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Alimentos Provisórios

Alimentos Provisórios
Alimentos Provisórios

Direito de Família

@criscbotelho
Alimentos Provisórios

01 - O que são Alimentos Provisórios?


A expressão Alimentos Provisórios refere-se à

terminologia prevista na Lei de Alimentos (Lei n º


5.478/68) para designar os alimentos fixados

liminarmente (sem que seja ouvida a parte contrária),

para suprir as necessidades urgentes do alimentando

durante o trâmite da ação. Diz-se alimentos

provisórios porque tem-se a expectativa deles serem

substituídos por uma medida permanente ao final da

ação.

02 - Quais são os documentos necessários


para que o Juiz defira os Alimentos
Provisórios?
Só é possível que o juiz conceda os provisórios quando

houver prova pré-constituída do parentesco,

casamento ou união estável. No caso dos filhos, por

exemplo, é necessário que a parte Autora da

demanda ingresse logo na petição inicial com a

Certidão de Nascimento, documento que demonstra

liminarmente o grau de parentesco.

Caso haja a necessidade de produção de provas,

como nos casos da ação de Investigação de

Paternidade, não é uma regra, mas pode ser que o juiz

indefira o pedido de Alimentos Provisórios em caráter

liminar, deixando de arbitrá-los até que haja prova

concreta da paternidade.

@criscbotelho
Alimentos Provisórios

03 - Qual a diferença de Alimentos


Provisórios e Definitivos?
Como dito acima, os Alimentos Provisórios são aqueles

fixados no início do processo, sem a oitiva da parte

contrária, do Requerido na demanda. Já os alimentos

definitivos são aqueles fixados ao final do processo,

na sentença, ou seja, eles substituem os alimentos

provisórios.

04 - Qual a natureza dos Alimentos


Provisório?
Os alimentos provisórios possuem a natureza de

pensão alimentícia, com todas as regras aplicáveis ao

instituto. Como são pleiteados no início do processo e

têm caráter de urgência, assumem a característica de

tutela de urgência, com base no Art. 300 e seguintes

do CPC.

É interessante porém que, para seu deferimento, não é

preciso a demonstração dos requisitos do Art. 300 do

CPC, quais sejam, o pericullum in mora e fumus boni

iuris, bastando a comprovação do grau de parentesco

e do trinômio: necessidade, possibilidade e

proporcionalidade, a qual será auferida no caso

concreto.

Lembrando que os Provisórios podem ser pedidos na

ação de divórcio, dissolução da união estável ou na

própria ação de alimentos.

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Alimentos Provisórios

05 - Qual valor dos Alimentos Provisórios?


A Lei não estabelece um valor máximo ou mínimo para

a concessão dos Alimentos Provisórios, seguindo

sempre o trinômio: a necessidade do alimentando X a

possibilidade do alimentante, além da

proporcionalidade entre os genitores, ou seja, quem

ganha mais contribui com mais valores a título de

pensão alimentícia.

Dessa forma, vê-se que, antigamente, trabalhava-se

com a ideia de binômio, mas atualmente, de acordo

com o CC/02, vê-se a necessidade de se estabelecer

um trinômio em virtude do novo parâmetro a ser

considerado: a proporcionalidade.

Não há um valor pré-fixado pela lei, não sendo

verdadeira ideia de que o limite máximo é de 30% dos

ganhos do alimentante, pois, o juiz decide o valor

dentro da razoabilidade e análise do caso concreto.

06 - Como pedir que o Juiz fixe os Provisórios


quando o Alimentante é autônomo?
Muito cuidado com essa questão, isso porque, vamos

lembrar que os provisórios são pedidos antes de ouvir

a outra parte, então, a parte autora precisa ter um

mínimo de lastro probatório para poder requerer, e o

Juiz deferir os provisórios. Nesse caso, o Juiz pode fixar

os provisórios com base no salário mínimo.

Em caso de dúvidas, se o alimentante tem ou não

rendimentos fixos, pode-se usar de dispositivo do

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Alimentos Provisórios

CPC/2015 que permite que seja expedido um oficio

ao INSS para verificar se há a existência de vínculo

empregatício no nome do requerido

07 - Qual a diferença entre os Alimentos


Provisórios e Provisionais?
Apesar da semelhança do nome, os Provisórios não

são sinônimos de alimentos Provisionais. Os primeiros

já foram descritos acima, ao passo que os alimentos

provisionais são arbitrados em medida cautelar,

preparatória ou incidental, de ação de separação

judicial, divórcio, nulidade ou anulabilidade de

casamento ou de alimentos, dependendo da

comprovação dos requisitos inerentes a toda medida

cautelar: fumus boni jurise o periculum in mora.

Os provisionais destinam-se a manter o suplicante e a

prole durante a tramitação da lide principal, ou seja,

eles só existirão enquanto durar o processo.

08 - Os Provisórios podem ser pagos


exclusivamente em dinheiro?
Não. O alimentante pode prestar os alimentos

provisórios em dinheiro ou em compras de

supermercados, planos de saúde, odontológico,

vestuário ou arcando com outras despesas do

alimentando.

@criscbotelho
Alimentos Provisórios

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09- Cabe prisão em caso de descumprimento
do pagamento dos Alimentos Provisórios?
Sim. Em caso de descumprimento das prestações dos

provisórios, cabem os dois ritos da execução: tanto da

prisão como o de expropriação do patrimônio do

devedor de pensão alimentícia. Isso porque a partir do

momento que os alimentos forem fixados, eles são

devidos, e se não forem pagos, podem ser executados.

Vale lembrar da decisão que concede ou nega o

pedido de alimentos provisórios, cabe agravo de

instrumento, com base no Art. 1015 do CPC.

@criscbotelho

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