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Glossário dos Termos Ferroviários 1

GLOSSÁRIO DE TERMOS FERROVIÁRIOS

A
• ABATIMENTO DA MOLA: - Aquele de via ou chave, e cujo deslocamento
que comprime a porca por pressão leva o trem ou veículo a passar de
elástica. uma via para outra.

• ABATIMENTO DA PLATAFORMA: • AGULHA DIREITA: - É a agulha


- Aquele verificado no greide. que se situa a direita do observador
colocado entre as duas agulhas da
• ACABADORA: - Equipamento chave, olhando para o coração.
motorizado que dá ao lastro sua
forma final, de acordo com o perfil • AGULHA ESQUERDA: - É a
adotado. agulha que se situa à esquerda do
observador colocado entre as duas
• ACABAMENTO DO LASTRO agulhas da chave, olhando para o
(composição do lastro): - Conjunto coração.
de operações finais para dar à
superfície do lastro superior, a sua • ALARGAMENTO DE CORTE: -
forma definitiva. Consiste em escavar os taludes dos
cortes, com a finalidade de aumentar
• ACEIRO: - Consiste na retirada a largura da plataforma de acordo
completa da vegetação de uma faixa com o gabarito previsto em normas
de terreno, para evitar o fogo ou sua técnicas.
propagação.
• ALINHADORA-NIVELADORA: -
• ACESSÓRIO DE VIA: - Equipamento mecânico motorizado
Denominação dada ao aparelho de que efetua o alinhamento e o
mudança de via, girador, para- nivelamento da via.
choques e a outros pertences
metálicos da via, tais como placas de • ALINHADORA-NIVELADORA-
apoio, talas de junção, grampos, etc. SOCADORA: - Equipamento
mecânico motorizado que efetua o
• ADERÊNCIA: - Resistência que se alinhamento e o nivelamento da via,
opõe ao escorregamento. É o atrito simultaneamente com a soca do
entre a roda e o trilho que impede a lastro.
patinação das rodas motoras e
permite o deslocamento do trem. • ALINHAMENTO: - Consiste nas
operações necessárias à colocação
• AGULHA: - Conjunto de peças das filas de trilhos em conformidade
móveis e paralelas entre si, partes com a projeção horizontal do eixo da
integrandes do aparelho de mudança linha em planta.

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• ALMA: - Parte do trilho, • APONTAMENTO: - Operações


compreendida entre o boleto e o necessárias ao registro das horas
patim. trabalhadas, improdutivas e de
ausência, bem como da produção,
• ALMOXARIFADO: - Depósito dos material aplicado, etc.
materiais da estrada de ferro,
adquiridos por esta, para seu uso • ARCO DE SERRA PARA
próprio, subordinado ao Almoxarife, a TRILHOS: - Arco especial com serra
quem cabe superintendê-lo, controlar apropriada ao corte do trilho ou
as entradas e saídas dos materiais, material metálico.
efetuando a escrituração respectiva
• AREEIRO (caixa de areia): -
• ALTURA DE CORTE: - Diferença Depósito de areia nas locomotivas,
de cota entre um ponto do eixo da dos quais a areia é lançada sobre os
plataforma e o solo natural. trilhos para aumentar o coeficiente de
aderência das rodas sobre eles,
• ANCORAGEM DO TRILHO evitando a patinação.
(retensão do trilho): - Aplicação de
dispositivo destinado a impedir o • ARREDONDAMENTO DE CURVA:
caminhamento do trilho. - É a colocação das fiadas de trilhos
em suas devidas posições nas
• APARELHO DE MANOBRA: - É curvas, por puxamentos laterais.
toda a aparelhagem que permite
movimentar as agulhas, dando • ARRUELA: - Peça colocada no
passagem para uma outra via. parafuso para dar maior aderência da
porca, evitando o seu desgaste.
• APARELHO DE MUDANÇA DE VIA
[AMV]: - É um conjunto de peças • ARRUELA DE PRESSÃO: -
colocadas nas concordâncias de Arruela que comprime a porca por
duas linhas para permitir a passagem pressão elástica.
dos veículos ferroviários de uma para
outra. Também denominado de • ARRUELA ISOLANTE: - Arruela
"CHAVE", compõe-se das seguintes que permite isolamento elétrico.
partes principais: agulhas, contra-
agulha ou "encosto da agulha", • ASSENTADOR DE TRILHO: -
aparelho de manobra, trilhos de Guindaste ou outro equipamento
enlace ou de ligação,"coração" ou utilizado para o assentamento do
"jacaré", calços, coxins e contratrihos. trilho na via.

• APONTADOR: - É o colaborador • ASSENTAMENTO: - Efeito ou a


encarregado das anotações de ação de assentar o trilho na via.
campo relativas ao registro das horas
trabalhadas, produção do pessoal em • ASSENTAMENTO DE APARELHO
serviço e material aplicado. DA MUDANÇA DE VIA: - Colocação

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de aparelho de mudança de via na


sua posição exata, com dormentação
adequada.

• ATERRO: - Massa prismóide de


terra que se coloca sobre o terreno
natural visando alcançar determinada
altura com a face superior da massa.
Na ferrovia ou rodovia, essa face
superior constitui a plataforma ou leito
da estrada

• AUTOMOTRIZ: - Veículo auto-


propulsionado, destinado ao
transporte de passageiros,
geralmente empregado para viagens
a curtas distâncias, podendo, todavia,
rebocar um ou mais carros.

• AVARIA: - Danos sofridos durante


a viagem pelo veículo ou pela carga
transportada.

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B
• BANQUETA DO CORTE: - É o
• BACIA: - É o nome genérico dado "degrau" para distribuir a altura do
ao conjunto de vales de um rio e de corte, visando melhorar a
seus afluentes. estabilidade. Varia de 8 a 10 metros
de altura, até atingir o "off set".
• BAGAGEM: - Equipagem; objeto
que os viajantes levam para seu uso, • BANQUETA DO LASTRO: - Faixa
em malas, sacos, baús, caixas, etc. de lastro superior compreendido entre
Os volumes que os passageiros o topo do dormente e a crista do
podem levar em seu poder no mesmo lastro.
carro em que viajam, até os limites de
peso e dimensões estabelecidos, não • BARRA DE BITOLA (régua de
estão sujeitos a frete ou despacho. bitola): - Peça com a qual se marca
Os volumes excedentes daqueles ou controla a bitola da via, inclusive,
limites devem ser despachados. às vezes, a gola do contratrilho.

• BAGAGENS (Transporte de - ): - • BARRA DE TRILHO: - É o tamaho


Nome convencional que designa as em que os trilhos são fornecidos.
condições em que se realiza o Normalmente em comprimento de 12;
transporte. É uma variante do 18; e 24 metros.
transporte de "Encomendas".
Nesta modalidade compreende-se o • BASE DO LASTRO: - Superfície
transporte do excedente daquilo que inferior do lastro que se apoia no sub-
é permitido ao viajante levar em seu lastro ou na plataforma.
poder no próprio carro de
passageiros. Compreende apenas as • BASE DO SUB-LASTRO: -
coisas de uso pessoal do viajante e Superfície inferior do sub-lastro que
que devem prover às necessidades e se apoia na plataforma.
condições de viagem.
São transportadas com preferência • BASTÃO-PILOTO: - Elemento
sobre as "Encomendas", devendo representativo da licença em trecho
seguir no mesmo trem em que cujo sistema de licenciamento
embarcar o passageiro. adotado é o STAFF ELÉTRICO. É um
bastão de aço de forma cilíndrica,
• BANQUETA: - A parte da apresentando saliências e tem
plataforma que fica entre o fim do gravado, em uma de suas
lastro e a valeta, nos cortes, ou a extremidades, os nomes das duas
crista dos aterros. No lastro, é a parte estações delimitatórias do trecho em
que vai da face do dormente à crista que o mesmo tem validade.
do lastro.
• BERMA DO ATERRO: - É o
"degrau" para distribuir a altura do

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aterro, visando melhorar a fica bloqueado por sinais arvorados


estabilidade. Varia de 8 a 10 metros nas extremidades desse trecho.
de altura até atingir o "off set".
• BOCA DA SEÇÃO DE CORTE: -
• BIFURCAÇÃO: - Ponto em que Distância entre as cristas opostas do
uma linha férrea se decompõe em corte, medida na seção considerada.
duas.
• BOCA DO CORTE: - Parte do
• BITOLA: - É a distância entre as corte situada na vizinhança do ponto
faces internas dos boletos dos trilhos, de passagem (PP).
tomada na linha normal a essas
faces, 16 mm abaixo do plano • BOLETO: - Parte superior do trilho,
constituído pela superfície superior do sobre a qual deslizam as rodas dos
boleto. veículos.

• BITOLA DE RODEIRO: - Distância • BOLSÃO: - Depressão na


entre pontos das rodas de mesmo plataforma da linha, dentro da qual a
rodeiro, mais próximos aos trilhos, água penetra e fica confinada.
medida perpendicularmente às linhas
de bitola. • BONDE ("Bond", conexão): -
Condutor elétrico de pequeno
• BITOLA ESTREITA: - Aquela comprimento, geralmente de cobre,
inferior a 1,435m. que é ajustado ou soldado na
extremidade dos trilhos de uma junta
• BITOLA LARGA: - Aquela superior livre, a fim de manter a continuidade
a 1,435 m. de circuito de via e ainda, o retorno
- No Brasil, é a bitola de 1,600 m. da corrente nas vias eletrificadas.

• BITOLA MÉTRICA: - Aquela igual • BRITA: - É a denominação dada


a 1,000 m. as pedras quebradas nas dimensões
determinadas pelas normas técnicas.
• BITOLA MISTA: - Via férrea com
três ou mais trilhos, para permitir a • BROCA: - Inseto que ataca a
passagem de veículos com bitolas madeira ou ainda furo deixado pelo
diferentes. inseto no dormente.
- Ferramenta empregada em
• BITOLA STANDARD equipamentos de furação.
(internacional): - Aquela igual a 1,435
m, oficialmente adotada pela • BROCA CHATA PARA TRILHOS: -
Conferência Internacional de Berna, Ferramenta especial empregada na
em 1907. furação do trilho.

• BLOQUEIO: - Sistema de • BRUNORIZAÇÃO: - Tratamento,


licenciamento a intervalo de espaço patenteado, do trilho pelo calor,
em que um trem que circule no trecho

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consistindo essencialmente na
homogeneização do aço.

• BUEIRO: - São constituídos por


tubos de concreto, ferro fundido, aço
galvanizado ou ainda tubos plásticos
(rib loc, Armco e outros). Sua vazão é
determinada em função da bacia
hidrográfica e da precipitação anual
na região, podendo ser simples (uma
seção de vazão), dupla (duas seções
de vazão), tripla, etc.

• BURRO: - Guindaste auto-


propulsado, com rodeiros ferroviários.

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C
• CADERNO DE ESTUDO [CE]: - É
• CABEÇA DO TRILHO (BOLETO): - um documento utilizado para o
Parte superior do trilho, sobre a qual estabelecimento do Calendário
deslizam as rodas dos veículos Programa, onde são anotados os
volumes dos serviços à executar e
• CABECEIRA: - Pequeno vale quantidade de material à substituir no
úmido, geralmente pouco ano (dados obtidos na prospecção), e
pronunciado, onde existe nascente de dimensionados os efetivos das
curso d'água. turmas de conserva com base nos
coeficientes de produção.
• CABINA (cabine): - Local onde se
acha instalado o comando da • CAIXA À MARGEM DA VIA [CMV]
sinalização e da movimentação das Caixa à Margem da Via [CMV]: -
chaves. Existem cabinas de controle Equipamento que faz interface entre
mecânico (por meio de alavancas em a via e os equipamentos da estação
conexão com os sinais e chaves) ou mestra.
automático (elétrico). Certas cabinas
controlam ainda as porteiras das • CAIXA DE GRAXA: - Dispositivo
passagens de nível. existente nos carros, vagões e
locomotivas, no qual trabalham as
• CABINEIRO: - O funcionário que mangas dos eixos das rodas e onde é
executa as operações de colocada graxa ou óleo, para reduzir
acionamento de chaves e sinais em o atrito direto das peças metálicas e
uma cabine. consequentemente o seu
aquecimento.
• CAB-SIGNAL: - Sinal automático
instalado no compartimento do • CALÇAMENTO DA VIA: - Primeira
Maquinista ou na cabina de uma nivelação da via, para permitir a
locomotiva que indica uma condição circulação dos trens com segurança
de circulação de um trem, usado em relativa e evitar a deformação dos
conjunto com sinais fixos ou em trilhos.
substituição aos mesmos.
• CALÇO DE DILATAÇÃO: - Peça
• CADASTRO DA LINHA: - Conjunto com perfil e dimensões adequadas,
de informações da linha férrea, que se coloca na junta livre dos
especialmente planta cadastral, perfil, trilhos para lhe graduar a abertura.
documentos, características da
superestrutura, das obras de arte, • CALÇO DE JUNTA (calço de tala):
das edificações e das demais - Peça utilizada entre as superfícies
instalações. de contato da tala e do trilho para
corrigir folgas deixadas pelo uso.

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• CALÇO DE TALA (calço de junta): • CAMINHO DE FRISO: - Abertura


- Peça colocada entre o trilho e a tala, preparada no boleto para permitir à
quando há folga entre eles, para roda cruzar o trilho em sentido
eliminação dessa folga. transversal.

• CALÇOS: - São peças de AMV, de • CANAL DO TRILHO: - Cavidade


ferro fundido, aparafusadas entre os limitada pelas superfícies inferior do
trilhos e contratrilhos, ou entre a boleto, lateral da alma e superior do
agulha e contra-agulha e têm por patim.
finalidade de manter invariável a
distância entre eles. • CANCELA: - Tipo de barreira em
que a abertura e o fechamento se
• CALENDÁRIO PROGRAMA [CP]: - processam por meio de dispositivo
É um programa anual para os dotado de movimento de rotação ou
serviços de conservação da linha, de translação.
racionalmente elaborado com base
em criterioso levantamento • CANCELA (porteira): - Estrutura
(prospecção) das necessidades e móvel de madeira ou metal para
disponibilidades de pessoal, material fechar uma passagem ou cruzamento
e serviços, indispensáveis à com rua ou estrada de rodagem.
manutenção da linha durante o ano.
Entre os documentos utilizados em • CAPACIDADE DO VAGÃO: -
seu estabelecimento e execução Quantidade calculada segundo as
(caderno de estudo, programa características de fabricação do
semanal, apropriação diária, etc.), vagão, como sendo o limite de carga
destaca-se o Quadro Mural, que do veículo.
fornece uma representação concisa - Limite em volume ou peso até o
de todos os trabalhos previstos qual o vagão pode ser carregado.
durante um ano para as diversas - No caso de vagão aberto, o limite
turmas e permite acompanhar, (ou a lotação) é dado pelo gabarito do
inclusive gráficamente, o carregamento.
desenvolvimento desses trabalhos,
além de destacar o avançamento • CAPINA: - Ato de destruir a
mensal do consumo de mão-de-obra vegetação na plataforma da via
em cada código. férrea.

• CAMINHAMENTO DO TRILHO: - • CAPINA MANUAL: - Aquela que


Deslocamento longitudinal e se executa, com ferramentas
intermitente do trilho, motivado manuais.
geralmente pela variação de
temperatura, vibração das cargas • CAPINA MECÂNICA: - Aquela que
móveis, aceleração e desaceleração se executa com equipamentos
por frenação dos veículos. mecânicos.

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• CAPINA QUÍMICA: - Aquela que traçado, situado no interior da via e


se executa com produtos químicos. equidistante das linhas de bitola.

• CARGA: - Tudo aquilo que se • CENTRO DE CONTROLE


transporta de qualquer modo e por OPERACIONAL [CCO]: - Órgão que
qualquer meio. centraliza e controla as atividades
- A palavra carga pode ser técnicas da Operação.
empregada, no sentido amplo, para - Composto do Posto de Controle
designar as Bagagens, Encomendas, Central de Auxiliares - PCC-A, Posto
Mercadorias e Animais ou tão- de Controle Central de Tráfego -
somente o transporte como PCC-T, Posto de Controle Central de
Mercadorias. Energia - PCC-E e Posto de Controle
Central Geral - PCC-G.
• CARRO CONTROLE: - Aquele
capaz de registrar graficamente, a • CENTRO DE INFORMAÇÃO DA
situação do alinhamento, nivelamento MANUTENÇÃO [CIM]: - Órgão que
e bitolamento da via. centraliza e controla as atividades de
Manutenção.
• CATRACA: - Ferramenta para furar
trilho, a que se ajusta broca especial • CERCA DA FERROVIA (cerca da
e cujo movimento de retração, no estrada): - Aquela que separa a
sentido desejado, é dado por faixa de domínio da ferrovia, dos
movimento alternativo da alavanca terrenos marginais, estradas e outras
com setor angular limitado. propriedades.
- Dispositivo usado nas entradas
das estações de estrada de ferro • CHAPAS DE JUNÇÃO: - Acessório
para contagem de passageiros, de fixação dos trilhos.
também chamada borboleta, roleta, - Chapa de aço ou ferro colocada
rodízio ou torniquete. nas juntas dos trilhos, em ambos os
lados, fixada por meio de parafusos.
• CAVALO DE FORÇA [HP]: -
Unidade de potência que • CHAVE: - É outra denominação
corresponde ao trabalho realizado em dada aos Aparelhos de mudança de
um segundo, para elevar 550 libras a via (AMV).
um pé de altura.
(550 foot-pounds/second)

• CAVALO-VAPOR [CV]: - Unidade CHAVE FALSA: Chave colocada em


de potência que corresponde ao determinados pontos, como saídas
trabalho realizado em um segundo, de pátios com grandes declives, para
para elevar 75 kilogramas a um metro desviar vagões para desvios mortos
de altura. ou mesmo descarrilá-los em casos de
disparos, visando evitar acidentes
• CENTRO DA VIA FÉRREA: - mais graves.
Ponto da normal à direção do

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• CHAVE COM TRAVADOR PARADA, entrará em desvio


ELÉTRICO: - Chave operada interrompido e descarrilará.
manualmente com travador elétrico. - Chave colocada em determinados
Travada em posição normal, a fim de pontos, como saída de pátios com
impedir que venha a ser utilizada sem grandes declives, para deviar vagões
prévia autorização. para desvios mortos ou mesmo
descarrilá-los em casos de disparos,
• CHAVE DE BOCA: - Ferramenta visando evitar acidentes mais graves.
usada para apertar e desapertar a
porca do parafuso da tala de junção. • CHAVE MANUAL: - Um aparelho
operado manualmente, permitindo a
• CHAVE DE CACHIMBO: - mudança de via.
Ferramenta usada para apertar e
desapertar o tirefão. • CHICOTE: - Extremidade livre de
um triângulo de reversão.
• CHAVE DE DUPLO CONTROLE: -
Chave acionada eletricamente por • CICLO DE CONSERVA DA LINHA:
controle remoto, podendo ser - É a repetição periódica dos serviços
operada manualmente quando de conserva em determinado trecho.
necessário. OBS: A duração do ciclo depende
das condições técnicas da linha, da
• CHAVE DE MOLA: - Chave que, intensidade do tráfego, do grau de
por pressão de mola e travação, mecanização da conserva, etc.
mantém-se sempre em posição de
permitir o prosseguimento do trem • CÓDIGO: - Sinal enviado a um
pela mesma via. O trem, vindo da determinado circuito de via que
outra via ligada ao aparelho de permite ao trem ser conduzido em
mudança de via, transpõem a chave MCS ou ATO. Este código pode
em sentido contrário, abrindo a variar de zero até 80 KM.
agulha por pressão do friso da roda.
- Chave equipada com mecanismo • COEFICIENTE VIRTUAL: -
de mola regulado para restabelecer a Relação entre o comprimento virtual e
posição normal das agulhas após a a extensão real do traçado, segundo
passagem do trem. o sentido dado.

• CHAVE FALSA (descarriladeira): - • COEFICIENTE VIRTUAL DE


Dispositivo de segurança instalado EXPORTAÇÃO: - Coeficiente virtual
em uma linha, para impedir a obtido com o comprimento virtual da
mudança acidental ou não autorizada exportação.
de trens ou veículos para uma linha
principal ou outras linhas. As chaves • COEFICIENTE VIRTUAL DE
descarriladeiras poderão ser IMPORTAÇÃO: - Coeficiente virtual
operadas manual ou eletricamente. obtido com o comprimento virtual de
No caso de uma locomotiva ou importação.
veículo passar o sinal fixo indicando

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• COLOCAÇÃO DE PLACA DE de entrevia ou entre marcos de


APOIO: - São as operações entrevia e pára-choque.
necessárias à entalhação dos
dormentes novos, quando • COMPRIMENTO VIRTUAL
necessário, reentalhação dos antigos (desenvolvimento, extensão): -
visando o perfeito assentamento das Comprimento fictício de um traçado,
placas, incluindo a retirada da determinado pela conversão de
pregação velha, fechamento dos trechos em curva e em desnível, em
furos com tarugos, nova furação e trechos equivalentes em reta e nível,
fixação completa do trilho sobre a com base no trabalho mecânico de
placa de apoio colocada. tração.

• COMBOIO: - Trem, série de carros • CONCESSÃO: - Ato do Poder


e vagões rebocados por locomotiva. Político delegando a terceiros a
construção, uso e gôzo de uma via
• COMPOSIÇÃO: - O conjunto de férrea, e em cujo contrato se
carros e/ou vagões de um trem, estabelecem as vantagens e
formado segundo critérios de obrigações do concessionário,
capacidade, tonelagem, tipos de inclusive o gôzo do direito de
mercadorias, etc. desapropriação, por utilidade pública,
dos imóveis necessários à
• COMPOSIÇÃO DO LASTRO concessão, isenção ou redução de
(acabamento do lastro): - Conjunto direitos alfandegários e de impostos,
de operações finais para dar à condições de encampação, reversão
superfície do lastro superior, a sua e caducidade de contrato etc.
forma definitiva.
• CONSERVA CÍCLICA
• COMPRIMENTO DE PROGRAMADA [CCP]: - É a
EXPORTAÇÃO: - Aquele conservação da linha, executada de
determinado no sentido decrescente acordo com cíclos pré-determinados,
do estaqueamento ou da obedecendo à uma programação
quilometragem. anual (Calendário Programa),
estabelecida com base num
• COMPRIMENTO DE minucioso levantamento
IMPORTAÇÃO: - Aquele (Prospecção) das necessidades e
determinado no sentido crescente do disponibilidades de pessoal, material
estaqueamento ou da quilometragem. e serviços, indispensáveis para
garantir um bom padrão de conserva
• COMPRIMENTO DO DESVIO: - até novo ciclo.
Distância entre as pontas das
agulhas ou entre a ponta da agulha e • CONSERVAÇÃO DE JUNTAS: -
a extremidade das fiadas de trilhos. São as operações necessárias à
retirada da pregação da junta, sua
• COMPRIMENTO ÚTIL DO desmontagem, substituição das talas
DESVIO: - Distância entre os marcos e acessórios imprestáveis (parafusos,

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porcas e arruelas), sua limpeza, • CONTRA RAMPA: - Trecho em


lubrificação, colocação de calços, declive que sucede imediatamente a
remontagem e repregação. outro em aclive.

• CONSOLIDAÇÃO DA FIXAÇÃO: - • CONTRA-AGULHA: - Trilho de


Consiste em reapertar ou rebater as encosto da agulha. Geralmente são
peças de fixação dos trilhos, manual peças usinadas a partir dos trilhos,
ou mecânicamente. adaptadas para servir de encosto da
agulha.
• CONTAINER: - Tipo de
embalagem especialmente construida • CONTRAFORTE: - Montanha que
para o transporte de mercadorias em parte da cordilheira, quase
vagões de estrada de ferro, navios e normalmente à sua direção
caminhões e que consiste em uma
caixa com tamanho e formato • CONTRATRILHO: - Pedaço de
convenientes para o melhor trilho curvo nas extremidades,
aproveitamento do veículo colocado paralelamente ao trilho da
transportador e facilidade de linha, para impedir a roda de
movimentação (carga, descarga, descarrilhar (nas passagens de nível,
baldeação, etc.) pontes, cruzamentos) ou, ainda,
evitar que o friso da roda se choque
• CONTATOR: - Equipamento com a ponta do jacaré ou da agulha
elétrico destinado a conectar ou (nas chaves).
interromper a alimentação elétrica de - Trilhos de comprimento adequado,
um determinado circuito. Este colocados junto aos trilhos externos e
equipamento pode ser manobrado de um lado e outro do coração do
em carga. AMV, tendo por finalidade "puxar" o
- RELÉ - Equipamentos eletrônicos rodeiro para fora, evitando que os
que realiza a proteção de frisos das rodas se choquem contra a
equipamentos elétricos. ponta do coração.
- SR - Subestação Retificadora. - Trilho ou outro perfil metálico,
Subestação elétrica que tem como assentado na parte interna da linha,
funções básicas receber energia da destinado a guiar a roda e, ainda a
concessionária fornecedora, distribuí- protegê-la de impactos nas
la a outras SR e alimentar o Terceiro passagens de nível.
Trilho.
- SECCIONADORA DE VIA - • CONTROLADOR: - O funcionário
Equipamento que interliga dois encarregado do comando do
Tramos de terceiro trilho. Este movimento de trens em trecho com
equipamento não pode ser Controle de Tráfego Centralizado
manobrado em carga. (CTC), dotado ou não de controle de
- TERCEIRO TRILHO. Condutor que velocidade e ou cab-sinais, etc.
fornece energia elétrica ao trem. É
dividido em Tramos. • Controlador de Movimentação de
Trem [CMT]: - Equipamento que

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gerencia toda a movimentação de • CORTA FRIO: - Ferramenta de


trens em uma determinada região. aço com gume afiado numa
Este equipamento é quem garante a extremidade empregada no corte de
segurança da movimentação do trem trilhos e outras peças de ferro,
na via. mediante fortes golpes de marreta.

• CORAÇÃO: - Bloco maciço central, • CORTE: - Escavação feita no


fixo, pertencente ao jacaré (Peça do terreno natural para preparo do leito
aparelho de mudança de via). da ferrovia, rodovia ou arruamentos e
sua colocação em nível
• COROAMENTO DO LASTRO: - preestabelecido. Nas ferrovias ou
Superfície superior do lastro rodovias, em geral, o corte antecede
compreendida entre as cristas ou sucede ao aterro que se constrói
correspondentes. com as retiradas dos cortes
adjacentes.
• COROAMENTO DO SUB-LASTRO:
- Superfície superior do sub-lastro CORTE À MEIA ENCOSTA: Corte
compreendida entre as cristas com secção transversal triangular.
correspondentes.
CORTE EM CAIXÃO: Corte em que
• CORREÇÃO DE BITOLA: - São os taludes formam ângulo reto com a
operações necessárias à ajustagem plataforma.
da distância entre as duas filas de
trilhos à medida padrão, mediante CORTE COM TALUDE EM
retirada da fixação antiga, BANQUETAS: Corte em que o talude
tarugamento dos furos velhos, é construido com banquetas
marcação da distância correta sucessivas, em geral para diminuir a
(bitola), nova furação e fixação velocidade das águas pluviais e
completa. melhor escoá-las, assim como
melhorar a sua estabilização.
• CORREIO DE ALARME: - É um
emissário que vai à frente do trem, à CORTE RAMPADO: Corte cujos
pé, quando em trecho de linha taludes são inclinados.
singela, as comunicações são
interrompidas, impedindo o CRISTA DE CORTE: Linha de
licenciamento. O trem circulará em interseção do talude de corte com o
velocidade "a passo de homem". terreno natural.

• CORRESPONDÊNCIA: - Conjunto CORTE CONSOLIDADO: Aquele que


de fax, cartas, e-mails e outros se apresenta estabilizado.
instrumentos de comunicação escrita,
que uma organização expede ou • COTA: - Posição altimétrica. Pode
recebe, sobre assuntos concernentes ser relativa ou absoluta.
aos seus serviços.

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• COTA ABSOLUTA: - É aquela


calculada em função da Referência • CRISTA DO SUB-LASTRO: -
de Nível do mar. Limite lateral do coroamento do sub-
lastro, onde começa o talude.
• COTA DO GREIDE: - Aquela do
ponto do greide da via, em relação a • CRUZAMENTO: - Interseção de
plano de referência arbitrário. uma via férrea com outra; peça
usinada com trilho e contra-trilho, ou
• COTA DO TERRENO: - Aquela de peça maciça com caminho de friso,
ponto do terreno em relação a plano que permite à roda seguir em uma
de referência arbitrário. das vias atravessando a outra.

• COTA RELATIVA: - É aquela • CRUZAMENTO APARAFUSADO:


calculada em função de uma - Aquele cujas partes constitutivas
referência de nível arbitrada. são aparafusadas.

• COTA VERMELHA: - Diferença • CRUZAMENTO FERROVIÁRIO: -


entre a cota de terreno e a de greide, É o cruzamentode duas ou mais
em piquete de locação de eixo da linhas ferriviárias, no mesmo nível.
estrada.
• CRUZAMENTO OBLÍQUO: -
• COXINS: - São chapas colocadas Aquele em que os eixos das vias que
sob as agulhas do AMV, e mantidas se cruzam formam ângulo diferente
sempre lubrificadas, pois sobre elas de noventa graus (90º).
deslizam as agulhas, quando
movimentadas. • CRUZAMENTO RETO: - Aquele
em que os eixos das vias que se
• CREMALHEIRA: - Sistema de cruzam formam ângulo de noventa
tração usado em certas estradas de graus (90º).
ferro, nos trechos de rampa muito
íngreme. • CRUZAMENTO RÍGIDO: - Aquele
- Barra de ferro dentada, assentada que é fundido em uma só peça.
entre os trilhos, na qual uma roda
motora da locomotiva, também • CRUZA-VIAS: - Espécie de
dentada, se engancha, em carretão que se move dentro de uma
movimento de rotação, impulsionando vala, em sentido perpendicular às
o trem. diversas linhas.
- Estrutura dotada de reentrâncias - Sobre o estrado do carretão (que
para o apoio dos dentes fica no mesmo nível das linhas) são
desfavoráveis, provocando limitações assentados trilhos, onde o veículo é
à tração na seção considerada. colocado, movendo-se então o cruza-
vias até a linha para onde o veículo
• CRISTA DO LASTRO: - Limite será transferido.
lateral do coroamento do lastro, onde - Aparelho de inversão do sentido
começa o talude. dos veículos.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 15

- Estrutura provida de trilhos, • CURVA DE CONCORDÂNCIA


instalada dentro de um fôsso à altura HORIZONTAL: - Aquela que é
do nível das linhas. intercalada entre a tangente e a curva
- Colocada a locomotiva nesse circular e vice-versa, para nela se
aparelho, é ele movimentado, efetuar a distribuição gradativa da
descrevendo um círculo, de forma a superelevação.
inverter a posição da locomotiva.
- Também é empregado para • CURVA DE CONCORDÂNCIA
transferir veículos de uma linha para VERTICAL: - Aquela que é
outra, manobras, etc. intercalada entre dois greides com
- O virador é, geralmente, instalado taxas de inclinação diferentes.
nos depósitos de locomotivas ou
oficinas de reparação. • CURVA DE TRANSIÇÃO: - Aquela
que permite a passagem suave de
• CUBAGEM: - Método de cálculo trem entre dois alinhamentos ou entre
do peso das expedições (pesagem dois greides.
indireta), que consiste na
multiplicação do volume (largura x • CURVA DESLOCADA: - Aquela
altura x comprimento) pelo peso que saiu ou foi movida da posição
específico correspondente. primitiva, por qualquer causa ou
- É o resultado da multiplicação da objetivo.
largura, altura e comprimento do
objeto considerado, isto é, o resultado • CURVA PRIMITIVA: - Aquela que
da cubagem do objeto foi locada no primeiro
estabelecimento do traçado.
• CURVA: - Trecho de traçado de
uma estrada em que o alinhamento • CURVA REVERSA: - Curva
muda continuamente de direção, circular que sucede a outra de
tanto em planta como em perfil. sentido contrário ( ou seja, com o
centro do lado oposto), sem trecho
• CURVA CIRCULAR COMPOSTA: reto, também conhecida como
- Aquela que é formada de curvas tanguste mínima, intercalado entre
com raios diferentes. elas.

• CURVA CIRCULAR SIMPLES: - • CURVADOR DE TRILHO: -


Aquela que mantém mesmo raio em Macaco especial ou máquina que
toda a extensão. arqueia o trilho para dar-lhe a
curvatura designada.
• CURVA DE CONCORDÂNCIA
(curva de transição): - Aquela que • CURVATURA MÉDIA DO
permite a passagem suave de trem TRAÇADO: - Quantidade de ângulos
entre dois alinhamentos ou entre dois centrais por quilômetros de linha, isto
greides. é, a soma dos ângulos centrais de
todas as curvas de um traçado,

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 16

dividida, pela extensão total do


mesmo traçado, em quilômetros.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 17

D
Os desvios e suas capacidades
• DEPRESSÃO: - Variação para constarão do horário ou instruções
menos em cota. especiais.
- Via férrea acessória, que se origina
• DESCOBRIMENTO DA LINHA: - de outra via e fica totalmente contida
Consiste nas operações necessárias na faixa de domínio desta.
à retirada do lastro da linha até a face
inferior do dormente, de modo a • DESVIO ATIVO: - É aquele que é
deixá-lo completamente livre. provido de chaves de mudança de via
em ambas as extremidades,
• DESEMPENAMENTO DO TRILHO: oferecendo condições de entrada e
- Ato de retirar as deformações de saída de trens ou veículos
trilho provocados por momentos ferroviários.
tensores e/ou fletores.
• DESVIO DE CRUZAMENTO: -
• DESENVOLVIMENTO DA CURVA: Aquele que se destina a permitir o
- Extensão da curva entre seus cruzamento de trens que circulem
pontos inicial e final numa mesma via férrea principal
(aproximadamente igual ao quociente
da divisão do ângulo central pelo grau • DESVIO DE GAVETA:
da curva multiplicado por 20 m. • DESVIO MORTO: - É aquele que é
provido de uma única chave de
• DESGUARNECEDORA: - Aquela mudança de via, apresentando na
que retira o lastro, procede sua outra extremidade, um batente
limpeza, sua graduação e a reposição delimitatório de seu comprimento útil.
na via do material aproveitável. A entrada e saída de veículos
ferroviários se faz numa só
• DESMONTE DA VIA: - Ato de extremidade.
arrancar a superestrutura da via
permanente. • DESVIO PARTICULAR: - É um
desvio concedido a uma empresa
• DESPACHADOR: - O funcionário industrial ou comercial.
encarregado da coordenação do
movimento de trens. • DETECTOR DE DEFEITO DO
TRILHO: - Aparelho que acusa e
• DESPREGADEIRA: - Máquina registra defeitos do trilho.
usada para arrancar prego de linha.
• DIAGRAMA DAS FLECHAS: -
• DESVIO: - Uma linha adjacente à Representação gráfica das flechas
linha principal, ou a outro desvio, medidas no trilho externo da curva,
destinada aos cruzamentos, ou dessas flechas já corrigidas,
ultrapassagens e formação de trens.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 18

usadas, para o arredondamento da parte dos esforços e vibrações


curva. produzidos pelos trens.

• DIAGRAMA DO PERFIL: - • DORMENTE ARTICULADO:


Reprodução esquemática da planta • DORMENTE DE AÇO: - Aquele
do projeto, na parte inferior do perfil, fabricado de aço laminado e
com indicação da posição das curvas, prensado, de acordo com dimensões
seu estaqueamento e suas e perfil pré-estabelecidos.
características.
• DORMENTE DE CONCRETO: -
• DISFARCE DO RODO: - Feitos em concreto armado. Podem
Distribuição gradativa da ser de concreto protendido, bi-bloco
superelevação do trilho externo, em (concreto e aço) e polibloco.
geral começando na tangente vizinha
e terminando no PC ou no PT da • DORMENTE DE MADEIRA: -
curva. Feitos de madeira, atendem a
especificações em que são fixadas as
• DISJUNTOR: - Equipamento qualidades da madeira, dimensões,
elétrico destinado a conectar ou tolerância, etc.
interromper a alimentação elétrica de
um determinado circuito. Este • DORMENTE ESPECIAL: -
equipamento pode ser manobrado Dormente serrado em dimensões
em carga. Diferencia-se do contator especiais, utilizado normalmente em
pela capacidade de interrupção e pontes e aparelhos de mudança de
pela velocidade de ruptura, além de via.
possuir relés de proteção.
• DORMENTE FALQUEJADO: - É
• DISTRITO (seção, divisão): - aquele produzido a golpes de
Trecho de linha férrea/ cuja machado e serrado apenas nos
conservação ordinária e topos.
extraordinária está a cargo de mestre
de linha. • DORMENTE MISTO:
• DORMENTE MONOBLOCO:
• DOMÍNIO: - Área de abrangência • DORMENTE MONOLÍTICO:
de uma Estação Mestra. • DORMENTE TRATADO: - É
aquele tratado com preservativos que
• DORMENTADORA: - Máquina visam o prolongamento de sua vida
destinada a aplicar ou retirar útil.
dormente sob os trilhos assentados
na via férrea. • DRENAGEM: - Escoamento das
águas superficiais e subterrâneas, ou
• DORMENTE: - Peça de madeira, abaixamento do nível do lençol
concreto, concreto protendido ou freático, visando manter seca e sólida
ferro, onde os trilhos são apoiados e a infra-estrutura da linha.
fixados e que transmitem ao lastro

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 19

• DRENO DE FUNDAÇÃO: -
Empregado nas bases saturadas de
corpo de aterro.

• DRENO DE GROTA: - Empregado


para esgotar as águas do antigo
talvegue.

• DRENO FRANCÊS (OU CEGO): -


Consiste de valetas revestidas com
mantas geotexteis preenchidas com
material granular (pedra britada,
cascalho ou pedregulho), de grande
permeabilidade e que funciona como
verdadeira galeria filtrante.

• DRENO PROFUNDO COM


TUBULAÇÃO: - É aquele onde a
vazão do lençol é muito alta,
necessitando de tubos para
escoamento. Os tubos são
perfurados e são fabricados de
concreto, aço e atualmente plástico.

• DRENO SUB-HORIZONTAL: -
Utilizado para rebaixar o lençol
freático, empregando tubos
revestidos com uma certa inclinação
em relação ao plano horizontal.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 20

E
• EIXO DA VIA FÉRREA: - Lugar • ENTALHADEIRA: - Máquina usada
geométrico dos centros da via. para entalhar dormentes.

• ENCAIXAR A LINHA: - Operações • ENTRADAS SUPERIORES OU


necessárias ao preenchimento, com INFERIORES DE DESVIOS: - A
lastro dos vazios existentes na grade entrada de um desvio é chamada de
formada pelos dormentes e trilhos. ENTRADA SUPERIOR quando
estiver localizada no ponto de
• ENCARRILADEIRA: - Aparelho quilometragem maior e de ENTRADA
utilizado para auxiliar a reposição INFERIOR quando localizada no
sobre os trilhos de veículos ponto de quilometragem menor.
descarrilado.
• ENTRELINHA: - Distância entre as
• ENDURECIMENTO DO TRILHO: - linhas de bitola dos trilhos mais
Tratamento térmico do boleto nas próximos de duas vias férreas
pontas do trilho, para aumentar-lhe a adjacentes.
resistência à abrasão.
• ENTRELINHA MÍNIMA: - Menor
• ENROCAMENTO: - Pedras entrelinha prefixada para permitir a
jogadas ou arrumadas nos pés de circulação segura de dois trens lado a
aterros para defesa contra a erosão lado.
destes pela águas que os banham e,
também, nos pilares e encontros de • ENTREVIA: - Distância de eixo a
pontes para evitar o solapamento de eixo de duas vias férreas adjacentes.
suas fundações
- Operações necessárias à • ENTREVIA MÍNIMA: - Menor
colocação de pedras visando entrevia prefixada para permitir a
resguardar das águas as bases das circulação segura de dois trens lado a
obras de infra-estrutura da linha ou lado.
de construções diversas.
• ENTRONCAMENTO: - Junção,
• ENTALHAÇÃO DE DORMENTE: - ponto de contato, articulação, ligação,
Operações necessárias ao bifurcação.
desbastamento da parte superior do - Diz-se mais comumente da estação
dormente, visando preparar uma ou cidade servida em comum por
superfície perfeitamente plana e com duas ou mais empresas diferentes e
declive padrão, destinado ao encaixe que serve de ponto de ligação para a
do patim do trilho, incluindo a conjugação dos seus serviços. Pode
colocação de creosoto, ou produto ainda referir-se, no caso de uma só
similar, para a proteção superficial da estrada, às estações onde começam
madeira. os ramais.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 21

• ESTAÇÃO: - Instalação fixa onde


• ENXÓ: - Ferramenta com lâmina param os trens.
curva e gume reto, usada geralmente - Dependência da ferrovia onde são
na entalhação de dormente de vendidas passagens, efetuados
madeira. despachos, arrecadados os fretes,
entregues as expedições, etc.
• EQUIPAGEM: - Pessoal de serviço - O mesmo que agência, embora
a bordo das composições. esta expressão tenha maior emprego
para designar os escritórios de
• ESCARIFICADORA: - despachos situados fora dos trilhos.
Equipamento que abre no lastro, o - Local onde os trens podem se
espaço necessário à introdução do cruzar ou ultrapassar e compreende
dormente na via, sob os trilhos. igualmente o edifício ali construído
para a realização dos serviços que
• ESCOAMENTO DE PONTA DO lhe são próprios e para acomodação
TRILHO: - Escoamento do metal do dos passageiros e ou cargas.
boleto que ocorre nas extremidades
do trilho com junta livre. • ESTAÇÃO COMPOSITORA: -
Instalação fixa onde os trens são
• ESFORÇO DE TRAÇÃO: - É a formados e triados.
força necessária para mover um
veículo ou trem sobre os trilhos. • ESTAÇÃO INICIAL: - A primeira
estação mencionada na tabela de
• ESMERILHADEIRA: - qualquer trem.
Equipamento que esmerilha trilho e
também as rebarbas de soldas. • ESTAÇÃO INTERMEDIÁRIA: -
Estação localizada entre a estação
• ESMERILHADEIRA FIXA: - inicial e a terminal.
Equipamento que esmerilha trilho e
também as rebarbas de soldas, só • ESTAÇÃO MESTRA: - Estação
operável em estaleiro. que gerencia os equipamentos de
controle, sinalização e tráfego.
• ESPAÇAMENTO DE DORMENTE:
- Distância de eixo a eixo ou de • ESTAÇÃO NÃO SINALIZADA: -
centro a centro de dois dormentes Estação em trecho de bloqueio
contíguos de uma mesma via. manual desprovida de sinais de
bloqueio manual fixos.
• ESPLANADA: - Parte da faixa de
domínio, adjacente a estações, • ESTAÇÃO RECOMPOSITORA: -
oficinas ou outras dependências, É aquela onde os trens são
geralmente de maior largura do que a manobrados para nova triagem.
faixa de domínio na linha corrida. Em
algumas regiões é o termo • ESTAÇÃO SEMI-SINALIZADA: -
empregado para designar pátios. Estação em trecho de bloqueio
manual, provida de sinais de bloqueio

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 22

manual fixos controlando as entradas


nas rotas.

• ESTAÇÃO SINALIZADA: - Estação


provida de sinais de bloqueio
controlando as entradas nas rotas,
partidas dos trens e manobras no
pátio.

• ESTAÇÃO TERMINAL: - A estação


mencionada por último na tabela de
qualquer trem.

• ESTRIBO: - É um ponto da linha


onde a parada de certos trens é
facultativa por depender da existência
de passageiros e ou pequenas
expedições para embarque e ou
desembarque.

• ESTRUTURA DA VIA
PERMANENTE: - Conjunto de obras
destinadas a formar a via permanente
da linha férrea.

• ESTUDO - (para construção de


estrada de ferro): - Compreende as
operações: reconhecimento,
exploração, projeto e orçamento

• EXTENSÃO DA RESIDÊNCIA: -
Extensão quilométrica dos trechos de
linha férrea na jurisdição de uma
residência, estabelecidos em função
de fatores, tais como: condições
técnicas de traçado; intensidade de
tráfego; outras condições da via
permanente.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 23

F
de rolamento da via, mediante
• FAIXA DE DOMÍNIO (faixa da ancoragem do dormente no lastro.
estrada): - Faixa de terreno de
pequena largura em relação ao • FIXAÇÃO DUPLAMENTE
comprimento, em que se localizam as ELÁSTICA: - Aquela em que o trilho
vias férreas e demais instalações da é fixado por dispositivo duplamente
ferrovia, inclusive os acréscimos elástico, que permite ao trilho
necessários à sua expansão. pequeno deslocamento em sentido
vertical e pequena rotação em
• FEEDER: - Disjuntor de corrente sentido transversal, assim reduzindo
contínua com atuação extra-rápida. a intensidade das vibrações na
fixação.
• FEITOR DE LINHA: - Chefe direto
de uma turma de trabalhadores • FIXAÇÃO ELÁSTICA: - Aquela em
incubida de determinado serviço. que o dispositivo de fixação é
simplesmente elástico, sendo rígido o
• FERRAMENTA DE VIA apoio do patim.
PERMANENTE: - Ferramenta
normalmente usada nos trabalhos de • FIXAÇÃO RETENSORA: - Aquela
conservação da via permanente da capaz de impedir o caminhamento
ferrovia. das fiadas de trilhos.

• FERROVIA (estrada de ferro): - • FIXAÇÃO RÍGIDA: - Aquela em


Sistema de transporte sobre trilhos, que o trilho é fixado ao dormente por
constituido de via férrea e outras prego de linha ou tirefão, com ou sem
instalações fixas, material rodante, interposição de placa de apoio,
equipamento de tráfego e tudo mais formando conjunto rígido.
necessário à condução segura e
eficiente de passageiros e carga. • FOGUEIRA DE DORMENTES: -
Estrutura de emergência construida
• FIXAÇÃO: - Dispositivo para fixar de dormentes trançados e travados.
os trilhos, mantendo a bitola da via e
impedindo e/ou reduzindo o • FOLGA DE JUNTA: - Espaço livre
caminhamento dos mesmos. deixado entre dois trilhos ou duas
barras consecutivos, a fim de lhes
• FIXAÇÃO COM PLACA DE APOIO: permitir a dilatação.
- Fixação feita com a interposição,
entre o trilho e o dormente, da placa • FORA DE REVISÃO TOTAL [FRT]:
de apoio. - São os trechos de linha não
atendidos pela revisão total (RT) e
• FIXAÇÃO DA VIA: - Manutenção que recebem o mínimo de serviços e
da posição, em planta, da superfície de materiais para apenas garantir a

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 24

segurança do tráfego durante um


ano.

• FOSSO: - Obra de arte corrente


destinada a impedir o acesso de
pessoas, de animais ou de veículos
rodoviários à faixa da estrada.

• FREIO DE VIA: - Dispositivo


instalado na via, para redução de
velocidade de veículo (em geral
usado nos pátios de manobra por
gravidade).

• FUEIROS: - Peças de madeira ou


metálicas (pedaços de trilhos),
fixadas em sentido vertical, por meio
de alças metálicas, nas laterais dos
vagões plataforma (prancha), visando
fixar os carregamentos de madeira,
lenha,dormentes, pedra de lastro, etc.

• FUGA DA VIA FÉRREA: -


Denominação usual dada a qualquer
deslocamento sensível da via férrea
em relação à sua posição em planta.

• FURADEIRA AUTO-MOTORA: -
Equipamento que dispõe de meios
próprios para seu deslocamento.

• FURADEIRA DE DORMENTE: -
Equipamento que fura dormentes,
para introdução de prego de linha ou
de tirefão.

• FURADEIRA DE TRILHOS: -
Equipamento que fura a alma de
trilhos, para introdução do parafuso
de tala de junção.

• FURADEIRA MÓVEL: -
Equipamento que é deslocável ao
longo da via.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 25

G
• GABARITO: - Medida padrão à • GABARITO DE LINHA CORRIDA:
qual se devem conformar certas - Gabarito de via, entre estações
coisas em construção. (abrange uma ou mais vias férreas).
- Nas estradas de ferro: cérceo de
carga. • GABARITO DE TRILHOS: - Peça
- Aparelho consistente de uma que se ajusta ao perfil do trilho para
espécie de bitola de ferro, usado para controle de sua seção ou para
determinar a largura e altura máximas verificação de seu desgaste.
permitidas para o carregamento de
vagões (gabarito do material rodante) • GABARITO DE VIA: - Seção
ou as dimensões máximas para transversal reta necessária à
veículos que devem passar em passagem livre de trem ou veículo,
túneis, cortes, pontes, sob a referida ao boleto.
cobertura das plataformas de
estações, etc., (gabarito da via • GABARITO DINÂMICO: - Aquele
permanente). que não deve ser transposto pelo
- Contorno de referência, com as material rodante em circulação nas
alterações que corresponde condições mais desfavoráveis
considerar para determinadas admissíveis. Levando-se em conta,
circunstâncias, ao qual devem além, das condições assinaladas
adequar-se as instalações fixas e o para o gabarito estático, os
material rodante para possibilitar o deslocamentos mais desfavoráveis
tráfego ferroviário sem interferência. do sistema de suspensão, qualquer
que seja a causa (força centrífuga
• GABARITO DE CANAL: - não compensada, superelevação,
Dispositivo auxiliar utilizado para movimentos anormais e outras).
furação das extremidades de trilhos
visando a obter correspondência • GABARITO ESTÁTICO: - Aquele
exata de furação com as das talas ou que não deve ser transposto pelo
para verificação de furação das material rodante estacionado nas
extremidades dos trilhos ou das talas. condições mais desfavoráveis
possíveis, resultantes de considerar
• GABARITO DE ESTAÇÃO: - os jogos e desgastes máximos
Gabarito de via que indica o espaço admissíveis do sistema de rolamento
livre para passagem de trem na via e da suspensão, assim como do
mais próxima à plataforma da apoio do truque com a caixa e do
estação. contato do trilho com o friso,
considerando-se neste caso, só os
• GABARITO DE JUNTA: - desgastes admitidos para o friso.
Dispositivo que gradua a folga da
junta do trilho.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 26

• GARFO: - Ferramenta com dentes prender o trilho ao dormente, à


longos, usada no manuseio de semelhança do prego de linha.
pedras britadas.
• GRAU DA CURVA: - Ângulo
• GARGANTA: - Os pontos mais central que compreende uma corda
baixos das linhas de cumeada e que de vinte metros (20m).
dão origem, muitas vezes, a cursos
d`águas em sentidos opostos. • GREIDE: - É a posição, em perfil,
do eixo da estrada. Também
• GARROTEADA (VIA FÉRREA EM denomina-se gradiente ou grade.
COTOVELO): - Aquela que
apresenta forte redução no raio da • GREIDE DA VIA: - Conjunto de
curva (garrote), por movimento lateral posição altimétricas dos pontos da
da via. superfície de rolamento da via férrea.

• GAVETA: - Conjunto formado pela • GROTA: - É a superfície côncava,


via de gaveta, pelos aparelhos de apertada relativamente profunda,
mudança de via nela situados e pelos formada por duas vertentes que se
trechos dos desvios de gaveta até o encontram.
marco da via próxima. - Cabeceiras são pequenos vales
úmidos (geralmente pouco
• GIRADOR: - Estrutura com pronunciados), onde se localizam as
movimento de rotação em torno do nascentes dos cursos d’águas.
apoio central e que suporta um
segmento de linha, usado para • GUARDA-CHAVE: - Pessoa que
inverter a posição da locomotiva ou opera a chave do A.M.V.
outro veículo ferroviário em
substituição ao triângulo de reversão • GUARDA-FIO: - Pessoa que
ou à pera. fiscaliza a linha telegráfica ou
telefônica e efetua pequenas
• GRADIENTE: - Expressão da reparações de emergência.
inclinação dada em percentual.
• GUARDA-GADO: - Chapa metálica
• GRAMPO: - Acessório de fixação provida de pontas aguçadas,
dos trilhos. colocada sob a via férrea, para
impedir o trânsito de animais pela
• GRAMPO ANTI-RACHANTE: - mesma.
Dispositivo aplicável por cravamento
no topo de dormente de madeira, • GUARDA-TRILHO: - Trilho que é
para evitar ou restrigir o seu assentado, juntamente com os
fendilhamento. contratrilhos, em passagem de nível,
para proteger os trilhos da via
• GRAMPO ELÁSTICO: - Peça principal de danos que lhes possam
usada na fixação elástica para causar os veículos rodoviários e

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 27

tornar mais seguro o trânsito destes


veículos ao cruzarem a via férrea.

• GUINCHO: - Aparelho para


levantar pesos, mover vagões
executando tarefas análogas às do
guindaste.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 28

H
• HEADWAY: - Intervalo entre trens.

• HECTOMÉTRICO: - Marco
colocado de cem em cem metros, ao
lado direito da linha, subdividindo o
intervalo entre dois marcos
quilométricos.

• HOMENS HORA [HH]: - É a soma


das horas consumidas pelo total de
homens que executam determinado
serviço.

• HORÁRIO: - A relação completa


das tabelas em vigor para trens
autorizados a circular em
determinado trecho, respeitadas as
regras; contém ainda instruções
especiais para operação de trens
naquele trecho.

• HUB: - Trata-se de um
equipamento para interligar os
diversos dispositivos da rede de
computadores.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 29

I
segurança do tráfego. Essa
• INCLINAÇÃO DO LATUDE DO incumbência geralmente é dada ao
SUB-LASTRO: pessoal das Turmas de Conserva,
• INCLINAÇÃO DO TALUDE DO também conhecidas como rondas.
CORTE: - Relação entre as
projeções vertical e horizontal da • INTERCÂMBIO DE VAGÕES: -
linha de maior declive do talude. Regime de tráfego, acordado por
duas empresas, em que os vagões
• INCLINAÇÃO DO TALUDE DO de uma estrada são livremente
LASTRO: - Relação entre as aceitos (nos entroncamentos de bitola
projeções vertical e horizontal da idêntica) para circular nas linhas de
linha de maior declividade do talude outra e vice-versa
do lastro. - A permanência dos vagões de uma
estrada nas linhas da outra, por
• INCLINAÇÃO DO TRILHO: - tempo superior ao estipulado nos
Inclinação que é dada ao trilho, em acordos, obriga a estrada que retém
relação ao plano vertical e para o o veículo ao pagamento da taxa de
interior da via (pela placa de apoio ou intercâmbio, espécie de aluguel do
pela entalhação do dormente). vagão.

• INDICAÇÃO DE SINAL: - Um
aspecto indicativo transmitido por um
sinal fixo ou cab-signal.

• INFRA-ESTRUTURA: - Parte
inferior da estrutura. Nas pontes e
viadutos, são os encontros e os
pilares, considerando-se o vigamento
como superestrutura. Na via
permanente, a infra-estrutura é tudo
que fica da plataforma para baixo,
formando o trilho, dormente e lastro a
superestrutura.
- Conjunto de obras destinadas a
formar a plataforma da ferrovia e
suportar a superestrutura da via
permanente.

• INSPETORES: - Empregados que


percorrem diariamente a linha para
verificação do seu estado, fazendo
pequenos reparos, tendo em vista a

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 30

J
• JACARÉ (coração): - Peça do AMV • JUNTA DE CANTONEIRA: -
que permite às rodas dos veículos, Aquela cuja aba superpõe-se à face
movendo-se em uma via, passar para superior do patim.
os trilhos de outra.
É a parte principal do AMV e que • JUNTA DE DILATAÇÃO: -
praticamente o caracteriza. Pode ser Dispositivo especial que permite a
constituído de uma só peça de aço expansão e a contração das barras
fundido ou de trilhos comuns de trilhos em consequência de
cortados, usinados e aparafusados e variações de temperatura.
cravados a uma chapa de aço que se
assenta no lastro. • JUNTA DE TRANSIÇÃO (junta de
conexão): - Tala especial para a
• JUNTA: - Conexão de dois trilhos junção de trilhos de pesos diferentes.
ou duas barras de trilhos
consecutivas, obtida pelo • JUNTA DESENCONTRADA: -
ajustamento e fixação das talas de Aquela que se situa em local
junção. diferente da junta da fiada oposta.

• JUNTA ALTERNADA: - Aquela que • JUNTA EM BALANÇO: - Aquela


se situa aproximadamente a meia em que os topos dos trilhos não são
distância das juntas consecutivas dos apoiados sobre dormente.
trilhos da fiada oposta. Também
calculada a sua distância em três • JUNTA ISOLADA: - Aquela que é
vezes a bitola. preparada para impedir a passagem
de corrente elétrica entre os dois
• JUNTA APOIADA: - Aquela em trilhos consecutivos.
que os topos dos trilhos se apoiam
completamente sobre dormente. • JUNTA LAQUEADA: - Aquela que
apresentando nivelamento aparente,
• JUNTA ARRIADA: - Aquela com desnivela-se rapidamente com a
desnível para baixo. passagem da carga móvel e volta em
seguida à posição primitiva.
• JUNTA COM RESSALTO: - Aquela
com desnível entre os topos dos • JUNTA LEVANTADA: - Aquela
trilhos consecutivos. com desnível para cima.

• JUNTA CONTÍNUA (junta de • JUNTA LISA: - Aquela que não


bainha): - Aquela cuja extremidade possui aba e se ajusta ao canal do
superior encosta na face inferior do trilho.
boleto e cuja extremidade inferior
possui aba que envolve o patim.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 31

• JUNTA LIVRE: - Aquela que


possui folga adequada para permitir a
livre dilatação dos trilhos.

• JUNTA PARALELA: - Aquela que


fronteia a junta da fiada oposta.

• JUNTA SECA: - Emenda de


emergência que se faz por ocasião
de acidentes com os trilhos.

• JUNTA SIMÉTRICA: - Tala


reforçada em ambas as extremidades
e cujo eixo de simetria longitudinal
passa próximo à linha que passa
pelos centros da furação.

• JUNTA SOLDADA: - Conexão de


trilhos ou barras de trilhos obtida por
soldagem, após a remoção das talas.

• JUNTA TOPADA: - Aquela cuja


folga desapareceu.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 32

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 33

L
• LASTRO INFERIOR: - Aquele
• LAQUEADO (bolsão): - Depressão compreendido entre a face inferior do
no leito da linha onde a água penetra dormente e a superfície da plataforma
e fica confinada. ou o coroamento de sub-lastro.

• LASTRAMENTO: - Colocação de • LASTRO PADRÃO: - Aquele em


lastro e sua soca, com alinhamento e que o material é homogêneo e
nivelamento da via. composto de pedras britadas, com
dimensões máxima e mínima fixadas
• LASTRAMENTO CORRIDO: - por normas técnicas.
Operação em que o lastro de mesmo
material é assentado em longa • LASTRO SUJO OU
extensão de via, sem solução de CONTAMINADO: - Aquele que
continuidade. perdeu a permeabilidade necessária.

• LASTRAMENTO PARCIAL: - • LASTRO SUPERIOR: - Aquele


Operação em que o lastro de mesmo acima da face inferior dos dormentes.
material é assentado em trechos
limitados da via. • LEQUE DE VIAS: - Denominação
dada ao conjunto de vias férreas
• LASTRO: - Parte da superestrutura radiais, convergindo para um girador.
ferroviária, que distribui
uniformemente na plataforma os • LEVANTE DO LASTRO (alçamento
esforços da via férrea transmitidos do lastro): - Colocação de camada
através dos dormentes, impedindo o do material de lastro sob o dormente,
deslocamento dos mesmos, com objetivo de estabelecer ou
oferecendo suficiente elasticidade à restabelecer o greide da via.
via, reduzindo impactos e garantindo-
lhe eficiente drenagem e aeração. • LIMITES DE ESTAÇÃO: - O trecho
da linha principal compreeendido
• LASTRO (Trem de): - Trem em entre as chaves extremas.
serviço da estrada no transporte de
pedras britadas, cascalho ou saibro • LIMITES DE MANOBRA: - O
para lastro das linhas e também trecho da linha principal ou desvios,
outros materiais de via. limitados pelos marcos de manobra.

• LASTRO DE PEDRA: - Aquele • LIMITES DE TRAVAMENTO


constituido de pedras britadas ou SINCRONIZADO: - As linhas entre
quebradas, ou de seixos rolados. os sinais extremos ou externos
opostos de um travamento
sincronizado.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 34

no sentido crescente de
• LIMPEZA DE BUEIROS: - quilometragem.
Consiste na retirada dos materiais
acumulados nos bueiros, incluindo a • LINHA AFOGADA: - É aquela
limpeza e abertura das valas de passível de sofrer invasão pelas
acesso. águas superficiais provenientes de
chuvas, enchentes de rios, refluxo e
• LIMPEZA DO CORTE: - Consiste outras causas, salvo as de carater
na retirada de pedras soltas ou catastrófico.
perigosas para a segurança da linha,
bem como da vegetação, terra solta • LINHA CORRRIDA: - A que liga
do corte e acerto do talude. dois pátios de estação a estação,
sobre a qual circulam os trens de
• LIMPEZA DO LASTRO: - horário e cujo uso obedece a
Compreende a remoção do lastro de bloqueio.
pedra da via, eliminação das
partículas causadoras da obstrução • LINHA DE BALANÇA: - Linha onde
da drenagem com auxílio de garfo ou se acha instalada a balança de pesar
equipamentos mecânicos e reposição vagões.
da pedra limpa na via.
• LINHA DE BITOLA: - Linha teórica
• LINHA (linha férrea): - Conjunto de ao longo da face interna do boleto,
trilhos assentados sobre dormentes, paralela ao eixo de trilho e situada a
em duas filas, separadas por dezesseis milímetros (16mm) abaixo
determinada distância, mais do plano que tangencia as superfícies
acessórios de fixação, aparelhos de superiores dos boletos.
mudança de via (chave etc.) e
desvios, onde circulam os veículos e • LINHA DE CHICOTE: - A que se
locomotivas, podendo ainda, num liga com a linha de gaveta através da
sentido mais amplo, incluir os qual as locomotivas e veículos podem
edifícios, pontes, viadutos, etc., transitar em manobras sem impedir a
- Via férrea ou conjunto de vias linha principal.
férreas adjacentes, em que se opera
o tráfego ferroviário. • LINHA DE CLASSIFICAÇÃO: -
Linha reservada para classificação
• LINHA 1 (UM) E 2 (DOIS) EM dos trens.
PÁTIOS
LINHA 1 (UM) E 2 (DOIS) EM • LINHA DE CREMALHEIRA: -
PÁTIOS: - Para efeito de referência, Aquela que é dotada de uma
considera-se: cremalheira fixada aos dormentes ao
LINHA 1 (um) de um pátio, a linha longo do eixo da via.
destinada ao cruzamento de trens
que se posicione à esquerda, e • LINHA DE DESVIO: - Linha
LINHA 2 (dois) à direita, olhando-se acessória, ligada à linha principal por
aparelhos de mudança de via ou

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 35

chaves, seja diretamente, seja montanha, contraforte ou espigão, se


através de outras linhas acessórias. encontram.
- No primeiro caso chamada
• LINHA DE PARTIDA: - Linha de cumeada nos dois últimos, crista.
onde partem os trens.
• LINHA DUPLA: - O mesmo que Via
• LINHA DE PÁTIO: - Aquela que Dupla
faz a conservação das vias de pátio, - Duas vias paralelas, sobre o
inclusive dos aparelhos de mudança mesmo leito (mais largo que o de via
de via. singela), que se constroem nos
trechos de movimento intenso, para
• LINHA DE PLATAFORMA: - Linha ampliar sua capacidade de tráfego.
situada junto à plataforma da - São duas linhas principais paralelas
estação, sobre a qual circulam os cuja corrente de circulação pode ser
trens de passageiros. feita em qualquer uma delas.

• LINHA DE SIMPLES ADERÊNCIA: • LINHA DUPLA:


- Linha em que o peso da locomotiva, • LINHA ELEVADA: - Aquela cujo
mesmo nas rampas, é suficiente para leito se situa em plano superior ao de
produzir a necessária aderência ao outras linhas férreas ou de vias
trilho, capaz de permitir o públicas circunvizinhas.
deslocamento, sem necessidade de
auxílio de cremalheiras, trilho central, • LINHA ENTERRADA: - Aquela que
cabos e outros sistemas tem muito maior extensão em cortes
- Aquela em que a tração se faz por do que em aterros.
simples aderência.
• LINHA IMPEDIDA: - Uma linha
• LINHA DE TRAÇÃO FUNICULAR: está impedida entre dois pontos
- Aquela que é dotada de quando um trem ou material rodante
equipamentos fixos sobre a via, de qualquer tipo estiver trafegando ou
destinados à movimentação de cabos parado na mesma, ou quando houver
que tracionem os veículos. qualquer obstáculo que impeça o
movimento das rodas sobre os trilhos
• LINHA DE TRILHO (fiada de ou atinja o gabarito das linhas.
trilho): - Conjunto de trilhos ligados
topo a topo geralmente, sobre • LINHA MÚLTIPLA: - Mais de duas
dormentes, formando uma fiada de linhas principais, paralelas, a serem
trilhos. numeradas, cuja utilização será
determinada por instruções especiais.
• LINHA DIVISÓRIA DE ÁGUAS OU As linhas duplas ou múltiplas
LINHA DE VERTENTES: - Divisor de sinalizadas para tráfego em ambos os
águas: Linha de vertentes ou linha sentidos não terão corrente de
divisória de águas. circulação especificada.
- Linha, nos pontos mais elevados,
onde as vertentes da mesma

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 36

• LINHA PAR E IMPAR EM • LINHAS SECUNDÁRIAS: - São as


TRECHOS DE LINHA DUPLA OU linhas ou desvios adjacentes a uma
MÚLTIPLA: - Para efeito de linha ou linhas principais.
referência, as linhas de corrente de
circulação no sentido da • LITORINA: - Carro de passageiro
quilometragem crescente têm dotado de autopropulsão, geralmente
numeração impar e são chamadas de empregado para viagem a curtas
"linhas de subida" ou "linhas distâncias, podendo, todavia, rebocar
ascendentes". As linhas de circulação um ou dois carros.
no sentido da quilometragem
decrescente têm numeração par e • LOCAÇÃO: - Ato de implantar no
são chamadas de "linhas de descida" terreno os projetos de uma estrada
ou "linhas descendentes". As linhas de ferro, de uma rodovia, de obras
serão designadas pela numeração em geral e de edifícios.
consecutiva a partir de 1, da
esquerda para a direita, olhando-se • LOCOMOTIVA: - Um veículo
no sentido crescente da impulsionado por qualquer tipo de
quilometragem. energia, ou uma combinação de tais
veículos, operados por um único
• LINHA PRINCIPAL: - Linha dispositivo de controle, utilizado para
atravessando pátios e ligando tração de trens no trecho e em
estações, na qual os trens são manobras de pátios.
operados por horários e licenças em
conjunto, ou cuja utilização é • LOCOMOTIVA A VAPOR: - É a
governada por sinais de bloqueio, locomotiva acionada por intermédio
sinais de travamento sincronizado ou de cilindro, êmbolo, bielas e
qualquer outra modalidade de manivelas, com o vapor produzido na
controle. caldeira da locomotiva.

• LINHA SIMPLES (OU SINGELA): - • LOCOMOTIVA DIESEL: -


Ocorre quando há uma só via onde Acionada com motor ou motores
os trens transitam nos dois sentidos, diesel, com transmissão elétrica
com cruzamentos feitos em desvios. (diesel elétrica) ou hidraúlica (diesel
hidráulica).
• LINHA TRONCO: - Trecho
principal das linhas de uma via férrea • LOCOMOTIVA ELÉTRICA: -
do qual derivam os ramais ou linhas Acionada com energia produzida em
secundárias fonte central e recebida pelo contato
- A linha de um sistema ferroviário do pantógrafo da locomotiva com o
que, em virtude de suas fio trolley (locomotiva diretamente
características de circulação, é de elétrica).
maior importância relativa que as
demais linhas do sistema. • LOCOMOTIVA ESCOTEIRA: -
Locomotiva que viaja
desacompanhada de carros e vagões

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 37

no percurso desde a sua saída do


depósito até o ponto de formação de
trem especial requisitado ou, em
viagem de regresso, desde o ponto
terminal do trem especial até o
mesmo depósito.

• LÓGICA DE DESLIGAMENTO
RÁPIDO [LDR]: - Comando via
software, existente apenas no CCO,
que permite desenergizar parte ou
toda a alimentação elétrica do
terceiro trilho.

• LUBRIFICAÇÃO DE JUNTA: -
Consiste nas operações de retirada
dos parafusos para liberação das
talas, sua lubrificação com óleo na
parte de contacto com o trilho,
remontagem e aperto, incluindo
eventual substituição de peças
danificadas (parafusos, arruelas,
talas).

• LUBRIFICADOR DE TRILHO: -
Equipamento mecânico e munido de
substância oleosa adequada e
instalado na via férrea para promover,
por meio do friso da roda, a
lubrificação da face interna do boleto
dos trilhos.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 38

M
correta a bitola da via, sobretudo nas
• MACACO DE CURVAR TRILHO: - curvas de pequeno raio.
É um macaco especialmente
construido para curvar ou retificar • MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS: -
trilho. São operações necessárias ao seu
perfeito funcionamento, tais como:
• MACACO DE JUNTA: - Macaco de troca de óleo, reapertos, limpeza,
tipo especial para afastar ou juntar as lubrificação, abastecimento, etc.
extremidades de trilhos ou de barras
de trilhos, na via férrea. • MÁQUINA DE VIA PERMANENTE:
- Máquina usada nos trabalhos
• MACACO DE TRILHO: - Macaco mecanizados de via permanente.
de tipo especial para curvar ou
retificar trilho. • MARCAÇÃO DO TRILHO:
• MARCO: - Peça cravada no solo
• MACACO DE VIA: - Macaco para servir de referência ou à
especial, com unha, usado no medição.
alçamento da via permanente.
• MARCO: - Sinal baixo instalado
• MADEIRA BRANCA: - É aquela de entre as linhas que indica o limite
menor peso por metro cúbico (leve), além do qual as locomotivas ou
pouca resistência e durabilidade, em vagões não devem permanecer, para
comparação com as madeiras de lei não restringir o gabarito na via
adjacente.
• MADEIRA DE LEI: - É aquela que,
para determinado tipo de construção, • MARCO DE ENTREVIA: - Aquele
apresenta as características ideais de de pequena altura, cravado entre
resistência mecânica e durabilidade, duas vias, para limitar a posição em
combinadas, conforme o caso, com que o trem ou o veículo pode
as de beleza e cor. Em geral, são estacionar em uma das vias sem
assim compreendidas as madeiras perigo de colisão.
pesadas, isto é, as de peso
específico superior a meia tonelada • MARCO QUILOMÉTRICO: -
por metro cúbico. Aquele colocado de quilômetro em
quilômetro, ao lado direito da linha
• MANTENEDOR DE VIA (sentido crescente da
(mantenedor de bitola): - Peça quilometragem), com indicação da
metálica com ou sem isolamento sua distância a uma origem prefixada.
elétrico, com garras nas - Peça de madeira, aço (poste de
extremidades ajustáveis sob pressão trilho em geral), ou de concreto, que
ao patim do trilho, destinada a manter indica a distância a uma origem
preestabelecida (comumente a

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 39

estação inicial). Os marcos metade do volume do material


quilométricos são colocados ao longo previsto no projeto.
da linha, em geral regularmente
espaçados. • MELHORAMENTO DE VIA: -
Conjunto de obras destinadas a
• MARRETA DE PREGAÇÃO: - melhorar as condições técnicas das
Marreta com dupla cabeça e cabo vias existentes.
longo, usado para cravação de
grampo ou de prego de linha no • MESA GIRATÓRIA: - Equipamento
dormente de madeira. empregado para colocação ou
inversão da posição de marcha de
• MARTELETE: - Socadora operada pequenos veículos na via férrea.
manualmente.
• MESTRE DE LINHA: - Trabalhador
• MARTELETE AUTOMÁTICO: - especializado, que superintende os
Máquina que transfere a operação de serviços de um distrito, ou seja,
soca de um dormente para outro, várias turmas, diretamente
sem a interferência do operador. subordinado ao residente.

• MARTELETE MÚLTIPLO: - • MOIRÃO: - Poste de cerca.


Máquina que efetua a soca,
simultaneamente, em ambas as • MOSCA OU ROSCA DE TRADO: -
zonas de socaria do dormente. Pequena rosca cônica soldada na
ponta da broca, para facilitar a
• MATA-BURRO: - Obra de arte penetração desta no dormente.
corrente que se constrói de ambos os
lados da passagem de nível, para • MUX: - Equipamento responsável
impedir a entrada de animais na linha pela detecção de ocupação do trem
férrea. na via, bem como pela geração e
envio de código de velocidade aos
• MATERIAL FIXO: - Material das trens.
instalações fixas da via permanente.

• MATERIAL METÁLICO: - Trilhos,


seus acessórios e os demais
materiais metálicos utilizados na via.

• MATERIAL RODANTE: -
Compõem-se de material de tração,
carros de passageiros, vagões para
mercadorias, animais, bagagens, etc.

• MEIO LASTRO: - Lastro


incompleto contendo cerca da

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 40

N
• NIVELADORA: - Equipamento que
efetua o nivelamento da via.

• NIVELAMENTO CONTÍNUO: -
Consiste nas operações de colocação
da superfície de rolamento da linha
na devida posição em perfil.

• NIVELAMENTO DA VIA FÉRREA:


- Colocação ou reposição da
superfície de rolamento da via na
devida posição em perfil.

• NIVELAMENTO DE JUNTA: -
Consiste na operação de altear
isoladamente as juntas, com socaria
dos dormentes de junta e guarda,
visando colocá-las no mesmo plano
da fila dos trilhos, correspondente à
rampa do trecho onde são
executados os trabalhos.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 41

O
• OBRA DE ARTE: - Constam de: • OBRAS FIXAS: - São as não
bueiros, pontilhões, pontes, viadutos, removíveis, realizadas na linha ou
passagens superiores e inferiores, junto desta, tais como: túneis, pontes,
túneis, galerias, muros de arrimo, edifícios, aterros, etc.
revestimento, etc.
• OFICINA DE PONTES: - Oficina
• OBRA DE ARTE ESPECIAL: - em que se executam construções,
Obra de arte que deva ser objeto de reconstruções e reforços de
projeto específico, especialmente: estruturas metálicas.

a) túneis; • OFICINA DE VIA PERMANENTE: -


b) pontes; Oficina em que se executam a
c) viadutos; constituição, reconstrução,
d) passagens superiores e inferiores montagem, reparação e renovação
especiais; de equipamentos, ferramentas e
e) muros de arrimo. utensílios da via permanente.

• OBRA FERROVIÁRIA: - Toda


construção necessária à via férrea,
inclusive as instalações fixas
complementares e as destinadas à
segurança e regularidade da
circulação dos trens.

• OBRAS DE ARTE CORRENTE: -


Obra de arte, que por sua frequência
e dimensões restritas, obedece a
projeto-padrão, em geral:

a) drenos superficiais ou profundos;


b) bueiros, com vão ou diâmetro até
5,00m, inclusive;
c) pontilhões, com vão até 12,00m,
inclusive;
d) pontes, com vão até 25,00m,
inclusive;
e) passagens inferiores e superiores,
com vão até 25,00m, inclusive;
f) muros de arrimo, com altura até
3,5m, inclusive;
g) corta-rios.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 42

P
patenteado por "Roger Sonneville"
• PÁ DE BICO: - Pá pontiaguda (RS).
usada na colocação e remoção do
lastro ou na movimentação de solos • PARAFUSO DE GANCHO: -
ou outros materiais. Parafuso especial, de porca, para
retensão dos dormentes nas pontes
• Painel de Destino de Trens - PDT: metálicas de estrado aberto.
- Painel eletrônico instalado nas
plataformas, que fornece informações • PARAFUSO DE TALA DE
aos usuários sobre os destinos dos JUNÇÃO: - Parafuso de porca, com
trens, bem como data, hora e cabeça saliente e colo de ancoragem
mensagens orientativas. empregado na fixação das talas aos
trilhos.
• PAINEL DE VIA FÉRREA (grade):
- Conjunto previamente preparado • PARAFUSO DUPLO DE
fora do leito da via ou local DORMENTE: - Parafuso especial
apropriado, de fiadas de trilhos empregado na fixação do trilho ao
fixados nos dormentes. dormente de aço.

• PARA-CHOQUE: - Dispositivo que • PASSAGEM (Cruzamento): -


se instala no extremo de uma via Ponto em que ruas ou estradas de
para deter veículo ferroviário, rodagem cruzam com as linhas de
evitando seu descarrilamento. uma ferrovia.
- Dispositivo para absorver os - As passagens podem ser: de nível,
choques, colocados nas testeiras de superior, inferior.
material rodande antigo.
• PASSAGEM DE GADO [PG]: -
• PARADA: - É um local da linha Pequena passagem inferior destinada
cujas instalações atendem ao a permitir livre acesso de animais ao
embarque e desembarque de outro lado da faixa da estrada.
passageiros e de pequenas
expedições, desprovidas porém de • PASSAGEM DE NÍVEL [PN]: - É o
pessoal para atendimento ao público. cruzamento de uma ou mais linhas
com uma rodovia principal ou
• PARAFUSO: 1) Acessório de secundária, no mesmo nível.
fixação das talas de junção aos
trilhos. • PASSAGEM INFERIOR [PI]: -
Aquela em que a via pública ou
• PARAFUSO DE CABEÇA DE estrada passa, mediante obra de arte
MARTELO: - Parafuso especial de apropriada, por baixo da linha férrea;
fixação de trilho e acessórios em designação também dada à própria
dormentes de concreto do tipo obra de arte.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 43

• PASSARELA: - Aquela destinada à • PÁTIOS TIPO: - Representações


pedestres, podendo servir a animais padronizadas de segmento de tal
e pequenos veículos. forma que a representação de toda a
malha pode ser feita agrupando-se
• PASSARELA SUPERIOR [PS]: - esses segmentos.
Aquela em que a via pública ou
estrada passa, mediante obra de arte • PÉ DE CABRA (alavanca): -
apropriada, por cima da linha férrea; Alavanca com uma das extremidades
designação também dada à própria achatadas, curvada e chanfrada em
obra de arte. "V", usada na retirada de prego de
linha.
• PATAMAR: - Trecho em nível da
via férrea. • PÉ DO CORTE: - Linha de
- Linha horizontal, greide horizontal, interseção da superfície da
taxa de greide 0%. Linha em nível. plataforma com a do talude.

• PATIM (Sapata ou Patim do Trilho): • PÉ DO LASTRO (pé do sub-lastro):


- Base do trilho constituída pela mesa - Linha de interseção do talude do
mais larga do duplo T através da qual lastro (ou do sub-lastro) com a
é apoiado e fixado. respectiva superfície de apoio.
- Parte do trilho que assenta sobre o
dormente. • PEDRA DE LASTRO: - Pedra com
granulometria apropriada para
• PÁTIO: - Grande área de terreno, lastreamento de via férrea.
mais ou menos nivelada. Áreas
externas em torno das estações, • PERA: - Via férrea acessória (de
oficinas, depósitos etc., onde se traçado curvilíneo ou mistilínio)
colocam desvios. destinada a inverter a posição do
- Área de esplanada em que um trem por marcha direta.
conjunto de vias é preparado para
formação de trens, manobras e • PERFIL: - Projeção vertical do
estacionamento de veículos terreno, que contém o eixo da via
ferroviários e outros fins. caracterizando suas posições
altimétricas.
• PÁTIO DA ESTAÇÃO: - Terreno
da estação onde são depositadas as • PERFIL DO LASTRO (perfil do sub-
mercadorias que não exigem lastro): - Seção reta, em um ponto do
armazenamento obrigado e eixo da via permanente, abrangendo
procedidas as operações de carga e o lastro ou o sub-lastro, ou ambos e
descarga dos veículos. indicando à superelevação nas
- Pátio de manobra: Local onde se curvas.
acham dispostas as diversas linhas
utilizadas para composição de trens,
cruzamentos, desvios, etc.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 44

• PESO DO TRILHO: - Peso, em • PLANO TRANSVERSAL DO


quilograma, de um metro de trilho TRILHO: - Plano ortogonal ao eixo
(kg/m). longitudinal do trilho.

• PILOTO: - Um funcionário • PLANO VERTICAL DO TRILHO: -


habilitado designado para Plano ortogonal à superfície inferior
acompanhar um trem quando o do patim e que contém o eixo
Maquinista não estiver familiarizado longitudinal do trilho.
com as características físicas e ou
normas da ferrovia a ser percorrida • PLANTA CADASTRAL DA LINHA:
pelo trem, sendo também - Planta da linha férrea, com todas as
responsável pela condução do trem. instalações e próprios contidos na
sua faixa de domínio, inclusive os
• PLACA "GEO": - Placa de apoio limites desta com as propriedades
especial fixada por tirefão ao confrontantes.
dormente, na qual o patim do trilho se
encaixa e é fixado por castanha • PLANTA DO PROJETO: -
ajustada por parafuso, arruela e Projeção horizontal da faixa de
porca. domínio e do eixo da via férrea.

• PLACA AMORTECEDORA (coxim): • PLATAFORMA: - Abrigo


- Placa interposta entre o patim do construído na estação, ao longo da
trilho e a placa de apoio ou entre o linha principal, para embarque e
patim do trilho e o dormente, para desembarque de passageiros e
absorção das vibrações decorrentes serviço de bagagem e encomendas.
dos esforços dinâmicos. - Plataforma de carga: alpendre
destinado aos serviços de carga e
• PLACA DE APOIO: - Placa descarga de mercadorias
metálica padronizada interposta e
fixada entre o patim do trilho e o • PLATAFORMA (Veículo): - Peças
dormente de madeira, para melhor principais: estrado, rodeiros ou
distribuição dos esforços e melhor truques, caixas de graxa, molas,
fixação do trilho ao dormente. engates, pára-choque e caixa (ou
caixas).
• PLACA ELÁSTICA: - Placa
pequena que firma elásticamente o • PLATAFORMA DA ESTAÇÃO: -
patim do trilho ao dormente. Piso junto à via férrea destinado a
facilitar a movimentação de pessoas
• PLANO HORIZONTAL DO nas operações de embarque ou
TRILHO: - Plano paralelo à desembarque ou de coisas, nas
superfície inferior do patim e que operações de carga ou descarga.
contém o eixo do trilho.
• PLATAFORMA DA LINHA (leito,
subgreide): - Superfície superior da
infra-estrutura.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 45

tangente, no sentido crescente do


• PLATAFORMA DO CORTE: - estaqueamento ou da quilometragem.
Superfície de solo limitada pela linhas
dos pés do talude. • PONTO OBRIGATÓRIO: - Nome
dado ao local em que o traçado da
• PONTE: - "Obra de arte" que tem estrada deve passar forçosamente.
por fim permitir a construção da linha
sobre cursos d`água, braços de mar, OBS:
etc. PONTO OBRIGATÓRIO DE
CONDIÇÃO: Cidade, vila, povoado,
• PONTO COMUM À CURVA centro produtor.
CIRCULAR [PCS]: - É o ponto
comum à curva circular e à curva de .....DE PASSAGEM: Garganta, local
concordância. de travessia de curso d'água em que
a estrada deve passar por imposição
• PONTO COMUM À CURVA DE da topografia do terreno.
CONCORDÂNCIA [PSC]: - Ponto
comum à curva de concordância e à • PONTO OBRIGATÓRIO DE
curva circular. CONDIÇÃO: - Cidade, vila, povoado,
centro produtor, local em que o
• PONTO DE CURVA [PC]: - Ponto traçado da estrada deve passar.
de passagem da tangente para a
curva. • PONTO OBRIGATÓRIO DE
PASSAGEM: - Garganta, local de
• PONTO DE CURVA À DIREITA travessia de curso d'água em que a
[PCD]: - É o ponto de curva à direita, estrada deve passar por imposição
no sentido crescente do da topografia do terreno.
estaqueamento ou da quilometragem.
• PORTEIRA (cancela): - Estrutura
• PONTO DE CURVA À ESQUERDA móvel de madeira ou metal para
[PCE]: - É o ponto de curva à fechar uma passagem ou cruzamento
esquerda, no sentido crescente do com rua ou estrada de rodagem.
estaqueamento ou da quilometragem.
• PÓRTICO: - Equipamento capaz
• PONTO DE CURVA COMPOSTA de efetuar a retirada ou o
[PCC]: - Ponto comum a duas curvas assentamento de grades (painel) ou
circulares de raios diferentes. de dormentes, transportando-os para
ou de local conveniente.
• PONTO DE INTERSEÇÃO [PI]: -
Ponto de interseção de duas • POSTO DE CONTROLE CENTRAL
tangentes consecutivas de traçado. DE AUXILIARES [PCC-A]: - Controla
todos os equipamentos de fluxo de
• PONTO DE TANGÊNCIA [PT]: - passageiros, ventilação, bombas e
Ponto de passagem da curva para a partes civis das estações.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 46

• POSTO DE CONTROLE CENTRAL • POSTO DE TRABALHO


DE ENERGIA [PCC-E]: - Controla DESPACHADOR: - Local a partir de
todos equipamentos existentes nas onde o supervisor pode visualizar e
subestações Auxiliares e atuar no sistema de controle de
Retificadoras. tráfego.

• POSTO DE CONTROLE CENTRAL • POSTO DE TRABALHO


DE TRÁFEGO [PCC-T]: - Controla a PROGRAMAÇÃO: - Local a partir de
movimentação de trens e veículos onde o programador de trens pode
auxiliares na via principal, bem como fazer a programação dos trens,
os equipamentos das estações e vias alterá-la ou excluí-la.
ligados ao tráfego
• PREFIXO DE TREM: - É a sua
• POSTO DE CONTROLE CENTRAL caracterização por meio de letras e
GERAL [PCC-G]: - Console algarismos que definem, para o
destinado ao supervisor, onde são mesmo dia, um só trem em toda a
monitorados todos os demais REDE, indicando sua categoria,
consoles. classe, natureza do transporte,
Superintendência de Produção,
• Posto de Controle de Tráfego - Divisão Operacional ou Especial a
[PCT]: - Idem ao PCL. que pertence, linha que percorre,
sentido de circulação e a ordem de
• Posto de Controle Local - [PCL]: - sucessão a outros de igual
Equipamento localizado na estação classificação. Os trens que circulam
Mestra que permite o controle do em sentido crescente da
tráfego de trens em um determinado quilometragem terão prefixo impar,
domínio. enquanto que os de circulação em
sentido oposto terão prefixo par.
• POSTO DE LICENCIAMENTO
(telegráfico, telefônico, staff, etc): - • PREGADEIRA: - Equipamento que
Um local cuja indicação consta do crava prego de linha.
horário, destinado ao controle de
trens em um sistema de bloqueio • PREGO CABEÇA DE BARATA: -
manual, podendo ter ou não Prego de linha cuja cabeça lembra a
características de estribo ou parada. forma da cabeça de barata.

• POSTO DE TRABALHO APOIO: - • PREGO CABEÇA DE


Local a partir de onde as áreas de CACHORRO: - Prego de linha cuja
apoio de via permanente e locomotiva cabeça lembra a forma de cabeça de
podem se comunicar com os veículos cachorro.
de manutenção e com os maquinistas
respectivamente e a área de sistemas • PREGO DE LINHA: - Prego
pode manter o sistema ACT. robusto, de seção geralmente
quadrada, tendo uma das
extremidades em gume e a outra com

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 47

cabeça apropriada à fixação do trilho


ao dormente de madeira, com ou sem
placa de apoio.

• PREGO DE LINHA (grampo): -


Prego prismático, de ferro, com
cabeça, cravado no dormente para
fixação do trilho

• PROGRAMAÇÃO DE TRENS: -
Uma programação contendo os
horários, instruções e especificações
para operação dos trens nos trechos,
inclusive instruções especiais
concernentes à triagem.

• PROSPECÇÃO: - É o
levantamento efetuado para
determinar os serviços, mão de obra
e materiais necessários á
conservação da linha.

• PROTETOR (Vagão): - Vagão


extra que se coloca em um trem para
proteção dascarga quando se trata de
transporte de peças de grande
comprimento.

• PUA: - Ferramenta constituida de


um arco com giro completo, em cuja
extremidade se ajusta a broca de
furar madeira.

• PUXAMENTO DA VIA FÉRREA: -


Colocação ou reposição da superfície
de rolamento da via na devida
posição em planta.

• PUXAMENTO DE CURVA: -
Operações necessárias para efetuar
deslocamentos transversais da linha,
visando obter perfeita curvatura da
concordância entre duas tangentes
de diferentes direções.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 48

Q
• QUEBRA DE BITOLA: - Mudança
de bitola da via férrea.

• QUEIMADOR HERBICIDA: -
Aquele que efetua a queima de
vegetação no leito da via, por lança-
chama (jato de fogo).

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 49

R
• REFORÇO DE VIA: - Aumento de
• RAMAL: - Trecho de linha que se capacidade suporte da via, através de
destaca da linha tronco (principal) da medidas tais como: aumento de peso
estrada. de trilho; e/ou aumento de taxa de
- Linha férrea que se deriva de um dormentação; e/ou aumento de
tronco ferroviário. espessura do lastro; e/ou reforço de
obras de arte.
• RAMPA: - Trecho da via férrea que
não é em nível. • REGIME DE PODE: - É a
autorização dada a uma estação a
• RAMPA ASCENDENTE: - Aquela ficar fechada temporariamente, com
de gradiente positivo. suas chaves de desvio travadas e
viradas para a linha principal e seus
• RAMPA DE IMPULSO: - Aquela sinais fixos indicando "prossiga" a fim
que é vencida com o auxílio da força de não interromper a circulação de
viva adquirida pelo trem. trens sujeitos às regras de um
sistema de bloqueio manual. Antes
• RAMPA DESCENDENTE: - Aquela de ser concedido o PODE, o Agente
de gradiente negativo. deverá se certificar de que não há
trem algum nas seções de bloqueio
• RAMPA MÁXIMA: - Aquela de adjacentes, licenciado no sentido de
maior inclinação no trecho sua estação, obter a autorização do
considerado. Despachador e comunicar seu
fechamento às estações implicaldas
• RECONDICIONAMENTO DO no licenciamento.
TRILHO: - Retirada, por processo
mecânico, de todas as deformações • RÉGUA DE BITOLA: - Peça com a
permanentes do trilho. qual se marca ou controla a bitola da
via, inclusive, às vezes, a gola do
• REDE FERROVIÁRIA: 1) Conjunto contratrilho.
de estradas de ferro que se acham
ligadas entre si, formando um todo. • REGULAMENTO GERAL DOS
2) Nome dado a uma ferrovia TRANSPORTES PARA AS
formada pela junção de outras ESTRADAS DE FERRO
estradas. BRASILEIRAS - EDIÇÃO DE 1.940,
DA CGT: - Publicação que reune,
• REESPAÇAMENTO DE principalmente, as disposições que
DORMENTES: - Modificação do regem os serviços de transporte e
espaçamento existente entre outros prestados pelas ferrovias, as
dormentes. relações entre estas e o público.
Contém, ainda, os dispositivos
essenciais sobre tarifas.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 50

por eliminação de curva e/ou


• REGULARIZADORA: - Máquina aumento de raio de curvas.
que efetua a regularização das
camadas de lastro, para o • RETIFICAÇÃO DE TRILHO: -
assentamento da grade. Operação mecânica destinada a
tornar o mais retilíneo possível o eixo
• RELÉ: - Equipamento eletrônico longitudinal do trilho.
que realiza a proteção de
equipamentos elétricos. • ROÇADA (roçagem): - Derrubada
da vegetação na faixa da estrada.
• REMODELAÇÃO DE LINHA: -
Conjunto de obras na via permanente • RODAS DE CARROS E VAGÕES:
existente, destinada a reconduzí-la as - As rodas se compõem de:
condições técnicas primitivamente - Aro - parte que rola sobre os trilhos,
existentes. espécie de anel, colocado na roda
(que pode ser reformado ou
• RENOVADORA: - Equipamento substituído, quando desgastado).
que retira o lastro, procede sua - Rebordo ou friso - saliência lateral,
limpeza, rebritagem, graduação e interna, do aro, que impede que as
reposição sob a grade, deixando o rodas saiam de sobre os trilhos.
material espalhado e compactado. - Cubo - parte furada da roda onde é
preso o eixo
• RESIDÊNCIA: - Órgão executivo - Conicidade das rodas - formato do
dos serviços de conservação da via aro das rodas.
permanente de determinados trechos - Existe ainda rodas inteiriças de aço
de via férrea, superintendido por forjado ou ferro fundido.
engenheiro.
• RODEIRO: - Conjunto constítuido
• RESISTÊNCIA DA CURVA: - do eixo e duas rodas de um veículo
Resistência do movimento de de estrada de ferro.
veículos, pela curva.
• RONDA: - Serviço da via
• RETENSÃO DO TRILHO permanente, para verificação de
(ancoragem do trilho): - Aplicação de ocorrências que ponham em risco a
dispositivo destinado a impedir o circulação dos trens.
caminhamento do trilho.
• RONDANTE: - Trabalhador que
• RETENSOR: - Peça metálica executa a ronda.
ajustada ao patim e apoiada na face
lateral do dormente, para se opor ao • ROTA: - As linha que um trem
caminhamento do trilho. venha a percorrer ao se deslocar de
um local até outro.
• RETIFICAÇÃO DE TRAÇADO: -
Modificação do traçado em planta,
visando à melhoria dos transportes

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 51

• ROTA NORMAL: - Rota em que o


trem trafega pela mesma com código
de velocidade maior que zero.

• ROTA POR CHAMADA: - Rota em


que o trem trafega com código de
velocidade maior que zero.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 52

S
reparação de desvios particulares,
• SANGRIA: - Canaleta transversal à carregamento de materiais vendidos
via construída, para escoamento de a terceiros, etc.
águas pluviais.
• SERVIDOR: - Computadores onde
• SEÇÃO DE BLOQUEIO [SB]: - serão executados os programas do
Trecho de linha, com limites ACT e onde está o banco de dados
definidos, cuja utilização por trens é do sistema.
governada por licença telegráfica,
telefônica, rádio, staff elétrico, sinais • SINAL: - Marca ou disco colocado
de bloqueio ou de cabina, separados na faixa da linha ou próxima do leito
ou em conjunto. para instrução, aviso ou informação
dos empregados ou do público.
• SELETIVO: - É um telefone
especial que permite a um centro de • SINAL ANÃO: - Sinal luminoso (de
controle chamar qualquer estação de cor) baixo, usado como sinal de
seu trecho e se comunicar bloqueio sincronizado.
simultâneamente com todas as
estações chamadas. • SINAL DE BLOQUEIO
AUTOMÁTICO: - Sinal fixo pertinente
• SELO OU LACRE: - Colocado nas a um sistema de bloqueio automático
portas dos vagões, para prevenir que governa a entrada numa seção
violação e permitir apuração de de bloqueio ou rota.
responsabilidades.
• SINAL DE BLOQUEIO MANUAL: -
• SERRADEIRA: - Equipamento que Sinal fixo de um sistema de bloqueio
serra trilho. manual que governa a entrada em
uma estação, seção de bloquioe ou
• SERVIÇO AUXILIAR DA TURMA: - rota.
São os serviços das turmas,
indispensáveis à execução dos • SINAL DE DISCO: - Sinal fixo que
rotineiros de conserva, tais como: indica a posição normal ou reversa
transferência de acampamento, das chaves, sendo usado também
sinalização, apontador, telefonista, para outras finalidades especificadas
etc. nas regras ou instruções especiais.
Sua indicação é fornecida por um
• SERVICO DE AUXILIO A disco colorido de dia, que pode ser
TERCEIROS: - São os serviços substituído pela cor de um foco
executados por interesse de órgãos luminoso à noite.
estranhos à própria administração,
tais como: fiscalização de obras • SINAL DE TRAVAMENTO
desses órgãos na faixa da Ferrovia, SINCRONIZADO

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 53

SINAL DE TRAVAMENTO livre etc.), dada pelo agente,


SINCRONIZADO: - Sinal fixado à autorizando a partida do trem.
entrada ou dentro dos limites de - A licença é previamente pedida, por
travamento sincronizado, para meio de um dos sistemas abaixo, à
controlar o uso das rotas. estação seguinte, sob o controle e
instruções do Movimento.
• SINAL FIXO: - Qualquer sinal ou - Seletivo (centro): Aparelho de que
placa em local permanente que indica dispõe a repartição do Movimento
uma condição afetando a circulação para se comunicar com estações, a
de um trem. fim de controlar a circulação de trens.
É usado em substituição ao telégrafo.
• SINAL INTERMEDIÁRIO: - Sinal - A comunicação entre as próprias
fixo pertencente a um sistema de estações, com o fim de ser obtida
sinalização de bloqueio automático autorização para a partida de trens é
que indica determinadas condições feito por intermédio do telégrafo ou
afetando a utilização do (s) bloqueio staff elétrico.
(s) consecutivo ( s) no sentido do
trem. • SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE
CONTRÔLE DE TRENS[ACT]: -
• SINAL LUMINOSO: - Sinal fixo Permite, através do painel sinóptico,
cuja indicação é fornecida pela cor de a visualização do estado das vias de
um ou mais focos luminosos. circulação, a posição dos trens
nessas vias e, através do console de
• SINAL REPETIDOR: - Sinal fixo operações, atuar sobre o sistema,
para aviso prévio de indicação de um controlando assim o fluxo de trens e
sinal de bloqueio. fazendo o planejamento da
circulação.
• SINAL SEMÁFORO: - Sinal fixo
cuja indicação é fornecida pela • SISTEMA DE BLOQUEIO
posição de um braço, de dia, e AUTOMÁTICO [SBA]: - Uma série de
conjugado com a cor de um foco bloqueios consecutivos comandado
luminos à noite. automaticamente por sinais, cab-
sinais ou ambos, atuados por um
• SINALEIRO: - Funcionário da trem ou qualquer condição irregular.
estrada incumbido de exercer
vigilância nas passagens de níveis • SISTEMA DE BLOQUEIO MANUAL
(pontos em que ruas ou rodovias - STAFF, TELÉGRAFO, BLOQUEIO
cruzam os trilhos de uma ferrovia) SAXBY E SIKES-LOCK (travamento
SIKES): - Uma série de bloqueios
• SINALIZAÇÃO (Instalação de -): - consecutivos nos quais é autorizada
Aparelhamento empregado para a circulação de trens entre estações,
controlar o movimento de trens dentro dos limites das estações e nas
- Licenciamento de trens: Ordem entradas de rotas, mediante o
para circulação de trens. que indica fornecimento de bastão-piloto ou
linha desimpedida (linha franca, linha licença escrita, concedidos somente

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 54

depois de ter sido assegurada a • SOCA MANUAL: - Aquela que é


liberação da linha por comunicação feita com a soca (ferramenta).
telefônica, telegráfica ou código de
sinais acústicos entre as respectivas • SOCA MECÂNICA: - Aquela que é
estações ou postos de licenciamento feita por meio de martelete operado
que governam a seção de bloquio. individualmente.

• SISTEMA DE CONTROLE DE • SOCA PARA LASTRO: -


TRÁFEGO CENTRALIZADO [CTC]: - Ferramenta com uma extremidade
Sistema automático de sinasi de pontiaguda e outra com formato
bloqueio, controlado por um centro, especial e apropriada para
compreendendo uma série de compressão do lastro sob o
bloqueios consecutivos nos quais a dormente, por percussão.
circulação de um trem é autorizada
através de sinais, cujas indicações • SOCADORA: - Máquina que soca
cancelam a superioridade de trens o lastro, não dispondo de macacos de
autorizada através de sinais, em nivelamento a ela acoplados.
sentidos opostos ou de trens -.
subsequentes no mesmo sentido em -.
uma só via.
• SOCADORA MÚLTIPLA: -
• SISTEMA DE CONTROLE E Máquina que transfere a operação de
TELECOMUNICAÇÃO [SCT]: - É o soca de um dormente para outro sem
conjunto de todos os equipamentos a interferência do operador.
de sinalização, controle e
telecomunicações deuma ferrovia. • SOCADORA DE DUPLA CABEÇA
- Proteção Automática do Trem: OU DUPLO CHASSIS: - Máquina
Equipamentos existentes nas que soca, simultâneamente, dois
estações que permitem o tráfego de dormentes.
trens com segurança.
• SOLDADORA: - Máquina usada
• Sistema de Transmissão de Dados para soldar trilhos ou barras de
- STD: - Sistema de comunicação trilhos.
composto por cabos e fibras ópticas
onde transitam sinais de dados e voz. • SOLDAGEM DE TRILHO
(soldadura de trilho): - Operação feita
• SOCA (socadora): - Operação que na via ou em estaleiro, que consista
é efetuada para adensar o material em unir um trilho a outro, topo a topo,
do lastro sob o dormente. com emprego de processo adequado
de solda.
• SOCA AUTOMÁTICA: - Aquela
que é efetuada por equipamento • STAFF ELÉTRICO: - Aparelho
mecanizado automatizado, apenas destinado a licenciamento de trens
controlado por operado. em linha singela, por meio de bastão-
piloto.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 55

• SUPERELEVAÇÃO PRÁTICA: -
• SUBESTAÇÃO AUXILIAR - AS: - Superelevação inferior à teórica,
Subestação elétrica localizada nas indicada por experiência própria da
estações, destinada a alimentar os ferrovia.
equipamentos da mesma.
• SUPERELEVAÇÃO TEÓRICA: -
• SUB-LASTRO: - Parte inferior do Aquela que faz passar pelo centro da
lastro, em contato direto com via a resultante da força centrífuga,
plataforma da linha e constituída de promovida pela velocidade máxima e
material mais econômico que o da pelo peso do veículo considerado.
parte superior, porém capaz de
oferecer suficiente condições de • SUPERESTRUTURA: - Parte
drenagem e ter capacidade de superior da estrutura da via que
suporte para as pressões que lhe suporta diretamente os esforços dos
forem transmitidas. veículos e os transmite à
infraestrutura.
• SUB-RAMAL: - Uma linha de
pequena extensão, partindo de • SUPERESTRUTURA: - Abrange o
estação ou posto de licenciamento de conjunto: via permanente, estações,
um ramal. Sua extensão é edifícios, oficinas, linhas de manobra,
compreendida entre a agulha da depósitos de carros e locomotivas,
chave do entroncamento e a estação reservatórios de líquidos e
terminal. combustíveis, etc.

• SULCADORA: - Equipamento que • SUPERFÍCIE DO SUB-LASTRO: -


sulca os dormentes, com corte de Superfície total superior do lastro (ou
serra. do sub-lastro), incluindo os taludes e
o coroamento.
• SUPERELEVAÇÃO: - Inclinação
transversal dada à via, para • SUPERFÍCIE TEÓRICA DE
contrabalançar os efeitos da força ROLAMENTO DE VIA FÉRREA: -
centrífuga. Face superior dos boletos, sobre a
qual se apoiam e se deslocam as
• SUPERELEVAÇÃO DO TRILHO rodas do veículo.
EXTERNO: - Aquela em que o trilho
externo é elevado da grandeza total • SUPERLARGURA: - Aumento
da superelevação, mantendo-se sem dado à bitola da via em curvas para
alteração o trilho interno. facilitar a inscrição da base rígida do
material rodante.
• SUPERELEVAÇÃO MÁXIMA: -
Maior superelevação compatível com • SWITCH: - Trata-se de um
a segurança da circulação e o equipamento para interligar redes de
conforto do passageiro, consideradas computadores.
as várias velocidades dos trens.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 56

T
uma estrada de ferro se remunera
• TABELA: - É o conjunto de pelo serviço prestado.
indicações regulando completamente
a circulação de um trem, desde a sua • TAXA DE DORMENTAÇÃO: -
formação até o seu destino. Quantidade de dormentes por
quilômetro de via.
• TALA DE JUNÇÃO [TJ]: - Peça de
aço ajustada e fixada, aos pares, por • TENAZ PARA TRILHOS: - Tenaz
meio de parafusos, porcas e arruelas, (ferramenta usada na movimentação
na junta dos trilhos para assegurar de trilhos) de braços longos, usada
continuidade da superfície teórica de na suspensão e/ou transporte manual
rolamento da via. de trilho.

• TALUDE: - A face inclinada de um • TERMINAL: 1) Ponto onde termina


corte ou aterro a linha;
- Superfície inclinada de um aterro, 2) Conjunto de equipamentos e
de um corte ou de lastro. edifícios situados nas pontas das
linhas de uma estrada de ferro (inicio
• TALUDE DO CORTE (rampa do ou término da linha) ou mesmo em
corte): - Superfície lateral do corte pontos intermediários, ocupados para
que se estende da plataforma à o trânsito de passageiros, e
crista. reagrupamento de cargas e também
formação e despacho de trens.
• TALUDE DO SUB-LASTRO: -
Superfície inclinada entre a crista e o • TIREFÃO [tirefond): - Parafuso
pé do lastro (ou entre a crista e o pé especial, empregado para fixar no
do sub-lastro). dormente de madeira o trilho, a placa
de apoio ou ambos,
• TANGENTE: - Qualquer trecho simultaneamente.
reto de uma estrada de ferro.
• TIREFONADEIRA: - Equipamento
• TANGENTE: - Trecho de via, com que aparafusa ou desaparafusa
projeção horizontal em reta. tirefão, podendo, também aparafusar
e desaparafusar porcas de parafuso
• TARA: - Peso de um veículo vazio. de tala de junção.
A tara mais a carga útil dão o peso
bruto. • TIREFOND: - Parafuso especial,
empregado para fixar no dormente de
• TARIFA: 1) Chama-se de tarifa ao madeira o trilho, a placa de apoio ou
conjunto de condições, preços e ambos, simultaneamente.
taxas, gerais ou especiais, pelo qual

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 57

• TOLERÂNCIA: - Diferença para uma rosca (mosca) em uma


mais ou para menos permitida sobre extremidade e na outra o olho a que
determinada quantidade. Pode ser: se ajusta um braço para se imprimir à
- De peso: broca movimento rotativo.
- a) tolerância na verificação do
peso a título de diferença de balança; • TRÁFEGO: - Conjunto de
- b) do aumento ou redução de operações do qual resulta o
peso da expedição, devido as transporte de passageiros, coisas e
condições próprias da mercadoria ou animais.
pela sua exposição ao tempo. - Trabalho realizado para transportar
- De carregamento: passageiros, coisas e animais,
- tolerância de carregamento exercício ou operação do transporte.
que algumas estradas admitem sobre
a lotação inscrita nos seus vagões. A • TRAVADOR: - É a chave que dá
lotação inscrita mais a tolerância dão acesso a via de circulação e permite
a "lotação máxima" do veículo. ao veículo sobre trilho entrar ou sair
- De arredondamento: das vias de circulação e pertence a
- refere-se à isenção do uma SB.
arredondamento regulamentar,
quando a fração do peso excedente • TRAVAMENTO SINCRONIZADO:
da lotação do vagão se mantém - Sistema de controle de um arranjo
dentro da tolerância de 1% desta, a de bloqueios e ou rotas cujos sinais
juízo da estrada e quando houver fixos e dispositivos são interligados
conveniência para o carregamento. de maneira que suas indicações se
- Exemplo: sucedam em sequência apropriada e
- Lotação do vagão = 25 sejam regidas pelas regras de
toneladas travamento sincronizado. Pode ser
- Limite de carga = 25.000 operado manual ou automaticamente
kg
- Carga: 416 sacos de 60 kg = • TRAVESSÃO: - Conjunto formado
24.960 kg em vias diferentes e em sentidos
- Se o remetente aproveitar a lotação opostos, que permite a transposição
e colocar mais um saco de 60 kg, terá direta do trem ou veículo de uma para
o total de 25.020 kg. Não se lhe outra.
aplicará o arredondamento de meia
tonelada superior: o frete será • TRAVESSÃO: - Uma linha
calculado por .... 25.020 kg, isto é, em diagonal provida de chaves nas duas
"dezenas de quilos". extremidades, ligadas a linhas
paralelas, a fim de permitir a
• TRABALHADOR DE LINHA: - passagem de trens de uma das linhas
Aquele que trabalha na turma e dela paralelas para outra.
faz parte.
• TRECHO CRÍTICO: - Trecho de
• TRADO: - Ferramenta empregada via permanente que apresenta
na furação de dormente, possuindo condições técnicas desfavoráveis,

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 58

provocando limitações à tração na - Bagageiro:


seção considerada. - Trem especialmente formado para
o transporte de encomendas e cargas
• TREM: - Qualquer veículo em pequenas expedições, levando
automotriz ferroviário, uma ainda 1 ou 2 carros de passageiros.
locomotiva ou várias locomotivas Trens de pequena velocidade;
acopladas, com ou sem vagões e ou - De subúrbio:
carros de passageiros, em condiçoes - Trem de pequeno percurso que
normais de circulação e com serve às imediações dos grandes
indicação de "trem completo". centros populosos;
- Trens de passageiros:
• TREM: - Trem Comboio - Os trens de passageiros (exceto os
- Série de carros e vagões de luxo) conduzem normalmente:
rebocados por locomotiva. Bagagens, Encomendas e Valores e,
- Trem de lastro: eventualmente, podem conduzir um
- Trem em serviço da estrada no vagão com Animais.
transporte de pedras britadas, - Os de luxo apenas transportam as
cascalho ou saibro para lastro das Bagagens dos passageiros;
linhas. - De carga:
- Trem de passageiros - Pode ser: - Trens que conduzem vagões de
- Rápido: cargas, animais,
- Trem de passagem preferencial, mercadorias,veículos, combustíveis,
que liga geralmente as cidades mais etc.
importantes e distantes uma das - Espécie de trens quanto ao horário:
outras, trem de grande velocidade; - Trens regulares ou de tabela:
- De luxo: - São os que correm de acordo com
- Trem rápido, com acomodações horários aprovados. Pel
especiais, com venda de lugares - Trens facultativos:
numerados; - São os que circulam consoante as
- Expresso: exigências do serviço.
- Trem comum, de velocidade - Trens especiais ou extraordinários:
normal, com parada na maioria das - São os que correm com horários
estações, trem de carreira; para eles especialmente organizados.
- Noturno: - Licenciamento de trens:
- Trem que conduz carros - Ordem para circulação de trens que
dormitórios (1.ª classe), no qual não é indica linha desimpedida (linha
obrigatório o transporte de franca, livre, etc), dada pelo agente,
encomendas, pode ser rápido, autorizando a partida do trem.
expresso ou de luxo; - A licença é previamente pedida, por
- Misto: meio de um dos sistemas abaixo, à
- Trem de passageiros que leva estação seguinte, sob o controle e
também vagões de carga ou animais, instruções do Movimento.
trem de pequena velocidade, com - Sistemas de licenciamento:
parada em todas as estações, postos, - a) de bastão, no qual é colocada a
etc; licença (impresso próprio) que segue

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 59

com o trem. Pode ser: staff manual • TREM EXTRAORDINÁRIO: - Um


ou comum e staff elétrico: no primeiro trem cuja tabela não consta do
caso a licença é solicitada à estação horário e cuja circulação não será
seguinte pelo telégrafo, e no autorizada sem notificação prévia a
segundo, é pedida por meio de sinais todas as localidades e funcionários
convencionais, emitidos pelo próprio interessados.
aparelho;
- b) de bloqueio - podem ser manuais • TREM FACULTATIVO: - Um trem
(sinais manuais, semáforos) ou cuja tabela consta no horário, porém
automáticos (sinais óticos e acústicos não autorizado a circular sem
de ação automática transmitido pelos notificação prévia a todas as
próprios trens) e automáticos localidades e funcionários
centralizados (C.T.C.); etc. interessados.

• TREM DE HORÁRIO: - São os • TREM REGULAR: - Um trem cuja


trens regulares e facultativos tabela consta no horário e autorizado
indistintamente. a circular todos os dias da semana ou
em dias determinados.
• TREM DE LASTRO: - Trem
destinado ao transporte de material • TREM RENOVADOR: - Conjunto
de lastro. de máquinas de via permanente que
efetua a renovação total da
• TREM DE TRILHO: - Trem supeprestrutura da via férrea,
especial ou adaptado, que efetua o trabalhando em série e que podem
lançamento e/ou a retirada de trilhos ser acopladas entre si, ou
ou barras de trilhos, mediante acomodadas sobre outras,
operações mecanizadas. constituindo composição rebocável
ou auto-propulsora.
• TREM ESPECIAL: - Um trem com
características de circulação • TREM UNIDADE: - É o conjunto de
particulares, não tabelado no horário, dois ou mais carros de passagerios,
porém não autorizado a circular sem tendo pelo menos um carro motor
notificação prévia a todas as ligado a carro (s) reboque (s),
localidades e funcionários formando uma unidade distinta.
interessados. Pode ser de Podem ser dotados de tração elétrica,
passageiros, carga ou misto, fretado, diesel hidráulica, diesel elétrica, etc.
requisitado ou de serviço.
• TRIAGEM: - Pátios ou esplanadas
• TREM ESPECIAL DE SERVIÇO: - em que são feitas composições de
É um trem utilizado para transporte trens, redistribuição de expedições e
de pessoas, máquinas ou materiais vagões etc., tendo em vista o destino
que serão empregados numa obra da respectivo.
ferrovia ou que circule por um motivo - Estações Compositoras:
qualquer de interesse ferroviário. - Estações onde são formados os
trens e feita redistribuição das

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 60

expedições nos vagões, acertos do • TRILHO[TR]: - Barras de aço, de


carregamento, etc. formato especial, assentada em fila
dupla sobre dormente, nas quais
• TRIÂNGULO: - Três linhas ligadas circulam as rodas dos carros e
em forma de triângulo por meio de locomotivas.
chaves, permitindo a inversão de - Perfilado metálico da seção
trens ou veículos. transversal semelhante ao duplo T,
com características de viga, que
• TRIÂNGULO DE REVERSÃO: - suporta e guia as rodas do veículo
Conjunto de três vias férreas ferroviário e constitue a superfície de
formando triângulo com dois lados rolamento da via.
curvelíneos, completados pelo
chicote e destinado a inverter a • TRILHOS DE LIGAÇÃO: - São os
posição do trem ou veículo, mediante trilhos que fazem a ligação do talão
manobra. das agulhas, ao "coração" do AMV.

• TRILHO DE DUPLO BOLETO: - • TROLE DE LINHA: - Pequeno


Trilho (praticamente em desuso) veículo, acionado manualmente,
desprovido de patim e possuindo dois rebocado ou motorizado (trole-motor),
boletos ligados pela alma, um deles que se desloca sobre via férrea,
se apoiando em peça especial normalmente para efetuar transporte
(penela) onde o trilho é fixado com de pessoal, ferramenta, utensílio e
cunha. material de turma.

• TRILHO "DECAUVILLE": - Trilho • TURMA DE CONSERVA: -


"Vignole" muito leve empregado em Pessoal incumbido da conservação
via férrea para vagoneta. do trecho da linha. A turma é chefiada
por um feitor, subordinado ao mestre
• TRILHO "VIGNOLE": - Trilho com de linha
boleto, alma e patim.
• TURMA DE LINHA (linha de via
• TRILHO DE PERFIL PADRÃO: - permanente): - Grupo de
Aquele que é fabricado com seção trabalhadores que efetua serviços
transversal e peso padronizado (ver conjuntos sob direção única, na via
PB-12 E P-1/DNEF). permanente.

• TRILHO DE REEMPREGO: - • TURMA DE VIA PERMANENTE: -


Aquele que é retirado de uma férrea Equipe de homens a qual cabe
para ser assentado em outra com manter e reparar a via permanente
tráfego menos pesado ou denso. em determinado setor da estrada.

• TRILHO DE TRILHO: - Face da • TURMA VOLANTE: - Turma


extremidade do trilho. especial móvel, em geral numerosa e
mecanizada, que efetua serviços de
conservação extraordinária.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 61

U
• UNIDADE DE TRANSMISSÃO
REMOTA [UTR]: - Equipamento do
sistema de transmissão de dados que
faz a interface entre os equipamentos
de campo e o CCO.

DNIT
Glossário dos Termos Ferroviários 62

V
- O transporte em vagão requisitado
• VAGÃO: - É o veículo destinado ao é, em geral, mais rápido que o de
transporte de cargas. pequenas expedições, pois estas são
- Os veículos para o transporte de transportadas em vagões coletores
passageiros são mais comumente ou ficam, as vezes, nos armazéns,
chamados de "carros", incluindo-se aguardando a formação de carga
os "dormitórios", "restaurantes" etc. suficiente para lotar um veículo.
- Os vagões de Mercadorias podem - A requisição do vagão assegura o
ser fechados ou abertos. Os abertos transporte logo após o fornecimento
podem ser dos tipos: pranchas, do veículo.
gôndolas com fueiros ou de bordas,
plataformas, etc. • VAGÕES COLETORES: - Vagões
- As estradas possuem vagões de que trafegam em determinados
tipos especiais para certas trechos para coletar as pequenas
mercadorias: tanques, frigoríficos, expedições de mercadorias e
vagões rebaixados, vagões para animais, despachadas em estações
minérios e carros-box para condução de pouco movimento
de animais de raça, etc.
- Na parte externa, os vagões trazem • VAGÕES TANQUES
inscrita a lotação respectiva (peso PARTICULARES (Capacidade
útil), bem como o seu peso normal fracionada): - Diz respeito à lotação
(tara). de certos vagões-tanques que não é
apresentada em toneladas inteiras,
• VAGÃO REQUISITADO: - Vagão como acontece com os demais tipos
posto à disposição do expedidor, a de vagões de cargas.
seu pedido. - Devendo ser respeitada como limite
- O expedidor, que possuir carga a lotação do vagão, no caso de
suficiente para lotar um dos vagões capacidade fracionada, o
dos tipos existentes na estrada, arrecadamento de peso só pode ser
poderá requisitá-lo, obrigando-se, feito até o limite dessa capacidade, o
porém, ao pagamento dos fretes pela que muitas vezes significa dispensar
lotação do vagão ou mínimo de o arredondamento.
lotação estabelecido, mesmo que não
o aproveite totalmente, pois, nesse • VAGONETE: - Espécie de trole
veículo, a estrada não colocará usado nos trabalhos de terra. É
outras expedições. provido de estrado e caixa, sem
- Os transportes em vagões tampa, onde se carregam terra e
completos, por serem feitos em outros materiais.
maiores partidas gozam da "tarifa de
lotação", isto é, de tarifa mais baixa • VALETA: - Vala de pequena seção
em relação à estabelecida para as transversal que coleta e escoa águas
pequenas expedições. superficiais.

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Glossário dos Termos Ferroviários 63

• VALETA DE CORTE: - Aquela • VELOCIDADE DE REGIME DE


que é construída na plataforma em UMA LOCOMOTIVA: - É a
corte. velocidade média, normal, que ela
pode manter desenvolvendo o seu
• VALETA DE PROTEÇÃO (linha de esforço médio de tração.
contorno): - Aquela que é construída
no lado do montante do corte, pouco • VELOCIDADE LIMITADA: - É uma
além da crista ou no pé do aterro. velocidade máxima permitida em um
determinado trecho.
• VALETA DE ATERRO: - Aquela
que é construída na plataforma em • VELOCIDADE MÁXIMA
aterro. AUTORIZADA: - Velocidade máxima
permitida, indicada no horário ou nas
• VARETA (trama): - Peça de metal instruções especiais.
ou madeira ajustada nos fios de
arame de cerca, para mantê-los • VELOCIDADE REDUZIDA: - É
convenientemente espaçados no uma velocidade determinada para
painel. casos especiais. Geralmente inferior
a 30 Km/h.
• VARIANTE: - Alteração apreciável
introduzida no traçado existente ou • VELOCIDADE RESTRITA: - Uma
projetado. velocidade que permita parar dentro
da metade do campo de visão. OBS:
• VARIANTE: - Trecho de linha Quando o Sistema de Bloqueio
construído posteriormente, para Automático/CTC ou as Regra de
encurtamento, retificação, melhoria Travamento Sincronizado exigirem a
de condições técnicas (rampas, circulação com VELOCIDADE
curvas etc), ou desafogo de parte do RESTRITA, tal circulação será levada
traçado. Destaca-se em certo ponto a efeito de modo a permitir a parada
da linha primitiva, para retomá-la do trem dentro da metade do campo
mais adiante. Há variantes que são de visão bem como a parada antes
construídas apenas em caráter de uma chave virada em posição
provisório. contrária.

• VARIANTE PRÓVISORIA: - • VERTENTE: - É a superfície das


Aquela de caráter de emergência e montanhas por onde descem as
transitória. águas.
- Dorso: É a superfície convexa
• VELOCIDADE COMERCIAL DO formada por duas vertentes da
TREM: - A que corresponde à média mesma montanha, contra-forte ou
do tempo gasto para percorrer a espigão, pela qual passa a linha
distância entre dois pontos, inclusive divisória de águas.
o tempo de parada nas estações - Divisor de águas: Linha de
intermediárias. vertentes ou linha divisória de águas

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Glossário dos Termos Ferroviários 64

- Linha, nos pontos mais elevados, • VIA FÉRREA DEFORMADA: -


onde as vertentes da mesma Aquela cuja superfície de rolamento
montanha, contraforte ou espigão, se está fora de posição em perfil.
encontram. No primeiro caso -
chamada cumeada nos dois últimos, • VIA FÉRREA DESNIVELADA: -
crista. Aquela cuja superfície de rolamento
está fora de posição em perfil.
• VIA DE GAVETA: - Via necessária,
geralmente derivada de desvio de • VIA FÉRREA DUPLA: - Aquela
cruzamento e destinada à derivação que é formada de duas vias férreas,
de outros desvios de pátio (desvios geralmente paralelas.
de gaveta).
• VIA FÉRREA ELÁSTICA: - Aquela
• VIA FÉRREA MISTA: - Aquela em que o trilho (ou barra de trilho) é
com mais de duas fiadas de trilhos. fixado ao dormente por fixação
duplamente elástica.
• VIA FÉRREA (via): - Duas ou mais
fiadas de trilhos assentados e fixadas • VIA FÉRREA ENSARILHADA: -
paralelamente sobre dormentes, de Aquela em que a fuga da via se
acordo com as bitolas, constituindo a apresenta com sinuosidade.
superfície de rolamento.
• VIA FÉRREA LAQUEADA: -
• VIA FÉRREA ABERTA: - Aquela Aquela que aparentando nivelamento
cuja distância entre as faces dos correto, desnivela-se com a
boletos excede a bitola da via. passagem do trem, em consequência
de falso apoio do dormente e volta
• VIA FÉRREA ACESSÓRIA: - em seguida à posição anterior.
Desvio de qualquer natureza, pera,
triângulo da reversão, ramais de • VIA FÉRREA MÚLTIPLA: - Aquela
serviço ou particulares e, de modo que é constituída de várias vias
geral, qualquer via não integrante da férreas, em geral paralelas.
via principal.
• VIA FÉRREA PERMANENTE: -
• VIA FÉRREA ARRIADA: - Aquela Conjunto de instalação e
cuja superfície de rolamento de um equipamentos que compõem a infra e
dos trilhos ou de ambos acha-se a superestrutura da ferrovia.
muito abaixo do greide da via.
• VIA FÉRREA PRINCIPAL: -
• VIA FÉRREA CHOQUEADA Aquela que liga estações e transpõe
(golpeada): - Aquela que por defeito pátios e em que os trens, em ordem
de nivelamento e alinhamento, causa de marcha, circulam com horários,
fortes abalos aos trens em marcha. licença ou sinais de bloqueio.

• VIA FÉRREA RÍGIDA (VIA


FÉRREA CRAVADA, OU VIA

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Glossário dos Termos Ferroviários 65

FÉRREA CLÁSSICA): - Aquela em


que o trilho (ou barra de trilho) se
solidariza ao dormente diretamente
por grampo ou tirefão.

• VIA FÉRREA SEMI-ELÁSTICA: -


Aquela em que o trilho (ou a barra do
trilho) se fixa ao dormente por fixação
simplesmente elástica.

• VIA FÉRREA SINGELA: - Aquela


que é formada por uma única via.

• VIA PERMANENTE: - Abrange


toda a linha férrea, os edifícios, as
linhas telegráficas, etc.

• VIA SINGELA: - Movimentação de


trem onde a viagem de ida e volta é
realizada pela mesma via.

• VIADUTOS: - Obra de arte de


grande altura, que transpõe vales ou
grotas, em substituição a aterros de
elevado volume, cuja feitura não seja
técnica ou econômicamente
aconselhável.

• VOLUME DO LASTRO: -
Quantidade do material de lastro em
metros cúbicos por metro de via.

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Z
• Z-BOND: - Antenas existentes na
Via Permanente, cuja função é enviar
os sinais de código para os trens.

• Zona de Manoba [ZM] :


- Região existente ao longo da via
principal em que é possível
automatizar manobras de retorno.

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