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Faculdade Rebouças 

Curso: Medicina Veterinária 


Disciplina: Biossegurança, Bioética e Meio Ambiente
Professor: Bruno Oliveira
Aluna: Beatriz Guimarães Irineu
Resumo e autocrítica do documentário.

Documentário: Silvestre não é PET!


Resumo: O documentário começa falando sobre, durante todos esses milhares de anos de dedicação,
os animais como cães e gatos fazem parte da nossa família, tornaram-se dependentes do ser humano.
Nos dias atuais, outros tipos de animais são cada vez mais comum nos lares urbanos, os silvestres.
Segundo o dicionário, SILVESTRES, que é próprio das selvas, que nasce e se cria no mato ou nas selvas.
São considerados silvestres animais que pertences as espécies nativas do Brasil, aqueles que devem
viver na natureza. Segundo a Dra. Anabela Pinto-Pesquisadora da Universidade de Cambridge, os
animais silvestres precisam viver nas condições ecológicas no ambiente onde eles estão inseridos ao
retirar ele desse ambiente, cria-se um problema no equilíbrio ecológico, o animal também irá sofrer,
terá uma má qualidade de vida, indução de stress. Logo em seguida a Profa. Dra. Ceres Berger Faraco-
Médica Veterinária e Pres. Da AMVEBBA, relata que os animais domésticos conseguem se adaptar as
mesmas condições que a nossa, são espécies muito próximas do ser humano, já os animais silvestres
têm uma realidade totalmente diferente que jamais serão compatíveis e domesticáveis. Uma vez que
uma espécie é domesticada ela terá muita dificuldade de sobreviver na natureza, o problema em si
não é só a domesticação, mas sim o comportamento da vida mantida em cativeiro, doenças
comportamentais, e tudo faz com que percam suas raízes e referencias, tornando-o anômalo. No
documentário apresenta e fala sobre a Associação Mata Ciliar, um centro de habilitação de animais
silvestres, abrigam várias espécies que tiveram seu comportamento afetado pelo convívio com o
homem, coordenado por Cristina Harumi Adania-Coordenadora da Fauna-Assoc. Mata Ciliar, relata
alguns testemunhos de vida de alguns dos animais que sofreram. Como o Bugio Gardenal, criado pelo
homem como se fosse um filho e deixado na associação, ele teve e tem vários traumas o que explica o
comportamento atípico de qualquer outro Bugio. O Gato Místico, criado como PET, consequência
disso, muito estressado, andar de 8 o tempo todo. O papagaio e a arara, animais que na natureza
vivem em grupos, após o contato humano, quando colocado junto de outros da mesma espécie,
começam a se mutilarem, perderam sua identidade. Lívia Botár, fundadora e coordenadora do Projeto
Mucky, onde resgatam vários saguins que sofrem sob os cuidados do homem com o contato humano
os saguins passam a ter comportamentos rebeldes, morder, seletivo na maturidade sexual, isto é,
quando ele cresce, pois na maioria das vezes eles não chegam a crescer, pois entram em processo de
desnutrição e adquirindo doenças, fora as lesões que sofrem tanto fisicamente quanto
emocionalmente. Não quer dizer que o animal tenha uma boa qualidade de vida porque ele tem uma
gaiola grande, é alimentado, pois esses animais evoluíram para viver em uma floresta, onde ficam
expostos a chuva, eles mesmo têm que procurar seu alimento. Nenhum cativeiro, por mais
enriquecido que seja, não pode proporcionar essas coisas aos animais silvestres. Outro ponto muito
importante no documentário foi sobre os grandes criadouros de animais, as aves, desde cedo, não tem
contato com seus pais, desde o ovo na incubadora, alimentados por seringas, não podem escolher seus
parceiros sexuais, vivem o resto de suas vidas em gaiolas, e o mínimo que deve ser feito para eles é:
livre de fome e sede, livre de desconforto, livre de doenças e ferimentos, livre de medo e estresse, livre
para expressar seu comportamento natural. Outro ponto para destacar é sobre a atividade comercial
de animais silvestres, que é legalizada no nosso país, contudo há algumas regras a serem seguidas. A
Lei 5,197/67 (Código de Fauna) permite a criação de animais, Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais)
criminaliza a venda, a compra e a posse de animais silvestres sem autorização. Com isso muitos
animais são comercializados e transportados como mercadoria em situações miseráveis, além de ser
ilegal, passam por muito muito stress,a captura dele em seu habitat, o índice de mortalidade é alto
devido a essas condições, e o número de espécies ameaçadas a serem extintas vem crescendo a cada
dia que passa, e tudo isso (enxergar animais silvestres como animais silvestres) as pessoas só vão ter
consciência a partir do momento que elas tiverem capacidade e condição de se colocar no lugar do
animal, vendo toda a negatividade que os humanos fazem na vida deles, tirando da natureza, assim
acabando com o tráfico de animais silvestres.

Autocrítica: O documentário é bastante relevante, com um conteúdo muito importante a ser


passado para nós estudantes, não só nós, mas acredito que seja de extrema importância a qualquer
faixa etária ser debatido e quanto mais cedo melhor, como mostra no vídeo. Pois é ainda quando
criança que começamos a nossa formação e passamos a consciência sobre nossos atos e atitudes, o
que é certo e o que é errado, diante disso, eu, aprendi muito com esse documentário, não sabia o
quanto a criação em cativeiro poderia ser tão prejudicial na qualidade de vida dos animais silvestres, o
quanto estressante e traumatizante pode ser, o interfere no equilíbrio ecológico. Como a Profa. Dra.
Ceres Berger Faraco, citou em suas falas, “as pessoas querem transformar uma ave em um cachorro”,
mas os silvestres jamais serão compatíveis e domesticáveis com ser humano. Contudo, se não
entendermos a importância da Fauna, não vamos a lugar, em relação ao comércio desses animais, algo
precisa ser feito, como também as pessoas têm que deixarem de comprar.

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