será parasitada, e, posteriormente, ele


garante que o genoma viral entre na célula. Essa etapa varia de um vírus para outro,
enquanto alguns injetam o material genético no interior da célula hospedeira, outros,
literalmente, entram na célula.

Quando o material viral está no interior da célula, ele passa a ser replicado pelo
hospedeiro e, posteriormente, os ribossomos sintetizam as proteínas virais. A célula
hospedeira também garante que o material genético do vírus seja produzido, assim
como os capsômeros, que formam os capsídios. Quando esses vírus estão prontos, eles
saem da célula hospedeira, causando a destruição dessa célula.

Material genético: Nos vírus, encontramos DNA, RNA ou os dois combinados.


Os vírus que apresentam DNA são chamados de vírus de DNA e aqueles que
Quando observamos os ciclos reprodutivos dos bacteriófagos, que parasitam bactérias,
observamos dois mecanismos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.

 Ciclo lítico: No ciclo lítico, observamos 5 etapas básicas: adesão; entrada do


DNA do fago e degradação do DNA do hospedeiro; síntese do material genético
e proteínas do vírus; montagem e liberação. Na liberação, ocorre o rompimento
da célula bacteriana e a liberação dos novos vírus.

 Ciclo lisogênico: No ciclo lisogênico, ocorre a replicação do material genético


viral, porém não ocorre a destruição da célula hospedeira. O material genético
viral passa a fazer parte do DNA da célula infectada, e a cada divisão celular
esse material viral é repassado para as células-filhas.

Referência Bibliográfica

ALENCAR, N. E.; FIGUEIRA, A. D. R.; ALMEIDA, J. E. M. D.; LUCAS, M. A.,


DOS SANTOS, L. B.; DO NASCIMENTO, I. R. Identificação biológica e molecular de
vírus detectados em espécies de cucurbitáceas provenientes do Estado do Tocantins.
Journal of Biotechnology and Biodiversity, v. 3, n. 1, 2012.

ALFONSO, E. T.; LEYVA, A; HERNÁNDEZ, A. Microorganismos benéficos como


biofertilizantes eficientes para el cultivo del tomate (Lycopersicun esculentum, mil).
Rev. Colomb. Biotecnol, v. 7, n. 2, p. 47-54, 2005.

Hoog, G.S, Guarro, J., Figueras, M.J. and Gene, J. Atlas of Clinical Fungi, 2a Ed., CBS,
Utrecht, Holanda, 2000.

2. Kane, J., Summerbell, R., Sigler, L., Krajden, S. and Land, G. Laboratory handbook
of Dermatophytes: a Clinical Guide and Laboratory Manual of Dermatophytes and
Other Filamentous Fungi from kin, Hair and Nails, Star Publishing Co., Belmont, Ca,
1997.

3. Kurtzman, C.P. and Fell, J.W. (coord.) The Yeasts – A taxonomic study, Elsevier
Science B.V., Amsterdam, Holanda, 1998.
4. Kwon-Chung, K.J. and Bennett, J. E. Medical Mycology , 1992. 5. Lacaz C.S., Porto,
E., Martins, J.E.C., Heins-Vaccari, E.M. and Melo, N.T. Tratado de Micologia Médica,
9a ed., Sarvier, São Paulo, 2002.

Rererencia NEE

Accessibility Guidelines 2.0. Working Draft 11 December 2008 reformatted on 03


March 2009. Retirado de WEB CONTENT ACCESSIBILITY GUIDELINES (WCAG)
2.0

Associação Internacional de Dislexia. (2007) Definição de Dislexia. Retirado


Associação Internacional de Dislexia. Consultado em 06-11- 2013

Associação de Psiquiatria Americana APA (2002) DSM-IV-TR (4.ª ed, Texto Revisto),
Lisboa: Climepsi

Attwood, T. (1998). Asperger’s syndrome: a guide for parents and professionals.


London: Jessica Kingsley Publishers

Bispo, M., Clara, L., Clara, M.C. & Couto, A. (2009) O Gesto e a Palavra 2. Lisboa:
Editorial Caminho.

Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Um guia para


educadores e professores. Porto: Porto Editora.

Doghonadze, N. (2012) Lack of Discipline at University – Is it a Reality for Georgia?


Journal of Education, 1(2):33-42

Você também pode gostar