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SUMÁRIO
GEOGRAFIA GERAL – DEMOGRAFIA .................................................................................................................. 2
MIGRAÇÕES II ................................................................................................................................................ 2

MUDE SUA VIDA!


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GEOGRAFIA GERAL – DEMOGRAFIA


MIGRAÇÕES II
OS REFUGIADOS, OS IDP’S E OS APÁTRIDAS
De acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR) de 2016, existia no mundo cerca de 65,6 milhões de refugiados que procuram por
abrigo em outras nações, devido a conflitos, guerras civis, perseguições políticas, religiosas ou
étnicas.
O conflito na Síria continua fazendo com que o país seja o local de origem da maior parte
dos refugiados (5,5 milhões). Entretanto, em 2016 um novo elemento de destaque foi o Sudão
do Sul, onde a desastrosa ruptura dos esforços de paz contribuiu para o êxodo de 739,9 mil
pessoas até o final do ano passado. No total, já são 1,4 milhão de refugiados originários do Sudão
do Sul e 1,87 milhão de deslocados internos (que permanecem dentro do país).
As crianças, que representam a metade dos refugiados de todo o mundo, continuam
carregando um fardo desproporcional de sofrimento, principalmente devido à sua elevada
vulnerabilidade. Tragicamente, 75 mil solicitações de refúgio foram feitas por crianças que
viajavam sozinhas ou separadas de seus pais. O relatório aponta que possivelmente este
número subestime a real situação.

No Brasil, de acordo com os dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), do


Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2016 houve aumento de 12% no número total de
refugiados reconhecidos no país.
Até o final de 2016, o Brasil reconheceu um total de 9.552 refugiados de 82
nacionalidades. Desses, 8.522 foram reconhecidos por vias tradicionais de elegibilidade, 713
chegaram ao Brasil por meio de reassentamento e a 317 foram estendidos os efeitos da
condição de refugiado de algum familiar.
Os países com maior número de refugiados reconhecidos no Brasil em 2016 foram Síria
(326), República Democrática do Congo (189), Paquistão (98), Palestina (57) e Angola (26). Os
países com maior número de solicitantes de refúgio no Brasil em 2016 foram Venezuela
(3.375), Cuba (1.370), Angola (1.353), Haiti (646) e Síria (391).
Apesar da diminuição no número de solicitações de refúgio no ano de 2016, houve um
aumento expressivo de solicitações de venezuelanos (307%) em relação a 2015. De acordo com
o relatório, apenas no ano passado, 3.375 venezuelanos solicitaram refúgio no Brasil, cerca de
33% das solicitações registradas no país naquele ano. Em 2015 foram contabilizados 829
pedidos de refúgio de nacionais venezuelanos.
Em 2017, o número de pedidos de refúgio aumento significativamente no Brasil. Entre
janeiro e julho de 2017, o Comitê Nacional de Refugiados (Conare) recebeu 15.547 pedidos de

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refúgio de estrangeiros. O número já é 51% maior que o total de 10.308 solicitações recebidas
em todo o ano de 2016.
As nacionalidades dos solicitantes de refúgio também aumentaram, de 96 em 2016 para
116 até julho de 2017. O número indica a formação de novos movimentos migratórios em
direção ao Brasil.
A Venezuela está no topo do ranking, com 6.823 solicitações de refúgio nos primeiros sete
meses do ano – aumento de 102% se comparado aos 3.375 pedidos registrados em 2016. Em
seguida aparece Cuba, Angola e Senegal.
SOLICITAÇÕES DE REFÚGIO POR PAÍS DE ORIGEM (2016)

A Síria teve uma redução significativa de solicitações e saiu da 5ª posição para a 7ª, com
391 registros. Já o Senegal subiu da 10ª para a 4ª posição, com 823 pedidos.
Considerando-se apenas os pedidos de refúgio de estrangeiros de nacionalidades
africanas, entre 2016 (ano inteiro) e de janeiro a julho de 2017, houve um aumento de 33% das
solicitações de permanência no Brasil – o número subiu de 3.184 para 4.281 pedidos.
Hoje, uma nova modalidade de refugiados começa a se delinear, os denominados
refugiados ambientais. Se o aquecimento global e os impactos ambientais que ele gera
continuarem na velocidade atual, as catástrofes naturais, a desertificação e o aumento do nível
do mar serão responsáveis por uma grande crise ambiental e climática, que tornará inevitável
o deslocamento de milhares de pessoas buscando a sobrevivência.
A Cruz Vermelha calcula que mais de 25 milhões de pessoas no mundo atual já se
deslocaram de lugares destruídos por problemas ambientais. Ao norte de Papua Nova Guiné,
no arquipélago de Carteret, os habitantes foram obrigados a deixar suas casas em razão da
elevação do nível do mar. O arquipélago do Pacífico Sul deverá desaparecer nos próximos anos.
Atualmente a situação mais urgente é a dos que vêm sendo expulsos pela elevação das marés.
A legislação internacional não contempla a nova classe de refugiados. Para a Convenção
de Genebra, refugiados são definidos como pessoas que temem “ser perseguidas por motivos
de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou associações políticas” e “se encontram fora do
país de sua nacionalidade”. Então, os refugiados ambientais, talvez, fossem aqueles expulsos
pela natureza, uma vez que esta vem sendo a causa das principais tragédias vividas pela
humanidade nos últimos anos, a exemplo dos tsunamis na Ásia, dos furacões nos Estados
Unidos e a desertificação em páreas da África Subsaariana.
Esta é uma situação que requer a situação das autoridades assim com ações urgentes. O
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ou mesmo o dos Direitos Humanos, deve
inserir nos novos acordos internacionais esta categoria de refugiados a fim de que sejam
minimizados os transtornos causados pelas alterações climáticas.

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Fonte: http://agnaldobarros.blogspot.com.br

Vários governos possuem planos de emergência para o deslocamento de pessoas das


áreas comprometidas, entretanto, países como Austrália e Nova Zelândia já deixaram claro que
irão restringir o ingresso.
ESTADOS UNIDOS – UM PAÍS DE IMIGRAÇÃO
Os Estados Unidos é o país que mais recebeu imigrantes em todo o mundo e em toda a
história. Em 2016 havia um registro de aproximadamente 44 milhões de migrantes. A atual
legislação norte-americana é de combate à entrada de imigrantes. Mesmo com todas as
restrições, estima-se que todo ano, 1,3 milhão de novos habitantes, legais e ilegais, cheguem ao
país.
Nesse período, os maiores aumentos por países corresponderam a Índia (com 654.202
novos residentes), China (550.022), República Dominicana (206.134), El Salvador (172.973),
Cuba (166.939), Filipinas (164.077), Honduras (128.478), Vietnã (112.218), Venezuela
(106.185) e Guatemala (104.883).
De 2010 a 2016, os cinco Estados com maiores aumentos de imigrantes foram Texas (com
587.889 habitantes de origem imigrante), Flórida (578.468), Califórnia (527.234), Nova York
(238.503) e New Jersey (171,504).
Com o número de 27,2% de imigrantes, a Califórnia é o Estado com maior população
estrangeira, seguida de Nova York (23%), Flórida (20,6%), New Jersey (22,5%) e Nevada
(20%).
Desde janeiro de 2004, qualquer turista que ingresse nos Estados Unidos é fotografado e
tem as impressões digitais armazenadas em sistemas informatizados.
Os Estados Unidos possuem uma política de assimilação, fenômeno conhecido como
melting pot (mistura), e em geral cabem aos imigrantes os trabalhos pesados, perigosos, sujos
e indesejados, com jornadas de trabalho sem limites.

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Capa do Guia para Novos Imigrantes do Governo Norte-Americano.

TRECHO DO GUIA
Os residentes permanentes recebem um Cartão de Residente Permanente
(Formulário I-551) como prova de seu status de residente legal dos EUA. Algumas
pessoas chamam esse documento de “Green Card”. Caso você seja um residente
permanente com 18 anos ou mais, é necessário portar comprovação de seu status
imigratório e, se lhe for solicitado, mostrá-la ao oficial de imigração. O seu cartão é
válido por 10 anos e precisa ser renovado antes de vencer. Você deve apresentar o
Formulário I-90 para substituir ou renovar seu Cartão de Residente Permanente. É
possível obter esse formulário no http://www.uscis.gov ou ligando para Disque
Formulários USCIS. Para dar entrada ao Formulário I-90 é necessário pagar uma taxa.

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Em janeiro de 2017, o presidente recém-eleito Donald Trump, em mais uma medida


polêmica de seu governo proibiu por meio de decreto, o ingresso de imigrantes de sete países
(Síria, Iraque, Irã, Líbia, Sudão, Iêmen e Somália) e refugiados de todo o mundo por 4 meses.
O decreto assinado por Trump não estabelece a criação de um registro de muçulmanos
nos Estados Unidos, uma ideia que o presidente havia proposto quando candidato, mas que
poderia ser ilegal, por discriminar uma religião.
A medida, porém, dá passos que podem ser vistos como acenos à islamofobia. Determina
que em 180 dias seja divulgado publicamente um cadastro com informações sobre o número
de estrangeiros nos EUA acusados ou sentenciados por crimes de terrorismo. A lista incluirá
também aqueles que se “radicalizaram” na ideologia jihadista depois de entrarem no país ou
que cometeram ataques contra mulheres.
A proibição não é inédita, embora o contexto seja diferente. Depois do 11 de Setembro, o
Governo do republicano George W. Bush paralisou temporariamente o programa de acolhida
de refugiados. A lei vigente permite que um presidente suspenda a entrada de qualquer
imigrante quando considerar que sua admissão contraria os interesses dos Estados Unidos.
A 9ª Corte barrou o decreto de Trump que teve de realizar algumas alterações no decreto,
entre elas destacamos:
• O Iraque sai da lista de países cujos cidadãos ficam temporariamente impedidos
de entrar nos EUA;
• Os refugiados sírios deixam de ser automaticamente impedidos de entrar nos
EUA. A eles passam a ser aplicar os mesmos critérios que aos solicitantes de
refúgio de outros países;
• A ordem não passa a valer imediatamente, como a primeira, mas entra em vigor
10 dias após seu anúncio;
• No novo texto, não há menção de prioridades a minorias religiosas perseguidas,
o que na prática significaria cristãos, já que todos os países listados são de maioria
muçulmana.

A população de imigrantes ilegais nos Estados Unidos ficou situada em aproximadamente


11,3 milhões em 2014, nível em que se manteve estável nos últimos cinco anos.
O levantamento, baseado em dados do governo americano, ressalta uma mudança de
tendência em relação ao que ocorreu no fim do século passado, quando a população imigrante
ilegal disparou de 3,5 milhões em 1990 para 12,2 milhões em 2007.
Posteriormente, caiu entre 2007 e 2009 devido à grave crise econômica, e se situou nos
níveis atuais, entre 11,2 e 11,5 milhões, faixa pela qual segue sem mudanças desde 2010.
Como consequência da redução de novos imigrantes, principalmente de mexicanos, o
relatório assinala que o grupo de adultos imigrantes ilegais com mais de uma década nos EUA
praticamente duplicou, ao passar de 35% em 2000 para 62% em 2012.
Em 2012, apenas 15% tinham morado nos Estados Unidos por menos de cinco anos,
comparados aos 38% de 2000.

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Devido ao seu maior tempo de estadia no país, um maior número de imigrantes teve filhos
nascidos em território americano. Em 2012, quatro milhões de imigrantes ilegais, cerca do 38%
do total, viviam com filhos, quantidade superior aos 2,1 milhões, ou 30%, de 2000. Desde 2009,
o fluxo de imigrantes ilegais se situou em 350 mil ao ano, com cerca de cem mil procedentes do
México, porcentagem muito menor que no passado, quando os imigrantes ilegais mexicanos
significavam quase a metade do total.

UNIÃO EUROPEIA
A partir dos Tratados Constitutivos da União Europeia, este bloco não apenas criou um
mercado comum como, também, adotou diversas medidas que aboliram obstáculos à livre
circulação de bens, serviços, capitais e pessoas entre os Estados-membros.
Porém, em relação à livre circulação de pessoas, a política de integração do bloco assume
amplas proporções com a adoção de uma cidadania comum aos nacionais de seus países, a qual
consagra o direito de ir e vir e de instalar-se livremente dentro do âmbito europeu, e são
garantidos no Tratado da União Europeia assinado em 1992.
A aplicação do princípio da liberdade de circulação de pessoas amplia-se com a supressão
das fronteiras interiores, com base no Acordo Schengen assinado entre a Alemanha, a Bélgica,
a França, o Luxemburgo e os Países Baixos, em 14 de Junho de 1985, para suprimir
gradualmente os controles nas fronteiras comuns e instaurar um regime de livre circulação
para todos os nacionais dos Estados signatários, dos outros Estados da Comunidade ou de
países terceiros.
Em 1990 foi assinada a Convenção de Schengen, que a partir de 1999 passou a integrar o
quadro institucional e jurídico da União Europeia. Alguns países como o Reino Unido e a
Irlanda 1 adotam apenas parcialmente o Acordo, mantendo ainda o controle sob suas fronteiras.

1 Estes países podem participar na totalidade ou em parte das disposições do acervo de Schengen, após votação do Conselho por unanimidade dos
treze Estados que tomaram parte nos acordos e do representante do governo do Estado interessado. Já a Islândia e a Noruega, embora não fazerem
parte da União Europeia, são associadas à aplicação do acervo de Schengen e ao prosseguimento do seu desenvolvimento. Disponível em:
<http://europa.eu/scadplus/leg/pt/lvb/l33020.htm> Acesso em: 28 ago. 2006.

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PROBLEMAS COM OS IMIGRANTES NA EUROPA


A entrada de imigrantes em alguns países europeus, os quais trouxeram consigo uma
cultura completamente diferente foi percebida, como ameaças à seguridade econômica e social
usufruída pelos cidadãos europeus.
Nos últimos anos, a União Europeia tem convivido com uma quantidade crescente de
desempregados, que chegou a atingir mais de 10% da sua população economicamente ativa –
em alguns países, esse número alcançou os 20%. No início do século XXI, apesar de o índice ter
baixado para 8%, em média, cerca de 65 milhões vivem em situação de pobreza dentro das
fronteiras da União Europeia.
Na Alemanha, a situação tornou-se especialmente grave a partir de 1990, com a
reunificação alemã. A economia do país passou a conviver com avanços tecnológicos que
suprimiram empregos e com a falência de empresas da parte oriental do país, que não
conseguiam competir num mercado aberto.
Em 2004, foi criada uma Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas
Fronteiras Externas dos Estados-membros da União Europeia (FRONTEX) que tem como
objetivo melhorar a gestão integrada destas áreas, além de facilitar a aplicação de medidas
comunitárias relacionadas à gestão das fronteiras exteriores.
Atualmente, existem em muitos países de atração movimentos contrários aos imigrantes,
em Portugal, por exemplo, há grupos xenófobos, embora sejam poucos. Apesar disso, ocorre um
intenso fluxo de imigrantes e, automaticamente, uma saturação no mercado de trabalho. Tal
fato provavelmente produzirá reflexos como os que ocorrem na França, com iniciativas radicais
e até mesmo violentas.

Os adeptos à xenofobia condenam os imigrantes pela falta de trabalho, entretanto,


esquecem que esse fator foi desencadeado pelos seus próprios líderes, que permitiram a
entrada desses trabalhadores para executar tarefas que os nativos se recusavam a desenvolver.
Esse processo é resultado do imperialismo ocorrido no passado, quando as metrópoles tinham
como objetivo exclusivo explorar a colônia e nunca de estabelecer medidas para que essa
engrenasse para o desenvolvimento.
Os movimentos xenófobos vêm crescendo gradativamente, especialmente a partir dos
anos 80 com as crises econômicas que ocorreram nessa década e nos anos 90 com o aumento
do desemprego em escala global. Segundo os líderes e adeptos desse tipo de movimento, essa
aversão aos imigrantes não se deve a preconceitos por origem, e sim pela preocupação com a
perda de identidade cultural, a competividade entre um nativo e um imigrante, pois o último se
sujeita a menores salários e condições precárias de trabalho, isso força uma deflação geral.
Além disso, a entrada da religião mulçumana na Europa é vista como uma ameaça,
principalmente após os ocorridos em 11 de setembro nos EUA.

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Cartaz de plebiscito na Suiça para saber se o país devia limitar ou não a imigração – Tradução do cartaz:
“Excesso de noites para a Suiça – Parar a imigração massiva sim”.

Devido às pressões de grupos xenófobos, o governo da França implantou medidas de


restrição aos imigrantes, nesse caso, as origens mais afetadas são os africanos e mulçumanos
(ex-colônias). Essa realidade não se resume somente à França, pois os outros países europeus
desenvolvidos estabeleceram leis extremamente rigorosas para impedir a entrada de
imigrantes.
Recentemente, o grupo de imigrantes que mais sofrem com a discriminação são os do leste
europeu, os países da Europa Ocidental impuseram a cobrança de vistos, mas para adquiri-los
as burocracias são tão grandes que se torna uma tarefa difícil de alcançar.
Esse tipo de discriminação por parte da população da Europa, especialmente da parte
ocidental, tem proporcionado o crescimento e a atuação de grupos denominados de
‘neonazistas’. Esses chegam a ser extremistas, na Alemanha ocorre uma grande incidência de
atentados a imigrantes.
Essa questão é extremamente complexa e difícil de encontrar uma solução, segundo
especialistas, isso se deve aos períodos de exploração das colônias, como se os imigrantes
vindos dessas tivessem cobrando por tal ato.
Na visão de outros estudiosos, essa temática não terá fim enquanto existir tanta
disparidade entre países centrais e periféricos, pois as pessoas desse último sempre vão migrar
em busca de sua sobrevivência.

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