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PROTEA-R

Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista

▪ Vetor (2018 – 1º Edição)


PROTEA-R
Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista

▪ Vetor (2018 – 1º Edição)

Destinado a crianças de
24 a 60 meses,
especialmente àquelas
não verbais, suspeita de
TEA e outros transtornos
de comunicação.
PROTEA-R
Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista

▪ Vetor (2018 – 1º Edição)


Surgiu com a necessidade de
sistematizar a observação
clínica em avaliações e
reavaliações de crianças com
suspeita de TEA.

Objetivo de orientar
profissionais quanto à presença
ou ausência de sinais de alerta
para TEA.
PROTEA-R
Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista

Objetivo – O sistema PROTEA-R de Avaliação da


suspeita de TEA, está dividido em três eixos:
1. Entrevista de Anamnese
2. Protocolo de Avaliação Comportamental para
crianças com suspeita de TEA – versão revisada
não verbal (PROTEA-R-NV)
3. Entrevista Devolutiva
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Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista

É um instrumento interdisciplinar que tem como


objetivo principal o rastreamento da presença de
comportamentos inerentes à sintomatologia do
TEA, com fins de sistematização da observação
clínica do desenvolvimento infantil.
Transtorno do Espectro Autista
▪ Importante salientar que o PROTEA-R não é um
sistema de diagnóstico do TEA, mas sim um meio
de avaliar habilidades pré-linguísticas, por meio de
situações semi estruturadas de brincadeira.
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APLICAÇÃO:
▪ Realizada individualmente
▪ as instruções e pontuação, devem ser seguidas
rigorosamente
▪ a avaliação não tem tempo limite
▪ idealmente, a avaliação contempla além da
Anamnese e Devolutiva – 3 sessões de observação
do comportamento infantil (+- 45 minutos cada).
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MATERIAIS NECESSÁRIOS:
▪ Kit de Brinquedos
▪ Livro de Instruções
▪ Protocolo de Registro
▪ Gravador de Vídeo
▪ Caneta
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PROFISSIONAIS A QUEM SE DESTINA:


▪ Psicólogos
▪ Fonoaudiólogos
▪ Terapeuta Ocupacional
▪ Psicopedagogo
▪ Médicos
▪ Entre outros profissionais da área clínica,
acadêmica e educacional.
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CONTEXTO DE AVALIAÇÃO:
▪ Mesmo não tendo fins diagnósticos (nosológico),
permite rastrear a presença de comportamentos
caraterísticos de TEA com vistas à identificação de
risco para o desenvolvimento infantil,
possibilitando o encaminhamento para intervenção
precoce.
▪ É útil nos contextos clínicos, institucionais (saúde
e educação) e de pesquisa.
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O 1º Eixo do PROTEA-R:

▪ Anamnese – pautada nos critérios diagnósticos de


TEA –DSM-5
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O 2º Eixo do PROTEA-R:

▪ Constituído pelo Protocolo de Avaliação


Comportamental, organizado em 3 áreas:

(17 itens ao todos, que devem ser codificados em


termos de qualidade e frequência).
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1. Comportamento sociocomunicativo (8 itens)

- Comportamentos de iniciativa e resposta de atenção


compartilhada.
- imitação
- engajamento social
- sorriso
- busca e resposta ao contato físico – afetivo
- busca de assistência e protesto e/ ou retraimento à
interação.
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2. Qualidade da Brincadeira (6 itens)

- Ações referentes à exploração dos brinquedos


- Forma da exploração
- Coordenação Visuomotora
- Brincadeira Funcional
- Brincadeira simbólica
- Sequencia da brincadeira simbólica.
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3. Movimentos repetitivos e estereotipados do


corpo (3 itens)

- Comportamentos repetitivos de mãos e de outras


partes do corpo
- Comportamentos auto lesivos.
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O 3º Eixo do PROTEA-R:
- Devolutiva

Pressupostos teóricos acerca de fatores emocionais


(especialmente parentais) implicados no processo de
avaliação de uma suspeita de TEA no filho (a).
Assim, na devolutiva são apresentados as diretrizes de
conduta e manejo do avaliador, bem como, instruções
para a elaboração do plano terapêutico subsequente.
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ENTREVISTA DE ANMNESE DO
SISTEMA PROTEA-R de Avaliação da
Suspeita de TEA e instruções para
sua condução.
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Anamnese tem como objetivo investigar a história da


criança, ou seja, todos aqueles aspectos que podem ser
importantes para compreender o motivo da avaliação
(queixa da família).

Desde gestação até o momento da avaliação.

Apresentada em formato de entrevista semiestruturada


e está pautada nos critérios diagnósticos do DSM-5.
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São investigados os aspectos motores,


comunicativos (verbais e não verbais), cognitivos,
socioemocionais, e de brincadeira.

Também são coletadas informações acerca dos


primeiros sinais que desencadearam preocupação
nos pais ou responsáveis.
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Mostrar modelo anamnese*


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Preparando o ambiente: adequação do Espaço


Físico e Seleção de Brinquedos.
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▪ Com relação ao espaço físico, é fundamental que a


avaliação seja realizada em uma sala sem excesso
de estímulos visuais e auditivos.

▪ Com relação aos brinquedo, especificamente,


propõe-se organização de 3 settings:
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1º Setting:
Organizado no chão da sala, deve contemplar objetos
propícios a:

▪ Exploração Livre
▪ Brincadeira simbólica, assim como:
▪ Brinquedos acondicionados em uma caixa com tampa
e um pote com tampa de rosca (ambas transparentes
para que a criança veja o conteúdo).
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Disposição dos brinquedos no chão da sala


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Isso foi planejado para eliciar comportamentos de busca
de auxílio do avaliador.

Caso a criança não busque auxílio para abrir o pote


espontaneamente, recomenda-se que o clínico, em determinado
momento, chame a atenção dela para os brinquedos de dentro do
pote, colocando-o em seu campo de visão, movimentando-os e
tecendo comentários que possam torna-lo atrativo (por ex: “hum
tem um cachorro aqui dentro, eu acho que ele está com fome”...)

Em seguida, pode largar o pote na frente da criança e aguardar


alguns segundos para ver a sua reação.
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2º Setting:
Organizado em uma mesa:

▪ deve ter brinquedos de encaixe (de formas


geométricas simples e de forma mais elaborada).
▪ quebra cabeça.
▪ material gráfico (sulfite / lápis de cor).
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Caso a criança não procure a mesa e os objetos
dispostos em cima da mesa, é importante que o clínico
tente direcioná-la para esse setting, podendo fazê-lo
vinculando com alguma brincadeira prévia que tenha
agradado a criança.

Por exemplo, pode pegar um carrinho e simular uma


corrida até a mesa, depois uma corrida em cima da
mesa, de modo que a criança já tenha que sentar na
cadeira, ou ainda o clínico pode convidar a criança para
desenhar algo que tenha aparecido no setting anterior,
como sua comida favorecida, após um contexto de
brincadeira simbólica com o kit de chá.
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3º Setting:
Refere-se à caixa do avaliador que contém objetos
que estimulam reações sensoriais (incluindo
brinquedos sonoros, luminosos e que produzem
movimento).

OBS: a caixa deverá ser opaca e ficar sobre um


armário, sendo utilizada em um momento
específico.
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IMPORTANTE:
▪ que a criança esteja sob controle do clínico, de modo
que só ele tenha acesso aos brinquedos, os quais
devem ser apresentados um a um.
▪ que se respeite uma ordem na apresentação dos
brinquedos da caixa – 1º os brinquedos com algum tipo
de efeito (luz, som, movimento) – 2º dedoches – 3º
bolhas de sabão.
OBS: Os brinquedos sonoros devem ser do tipo que se
possa desligar a qualquer momento sem necessidade
de se esperar pelo término do estímulo (caso a criança
reaja negativamente).
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CONTEXTO DA AVALIAÇÃO:
Cada sessão deve ser ORGANIZADA para que ocorra em
2 contextos diversos:

BRINCADEIRA LIVRE BRINCADEIRA


SEMIESTRUTURADA

Essa organização tem como objetivo proporcionar


diferentes situações interativas a fim de potencializar a
resposta da criança.
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IMPORTANTE:
▪ que um dos pais ou responsáveis acompanhe as
sessões, permanecendo dentro da sala de
atendimento.

▪ Para tanto, faz-se necessário que o acompanhante


seja preparado e orientado quanto ao que deve ou
não fazer.
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CONTEXTO DE BRINCADEIRA LIVRE:
Duração aproximada de 15 minutos
Objetivo: Avaliar principalmente (mas não
exclusivamente)
▪ Iniciativas e resposta de Avaliação Compartilhada
▪ Imitação de cunho complexo (imitação simbólica)
▪ Engajamento Social
▪ Brincadeira Simbólica
▪ Busca e resposta ao contato físico afetivo.
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Para fins de familiarização com o espaço físico


recomenda-se que inicialmente entrem e
permaneçam na sala apenas a criança e um dos
cuidadores (importante orientá-los antes para que
não abram pares e caixas).

Após cerca de 1 minuto, o clínico deve bater na


porta, anunciando sua entrada (discreta e não
intrusiva), cumprimentar o cuidador e a criança e se
dirigir ao setting em que a criança esteja próxima.
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IMPORTANTE:
Evitar num 1º momento aproximar-se muito da
criança ou tocá-la.
Sentar-se no chão, mantendo certa distância e
avaliar em que medida a criança permite maior
aproximação.
Indica-se tentar engajar a criança nas brincadeiras,
por meio de comentários breves e da demonstração
de um dos brinquedos.
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Exemplo:

Poderá pegar um carrinho dizendo: “Que legal esse carrinho, eu acho


que deve andar muito rápido.. Vou testar para ver se as rodas dele são
boas mesmo... E, em seguida, deverá jogar o carrinho em direção da
criança e aguardar sua reação.

Quando o avaliador perceber que a criança se interessou por algum


brinquedo apresentado, deve-se permitir que ela o explore sozinha por
alguns minutos antes de fazer outras demonstrações com o mesmo
objeto ou trocá-lo.
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IMPORTANTE:
Retirar os brinquedos gradualmente de circulação...
Assim, após manipular os brinquedos do Setting
organizado no chão é necessário coloca-los fora do
alcance e visão da criança.
Nesse momento, o avaliador poderá dar pequenas
explicações à criança, como:
“Agora vou guardar esses brinquedos para te
mostrar outros, bem legais também...”
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CONTEXTO DE BRINCADEIRA SEMIESTRUTURADA: CAIXA E


MESA
Duração aproximada: 30 minutos

Objetivo: Eliciar comportamentos de busca de assistência e investigar a


presença de respostas atípicas...

Ex: uso repetitivo de objetos, maneirismos motores...

Assim como avaliar brincadeira exploratória e funcional (sobretudo,


habilidades com encaixes e atividades gráficas, incluindo o desenho).
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Conduta do Examinador:

É importante respeitar uma ordem para a


demonstração dos brinquedos da caixa.

1º - devem ser apresentadas aqueles com algum


tipo de efeito (luz, som e movimento),
2º - os “dedoches”
3º - bolhas de sabão.
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Vale destacar que a apresentação dos brinquedos


com efeitos sonoros ou visuais deve ser feito
verbalmente em um primeiro momento,
antecipando à criança que o brinquedo fará barulho
ou acenderá alguma luz e só depois devem ser
acionados.

A 1º ação deve ser realizada mantendo certa


distância da criança e avaliando sua reação para
depois se aproximar.
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É fundamental que o examinador tenha o controle


da caixa, por isso deve-se evitar baixá-la e deixar ao
alcance da criança, pois ela pode querer pegar os
brinquedos, comprometendo a avaliação.

É importante ressaltar que a duração sugerida para


ambos os contextos é flexível. O momento do
deslocamento da criança para a mesa deve levar em
conta seu interesse em se aproximar da mesa para
explorar os brinquedos.
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ÁREA 1 – COMPORTAMENTO SOCIOCOMUNICATIVO


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ÁREA 1 – COMPORTAMENTO SOCIOCOMUNICATIVO

1. Iniciativa de Atenção Compartilhada (IAC)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança toma iniciativa de convidar o avaliador para brincar ou
de:
▪ Demonstrar para ele seu interesse por alguns estímulos externo (objetos,
brinquedos, desenhos, acontecimentos, brincadeiras, etc).

Objetivo de examinar se a criança tenta direcionar a atenção do avaliador


para brinquedos / eventos de interesse dela própria, de forma espontânea,
para compartilhar seu interesse (com propósito declarativo) ou se não
apresenta iniciativa.
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É importante salientar que a questão aqui não é se


a criança interage, ou não, mas se ela efetivamente
convida o avaliador para brincar.

A IAC é manifestada por meio de gestos ou outros


atos comunicativos (por exemplo, mostrar, apontar,
trazer objetos para o avaliador), coordenados com o
olhar (criança alterna o olhar entre o brinquedo /
objeto e o rosto do avaliador de modo a deixar clara
seu intenção de “captar” o interesse e atenção do
avaliador para a brincadeira).
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Esse ato comunicativo também pode estar


acompanhado de expressões afetivas (por ex,
sorriso).

Se o comportamento de IAC estiver presente, deve-


se observar em que contextos ocorre, ou seja, se ele
aparece em uma variedade de situações ou
somente em atividades repetitivas (estereotipadas)
da criança.
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Para confirmar se houve o compartilhamento de


interesse é importante que o avaliador observe se a
criança mantém sua atenção ao objeto (por ex,
sorri) enquanto o adulto o manipula.

Não devem ser considerados como IAC gestos ou


outros atos comunicativos utilizados para pedir
ajuda (por ex. para alcançar ou para fazer funcionar
algum brinquedo).
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Modelo de conduta do avaliador para investigar IAC:

▪ Permitir que a criança explore sozinha um determinado


brinquedo, sem a interferência do avaliador.
▪ É preciso dar tempo para que a iniciativa ocorra, se for o caso.
▪ Quando a criança apresentar comportamento de IAC é importante
que o avaliador reaja de forma empática e contingente. Nesse
momento, pode-se dar a brincadeira com troca de turnos, isto é,
com alternância de participação criança-avaliador.
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2. Resposta de Atenção Compartilhada (RAC)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança responde as iniciativas de interação do
avaliador, incluindo convites para brincar.
Observar:
▪ se ela, por exemplo, segue os gestos de apontar do avaliador.
▪ se troca turnos com ele durante a brincadeiras.

Salienta-se que deve haver algum indicativo de que a criança


prestou atenção no avaliador e não somente no objeto
apresentado.
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A RAC é manifestada por meio de gestos ou outros atos


comunicativos (por exemplo, pegar ou tocar em objetos
oferecido) coordenados com o olhar, podendo também estar
acompanhado de expressões faciais e de mudança de postura
/ orientação corporal.

Se o comportamento de RAC estiver presente, observar-se:


▪ aparece em uma variedade de situações ou
▪ somente em atividades repetitivas (estereotipadas) da
criança.
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Além disso, observar se a criança pega objetos


oferecidos de forma espontânea ou somente após
insistência do avaliador.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar RAC:

▪ Apresentar algum brinquedo para a criança e fazer


algum comentário breve,
▪ Fazer gestos e expressões faciais contingentes,
▪ Emitir o som (por ex. se apresentou um cachorrinho,
dizer au-au), a fim de compartilhar com a criança seu
próprio interesse pelo objeto,
▪ Em seguida, oferecer o brinquedo para a criança e a
convidar para brincar.
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3. Imitação (IM)
Objetivo:
▪ Identificar a presença de comportamento
imitativo na criança. É fundamental que o avaliador
diferencie:
Aprendizagem Aprendizagem
por imitação por emulação
Quando o foco de interesse da Quando o foco de interesse da
criança está na interação com criança está nas
o adulto propriedades do brinquedo
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Observar:
▪ se a criança reproduz INTENCIONALMENTE (não acidentalmente) algum tipo de
gesto, expressão facial ou ações demonstradas pelo avaliador e,

▪ em que contexto esse comportamento aparece (em uma variedade de


situações ou apenas em situações restritas), além disso, na aprendizagem por
imitação o FOCO DE INTERESSE DA CRIANÇA DEVE SER:

→ O comportamento do avaliador (por ex. bater no tambor com as mãos e não


apenas o efeito de sua ação, como o barulho do tambor, não importando se é ou
não com as mãos).

▪Se o comportamento de IM estiver presente, observar se a criança alternará


turnos com o avaliador.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar IM:

▪ Para verificar a presença de aprendizagem por imitação com o


objeto, o avaliador deve apresentar um brinquedo mecânico para a
criança, certificando-se de que o objeto esteja no campo visual dela
e acioná-la (demonstrar como operar o objeto).

Depois disso, entregar o brinquedo para a criança e observar sua


reação.
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▪ Durante a execução da atividade, o avaliador deve fazer


comentários breves.

▪ Gestos e expressões faciais contingentes, a fim de tornar o


objeto atrativo e a brincadeira divertida.

▪ Outro exemplo de imitação, em situação diádica (sem


mediação de objetos) é quando o adulto bate palmas
¨festejando” algum acontecimento durante a brincadeira e a
criança também o faz.
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4. Engajamento Social (ES)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança se engaja em brincadeiras com o
avaliador sem o uso de brinquedos. Caso o comportamento
de ES esteja presente,
Observar:
▪ se a criança inicia (convida o parceiro) e /ou
▪ responde (aceita os convites do parceiro) às brincadeiras
sem o uso de objetos nos casos em que a criança NÃO
INICIA, mas responde ao ES, deve-se observar se essa
aceitação ocorre:
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De forma rígida Espontânea / Flexível


(sempre no mesmo (aceita variações na
Formato) conduta do avaliador
na mesma brincadeira)

Além disso, observar se o ES aparece: em uma


variedade de situações ou somente em atividades
repetitivas (estereotipadas).
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Modelo de conduta do avaliador para investigar ES:

▪ Quando a criança estiver sentada (preferencialmente no


chão) próximo do avaliador, apresentar algum objeto para
iniciar a brincadeira.

▪ Inicialmente, encostar esse objeto na criança, para que


sinta e toque.

▪ Em seguida, retirar o brinquedo da cena interativa e iniciar


brincadeira diádica, podendo ser a de fingir que vai fazer
cócegas ou cantar uma música e convidar a criança para
dançar, tocando-lhes as mãos.
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Observar:
Se a criança responde a esse convite e como ela
reage (é importante não insistir caso a criança não
permita ou reaja mal ao toque).

# ATENÇÃO:
Neste item não deve ser pontuada a reação da
criança no momento do uso do brinquedo em seu
corpo, pois isso serve apenas para prepara-la para o
toque, caso não surja uma oportunidade natural.
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5. Sorriso (SOR)
Objetivo:
▪ Avaliar se a criança entrou na atmosfera prazerosa
da brincadeira, por meio da presença e qualidade
do sorriso.
▪ É importante avaliar se ela apresenta sorriso
espontâneo e recíproco, dirigindo ao adulto e junto
com o adulto... Ou se, o sorriso é difuso (quando a
criança sorri apenas por causa de alguma sensação
provocada pelo brinquedo, ou, ainda, sem motivo
aparente).
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Se o SOR estiver presente, observar se ele aparece


espontaneamente ou apenas em resposta ao
sorriso do avaliador.

Verificar ainda se o SO se mostra acompanhado de


contato visual, gestos ou vocalização dirigidas ao
avaliador, bem como se é adequado ao contexto
(identificar motivo desencadeador).
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Modelo de conduta do avaliador para investigar


SOR:

▪ Quando a criança sorrir e esse sorriso for


acompanhado de olhar, gestos ou vocalizações
dirigidas para o avaliador, este deve sorrir de volta
para a criança, podendo comentar sobre a
brincadeira ou brinquedo que a criança esteja
manipulando de forma claramente contingente ao
sorriso.
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▪ Quando a criança estiver manipulando algum brinquedo e


dirigir o olhar, gestos ou vocalizações para o investigador, sorrir
para a criança e verificar se ela responde com sorriso em
reciprocidade.

▪ Nas situações em que a criança sorrir e não dirigir o olhar,


gestos ou vocalizações concomitantes direcionados ao
avaliador (gerando duvida sobre a motivação do sorriso da
criança), o avaliador poderá intervir, manipulando o objeto no
formato que parece ter sido prazeroso para a criança, sorrir em
direção a ela e verificar se a criança sorri novamente,
corroborando a reciprocidade e espontaneidade subjacente ao
aparecimento do sorriso.
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6. Busca de resposta do contato físico afetivo (CFA)


Objetivo:
▪ Se a criança busca e/ ou responde ao contato ou
proximidade física do adulto de forma típica e
espontânea...
OU
▪ se não apresenta esses comportamentos.
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O foco é avaliar algum tipo de intimidade e carinho que


se estabelece entre a criança e o avaliador EVIDENCIADO
pelo contato físico afetivo.

Se o comportamento de busca ao CFA estiver presente


SOMENTE EM MOMENTOS DE INTERESSE SENSORIAL,
OBSERVAR:
▪ se aparece em uma variedade de situações ou
▪ apenas para se apoiar no avaliador para executar
melhor uma atividade.
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Além disso, observar se a criança busca o CFA de forma


espontânea OU somente responde ao contato físico
estabelecido pelo avaliador.

IMPORTANTE:
Destacar que se entende por resposta ao CFA
demonstrações por parte da criança que remetem à
sensação de bem estar e receptividade ao “carinho”,
como se aconchegar, sorrir e se aproximar.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar CFA:

▪ No contexto de alguma brincadeira (preferencialmente


no chão), quando a criança executar um ação
contingente, elogiá-la, tocando em seu ombro, por
exemplo, carinhosamente e observar sua reação.
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7. Busca de Assistência (BA)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança utiliza gestos (mostrar,
apontar, trazer objetos para o avaliador)
coordenados com o olhar e ou com vocalizações
(com a finalidade de buscar assistência).
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OBSERVAR:

▪ se a criança integra ou não diferentes canais


comunicativos (gestos, contato visual, vocalizações)
ou ainda, se apresenta o comportamento de (BA)
apenas de forma não convencional.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar BA:

▪ Apresentar algum brinquedo com propriedades


atrativas para a criança e, depois de demonstrar seus
efeitos, retirá-los de seu alcance imediato e aguardar
algum “pedido” por parte dela.

# caso a criança tome a iniciativa de abrir as caixas e


potes, aguarde sua tentativa e evite antecipar-se,
abrindo-os por ela.
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8. Protesto / Retraimento (P/R)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança tenta evitar a interação com o adulto
quando este se aproxima dela, a toca ou tenta engajá-la em
brincadeiras.

Se o comportamento de (P/R) estiver presente, observar:


▪ se aparece de forma branda (e: dá as costas ou afasta a
mão do adulto)
▪ ativa (e: afasta-se, encolhe-se em um canto)
▪ Intensa (e: afasta-se e grita ou agita-se)
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IMPORTANTE:

▪ Destacar que esse item avalia reações de (P/R) à


interação e não deve ser pontuado com base em
situações nas quais a criança proteste ou retraia-se à
apresentação ou retirada de objetos (e: quando o
avaliador aciona um objeto que acaba por assustá-la ou
quando algum brinquedo é guardado e a criança grita
ou chora).

▪ O avaliador deve pontuar esse item mesmo que a


criança tenha protestado ou se retraído uma única vez.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar P/R:

▪ Aproximar-se da criança e colocar a mão levemente sobre seu ombro,


movimentando lentamente e carinhosamente durante a interação.

▪ Nas brincadeiras com objetos tentar propor alguma forma de


brincadeira diferente com ele, sem modificar totalmente o formato da
atividade que a criança criou (ex: a criança está alinhando uma série de
carrinhos e o avaliador tentar empilhar somente um deles sobre o outro
ou movimentá-lo de forma funcional, fazendo o barulho do carro e
colocando de volta em seu lugar em poucos segundos).

▪Tentar participar das atividades em vários momentos diferentes.


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ÁREA 2 – QUALIDADE DA BRINCADEIRA


9. Exploração dos Brinquedos (EXB)
Objetivo:
▪ Avaliar a gama de objetos manipulados / explorados
pela criança em termos de abrangência de objetos
disponíveis manipulados pela criança durante a sessão.
▪ A abrangência se difere da frequência do
comportamento, uma vez que a criança pode brincar
várias vezes com o mesmo brinquedo e não explorar
outros objetos disponíveis.
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Considera-se, nesse item, a exploração das


propriedades físicos e sensoriais dos brinquedos /
objetos (bater, rolar, sacudir) não sendo exigido que
estes sejam utilizados no contexto de brinquedos
com o adulto.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar EXB:

▪ Aguardar se a criança espontaneamente procura


explorar todos os brinquedos disponíveis.

▪ No caso dela fixar-se na manipulação de um dos


brinquedos, o avaliador “poderá chamar a criança pelo
nome e, sorrindo, mostrar outros objetos a ela,
explorando-os dentro do seu campo visual”.
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10. Forma de Exploração (FEX)


# APENAS SE ASSINALADO A, B ou C Item 9
Objetivo:
▪ Avaliar a forma como a criança explora os
brinquedos, em termos de FLEXIBILIDADE DA
EXPLORAÇÃO (refere-se à variedade de ações) da
criança com os objetivos ao explorar suas múltiplas
propriedades, tais como FORMAS E TEXTURA.
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OBSERVAR:
▪ Se a exploração ocorre de diferentes formas
(bater, rolar e sacodir) de forma muito breve, de
forma atípica e ou repetitiva.
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Modelo de conduta do avaliador para identificar FEX:

▪ É difícil avaliar se a brincadeira é repetitiva ou atípica


(estereotipada) em crianças muito pequenas.

# Por isso, se a criança estiver realizando uma ação


repetidamente, deve-se tentar interromper
delicadamente a brincadeira (ex. se ela está girando um
objeto, tocar o brinquedo rapidamente; se ela estiver
alinhando ou enfileirando objetos, mudar a ordem da
“fila”, como se estivesse brincando e não “provocando”)
e observar sua reação.
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Quando a atividade tem caráter repetitivo, a


resposta da criança a essas intervenções tende a ser
negativa (e: chorar, gritar, retirar-se).
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11. Coordenação Visuomotora (CV)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança segura os brinquedos
adequadamente de modo a conseguir explorá-los
visualmente ou se, ao contrário, não coordena o
olhar com a manipulação.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (CV):

▪ Apresentar diferentes brinquedos para a criança, colocando-os


próximos de suas mãos.

▪ Observar se ela pega e olha para os brinquedos adequadamente


durante a exploração,

▪ Nos casos em que a criança não pegar nenhum objeto é


importante que o avaliador estimule o aparecimento desse
comportamento (e. colocar delicadamente algum brinquedo
diretamente na mão da criança).
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12. Brincadeira Funcional (BF)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança manipula objetos / brinquedos
não apenas com fins exploratórios, mas de acordo
com suas funções.
▪ Se a BF estiver presente, observar a gama de
objetos operados funcionalmente (muitos ou
poucos) bem como a consistência do
comportamento (se inicia e completa a ação) e sua
flexibilidade (variedade de ações que a criança
realiza com os brinquedos).
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (BF):

▪ Oferecer à criança alguns brinquedos que favorecem


esse tipo de brincadeira, como a máquina fotográfica, o
piano ou carrinho.
▪ Aguardar, então, a ação que a criança realizará com o
brinquedo.
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13. Brincadeira Simbólica (BS)


Objetivo:
▪ Avaliar se a criança apresenta brincadeira de faz
de conta, ou seja, se ela utiliza um objeto para
representar outro quando está brincando ou
criando propriedades que estão ausentes (ex.
assoprar para esfriar o chá, fazer o barulho do
carro, colocar a mão na orelha e fingir ser um
telefone).
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Se o comportamento de BS estiver presente, observar se é:

▪ espontâneo (iniciado pela criança)


▪ flexível (representado em diversas ações)
▪ envolve brinquedos diferentes.

Além disso, observar se a BS aparece em diferentes contextos


ou se ela envolve apenas os interesses restritos /
estereotipados da criança.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (BS):

▪ Avaliar se a criança entende o faz de conta, utilizando


substituições de objetos (ex. tomar um bloco de
madeira por telefone) ou criando propriedades que
estão ausentes.

É fundamental que o avaliador saiba diferenciar com


clareza, brincadeira funcional da brincadeira simbólica
(representacional).
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14. Sequencia da Brincadeira Simbólica (SBS)


Objetivo:
▪ Avaliar a EVOLUÇÃO e CONEXÃO dos episódios
durante a BS.
▪ Observar se ocorre em uma sequencia estruturada
com início, meio e fim de uma “Historinha”.
▪ Se os episódios aparecem com alguma conexão,
embora a sequencia não seja tão clara, ou seja, muito
breve ou por fim, se foi identificada BS, porém sem
sequencia entre as ações (brincadeira “desconexa”).
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ATENÇÃO:
Para crianças com idade inferior a 24 meses deve
ser pontuado o código E, neste item (“não se
aplica”).
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (SBS):

▪ Avaliar se a criança não apenas constrói um cenário,


mas se este se desenrola em uma pequena história.
▪ É importante que o avaliador observe a brincadeira da
criança de modo que ela tenha um tempo suficiente para
a elaboração da “historinha”, mantendo uma postura não
intrusiva.
▪ A criança pode ser encorajada a desenvolver a
brincadeira, porém atentar para não estrutura-la a ponto
de levar apenas à imitação e não à criação da brincadeira
em sequencia.
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15. Movimentos Repetitivos das Mãos (MRM)


Objetivo:
▪ Avaliar movimentos rápidos dos dedos e mãos, de
forma repetitiva e aparentemente não funcional
que geralmente ocorrem dentro do campo visual
da criança ou na linha média do corpo.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (MRM):

Se o comportamento de MRM estiver presente, observar:


▪ contextos em que ocorrem (identificar motivo
desencadeada)
▪ reação da criança perante a tentativa de interrupção pelo
avaliador.

MRM são considerados intensos quando a criança


permanece realizando a ação, mesmo após tentativas do
avaliador de direcionar sua atenção para estímulos externos.
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16. Movimentos Repetitivos de outras partes do


corpo (MRC)
Objetivo:
▪ Avaliar movimentos rápidos de outras partes do
corpo que ocorrem de forma repetitiva e
aparentemente não funcional.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (MRC):

Se o comportamento de MRC estiver presente, observar:


▪ contextos em que ocorrem (identificar motivo
desencadeada)
▪ reação da criança perante a tentativa de interrupção pelo
avaliador.

MRC são considerados intensos quando a criança permanece


realizando a ação, mesmo após tentativas do avaliador de
direcionar sua atenção para estímulos externos.
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O avaliador pode mudar o foco da atenção da criança,


dirigindo seu interesse para outros estímulos.

Além disso, também pode incluir brincadeiras de caráter


repetitivo que supram, em parte, a necessidade de ações
motoras estereotipadas, por exemplo, rolar a bola em
direção a criança, cantar e fazer gestos movimentando os
dedoches, etc.
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17. Comportamentos Autolesivos (CA)


Objetivo:
▪ Avaliar comportamentos potencialmente lesivos,
direcionados a si mesmo.
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Modelo de conduta do avaliador para investigar (CA):

Se os CA estiveram presentes, observar a intensidade, os contextos


em que ocorrem e a reação da criança perante a tentativa de
interrupção pelo avaliador.

Esse comportamentos devem ser interrompidos com firmeza,


tentando desviar a atenção da criança para outros brinquedos
/situações.

Vale destacar que os CA são considerados intensos quando a


criança permanece realizando a ação, mesmo após tentativas do
avaliador de direcionar sua atenção para estímulos externos.
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MANEJO DE REAÇÕES NEGATIVAS DA CRIANÇA À


APRESENTAÇÃO DOS BRINQUEDOS

▪ Embora sejam seguidas todas as instruções para a


administração do PROTEA, ou mesmo, que o avaliador adote
uma conduta adequada com relação à criança, as reações
infantis sempre dependerão do contexto e de características
individuais do avaliando.
▪ Em situações de comportamentos repetitivos e
estereotipados, sugere-se que o avaliador tente interromper a
criança delicadamente, verificando como ela reage.
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▪ Quando por algum motivo a criança se desorganizar (atirar-


se no chão, chorar demasiadamente, agredir o avaliador) a
ponto de não ser viável a continuidade da sessão de
avaliação, sugere-se o seu encerramento, caso as tentativas
de acalmar a criança ou de distraí-la se mostrem infrutíferas.
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Instruções para CODIFICAÇÃO do


Protocolo de Avaliação
Comportamental para crianças com
suspeito de TEA – Versão Revisada
– Não Verbal (PROTEA – R – NV).
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Serão expostos os critérios de CODIFICAÇÃO por


meio de 2 escalas:

DE QUALIDADE DE FREQUÊNCIA
(modo como (ocorrência do
Cálculo da Pontuação
determinado de itens críticos comportamento)
comportamento
se manifesta)
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Para compreender adequadamente as instruções é


fundamental:

▪ Salienta-se que CADA SESSÃO de administração deve ser


pontuada individualmente.

▪ É possível, entretanto, a codificação de uma única sessão


em virtude de impossibilidades do clínico de realizar as 3
sessões de observações recomendadas, porém ressalta-se
o cuidado ao considerar apenas uma observação.
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ESCALA DE QUALIDADE – recebe classificação de A à E


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Na maior parte dos itens do protocolo (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13
e 14), que investiga comportamentos típicos do desenvolvimento
infantil.
O código:
A comportamentos presentes sem sinais de nível de
comprometimento.
B comportamentos com baixo nível de comprometimento.
C comportamentos com nível intermediário de
comprometimento.
D comportamentos com alto nível de comprometimento.
E Não se aplica (Não foi possível observar o comportamento)
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A exceção é a área que investiga os comportamentos repetitivos e
estereotipados de mãos e outras partes do corpo (área 3), no qual a ausência
destes, indica menor nível de comprometimento, assim como o item que
investiga sinais de protesto / retraimento à interação.
Os itens 8, 15, 16 e 17 – que investigam comportamentos atípicos:

A ausência de sinais de comprometimento,


B baixo nível de comprometimento.
C nível intermediário comprometimento.
D com alto nível de comprometimento.
E Não se aplica (Não foi possível observar o comportamento)
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ESCALA DE FREQUENCIA
Após ser realizada a CODIFICAÇÃO da ESCALA DE
QUALIDADE, o clínico deve proceder à pontuação da
ESCALA DE FREQUENCIA, para cada um dos 17 itens.
Trata-se de uma escala do tipo Likert, com intervalo de 1
a 3, sendo:
1. “baixa” (observados pouquíssimas vezes durante observação)
2. “média”
3. “alta” (observados com muita frequência durante observação)
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Tabela 5.4

O código de qualidade final deve ser aquele que mais se repete e a frequência
mais alta atribuída a esse código.
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Tabela 5.5

O código de qualidade final deve ser aquele intermediário, acompanhado de sua


respetiva frequência.
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Outas situações:
No caso do avaliador realizar somente uma sessão, a
codificação referente a esta sessão será a versão FINAL DO
PROTOCOLO, devendo os espaços referentes ao escore
compilado serem preenchidos com os códigos desta sessão.

Caso os códigos sejam diferentes, deve-se optar pelo código


de qualidade que refere MENOR comprometimento à
criança, associada à sua frequência.
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PONTUAÇÃO DOS ITENS CRÍTICOS DO PROTEA
1. Teóricos e Empíricos
a) Definição do DSM-5 sobre os preditores mais acurados
de TEA.
b) Itens que representam cada uma das 3 áreas do PROTEA
(comportamentos sociocomunicativos, qualidade da
brincadeira, movimentos repetitivos e estereotipados do
corpo)
c) Pressupostos teóricos referentes a parâmetros típicos do
desenvolvimento sociocomunicativo infantil
d) Evidências empíricas extraídos da literatura aceca dos
sinais de alerta para TEA.
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ITENS CRÍTICOS E SUAS ÁRREAS CORRESPONDENTES


Na área de Comportamentos sociocomunicativos,
destacam-se os itens:
▪ Iniciativa de Atenção Compartilhada (IAC)
▪ Resposta de Atenção Compartilhada (RAC)
▪ Imitação (IM)
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Na área de Qualidade da Brincadeira o item crítico


concerne à:
▪ Brincadeira Simbólica (BS)

Na área de Movimentos Repetitivos e


Estereotipados de mãos e outras partes do corpo,
destaca-se o item:
▪ Movimentos Repetitivos de outras partes do
corpo (MRC)
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RISCO RELATIVO:
Significa que a suspeita pode ser mantida, mas que
sua conclusão deve ser fundamentada em
informações adicionais:
▪ Entrevistas
▪ Avaliação Cognitiva
▪ Avaliação com outros profissionais
▪ Informações provenientes do contexto escolar, etc
▪ Reavaliações (uso do próprio PROTEA)
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No caso de mais de uma sessão, essa soma deverá


ser relativa ao resultado compilado das sessões.

No caso de algum item crítico ser pontuado como E


(não se aplica) em todas as sessões, entende-se que
o cálculo do risco para TEA não pode ser realizado,
em função de não ter sido possível avaliar o
comportamento.
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É importante ressaltar que qualquer soma (escore


total) abaixo da faixa de 9 a 15 pontos, não significa
que o risco possa ser descartado, mas que os
critérios de risco se tornam menos acurados e
exigem maior cautela do clínico na interpretação
dos resultados.
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ANÁLISE CRÍTICA:
Os códigos dos itens críticos devem ser convertidos
em ESCORES (conforme orientações apresentadas
na tab 5.7 – pg 84).

Isoladamente, esse itens não determinam o risco ou


ausência de risco, mas em conjunto podem
constituir uma medida de risco para TEA e auxiliar
na compreensão do Funcionamento da criança
avaliada.
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A análise Final sobre o risco para TEA resulta da


SOMA DOS ESCORES dos 5 itens críticos

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