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Diagnóstico:
Identificação, descoberta ou reconhecimento de uma doença, através dos sinais e
sintomas obtidos após exame do paciente e raciocínio.
Diagnóstico Definitivo:
Só é obtido após exames laboratoriais;
Porém nem toda doença precisa do exame laboratorial para ser definida,
podendo ter seu diagnóstico estabelecido somente com exames complementares
de consultório;
Diagnóstico Diferencial:
Muitas doenças vão apresentar sinais e sintomas semelhantes, sendo muitas
vezes necessário que ao examinar o paciente, seja realizado o diagnóstico
diferencial entre várias doenças;
Corresponde às hipóteses de diagnóstico para uma mesma lesão, após o exame
clínico;
Prognóstico:
Marcha evolutiva da lesão, ou seja, o profissional tem condições de antecipar
para o paciente como aquela doença vai se desenvolver;
Antecipação do finalizar da doença;
Esse prognóstico pode ser dividido da seguinte forma:
De acordo com as possibilidades ou não de cura e recuperação do paciente:
Favorável ou bom:
Quando tudo faz crer que, terminada a doença, a saúde se restabelecerá
perfeitamente.
Reservado ou duvidoso:
Permanece a dúvida em relação ao desfecho;
´´Vamos estabelecer tal tratamento, mas não temos como assegurar que
a doença será exterminada´´
Sombrio ou ruim:
Sugere um desfecho desfavorável ao paciente;
Esse prognóstico é muito comum quando o paciente chega no consultório
médio com casos avançados de câncer, ou metástase por exemplo;
Pode ser usado para o dente em casos de canal por exemplo.
Fatal:
Quando se prevê o óbito.
Durante o curso de diagnóstico, muito será falado sobre saúde e doença, conceitos esses
que estão intimamente relacionados com a adaptação.
Muitas vezes o paciente está tão adaptado a aquele meio que ele vai se encontrar com
saúde, enquanto outro paciente que não possui essa mesma adaptação vai apresentar-se
doente naquele meio.
Saúde:
Estado de perfeita adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico e social
em que ele vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e sem apresentar sinais ou
alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva).
Doença:
Estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico e social, no qual o
indivíduo sente-se mal (relata sintomas) e apresenta alterações orgânicas
evidenciáveis (sinais);
Sintoma é narrado pelo paciente, aquilo que ele relata na anamnese;
Sinal é aquilo que será observado no exame físico.
Patologia:
Estudo das doenças;
Patologia bucal sendo o estudo das patologias da cavidade bucal.
No caso do diagnóstico, pode-se utilizar alguns termos que são semelhantes, como:
Estomatologia:
Estudo das afecções da boca.
Semiologia:
Meio médico;
Estudo dos sinais e sintomas;
E para obter esses sinais e sintomas existe o estudo da:
Semiotécnica:
Técnica ou método para obtenção dos sinais e sintomas,
onde são utilizam-se os sentidos naturais do examinador,
direta ou indiretamente.
Sinais:
São manifestações clínicas da doença, que podem ser percebidas por meio dos
sentidos naturais do homem;
Tudo que pode ser percebido através dos sentidos (tato, visão, audição, olfato e
paladar) é um sinal.
Ex: Mudanças de coloração (pode acontecer no dente ou na mucosa), variação
de volume, lesões, hálito, temperatura, edemas, ruídos...
Sintomas:
São manifestações subjetivas relatadas pelo paciente;
Ex: Dor, tonturas, pruridos, dormência, astenia (fraqueza muscular),
características da dor...
Tudo aquilo que você não consegue perceber/ sentir é considerado um sintoma.
Sinal Patognomônico:
Específico de uma doença;
É um sinal ou sintoma que por si só, isoladamente, é capaz de levar ao
diagnóstico definitivo.
Ex: a presença dos Dentes de Hutchinson. Toda sífilis congênita (mãe passa para
o bebê) apresenta essa característica, dessa maneira podemos dizer que esses
dentes são um sinal patognomônico da sífilis congênita.
Hipótese Diagnóstica:
É o diagnostico inicial, geralmente obtido levando-se em consideração a
anamnese, história e o exame físico do paciente;
Essa hipótese pode ser confirmada ou não;
Exames complementares são comumente utilizados para confirmação
diagnóstica.
Síndrome:
É o conjunto de sinais e de sintomas comuns a uma determinada doença;
Ex: Síndrome de Down – palato ogival (bem arqueado e profundo), pálpebras
orientais, macroglossia (língua maior que o normal, podendo até ter dificuldade
em conter a língua dentro da boca), anodontia (ausência congênita de elementos
dentários) e nariz em sela. – Todas essas características são exemplos de sinais.
Sintomatologia Pré-Clínica:
São sinais e sintomas que surgem antes da manifestação clínica de uma doença;
Ex: Lesões herpéticas – vesículas e bolhas são parecidas por ardor, calor local e
prurido (coceira).
Estabelecimento do Diagnóstico:
Ao estabelecer o diagnóstico de uma doença é necessário partir dos sinais e sintomas
que são colhidos na anamnese e no exame físico do paciente, obtidos através da
Semiotécnica (técnica ou manobras). A partir adquire-se o quadro clínico ou
sintomatologia daquela doença. Diante desse quadro clínico, inicia-se a elaboração de
hipóteses de diagnóstico, que só será comprovada após a solicitação de alguns exames
complementares de consultório, e, caso necessário, de laboratório. Esse processo
promove a obtenção do diagnóstico final, sendo a partir dele possível realizar o
estabelecimento do prognóstico e consequentemente do tratamento. Após realizado esse
tratamento, faz-se a proservação, que se trata do acompanhamento do caso, podendo ser
com exames clínicos, radiografias ou retorno ao consultório.
Aula 02 – Introdução ao Estudo do Diagnóstico – Diagnostico Bucal – pt. 2
Anamnese:
Identificação do Paciente:
Tem por objetivo a obtenção de informações pessoais do paciente, pode
ser também realizada por auxiliar do dentista (mais comum);
Nome, idade, sexo, cor, procedência, endereço, profissão (atual e
anterior);
Pode servir para estudos epidemiológicos.
Queixa Principal:
É o motivo principal que levou o paciente ao dentista, podendo
classificar-se como:
Presença de indícios de anormalidade;
Insatisfação com evolução de tratamento;
Consulta de rotina.
O dentista deve anotar, sempre que possível, as palavras ditas pelo
paciente ao relatar o motivo que o levou a procurá-lo.
História da Doença Atual:
É o histórico completo e detalhado relativo à queixa apresentada e sua
evolução temporal e sintomatológica, ou seja, a história detalhada da
doença atual, desde seu início até aquele momento, colhida de maneira
criteriosa e cronológica
As perguntas devem ser claras, simples e diretas, facilmente entendidas
pelo paciente;
O conhecimento e a experiência do dentista são fundamentais para
obtenção das informações necessárias ao diagnóstico – Dentista
tranquilo, inteligente, competente;
As informações devem ser anotadas fazendo o uso de termos técnicos,
que serão analisados e ponderados;
Diagnóstico preciso – terapêutica adequada;
Sucesso do tratamento;
Modelo de perguntas mais frequentes:
Tempo de evolução do processo (desde quando? A quanto
tempo?);
Sinais e sintomas iniciais e atuais;
Fatores desencadeantes da sintomatologia;
Pacientes assintomáticos → quais as características da lesão
inicial e da final?
História Médica:
Pesquisa-se os antecedentes relativos a doenças de caráter sistêmico,
desde o nascimento até o momento atual;
Doenças anteriores e atuais:
Alergias, sífilis, tuberculose, hepatites, IAM, diabetes...
Tratamentos anteriores e atuais:
Cirurgias, uso de próteses cardíacas, ortopédicas, neurol...
Usos de medicações:
Anti-hipertensivos, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes...
Estados especiais:
Gravidez, cirurgias recentes...
Antecedentes Familiares:
Objetiva a obtenção de informações sobre os estados patológicos que
acometem ou acometeram familiares;
Doenças hereditárias ou com tendência familiar:
Doenças cardíacas, alérgicas, hemorrágicas, neurológicas,
endócrinas/diabéticas.
História do Paciente:
É um exame subjetivo;
O paciente conta sua história;
Estabelece-se a relação dentista-paciente;
Visa estabelecer um bom relacionamento entre o paciente e o dentista,
bem como obter todas as informações – atuais e passadas – que se
mostrem úteis no auxílio do diagnóstico e conduta terapêutica.
Exame Físico:
É um exame objetivo, tratando-se da pesquisa de sinais concretos presentes no
paciente;
O dentista examina o paciente em relação aos sinais presentes;
Um sólido conhecimento e expêriencia profissional são fundamentais;
Manobras clássicas:
Inspeção, percussão, palpação, olfato, auscultação...
Inspeção visual direta ou indireta e a palpação digital são as manobras
mais utilizadas.
A boca permite o acesso visual amplo de suas estruturas;
1. Aspecto geral do paciente:
Biotipo, marcha, fáceis
2. Inspeção:
Loco-regional (cabeça e pescoço), inspeção intrabucal, afastadores,
espelho, tração da língua, lavagem da boca.
Examinar: lábios, mucosas, assoalho da boca, amígdalas, línguas,
gengivas, palatos, orofaringe.
3. Palpação: extra e intrabucal
Possibilita informações: limites, pulsação, sensibilidade, temperatura,
consistência, flutuações, mobilidade;
A palpação dos dentes é indireta com o uso de exploradores;
Cadeias linfáticas – linfonodos glândulas.
4. Percussão:
Método utilizado basicamente no diagnóstico de odontalgias;
Pericementite, abscessos agudos, fraturas.
5. Auscultação:
Tem pouca utilização;
Estalidos da articulação temporomandibular.
6. Olfato:
O odor pode ter valor semiológico;
Pênfigo foliáceo;
Tumores malignos.
Exame Clínico:
Deve ser sistemático, ordenado e completo;
Todos os dados obtidos deverão constar na ficha clínica ou prontuário do paciente, bem
como resultados de exames complementares, tratamentos executados e evolução do
caso;
Ficha Clínica:
Instrumento legal e fonte segura para obtenção de dados estatísticos epidemiológicos
que auxiliam a conhecer melhor a história natural das doenças.