Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARTIGO ARTICLE
Gestão ambiental e democracia:
análise crítica, cenários e desafios
Abstract This article discusses the limits, alter- Resumo O artigo discute limites, alternativas e
natives and challenges of environmental manage- desafios da gestão ambiental nas sociedades con-
ment in contemporary globalized capitalist soci- temporâneas inseridas no capitalismo globalizado
eties. It is based on a critical analysis supported a partir de uma análise crítica apoiada em autores
by authors from social sciences, political ecology das ciências sociais, da ecologia política e da saúde
and public health. To this end, we systematize the coletiva. Para isso, sistematizamos o significado da
meaning of hegemonic environmental manage- gestão ambiental hegemônica em sua vertente da
ment in terms of eco-efficiency and its limits to ecoeficiência e seus limites para o enfrentamento
tackle environmental risks and construct demo- dos riscos ambientais e para a construção de pro-
cratic processes and societies. We developed four cessos e sociedades mais democráticos. Construí-
ideal scenarios involving possible combinations mos quatro tipos ideais de cenários envolvendo
of environmental management and democracy. possíveis combinações entre gestão ambiental e
This model served as a base, together with aca- democracia. Este modelo serviu de base, juntamente
demic studies and the theoretical and militant com trabalhos acadêmicos e a experiência teórica
experience of the authors, for a reflection on the e militante dos autores, para uma reflexão sobre as
current characteristics and future trends of envi- características atuais e as tendências futuras de
ronmental management and democracy, with gestão ambiental e democracia, com ênfase na re-
emphasis on the reality of Latin America, specif- alidade latino-americana, mais especificamente na
ically Brazil. Lastly, we discuss possibilities for brasileira. Por fim, discutimos possibilidades de
social transformation taking into consideration transformação social a partir das contradições e
the contradictions and emancipatory alternatives alternativas emancipatórias decorrentes das con-
1
Centro de Estudos da Saúde resulting from confrontations between hegemon- frontações entre tendências hegemônicas do mer-
do trabalhador e Ecologia
ic tendencies of the market and counter-hegemon- cado e contra-hegemônicas provenientes de uto-
Humana, Escola Nacional de
Saúde Pública Sergio ic utopias and social movements. The latter as- pias e movimentos sociais, estas assumindo prin-
Arouca, Fundação Oswaldo sume principles of environmental justice, econom- cípios da justiça ambiental, da economia solidá-
Cruz. Av. Leopoldo Bulhões
ic solidarity, agro-ecology and sustainability as ria, da agroecologia e da sustentabilidade, bem
1480, Manguinhos. 21041-
210 Rio de Janeiro RJ. well as the construction of new epistemologies. como da construção de novas epistemologias.
marcelo.firpo@ensp.fiocruz.br Key words Environmental management, Democ- Palavras-chave Gestão ambiental, Democracia,
2
Instituto de Estudos em
racy, Future scenarios, Eco-efficiency, Citizen Cenários futuros, Ecoeficiência, Controle cidadão
Saúde Coletiva,
Universidade Federal do Rio control
de Janeiro.
1448
Porto MFS, Schütz GE
listas; (4) corporativas: as soluções dos conflitos No modelo da dupla delegação11, um grupo
de interesses são estabelecidas em processos fe- selecionado de atores sociais (stakeholders) e pe-
chados de negociação e deliberação; (5) de mer- ritos “credenciados” – cuja base é a da ciência
cado: a participação é concebida como fonte de normal pretensamente neutra e objetiva – parti-
competitividade, e o público como consumidor; cipam de discussões de natureza dita técnica na
e, finalmente, (6) agonística: se realiza em condi- perspectiva dos interesses econômicos dominan-
ções de confrontação incluindo ações diretas tes. A atual noção de gestão ambiental encontra
(manifestações, boicotes); tende a ser ocultada a sua origem nesta estratégia apolítica, que difi-
ou considerada ilegítima, sendo frequentemente culta as articulações equivalenciais necessárias
punida através da criminalização dos ativistas e para produzir ações coletivas transformadoras
seus parceiros. Contudo, algumas demandas por parte de atores e movimentos sociais que se
podem acabar sendo reconhecidas em processos posicionam enquanto portadores de direitos
de negociação posteriores às ações diretas. (stakerights).
Autores da vertente ecomarxista8 apontam as
fragilidade do modelo hegemônico associadas às
duas contradições fundamentais do próprio ca- Ecoeficiência
pitalismo. A primeira, central no período inicial e tipos ideais de gestão ambiental
do capitalismo industrial até a o início da segun-
da metade do século XX, relaciona-se com as Atualmente, a política ambiental das grandes cor-
condições de trabalho, tendo como principais porações e, em parte, das organizações do Estado
protagonistas os trabalhadores expropriados da é estruturada pela formulação de diretrizes de
sua produção (alienação, mais-valia). Já a segun- Ecoeficiência que compõem sistemas de gestão
da, crescentemente importante desde então, está autorregulados. A Ecoeficiência é uma política es-
associada às condições de produção, o que in- tratégica que incorpora a responsabilidade cor-
cluiria as problemáticas ambientais, de gênero, porativa; encoraja as empresas a se tornarem mais
étnicas dentre outras. Seus principais protago- inovadoras e competitivas; propaga a ideia de
nistas são coletivos contra-hegemônicos organi- autorregulação – em contraposição à ação regu-
zados em torno de suas próprias agendas de latória e fiscalizadora do Estado – e amplia a ade-
mudança social, como feministas, ambientalis- são voluntária14. Trata-se de uma resposta con-
tas, povos tradicionais, agricultores familiares li- ceitual e política desenvolvida por grandes corpo-
gados à agroecologia, organizações de justiça rações e associações industriais e empresariais para
ambiental, dentre outros13,14. responder a vários desafios apresentados na Rio-
Na perspectiva hegemônica, a gestão ambi- 92 sob a lógica da gestão eficiente.
ental restringe o espaço de solução de conflitos Para fins analíticos, propõe-se aqui caracte-
às instâncias institucionais consolidadas e à bus- rizar tipos ideais dos atuais modelos de gestão
ca de consensos por mecanismos como compo- ambiental. Entende-se que os tipos ideais não são
sição, negociação ou decisão por maioria. Tais descrições exatas da realidade, mas intentos de
mecanismos, contudo, assumem que as deman- construir, a partir de elementos essenciais, uma
das sociais consideradas legítimas são apenas tipologia que faça inteligível a caótica e dispersa
aquelas cujas soluções não implicam transfor- evidência acumulada na experiência e que contri-
mações radicais ou estruturais da ordem social bua na análise de tendências atuais e futuras4. Os
instituída. Portanto, há um processo social de elementos essenciais tipificadores aqui conside-
ocultar dissensos e isolar as reclamações, sejam rados são os quatro instrumentos que definem a
elas parcialmente satisfeitas ou não, para que os Ecoeficiência de um empreendimento, isto é, a
atores sociais demandantes constituam identi- prática parcial ou total de quatro ferramentas
dades sociais fragmentadas, seja na condição de interrelacionadas: (i) Sistema de gestão ambien-
vulneráveis que necessitam ações de ajuda, seja tal (SGA); (ii) Certificação ambiental; (iii) Pro-
na condição de ilegítimos ou inimigos. Em con- cessos de produção mais limpa (P+L); e, (iv)
trapartida, existe uma pluralidade de demandas, Avaliação do ciclo de vida (ACV)15. A implanta-
mobilizações e realizações por direitos coletivos ção de um SGA permite à empresa reduzir custos
que, através de sua articulação equivalencial, pro- de produção racionalizando insumos materiais
duzem subjetividades, plataformas e agendas e energéticos, muitas vezes limitado aos proces-
mais amplas dos atores, redes e movimentos so- sos administrativos e de publicidade. O sistema
ciais, sendo fundamentais para a transformação de certificação ambiental mais geral disponível, e
social15. aplicável a todos os processos produtivos é a sé-
1451
incertezas representam um dilema para a gover- fruí-las no futuro desde que isso não implique a
nança hegemônica, pois aceitá-las significaria re- geração de privilégios injustos. Portanto, um de-
conhecer que as decisões em matéria ambiental safio central consiste em como reformular e de-
devem fundamentar-se em critérios políticos e mocratizar os instrumentos de gestão ambiental
ético-valorativos, e não apenas discussões técni- assumindo o seu caráter político.
cas, daí sua manipulação na defesa de interesses
econômicos envolvendo indústrias e produtos
perigosos como o fumo16. Uma vez introduzidas Gestão e democracia:
as incertezas, o modelo autorregulado hegemô- presente e futuro em quatro cenários
nico é confrontado pelo Princípio da Precaução17,
que além de ter vocação universal, teria regência A partir dos tipos ideais de gestão desenvolvidos,
mesmo sem o rigor das certezas científicas. propomos aqui um exercício teórico de construir
Há, ainda, outros dois testes pelos quais a quatro cenários que, de forma sintética, esque-
ecoeficiência autorregulada não consegue passar matizam possíveis ordens sociais decorrentes das
satisfatoriamente: o do controle cidadão e o da diferentes combinações da gestão ambiental com
soberania informativa. O controle cidadão sig- a democratização da sociedade. Para isso, nos
nifica a capacidade de ação fiscalizadora da soci- apoiamos nos estudos de cenários utilizados
edade civil organizada, e existem limites mesmo como referencial de futuros possíveis e alternati-
tendo sido normalizado em várias legislações vos, permitindo a reflexão sobre a realidade em
nacionais em relação às atividades de governos e que se vive e diante da qual se planeja construir
de instituições públicas, inclusive porque os pro- alternativas, incluindo os sonhos e utopias por
cessos de certificação e auditoria envolvem entes um mundo melhor4.
privados que, sob a lógica de mercado, assumem A Figura 1 mostra o esquema que define os
formas restritivas de participação, não de cida- cenários: acima e à direita os parâmetros aumen-
dãos, mas de consumidores. tam, ao passo que abaixo e à esquerda se redu-
Diversas corporações têm divulgado ao pú- zem. Metaforicamente, o cenário 1 (menos de-
blico relatórios de desempenho social e ambien- mocracia, menos gestão) é a combinação mais
tal, sugerindo grandes esforços feitos em inova- perversa da economia laissez faire com ausência
ções tecnológicas e investimentos ambientais, mas de contrato social. A violência não é monopólio
omitindo causas e contextos17,18. O fato das gran- do Estado, as relações de trabalho são indignas e
des empresas privadas usarem a comunicação a exploração dos recursos naturais é predatória.
como uma peça crucial da governança hegemô- Não há políticas públicas que atenuem as conse-
nica e marketing dificulta o exercício democráti- quências socioambientais e sanitárias da destrui-
co da soberania informativa, entendida como o ção dos ecossistemas, com exclusão social e ex-
livre e efetivo acesso à informação, valorizada
como um bem público e não como uma mera
mercadoria, já que o direito a estar adequada-
mente informado é crucial à cidadania, pois ali-
cerça a autonomia dos sujeitos.
Sem acesso ao conhecimento sobre os proce- Mais democratização
dimentos envolvidos na obtenção de uma certi-
ficação ambiental, a sociedade tende a relacioná-
la a uma espécie de premiação por não poluir19, Cenário 2 Cenário 4
sem identificar os determinantes históricos inse-
ridos na governança hegemônica. Por isso, a con- Menos gestão Mais gestão
solidação da soberania informativa é tão impor-
tante, não apenas para desconstruir o fetiche da Cenário 1 Cenário 3
gestão, mas para a consolidação de uma demo-
cracia mais justa e inclusiva.
Apesar das críticas, é importante ressaltar que
Menos democratização
as ferramentas de gestão ambiental não podem
ser desprezadas em função de sua origem na ló-
gica de mercado: elas têm imbuído trabalho his- Figura 1. Os quatro diferentes cenários
tórico e fazem parte das conquistas tecnológicas socioambientais construídos a partir da ponderação
e materiais da humanidade, que poderemos usu- combinatória de gestão ambiental com democracia.
1453
vários países e continentes, tem consolidada sua tões de direitos e democracia, conectadas ao
democracia e se apropria politicamente dos ins- ambientalismo e à própria saúde coletiva.
trumentos que permitem gerir os recursos natu- Existem vários processos que, nas próximas
rais e os ecossistemas de forma justa e sustentá- décadas, poderão impactar diferentemente os ní-
vel. O poder decisório está nas mãos da cidada- veis de democracia e gestão ambiental, mesclan-
nia, que exerce com soberania e solidariedade o do, expandindo ou restringindo tendências entre
usufruto da riqueza socialmente produzida, com os cenários apontados. Por exemplo, as atuais
a sociedade e o Estado atuando na defesa dos crises do capitalismo (financeira, social e ambi-
bens e interesses públicos e impondo restrições ental), ao mesmo tempo em que geram instabili-
ao poder do mercado, permitindo a gestação de dades e retrocessos, podem permitir rearranjos
outras formas de economia e saberes. Há uma de poder dentro dos países e entre eles, através de
gestão mais democrática e precaucionaria do ris- um maior controle das instituições financeiras e
co e da produção de conhecimento técnico-cien- do mercado, bem como de uma multipolaridade
tífico, o direito à informação está plenamente ga- que reforce padrões mais democráticos de go-
rantido, gerando as condições de autonomia que vernança global. Por sua vez, o uso contra hege-
renovam a cada momento histórico as relações mônico da internet tem possibilitado enormes
equivalenciais entre indivíduos, comunidades e avanços para o controle cidadão e a soberania
coletivos sociais. Desta forma, a diversidade cul- informativa, mas se confronta com as ameaças
tural encontra seu espaço na esfera social com do espetáculo midiático que aumenta o poder de
múltiplas possibilidades de desenvolvimento controle de informações e subjetividades por
humano, tanto nas dimensões materiais quanto parte das grandes corporações e mídias a elas
espirituais. Este cenário idealmente ótimo não associadas.
possui, ainda, nenhum exemplo concreto na rea- O aumento dos impactos, ou da percepção
lidade atual, pois mesmo nas sociedades mais dos mesmos, relativos às mudanças climáticas
ricas e democráticas da atualidade, tal cenário é reforça a agenda ambiental nas políticas públicas
restringido pela atual lógica do comércio inter- e práticas de modelos mais eficientes de gestão em
nacional baseada numa divisão do trabalho e dos diferentes níveis, ressignificada como economia
riscos que subordina a riqueza de uns à explora- verde ou economia de baixo carbono, associada à
ção social e à degradação ambiental de outros14,20. criação de novos mecanismos de mercantilização
Para fins de breve ilustração para compreen- da natureza, como o mercado de carbono e o
der a atual realidade brasileira, verificamos uma chamado REDD (Redução de Emissões por Des-
clara tendência de expansão de práticas compa- matamento e Degradação). Estes temas, vitrine da
tíveis com o cenário 2, ao mesmo tempo em que Conferência Rio+20, devem ser vistos com extre-
formas violentas de gestão desreguladas e sem a ma cautela, pois representam um novo fetiche
atuação do Estado ainda permanecem, como para a solução de problemas socioambientais que
assassinatos e práticas mafiosas na defesa de in- deverão se intensificar nas próximas décadas. Por
teresses econômicos, o que pode ocorrer tanto outro lado, mesmo iniciativas em torno de tecno-
nos confins da Amazônia como nas periferias de logias “limpas” renováveis também podem vul-
metrópoles como o Rio de Janeiro. Isto é dialeti- nerabilizar populações, caso da implantação de
camente acompanhado por movimentos de ins- parques eólicos no nordeste brasileiro que aca-
titucionalização de práticas cidadãs que aproxi- bam afetando ecossistemas, populações tradicio-
mam certos contextos do cenário 3 e possibili- nais, pescadores e agricultores familiares.
tam vislumbrar cenários mais otimistas. A pre- Outro fator decisivo para o futuro da demo-
sença de grandes investimentos em quase todo o cracia está relacionado a como a humanidade e
país relacionados à expansão do agronegócio; dos os vários países lidarão com ameaças de grande
portos de exportação de commodities; das gran- perigo, sejam catástrofes ambientais ligados a
des hidrelétricas, hidrovias e ferrovias; dos com- grandes interesses corporativos (caso do setor
plexos siderúrgicos e petroquímicos; dos rear- nuclear e a tragédia de Fukushima), ou mesmo
ranjos urbanos provenientes de grandes eventos atos terroristas de maior envergadura, os quais
como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, são possam impactar o fluxo de informações, a mo-
todos processos reveladores da inserção brasi- bilidade e o exercício de direitos humanos fun-
leira na atual lógica do capitalismo global. Ao damentais. Também o fim ou a localização em
mesmo tempo, intensificam conflitos e situações poucos países de recursos naturais estratégicos,
de injustiça ambiental, gerando inúmeras mobi- sejam eles energéticos (petróleo e urânio) ou vi-
lizações coletivas que colocam em seu centro ques- tais (água) nas próximas décadas poderão gerar
1455
Colaboradores
Referências
1. Freitas CM. Problemas ambientais, saúde coletiva e 14. Porto MF, Martinez-Alier J. Ecologia política, eco-
ciências sociais. Cien Saude Colet 2003; 8(1):137-150. nomia ecológica e saúde coletiva: interfaces para a
2. Porto MFS. Uma Ecologia Política dos Riscos: prin- sustentabilidade do desenvolvimento e para a pro-
cípios para a promoção da saúde e da justiça am- moção da saúde. Cad Saude Publica 2007; 23(Supl.
biental. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2007. 4):S503-S512.
3. Fernandes F. A contestação necessária: retratos inte- 15. Almeida F. O Bom Negócio da Sustentabilidade. Rio
lectuais de inconformistas e revolucionários. São Pau- de Janeiro: Nova Fronteira; 2002.
lo: Ática; 1995. 16. Freudenburg W, Gramling R, Davidson D. Scien-
4. Buarque SC. Metodologia e técnicas de construção de tiûc Certainty Argumentation Methods (SCAMs):
cenários globais e regionais. Brasília: IPEA; 2003. [tex- Science and the Politics of Doubt. Sociological In-
to para discussão no 939] quiry 2008; 78(1):2-38.
5. M’Gonigle RM. Ecological economics and politi- 17. World Commission on the Ethics of Scientific
cal ecology: towards a necessary synthesis. Ecol Econ Knowledge and Technology (COMEST). The Pre-
1999; 28:11–26. cautionary Principle. Paris: UNESCO; 2005.
6. Funtowicz S, Ravetz J. Emerging complex systems. 18. Laclau E. La razón populista. Buenos Aires: Fondo
Futures 1994; 26(6):568-582. de Cultura Economica; 2008.
7. Foladori G. Limites do desenvolvimento sustentável. 19. Kleba J. Adesão voluntária e comportamento am-
Campinas: Editora Unicamp; 2001. biental de empresas transnacionais do setor quími-
8. Schütz GE. La insoportable levedad del papel: Con- co no Brasil. Ambiente e Sociedade 2003; 6(2):25-45.
flicto socioambiental y salud en torno de la pro- 20. Santos BS. A crítica da razão indolente: contra o des-
ducción de celulosa en el Cono Sur latinoamerica- perdício da experiência. São Paulo: Cortez Edito-
no [tese]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; ra; 2000.
2008. 21. Tygel D. Carta Política do Encontro Nacional de Diálo-
9. Arendt H. A Condição Humana. Rio de Janeiro: gos e Convergências entre Agroecologia, Saúde e Justiça
Forense Universitária; 2003. Ambiental, Soberania Alimentar, Economia Solidária e
10. Bauman Z. Vida de Consumo. Buenos Aires: Fondo Feminismo. 2004. [acessado 2012 maio 14]. Disponí-
de Cultura Econômica; 2007. vel em: http://dialogoseconvergencias.org/noticias/
11. Nunes JA. Governação, conhecimentos e participação carta-politica-do-encontro-nacional-de-dialogos-e-
pública. Coimbra: Centro de Estudos Sociais; 2007. convergencias.
12. Hagendijk R, Egil K. Changing Conceptions and
Practices of Governance in Science and Technolo-
gy in Europe: A Framework for Analysis. STAGE
Discussion paper no. 2. [acessado 2012 maio 14].
Disponível em: http://www.stage-research.net/
STAGE/downloads/StageDiscussPaper2.pdf
13. O’Connor J. Causas Naturales: Ensayos de Marxis- Apresentado em 27/04/2012
mo Ecológico. México: Siglo XXI; 2001. Versão final apresentada em 02/05/2012