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Amazonas
O estado do Amazonas pertence à região Norte do Brasil, sendo o
maior em território, com uma população de 4,2 milhões de habitantes.
Tem na sua capital, Manaus, a principal cidade e aglomeração
urbana do estado. O estado apresenta dinâmica econômica voltada
aos setores secundário e terciário, com destaque para os serviços e a
indústria, que somam juntos mais de 80% do seu PIB.
Com uma geografia rica, diversa e dinâmica, o estado conta com a
maior rede hidrográfica do país, clima tropical úmido, maior área de
Floresta Amazônica preservada, regime de chuvas o ano todo,
e ampla área de relevo fluvial, fator esse que favorece a navegação
como meio de transporte e distribuição, principal infraestrutura de
transporte do país.
Leia também: Queimadas na Amazônia – processo que está
destruindo essa rica biodiversidade

História do Amazonas

A descoberta da região da Amazônia, hoje correspondente aos


estados do Pará e Amazonas, é de responsabilidade do espanhol
Francisco de Orelhana. O viajante do século XVI descreveu as
paisagens vistas e disse também ter encontrado mulheres amazonas
guerreiras, uma história cheia de fantasias, mitos e folclores. Após
esse evento, a região ficou esquecida na história brasileira,
sendo somente por volta de 1637 relembrada pelos frades
Domingos de Brieba e André Toledo, que realizaram uma
expedição ao rio Amazonas e despertaram o interesse dos capitães
portugueses na região.
Em 1669, Manaus teve sua origem situada à margem direita do rio
Negro, o pequeno arraial foi formado em torno da Fortaleza de São
José do Rio Negro, criada para guarnecer a região de possíveis
investidas dos inimigos. Nesse mesmo ano, foi erguido o Forte de São
João da Barra do Rio Negro, que ficava a três léguas da foz do rio.
Durante 114 anos, funcionou como defesa da região.
No ano de 1833, o arraial tornou-se vila, ganhando o nome de
Manaós, em homenagem a uma tribo que se recusava a ser
dominada pelos portugueses e a tornar-se mão de obra escrava na
época. Somente em 1848, Manaus recebeu o título de cidade e o
governo federal reconheceu o estado do Amazonas. O apogeu e o
reconhecimento do estado do Amazonas e de suas cidades vêm no
ano de 1900, com o látex. Por anos, o estado e a cidade foram ricos e
conhecidos no Brasil inteiro com essa atividade econômica, durante
o ciclo da borracha.

Dados gerais do estado do Amazonas

Manaus, capital do Amazonas. [1]


 Região: Norte
 Capital: Manaus
 Governo: Wilson Miranda de Lima (2019-2022)
 Área territorial: 1.559.167.889 Km² (IBGE, 2019)
 População: 4.207.714 (estimativa IBGE, 2020)
 Densidade demográfica: 2,23 hab./km² (IBGE, 2010)
 Fuso: UTC - 4
 Clima: equatorial
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Geografia do estado do Amazonas

O estado do Amazonas é o maior em extensão territorial do Brasil,


possui sua população em torno de 4,2 milhões de habitantes e
uma densidade demográfica baixa, 2,23 Hab/km², segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado está situado no
extremo noroeste do país, fazendo fronteira com cinco estados
brasileiros e três repúblicas sul-americanas:
 Roraima, ao norte
 Pará, ao leste
 Mato Grosso, ao sudeste
 Rondônia e Acre, ao sul
 Peru, ao sudoeste
 Colômbia, ao oeste
 Venezuela, ao norte
O clima do Amazonas é o equatorial úmido, o estado conta com
temperaturas elevadas o ano todo e regime de chuvas constantes,
com estação quente e úmida, precipitações médias de 2500 mm ao
ano, e temperatura entre 25 ºC e 28 ºC.
A vegetação da região é de Floresta Amazônia, que faz parte
das florestas equatoriais, e possui algumas características
fitofisionômicas (fisionomia ou forma da floresta) próprias. A floresta
tem presença de igapó, mata de várzea e terra firme. A mata de
igapó ocorre nas áreas mais baixas do relevo da floresta, sendo áreas
alagadas na maior parte do tempo; a mata de várzea está um pouco
mais elevada em relação ao igapó, porém sofre inundações em
algumas épocas do ano; já as terras firmes são as áreas da floresta
que não sofrem inundações.
Matas de igapó são alagadas na maior parte do ano.
A hidrografia da região é baseada na presença da bacia
hidrográfica do rio Amazonas, que tem o Amazonas como principal
manancial de água da região e diversos afluentes importantes, como
os rios Madeira, Branco, Tapajós, entre outros. A bacia do Amazonas
é a maior bacia hidrográfica do mundo e possui uma vazão de mais
209.000 m³/s.
O relevo do Amazonas é quase todo formado por áreas
de planícies fluviais, com altitudes médias de 100 metros. Há
também a presença de planaltos no norte do estado, com o
planalto das Guianas, onde se encontra o pico mais elevado do Brasil,
o pico da Neblina, com altitude máxima de 3.996 metros. Esse
planalto sofre com o processo de erosão do vento e da água da
chuva, fatores que contribuem para seu desgaste.
Veja também: Domínio morfoclimático da Amazônia – características
e importância
Mapa do Amazonas

Amazonas

Demografia do Amazonas

A população do estado do Amazonas é de 4.207.715 milhões de


habitantes, com área territorial de 1.559.167,889 Km², o estado
apresenta a menor densidade demográfica do país, com 2,23
hab./km². Sua população está concentrada na região metropolitana de
Manaus (RMM), que conta com 13 municípios.
A população da região é de aproximadamente 2,7 milhões de
habitantes, equivalente a 64% da população do estado. Os municípios
que formam a RMM são:
 Autazes
 Careiro
 Careiro da Várzea
 Iranduba
 Itacoatiara
 Itapiranga
 Manacapuru
 Manaquiri
 Manaus
 Novo Airão
 Presidente Figueiredo
 Rio Preto da Eva
 Silves
Outras cidades importantes para o Amazonas e sua dinâmica
populacional e econômica são:
 Parintins
 Coari
 Tabatinga
 Maués
 Tefé
 Manicoré
 Humaitá
O IBGE também identificou 65 grupos indígenas no estado, que
detém a maior população de índios do país, no total de 168.680, de
acordo com o Censo 2010.
Acesse também: Quais são os tipos de crescimento populacional?

Divisão geográfica do Amazonas

A divisão geográfica do estado do Amazonas é macro, ou seja, o


estado apresenta macrorregiões administrativas reconhecidas
pelo governo estadual e IBGE. Essa divisão dá-se com as regiões
norte, central, sul e sudoeste. Observe o mapa:
A divisão geográfica do Amazonas ocorre com base em
macrorregiões.

Economia do Amazonas

Os setores de serviço e de indústria são os mais fortes do


estado. Os serviços correspondem a 51,92% do PIB, representado
força no comércio varejista, principalmente na região metropolitana de
Manaus e em cidades com maiores populações. A indústria
representa 29,53% da participação do PIB do estado, com o polo
industrial de Manaus, que concentra mais de 600 indústrias de
diversos setores, com destaque para as indústrias de
 eletrodomésticos;
 eletrônicos;
 automóveis;
 bebidas;
 máquinas;
 equipamentos.
A atividade agropecuária representou um avanço no estado, hoje
representa cerca 8% de seu PIB, com destaque para a expansão de
lavouras, como de arroz, laranja, milho e mandioca — principais
produtos. O rebanho mais expressivo é o bovino, com pouco mais
de 1.5 milhões de cabeças de gado e 81 mil cabeças de bubalinos,
sendo o segundo maior do Brasil, atrás apenas do Pará.
Das demais atividades ligadas a essa composição
do PIB amazonense, cerca de 10,5%, são relativos ao extrativismo
vegetal — com exploração de madeira, látex, açaí, castanha-do-pará
e frutos da Amazônia —, à bioindústria e ao turismo —
principalmente o ecológico, ligado à Floresta Amazônica e ao rio
Amazonas e seus afluentes.

Governo do Amazonas

Assim como no restante do Brasil, o governo do estado do Amazonas


possui estruturação em uma democracia e três poderes — Legislativo,
Executivo e Judiciário.
O poder Legislativo é formado pelos deputados estaduais, que são
eleitos democraticamente, em eleições de quatro em quatro anos.
Hoje, o estado do Amazonas conta com 24 deputados estaduais. A
função central do Legislativo é criar, aprovar e aprimorar leis
estaduais, que visam a melhorias sociais, políticas e econômicas ao
estado e sua sociedade.
O Judiciário tem função central de legislar sobre as leis, no que tange
a sua aplicação e cumprimento. A casa visa pelos direitos e deveres
de todos os integrantes do estado, em quaisquer esferas. Atualmente
o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas é a instância superior
nos aspectos legais dos municípios amazonenses e estado.
Já o Executivo é liderado pelo governador do estado Wilson
Miranda Lima, eleito em 2019, tendo seu mandato por quatro anos,
terminando-o em 2022. As eleições para governar também ocorrem de
quatro em quatro anos, sendo realizadas de forma democrática. O
papel do executivo é aplicar as leis, criar projetos, executar as
deliberações realizadas pelo Legislativo, e governar de maneira que
atenda as demandas sociais.

Infraestrutura do Amazonas
A infraestrutura amazonense é pouco desenvolvida, contando com
poucos objetos técnicos no estado. O transporte hidroviário é
comum e de maior relevância. São cinco terminais hidroviários:
 Terminal de Boca do Acre
 Terminal de Itacoatiara
 Porto de Manaus
 Porto de Parintins
 Terminal de Humaitá
Esse fator favorece a distribuição e o transporte de pessoas por
esse meio. Ocorre na região distribuição industrial, via rede fluvial,
para Belém – PA.
O setor aeroviário tem destaque para os
aeroportos internacionais de Manaus (maior do Estado) e
de Tabatinga. Além desses dois, destacam-se os aeroportos
regionais de Coari e Parintins.
O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes (Manaus) é o maior da
região Norte do Brasil e o terceiro do país em movimentação de carga,
atrás apenas do Aeroporto de Guarulhos e do Aeroporto Internacional
de Viracopos (Campinas-SP).
As rodovias mais importantes do estado estão nos arredores de
Manaus, e são poucas, considerando-se que o meio de transporte
mais comum é o hidroviário. São elas a BR 174 (Manaus a Boa Vista
– AC) e BR 319 (Manaus a Porto Velho – RO), com destaque também
para a BR 230 (Transamazônica) e a BR 317 (Manaus ao Acre). As
rodovias estaduais de destaque são as AM-010, AM-070, AM-174 e
AM-254.
Leia também: Rodoviarismo no Brasil – política predominante no
modal de transportes brasileiro

Cultura do Amazonas

A cultura amazonense divide-se entre suas raízes indígenas e traços


da colonização europeia. O estado conta, desde 1918, com a
Academia Amazonense de Letras, que fortalece suas riquezas
culturais. Na capital, destaca-se o Teatro Amazonas, considerado
patrimônio cultural e arquitetônico da região, tombado em 1966.
Alguns eventos ganham destaque na região, como:
 Festival Breves Cenas de Teatro
 Festival Amazonas de Ópera
 Festival Amazonas de Jazz
 Festival de Teatro da Amazônia
 Amazonas Film Festival
Na cultura popular, o Festival Folclórico de Parintins é visto e
conhecido por todo Brasil. Tido como um ótimo carnaval fora de
época, o festival atrai diversos turistas para o Amazonas todos os
anos.
A culinária amazonense é diversificada, rica e traz consigo diversos
sabores da Amazônia, com frutos e delicias típicas da região.
Destaque para:
 açaí
 cupuaçu
 castanha-do-pará ou castanha-da-amazônia
 guaraná
 buriti
 tucumã
 pupunha
 graviola
Esses frutos são usados para fazer sucos, cremes, sorvetes e também
na produção industrial de cosméticos.
Amazônia
Considerada a região de maior biodiversidade do planeta, o bioma
Amazônia é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio
ambiental do mundo.

O bioma Amazônia é o maior do Brasil e considerado a área de maior


biodiversidade do planeta.
Amazônia é um dos biomas brasileiros e abrange territórios de países
vizinhos. Conhecido como bioma de maior biodiversidade do
mundo, a Amazônia possui diversas particularidades, que a diferem
de todos os outros, com relação a sua vegetação extremamente
densa, a sua fauna e flora diversificada ou a seus rios extensos e de
extrema importância para o país.
O bioma Amazônia é o maior do país (correspondendo a,
aproximadamente, 49% do território brasileiro) e abriga também
a maior floresta tropical e a maior bacia hidrográfica do mundo.
Esse conjunto de ecossistemas é de extrema importância para manter
o equilíbrio ambiental da Terra, sendo, portanto, necessário preservá-
lo. Contudo, é fato que isso não está acontecendo, baseando-nos
nos índices de desmatamento, vemos que essa região está cada
vez mais visada mundialmente, o que tem aumentado sua
exploração.
Leia também: Bioma Cerrado: características específicas

Dados gerais

 Abrangência: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana


Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.
 Área total: aproximadamente 6,9 milhões km2.
 Área brasileira: 4.196.943 milhões de km2, segundo o IBGE.
 Estados brasileiros abrangidos: Acre, Amapá, Amazonas, Pará,
Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins.

Vegetação

A Floresta Amazônica apresenta vegetação densa com árvores altas, cujas copas fecham-
se.

Quando se fala no bioma Amazônia, referimo-nos diretamente


à maior floresta tropical do mundo: a Floresta Amazônica.
Aproximadamente, 22% das espécias nativas do mundo encontram-se
nesse bioma e, especificamente, na floresta, que abrange uma área
de cerca de cinco milhões de km2.
Além da densa Floresta Amazônica, o bioma também conta com
muitos outros ecossistemas, como as várzeas (florestas alagadas)
e as savanas, e com um complexo sistema hidrográfico. As
florestas contínuas correspondem a, aproximadamente, 3.650.000
km².
A vegetação da Amazônia divide-se, basicamente, em três categorias:
A vegetação da Amazônia divide-se, basicamente, em três categorias:
Mata de terra firme Mata de várzea Mata de igapó
Tipo de vegetação
localizada nas regiões de
altitude intermediária. Tipo de vegetação
Essas áreas encontram-se localizado nas regiões mais
Tipo de vegetação alagadas durante um baixas do bioma, e, por
localizada nas partes mais determinado período do esse motivo, essas áreas
altas da região abrangida ano. As áreas que se permanecem alagadas
pelo bioma. Por esse encontram nas partes mais quase todo o ano. Essa
motivo, as áreas de terra altas inundam-se por um vegetação encontra-se
firme não sofrem tempo menor, já as áreas geralmente ao longo dos
inundações. que se encontram um pouco rios de águas negras.
mais baixas inundam-se por
Exemplos: palmeira e um tempo maior. Exemplo: espécies
castanheira-do-pará hidrófilas (adaptadas às
regiões alagadas), como
vitória-régia e bromélia.
Exemplo: Palmeira,
açaizeiro, açacu, andiroba.

Veja mais: Biografia de Chico Mendes, um grande ativista das causas


ambientais

Fauna e flora

A biodiversidade da Amazônia é surpreendente e, por esse motivo,


está sob os olhares do mundo todo. Muitas espécies que habitam
seus ecossistemas sequer foram estudadas. Segundo a World Wide
Fund for Nature Brasil (WWF Brasil), foram classificados
cientificamente no bioma cerca de 40 mil espécies de vegetais; 427,
de mamíferos; 1294, de aves; 378, de répteis; 427, de anfíbios;
aproximadamente 3 mil espécies de peixes; e cerca de 128.840
espécies de invertebrados. Isso apenas na parte do bioma que se
encontra no território brasileiro.
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A respeito da flora, as espécies de vegetais dividem-se em árvores,


ervas, arbustos, trepadeiras e lianas (cipós). Boa parte dessas
espécies apresenta um grande potencial medicinal e,
consequentemente, atrai o mercado farmacêutico, colaborando
então para o crescimento econômico. Essas plantas são utilizadas
também pelos indígenas que habitam a região.
Veja alguns exemplos:
Carqueja Unha de gato Capim-santo
- Nome
- Nome científico: Uncaria
científico: Baccharis
tomentos - Nome científico: Lippia
trimera
alba
- Uso: Espécie de
- Uso: Espécie de até dois
trepadeira repleta de - Uso: Espécie de erva
metros que apresenta
espinhos, chegando até 30 com folhas compridas e
potencial purificador e
metros de altura. É eretas. Utilizada para fazer
desintoxicante. É utilizada
utilizada como anti- chá para tratar febres,
para sanar problemas no
inflamatório para tratar dores e problemas de
fígado, problemas
problemas estômago.
digestivos, úlcera, gastrite e
gastrointestinais.
diarreias.

No que diz respeito à fauna, assim como à flora, muitas espécies


ainda são desconhecidas pelos estudiosos, e, mesmo assim, há
uma imensa variedade de animais registrada, o que evidencia a
grandiosidade desse bioma. Os principais representantes da fauna
amazônica são:
onça-pintada anta lobo-guará capivara jacaré tartaruga macaco
sucuri peixe-boi papagaio arara tucano tatu jararaca

Leia mais: Diferenças entre crocodilos e jacarés

Clima

Amazônia é uma região bastante úmida e quente, e isso deve-se à


existência das florestas, que, por meio da evapotranspiração,
perdem água para o meio ambiente. O Oceano Atlântico também é
responsável por essa umidade elevada. O clima predominante é
o equatorial úmido, com temperatura média de 27,9 ºC, durante a
estação de menor umidade, e de 25,8 ºC, na estação de maior
pluviosidade.
A umidade do ar chega a 88% na época das chuvas intensas,
contudo, mesmo na estação seca, essa permanece elevada,
chegando a 77%. Em relação à pluviosidade, chove na Amazônia
cerca de 1.500 mm a 3.000 mm todos os anos, segundo a WWF
Brasil.

Hidrografia

O Rio Amazonas é o maior em extensão do Brasil.

A Bacia Amazônica é uma rede de drenagem formada por um rio


principal, o Rio Amazonas, e seus afluentes, ocupa uma área de,
aproximadamente, 7 milhões de km2. O Rio Amazonas nasce na
Cordilheira dos Andes, desaguando no Oceano Atlântico, e divide-se
em três partes: quando adentra os países andinos, é chamado
de Rio Marañon; ao adentrar o Brasil, é chamado de Rio Solimões;
e, ao encontrar as águas do Rio Negro, passa a chamar-se Rio
Amazonas. Ao percorrer esse caminho, é alimentado por diversos
outros rios que nele depositam suas águas.
Os rios existentes no bioma Amazônia podem ser classificados
segundo a cor de suas águas:
 Rios barrentos: apresentam deposição de sedimentos e concentração
de nutrientes. Exemplo: Rio Amazonas.
 Rios de águas pretas: apresentam concentração de areia e húmus.
Exemplo: Rio Negro.
 Rios de águas claras: têm pouca concentração de nutrientes e
sedimentos, e apresentam corredeiras. Exemplo: Rio Xingu.
Outros grandes rios da Bacia Amazônica são:

Rio Javari Rio Tapajós Rio Madeira Rio Juruá


Rio Içá Rio Purus Rio Xingu Rio Paru

Leia também: Qual é a cor da água?

Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito político, e não geográfico, criado


pelo governo do Brasil, correspondente à área de nove estados do
país, os quais abrangem toda a região do bioma Amazônia, são
esses: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins e uma porção do estado do Maranhão.
Essa atual abrangência da Amazônia Legal foi instituída pela
Constituição Federal de 1988, dadas as novas configurações do
território brasileiro naquele período, como a criação do estado do
Tocantins.
Essa região é habitada por, aproximadamente, 22 milhões de
pessoas, das quais cerca de 250 mil são indígenas, de acordo com
dados da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). A área ocupada
pela Amazônia Legal é de, aproximadamente, 5.217.423 km2,
abrangendo, além do bioma Amazônia, também uma parte do Cerrado
e do Pantanal.
A criação da Amazônia Legal tem por objetivo o planejamento e
o desenvolvimento tanto econômico quanto social dos estados
abrangidos pelo bioma Amazônia. Por ser uma região pouco povoada
e pouco desenvolvida, viu-se a necessidade de promoção de ações
que auxiliassem esses estados a crescerem.
Veja também: A importância da demarcação de terras indígenas

Desmatamento
Desmatamento da Amazônia em comparativos do mês de julho, segundo dados do Deter e
Inpe.

O desmatamento do bioma Amazônia tem alertado o mundo todo,


dada a sua importância para o equilíbrio ambiental mundial.
Pesquisadores, ambientalistas e representantes do governo de
vários países e do Brasil têm demonstrado preocupação quanto à
preservação do bioma e de sua biodiversidade.
Em 2019, o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) apresentou dados quanto ao desmatamento do
bioma. A divulgação revela que o desmatamento da Floresta
Amazônica aumentou em 278% em relação ao período do ano
anterior. Foram 2.254,9 quilômetros quadrados devastados, um
número alarmante. Esses dados são monitorados pelo Sistema de
Detecção do Desmatamento em Tempo Real, o Deter, via satélite.
Segundo informações levantadas pelo Observatório do Clima, o
desmatamento na região do bioma Amazônia cresceu, entre 2018 e
2019, 49,5%, quando comparado ao mesmo período, entre 2017 e
2018. O estado do Pará é o mais afetado. De acordo com o
coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, foram devastadas
cerca de 1,5 milhão de árvores em 90 dias no estado, o que
representa cerca de 1.713 km2 devastados.
Dados da Rede Amazônica de Informação Socioambiental
Georreferenciada (Raisg) informam-nos de que
aproximadamente 68% das áreas protegidas na Amazônia
estão sofrendo alguma ameaça mediante interferências relacionadas
à infraestrutura de transporte; à energia; à mineração e às queimadas.
A rede também afirma que 90% do desmatamento do bioma são
realizados nas proximidades das malhas viárias.

Mapa

Mapa do bioma Amazônia. (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Curiosidades

 A Amazônia é considerada, pela Unesco, patrimônio natural da


humanidade.
 O Rio Amazonas, alimentado por milhares de afluentes, despeja no
Oceano Atlântico cerca de 200 milhões de litros de água doce por
segundo.
 O maior animal da fauna amazônica é o peixe-boi, com cerca de meia
tonelada e até três metros de comprimento.
 No Rio Amazonas, é encontrado o maior peixe de água doce do
mundo, o pirarucu.
 O Dia da Amazônia é comemorado em 5 de setembro.

Resumo

O bioma Amazônia:
 abrange a maior bacia hidrográfica do mundo, bem como a maior
floresta tropical.
 é considerado o conjunto de ecossistemas de maior diversidade do
planeta.
 abriga milhares de espécies de animais e vegetais, entre catalogados e
desconhecidos.
 tem em sua flora um enorme potencial medicinal, atraindo olhares do
mundo todo.
 é responsável não só pelo equilíbrio ambiental do Brasil mas também
influencia toda a dinâmica climática da Terra.
 tem sido cada vez mais desmatado, apesar de sua tamanha
importância.
 tem perdido sua cobertura vegetal em diversas áreas, alterando não só
as condições climáticas da região como também colocando em risco
toda a biodiversidade.
Bacia Amazônica
A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo,
possuindo, assim, um enorme potencial para geração de energia
elétrica.

Rio Amazonas, o principal da


Bacia Amazônica.
Bacia hidrográfica ou fluvial é uma parte do espaço terrestre cortada
por um rio principal e seus respectivos afluentes. O relevo mais
elevado que circunda uma bacia é chamado de divisor de águas.

A maior bacia hidrográfica do Brasil (e do mundo) é a Bacia


Amazônica, que é constituída por todos os rios, córregos, ribeirões e
demais cursos de água que deságuam no rio Amazonas.

A Bacia Amazônica não abrange somente parte das terras brasileiras,


mas também porções dos territórios do Peru, Colômbia, Equador,
Venezuela e Bolívia, ocupando 7 milhões de quilômetros quadrados.
No Brasil essa bacia abrange 3,8 milhões de quilômetros quadrados,
envolvendo sete Estados, são eles: Acre, Amazonas, Roraima,
Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.

O rio principal da bacia, o Amazonas, é o maior do mundo, ele nasce


na cordilheira dos Andes (Peru) e quando entra no Brasil é intitulado
de Solimões. A confluência do Solimões com o rio Negro constitui o
Amazonas.

Dentro da bacia em questão é identificado um enorme potencial para


geração de energia elétrica, uma vez que muitos afluentes do rio
Amazonas possuem características que se adéquam às condições
básicas para a construção de usinas hidrelétricas.

Outra potencialidade encontrada na Bacia Amazônica é a viabilidade


para o transporte fluvial, tendo em vista que a topografia é plana e a
maioria dos rios são caudalosos, sendo o principal meio de
deslocamento e de comunicação da região Norte. O rio Amazonas e
grande parte de seus afluentes são navegáveis.

O transporte hidroviário representa um dos principais meios de


comunicação, isso porque outro tipo de transporte não é viável; a
construção e conservação de rodovias esbarram: no elevado índice
pluviométrico e também nos enormes vazios demográficos presentes
na região.

A bacia mencionada exerce uma grande importância para o sustento


de muitas famílias ribeirinhas que vivem da pesca nos diversos rios
contidos nela. Diante dos dados apresentados, é inegável a imensa
importância que a Bacia Amazônica representa para o Brasil e até
mesmo para o mundo, especialmente para o povo local.

Floresta Amazônica

Aparentemente a floresta
Amazônica é homogênea.
A floresta Amazônica corresponde a uma cobertura vegetal equatorial
que ocupa cerca de 40% do território brasileiro, além de abranger
porções dos territórios da Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador,
Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

No Brasil, a floresta Amazônica ocupa praticamente toda a região


norte, especialmente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Acre,
Roraima e Rondônia, além do norte do Mato Grosso e oeste do
Maranhão.
Na região da floresta Amazônica o clima predominante é o equatorial,
devido à proximidade com a linha do equador, em plena zona
intertropical da Terra. Essa característica climática resulta em
temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos e praticamente
não apresenta período de estiagem.

Fatores como calor e umidade são determinantes para explicar a


enorme biodiversidade presente na floresta Amazônica.

A floresta em questão aparentemente é homogênea, no entanto, são


identificadas certas particularidades vegetativas, além do relevo no
qual está estabelecida.

A floresta Amazônica é dividida ou classificada em mata de igapó,


mata de várzea e mata de terra firme.

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Mata igapó compreende uma cobertura vegetal que ocorre nas áreas
de relevo suave (planícies) que se encontram às margens de rios,
portanto, sofre inundações freqüentes. A mata de igapó possui
aspecto de difícil acesso devido à incidência de árvores baixas que
não supera 20 metros de altura, além de cipós, epífitas e plantas
aquáticas.
Mata de várzea se estabelece em áreas um pouco mais elevadas que
as planícies, dessa forma sofrem inundações, no entanto, ocasionais.
Em virtude da umidade as árvores possuem alturas que oscilam entre
25 e 30 metros.

Mata de terra firme se desenvolve em áreas que não estão sujeitas a


inundações por estarem situadas em relevos mais elevados. Essa
característica favorece a proliferação de árvores de grande porte,
podendo alcançar até 50 metros de altura. Nesse aspecto vegetativo
as folhas das árvores se entrelaçam impedindo a penetração de luz
solar no seu interior, por isso não desenvolvem grande quantidade de
plantas rasteiras.
Manaus
A cidade de Manaus é o principal centro econômico, político e
demográfico do Norte do Brasil. Está localizada em plena Floresta
Amazônica, bioma de grande biodiversidade.

O
Teatro Amazonas é um equipamento cultural de Manaus que foi
construído durante o Ciclo da Borracha. [1]
Manaus é um município da Região Norte do Brasil. É a capital e
principal cidade do estado do Amazonas. Ademais, é o principal polo de
oferta de comércio e serviços do norte brasileiro. A história do
município está atrelada à exploração portuguesa dos rios da porção
norte do Brasil. Os exploradores portugueses construíram a Fortaleza
de São José do Rio Negro, iniciando assim o povoamento da região.
O território de Manaus está situado em uma zona de clima equatorial,
marcada pela presença de uma densa floresta, a Amazônia. O
desenvolvimento da cidade culminou na mistura de diferentes povos,
como portugueses, africanos e indígenas, que contribuíram de
maneira ativa para o cenário cultural da região.
A cidade passou por dois ciclos econômicos distintos: o da borracha,
entre os séculos XIX e XX; e o da industrialização, já na segunda
metade do século XX. A Zona Franca de Manaus tornou-se o principal
motor econômico manauara. Porém, o crescimento econômico
resultou na expansão urbana desordenada da cidade.
O município também vivenciou um processo de explosão
demográfica em razão da atratividade de grandes levas de migrantes.
A sua população atual é de cerca de 2.219.580 habitantes. Vale
salientar ainda que a infraestrutura urbana de Manaus apresenta
deficiências, principalmente no que toca ao acesso a serviços básicos
pela população.
Leia também: Quais são as capitais dos estados brasileiros?

Dados gerais de Manaus

→ Localização

 País: Brasil.

 Unidade federativa: Amazonas.

 Região intermediária: Manaus.

 Região imediata: Manaus.

 Região metropolitana: Região metropolitana de Manaus.

 Municípios limítrofes: Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Novo


Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.

→ Geografia

 Área total: 11.401,092 quilômetros quadrados.

 População total: 2.219.580 habitantes.

 Densidade demográfica: 158,06 habitantes/quilômetro quadrado.

 Gentílico: manauara ou manauense.

 Clima: equatorial.

 Altitude: 92 metros.

 Fuso horário: UTC-4.

→ Histórico

 Fundação: 24 de outubro de 1669.


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História de Manaus
A história de Manaus está atrelada à exploração da Floresta
Amazônica, em especial pelo desbravamento dos rios da região pelos
colonizadores portugueses. A região amazônica era considerada como
estratégica por Portugal, assim como era uma região de muitas
riquezas naturais, razões pelas quais houve o interesse dos
portugueses em construir edificações para delimitar a região e
estabelecer o seu domínio político e militar.
A fundação de Manaus é um exemplo desse cenário, já que no atual
território da cidade foi construída, em 1669, a Fortaleza de São José
do Rio Negro. O povoado de Barra do Rio Negro, nas proximidades da
fortaleza, foi o primeiro núcleo urbano da região, que deu origem à
atual cidade de Manaus. A partir do crescimento urbano do
povoamento, assim como do estabelecimento de atividades
econômicas, notadamente a produção de bens primários, o
povoado foi elevado à categoria de cidade em 1883, com o nome de
Manaus.

A cidade, a partir desse período, vivenciou um grande crescimento


econômico, em razão do Ciclo da Borracha. A exploração de látex foi a
principal atividade da economia local até meados do século XX,
quando entrou em decadência, por causa da concorrência da borracha
produzida na Ásia, entre outras questões.
A decadência econômica da cidade levou à intervenção do governo
federal brasileiro, que criou, já na segunda metade do século XX,
a Zona Franca de Manaus. A atração de indústrias multinacionais de
bens manufaturados para a cidade contribuiu para o desenvolvimento
econômico do município. Além disso, fomentou o aumento da
população local. Na atualidade, Manaus é a maior cidade em
população do Amazonas e o principal centro urbano do Norte do
Brasil.

Geografia de Manaus

A cidade de Manaus está situada no estado do Amazonas, na Região


Norte do Brasil. O município está localizado na porção nordeste do
território amazonense, mais precisamente na margem esquerda do
Rio Negro. O município é muito próximo da confluência de dois dos
principais rios amazônicos: o Rio Negro e o Rio Solimões , que formam
o Rio Amazonas. O território da cidade é banhado ainda por vários
cursos de água de menor porte.
A cidade foi fundada em uma área de planície aluvial, ou seja, formada
pela deposição de sedimentos provenientes de processos
geomorfológicos e hidrográficos. Portanto, o relevo local é bastante
uniforme e classificado como de planície. As inundações na cidade
são recorrentes, principalmente nos períodos de maior volume de
chuvas.
O clima de Manaus é do tipo equatorial, caracterizado pelas elevadas
temperaturas e pelo grande volume de chuvas. A umidade do ar é
bastante elevada e é comum a ocorrência de fortes precipitações no
final da tarde em razão do calor excessivo. No geral, o verão é
bastante chuvoso e o inverno é um pouco mais seco. As temperaturas
elevadas são constantes ao longo do ano, e a ocorrência de massas
de ar polares na região é rara.
Já a vegetação do território manauara é tipicamente formada pela
Floresta Amazônica. A cidade encontra-se localizada em uma zona de
elevada biodiversidade ambiental. No município é comum encontrar
espécies de animais do bioma amazônico, porém o crescimento
urbano desordenado gerou a remoção de grande parte da vegetação
nativa. As manchas de vegetação mais preservadas encontram-se na
zona rural da cidade.
Leia também: Queimadas na Amazônia — fenômeno decorrente
principalmente da ação antrópica

Demografia de Manaus

A cidade de Manaus é a maior cidade em população do estado do


Amazonas e da Região Norte do Brasil. O município possui cerca de
2.219.580 habitantes. A cidade tem ainda uma densidade
demográfica elevada para o padrão dos municípios nortistas
brasileiros. A população manauara é caracterizada pela miscigenação,
em especial de portugueses e indígenas. Além disso, o município
recebeu muitos imigrantes ao longo do século XX, em razão do ciclo
econômico da borracha e do processo de industrialização.
Em termos demográficos, a cidade de Manaus apresentou um elevado
crescimento populacional nas últimas décadas, reconhecido, inclusive,
como um processo de explosão demográfica. A motivação para esse
fenômeno está ligada ao papel da cidade enquanto centro atrativo de
migrantes dos estados nortistas do país, já que é o principal centro
econômico e político dessa região. Ademais, a taxa de natalidade do
município é positiva e a expectativa de vida vem aumentando ao longo
dos anos.
O índice de desenvolvimento humano de Manaus é considerado
elevado. Porém, a cidade apresenta altas taxas de pobreza. O
crescimento desordenado, em termos de população e estrutura
urbana, gerou consequências como a violência e a degradação
ambiental. Além disso, o município de Manaus apresenta um grande
índice de desigualdade social entre a sua população.

Economia de Manaus

A economia de Manaus está alicerçada na indústria de transformação e


na administração pública. Os setores secundário e terciário são os
principais da economia manauara. O crescimento das atividades
secundárias foi fruto da criação da Zona Franca de Manaus, área
voltada para a atração e instalação de empresas por meio da oferta de
incentivos fiscais, a qual foi criada no município em 1967.
A Zona Franca possibilitou o desenvolvimento da industrialização de
Manaus. As principais indústrias da cidade são de:
 equipamentos de transporte,
 petroquímica,
 eletrônica,
 informática,
 eletrodomésticos,
 brinquedos e
 artigos de vestuário.
A
Zona Franca de Manaus é uma das principais áreas industriais de
todo o Brasil.
Já o setor terciário tem como motor a administração pública, além das
atividades de comércio, logística e serviços. A cidade é o principal
centro comercial da Região Norte brasileira e concentra vários
serviços ligados à educação e à saúde. Ademais, concentra um
grande número de shoppings e centros de lazer. O turismo também
tem crescido nos últimos anos, principalmente o ecoturismo, realizado
nas áreas rurais do município.
O setor primário é o que apresenta a menor participação na economia
manauara. A cidade já foi um importante centro produtor de borracha,
porém perdeu participação no mercado mundial desse produto. As
principais atividades primárias de Manaus estão ligadas ao
extrativismo, como a coleta e beneficiamento de castanhas e açaí. A
atividade pesqueira também é muito forte no município, assim como a
agricultura de subsistência.
Veja também: Qual é a diferença entre rural e agrário?

Infraestrutura de Manaus

A cidade de Manaus é um grande centro urbano e possui uma ampla


infraestrutura, porém muito desigual entre as diferentes regiões do
município. O território manauara é atendido por uma rede de rodovias,
mas a principal ligação de Manaus com o restante do território
brasileiro é por meio do modal aeroviário. O transporte fluvial é muito
importante para o translado entre Manaus e as cidades do interior do
Amazonas. As principais estruturas de transporte manauaras são o Porto
de Manaus e o Aeroporto de Manaus.

Já no que toca ao acesso aos serviços básicos, como energia e


saneamento, a cidade de Manaus apresenta muitos problemas
estruturais, principalmente no que toca ao abastecimento de água e à
coleta de esgoto. Ademais, apesar de a cidade deter os principais
equipamentos de saúde e educação amazonenses, há dificuldade de
acesso e de oferta de qualidade para a população. A crise de saúde
vivenciada pelo município devido à pandemia do coronavírus é um
exemplo da precariedade do sistema de saúde local.
O crescimento desordenado da cidade impactou diretamente na sua
estrutura. A falta de planejamento urbano culminou na criação de
muitas zonas habitacionais de ocupação irregular, que possuem
condições precárias de moradia. A cidade está dividida em 7 zonas
geográficas, que possuem um total de 63 bairros oficiais.

Governo de Manaus

A estrutura administrativa da cidade de Manaus obedece à divisão dos


Três Poderes estipulados pelos documentos constitucionais do Brasil.
Dessa maneira, o Poder Executivo é formado pelo prefeito e sua
equipe de administração; já o Poder Legislativo é composto por um total
de 41 vereadores. A ocupação dos cargos políticos do município é
escolhida por meio do voto direto da população manauara de quatro
em quatro anos. Há ainda o Poder Judiciário, representado pelas
unidades de Justiça.
Bandeira de Manaus

Cultura de Manaus

A cultura de Manaus é uma síntese dos elementos folclóricos,


musicais, religiosos, linguísticos e culinários da Região Norte do
Brasil. Os portugueses trouxeram várias influências, como a língua e a
religião. Já os imigrantes, principalmente nordestinos, contribuíram
com a música e a alimentação. A influência indígena na cidade também
é muito forte, por meio de músicas, danças, artesanato e a utilização
de expressões regionalistas. A cidade detém um dos principais
centros de cultura do Brasil, o Teatro Amazonas, construção histórica
que remete ao Ciclo da Borracha.
A cidade de Manaus possui várias manifestações folclóricas, em
especial atreladas à figura mística do boi-bumbá. O Carnaval também
é um festejo de destaque na cidade. Os principais gêneros musicais
estão ligados aos ritmos nortistas, como o calipso, e também
nordestinos, como o forró. A culinária é marcada por alimentos extraídos
do bioma amazônico, como castanhas, peixes de água doce e
mandioca. O esporte mais admirado na cidade é o futebol. O
município de Manaus foi uma das sedes da Copa do Mundo de
Futebol Masculina, realizada no Brasil, em 2014.
O Rio Amazonas
O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Antes e é considerado o
maior rio em extensão e volume de água do mundo.

Pescadores no meio do rio


Amazonas.
O Amazonas é um rio brasileiro que nasce na Cordilheira dos Andes,
ele é o maior do mundo em extensão e volume de água. Há algum
tempo, em razão de equívocos técnicos, acreditava-se que o rio Nilo
era o maior do mundo em extensão, informação incorreta, uma vez
que pesquisas mais recentes constataram que o Amazonas possui 6
868 km de extensão, fato que o colocou como o maior em
comprimento e volume.
O rio nasce em terras peruanas, mais precisamente na montanha
Nevado Mismi (Cordilheira dos Andes), na porção sul do país, a uma
altitude de 5.500 metros. No Peru, o rio dispõe de um modesto volume
de águas. Ao chegar às terras brasileiras, o mesmo recebe o nome de
Solimões, e se torna Amazonas quando converge com o Rio Negro.
Nesse encontro, as águas escuras provenientes do Rio Negro não
misturam com as do Rio Solimões, que são claras, promovendo assim
um fenômeno de grande beleza.
A superfície na qual o rio percorre é extremamente plana, aspecto que
resulta em um grande volume de água. Muitas vezes, em alguns
trechos, o rio atinge quilômetros de largura. A característica de rio
caudaloso favorece a navegação em praticamente toda a extensão do
Amazonas, incluindo também muitos de seus afluentes.
Um fenômeno muito intrigante envolvendo o rio Amazonas acontece
em sua foz. Quando as águas oceânicas sobem, em razão da maré
alta, a mesma invade a desembocadura do rio, provocando um
estrondoso choque e um grande barulho, além de arrancar árvores
nos barrancos. Esse fenômeno recebe o nome de pororoca, que é
uma onda de grande proporção que se forma a partir do encontro das
águas oceânicas com as águas do rio.
Domínio Morfoclimático da Amazônia
O Domínio Morfoclimático da Amazônia é caracterizado pelo relevo
baixo, abundância hídrica, chuvas constantes e grande necessidade de
preservação.

O Domínio
Morfoclimático da Amazônia possui grande diversidade e é o maior do
Brasil
O domínio morfoclimático da Amazônia, segundo a classificação
dos domínios brasileiros elaborada por Aziz Ab'Saber, abrange o
conjunto de características topográficas, pedológicas, climáticas,
florestais e hidrológicas da área ocupada pelo bioma amazônico. É
reconhecido como o maior dos domínios morfoclimáticos do Brasil,
com cerca de cinco milhões de km², e recebe a nomenclatura
de terras baixas florestadas equatoriais.
Relevo
O domínio amazônico apresenta formas de relevo predominantemente
marcadas por depressões, todas elas relativas, ou seja, consideradas
não em relação ao nível do mar, mas em comparação com o relevo
circundante, havendo baixos planaltos e planícies fluviais da Bacia
Amazônica. Nas áreas mais ao sul de sua área e também mais ao
norte são encontrados dois conjuntos de planaltos, o das Guianas e o
Central, respectivamente.
O termo ―terras baixas‖ para designar esse domínio morfoclimático faz
referência justamente às baixas altitudes e à predominância das
depressões, onde a deposição de sedimentos supera o desgaste de
suas formas. Nas áreas planálticas, predomina a estrutura geológica
dos escudos cristalinos, que apresentam uma elevada riqueza
mineral, com exceção dos baixos planaltos, que se formam a partir de
bacias sedimentares.
Clima
O clima do domínio amazônico é do tipo equatorial e apresenta
médias térmicas anuais que variam de 24ºC a 27ºC. Trata-se de uma
composição climática quente e úmida que possui um regime regular e
intenso de chuvas o ano todo. Os principais fatores responsáveis por
essa configuração são as baixas latitudes, a atuação de algumas
massas de ar e a presença de vegetação, responsável pela geração
de umidade.
Por causa do ambiente mais úmido produzido pela evapotranspiração
da floresta, a amplitude térmica (variação entre a maior e a menor
temperatura) é muito reduzida. Por outro lado, o regime de chuvas
chega a uma média anual que vai de 1500mm até os 2500mm,
havendo alguns pouquíssimos períodos de estiagem. As chuvas
predominantes são as de convecção, em virtude da umidade gerada
que ascende à atmosfera com o ar quente, onde ocorrem a
condensação e a precipitação.
Solos
Os solos da Amazônia são considerados de baixa fertilidade, de forma
que a floresta mantém-se em razão do clímax do ecossistema. Existe
certo mito de que esse domínio é predominantemente formado por
solos arenosos, mas eles compõem apenas 7% do total de sua área.
A maior parte dos solos da Amazônia é composta por latossolos e
argissolos.
Apesar da baixa produtividade, existem algumas áreas com terrenos
muito férteis, como os solos de várzea, que são eventualmente
inundados pelos rios, e um solo orgânico bastante produtivo chamado
de terra preta.
Hidrografia
Uma das principais riquezas da região amazônica é a sua hidrografia,
marcada pelo grande volume de água, que se distribui pelos rios e
também pelo aquífero Alter do Chão, situado em áreas de três estados
da região Norte e, segundo pesquisas recentes, contando com um
volume de água surpreendentemente maior do que o do aquífero
Guarani.
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O principal rio da Bacia Amazônica é o Rio Amazonas, que recebe um


grande volume de água não só da área terrena da bacia em questão,
mas também de uma grande quantidade de afluentes. Entre esses
rios, destacam-se o rio Negro, o Trombetas, o Japurá, o Madeira, o
Xingu e outros.
A Bacia Amazônica, em conjunto com a Bacia do Tocantins-Araguaia,
forma o mais complexo sistema de água doce do mundo, com uma
acentuada riqueza hídrica que abrange dois grandes biomas. Os rios
dessa região são de excelente navegabilidade e abrigam também
usinas hidroelétricas, com destaque para a de Tucuruí, no rio
Tocantins, a de Belo Monte (em construção), no rio Xingu, e a de
Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira.
Vegetação
A floresta amazônica é cientificamente chamada de floresta
latifoliada equatorial por se encontrar em uma área de baixas
latitudes (equatorial) e por apresentar grupos vegetais com folhas
largas e grandes (latifoliada). Ela é composta por uma vegetação
heterogênea – com grande diversidade –, densa e perene, ou seja,
que não perde suas folhas ao longo do ano em nenhuma estação.
Além disso, a vegetação da amazônia é do tipo hidrófila, ou seja,
adaptada à abundante presença de água.
As fitofisionomias da floresta amazônica apresentam, ainda, variações
que podem ser agrupadas conforme os níveis de proximidade em
relação aos cursos d'água. Existem, assim, três tipos principais:
as matas de igapó, as matas de várzea e as matas de terra firme.
a) matas de igapó: encontram-se em regiões de rios de planície e em
áreas inundadas de forma permanente, com solos alagados. Os
principais tipos são a vitória-régia, o açaí, o cururu e outros.
b) matas de várzea: são as que se localizam nas proximidades de rios
e ocupam áreas que são eventualmente alagadas. Os exemplos
principais são o cacaueiro, a copaíba e a seringueira.
c) matas de terra firme: como o nome sugere, são as árvores que
ocupam áreas onde não há inundações fluviais, apresentando um
tamanho maior do que as demais e uma maior variabilidade. Destaque
para o guaraná, a castanheira e o mogno.
A grande questão atual da floresta amazônica – e, por extensão, do
domínio morfoclimático da Amazônia – faz-se com relação à ocupação
humana em suas áreas. Atividades agropecuárias extensivas e a
mineração ameaçam boa parte de sua formação, colocando em risco
a existência da própria floresta, que hoje conta com 83% de sua área
original.
Zona Franca de Manaus
A Zona Franca de Manaus é um polo industrial voltado para a atração de
fábricas, com o intuito de promover uma maior integração territorial
regional e gerar empregos.

A cidade de Manaus
teve um grande crescimento após a criação da Zona Franca
A Zona Franca de Manaus é uma área industrial criada pelo governo
brasileiro na região amazônica com o objetivo de atrair fábricas para
uma região pouco povoada no país e promover uma maior integração
territorial na Região Norte. Legalmente, a Zona Franca de Manaus foi
instituída em 1957, durante o Governo JK, pela Lei nº 3.173. No
entanto, o seu estabelecimento prático ocorreu durante o período da
ditadura militar, que via com bons olhos a ocupação território da
Amazônia para garantir ali a soberania nacional sob o lema: ―integrar
para não entregar‖.
De acordo com o Decreto de Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, a
Zona Franca de Manus é definida como ―uma área de livre comércio
de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais,
estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um
centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições
econômicas que permitam seu desenvolvimento (…)”.
Nesse sentido, a ZFM funciona como uma área de atração de
indústrias, operando principalmente por meio do oferecimento de
incentivos fiscais para as empresas ali instaladas, como a redução ou
isenção de impostos e também facilitações burocráticas.
Originalmente, a duração desses incentivos estava prevista até o ano
de 1997, sendo prorrogada para 2013 e depois, novamente, para
2023. No ano de 2014, no entanto, o governo brasileiro aprovou um
projeto para uma maior prorrogação, com o término dos incentivos
previsto para o ano de 2073.
Além da integração territorial promovida pelo desenvolvimento
industrial da região próxima a Manaus, a Zona Franca também possui
a função de gerar empregos para a população, algo importante em
uma localidade que não possui uma grande diversidade de atividades
econômicas para a geração de renda.
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Por outro lado, a política de incentivos fiscais gera uma série de


críticas, pois a continuidade ininterrupta desse tipo de modelo gera
certo esgotamento, principalmente em relação aos custos e gastos do
poder público frente aos benefícios obtidos. Além disso, a Zona
Franca também precisa articular-se em termos de logística e
infraestrutura, principalmente para facilitar o escoamento de sua
produção em direção aos portos e outras localidades.
O Polo Industrial de Manaus, como a Zona Franca também é
chamada, possui um dos mais modernos aparatos tecnológicos,
abrigando uma vasta linha produtiva, que vai desde indústrias de
ponta à produção de eletrodomésticos, veículos, produtos de
informática e outros. Segundo a Suframa (Superintendência da Zona
Franca de Manaus), destaca-se a fabricação dos seguintes tipos de
produtos:
- Televisores
- Celulares
- Motocicletas
- Aparelhos de som e de vídeo
- Aparelhos de ar-condicionado
- Relógios
- Bicicletas
- Microcomputadores
- Aparelhos transmissores/receptores, entre outros.
A criação da Zona Franca de Manaus e sua posterior evolução
propiciaram, além da ampla geração de empregos, uma grande
concentração populacional em uma pequena área do estado. Antes, a
capital do Amazonas possuía uma população equivalente a 28% de
todo o território estadual, enquanto hoje esse montante já é superior a
50%. Entre os próximos desafios, estão a diversificação da produção,
o barateamento dos custos com transporte e a implantação de
medidas de exploração sustentável da floresta amazônica, sobretudo
com investimentos em biotecnologia.

Complexo regional da Amazônia


O Complexo Regional da Amazônia é a maior e menos povoada região
geoeconômica brasileira.

Localização do
complexo regional amazônico
O Complexo Regional da Amazônia é uma das três regiões
geoeconômicas do Brasil. É a maior entre essas regiões, com uma
área de aproximadamente 4,9 milhões de km², tomando mais da
metade do território brasileiro e abrangendo integral ou parcialmente
nove estados: Amazonas, Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
As composições fisionômicas predominantes da Região
Geoeconômica da Amazônia são a Floresta Amazônica, a Bacia do
Rio Amazonas e o clima equatorial. Esses aspectos naturais revelam
a importância ambiental dessa região, cuja preservação se faz
necessária, uma vez que os rios, as florestas e o clima vivem em uma
constante relação de interdependência.
Apesar de ser o maior complexo regional brasileiro, a Amazônia
apresenta os menores índices de povoamento, com densidades
demográficas em níveis muito baixos. Isso se deve pela
predominância dos elementos naturais nessa região, por um lado, e
pela ocupação histórica do território brasileiro, que privilegiou as
demais regiões do país. No entanto, é importante ressaltar que está
atualmente em curso o processo de ocupação do complexo
amazônico, que vem elevando sua população cada vez mais a cada
ano.
Transformações econômicas pós-1970
Até a década de 1970, a Região Amazônica, em função dos vazios
demográficos existentes, era economicamente pautada no
extrativismo vegetal, principalmente na extração de látex nos seringais
e na coleta de castanha-do-pará, dentre outras especiarias locais. No
entanto, essa atividade econômica foi sendo relegada a um segundo
plano ao longo das últimas décadas, apesar de ainda ser considerada
importante.
Atualmente, são crescentes as dinâmicas relacionadas com a
agropecuária e também com a mineração, além da elevação de
algumas atividades industriais, sobretudo com a construção da Zona
Franca de Manaus no ano de 1967. Essa região industrial funciona
como uma área de livre comércio próxima à cidade de Manaus, onde
os produtos industrializados que lá se instalam não são taxados com
impostos, o que gera certa polêmica, pois isso proporciona o aumento
das importações, com o consequente saldo negativo na balança
comercial, e onera o Estado com o aumento da dívida externa. Além
da Zona Franca, há também o Porto de Manaus, muito importante
para intensificar as trocas comerciais do país.
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Porto de Manaus, um importante porto fluvial brasileiro *


A expansão da fronteira agrícola
A fronteira agrícola corresponde ao avanço das atividades produtivas
de uso de ocupação do solo pelo homem sobre o meio natural. Depois
de passar por outras regiões, ela encontra-se atualmente na Floresta
Amazônica e, na medida em que se expande, amplia os índices de
desmatamento e ocupação de áreas de reservas indígenas e de
populações tradicionais.
Com isso, o avanço da agricultura e da mineração vai se tornando
cada vez mais proeminente, demandando também o aumento da
produção de energia. Essa necessidade vem sendo atendida com a
construção de algumas pequenas centrais hidrelétricas e algumas
outras em fase de construção e implantação, como a Hidrelétrica
Rondom II e a polêmica usina de Belo Monte, além de muitas outras.
A maior parte da produção agrícola destina-se à produção de pimenta-
do-reino e de plantas utilizadas na produção de materiais para a
indústria têxtil. A pecuária praticada é do tipo extensiva, ou seja,
ocupa uma grande quantidade de terras. Já a mineração, a atividade
que mais cresce na região em razão das novas descobertas
geológicas, avança na extração de cobre, níquel, bauxita, petróleo,
gás natural e outros minérios, com destaque para as províncias
minerais da Serra dos Carajás e Serra Pelada.
Ao contrário do que comumente se pensa, o Complexo Regional da
Amazônia possui uma grande relevância econômica para o país. No
entanto, os recentes avanços precisam ser controlados e mais bem
avaliados, a fim de promover uma melhor distribuição de renda na
região, além de garantir a preservação dos recursos naturais e a
sobrevivência das populações tradicionais e indígenas.

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