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Título original
Crush it
Copyright © 2009, Gary Vaynerchuk
Copyright da tradução © 2010, Editora Nova Fronteira Participações
Capa - Douglas Lucas
Projeto gráfico - Priscila Cardoso
Copidesque - Taís Monteiro
Revisão - Juliana Souza e Rebeca Bolite
Produção editorial - Maíra Alves
CIP-Brasil. Catalogação na fonte Sindicato Nacional dos Editores de
Livros, RJ
V493v
Vaynerchuk, Gary
Vai fundo!: o guru das mídias sociais ensina a ganhar dinheiro
fazendo o que você gosta / Gary Vaynerchuk; tradução Carlos Irineu
da Costa. – Rio de Janeiro: Agir, 2010.
Tradução de: Crush It!: why now is the time to cash in on your
passion ISBN 978-85-220-1093-6
1. Empresas novas. 2. Marketing na Internet. 3. Branding Marketing).
4. Mídia social. 5. Sucesso nos negócios. I. Título.
10-0683. CDD: 650.1
CD
U: 005.32
Texto estabelecido segundo o Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.
Todos os direitos reservados à Editora Nova Fronteira Participações
S.A.
Rua Nova Jerusalém, 345 – CEP 21042-235 – Bonsucesso – Rio de
Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3882-8200 fax: (21) 3882-8212/8313
www.ediouro.com.br
AGRADECIMENTOS
Este livro não poderia existir sem a ajuda de muitas pessoas.
Primeiro, e acima de tudo, tenho uma família maravilhosa que me
cerca: minha querida mulher, Lizzie, parceira no crime e a pessoa cujo
apoio me permite realizar muitas coisas; meus pais, Tamara e Sasha,
são minha vida, sem eles eu não seria nem metade do homem que sou
hoje; meus irmãos, Liz e AJ, são meus amigos mais queridos, e adorei
ter crescido junto deles. E meu novo e mais incrível amor, minha
recém-nascida Misha, que me mostrou uma forma de amor que eu
nem imaginava poder existir!
Além da minha família, há uma equipe formidável que me ajudou
com o livro: Brandon Warnke, meu melhor amigo, me deu a liberdade
de fazer muitas coisas enquanto ele cuidava da Wine Library; Bobby
Shifrin, meu primo, é mais do que um irmão mais velho e um de meus
melhores amigos; sou muito grato a Matt Sitomer, meu assistente,
amigo e quem me ajuda mais que qualquer outra pessoa no dia a dia
— tenho muita sorte em tê-lo em minha equipe. Erik Kastner e John
Kassimatis me abriram as portas da internet e tiveram uma Vai fundo!
grande influência sobre minhas opiniões, e os adoro como se fossem
parte da família.
Finalmente, o livro que você está prestes a ler não estaria em sua
frente sem a maravilhosa equipe da HarperStudio. A fantástica
Debbie Stier esteve em uma de minhas palestras e prometeu a si
mesma que iria me publicar. Ela estava certa, e sua amizade, seu
estímulo e sua energia nesse processo fizeram com que este livro fosse
dela tanto quanto é meu. A visão de Bob Miller apoiou este projeto
desde o início, quando apareci em seu escritório para conversar.
Assim que me sentei em Austin, no Texas, com a incrível Stephanie
Land, soube que ela iria me ajudar a escrever este livro. Estava
estampado em seu rosto. Sabia que meu charme e meu carisma não
seriam o bastante para convencê-la, mas, depois que ela viu que eu
tinha o necessário, entrou no barco. Um agradecimento superespecial
às moças do Brooks Group: Caroline, Niki, Erica e, é claro, Rebecca;
vocês são maravilhosas, e sou grato a seus esforços. A Peter Klein, que
não apenas é um padrasto sensacional, como cujas ideias foram muito
úteis. E, finalmente, este livro não seria o que é sem os comentários
atenciosos de Travis Kalanick, que deu opiniões valiosas na reta final.
A todas essas pessoas, minha profunda gratidão.
CAPÍTULO 1 - PAIXÃO É
Quão forte é sua vontade de ir fundo? É um sentimento que o toma
por inteiro? Você fica acordado à noite, com o cérebro inundado por
ideias e sonhos? Está disposto a fazer o que for necessário para ter a
oportunidade de viver completamente do jeito que quiser? Se sim,
você tem sorte. Digo isso porque estamos vivendo numa era
inigualável de oportunidades para qualquer um com ambição e
paciência suficientes, além de grandes sonhos. Sei disso porque essas
coisas eram tudo o que eu tinha no início.
Três anos atrás eu era uma anomalia, um cara com habilidades
tecnológicas muito limitadas que usou sites de relacionamento como o
Facebook, o Twitter e o Tumblr para criar uma marca pessoal
altamente prazerosa e lucrativa. Naquela época, poucas pessoas
estavam dispostas a aceitar que o mundo dos negócios e a própria
sociedade estavam mudando. Se tentasse convencer alguém de que
era possível criar um negócio que gerasse retorno financeiro e a maior
felicidade do mundo com nada mais do que paixão e disposição de
trabalhar até a exaustão, talvez essa pessoa não acreditasse em mim.
Mas hoje as Vai fundo! oportunidades são infindáveis, e minha
história em breve será relativamente comum. Por enquanto, não creio
que muitas pessoas já tenham entendido quanto a sociedade, os
negócios e mesmo a internet mudaram. Se você desejar muito algo,
seu desejo pode se tornar a sua história em menos tempo e com um
investimento muito menor, se comparados aos meus.
Veja como as coisas mudaram rápido: ajudei a transformar a loja de
bebidas local de meu pai, a Shopper’s Discount Liquors, aumentando
seu faturamento de 4 milhões de dólares para 50 milhões de dólares
em oito anos (de 1998 a 2005). Tenho orgulho disso. Mas, além de
muito trabalho pesado, isso custou milhões de dólares em anúncios no
New York Times, na Wine Spectator, entre outras publicações, e em
anúncios no rádio e na TV local. Em comparação, desde fevereiro de
2006 — quando comecei a construir minha marca pessoal — até hoje,
gastei muito menos dinheiro (não passou de 15 mil dólares) e mais
suor. E, o melhor, estou me divertindo mais do que nunca. Você está
disposto a suar a camisa, não é? Talvez não tenha os contatos ou um
diploma imponente, e talvez não seja rico, mas, se tiver paixão e
disposição, pode fazer qualquer coisa.
TRÊS REGRAS
Provavelmente você comprou este livro porque deseja conhecer o
segredo do meu sucesso. É fácil. Vivo de acordo com três regras bem
simples:
Ame sua família.
Trabalhe muito.
Viva sua paixão.
É só isso. Note que não mencionei a internet ou ferramentas de rede
social, nem tecnologia, mesmo que tudo isso tenha sido essencial para
o que realizei nos últimos anos. Meço meu sucesso de acordo com
minha felicidade, não de acordo com o tamanho do meu negócio ou
com quanto lucrei. Graças a essas três regras, sou completamente feliz.
Não acredita? Acha que não é possível? Eu lhe garanto que é.
Se você ainda não vive de acordo com o primeiro princípio, é
melhor começar logo, porque tudo o que vou dizer neste livro será
inútil se você não cuidar de sua família. Ela vem sempre em primeiro
lugar. Porém, se esta já é sua prioridade, se você já está trabalhando
muito mas ainda não está inteiramente feliz, provavelmente é porque
não está vivendo sua paixão. E isso, meu caro, apesar de ser apenas
um terço do segredo do meu sucesso, é a chave para marcar seu
espaço no novo cenário de negócios em que nos encontramos hoje.
Viver sua paixão. O que isso quer dizer? Significa que, ao se
levantar para trabalhar todas as manhãs, você estará animado, porque
poderá falar sobre ou trabalhar com a coisa que mais lhe interessa
neste mundo. Não ficará o tempo todo esperando as próximas férias,
porque não terá vontade de parar aquilo que está fazendo: trabalhar,
se divertir e relaxar serão uma coisa só. Você nem vai perceber há
quantas horas está trabalhando, já que não será “trabalho” de
verdade. Vai ganhar dinheiro com isso, mas faria a mesma coisa de
graça.
É assim que você se sente? Você está vivendo ou apenas
trabalhando para viver? Se tem que passar tanto tempo no trabalho,
por que perder esse tempo fazendo outra coisa que não aquela de que
realmente gosta? A vida é muito curta. Você deve a si mesmo uma
enorme mudança para melhor, e tudo o que precisa fazer é se conectar
e começar a usar as ferramentas que estão à sua espera na internet.
O JOGO MUDOU
Todos sabem que a internet representa uma das maiores mudanças
culturais desde a invenção da imprensa, mas creio que a sociedade
está aos poucos reconhecendo que ela é a maior mudança de todos os
tempos com relação à forma como fazemos negócios. Desde sempre. A
internet amadureceu, deixando de ser um paraíso restrito a nerds para
se tornar o segundo lar de milhões de pessoas, que passam muitas
horas fazendo compras on-line; os usuários estão, cada vez mais,
deslocando suas vidas sociais para a rede, graças a sites de
relacionamento como Facebook, YouTube, Flickr, Tumblr e Twitter. E,
se é para lá que os olhos estão se voltando, então nada mais natural
que as empresas se direcionem para lá também. O dinheiro vai aonde
as pessoas estão — os anunciantes querem estar onde a audiência está.
As empresas costumavam investir em mídia tradicional — rádio,
televisão, jornais e revistas. Esses suportes estão perdendo público
para o mundo on-line a cada segundo, e muitas companhias de mídia
nunca implementaram os modelos de negócios mais agressivos e
enxutos que são necessários para continuarem funcionando. Elas estão
mortas. Se os sobreviventes da mídia tradicional não se ajustarem
frente a este novo adversário, dentro de trinta anos nossos filhos irão
observá-los em museus com a mesma curiosidade que demonstramos
hoje em relação a ossos de dinossauros e fósseis.
Vou fazer uma série de declarações ousadas e
abrangentes neste livro, mas esteja certo de que
não estou tentando ser sensacionalista. Não
digo nada sem que tenha pensado profunda e
longamente a respeito.
SEM DESCULPAS
A essa altura alguns leitores podem estar pensando: “Mas, Gary,
minha paixão não é algo bacana e fácil de vender como vinhos. Eu sou
viciado no jogo World of Warcraft. Sou obcecado por dança do ventre.
Vivo perturbando minha mulher porque prefiro ficar em casa e jogar
baralho com amigos a fazer qualquer outra coisa. Quero construir um
negócio, mas é impossível ganhar dinheiro com isso. Além do mais,
pago aluguel ou prestações da casa, tenho filhos e pais idosos,
empréstimos e prestações do carro.”
Tudo bem, mas isso também vale para Perez Hilton, Ze Frank e
Veronica Belmont, Heather Cocks e Jessica Morgan (gofugyourself.
typepad.com). Eles chegaram lá, então você também pode. Agora!
Outra pessoa pode alegar: “Mas, Gary, você tem acompanhado as
notícias nos últimos anos? A economia está mal, várias pessoas
perderam o emprego, os consumidores estão gastando menos e os
anunciantes estão muito mais conservadores do que já eram. Estou
lendo este livro para me preparar para o dia em que eu tenha certeza
de que é um bom momento para começar um negócio.”
É sempre um bom momento para se começar um negócio, a menos que você
esteja começando um negócio medíocre. Acho que momentos de
desaceleração na economia representam uma grande oportunidade
para que as pessoas encontrem seu foco e comecem a ir fundo. Quem
consegue vencer durante tempos difíceis é quem consegue vencer,
ponto. Sim, sei que várias pessoas fecharam seus negócios nos últimos
anos, mas, se tivessem oferecido serviços ou produtos relevantes e
diferenciados, se tivessem sido flexíveis e, acima de tudo, se soubessem
como vender seu peixe, não teriam sido obrigadas a fechar as portas.
Sei que não é muito diplomático dizer isso, mas acredito que, se você
continuar lendo e compreender como nossa cultura mudou e o que a
próxima geração — seja ela empresária ou não — precisa fazer para
deixar sua marca, você irá concordar comigo. Uma economia em
expansão, como a que terminou há pouco tempo, mantém de pé
diversas empresas que já deveriam ter afundado há tempos. Quando o
vento muda, só há espaço para os melhores. Que tipo de empresa você
planeja começar: uma medíocre ou uma poderosa? A resposta certa é
óbvia. Siga as sugestões que apresento neste livro, e seus negócios
estarão de pé, dando lucro, pelo tempo que você quiser. Além disso,
você terá alcançado uma felicidade profissional muito maior do que já
imaginou.
Talvez você esteja sem trabalho no momento, pensando que pode
testar algumas ideias deste livro durante alguns dias, depois de ter
mandado seu currículo e dado alguns telefonemas (o currículo
tradicional, aliás, está prestes a se tornar obsoleto, mas voltarei a isso
mais tarde). Responda a uma pergunta: você pulava da cama todas as
manhãs ansioso para ir ao trabalho que tinha antes? Se não, por que
está procurando outro emprego igual? Essa é uma oportunidade
incrível. Use todo o tempo livre que tem para se reinventar ou trilhar
um caminho completamente diferente daquele que estava
percorrendo antes — ao fim do qual a única coisa que você
encontraria seria um relógio com a inscrição “Obrigado pelos anos de
serviço” e um jantar de despedida antes da aposentadoria. Você pode
conseguir algo melhor, contanto que esteja disposto a viver e respirar
sua paixão. Faça isso e não irá mais diferenciar sua vida profissional
da pessoal. Você vai simplesmente viver, e vai amar fazer isso.
Este livro também é para quem está empregado, até mesmo para
quem está feliz em seu emprego. Lembre-se de minhas palavras: se
você quiser manter-se relevante e competitivo nos próximos anos —
não importa se você trabalha na área de vendas, tecnológica,
financeira, de propaganda, de jornalismo, de planejamento de
eventos, de desenvolvimento de negócios, de varejo, de serviço
público ou qualquer outra —, terá que criar e desenvolver uma marca
própria. Todos — todos — precisam começar a pensar em si mesmos
como sendo uma marca. Não é mais uma opção, e sim uma
necessidade.
Meu DNA fez com que eu quisesse começar um negócio, torná-lo
grande e audacioso, conquistar o mundo, arrasar em competições e
comprar o time de futebol americano New York Jets. Muitos de meus
leitores provavelmente sabem o que já fiz e pensam: “Uau, isso é
demais!” Tenho muito a lhes dizer. Se não for o seu caso, ainda assim
creio que posso ajudá-lo. Talvez seu DNA seja completamente
diferente do meu. Você pode querer apenas viver confortavelmente,
proporcionar uma vida tranquila aos que ama e se preparar para o
futuro sem se descabelar. Tudo bem. O salário médio nos Estados
Unidos é de 40 a 50 mil dólares por ano. É possível ganhar essa
quantia fazendo um trabalho que você ame ou um que odeie. Fique
com o que você ama!
Claro que dinheiro e segurança são importantes, e sei muito bem
quantas pessoas vivem na dependência do próximo salário. Deixe-me
enfatizar que o processo do qual vou falar requer muito tempo, muito
esforço e muita concentração, mas não precisa de muito dinheiro — se
é que precisa de algum. É aí que o jogo muda, pessoal: todos têm uma
chance, não apenas aqueles com dinheiro sobrando.
Aprenda a viver sua paixão e terá todo o dinheiro de que precisa,
além do controle total sobre o próprio destino. Essa é uma ótima
maneira de viver, não é?
Negócios.
Ponto.*
SÓ DEPENDE DE VOCÊ
As mensagens contidas neste livro são atemporais: faça o que o
deixa feliz. Mantenha as coisas simples. Pesquise. Trabalhe duro. Olhe
para a frente. Lembre-se de que, quando comecei o videoblog Wine
Library TV, em 2006, o Facebook ainda era um brinquedo para jovens
universitários. Eu não queria ser um cara esquisito tagarelando sobre
vinhos para menores de idade, então não podia usar o site para atrair
audiência para meu programa on-line. O Twitter tinha acabado de ser
criado, e ninguém sabia do que se tratava. Depois que essas
plataformas de relacionamento social se tornaram populares, porém,
eu estava em toda parte e sabia fazer com que funcionassem a meu
favor. Mas elas só serviram para acelerar meu sucesso — não foram
elas que o geraram. Lembre-se disso quando começar a colocar seus
sonhos e planos em ação. As ferramentas que vamos analisar neste
livro irão divulgar suas ideias e tornar sua marca pessoal mais
atraente em muito menos tempo e com muito menos dinheiro do que
qualquer outro meio conseguiria, mas seu poder depende de quem as
utiliza.
O poder dessas ferramentas também depende de sua encarnação
mais recente. Tecnologia, inovação e demanda de consumidores estão
funcionando juntas em um ritmo tão acelerado que, ao acabar de ler
este livro, algumas das capacidades e o alcance dessas plataformas já
terão mudado. Sejam quais forem as mudanças, que veremos nos
mínimos detalhes, na interface do usuário ou nos recursos individuais
dessas ferramentas, elas não irão afetar o cenário geral: você pode
turbinar o seu carro, mas isso não muda a essência de como você anda
nele. Essas ferramentas irão aproximá-lo de seu público, de forma que
você possa segui-lo, alcançá-lo e fazer com que ele ouça sua
mensagem.
Posso lhe mostrar como usar a mídia social para criar um jardim ou
construir uma casa inteira. Alguns querem até virar prefeito e mandar
em toda a cidade, e posso ajudá-los a chegar lá. Mas não importa se
seus objetivos são modestos ou avançados: você terá que continuar
dando atenção a eles, fazendo ajustes e melhorias depois que eu
terminar. Você não pode dar as costas ao negócio, independentemente
de quão bem-sucedido você se torne; do contrário, a grama começa a
crescer, a pintura vai descascando e o concreto começa a rachar. Pare
de se mexer, e tudo o que você vai aprender aqui será inútil. Seu
sucesso depende apenas de você.
O SURGIMENTO DE UM EMPREENDEDOR
Olhando de fora, meu pai e eu somos muito diferentes, ainda que
eu tenha muito de sua paixão e vitalidade. Sou muito parecido com
minha mãe, altamente emocional e muito ligado às pessoas, aberto a
qualquer um desde o primeiro dia, mas muito forte por dentro. É bem
mais difícil se aproximar do meu pai. Ele leva mais tempo para
permitir que você entre em seu espaço, mas, quando finalmente
permite, você já é parte da fa* Em tradução literal, Bebidas com
Desconto para o Consumidor, algo como depósito de bebidas. (N. do
T.) mília. Meu respeito por ele não tem limite, mas gostaria que mais
pessoas pudessem conhecê-lo. A outra grande diferença entre nós é
que ele deixa que as emoções guiem suas decisões. Eu sou
completamente passional, mas tenho por regra nunca deixar que um
impulso emocional dispare minhas decisões de negócios.
Olhando para mim desde muito cedo, contudo, ninguém pode
negar que o DNA empreendedor de meu pai flui em meu corpo. A
única coisa de que eu gostava mais do que gerenciar um negócio e
ganhar dinheiro eram os New York Jets. Minha vizinha sempre me
dizia que nenhuma estação do ano era segura; assim, no verão eu
lavava o carro dela, no outono recolhia as folhas no jardim e no
inverno tirava a neve da calçada. Teve uma primavera em que podei
flores de seu jardim, depois toquei a campainha e vendi um buquê
para ela mesma. Ainda tenho orgulho dessa iniciativa; a margem de
lucro foi enorme.
Aos 8 anos de idade, eu tinha sete barraquinhas de limonada e
estava ganhando uma fortuna para alguém que ainda tinha medo de
andar de bicicleta. Meu medo era um problema, considerando-se que
minhas franquias ficavam espalhadas pela vizinhança. Todo mundo
me ouvia a 1 quilômetro de distância quando eu chegava em um
carrinho de plástico para recolher o dinheiro.
Minha verdadeira educação nos negócios começou quando eu fui
tomado pela febre do beisebol. Minha mãe tinha me levado a um
brechó, onde comprei alguns pacotes de cards de beisebol e também
um exemplar do Beckett Baseball Card Price Guide, um guia com preços
de cards de beisebol. Nele descobri que os cards que eu comprei
tinham um valor real. Ainda me lembro daquele sentimento, quando
compreendi que meu mundo havia mudado. Eu teria a mesma
sensação mais tarde, ao descobrir o potencial de mercado dos vinhos,
ao usar a internet pela primeira vez e ao lançar o primeiro videoblog.
Fim de jogo. Adeus às barraquinhas de limonada, perderam seu lugar
para os cards de beisebol. Quando eu estava na oitava série, nos
mudamos para Hunterdon County, em Nova Jersey. Na nova escola,
esses cards estavam tão na moda quanto o jogo Donkey Kong, e, em
poucas semanas, eu estava lucrando com isso.
Um dia o shopping local anunciou que haveria uma feira de cards
de beisebol, e eu não perderia aquilo por nada. Já estava lidando com
quantias próximas a 100 dólares graças aos cards vendidos a meus
colegas. Juntei toda a minha coragem e pedi a meu pai a maior
quantia que eu poderia conceber: 1.000 dólares. Para minha total
surpresa (ainda que, olhando para trás, eu veja que meu pai é
exatamente assim), ele me deu o dinheiro. Aquelas notas estavam
queimando no meu bolso, então fui imediatamente até uma loja e
gastei o dinheiro em várias caixas de cards. Sabia que não eram de um
bom ano, mas eu estava impaciente — seria a última vez que eu me
deixaria levar pela impaciência. Claro que, quando abri todas as
caixas e consultei os valores no guia de preços, concluí que todas elas,
juntas, não passavam de 200 dólares. Eu estava encrencado.
Minha mãe me levou até o shopping, com dois de meus colegas,
Jason Riker e John Churcak, para que pudéssemos comprar uma mesa
na feira. Tínhamos combinado, antes de ir, que não compraríamos
nenhuma mesa que custasse mais do que 20 pratas. Perguntamos pelo
organizador, e aí apareceu aquele italiano que devia pesar uns 200
quilos. “Moço”, eu disse, “quando custa uma mesa?”. Cento e
cinquenta pratas. Cento e cinquenta! Entreguei o dinheiro, apertei a
mão do cara e fui embora, sem prestar atenção aos meus amigos de
queixo caído. Minha cabeça me dizia que era uma péssima ideia, mas
dentro de mim eu ouvia uma voz dizer: “Vai fundo”, e eu sempre
prestei mais atenção àquilo que sinto lá dentro.
Quando cheguei em casa e contei a meus pais o que tinha feito,
estava à beira das lágrimas, porém, como manda o figurino, eles não
me estrangularam, ainda que tenha certeza de que no fundo era o que
desejavam. Em vez disso, meu pai me disse que esperava que ter
perdido aquele dinheiro valesse a pena pela experiência. Meu pai é
um sábio. Fui para o meu quarto determinado a mostrar a ele que não
estava entrando naquilo para ganhar experiência. A paixão ardia em
mim, e perder não era uma opção.
No dia seguinte armamos nossa mesa, e a primeira coisa que fiz foi
uma pesquisa de mercado — dei uma volta pela feira para ver o que
os outros estavam vendendo. Então fiz ajustes, abaixando o valor de
todos os nossos cards que também estavam sendo vendidos nas
outras mesas. Arrasamos e ganhamos uma grana. Daí em diante,
participei de todas as feiras que pude. Minha mãe e a mãe do meu
parceiro no negócio e melhor amigo Brandon Warnke nos levavam,
com neve, chuva ou o que fosse, até Bridgewater, Hillsborough,
Edison, Raritan e qualquer outro lugar onde tivesse uma feira, e nós
sempre dominávamos o evento. Eu tinha aprendido uma das minhas
primeiras lições nos negócios — a escassez alimenta o desejo. Minha
estratégia era simples: comprava conjuntos de cards que não estavam
na listagem do Beckett e fazia um bochicho em torno deles para gerar
demanda. Você deve estar pensando: “Puxa, Gary, você era o maior
trapaceiro.” Nada disso. Eu era um otimista. Um pessimista veria
cards que não estavam na lista e pensaria que não tinham valor. Eu,
por outro lado, pensei inocentemente que, se os cards não estavam no
guia, então eles precisavam ter valor.
Devolvi os 1.000 dólares do meu pai em três ou quatro meses e
continuei a ganhar dinheiro dessa forma a cada fim de semana
possível. Até que fiz 15 anos e fui retirado dos shoppings e levado
para a loja de bebidas.
APRENDENDO OS MACETES
Passar de rei dos cards de beisebol de Hunterdon County, cheio de
dinheiro, para trabalhador braçal, ensacando gelo e ganhando 2
dólares por hora, foi uma dura queda. Só quando fiz 16 anos me
deixaram ficar na loja, trabalhando como caixa. Não era muito
empolgante, mas era bem melhor do que várias horas ensacando gelo
e limpando prateleiras. Não podia beber nada do que vendíamos
(meus pais eram rigorosos em relação a isso), mas eu era bom em
decorar dados; então, quando o movimento estava fraco, eu folheava
as revistas especializadas para passar o tempo e usava o que tinha
aprendido para orientar os clientes. Uma dessas revistas era a Wine
Spectator. Como disse, a loja se chamava Shopper’s Discount Liquors
por um bom motivo. A maior parte de nossa renda vinha das bebidas
mais fortes. A cerveja também vendia bem — o refrigerador para ela
ocupava cerca de 30% da área total da loja. Mas aprendi duas coisas
no período em que trabalhei como caixa. Primeiro, graças à Wine
Spectator, aprendi que existe um grande componente cultural em
relação a beber vinho e que as pessoas colecionavam a bebida assim
como eu colecionava cards de beisebol, bonecos de Star Wars e gibis.
Achava isso interessante. Também comecei a notar um padrão: as
pessoas iam comprar uma Absolut ou um Johnnie Walker, e eu sabia
que eu, ou qualquer outro funcionário, poderia falar até perder o
fôlego sobre outras marcas, mas ainda assim elas levariam a Absolut
ou o Johnnie Walker. Essas marcas já estavam estabelecidas no
mercado. Porém, um comprador de vinho muitas vezes entrava
parecendo um pouco perdido e passava uns dez minutos olhando sem
muita convicção para os rótulos, como se alguma garrafa fosse
subitamente pular da prateleira, evitando que tivesse que tomar uma
decisão. Sabia, pela minha experiência com cards de beisebol, que as
pessoas gostavam que alguém lhes dissesse o que era bom e valioso, e
que elas gostavam de sentir que tinham descoberto algo que nem todo
mundo sabia.
Contar histórias é uma das habilidades mais
A ISCA E O LAÇO
Você vai trabalhar o seu conteúdo de duas formas. A primeira é
como uma isca, criando-o, colocando-o na internet e deixando que as
pessoas venham até você à medida que forem descobrindo-o. A
segunda forma é usá-lo como um laço, por meio de comentários feitos
a um conteúdo de outras pessoas que esteja relacionado ao seu,
tomando parte de conversas já existentes e criando motivos para que
sua audiência venha até você. É claro, você tem que dar às pessoas um
lugar onde possam encontrar seu conteúdo formidável, então é para lá
que vamos em seguida.
O INDISPENSÁVEL
Em dezembro de 2008, gastei 7.500 dólares para oferecer senhas que
valiam um frete gratuito do Winelibrary.com, usando três canais de
marketing e propaganda: um outdoor estrategicamente colocado na
New Jersey Turnpike, mala direta e rádio. O outdoor rendeu cerca de
170 pedidos. A campanha de rádio gerou outros 240. Usando a mala
direta, conseguimos pouco mais de trezentos. Enviei pelo Twitter —
de graça — um código para frete gratuito e recebi 1.700 pedidos em 48
horas. O que esse exemplo prova é que as plataformas são tudo, mas
as velhas já estão desgastadas. Se não mudarem em breve,
desaparecerão ou, na melhor das hipóteses, se tornarão irrelevantes.
Da forma como estão as coisas, plataformas tradicionais só deveriam
ser exploradas pelas grandes empresas, que podem suportar o custo
de usá-las em larga escala.
Antes, a televisão, os jornais e o rádio eram plataformas globais.
Através desses canais, as empresas e alguns poucos indivíduos
sortudos e bem-relacionados podiam distribuir seu conteúdo para o
mundo inteiro em poucos dias. Agora, contudo, todas essas
plataformas foram ultrapassadas pela maior plataforma global de
todos os tempos, a internet. Nela, há subplataformas de marketing
social; são essas ferramentas que você usará para distribuir seu
conteúdo formidável e sua marca pessoal para as massas, não em
alguns dias, mas em poucos segundos.
A diferença entre promover sua marca usando meios de marketing
e propaganda tradicionais e usar plataformas de relacionamento social
é como a diferença entre mandar uma carta pelo correio e bater papo
no MSN. É claro que você pode usar o modo tradicional, mas há uma
boa chance de o destinatário já ter se mudado ou ter se esquecido de
você quando a mensagem finalmente chegar.
Estamos perto de uma sobrecarga das plataformas de
relacionamento social. Existem cinquenta ou sessenta delas que as
pessoas estão usando atualmente para distribuir conteúdo de
negócios, e quando este livro for lançado haverá ainda mais. No
entanto, você só precisa estar familiarizado com as mais importantes.
Algumas têm nomes esquisitos mas, fora isso, não diferem em nada
dos martelos, baldes de tinta, máquinas de fax e telefones que as
pessoas têm usado há várias gerações para construir negócios e
divulgar uma mensagem sobre aquilo que têm para oferecer. O
restante deste capítulo apresenta uma visão geral das principais
plataformas de marketing social e as melhores formas de usá-las.
WORDPRESS E TUMBLR
Todas as outras plataformas levam a esta — sua residência, seu
destino, seu blog. Wordpress e Tumblr são as melhores e mais
populares plataformas para se criar e manter blogs. Há outras, é claro
— Blogger e sobretudo Six Apart são boas (e há uma movimentação
em torno desta última; então, quando este livro for lançado, pode ser
que tenha se tornado uma referência) —, mas Wordpress e Tumblr
foram as duas que usei e de que gostei. O Wordpress é o líder
consolidado, com o maior número de usuários. Seu design é um
pouco saturado, a plataforma exige algumas etapas a mais para que o
conteúdo esteja disponível e possa ser compartilhado, mas não é
difícil de aprender. Com um pouco de prática, há algumas opções
bastante interessantes disponíveis para usuários habilidosos, embora,
na minha opinião, não haja razões para se tornar tão habilidoso. Um
dos melhores recursos é um excelente sistema de armazenamento,
fácil de usar e que possibilita fazer pesquisas, de forma que as pessoas
possam encontrar qualquer coisa que você já tenha postado. E o
Wordpress permite uma personalização sofisticada de sua página. Sou
um grande fã dos “temas” também. Temas são opções de design que
você pode escolher ao criar a página, e acho que são bastante
elegantes.
O Tumblr, por outro lado, é um site com design muito simples,
extremamente fácil de usar. Você pode publicar vídeos e fotos no
Wordpress, mas o Tumblr o direciona para um template
especialmente criado para o tipo de conteúdo que você deseja postar,
sejam textos, fotos, links, vídeos ou músicas. Clique em “Criar Post” e
pronto.
Há um pequeno detalhe também: o Tumblr é a única plataforma
para a criação de blogs que permite que você hospede seu domínio de
graça nos Estados Unidos, o que pode representar uma economia de
algumas centenas de dólares por ano. Na prática, isso significa que
você pode se identificar como Sallyestilista. com (você tem que
comprar o nome escolhido no site GoDaddy.com*[3] antes) em vez de
Sallyestilista.tumblr.com. Essa opção também existe no Wordpress,
mas, se você quiser usar o seu próprio nome, precisará pagar uma
taxa de hospedagem.
Outra vantagem do Tumblr é a função “reblog”. No Wordpress,
você tem que escrever um novo post sobre uma história que leu para
que outras pessoas fiquem sabendo. Quando os usuários veem que
alguém escreveu algo que os agrada no Tumblr, podem clicar em um
botão chamado “reblog”, que permite que ele “reproduza o blog” no
Tumblr. Assim, estarão usando seu blog para ampliar a história de
outra pessoa. E esse é exatamente o tipo de boca a boca versão 2.0 que
você deseja inspirar em seu público, de forma que ele faça o mesmo
por você.
Mande um e-mail para gary@vaynermedia.com
se quiser detalhes sobre minha coletiva de
imprensa que explica por que sou fã do Tumblr.
BOTÕES DE AÇÃO
Esses botões extremamente importantes dizem respeito à captura
de clientes. “Cadastre seu e-mail”, “Me adicione como amigo”, “Siga-
me” e “Torne-se um fã” são todos formas de sugerir que seus usuários
prolonguem a interação com sua marca. Quando você estiver
trabalhando a sério em suas redes sociais a fim de levar sua
comunidade para seu domínio, o objetivo é que eles cliquem num
desses muitos botões. Se tentar ampliar sua lista de amigos ou de
seguidores no Facebook ou no Twitter, você vai direto para a caixa de
spam. No canto superior direito do meu blog há agora um botão que
diz “Compre meu livro”. Você compreende quão chato e invasivo eu
pareceria se enviasse tweets todos os dias com esse chamado à ação?
Em vez disso, uso outras ferramentas disponíveis para atrair visitantes
ao meu blog, onde os deixo perplexos com meu conteúdo, o que vai
acabar levando-os a apertar o botão de ação “Compre meu livro”.
Nesse caso, uma visita ao blog terá sido convertida em uma
oportunidade de fazer crescer minha marca e meu retorno financeiro.
FUNÇÕES DE COMPARTILHAMENTO
Esses botões são sobre o boca a boca. São os dispositivos em seu site
que tornam mais fácil para os visitantes compartilhar o conteúdo com
suas respectivas redes sociais. Podem ser links como “Stumble Upon”,
“Digg”, “Reddit”, “Facebook” ou “Enviar por e-mail”. Você irá usá-
los para conduzir seus usuários à fonte, dando-lhes ferramentas para
distribuir de forma rápida e fácil seu conteúdo, caso achem que ele é
interessante.
Se você tiver dúvidas quanto ao uso de qualquer uma das
plataformas mencionadas neste livro — ou qualquer outra coisa —,
tudo o que precisa fazer é colocar sua pergunta no Google. Alguém
provavelmente já teve o mesmo problema ou a mesma questão, e a
resposta deve estar em algum lugar, à sua espera. O YouTube muitas
vezes é um recurso ainda melhor, por oferecer conteúdo “como fazer”
em formato visual. Você também pode usar o Twitter. Aliás, estou
direcionando você ao Google, ao YouTube e ao Twitter não porque eu
seja preguiçoso. Falo deles porque quero que você veja por conta
própria que toda a informação necessária está bem à sua frente. Sei
que você gostaria de receber alguns links e recursos, mas, se estou
tentando ensiná-lo a pescar direito, não posso colocar a isca em seu
anzol. Tendo dito isso, você sabe onde pode me encontrar
diretamente: gary@vaynermedia.com.
FACEBOOK
Você certamente já ouviu falar do Facebook. Nos últimos cinco
anos tornou-se o site de relacionamento social que mais cresce em
todo o mundo, atraindo pessoas muito diversas, de pré-adolescentes
falando sobre suas próximas festas a vovós procurando amigos da
época do escotismo. No Facebook você pode compartilhar fotos,
artigos, vídeos e também informações sobre lugares para os quais
viajou e que música você está ouvindo. Só depende de quanto quer
que as pessoas saibam de sua vida pessoal. É uma plataforma fácil e
divertida, mas também lhe fornece dois lugares a partir dos quais
você pode falar sobre negócios: (1) seu perfil normal, que também
pode mostrar às pessoas que você faz parte do grupo de esqui
aquático para empreendedores, que você fez um teste segundo o qual
o personagem de filme mais parecido com você é o Chewbacca e que
você não vê a hora de ouvir o Bruce Springsteen num show amanhã à
noite; e (2) uma página de fãs.
Se você lida com comércio e está lendo este livro, precisa ter uma
página de fãs no Facebook. Por que, se seu perfil pode oferecer
exatamente as mesmas informações? Porque um perfil está limitado a
cinco mil pessoas. Então, se você é como eu e está tentando fazer sua
marca crescer, não vai querer deixar de fora os 19 mil pedidos de
“adicionar” pendentes, por um lado porque seria um mau negócio,
por outro porque você iria parecer um idiota. Quem já ouviu falar de
um negócio com um limite de cinco mil clientes? Sua página de fãs
também permite que você mande e-mail para todos de uma só vez e
também que as pessoas interajam com ela. Se alguém participar da
sua página ou escrever algo nela, aparece no newsfeed — “Gary
Vaynerchuk é fã de Bob Carpinteiro” — e meus amigos podem ver, o
que pode deixá-los curiosos, levando-os a visitar a página de Bob
Carpinteiro. Nela, verão atualizações relacionadas a seus negócios,
fotos de suas criações e um link para seu blog, no qual existe um vídeo
dele trabalhando enquanto conta como projetou uma mesa de jantar
com três pés, o que resulta numa oportunidade de venda. Por fim, o
diretor da Sociedade dos Designers de Móveis pode visitar o blog de
Bob e chamá-lo para falar na próxima conferência do grupo. Então
uma revista especializada em móveis telefona. Não muito tempo
depois, Bob já está ganhando dinheiro fazendo suas belas mesas e
falando sobre elas em todo o país. Obrigado, Facebook!
Se você estava usando um perfil normal ou já criou um grupo para
seus negócios, não o abandone. Basta deixar um link na página de seu
antigo perfil ou grupo que direcione à sua nova página de fãs.
Ainda que sua página de fãs deva conter sempre uma mensagem
direcionada aos negócios, algumas pessoas também usam o perfil
pessoal para falar sobre eles. Isso é com você e com seu DNA. O que
você faz com o Facebook (e com o Twitter, sobre o qual falarei em
seguida) deve ser um reflexo exato de como você vive seu dia a dia.
As pessoas que têm experiên- cia no ramo dos negócios já sabem que
grande parte dos relacionamentos e do desenvolvimento de uma
marca ocorre em ambientes informais: um jogo de futebol, um
passeio, ao desenrolar a coleira dos cachorros etc. Se você fala de
trabalho em qualquer evento social, se conversa com quem senta ao
seu lado no avião ou se entrega seu cartão quando está no casamento
de seu primo, então seu perfil pessoal também deveria atualizar as
notícias sobre seus negócios para todos os que visitam sua página. É
uma extensão do seu cotidiano. Ocasionalmente, entretanto, você deve
misturar com outras coisas e deixar que as pessoas saibam disso, para
que possam sentir um pouco de sua personalidade. É totalmente
possível incluir uma mistura saudável de notícias como “Adoro tomar
suco no café da manhã” junto com “Acabei de vender minha
milionésima unidade” ou “Daqui a duas horas vou dar uma palestra
on-line sobre mídia interativa. Quem quer participar?”. O mais
importante é ser autêntico, ser você mesmo. Essa autenticidade é o
que lhe dará sua maior oportunidade para ter sucesso.
Há filtros de privacidade no Facebook que permitem que você crie
grupos de contatos e amigos de forma que só alguns vejam algumas
partes da sua página — como a página de informações na qual você
pode colocar seu histórico profissional —, e não outras, como as
atualizações em que você diz estar de ressaca. Meu conselho pessoal
seria que você ignorasse as configurações de privacidade, porque não
acho que seja útil colocar restrições em sua marca; mas, se você não se
sente bem expondo-se tanto ao mundo, é melhor usar os filtros. Há
um custo inerente para os negócios, mas os custos comerciais nunca
devem ter prioridade sobre os custos pessoais.
TWITTER
Quando você estiver lendo isso, “twittar” provavelmente já vai ter
se tornado um verbo; as pessoas vão twittar assim como elas xerocam
ou postam. Como no Facebook, você usará o Twitter para publicar
conteúdo, mas em formato de pílulas — 140 caracteres, no máximo —,
e também seguirá o conteúdo em pílulas de outras pessoas.
Muita gente reage ao Twitter com ceticismo. “Quem vai querer
saber que estou indo fazer as unhas ou que estou comendo peixe no
jantar?” Mas no dia em que vi o site soube que estava olhando para o
pulso da sociedade; era a maior mudança nas regras do jogo que eu
havia visto desde o Facebook. Você acha que as pessoas ainda estão
confusas? Então deveria ter visto como era em 2007, quando comecei a
usar e falar sobre o Twitter. O que eu sei é o seguinte: muitas pessoas
querem saber todos os detalhes do que você está fazendo e pensando;
elas só não querem admitir isso. Todos nós temos tendências ao
voyeurismo; o Twitter apenas nos dá permissão para ceder a elas. Mas
o fato de você poder compartilhar seu cardápio do jantar com
milhares de pessoas instantaneamente nem mesmo faz parte das cinco
maiores razões pelas quais o Twitter talvez seja a mais poderosa
ferramenta de construção de marca em sua caixa de ferramentas.
Em primeiro lugar, ele tem um enorme poder de endosso. Quando
alguém “retweeta” o que você disse, está declarando que você é
interessante e merece a atenção de outras pessoas. Isso tem muito
valor. O retweet permite que qualquer um dissemine de forma rápida
e eficiente, para todo o planeta, conteúdo que pareça profundo, sério,
engraçado ou relevante. O Tumblr possui uma opção similar, o
“tumble”, mas o Twitter tornou-se muito mais popular, e há muito
mais gente prestando atenção nele. Desde o início ele foi desenvolvido
para ser uma plataforma móvel. Então, apesar de o Facebook ter um
aplicativo para que ele seja acessado via celular, o Twitter se
posicionou tão fortemente como marca de relacionamento social
móvel que a maioria das pessoas irá usá-lo antes.
Em segundo lugar, ele fornece a oportunidade de fazer press
releases, permitindo que as empresas tenham um relacionamento mais
próximo com seus clientes. O Twitter reduz os seis graus de separação
a um só. Também se tornou uma ferramenta básica para que os líderes
da indústria digam ao mundo o que estão fazendo e, talvez mais
importante, o que está passando por sua cabeça. Além disso, permite
que as companhias reajam rapidamente às reclamações de seus
usuários. Por exemplo, assim que li um post que dizia que minhas
tarifas de frete eram muito altas, pude responder e lidar com a queixa
do cliente imediatamente. Com o tempo, veremos cada vez mais
exemplos de empresas respondendo a uma avalanche de tweets, como
quando a Motrin foi atacada por mães blogueiras por causa de um
anúncio que elas consideraram ofensivo aos cuidados paternais, ou
quando a Amazon se defendeu de acusações de censura por meio do
que o New York Times chamou de “fúria de tweets”, porque um “erro
de catalogação” retirou de seu ranking de vendagem e da página de
pesquisa principal milhares de livros, muitos dos quais continham
temas homossexuais. A questão, contudo, é que as empresas não
precisam e não devem esperar até que aconteça uma calamidade para
prestar atenção ao que as pessoas estão dizendo. A principal
maravilha do Twitter e do Facebook (assim como de qualquer outro
site de relacionamento social) é que eles oferecem uma ótima
oportunidade para que cada empreendedor ou empresa possa estar
sempre ciente do que seus consumidores pensam a seu respeito. Esse
tipo de interação com os consumidores deveria acontecer em todas as
empresas, todos os dias.
Em terceiro lugar, o Twitter é uma ferramenta de pesquisa e
desenvolvimento que permite que você use a fonte de informação das
massas. Quem precisa de grupos de foco ou mesmo de índices de
audiência quando é possível colocar no Twitter a pergunta “Vocês
estão assistindo a Poodles que dançam com as estrelas e acham que vale a
pena manter o programa no ar?” — e, logo em seguida, receber uma
resposta direta de sua audiência? Você pode usar o Twitter para se
manter a par de tudo o que seus concorrentes estão fazendo, bem
como das reações dos clientes deles também. A loja Saks abriu
recentemente um departamento de calçados em Nova York e fez um
acordo com os correios para que a seção tivesse seu próprio CEP. Se
eu trabalhasse nas concorrentes, como Bloomingdale’s ou Bergdorf, já
teria acionado o dispositivo de busca do Twitter (mais informações
adiante) para checar o que as pessoas estavam dizendo sobre essa
ação de marketing.
Em quarto lugar, o Twitter permite que até a mais tola de suas
perguntas se transforme em oportunidade para uma conversa. O
Google e o YouTube são formas confiáveis de obter informações, mas
são vias de mão única. Você pergunta e recebe uma resposta, ponto
final. Você pode mandar e-mails, mas fica limitado ao grupo de
pessoas que conhece diretamente. Mas, se twittar algo como “Tem
algum especialista em PowerPoint por aí?”, vai atingir milhares de
pessoas, e a primeira coisa que vão querer saber quando responderem
é o que você está apresentando e para quem, o que abre muitas
oportunidades de falar sobre o que você faz e quem você é. Pronto:
você já estará construindo o valor de sua marca. O Twitter é uma via
de mão dupla que pode levá-lo bem longe, e bem rápido.
Em quinto, é um ótimo veículo para espalhar suas intenções
relacionadas ao comércio. Quem está lendo este livro deve ter a
intenção de comercializar algo; quer construir uma marca, vender um
produto, encontrar um emprego. Expresse essas intenções no Twitter
e você ficará impressionado com o número de pessoas que
responderão.
O melhor uso para o Twitter, contudo, é atrair pessoas para seu
blog. Escreva mensagens de 140 caracteres chamativas e bem-boladas,
com qualidade suficiente para convencer as pessoas a descobrir mais
sobre você e consumir seu conteúdo.
Você pode publicar um excelente conteúdo no Twitter — muitas
pessoas usaram o site de forma exemplar para construir suas marcas
—, mas, por conta do limite de 140 caracteres, é preciso enviar muitos
tweets para ter o mesmo tipo de impacto que conseguiria com seu
blog. Além disso, sempre há o risco de alguém encarar como spam se
você ficar enviando dezenas de mensagens. Parece-me mais eficaz
vincular os tweets a seu blog. Mesmo pessoas reconhecidas por sua
presença no Twitter criam links para seus blogs. Chris Sacca é um
mestre do Twitter, mas tem um blog. É verdade que ele só atualiza o
blog uma vez por mês. Ele não pediu minha opinião, mas acho que
agregaria ainda mais valor à sua marca se blogasse todos os dias. Isso
daria às pessoas ainda mais razões para ficarem por perto dele. Mas,
como já disse, cada um tem seu DNA.
Se você não está usando o Twitter porque faz parte do grupo de
pessoas que o considera idiota, você está fazendo besteira. Não
importa se você acha idiota ou não, o Twitter é uma forma de
comunicação gratuita. Isso, por si só, tem valor, e você deveria tirar
proveito. Use-o da mesma forma como usa seu celular, um mapa ou
um GPS: é só mais uma forma de estar perto das pessoas e dos lugares
de que você precisa.
Para se inspirar, dê uma olhada em “50 Ideas on Using Twitter for
Business” [Cinquenta ideias sobre como usar o Twitter para negócios]
em www. chrisbrogan.com/50-ideas-on-using-twitter-for-business/
Com um custo inicial muito baixo e tempo, o Twitter permite que
um consumidor fale com várias pessoas no mundo sobre o que ele
acha legal, horrível ou interessante. Faça as coisas direito e poderá se
tornar o assunto legal e interessante que vai ser colocado em
circulação, o que vai atrair pessoas para seu blog, o que vai chamar a
atenção de pessoas com dinheiro no bolso. Há dez anos levaria meses,
talvez anos, para gerar esse tipo de boca a boca. Hoje leva poucos
segundos.
Quero compartilhar com vocês o melhor tweet de negócios de
todos os tempos:
“O que posso fazer por você?”
Você vai ficar surpreso com o retorno. Seus negócios devem servir à
sua comunidade. Nunca se esqueça disso.
Em maio de 2009, quando este livro foi impresso nos Estados
Unidos, Search.Twitter.com era o site mais importante da internet.
Search.Twitter oferece a capacidade de medir o pulso de um assunto.
Por exemplo, digamos que você trabalhe para a Wyeth Consumer
Healthcare, indústria de farmacêuticos, especificamente para o Advil,
um remédio contra dores de cabeça. Entre no Search.Twitter e digite
“dor de cabeça”, ou digite isso no campo de pesquisas de sua página
no Twitter. Você verá que vinte pessoas usaram “dor de cabeça” em
seus tweets nos últimos três minutos, inclusive uma mulher chamada
Jillian, que disse: “Dor de cabeça insuportável. Alguém me dê uma
marreta.” Você pode clicar no botão “Follow”. Se ela escolher segui-lo
também, você poderá mandar uma mensagem direta (DM) para ela ou
responder em público com um @reply dizendo algo como: “Oi, Jillian,
trabalho com o Advil e vi que você está com dor de cabeça. Que pena.
Gostaria de lhe mandar uma caixa de nosso produto. Me mande uma
DM com seu endereço se estiver interessada.” Muitas pessoas vão
tirar proveito da oportunidade de conseguir um produto grátis, e você
terá criado a experiência mais íntima com uma marca que qualquer
um já experimentou. Se eu fizer uma pesquisa agora, vou descobrir
que 15 pessoas nos últimos 23 minutos disseram que estão com sede.
Essa é uma oportunidade de ouro para alguém no ramo de bebidas
energéticas, de água mineral ou mesmo de vinhos.
Mas como não ser desagradável nem tampouco criar uma
mensagem que pareça spam? Cada um tem uma ideia diferente do
que é desagradável — eu, por exemplo, não me importo de falar com
alguém interessado em me mandar algo grátis e que eu realmente
possa usar. Lembre-se de que a única forma pela qual o fornecedor de
conteúdo pode contatar alguém é essa pessoa escolher segui-lo —
você não pode enviar uma mensagem direta se isso não acontecer. É o
equivalente a estender sua mão e deixar que alguém escolha apertá-la
ou não. É sempre possível usar a opção de responder a todos (@reply),
mas, para mim, isso é o mesmo que gritar “Ei, cara!”, em vez de
estender a mão — é um pouco menos educado. Você também deseja
criar uma mensagem proativa e bacana. Não adianta dizer para Jillian
comprar o produto; dê a ela a chance de experimentá-lo, se quiser.
Também não esconda seu vínculo com a empresa e a marca. Se
alguém decidir segui-lo, verá em seu perfil que você é gerente da
marca Advil. Se for transparente e honesto, a maioria das pessoas
estará disposta a ouvir o que você tem a dizer sobre seu produto. Mas,
assim que você resolver enviar uma DM para alguém e essa pessoa
chegar à conclusão de que você parece ter segundas intenções, ela vai
parar de segui-lo. O detector de mentiras das pessoas é melhor do que
qualquer filtro antispam que você já tenha visto. Não traia a confiança
delas.
Pensando em seu blog como sua casa, plataformas como o Twitter e
o Facebook são sua casa no campo. Não é possível colocar um
conteúdo extenso nesses sites — bem, é possível, mas não é eficaz e eu
não recomendo —, e você precisa de um lugar que lhe permita fazer
negócios sem que as pessoas precisem ser membros para vê-lo. Seu
conteúdo reside o tempo inteiro em seu blog, e essas plataformas
servem para que você divulgue sua marca e atraia olhares de volta
para sua casa.
Quando este livro foi colocado em pré-venda, usei tanto o Twitter
como o Facebook para atrair pessoas para o blog e, mais importante,
converter meus botões de ação em oportunidades de construir minha
marca. O que eu fiz? Coloquei um vídeo no blog anunciando
entusiasticamente o lançamento do livro. Falei sobre o que era e por
que significa tanto para mim. Além dos já esperados links para a
Barnes & Noble e para a Amazon, incluí uma linha que dizia: “Fale
sobre este livro para seus amigos”, com links para o Twitter e o
Facebook logo abaixo. Se você escolhesse o Twitter, veria um tweet já
escrito e pronto para ser enviado, incluindo um link de volta para
meu blog e, especificamente, outro para o vídeo anunciando o livro.
Se selecionasse o Facebook, encontraria uma caixa de mensagem na
qual poderia escrever um comentário e depois atualizar sua página
usando essa mensagem e um link para meu blog. Além disso, incluí
um botão no blog que dizia “Apoie o livro do Gary”, remetendo a
outra página em que eu agradecia o seu interesse e fornecia um
widget do livro que você poderia acrescentar ao seu próprio site ou
blog. Essa página também incluía links para o Twitter e o Facebook e,
como sempre, meu endereço de e-mail.
Dá para notar que sou um grande fã do Twitter e do Facebook, mas
ambos se tornaram um grande sucesso, e a competição é forte, então
estou pensando numa nova estratégia. Por que não explorar sites
similares ao Facebook, apesar de haver menos peixes em seu lagos? É
verdade que os lagos serão menores, mas pelo menos não haverá
tantos pescadores, o que significa que sua rede vai acabar ficando
mais cheia. Tenho prestado muita atenção aos seguintes sites:
• Plaxo, um site profissional
• High Five
• Bebo, que é um sucesso no Reino Unido e também a ter ceira
maior rede de relacionamentos depois do Facebook e do MySpace
•FriendFeed
• Orkut, um grande sucesso no Brasil
FLICKR
Esse site de compartilhamento de fotos é definitivamente um lago
em que vale a pena pescar. Tem muitos usuários apaixonados, embora
eu não seja um deles pelo simples motivo de que fotos não significam
nada para meu DNA. Mas significam muito para várias outras
pessoas. Qualquer plataforma que tenha muitas possibilidades de
pesquisa é um lugar importante para se encontrar uma oportunidade
de mercado, e há milhões de pessoas pesquisando no Flickr. Como
vale para qualquer conteúdo, você precisa trabalhá-lo nesse site de
duas formas. Você pode publicar fotos para que as pessoas cliquem
nelas, descubram quem você é e então cliquem no link para seu blog
ou pode clicar nas fotos de outras pessoas e deixar comentários que
sejam intrigantes o suficiente para que elas se deem o trabalho de criar
um link até você. Se sua paixão é algo que funciona bem em
fotografias — pássaros, joias, cortes de cabelo ou design de interiores,
por exemplo —, você pode se sair muito bem no Flickr. Se eu der uma
festa com degustação de vinhos, posso colocar fotos do evento, o que
pode chamar a atenção de alguém. Ou, se eu postar o rótulo de todos
os vinhos que comento em meu programa, teoricamente poderia
trazer muito mais tráfego para meu site. Na verdade, agora que pensei
no assunto, não faz sentido não ter feito isso ainda. Qualquer um que
goste de vinhos deveria conseguir me encontrar no Flickr, então é
melhor eu ir cuidar disso.
Admiro a Moo (www.moo.com) porque ela usou o Flickr e o
Facebook para reinventar produtos já batidos: cartões de visita, blocos
de anotação e adesivos. Os clientes podem usar suas próprias fotos ou
enviar imagens de qualquer site que tenha parceria com a Moo. É
possível até mesmo imprimir uma imagem diferente em cada cartão
dentro de um mesmo pacote, de forma que cada pessoa escolha seu
favorito, gerando um tema de conversa em torno de sua marca. Isso
prova que qualquer produto pode dar grandes resultados se for
abordado de um novo ângulo.
USTREAM.TV
É essencial enfatizar a importância do Ustream, um dos melhores
produtos para construção de marca que já usei. É uma plataforma que
permite que você transmita vídeos ao vivo, mas a parte mais bacana é
sua função bate-papo, que permite que você interaja com seu público
em tempo real, basicamente como em um programa de rádio.
Em que o conteúdo colocado no Ustream difere do que você coloca
no seu videoblog, se for esta sua mídia predileta? Pense em seu blog
como uma apresentação formal, um discurso preparado sobre um
tema predeterminado cuja mensagem e cujo conteúdo você controla.
Uma vez que você tenha terminado o discurso, acabou. Se alguém
deseja questionar algo ou pedir uma explicação ou comentários,
provavelmente poderá fazê-lo, mas vai levar algum tempo até receber
uma resposta. Quando você responder, provavelmente vai ter que
repetir o que havia sido perguntado antes. E, se você decidir retomar
as perguntas formuladas em outro vídeo, terá que torcer para que as
pessoas voltem e ouçam o que você tem a dizer.
Seu vídeo no Ustream permite que você fale sobre sua marca da
forma como faria em um jantar informal durante o qual tivesse a
oportunidade de andar pela sala e ir descobrindo o que cada pessoa
pensa. Ao responder às perguntas feitas via bate-papo enquanto você
está ao vivo, você pode estabelecer a mais poderosa experiência
interativa de marca que qualquer consumidor já viu. Nem mesmo um
programa de TV ao vivo permite esse tipo de imediatismo. É viciante:
as pessoas adoram saber que podem falar com você diretamente. E o
melhor de tudo: é de graça. O Ustream é outro exemplo clássico de
uma plataforma da internet que não custa nada para a marca e para o
produto, mas, ainda assim, gera um retorno fantástico.
Natasha Wescoat é uma artista conhecida por suas paisagens e
figuras oníricas. Ela está se tornando mais popular por conta do uso
de ferramentas de mídia social para se relacionar com seu público e
negociar com colecionadores e compradores em potencial. Como
resultado, seu negócio cresceu 50% em seis meses e seus contatos de
negócios aumentaram em 80%. Além do Twitter, ela usa o Ustream.tv
para transmitir ao vivo enquanto pinta no estúdio. Inicialmente era
uma experiência, mas, em uma semana, já havia pessoas comprando
seus quadros diretamente enquanto ela estava fazendo o programa ao
vivo. Desde então, Natasha passou a usar o site como ferramenta para
leilões e vendas do ateliê. Ao permitir que sua audiência a observe
enquanto cria algo, ela inspira as pessoas a comprarem os quadros
naquele exato momento.
ANÁLISES DE VISITAÇÃO
Uso as análises de visitação muito raramente, e recomendo
fortemente que você não acredite muito nelas, principalmente se tiver
um bom instinto para os negócios. Muitas vezes as estatísticas e os
percentuais relacionados ao meu negócio não estão de acordo com o
que meu instinto diz ser verdade, e confio mais no meu instinto do
que nos números, sempre. E se as análises disserem que você só teve
sete visitas no Break.com em dois meses? Você vai parar de publicar
nessa plataforma? Os dados dizem que provavelmente deveria fazer
isso, mas o que você nunca vai saber é se um desses sete visitantes era
um produtor de TV. Nada garante que isso não vá acontecer.
Os números podem ser uma armadilha que altera seu
comportamento. As pessoas veem que só tiveram cinquenta visitantes
em algumas semanas, decidem que não levam jeito e, em seguida,
param de tentar com dedicação. Ou dão sorte, um vídeo faz sucesso, é
visto mil vezes, e elas acham que estão com tudo, então param de
tentar com dedicação. Medidas podem ser úteis, é claro, mas o efeito
de suas interações on-line e o entusiasmo crescendo em torno de sua
marca não são refletidos com exatidão pelo número de visitantes que
você tem. Isso não tem a ver com quantos visitantes você tem, mas
com quão apaixonados eles são. Se você for mesmo levar as análises
de visitação em consideração, elas devem permanecer como um fator
secundário. Concentre a maior parte de sua atenção no
posicionamento geral de sua marca.
O Facebook Connect é um serviço que permite que novos usuários
de seu site possam pular o longo processo de registrar os dados
pessoais — quantas centenas de vezes você já preencheu campos com
seu nome, endereço, senha etc.? —, retirando-os da página do
Facebook do usuário em questão. Ele também aproveita os dados do
perfil do usuário para evitar que as pessoas precisem preencher de
novo toda aquela parte sobre informações pessoais e profissionais no
novo site. O Facebook Connect economiza bastante tempo para seu
público. Além disso, quando um membro do Facebook clica em
“Connect with Facebook”, um aviso é mandado para as notícias dos
amigos dele no Facebook e também para o mural, dizendo que ele é
agora um usuário do seu site. A essa altura você já deve ter entendido
por que isso é bom: pessoas cujo gosto se parece com o de seu novo
usuário veem aquele aviso e pensam: “Hum, o que é isso?”, e acabam
indo ver por conta própria. Se você estiver contando suas histórias
direito e criando um conteúdo formidável, não há razão para que não
voltem e tragam outros amigos.
Creio que ainda vamos ouvir falar muito do Facebook Connect. Ele
permite uma interação e uma criação de sites tão rápidas que têm o
potencial para se tornar tão onipresente e necessário quanto seu
telefone celular e sua conta de e-mail.
Você pode encontrar uma lista abrangente de muitas outras
ferramentas e aplicativos (em inglês) em
www.somewhatfrank.com/2008/12/social-media-my.html
Visite também os blogs:
• TechCrunch
• ReadWriteWeb
• GigaOm
•SocialTimes
• Endgaget
DIFERENCIE-SE DA MASSA
Tudo de que falamos neste livro até aqui — paixão, conhecer a si
mesmo, criar uma marca pessoal, boca a boca — tem sido importante
em todos os negócios bem-sucedidos da história. Os sites de
relacionamento social apenas mudaram o jogo, fornecendo aos
empreendedores uma razão para deixar de lado a mídia e as
plataformas tradicionais, atualmente em baixa, e adotar um método
de comunicação que abre para eles mercados que seriam inacessíveis
até poucos anos atrás.
A questão é que o simples fato de estar presente nessas plataformas
não vai colocá-lo à frente de seus competidores, porque a maioria
deles já entendeu que precisa participar do Twitter e do Facebook,
sem falar de várias outras plataformas que mencionamos. Então como
você vai se diferenciar de todos os outros palhaços? (“Palhaços” está
sendo usado, naturalmente, no melhor sentido possível.) Você vai
criar um conteúdo melhor, e vai fazer isso usando as ferramentas que
acabamos de mencionar.
Vitaminas podem fazer bem para seu corpo, mas de nada
adiantarão se você não juntar exercícios, uma dieta adequada e até
vacinas a seus hábitos saudáveis. O mesmo vale para essas
plataformas. Cada uma, individualmente, dá à sua marca pessoal
força e alcance, mas, se usadas em conjunto e de forma adequada,
podem torná-lo alguém de peso em seu mercado.
A outra coisa que você tem que aceitar é que ter um bom conteúdo
e ser acessível via internet não são o bastante para colocar sua
empresa entre as primeiras. Há muita gente gerando bom conteúdo, e
todo mundo tem acesso às mesmas ferramentas que você. O que nem
todos têm (mesmo quando pensam o contrário), como vamos
examinar no próximo capítulo, é que faz toda a diferença. Afinal,
muita gente pode tocar piano, mas nem todo mundo pode ser o Billy
Joel.
AMBIÇÃO
Já disse várias vezes que, se você viver a fundo sua paixão e
explorar ao máximo as ferramentas de rede social, as oportunidades
de ganhar dinheiro surgirão por si mesmas. Também já disse que, se
você quiser chegar lá, tem que ter certeza de que seu conteúdo seja o
melhor em sua categoria. Você conseguirá ganhar muito dinheiro
honestamente, ainda que seja o quarto, ou o nono, melhor em algo.
Mas, se realmente quiser vencer os concorrentes e ganhar muito
dinheiro, terá que ser o melhor. Faça isso, seja isso e ninguém será
capaz de alcançá-lo.
Mas há uma exceção. Alguém com menos paixão e talento e um
conteúdo pior pode liquidar você se estiver disposto a trabalhar por
mais tempo e com mais afinco do que você está trabalhando. O nome
disso é ambição. Sem ela, você pode fazer suas malas e ir para casa.
Aposto que a maioria das pessoas que vai ler este livro acredita
trabalhar bastante. Muitas provavelmente estão cansadas de jornadas
longas e prazos inflexíveis, além dos chefes exigentes geralmente
encontrados no mundo corporativo, e podem achar que ser um
empreendedor será mais fácil. Detesto desapontá-lo, mas, se você está
lendo isto em busca de maré mansa, essa não é sua praia. Pode ser que
você tenha mais flexibilidade de horários caso se dedique a construir
sua marca pessoal em tempo integral, mas, por outro lado, supondo
que você esteja fazendo tudo certo, seus olhos vão sangrar de tanto
olhar para a tela do computador. Você talvez ache que seu antigo
chefe era ruim, mas, se quiser que seus negócios avancem, é melhor
que seu novo chefe seja um carrasco!
Muitas pessoas não querem enfrentar a dura realidade de trabalhar
todos os dias, a cada minuto que puderem. Se você quer ganhar
dinheiro usando mídia social, não vai poder trabalhar durante três
horas e depois jogar videogame o resto da noite. Não é assim que
funciona. Ninguém ganha 1 milhão de dólares sem trabalhar muito
duro, a menos que ganhe na loteria.
Uma coisa boa a respeito da ambição, no entanto, é que ela também
serve para nivelar o jogo. Há 15 anos você podia saber tudo a respeito
de seu DNA e sua paixão, mas as chances de que você arrasasse nos
negócios eram de uma em um bilhão — as plataformas e os canais
eram estreitos e protegidos demais por alguns vigilantes bem severos.
Agora todos podemos aproveitar a explosão de ótimas plataformas
gratuitas disponíveis na internet, enquanto essas mesmas plataformas
tornam os vigilantes cada vez mais irrelevantes. E agora já não é uma
história especialmente interessante você conseguir alcançar o topo
sem ter uma família conhecida, dinheiro ou diplomas, porque todo
mundo pode fazer isso. A única diferença no jogo é sua paixão e sua
ambição. Nunca olhe para alguém que tem mais capital ou conexões
que você e pense que não é possível competir. Você talvez tenha
apenas um negócio de 1 milhão de dólares, enquanto seu maior
concorrente pode ter um negócio de 50 milhões de dólares, mas, se
você puder trabalhar mais do que ele, com o tempo vai vencer.
Qualquer coisa insana tem um preço. Se levar a sério a construção
de sua marca pessoal, não vai ter tempo para videogames. Não vai ter
tempo para jogar Scrabble, para o clube do livro, pôquer ou futebol.
Haverá tempo para comer, estar com pessoas importantes e brincar
com as crianças, mas, fora isso, você vai ficar na frente do computador
até as três da manhã toda noite. Se estiver desempregado, for
aposentado e tiver o dia inteiro para trabalhar, talvez consiga desligar
tudo por volta da meia-noite. Mas saiba que vai custar caro em termos
de tempo.
A questão é que, se estiver vivendo sua paixão, você desejará
deixar-se tomar pelo seu trabalho. Não há brecha para relaxar no sofá,
comendo pipoca e assistindo TV, mas você não vai sentir falta disso.
Você não vai estar estressado ou cansado, mas relaxado e revigorado.
A paixão e o amor pelo que faz vão possibilitar que você trabalhe
durante o tempo necessário para o sucesso. Você vai perder a noção
do tempo, irá para a cama relutantemente e, quando acordar, estará
animado para fazer tudo outra vez. Estará vivendo e respirando seu
conteúdo, aprendendo tudo o que puder sobre seu assunto, sobre suas
ferramentas, sobre a concorrência, e falando sem parar com outras
pessoas interessadas nas mesmas coisas que você.
Por mais que você trabalhe no limite, não espere obter resultados
logo de cara.
Posso dizer que isso nos leva à grande questão que derruba muitos
dos bons empreendedores que estão tentando construir sua marca on-
line.
PACIÊNCIA
Noventa por cento das pessoas que falam comigo estão no “modo
de reclamação”, em geral dizendo algo como: “Estou trabalhando
duro, dando tudo de mim, e nada acontece. O que há de errado?” Aí
eu pergunto: “Há quanto tempo você está nisso?” E normalmente me
respondem algo como “Seis semanas”. Seis semanas? Ninguém
constrói um negócio em seis semanas, dois meses ou seis meses. Se
você me procurar menos de um ano depois de ter começado seu
negócio para reclamar que ainda não ganhou o dinheiro que esperava,
não está prestando atenção. Eu disse que você pode ganhar muito
dinheiro e ser feliz. Não disse que isso aconteceria da noite para o dia.
As pessoas me ouvem falar sobre o que é necessário para capitalizar
suas marcas pessoais, e às vezes acho que elas apagam as partes que
não querem ouvir. Pensam: “Tenho uma paixão, tenho ambição como
ninguém mais tem. Paciência? Ah, isso é para os outros; eu vou
turbinar essas história!” Mas paciência é o ingrediente secreto. Depois
que você tiver montado seu site, não deve parar, repensar ou brincar
de adivinhação. Isso faria com que você parecesse inseguro e tolo. Se
você for paciente, é mais provável que faça planos e se prepare,
assegurando que tudo esteja no lugar antes de fazer as grandes
movimentações que lhe permitirão obter o máximo de retorno para a
sua marca.
Todo mundo fala muito sobre o fato de que se passou apenas um
ano e meio entre o lançamento do Winelibrarytv.com e o convite para
eu participar do programa do Conan O’Brien. Gravei os primeiros
episódios do programa em 2006, antes mesmo que a maioria das
pessoas começasse a assistir a vídeos on-line. Estou certo de que, se
lançasse o blog hoje, quando muita gente tem iPhones e assiste a
vídeos on-line, levaria ainda menos tempo para aparecer no radar de
todo mundo. Contudo, por mais rápido que tenha parecido o
surgimento dos resultados, garanto a vocês que levou um longo
tempo.
Lembram-se de que falei que eu tinha apenas 16 anos quando
comecei a trabalhar na Shopper’s Discount Liquors vendendo vinhos
para os clientes? Isso significa que ainda não podia beber nada
daquilo. Mas eu sabia que apreciar os vinhos — e portanto ser capaz
de vendê-los e conversar a respeito deles com confiança — significava
desenvolver um excelente paladar. Lia todas as resenhas de
degustação da Wine Spectator e comecei a aprender a identificar os
perfis de sabor de coisas que eu podia encontrar facilmente no
mercado, como pera, mamão, cereja, chocolate e amora. Mas não parei
por aí. Procurei coisas mais exóticas, como cassis, amoras silvestres
em conserva e carambolas (recentemente descobri as goji berries...
muito boas). Mas havia mais. Os críticos notavam traços de tabaco e
terra, e até mesmo de meias usadas, nos vinhos. Sabia que eles
estavam fazendo aproximações — eles não iam cheirar uma meia
usada —, e pensei: “Bem, se vou dizer que alguma coisa tem gosto de
meia usada, não é melhor eu descobrir qual o gosto disso?” Então fui
me educando. Aos 21 anos de idade, tinha desenvolvido um ótimo
paladar, apesar de ter bebido pouquíssimos vinhos.
Quando comecei a desenvolver a ideia para criar o Wine Library
TV e, mais tarde, o Garyvaynerchuck.com, sabia que precisaria ter,
para aprender a usar a mídia social, a mesma paciência e metodologia
que tinha tido com os vinhos.
Também foi a paciência que me ajudou a fazer o Wine Library
crescer. Eu tinha 22 anos e estava à frente de um negócio de 10
milhões de dólares. Cheguei lá usando a boa e velha ambição —
extraía o máximo de cada cliente que entrasse. Se eles entravam
querendo uma garrafa, normalmente saíam de lá com três. E eu estava
recebendo 27 mil dólares por ano. A maioria dos jovens que
transformam um negócio de 4 milhões de dólares em um de 10
milhões acha que merece comprar um relógio, um carro e um
superapartamento como recompensa por sua estratégia e pelo
trabalho duro. Sai dessa. Você vem em último lugar. Antes de investir
em si mesmo, você tem que investir em seu futuro a longo prazo. Isso
significa que seus lucros precisam ser canalizados de volta em
pesquisa, conteúdo e na sua equipe, se você tiver uma. Quanto mais
cedo você começar a gastar, menor será a janela para que você
consolide seu sucesso. Então, se contenha o máximo possível.
É por isso que, por mais que eu fosse ambicioso e estivesse sedento
por um megassucesso no desenvolvimento de negócios, eu não dei
um pio em lugar algum durante o primeiro ano e meio em que o
programa foi ao ar. Não tentei fechar nenhum contrato.
Provavelmente teria tido algum sucesso se tivesse sido mais
apressado, mas, sendo paciente e tendo a certeza de que eu sabia
exatamente o que estava fazendo, fui capaz de evitar dar um único
passo para trás quando começaram a surgir os convites para palestras,
as oportunidades de consultoria e os anunciantes.
Como um cara do meu tipo, obviamente nada paciente, ficou quieto
durante tanto tempo? Eu estava 100% feliz. Eu adorava o que estava
fazendo. Sabia, no fundo de meu ser, que meu negócio ia estourar.
Mesmo que não tivesse dado em nada, eu não teria nenhum
arrependimento, porque eu estava fazendo exatamente o que queria
fazer, do modo como queria que fosse feito.
Você entende agora por que é tão, tão importante que você
concentre seus negócios na sua paixão? Se você entrar num nicho
porque está seguindo o rastro do dinheiro, não vai aguentar. Há
trabalho demais a ser feito, e você vai ficar cansado, frustrado, e vai
acabar jogando a toalha. Você tem que pensar que construir sua marca
é como uma maratona, e não uma corrida de 100 metros. Vai levar
mais tempo para ver os resultados, mas dentro de sete, nove ou
quinze anos você ainda estará firme e forte, adorando o que faz.
Mas o que exatamente você vai fazer que será tão intenso em
termos de trabalho e tempo? Você tem que estudar seu assunto,
pesquisar as plataformas, manter seus posts no blog, fazer o que for
preciso para se tornar o maior especialista e a maior marca pessoal na
área escolhida. Mas, acima de tudo, você estará criando uma
comunidade.
CAPTURAR
Você acabou de atrair para seu blog uma pessoa interessada em seu
assunto. Agora faça exatamente o mesmo que eu quando alguém
entrava procurando uma garrafa de vinho e eu fazia com que voltasse
para casa com duas caixas: capitalize ao máximo cada interação. Nesse
caso, você não está dando algo para que as pessoas bebam; está dando
a elas algo em que pensar e, em última instância, algo do que falar. Se
seu conteúdo for inteligente, interessante, chamativo e divertido — e,
se você for o melhor, ele será tudo isso —, a maioria das pessoas que
acessarem seu blog ficarão felizes em se tornar leitores, espectadores
ou ouvintes regulares. Faça o possível para tornar isso mais fácil para
elas.
Já falamos sobre a importância da interface do usuário e dos botões
de ação no capítulo 6. Os botões de ação incluem:
• Assinatura (Subscribe) — permite que as pessoas concordem em
receber um e-mail sempre que você criar um novo post.
• Siga-me (Follow Me) — mantém seus visitantes a par de seus
tweets e atualizações de conteúdo.
• Faça parte da minha página de fãs (Join My Fan Page) — anuncia
na página de seus espectadores que eles gostam de você o suficiente
para serem seus fãs e ajuda a colocar seu site no radar de outras
pessoas.
• Compartilhar (Share) — facilita que seus seguidores colo quem
seu link no Facebook, no MySpace etc.
• Coloque no Twitter (Twitter This).
• Envie por e-mail (E-mail This).
Seu objetivo, a longo prazo, é tornar-se cada vez mais presente
e criar um número sempre maior de oportunidades para se
comunicar. Seu público passa a fazer parte da sua página de fãs. As
pessoas deixam comentários no seu blog. Retransmitem no Twitter e
no Tumblr os seus posts. Lentamente, mas com toda a certeza, os
amigos dessas pessoas passam a notar você e começam a fazer o
mesmo, então isso se espalha para os amigos deles e subitamente sua
pequena comunidade passa a ser uma grande metrópole.
O PODER DE UM SÓ
Como você sabe que criou uma comunidade? Quando uma pessoa
estiver ouvindo. A Wine Library TV era vista por cinco pessoas, no
início.
Não fique obcecado pelo número de amigos ou fãs que estão
seguindo você; as estatísticas têm pouca importância. O que importa
de fato é a intensidade do engajamento de sua comunidade e a
interação com você. Nesse momento, a qualidade das conversas é
muito mais reveladora do que o número de pessoas que participam
dela. Se o seu conteúdo fizer com que as pessoas falem o suficiente
para começar a fazer barulho, garanto que você verá mais pessoas
aparecendo na sua lista. Enquanto você notar que sua audiência está
aumentando, ainda que devagar, ao longo de quatro ou cinco meses,
você está fazendo tudo direito.
O dia em que notar que uma pessoa está lendo, assistindo ou
ouvindo você, será um dia que deve ser celebrado. É maravilhoso
saber que alguém se importa com o que está acontecendo no seu
mundo, na sua vida, na sua cabeça. Dê muito valor às pessoas. O
poder do boca a boca de alguém interessado tem um alcance incrível.
Confie em mim: um dia você vai sentir falta de sua comunidade
pequena e intimista, na qual podia manter longas conversas e
conhecer bem as pessoas. Sei que eu sinto. (Mas continuo tentando
estar lá todos os dias.)
PRÓXIMOS PASSOS
Agora que você tem uma comunidade, já tem um lugar onde
poderá colocar em ação uma excelente estratégia de marketing. A que
eu uso é a melhor do mundo, e nunca me deixou na mão.
PROPAGANDA
Falou-se muito sobre o fato de revistas e jornais estarem indo mal
porque as empresas estão retirando seus anúncios na atual recessão.
Bem, é claro que é verdade; o custo do espaço para se anunciar em
rádios, revistas e jornais não está de acordo com o retorno obtido no
mundo de hoje. Mas as empresas precisam vender se quiserem
continuar ativas, o que significa que, mesmo que as verbas sejam
menores do que eram antes, as companhias têm que gastar dinheiro
para lembrar aos consumidores que existem. Se quiserem vender um
produto, precisam anunciar. A diferença, agora, é que elas não vão
desperdiçar dinheiro fazendo apostas e vendo no que dá. Há centenas
de bilhões de dólares em verbas para anúncios que precisam
encontrar um destino. Vão acabar indo para o mundo on-line, porque
esse universo corresponde ao melhor retorno de investimento que os
anunciantes podem encontrar. Lembre-se de que aonde as pessoas —
consumidores — vão, o dinheiro vai, e elas estão passando cada vez
mais tempo na blogosfera. Se houver uma comunidade ativa, vigorosa
e apaixonada que passe um tempo no seu blog, não há razão alguma
para que os anunciantes não gastem parte dessa verba de anúncios
nele também.
Por exemplo, você é Sally Jardineira, do interior de Nova York, e
decidiu capitalizar sua paixão: hortas. Deixou comentários e iniciou
conversas com milhares de outros horticultores ávidos até conseguir
notoriedade como a pessoa mais divertida e que mais entende de
jardinagem da rede. Você é boa nisso, muito boa. Pessoas que não
sabiam nada do assunto foram a seu site assistir ao episódio em que
você usa uma pistola d’água para defender seu último tomate de um
esquilo faminto, antes de perdê-lo para o outro esquilo, parceiro no
crime, que estava escondido nas sombras, atrás de você.
Seu primeiro instinto, ao pensar em formas de tornar o site
lucrativo, pode ser o de participar de algo como o Google AdSense,
que possibilita a colocação de anúncios do Google relacionados aos
temas de seu blog. Não sou muito fã desse sistema porque acho que
ele tira a atenção do conteúdo do blog e faz com que sua página
pareça sem classe e visualmente poluída. Também não paga bem. É
decepcionante que tantos bons blogueiros tenham se tornado
dependentes disso; há diversas outras possibilidades criativas a
adotar.
Tenho uma ideia melhor:
1. Coloque banners com anúncios bacanas (no estilo de
decknetwork.net) para serem exibidos no topo ou na parte inferior de
seu site — mas não exagere!
2. Entre no Google, faça uma pesquisa sobre seu tema e dê uma
olhada em cada blog e site relacionado para descobrir que empresas
pagam para que os anúncios AdSense sejam publicados. Ligue para
todas as importantes. Se elas já estão gastando dinheiro com
propaganda na rede, por que não investiriam em você? Você pode
encontrar um vídeo sobre isso em GaryVaynerchuk.com:
http://garyvaynerchuk.com/search/cold+call.
PALESTRAS
Em seguida, comece a pensar sobre como entrar no circuito de
palestras. Você tem ideia de quantas palestras sobre jardinagem e
exposições de flores existem por aí? Encontre um tema ou tópico
inovador, ligue para os organizadores e se ofereça para dar uma
palestra grátis. O que você ganha com isso? O mesmo retorno que
consegue com seu excelente conteúdo on-line. É uma chance de: (a)
falar sobre o que você ama; (b) construir sua credibilidade; e (c) fazer
isso na frente de uma audiência interessada, dentre a qual podem
estar os organizadores de outras palestras ou exposições de
jardinagem que, após verem você falar, podem chamá-lo para fazer
isso nos eventos deles. Em relação às palestras que você apresentou de
graça, talvez seja preciso repetir a dose cinco ou seis vezes, mas, se
você for bom no que faz, sua plateia acabará esperando que você
esteja nesses eventos, e então os organizadores ficarão dispostos — até
felizes — a pagar você. Pode levar um tempo para chegar até esse
ponto, mas você é paciente, certo?
PARCERIAS
Você também pode pensar em criar um programa de parceria.
Nesse caso, você coloca no seu site um link de outro site que venda
produtos de jardinagem, por exemplo. Cada vez que alguém clica
nesse link e compra algo, você ganha uma comissão. É possível
ganhar um bom dinheiro assim. Pense: uma comissão de 20% sobre
um produto de 3 mil dólares é de 600 dólares. E o que você teve que
fazer para ganhar esse dinheiro? Não muito. A Amazon também tem
um programa de parcerias bastante popular, assim como outros sites
que trabalham com comércio eletrônico. Faça uma pesquisa no Google
sobre “programas de parceria” para descobri-los.
Um dos meus sites prediletos está cheio de parcerias, mas consegue
gerenciá-las com muita classe. Visite www.uncrate.com e veja.
Uma forma de gerar rendimentos que eu gostaria de ver as pessoas
usarem mais é a criação de um programa de parceria com um
comerciante local. Sally Jardineira poderia entrar em contato com uma
horticultura local e fechar um contrato, de acordo com o qual
receberia 10% de todas as vendas provenientes de cliques em seu blog.
Se alguém acha que isso pode parecer mercantilismo ou uma atitude
mercenária, não deve anunciar no blog algo em que não acredite.
Portanto, nunca faça parceria com uma empresa cujos produtos você
mesmo não compraria. Uma das formas de eliminar qualquer crítica
possível à colocação de anúncios ou links para parceiros em seu blog é
incluir uma explicação sobre os motivos pelos quais você está disposto
a apoiar especificamente essas empresas. Se você for honesto ao dizer
por que acredita no produto e por que decidiu permitir propagandas
em seu site, a maioria das pessoas vai entender. Além disso, a
sociedade está se acostumando ao merchandising de produtos em
filmes e televisão — creio ser uma tendência em crescimento.
VENDAS NO VAREJO
Desenvolva um produto que você possa vender, como boas luvas
para jardinagem, objetos decorativos, sabonetes, repelente, qualquer
coisa que você ame e que ache que faz melhor do que todo mundo.
Mais divertido ainda: venda produtos promocionais. Crie uma
camiseta que custe 5 pratas e venda pelo dobro. Se você tem dez mil
leitores ou visitantes, talvez mil comprem a camiseta, o que significa
um lucro de cinco mil, e não vai lhe custar quase nada para produzir.
Além disso, agora haverá pessoas vestindo ou usando algo que
contém o nome e o endereço de seu blog, gerando marketing gratuito
e divulgação boca a boca.
ARTIGOS
Entre em contato com revistas impressas, on-line e também com
outros blogs para escrever como colaborador. Se não estiverem
interessados em pagar, proponha uma permuta para mencioná-los no
seu blog. Aborde empresas de nutrição e alimentos sem fins lucrativos
e se ofereça para escrever para as newsletters deles. Converse com o
hortifrúti local e pergunte se pode contribuir para a publicação ou o
blog deles.
CURSOS
Convide pessoas para ir até sua horta com você e dê a elas a chance
de fazer perguntas. Não será possível cobrar muito em suas primeiras
aulas, mas, à medida que outras pessoas ficarem sabendo que você é
bom e virem os resultados em seus jardins, seu preço pode subir. Crie
um evento para divulgar seus cursos; junte-se a um chef local que
também esteja desenvolvendo sua marca pessoal. Após terminar a
parte de jardinagem, todos podem se juntar e preparar uma ótima
refeição vegetariana. Convide alguém de uma ONG para falar sobre
como e onde as pessoas podem doar aquilo que plantam em suas
hortas. Agende visitas escolares locais, para que as crianças passem
uma manhã com você.
LIVROS E TV
É quase um clichê lembrá-lo de que um bom blog pode gerar um
contrato de publicação. Desde se atracar com cada uma das receitas de
Mastering the Art of French Cooking [Dominando a arte da culinária
francesa], de Julia Child, até uma lista satírica de Coisas que os
Brancos Comem ou uma coleção de fotos de comidas malucas e
nojentas (Por Isso que Você É Gordo), os blogs há muito tempo têm
sido um artigo precioso no mundo editorial e têm provado seu
potencial para best-sellers. Os videoblogs também têm gerado
oportunidades para que seus participantes atuem na televisão.
Amanda Congdon, que começou fazendo videoblogs e apresentando
o Rocketboom, já foi a vários programas de TV (durante algum tempo
chegou a ter um acordo com a ABC e a HBO, mas parece que não deu
muito certo). Perez Hilton, blogueiro de celebridades, teve seu próprio
reality show e continua fazendo aparições na TV. Andy Samberg era
cultuado na internet, com sua comédia Lonely Planet, antes de se
tornar uma estrela do Saturday Night Live.
CONSULTORIA
À medida que seu número de visitantes for crescendo e seu blog
começar a receber atenção, com cobertura na imprensa, lucro com
anúncios e convites para falar em eventos, vão surgir também pedidos
de dicas e conselhos de muitos outros blogueiros na área de
jardinagem. Inicialmente você vai querer oferecer seu tempo de graça,
mas agora que está sentado em uma sólida base de conhecimentos,
deveria finalmente cobrar por seu tempo. Se soar correto e honesto, as
pessoas vão reagir de forma favorável, especialmente porque você
poderá dizer: “Já passei por isso.”
Como esse processo todo seria se sua paixão fossem jogos de
tabuleiro?
Bem legal, na verdade.
1- Comece um videoblog chamado Jogos na TV.
2- Mande um e-mail para todos os seus contatos perguntando se
pode pegar emprestados os jogos que eles têm em casa.
3- Faça uma resenha de cada um dos jogos. Examine a embala gem,
as origens do jogo, fale sobre coisas de que você gosta nele, coisas de
que não gosta, conte a história do jogo.
4- Coloque o conteúdo no ar e crie um link para uma parceria com
o eBay. Você ganhará uma comissão cada vez que alguém comprar a
partir do link.
5- Faça isso por muitos meses, o que vai gerar algum dinheiro.
6- Comece uma “Sexta do Colecionador”, um evento durante o qual
falará sobre um jogo raro ou valioso que você talvez nem tenha —
quem sabe um que esteja disponível para venda no eBay? Entreviste a
pessoa que o vende.
7- Faça muito barulho com seu conteúdo durante alguns meses, e é
perfeitamente possível que alguém de um programa de entrevistas o
convide para falar de jogos ou de blogs no programa.
8- Em algum momento você receberá um telefonema de um
fabricante de jogos pedindo para você falar num evento de vendas ou
se tornar garoto-propaganda da marca.
Pode dar certo. Ora bolas: vai dar certo!
MAIS PROPAGANDA
Qualquer um que seja capaz de criar um programa sobre
jardinagem que tenha uma audiência de dez mil pessoas tem todo o
direito de ir atrás dos grandes anunciantes. Tudo o que você precisa
fazer é comprar uma pilha de revistas de jardinagem, passar os olhos
para ver quem anuncia nelas e depois enviar pelo Twitter ou pelo
Facebook: “Oi, BMW, por que vocês estão gastando 50 mil em um
anúncio de página inteira na Casa e Jardim para ter pouco retorno se
podem gastar menos comigo e obter um retorno formidável?”
CRIANDO UM BOCHICHO
Tem mais uma coisa que você pode fazer, mas é preciso um tipo de
DNA muito específico para que isso dê certo. Lance seu site. Crie o
equivalente a alguns dias de conteúdo impressionante. Pegue o
telefone e ligue para grandes agências de publicidade que detenham
as contas das corporações e diga a eles o que você acabou de fazer.
Explique como sua experiência e sua paixão vão fazer com que isso se
transforme em algo sensacional. Diga que você pode lhes oferecer
uma oportunidade incrível de comprar o programa durante um ano
inteiro, enquanto você ainda é relativamente desconhecido. Em um
ano você conseguirá vender espaço cobrando 3 mil por episódio, mas,
como precisa do dinheiro agora, está procurando alguém para investir
e lucrar em conjunto. Se alguém se mostrar disposto a investir
imediatamente, você dará como retorno muitos anos de fidelidade ao
longo de sua carreira.
A proposta parece indecente? Estou lhe dizendo que, em algum
lugar, alguém está fazendo exatamente isso. De todas as pessoas que
lerem este livro, talvez dez consigam se dar bem usando essa ideia.
Quando você conseguir, mande um e-mail para
gary@vaynermedia.com.
Como se pode ver, há muitas oportunidades de se ganhar dinheiro,
ainda que seja pouco no início, canalizando dinheiro de fontes
preexistentes.
Alguns dos lagos que mencionei são menos profundos que outros e
talvez não gerem, de imediato, um retorno de acordo com seus sonhos
— 50 pratas aqui, trezentas ali. Por outro lado, quanto você está
ganhando com seu blog no momento? Nada? E você vai recusar 50
pratas?
Ouça o que eu digo: qualquer coisa é melhor do que nada. Isso não
significa que você deva fazer o que for por alguns trocados, mas
também não significa desprezar um valor baixo se não estiver
ganhando coisa alguma no momento. Muitas pessoas se acham as tais
quando, considerando o quadro geral, não são nada. Não se deixe
levar por sua própria propaganda — isso teria um impacto negativo
sobre suas decisões profissionais. Mesmo que você seja ambicioso,
comece devagar, comece pequeno, depois cresça gradualmente, de
forma inteligente. O dinheiro existe, e, mais importante, as
oportunidades também.
CAPÍTULO 12 - VÁ EM FRENTE
Quem chegou até aqui já sabe que gosto de contradições, então não
se surpreenderá quando eu disser que um dos conceitos mais
importantes para se ter em mente é diametralmente oposto a algumas
das ideias que já foram mencionadas.
Falei diversas vezes que, para criar um negócio bem-sucedido, você
tem que levar a sua paixão ao extremo. É verdade. Disse que, se você
não planejar as etapas nem decidir exatamente o que quer e para onde
quer que seus negócios se dirijam, você vai fracassar. Também é
verdade. Mas é igualmente verdade que, por mais que um
empreendedor precise ser comprometido, obcecado e focado em um
objetivo, também precisa praticar o que eu chamo de “negócios
reativos”, o que significa, essencialmente, que ele deve ser capaz de se
adaptar e mudar. É neste ponto que muitas empresas e empresários
perdem o jogo, quando se recusam a admitir seus erros ou deixam de
olhar para a frente e compreender o que pode impactar seus negócios
de forma negativa. Na vida, nada sai exatamente como planejamos, e
isso vale para todos os seus sonhos e objetivos empresariais
cuidadosamente planejados. Negócios reativos permitem que você
faça alguns movimentos cruciais quando o panorama começar a
mudar.
APAGUE INCÊNDIOS
Queria deixar claro que negócios reativos nada têm a ver com
mídia social. Todo empreendedor deveria colocar a ideia em prática,
mesmo que decidisse ignorar completamente as redes sociais (o que
seria tolo, mas é um caminho que muitas marcas já estabelecidas
resolveram seguir). Por outro lado, todas essas plataformas de rede
social lhe dão uma capacidade enorme para ser reativo, não apenas
por permitirem que você conduza sua marca para onde ela se encaixe
naturalmente ou para onde você descubra bolsões de interesse, como
também por lhe darem um grande poder de apagar incêndios.
Um exemplo relevante foi a forma como a Domino’s usou o
YouTube para reagir à publicidade negativa que sofreu depois que
dois funcionários filmaram a si mesmos fazendo várias coisas nojentas
com a comida antes de servi-la aos clientes. Muitas pessoas
mencionaram esse caso como uma prova dos aspectos negativos da
mídia social, já que dois imbecis puderam disseminar uma imagem
negativa da empresa para milhares de consumidores em poucos
minutos. A marca Domino’s, no entanto, não foi prejudicada. Todos
sabemos que há idiotas em toda parte, e algo assim pode acontecer em
qualquer lugar, de uma cadeia de fast-food a um restaurante chique.
Ninguém quer que façam besteiras com a própria comida, e
naturalmente os funcionários responsáveis devem ser punidos. Mas,
nesse caso, as ações deles não afetaram a marca. Na verdade, acho que
ela foi fortalecida, quando a empresa mostrou bons instintos reativos.
Respeito muito a velocidade com que foram a público e responderam
usando a mesma mídia do crime: um vídeo no YouTube. Foi positivo
para o CEO, Patrick Doyle, que, em sua mensagem, parece ser um
executivo corporativo bem tradicional tentando sinceramente
combater fogo com fogo. (Da próxima vez, sr. Doyle, tente olhar
diretamente para a câmera e deixe o roteiro de lado: faz uma grande
diferença.) CEOs e gerentes não precisam ter uma reunião de
emergência com seus departamentos de relações públicas para
debater sobre como lidar com um problema desses; deveriam saber o
que querem dizer e, em seguida, fazer isso. Para ter sucesso ao lidar
com tais situações é preciso rapidez, honestidade e transparência.
Compreendi isso como uma grande oportunidade para a Domino’s
virar o jogo. Eles, assim como qualquer outro restaurante fast-food,
deveriam abrir suas cozinhas e fazer transmissões diretas a que as
pessoas pudessem assistir em qualquer lugar, inclusive na fila,
enquanto esperam para pedir uma pizza. Para mim, adaptar-se dessa
forma à realidade de que os telefones celulares e flip cams (que vão
ser reunidos em um só dispositivo, continuo dizendo) vão sempre
encontrar uma passagem para o outro lado da cozinha seria um
exemplo notável de um negócio reativo.
O POLISHOP DA INTERNET
Acho inacreditável que isso nunca tenha sido feito a sério.
Ustream.tv e Justin.tv são plataformas gratuitas que funcionam como
um canal de TV ao vivo, gerando a oportunidade ideal para alguém
que seja um bom vendedor começar um Polishop on-line eficiente.
Encontre um apresentador ideal — ou seja você mesmo o
apresentador —, acrescente alguns elementos à mistura chamando
convidados — inventores, empreendedores, autores — e fale sobre
qualquer coisa que ache interessante, útil ou divertida. Você nem
precisa estabelecer acordos com vendedores para dar início ao
programa; basta criar links de parceria para todos os produtos que
acredite que vale a pena vender. Em algum momento os vendedores
vão começar a implorar para fazer parte de seu programa. Além disso,
você não precisaria de uma central de atendimento para lidar com
clientes e vendas. Enquanto você ou seu âncora falam sobre um
produto, basta colocar na tela uma caixa com um botão que permita às
pessoas clicarem e comprarem o que desejam. Não é preciso dizer que
você manteria um arquivo do seu conteúdo e separaria os produtos
em diversas categorias para que os consumidores pudessem encontrar
facilmente episódios passados e comprar o que quisessem.
PEPSILANDHOUSPLACE.COM
[2]* Você se lembra do que eu disse no capítulo 1 sobre fazer uma parceria com alguém cujo DNA complementa o
seu? Para criar este livro, me associei a uma pessoa que sabe escrever e ditei o texto.
[3]* No Brasil, o registro é possível no site www.registro.br. (N. do T.)
[4]* Ver nota da p. 89. (N. do T.)
Sumário
Vai fundo