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No dia 5 de novembro de 2015 acontecia o maior desastre

ambiental do Brasil: o rompimento da barragem de


rejeitos Fundão, localizada na cidade de Mariana, Minas Gerais. Pouco
mais de três anos depois, surge uma nova tragédia tão preocupante
quanto: o rompimento da barragem de rejeitos da Mina do Feijão, no
município de Brumadinho, no mesmo estado.

E por que uma barragem se


rompe?
Existem duas principais razões para uma barragem de rejeitos se
romper. A primeira delas diz respeito a fenômenos
ambientais e que, em teoria, não temos controle sobre. Um
exemplo de fenômeno ambiental que poderia gerar esse desastre
seria um tsunami ou mesmo uma grande tempestade. Quando
isso acontece, chamamos de desastre misto (por ser a junção
de erros humanos + força da natureza).
A segunda razão é a falha humana durante seu planejamento,
que chamamos de desastre tecnológico. Essa é a principal
causa de rompimentos de barragens ao redor do mundo,
incluindo o Brasil.
Por isso, medidas como relatórios de segurança, planos de
ações emergenciais, registro de dados e constantes revisões na
segurança dessas barragens são fundamentais para garantir a
segurança do meio ambiente e de quem vive e trabalha no
entorno dessas grandes estruturas.

Mas quem é responsável por isso?


No Brasil, o órgão responsável por fiscalizar barragens de
rejeitos é a Agência Nacional de Mineração (ANM), antigo
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Além da existência desse órgão, existe a Política Nacional de
Segurança de Barragens (PNSB), criada pela Lei
nº12.334/10. De acordo com ela, as barragens inseridas
na PNSB devem conter, no mínimo, uma dessas características:
I – altura do maciço, contada do ponto mais baixo da
fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze metros);
II – capacidade total do reservatório maior ou igual a
3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);
III – reservatório que contenha resíduos perigosos conforme
normas técnicas aplicáveis;
IV – categoria de dano potencial associado, médio ou alto,
em termos econômicos, sociais, ambientais ou de perda de
vidas humanas, conforme definido no art. 6 o .
É importante lembrar que toda barragem, se bem planejada,
construída e fiscalizada é segura, ou seja, ela não é feita para
se romper.

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