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Volume I
O Mundo da Física
Por
Índice
Sumário........................................................................................................................vi
Prefácio.......................................................................................................................vii
Resumo histórico..........................................................................................................8
Introdução.....................................................................................................................8
O limite clássico.........................................................................................................13
Objectivos gerais da disciplina...................................................................................12
Estratégias e métodos de ensino e aprendizagem....................................................12
Meios de ensino.........................................................................................................12
Instrumentos de Avaliação.........................................................................................12
Limites da física clássica e necessidade da nova teoria...........................................13
Experiência de difracção electrónica de duas fendas...............................................14
Explicação da experiência.........................................................................................15
Particularidades básicas da mecânica quântica........................................................17
Conceitos básicos da mecânica Quântica.................................................................18
Principio de Incerteza de Heisenberg........................................................................18
Realização da Experiência.........................................................................................20
Grandezas Conjugadas.............................................................................................22
8.3.6 O Paradoxo EPR...............................................................................................23
8.3.7 Sistemas Entrelaçados.....................................................................................25
Princípio de Correspondência....................................................................................25
Medição na Mecânica Quântica.................................................................................30
3.5. Princípio da Indescernibilidade das partículas da mesma espécie....................32
Medições....................................................................................................................33
Determinismo Quântico..............................................................................................33
Princípio de super posição.........................................................................................35
Formalismo matemático da Mecânica quântica........................................................37
Operadores................................................................................................................37
Conceito de valor médio...........................................................................................39
Operadores e suas propriedades .............................................................................40
Operações com operadores......................................................................................41
Autovalor de um operador inverso.............................................................................43
8. Autovalores e autofunções de um operador..........................................................43
10. Produto escalar de duas funções........................................................................44
11. Propriedades do produto escalar.........................................................................44
9. Operadores lineares...............................................................................................44
Cálculo de operadores conjugados...........................................................................45
13. Operadores auto conjugados. Operadores Hermitianos.....................................46
Demonstração da ortogonalidade recíproca das auto funções de um operador......46
5
v
Teorema: Realidade dos Auto-valores......................................................................46
Operador Hermitiano :................................................................................................47
2. Grandezas observáveis.........................................................................................49
Auto-valores ou valores próprios...............................................................................49
5. Postulados da Mecânica Quântica........................................................................49
3. Resultados das medições......................................................................................50
4. Valores esperados dos observáveis......................................................................50
5. Conjunto de Auto-funções......................................................................................50
A equação de Schrodinger independente do tempo.................................................53
OBSERVÁVEIS MAIS COMUNS E SEUS OPERADORES ASSOCIADOS.............53
A equação de Schrodinger dependente do tempo....................................................55
Potenciais unidimensionais........................................................................................57
PROBLEMAS UNIDIMENSIONAIS...........................................................................57
Níveis de energia e funções de onda para uma partícula situada no campo
potencial.................................................................................................................63
O átomo de hidrogénio...............................................................................................65
A separação das variáveis.........................................................................................65
Os polinómios de Legendre e as funções harmónicas esféricas..............................66
Poço potencial unidimensional infinito e rectangular.................................................60
A função radial e os polinómios de Laguerre.............................................................78
A ortogonalidade dos polinómios de Legendre........................................................70
Fórmula de recorrência..............................................................................................72
Fórmula de Rodrigues................................................................................................72
Solução assimptótica e espectro de energia.............................................................74
O estado fundamental e os primeiros estados excitados..........................................76
Bibliografia..................................................................................................................82
6
vi
Sumário
Prefácio
Introdução
Resumo histórico
O problema abordado por Max planck (1858 1947) era o de explicar o espectro
da radiação térmica, a energia emitida sob forma de ondas electromagnéticas por
qualquer corpo aquecido a uma dada temperatura. A emissão ocorre em todos os
comprimentos de onda (espectro continuo), mas com intensidade variável,
passando por um máximo em um dado comprimento de onda. Por sua vez, ela
depende da temperatura do corpo dado que a medida que a temperatura aumenta,
o máximo da intensidade da radiação emitida desloca se para comprimentos de
onda cada vez menores.
O espectro da radiação que recebemos do sol é o exemplo mais familiar na faixa de
luz visível, esse espectro analisado por Isaac newton (1642 1727 ) em seus
experimentos com prismas, abrange do vermelho ao violeta ( cada cor corresponde
a um comprimento de onda diferente). O espectro estende se além desta faixa,
incluindo comprimentos de onda maiores ( infravermelho, que sentimos como calor)
e menores (ultravioleta). O máximo, no espectro solar, está na região entre o
amarelo e o verde.
A variação da cor aparente na radiação emitida com a temperatura do corpo nos é
familiar em outras fontes de radiação térmica. Assim, a temperatura de 600 o C
( elemento térmico de um fogão eléctrico, por exemplo), um metal está aquecido
ao rubro,emitindo uma fraca luminosidade avermelhada. Já o filamento de uma
lâmpada eléctrica ( 2000 0 C) emite luz amarelada. A luz do sol provém da sua
superfície, onde a temperatura atinge cerca de 6.000 0 C.
Esse efeito do deslocamento do pico de radiação térmica com a temperatura já
estava contido em uma fórmula empírica proposta em 1896 por Wilhelm Wien
( 1864 1928 ), para descrever a lei da distribuição de intensidade no espectro
emitido, como função da temperatura da fonte. Gustav Kirchhof (1824 1887) havia
demonstrado em 1859 que essa lei é a mesma para qualquer fonte a uma dada
temperatura, mas ninguém havia conseguido a forma precisa da lei. Foi esse
problema ao qual Lord Kelvin (William Thomson, (1824 1907) se referiu ao final do
9
século XIX, como uma das pequenas nuvens que toldam o horizonte da física, que
Plunck procurou resolver. A outra nuvem, o resultado negativo do experimento de
Albert Michelson (1852 1931) e Edward Morley (1838 1923) sobre o efeito do
movimento da terra na propagação da luz, foi explicado pela teoria de relatividade
de Albert Einstein (1879 1955).
Uma lei empírica para a energia total emitida, como função da temperatura, já havia
sido proposta em 1879 por Josef Stefan (1835 1893). Foi demonstrada em 1884
por Ludwig Boltzman (1844 1906) usando argumentos termodinâmicos. Em Junho
de 1900, Lord Reyleigh (John Willian Strutt, 1842 1893) mostrou que a chamada
lei de equipartição da energia, um resultado fundamental da mecânica estatística
clássica de James Clerk Maxwell (1831 1879) e de Boltzmann, conduzia a uma
predição sobre a forma da lei universal procurada, Trabalhos experimentais de Lord
conduziram a famosa catastrofe do ultravioleta.
Experimentalmente era muito difícil medir a distribuição espectral com a precisão
necessária. Os primeiros resultados precisos no infravermelhos para temperaturas
entre 200 0 C e 1500 0 C, formam obtidos em Berlim por Otto Lummer (1860 1925)
e Ernst Pringsheim (1859 1917), em Fevereiro de 1900, e por Heinrick Rubens
( 1865 1922) e Ferdinand Kurlibaum (1857 1927 ), em Outubro daquele ano, em
experimentos cruciais realizados precursor do actual laboratório Nacional de Física
e Tecnologia da Alemanha. Esses resultados estavam em desacordo tanto com a
lei de Wien (para baixas frequências) quanto com a lei de Reyleigh (para altas
frequências).
Em Outubro de 1900, reagindo aos resultados apresentados por Lord, Planck
encontrou uma fórmula que interpolava entre essas duas leis e fornecia um
excelente ajuste a todos os dados experimentais conhecidos. Nos três meses
seguintes, ele buscou uma justificativa teórica para sua fórmula, a partir de
argumentos da teoria electromagnética de Maxwell, da termodinâmica e da
mecânica estática. Usando as duas primeiras, reduziu o problema ao de encontrar a
energia U de um oscilador harmónico (um sistema que oscila com uma frequência
bem definida, como um pêndulo) de frequência f em equilíbrio termodinâmico com a
radiação térmica à temperatura T, dentro de um recipiente fechado. Os osciladores
10
uma nova dedução para a fórmula de Planck sobre a radiação térmica. Einstein foi o
primeiro Físico, e por 25 anos, o único a perceber as consequências revolucionárias
dos resultados de Planck sobre a natureza da radiação electromagnética, e baseou
se neles para introduzir o conceito de fóton, bem como muitas ideias básicas da
teoria quântica.
A formulação quantitativa das bases da mecânica quântica só ocorreu em 1925,
com os trabalhos de Werner Heisenberg (1901 1976), Erwin Schrodinger ( 1887
-1961), Paul Adrien Maurice Dirac ( 1902 1984) e Max Born ( 1882 1970). A
precisão dos dados experimentais em que Planck se baseou é atestada pelo valor
actualmente aceito da constante de Planck, h 6,6261x10 27 ergs , que difere em
1% do seu resultado original.
Uma das verificações experimenteis mais belas e precisas da lei de Planck é a
determinação do espectro da radiação térmica cosmológica de fundo
( remanescente da origem do universo, o Big Bang), efectuada a partir dos anos 90
pela missão espacial Cósmic Background Explorer (COBE). A expansão do
universo resfriou essa radiação até a sua temperatura actual de 2,73k, com
intensidade máxima na região de microondas.
Os desvios da lei de Planck observados nessa radiação, de apenas alguns pares
por milhão, são considerados flutuações primordiais, responsáveis pelo
aparecimento das galáxias.
A mecânica quântica nasceu no primeiro quartil do século XX. Esta Física dos entes
microscópicos, que se pretendia completa e definitiva, introduziu uma visão
bastante estranha do Mundo. Presentemente devido, sobretudo a ruptura com a
ontologia de Fourier, elemento fundamental onde se apoia a física Borheana e à
introdução da análise local em onduletas, é possível ultrapassar o indeterminismo
quântico e recuperar a causalidade. A nova Física quântica não linear, sendo mais
geral, engloba, do ponto de vista formal, a teoria ortodoxa como um simples caso
particular. Torna se assim possível libertar o espaço e o tempo e aceitar a
existência de uma objectiva realidade independente do observador.
12
Instrumentos de Avaliação
Os instrumentos de avaliação serão testes escritos e um exame final oral, relatórios
de pesquisa bibliográfica
13
O limite clássico
1. Limites da física clássica e necessidade da nova teoria
Até ao fim do séc. XIX, na Física Clássica foram bem distinguidos dois conceitos:
Substância e Radiação.
O comportamento das partículas (substâncias) obedece às leis da Mecânica de
Newton. Para as partículas, são apropriadas as noções de Localização no espaço,
Trajectória, etc.
A radiação electromagnética é descrita através da Electrodinâmica de Maxwell.
Suas propriedades características são a difracção, refracção e interferência
(Características ondulatórias).
Então: A imagem Clássica da natureza consistia de ondas de luz e partículas de
matéria.
No entanto, a aplicação da Mecânica e Electrodinâmica Clássicas para explicar os
fenómenos atómicos levam à conclusões que entram numa clara contradição com a
experiência.
A clarificação disto se percebe na contradição resultante da aplicação da
electrodinâmica comum ao modelo do átomo, Modelo Planetário proposto por
Rutherford em que os electrões se movimentam em torno do núcleo por órbitas
clássicas. Em todo o movimento acelerado de partículas os eléctrons deveriam
radiar continuamente ondas electromagnéticas. Com a radiação os eléctrons
perderiam sua energia e cairiam inevitavelmente no núcleo. Assim, de acordo com a
electrodinâmica clássica, o átomo seria instável o que de modo algum não
corresponde a realidade pois na natureza existem átomos estáveis.
Portanto, a Mecânica e a Electrodinâmica Clássicas fracassam em absoluto quando
são usadas para esclarecer os processos de emissão e absorção da radiação:
Os efeitos Fotoeléctrico e Compton;
Os Espectros atómicos.
espaços muito limitados (micro-mundo), exige uma alteração profunda nas noções
e leis clássicas básicas.
A explicação dos fenómenos que ocorrem no micro-mundo exige uma alteração
fundamental das noções e leis Clássicas básicas.
Com o efeito a explicação do efeito Fotoeléctrico por Einstein atribui, à luz, uma
natureza corpuscular (partícula).
A conjectura audaciosa de De Broglie segundo a qual as órbitas dos electrões no
modelo de Bohr do átomo constituíam ondas estacionárias, levou a um completo
colapso da imagem Clássica, atribuindo uma natureza ondulatória à matéria
(electrões). Esta é a dualidade onda partícula.
Para melhor percebermos a necessidade duma alteração fundamental das noções
Clássicas básicas, revisitemos o fenómeno da difracção de electrões Experiência
de Davisson Germer realizada em 1927.
Quando da passagem de um feixe homogéneo de eléctrons através de um cristal,
no feixe que deixa cristal descobre - se uma distribuição de máximos e mínimos de
intensidade enfileirados, análoga ao quadro difracional observado na difracção de
ondas electromagnéticas. Deste modo, o comportamento de partículas materiais
( os eléctrons), deixa transparecer aspectos próprios de processos ondulatórios.
x
Fonte de electrões
w1, 2 w1 w2
ne ( x )
H ( x) , número de electrões que alcançam o local x sobre o
ne
número total de electrões lançados e que tenham passado pelas
fendas.
b) Probabilidade ( W( x ) ) : Quando o número total de electrões que
ne ( x)
ne W( x ) Lim
passam pelo sistema é infinitamente grande ne
Explicação da experiência
1. Fechamos a fenda 2 e medimos a probabilidade de localizar os electrões em
cada lugar ao longo do eixo x
2. Repete se a medição fechando se a fenda 1
Cada uma destas curvas significa que maior parte dos electrões caem na zona
central. Isto significa que lançando um electrão, há maior probabilidade de cair na
zona central. A probabilidade vai diminuindo à medida que nos afastamos desta
zona.
3. Medir a probabilidade com as duas fendas abertas ao mesmo tempo temos
os seguintes resultados:
a) O número de electrões registado em cada lugar x não é igual a soma dos
electrões que passam pelas fendas 1 e 2 nos procedimentos primeiro e
segundo respectivamente.
b) O resultado é uma consequência de que não se pode associar ao electrão
uma trajectória definida, pois, nesse caso seria de esperar o somatório das
duas probabilidades.
c) A probabilidade de localização dos electrões ao longo do eixo x, é distribuída
de tal maneira como uma função de onda. Conhecendo esta onda, pode se
fazer afirmações sobre a probabilidade de localizar um electrão num
determinado lugar.
16
TPC:
Faça um resumo sobre a história da criação da Mecânica Quântica (eventos mais
importantes e os respectivos descobridores).
Efeito compton).
As experiências que implicam determinações de lugares e de tempo podem,
sempre, ser infindas em termos de representação ondulatória (exemplo: A
passagem de electrões através de lâminas delgadas e as observações do feixe
reflectido)
Depois dos trabalhos com Born e Jordan, Heisenberg chegou a um resultado
conhecido com o Principio de Incerteza ou Principio de Heisenberg. A cada
observação estão disponíveis os valores de todas as grandezas do sistema,
posição, momento linear, momento angular, energia, etc.
contudo, serão elas
todas independentes? Ou seja, será que podemos medir quaisquer duas sem que
isso interfira no valor observável?
Heisenberg chegou à conclusão de que nem todas eram independentes. Existem
pares de grandezas cuja observação não pode ser feita simultaneamente.
Da mesma forma que temos um erro experimental para o valor medido, existe
também um erro teórico para o valor observável. Afinal um modelo não é a
realidade e o modelo quântico sabe calcular o quanto pode se afastar da realidade.
Esta é uma propriedade que mais nenhum modelo físico tem.
Portanto, além de podermos saber o quando o valor medido se afasta do valor
observável, o modelo quântico pode dizer o quanto o valor observável se afasta da
realidade.
O que Heisenberg descobriu é que para certos pares de grandezas quanto mais o
valor observável de uma se aproxima do real valor expectável, mais o valor da outra
se afasta do valor espectável.
Consideremos o fenómeno de difracção de electrões numa fenda:
A consideração da passagem de electrões por uma fenda e a observação da
figura de difracção como medida simultânea da posição e da quantidade de
movimento;
20
Realização da Experiência
p x .
h
O feixe de luz é constituído por partículas cujo momento linear é Po . Na
o
primeira interacção com o anteparo, haverá um desvio de uma parte da luz, o que
mostra que o momento linear po fica também desviado. p po
Tomando .xcomo a incerteza da medida da posição e a incerteza da medida
do momento linear de um electrão confinado a se movimentar ao longo do eixo x,
o princípio de incerteza afirma que p x .x h
Quer dizer: Planejando uma experiência no sentido de fixar a posição do eléctron
com a maior precisão ( .x muito pequeno) constata se que não é possível
21
medir o momento linear com precisão ( p x .tende a tomar valores muito elevados)
e refinando a experiência no sentido de melhorar a medida do momento linear,
perde se a medida da localização da partícula
Assim, a relação de incerteza de Heisenberg, pode ser escrita na forma
h p x .x
x.px 2
, ou seja
4
Este princípio é consistente com a ideia de que para um pacote de onda
1
k .x
2
Outra relação importante deste princípio envolve a incerteza na medição de energia
do pacote de onda ∆E, e o intervalo de tempo gasto em fazer tal medição ∆t; com
efeito,
E
Sabe se que E . E . . .
1 E 1
Assim .t .t E.t
2 2 2
A medida com que podemos conhecer a energia duma dada partícula num intervalo
h
de tempo t , tem uma incerteza E e para melhorar a precisão da sua
t
medida tem que se fornecer mais tempo, ou seja, é possível violar a lei de
conservação da energia tomando emprestada uma quantidade de energia desde
h
que a devolva num intervalo de tempo t
E
Da relação de incerteza de Heisenberg, podem se extrair as seguintes
consequências básicas:
Concluíndo:
i) A incerteza de Heisenberg nada tem a ver com a incerteza dos
instrumentos de medição, tão pouco com o grau das habilidades do
medidor. Tem a ver com as propriedades características das partículas
pelo facto de não serem completamente partículas nem completamente
ondas.
22
Grandezas Conjugadas.
O Princípio de Incerteza mede, assim, a qualidade do valor observável que o
modelo passa ao processo de medição. Note-se: que o modelo passa, não o que o
sistema passa. Os nossos instrumentos de medições podem ser de ultima geração
completamente fiáveis e confiáveis e os seus erros os mais diminutos possíveis,
mas isso não servirá se tentarmos observar, e portanto medir, as duas grandezas
simultaneamente. Um dos valores será tanto mais afastado do valor espectável
quanto o outro for mais próximo. Como nem sempre podemos saber o quanto os
valores se afastam, o bom método de trabalho aconselha a que nunca se meçam
essas grandeza simultaneamente, sob pena de depois não sabermos qual o valor
aproximado e qual o afastado.
23
outro observador mediu, eles têm que comunicar. A simples observação das
propriedades das partículas não lhes permite comunicar.
Os observadores medem simultaneamente, mas eles não sabem simultaneamente
os dois valores. Para que saibam, eles precisam comunicar um com o outro por
outros meios. São esses meios que estão vinculados à regra da relatividade sobre a
velocidade máxima de transferência de informação e nenhuns outros.
Mas
Para
Este átomo excitado já é tão grande que se deve suspeitar que o seu
comportamento passa a ser descrito com a precisão da Física Clássica.
Isto pode ser verificado, calculando-se a frequência da luz emitida tanto pela teoria
Clássica quanto pela teoria Quântica.
Os resultados deverão deferir entre si para o caso de números quânticos grandes.
Sabe-se que
Assim:
Para n=2: e
Sabe-se que
Mas
Sabe-se que para a quantização das órbitas do átomo-H, Bohr postulou que
Seja
assim:
sendo e
Esta expressão foi aplicada por Sommerfeld em 1916 para cálculos de átomos de
Bohr considerando o electrão segundo as leis de Kepler, não deve realizar
movimentos circulares mas sim movimentos elípticos.
Esta regra de quantização permite, em geral, de todo conjunto de movimentos
imaginários, destacar o número determinado de movimentos realmente permitidos,
isto é, quantificar o movimento do sistema.
- acção elementar, e designa-se . tendo em conta que
- quantum de acção.
uma lei colectiva que nos dá, por intermédio de Ψ ou melhor , a probabilidade
dos impactos.
A Mecânica Quântica, embora não permite prever de uma forma unívoca o
resultado de uma experiência sobre uma determinada partícula individual, permite
determinar para cada tipo de experimento uma lista de resultados possíveis e as
respectivas probabilidades.
Os valores, referidos, de probabilidade são determinados de forma unívoca. E
nesse sentido a Mecânica Quântica é determinista como a Física Clássica.
Na prática essas probabilidades referem-se à repetição de uma mesma experiência
em um grande número de vezes num sistema em um determinado estado, ou a sua
realização num grande número de sistemas idênticos.
Medições
Para explicar a incompatibilidade das leis Clássicas para explicar os fenómenos que
ocorrem no domínio quântico, Heisenberg revelou que um observador,
inevitavelmente, perturba qualquer sistema que ele tenta medir.
35
Operadores
38
Qualquer teoria Física que descreve uma nova área da natureza, pretende-se como
regra seu próprio aparato Matemático.
Historicamente a Física Clássica foi associada ao cálculo diferencial e integral
(Leibeniz, Newton, etc).
A Mecânica Quântica baseia-se na teoria dos operadores. A teoria dos operadores
lineares constitui a base Matemática da Mecânica Quântica.
Definição 1:
Chama-se operador à uma regra (ou receita) que transforma uma
função em outra.
, operador:
(função)
operador
Exemplos:
(Laplaciano)
(Nabla)
n Z 0 . As funções de onda correspondentes n são designadas auto funções de
uma dada grandeza física f . De notar que cada uma destas funções supõe se
2
normalizada, pelo que, n dq 1 . Se o sistema encontra se em um estado
caracterizado pela função de onda , a medição da grandeza f dará como
resultado um dos auto valores f n . No caso geral de um estado qualquer, a função
facto mostra que qualquer função pode ser decomposta em uma série de auto
funções de uma grandeza física qualquer.
Um sistema de funções que torne possível efectuar esta decomposição diz se
a a
2 2
n 1 . Se a função não é normalizada, n determina se por uma
n n
a
n
n a n * a n * n *dq a n n * dq
n
. an são os coeficientes da
f f n an .
2
n n n
esta condição são chamados de hermitianos. O facto mostra que os operadores que
no formalismo matemático da mecânica quântica correspondem a grandezas físicas
reais devem ser hermitianos. A condição básica de hermiticidade é que
k (q, q ) k * (q , q ) .
O operador que corresponde a grandeza f * (conjugada de f ) designa se por
fˆ e se chama de conjugado do operador fˆ .
em um dado estado é f * * fˆ dq .
O valor médio da grandeza f *
~
Temos por outro lado que ( f )* [ * fˆdq ] * fˆ * * dq * fˆ *dq.
~
Igualando estas duas expressões encontraremos fˆ fˆ * , o que diferencia fˆ
de fˆ *
~
Neste contexto, a condição fˆ fˆ * pode ser escrita na forma fˆ fˆ , isto é, o
operador de uma grandeza física real coincide com o seu conjugado (Os
operadores hermitianos são também chamados de auto conjugados)
a) Operador de multiplicação
ˆ f ( x) ( x)
L
( x ) af ( x ) , Lˆ a , a cons tan te
( x) u ( x) f ( x) , Lˆ u ( x )
b) Operador diferencial
d d
Lˆ . Lf ( x ) f ( x) ( x )
dx dx
2 d 2
f ( x) x de Hˆ . 2 U ( x) Operador de Hamilton
2mo dx
c) Hˆ ( x ) E ( x)
2 d 2
[ . U ( x )] ( x ) E ( x ) Equação de Schrodinger
2mo dx 2
d) Operador matricial
A aik =
1
e) Operador integral
Lˆ k ( x, ) ....d
( x) k ( x , ) f ( x , ) d ,
núcleo do operador
Lˆ f ( Lˆ1 Lˆ 2 ) f Lˆ1 f Lˆ 2 f
d) Produto.
Cˆ A
ˆ Bˆ
e) Operador de projecção
Um operador  diz se de projecção se cumpre a condição Aˆ 2 Aˆ
43
Comutação de operadores
De uma forma geral os operadores não obedecem a lei comutativa, ou seja,
ˆB
A ˆ
ˆ Bˆ A
Verificação:
d
Seja Aˆ x e Bˆ
dx
Aˆ Bˆ x d , A ˆ Bˆ f ( x) x d f ( x ) x df
dx dx dx
ˆ d ˆ f ( x) d df
Bˆ A x, Bˆ A xf ( x) f ( x) x
dx dx dx
Em mecânica quântica usa se o comutador ˆ, B
[A ˆB
ˆ] A ˆ B
ˆAˆ. È exemplo de um
comutador o seguinte:
ˆ , Bˆ ] f ( x) [ A
[A ˆ Bˆ Bˆ A
ˆ ] f ( x) A ˆ f ( x) x df f ( x) x df f ( x) , onde
ˆ Bˆ f ( x) Bˆ A
dx dx
f (x ) é uma função arbitrária.
f) Operador inversível
Um operador diz inverso a um operador dado se satisfaz a condição
Lˆ Lˆ1 Lˆ1 Lˆ Iˆ
ˆ1 é o operador inverso de L̂
L
O operador inverso existe se o determinante dos elementos deste operados é
Adj xi
diferente de zero, ou seja, Det| Lik | 0 . Da álgebra linear, Lˆ
1
Lik
Tanto os auto valores como os valores médios de uma grandeza física real são
reais em qualquer estado.
ˆ f ( x) ( x)
L
Se ˆ f ( x) f ( x) com constante, diz se que é auto valor do operador e
L
f (x ) é autofunção do operador.
autofunções: Lˆ n ( x) n n ( x)
Quando representa um conjunto de autovalores contínuos, diz se que
apresenta o espectro contínuo de autovalores. Neste caso é válida para os
autovalores e autofunções a seguinte equação: Lˆ ( x, ) ( x, ) .
Se para um dado autovalor de um operador corresponde uma função, diz se que
temos o caso não degenerado n n .
Se para um dado autovalor n corresponde um grupo de funções, por exemplo,
l (
x)
ˆ ˆ ˆ 1 ˆ 1 ˆ ˆ 1 ˆ
( x) I ( x) LL ( x) L L ( x) L ( ( x )) L ( x ) l ( x) ( x) l ( x)
1
1 l l 1
9. Operadores lineares
Um operador L̂ diz se linear se satisfaz as condições:
ˆ ( a ) aL
1.L ˆ ( )
ˆ
L ( a1 1 a 2 2
ˆ
) a1 L 1 a 2 L
ˆ
2
ˆ (
1 2 ) L 1 L
2.L ˆ ˆ
2
( f ( x ), ( x)) f * ( x ) ( x ) dx
f ( x) ( x ) dx
2
(( f ( x ), f ( x )) f * ( x ) f ( x) dx f ( x) dx
Norma
b) ( f11 2 ) ( f , 1 ) ( f1 2 )
c) ( f 1 f 2 , ) ( f 1, f 2 )
d) (f , ) * ( f , ) constante
e) ( f , ) ( f , ) constante
Demonstração 1
( f , ) f * dx
( , f )* [ * f ( x ) dx]* * * f * dx f * dx
U ( x ), U(x) ?
2.
U ( x) U * ( x)
d d
, ( ) ?
dx dx
d d
Neste caso é válida a relação 1, isto é, (( ) , ) ( , ), ou na forma integral
dx dx
d d *
d
(( dx ) *)dx dx * dx (
*
dx dx
U 0
dU
d d d d
( dx ) * dx ( ) * dx (
)
dx dx dx
Generalização
d d d
( , ) (( ) , ) ( , ),
dx dx dx
d d
( , ) ( , )
dx dx
d n n d
n
( , ) ( 1) ( , )
dx n dx n
~
( fˆ )dq ( fˆ )dq a integral da primeira das igualdades se anula, de forma
que teremos ( f n f m ) n *m dq 0 .
Demonstração:
então:
(i)
(iii)
Substituindo (i) e (iii) em (ii) obtemos:
48
Definição 1:
Operador Hermitiano :
igualdade:
(1)
operador Hermitiano.
Definição 2:
Observável chama-se observável a qualquer propriedade duma partícula que
pode ser medida.
Exemplo: x, , T, U, etc.
Definição 3:
Auto-valores ou valores próprios
50
próprio de .
2. Grandezas observáveis
certamente λ.
As variáveis dinâmicas podem ter espectros contínuos, discretos ou ainda espectros
numerável de valores próprios, a equação aos valores próprios pode ser escrita na
e ,
51
5. Conjunto de Auto-funções
De acordo com o postulado 1, cada estado do sistema quântico descreve-se tão
completamente quanto possível pela função de onda Ψ em qualquer instante. As
funções de onda do sistema pertencem ao espaço de Hilbert.
(i=1,2,
,n) este sistema pode ser encontrado também no estado definido pela
função:
Onde: C1, C2,
,Cn são números complexos chamados amplitudes dos estados
particulares.
A probabilidade de encontrar o sistema num dos estados possíveis é dada
pela grandeza .
um dos seus estados primordiais, mas que aparece com uma determinada
probabilidade.
Pode-se dizer também que este postulado é o corolário da propriedade de
ortogonalidade das funções de onda que constituem um sistema completo para
qualquer micro-objecto.
SÍMBOL OPERADOR
OBSERVÁVEL
O ASSOCIADO
Posição
Momento Linear
Energia Potencial
Energia Cinética
Hamiltoniano
Energia Total
p2
partícula com respeito a seu impulso. E , Para a mecânica quântica estas
2m
exigências do espaço dão a mesma relação entre os auto valores da energia e o
impulso. Salienta se que para que esta relação se cumpra para todos os auto
valores da energia e do impulso, ela deve valer para os respectivos operadores:
55
1
Hˆ
2 2 2
( pˆ x pˆ y pˆ z ). Substituindo aqui a expressão p̂ i obteremos o
2m
Hamiltoniano de uma partícula que se movimenta livremente sob a forma
2 2 2 2
2
a
dos Hamiltonianos de cada partícula. Hˆ
2
m a
. A descrição da interacção
a
2
a
potencial de interacção ao Hamiltoniano. Hˆ
2
m a
+ U ( r1 r2 ,...., )
a
pˆ 2 2
Hˆ U ( x, y , z ) U ( x, y , z ) .
2m 2m
energia potencial da particula no campo exteno
2 ˆ pˆ 2 2
Substituindo as expressões Hˆ e H 2 m U ( x, y , z ) 2 m U ( x, y , z )
2m
na equação geral i Hˆ teremos as equações de onda nos sistemas
t
correspondentes.
Para uma partícula sujeita a um campo externo, temos
2
i U ( x, y , z )
t 2m
A equação que assume os estados estacionários ˆ E
H assume a forma
2
[ E U ( x, y, z )] 0 .
2m
56
2 2
As equações i U ( x, y , z ) e [ E U ( x, y, z )] 0 são da
t 2m 2m
2
forma E 0 e são chamadas equações de Schrodinger. Ele descobriu
2m
as no ano de 1926.
Schrodinger Utilizou a equação independente do tempo em problemas de contorno
para determinar, com sucessos os espectros de energia do átomo de hidrogénio e
do oscilador harmónico(CARUSO, 2006, p445).
Usou a igualmente como uma quantidade auxiliar para determinar as distribuições
das probabilidades para a ocorrência dos valores das grandezas físicas associadas
a uma partícula.
2 2 2
segunda derivada, teremos: [ V ( r )] 2 ( r , t ) 2 e a partir da
2m t 2
expressão que envolve a derivada primeira , temos
2 2
[ V (r )] (r , t ) i
2m t
Pelo argumento da simplicidade, Schrodinger optou pela equação
2 2
[ V (r )] (r , t ) i mas com sinal positivo para descrever o
2m t
comportamento de uma partícula de massa m, mesmo em um campo de forças não
conservativo, V ( r , t ) , em uma dada região de espaço, mas no domínio não
relativístico, estabelecendo assim aquela que ficou conhecida como equação de
Schrodinger dependente do tempo, ou simplesmente equação de Schrodinger.
2 2
[ V ( r )] (r , t ) i .
2m t
Atendendo a sua escolha, a solução para a onda associada a uma partícula livre de
massa m e energia E , que se propaga no sentido positivo da direcção x com
momento p 2mE , é dada pela onda plana de L. de broglie.
i
( r , t ) A.e
( Et pr )
h onde A é uma constante.
i
a forma const.e h ( Et pr ) . Cada função deste tipo representa uma onda plana e
E
impulso P. Esta onda tem uma frequência igual a e o seu vector de onda é
p 2
k . O comprimento de onda correspondente p e é denominado
2 2
Substituindo a na equação [ V ( r )] (r , t ) i e agrupando as
2m t
partes real e complexa da equação obtida, obtemos
2 g
2 f Vf
2m t
2
f
2 g Vg
2m t
Como as funções f (r , t ) g (r , t ) estão acopladas pelas duas equações anteriores
e não existem soluções não triviais, dependentes do tempo, correspondentes a
f 0 g 0, isso implica que o valor de nunca é real nem puramente imaginário
gerando sérias dificuldades para interpretar essa equação. Neste contexto, a onda
piloto de L. De Broglie não pode ser associada directamente a nenhuma variável
dinâmica.
PROBLEMAS UNIDIMENSIONAIS
2 d 2
[ U ( x )] ( x) E ( x )
2m0 dx 2
Potenciais unidimensionais
Propriedades gerais do movimento unidimensional. Barreiras e poços potenciais.
E E cin U (x)
59
d
1
2 2 1 1
2 2 1 0 ( 1
2 2 1 ) 0 1 2 2 1 const
dx
1 2
1 2 2 1 0 .
1 2
Barreiras
61
Para todos estes casos a função de onda deve ser contínua, portanto, deve ser
válida a igualdade 1 , II , III .
I (0) II (0) I (a ) II (a )
I (0) II (0) I (a) II (a)
Condições:
(0) 0 (a ) 0
62
Equação geral:
0
2 d 2 2 d 2
U ( x ) E ( x ) Esta equação reduz se a E ( x )
2m0 dx 2 2m0 dx 2
d 2 2m 0 E
k 2 0 Equação diferencial da 2ª ordem onde k
2
dx 2
2
n
A segunda condição (a) 0 Asenka ka n k . N =1,2,3,...
a
2 m0 E 2 2 2
Tomando em consideração a relação k 2 , temos E n n .
2 2m 0 a 2
n
Substituindo na equação de onda temos ( x) Asen x . Normalizando temos a
a
2
expressão A
a
n 2 n
n ( x) A xdx 1 .
2
sen n ( x) sen x
a a a
Funções de onda possuem certa simetria, isto é, podem ser pares ou ímpares.
( a ) 0
2
( a ) 0
2
2 n a
Neste caso, substituindo a solução n ( x) sen x por x x temos
a a 2
63
2 n a
n ( x) sen (x )
a a 2
Solução geral
( x) Csenkx D cos kx
a a a
( ) 0 0 Csenk D cos k
2 2 2
( a a a
) 0 0 Csenk D cos k
2 2 2
ka ka 2 n
Subtraindo a segunda da primeira equação temos 2Csen 0 n k
2 2 a
n= 1,2,3,...
4n 2 2 2 2 2 2 2
A energia é igual a E n n (-) Função ímpar.
2 m0 a 2 m0 a 2
ka ka
Somando aquelas equações temos 2 D cos 0 (2n 1)
2 2 2
4 2 2 2 2 2
Neste contexto, a energia é dada por E n (2n 1) 2 (+)
2
2
( 2 n 1) 2
2 m0 a m0 a
Função par.
2 n (2n 1)
( x) Csen x D cos x
a a
De uma forma conclusiva pode se dizer que todos os estados de uma partícula no
poço do potencial infinito podem ser pares ou ímpares em relação à substituição
x x . C e D são coeficientes de normalização
2
CD .
a
n a n n n n
Substituindo sen ( x ) Sen x. cos cos xsen
a 2 a 2 a 2
O resultado final desta solução é que os valores de energia num poço potencial são
grandezas discretas ( quantificadas).
E0
V ( x ) a ( x )
E0
Partícula no poço potencial assimétrico.
64
U1 , x 0
0, 0 x a
U , x a
2
2 d 2
[ U ( x)] ( x) E ( x)
2m0 dx 2
d 2 ( x) 2m0
2 ( E U ( x)) ( x) 0
dx 2
d 2 ( x) 2m0
Ao resolver a equação 2 ( E U ( x)) ( x) 0 encontramos 3 valores de
dx 2
função de onda.
Pela condição de continuidade a função de onda de onda nas paredes deve ser
igual:
I (0) II (0) I (a ) II (a )
2m0 2
E U1 2
( E U 1 ) k1 . A energia E é menor que U.
d 2 2
2
k1 1 ( x ) 0
dx
0 k1x
k1 x
1 ( x) C1e C 2 e
Nesta região x 0 , portanto a função de onda deve ser finita. Atendendo esta
x
1 ( x) C1e k1
3ª região
d 2 III 2m0
2 ( E U1 ) III ( x) 0
dx 2
2m0
2
( E U1 ) k 2 3
0
d 2 III
k 3 III ( x) 0 III C3 e k3 x C 4 e k3 x
2
2 ( porque a função de onda tende a
dx
decrescer)
x0
III C 3 e k3 x
d 2 II 2m0
II . 2 E II ( x) 0 2m 0
dx 2 2
E k2
2
d 2 II 2
2
k 2 II ( x) 0 II ( x) Asenk 2 x B cos k 2 x.
dx
O átomo de hidrogénio
O átomo de hidrogénio constitui o primeiro sistema abordado por Schrodinger ao
estabelecer a equação independente do tempo. Sua importância prende se com a
66
2
átomo é dada por [ 2 U (r )] ( r ) E ( r ) .
2 m0
2 1 2 L2 ( , )
[ U ( r )] (r , , ) E ( r , , ) pode ser separada em
2m0 r r 2
2mr 2
1 Yl 1 2Yl
( sen ) 2 l Yl ( , ) 0 obtém se
sen sen
2 2
1 1 d dP 1 d 2
[ ( sen ) l ]sen 2
2
2 m . m é uma nova constante de
P sen d d d 2
1 dPl
m
dPl
m
m
sen d ( sen d ) (l sen 2 ) Pl ( ) 0
m
2
1
0
m ( ) * m ( )d 1 A
2
Fazendo x cos , a equação da parte associada à variável zenital pode ser escrita
m
d dP m2
[(1 x 2 ) l ] [l
2 m
como ]Pl ( x) 0 definindo ainda.
dx dx 1 x 2
1 d d d d
Definindo ainda (1 x ) y 2 x dx dy dx 2 (1 y ) dy . Deste modo,
2
m
d 2 dPl m2
] [l
2 m
reescrevendo a equação [(1 x ) ]Pl ( x) 0 ficamos com
dx dx 1 x 2
d d m2
2 (1 y ) [2 y (1 y ) P ( y )] [2 l ]P ( y ) 0 .
dy dy y
Se a solução desta equação a ser encontrada pelo método das séries for da forma
68
m
Pl ( y ) y a j y j a j y j e portanto dPl ( j )a j y j 1 . é uma
m
j j
dy j
[ 4( j ) 2 a j m 2 a j ] y j 1 [4 ( j ) 2 a j 2 a j a j 2 l a j ] y j 0
j j j j
1
Tomando j 0 , temos [4 a 0 m a 0 ] y [4 a0 2a 0 l a 0 ] 0
2 2 2 2
Note que a última equação implica que a constante de separação l seja o produto
de dois números inteiros consecutivos.
Escrevendo a solução Pl ( y ) y a j y j a j y j em termos da variável x e de
m
j j
m
m m
uma nova função U l vem que P m ( x ) (1 x 2 ) 2 U m ( x ) . Nota se que U l deve
l l
m m
d 2U l dU l m
satisfazer a equação (1 x 2 )
2
2( m 1) x [2 l m(m 1)]U l 0 .
dx dx
Derivando esta equação em ordem a x temos
m m
d 3U l d 2U l d m
(1 x )
2
3
2(m 2) x 2
[2 l (m 1)(m 2)] U l 0 e fazendo m m 1
dx dx dx
m m
d 2U l dU l m
na equação (1 x 2 )
2
2 ( m 1) x [2 l m(m 1)]U l 0 temos
dx dx
2 m 1 m 1
d Ul dU m 1
(1 x 2 ) 2
2(m 2) x l [2 l (m 1)( m 2)]U l 0
dx dx
Fazendo uma comparação directa entre as equações
m m
d 3U l d 2U l d m
(1 x )
2
3
2(m 2) x 2
[2 l (m 1)(m 2)] U l 0 e
dx dx dx
69
m 1 m 1
d 2U l dU m 1
(1 x )
2
2
2(m 2) x l [2 l (m 1)( m 2)]U l 0 , nota se facilmente
dx dx
m
dU l m 1 m dm 0
que U l U l m U l .Fórmula de recorrência.
dx dx
m m
d 2U l dU l m
Fazendo m 0 na equação (1 x 2 )
2
2(m 1) x [2 l m(m 1)]U l 0 ,
dx dx
d 2U 0 l dU m l 0
chega se à equação (1 x 2 ) 2
2 x 2 lU l 0 cuja solução pode ser
dx dx
j 0
(n 1(n 2)a n 2 [2 l n(n 1)]a n 0 . Note que todo termo par é expresso em função
de a 0 e todo ímpar em função de a1 . Neste contexto, a solução deve ser do tipo
an2 n(n 1) 2 l 2n 1
lim
n a2
lim
n ( n 1)( n 2)
lim
n 2n 3
1 de onde se pode concluir que ,
0
Exigindo se por convenção, que U l (1) 1 , qualquer que seja o valor de l , os
polinómios U 0 l de grau l chamam se polinómios de Legendre e são denotados
por Pl ( x ).
70
m m
m d
As funções Pl (x). dadas por Pl m ( x) (1 x 2 ) 2
Pl ( x) ou em termos da variável
dx m
m
d
angular, Pl ( ) ( sen ) Pl ( ) são chamadas funções associadas de
m m
d cos
m
2
normalização.
l Pl ( x) Pl ( ) m Pl ( )
m
0 P0 0 1 0 0
P0 1
1 P1 x cos 0 0
P1 cos
1 P1 sen
1
2 1 1 0 1
(3 cos 2 1) (3 cos 2 1)
0
P2 (3 x 2 1) P2
2 2 2
1 1
P2 3sen cos
2 2
P2 3sen 2
1
Função geratriz G ( x, t )
1 2 xt t 2
1 dl
P
Fórmula de Rodrigues l ( x ) l l
( x 2 1) l
2 l ! dx
.
d d
A partir da equação [(1 x 2 ) Pl ( x)] l (l 1)( Pl ( x) 0
dx dx
Multiplicando a por Pl (x) e integrando entre x 1 x 1
1
d d
P ( x)
1
l
dx
[(1 x 2 )
dx
Pl ( x)] l (l 1)( Pl ( x) dx obtém se
1
dPl dPl
[( x 2 1) l (l 1)( Pl Pl ) dx 0
1
dx dx
1
dPl dPl
[( x 2 1) l (l 1)( Pl Pl) dx 0
1
dx dx
d ( x 2 1) l
1 1
1
temos segundo a fórmula de Rodrigues I [ Pl ( x)] dx dx l dx .
2
1 2 (l!) 2
2l
1
dl d l 1
u ( x 2 1) l du ( x 2 1) l dx
dx l dx l 1
Integrando por partes temos
dv d
l
d l 1
( x 2 1) l dx v ( x 2 1) l
dx l dx l 1
d l 1
Note que cada integral por partes efectuada, a ordem de l 1
( x 2 1) l é reduzida
dx
de uma unidade ao passo que a ordem da outra derivada aumentada de uma
unidade. O que mostra que após l integrações por partes teremos
1
d 2l 2
I (1) l ( x 2 1) l 2l
( x 1) l dx . Mas como a derivada de ( x 2 1) l efectuada 2l
1 dx
1 1
( 2l )!
I [ Pl ( x )] 2 dx (1 x
2
) l dx
vezes é igual a ( 2l!), 1 2 (l!) 2
2l
1
j
1 1
3
1 1
2 l (l 1)(l 2)
3
2 4 l (l 1)(l 2)(l 3)
1 1(1 x ) x dx
2 l 3 2 l 4
(1 x ) x 6
dx 8
3.5 3.5.7
.
.
.
1
x 2 l 1 2 l 1 l!
1
2 l l! 2 l l!
3.5.7...( 2l 1) 1 3.5.7...( 2l 1) (2l 1) 1
x 2l
dx
3.5.7....( 2l 1)(2l 1)
72
( 2l 1)( 2l 1)( 2l 3)...x 2 l l (l 1)(l 2)(l 3)...1 2 l l!( 2l 1)( 2l 1)( 2l 3)...
l!
1 1
( 2l )!
Nisto, J
2 2l 1 (l!) 2
e tomando a equação
I [ Pl ( x )] 2 dx 2 l 2
2 (l!) 1
(1 x 2 ) l dx
,
(2l 1)! 1
j
1 2
( 2l )! 2 2l 1 (l!) 2 2
Pl ( x)
1
dx
2 (l!) ( 2l 1)!
2l 2
2l 1
Fórmula de Rodrigues
m
m (1 x ) d l m 2 2 2
Pl ( x) l l m
( x 1) l (0 m 1)
2 l! dx
Fórmula de recorrência
m
(l m 1) P m l 1 (2l 1) xPl (l m) P m l 1 0
m 1 m m 1
(1 x 2 Pl 2mxPl (l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl 0
m
dP m m
(1 x ) l mxPl (l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl
2
dx
1
2 m 2 m m
m m
1
dPl dPl
como ( x 1) l (l 1 ) P Pl dx 0 e analogamente a isto,
2 l
1 dx dx 1 x
1
2 m m
dPl dPl m 2 m m
temos ( x 1) l (l 1) Pl Pl dx 0
1 dx dx 1 x2
1
1
1
P
1 1
d m Pl d m Pl
(1 x )
m
I l ( x) dx 2 m
dx
1 1 dx m dx m
Integrando por partes
1
d m 1 Pl d m
2 m d Pl
1
d m 1 Pl d m
2 m 1 d Pl 2 m d
m 1
Pl
I m 1 (1 x ) m
dx m 1 2 mx(1 x ) m
(1 x ) m 1
dx
1 dx
dx dx 1 dx
dx dx dx
1 m 1
d m 1 Pl m 1
d m Pl m 1
d m 1 Pl
(1 x 2 ) 2
2 mx (1 x 2
) 2
(1 x 2
) 2
dx
1 dx m 1 dx m dx m 1
74
m m
d
Se tivermos que usar a definição Pl m ( x) (1 x 2 ) 2
m
Pl ( x ) , a integral acima
dx
pode ser escrita como
dx
1 1 m 1
2mx Pl
I Pl dx
m 1 m m 1 m 1 m
Pl Pl (1 x 2 ) Pl 2mxPl
1 (1 x ) 2
1 (1 x ) 2 e
1 m 1 1
Pl 2
I (1) dx (l m)(l m 1) Pl
m 1 m 1
(l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl ( x) dx
(1 x 2 )
1 1
P P
1 1
m m2
l ( x) d x (l m )(l m 1)(l m 1)(l m 2) l ( x) dx
1 1
P
1
0
(l m)(l m 1)(l m 2). ..(l 1) (l m 1)(l m 2)...l l ( x) dx
1
P
1
0 2 2
Sabendo se que l ( x) dx , temos finalmente o seguinte resultado
1
2l 1
2
P
1
m 2 (l m)!
l ( x ) dx , de onde concluindo se nota que a condição das
1
2l 1 (l m)!
2 (l m )!
1
P u
m
funções associadas de Legendre é dada por l ( x ) P m l ( x)dx
1
2l 1 (l m )!
Atendendo que os coeficientes de normalização Alm das funções harmónicas
2 1 2
Alm
P Pl dx e i ( m m ) d 1
m m
esféricas devem satisfazer 2
l , temos por
1
0
2mm
2l 1 (l m )!
implicação que Alm .
2 (l m )!
Finalmente, as funções harmónicas esféricas normalizadas podem ser escritas
2l 1 (l m )! m
como Yl ( , ) Pl ( )e im
m
4 (l m )!
75
A parte radial
Em conformidade com a expressão da separação de variáveis
(r , , ) R (r )Ylm ( , ) , a parte radial é a solução da equação
1 d 2r 2m e 2 2 l (l 1)
( rR ) E R 0 sujeita à condição de normalização
r dr 2 2 r 2m r 2
2
0
R ( r ) r 2 dr 1
Considerando u (r ) rR (r )
0
u (r ) dr 1 . Substituindo esta igualdade na
1 d 2r 2m e 2 2 l (l 1)
equação ( rR ) E R 0 ,encontramos uma equação do
r dr 2 2 r 2m r 2
tipo
d 2 u l ( r ) 2m e 2 2 l (l 1)
E u l ( r ) 0
dr 2 2 r 2m r 2
l 1
A solução compatível com u 0 (r ) 0 para r 0 é dada por u o ~ A0 r
2 2
dr dr dr
2m E
Tendo em conta que e substituindo u (r ) incluindo suas derivadas na
d 2 ul ( r ) 2m e 2 2 l (l 1)
equação E ul (r ) 0 obtém se
dr 2 2 r 2m r 2
d 2 v (r ) (l 1) dv 2 1 2 0
2
2 (l 1) v ( r ) 0 onde a 0,52 A
dr r dr r a me 2
Fazendo uma expansão de v(r ) em séries de potências, tem se v( r ) bv r
v
v 0
dv ( r )
dr
vb r
v 0
v
v 1
Daí advém 2
d v(r )
dr 2
v(v 1)b r
v 0
v
v2
v 0 a
1
formula de recorrência (v 1) v 2l 2 bv 1 v l 1 bv . Para v muito grande
a
bv 1 2
temos que ~ e portanto, com os coeficientes dados pela relação
bv v
me 2 1 e2
En ( ) ( n 1,2,...)
2n 2 2 n 2 2a 2
r e 2r dr 1 b0 2 3
2 2
b0
0
1
4 2
r
1 1
b0 2 3 ( ) 3 u10 2 ( ) 3 re a
a a
Para n 2 , tem / se duas soluções radiais, correspondendo a (
l 1, k 0) (l 0.k 1). 1 me 2 1
da equação k l 1 resulta
Para (l 1, k 0), a ( 2m E ) 2a
1 1
Da equação (v 1) v 2l 2 bv 1 v l 1 bv 4b1 2 (2 )b0 b1 0
a a
2 r
Assim v 21 (r ) b0 u 21 (r ) b0 r e . E de acordo com a condição de normalização,
78
1 1
b 2 0 r 4 e 2r dr 1 b0 ( ) 3 r
2a a 3 , neste contexto, u 21 (r ) ( 1 ) 3 1 r 2 e 2 a .
0
2a a 3
3
4 5
Para (l 0 k 1), v 20 ( r ) b0 b1 r .
1 me 2 1
Note que da equação k l 1 resulta e da equação
a ( 2 m E ) 2a
1 1
(v 1) v 2l 2 bv 1 v l 1 bv , obtém (v 1)(v 2)bv 1 2 (v 1 )bv .
a a
1 1
Nesse caso, b1 b0 estão relacionados por 2b1 2 (1 )b0 b1 b0 , logo,
a 2a
r b r
) u 20 (r ) 0 ( 2 ) re r . Note que de acordo com a condição de
v 20 (r )b0 (1
2a 2 a
normalização temos
2
2
r 1 1
(1 2a ) r 2 e r dr b0 r 2 e 2r dr r e 2r dr r e 2r dr
2
1 u 20 ( r ) dr b0 2 3 4
0 0 0 a 0 4a 2 0
2 1 1 3 3 1
Estas três integrais já foram calculadas e portanto, b0 3 * 2 1.
4 a 8 16
4 5
a
3 r
1 1 1 3 r
Substituindo b0 2 ( ) , nisto, u 20 ( r )
) (2 )re 2 a . (
2a 2a 2a a
u (r )
Neste caso, as funções radiais de Schrodinger Rnl (r ) nl são dadas para os
r
valores mais baixos de n l , por
r
1
n 1 l0 R 10 ( ) 3 2e a
a
r
1 3 r
n2 l0 R 20 ( ) ( 2 )e 2 a
2a a
r
1 3 r
n 3 l 1 R 21 ( ) e 2a
2a a 3
A solução desta equação pode ser expressa em termos dos polinómios ordinários
de Laguerre Ln ( x) satisfazendo a equação
xy (1 x) y (n k ) y 0 . Diferenciando k vezes esta equação obtém se
xy ( k 2) (k 1 x) y ( k 1) ny ( k ) 0
79
dk
Lkn ( x ) Ln k ( x )
dx k
Para o caso específico do átomo de hidrogénio, as funções radiais são dadas pelas
u nl (r )
equações u (r ) r l 1e r v(r ) e Rnl (r ) , resumidamente pela equação
r
k
1
Rnl (r ) r l e r v nl (r ) , na qual v nl (r ) bvr
v 0
v
,n k l 1
a
1
Já com a fórmula de recorrência temos (v 1)(v 2l 2)bv 1 2 (v l 1 )b0
a
( 2m E ) 2 .
onde a
me 2
d 2 vnl l 1 dv v
2
2( ) nl 2(n l 1) nl 0
dr r dr r
Esses são os polinómios associados de Laguerre, de grau ( n l 1)
2r 2l 3
Com a mudança de variáveis 2r , segue se que v ( ) 2 ) 2 L2 l 1 ( )
na nl n l 1
0
os níveis 3s e 2p, na realidade ocorrem duas linhas separadas de 1,4 A .
80
Note ainda que se um átomo estiver sob acção de um campo magnético, de acordo
com a regra de selecção, cumpre se m 0,1.
No contexto, espera se um efeito Zeeman normal, com a divisão de uma linha
espectral em três componentes, conforme previsto também pelo electromagnetismo
clássico. Contudo, a observação mais frequente é o aparecimento de quatro, seis
ou mais componentes, correspondendo ao efeito Zeeman anômalo.
As tentativas de Sommerfeld, Landé, Pauli, Ralph Kronig e Tomas, os holandeses
George E. Uhlenbeck e Samuel Goudsmit, em 1925, permitiram sugerir mais um
grau de liberdade para o eléctron, um momento angular intrínseco, o spin,
independente do momento angular orbital e portanto, de qualquer interacção.
Apesar das auto funções do momento orbital ( L ), Yl ( , ), dependerem das
m
Como prova de que para átomos no estado fundamental (l 0), sempre eram
observados apenas dois traços correspondentes a dois valores no momento bipolar
magnético b b , foram de grande destaque os experimentos dos Alemães Otto
Stern e Walther Gerlach em 1922.
Segundo Goudsmit e Uhlenbeck, seria possível ter uma explicação compatível para
os resultados dos experimentos de Stern e Gerlach, com apenas dois autovalores
para a projecção do momento dipolar magnético na direcção z , se se atribuísse ao
eléctron um momento angular intrínseco (S ) , cujos autovalores para S 2 e S z
fossem dados pela equação
2 1
S s, m s 2 s ( s 1) s, m s s
2
S s, m 1 1
z s m s s , m s ms ,
2 2
2 mc
relativística de onda para o eléctron ( H 2 2 2 c 2 2 ( ) 2
t 2
Bibliografia
Alonso M. & E. Finn Física Addison Wesley Ibero American, Espanha 1999.
Landau, L. Mecânica quântica tomo 3.1. Editora Moscovo 1985.
Landau, L. Mecânica quântica tomo 3.2. Editora Moscovo 1985.
Stephen Gasiorowicz Física quàntica Rio de Janeiro 1974
Robert Eisberg e Robert Resnick, Física quântica Brasil, 1979.