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BANDEIRANTE
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INDICE
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GENERALIDADES
Histórico
O sucesso dos dois primeiros protótipos do EMB 100, construídos pela equipe
do então CTA (Centro Técnico de Aeronáutica) sob a liderança de Ozires Silva,
lançou aos engenheiros o desafio da produção seriada e da comercialização do
avião. Para tanto, o Governo Federal oficializou a criação da Embraer, em 19 de
agosto de 1969.
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Bandeirante para a Força Aérea Brasileira (FAB). Em 11 de abril, foi entregue o
primeiro Bandeirante para uma companhia aérea comercial, a Transbrasil, cujo
pedido havia sido feito apenas três meses antes. O primeiro voo comercial do
Bandeirante ocorreu em 16 de abril de 1973, operando em cidades do sul do
país.
O avião foi bem aceito pelo público e pelas companhias operadoras. Era leve e
com ótima relação custo-benefício, respondendo às demandas do mercado
aéreo regional. Também respondeu muito positivamente à primeira crise do
petróleo em 1973, quando ocorreu uma alta significativa nos preços dos
combustíveis, que onerou a operação de aviões a jato. O Bandeirante, muito
mais econômico que seus concorrentes, tornou-se ainda mais competitivo.
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EMB 110 - modelo de produção inicial para transporte militar com doze lugares.
Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-27 de 680HP e naceles
redesenhadas alojando completamente o trem de pouso recolhido.
EMB 110B - versão de aerofotogrametria na área militar, equipado com câmeras
Zeiss, com capacidade para até cinco passageiros/operadores.
EMB 110B1 - versão especial do EMB 110B com alternativa de conversão rápida
para transporte de até catorze passageiros. Duas unidades construídas, uma
para a Força Aérea do Uruguai e outra civil.
EMB 110BI – versão especial aerofoto-executivo, para executar missões de
aerofotogrametria, para nove passageiros.
EMB 110C - versão de transporte civil com quinze, doze ou dezesseis lugares,
desenvolvido especialmente para atender o transporte aéreo regional. Cinco
exemplares foram fornecidos para a Força Aérea do Uruguai.
EMB 110C (N) - versão especial do EMB 110C com dispositivos anti-gelo
fornecida para a Marinha do Chile.
EMB 110E - versão de transporte executivo do EMB 110C com seis ou oito
lugares, poltronas reclináveis, mesas dobráveis, som estereofônico, ar
condicionado e comissaria completa.
EMB 110E (J) - versão do EMB 110E com equipamento especial.
EMB 110K1 - versão de transporte militar com capacidade para 1.650kg.
Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-34 de 750HP, deriva
ventral, comprimento da fuselagem de 14,60m, porta de carga traseira e porta
extra de passageiros e tripulação.
EMB 110P - versão de transporte civil do EMB 110K1 com dezoito lugares.
Equipado com motores Pratt & Whitney Canada PT6A-27 ou PT6A-34. EMB
110P1 - modelo de conversão rápida passageiros/carga do EMB 110P.
EMB 110P2 - modelo de conversão rápida passageiros/carga do EMB 110P com
até 21 lugares, sem porta de carga e com peso máximo de 5.670kg.
EMB 110P1 (K) - versão de conversão rápida passageiros/carga do EMB 110K1
com carga útil semelhante. EMB 110P1SAR - versão SAR do EMB-110P1 (K)
com acomodações para seis macas e peso máximo de 6.000kg. Designação na
Força Aérea Brasileira:
EMB 110P1A - versão civil, com as subvariantes EMB 110P2A, 110P1A/41 e
110P2A/41 iguais à P1, mas com diedro dos estabilizadores horizontais de 10°,
melhor isolamento acústico e outras alterações.
EMB 11OS1 - versão de pesquisa geofísica para executar trabalho de
sensoriamento remoto, feita a partir do EMB 110C com maior volume de tanque
interno da asa, haste de magnetômetro na deriva, dois operadores de
equipamentos e motores Pratt & Whitney Canada PT6A-34 de 750HP.
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DESCRIÇÃO GERAL
O EMB-110 "Bandeirante" é um avião de transporte, monoplano, de asa baixa,
biturbopropulsor, de construção inteiramente metálica, com trem de pouso
triciclo escamoteável.
O grupo de propulsão é constituído de dois motores turboélice PT6A-27 da
United Aircraft of Canada Limited, providos de hélices tripás de velocidade
constante, com passo bandeira e reverso.
A asa, de construção cantilever, consiste de duas semi-asas ligadas á
fuselagem, incorporando dois ailerons de estrutura semimonocoque,
balanceados estaticamente por meio de massas fixadas ao bordo de ataque. O
aileron esquerdo . equipado com um compensador automático/comandável.
Dois flapes do tipo de fenda dupla, monolongarina, permitem baixas velocidades
na aterragem.
A fuselagem de seção quadrangular com cantos arredondados, é de estrutura
semimonocoque, dotada de isolamento termoacústico e subdivide-se em quatro
seções:
DIANTEIRA, CENTRAL, DA PORTA E DO CONE DE CAUDA.
Na seção dianteira localizam-se o compartimento de eletrônica, o alojamento do
trem de nariz e a cabine de comando.
A seção central abrange parte da cabine de passageiros e incorpora a estrutura
de fixação da asa.
A seção da porta compreende parte da cabine de passageiros, instalações
sanitárias, parte do compartimento de bagagens e a porta principal.
A seção do cone de cauda, que incorpora as ferragens para fixação da deriva e
do estabilizador, compreende os compartimentos destinados ao reservatório
hidráulico, .
unidade de refrigeração do ar condicionado e ao cilindro de oxigênio.
A cabine de comando, independente da de passageiros, possui duas poltronas
dispostas lado a lado.
A cabine de passageiros é provida de 10 ou 12 poltronas distribuídas em duas
fileiras e fixadas no piso por meio de trilhos que permitem variar a posição do
assento de uma em uma polegada, no sentido longitudinal do avião.
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no solo; o trem principal, com freio a disco instalado nas rodas, recolhe nos
compartimentos das naceles dos motores.
A potencia máxima nominal dos motores é de 680 SHP e as hélices são de
rotação constante, reversíveis e embandeiráveis. A capacidade total do sistema
de lubrificação é de 11,5 litros (3 US Gal) e a do tanque do motor . de 8,7 litros
(2,3 US Gal), com uma capacidade útil de 5,7 litros (1,5 US Gal).
O sistema de combustível consiste, basicamente, de duas linhas de pressão
independentes, uma para cada motor, interligáveis por meio de uma válvula de
alimentação cruzada. Os tanques são de construção integral, dois em cada semi-
asa, com capacidade total de 1720 litros.
O sistema hidráulico consiste de um sistema de alimentação e geração, suprido
por duas bombas de alta pressão, uma em cada motor, que fornecem 3000 psi
nominais para o acionamento dos circuitos do trem de pouso, dos freios e da
direção da roda do nariz.
O sistema de alimentação e geração é composto de um circuito principal que
fornece a pressão necessária para o funcionamento do trem de pouso, dos freios
e do comando de direção; um circuito de emergência, constituído de uma bomba
manual e de uma linha independente, fornece a pressão necessária ao
abaixamento do trem de pouso em emergência.
A capacidade do sistema completo é de 13 litros de fluido hidráulico, sendo 10
litros no reservatório do cone de cauda.
Dois acumuladores hidráulicos, um com capacidade para 1 litro e outro para 0,5
litro, fazem com que o circuito de freios possa ser atuado, mesmo com o sistema
central despressurizado, em operação normal ou em operação de emergência.
Para efeito de teste e de manutenção, o sistema dispõe de tomadas externas
que permitem a sua operação, mesmo com os motores parados.
O sistema elétrico do avião é composto de dois circuitos, um de corrente
contínua de 28 Volts e um de corrente alternada de 115 e 26 Volts, 400 Hz,
alimentado por dois conversores estáticos de igual capacidade.
Durante a operação normal, o avião é suprido de energia elétrica por dois
arranques-geradores de 28 V DC e 200 Amperes, acionados pelos motores e
que, por sua vez, carregam uma bateria de 24 V e 34 Amp.res/hora.
O avião dispõe de uma tomada para fonte externa de energia elétrica para uso
durante a partida, testes e serviços de manutenção.
O sistema de ar condicionado utiliza ar sangrado de ambos os motores, fazendo
a refrigeração e o aquecimento da cabine através da unidade de refrigeração e
garantindo uma temperatura confortável no interior do avião, através de um
sistema elétrico de controle que atua automática e diretamente, mediante uma
válvula de controle de temperatura localizada na própria unidade de refrigeração.
O sistema permite, ainda, o pré-condicionamento rápido no solo e a ventilação
da cabine em voo, no caso de falha da unidade de refrigeração.
O sistema de oxigênio, cujo punho de comando se situa na cabine de comando,
junto a um manômetro indicador da pressão do suprimento, é do tipo de fluxo
contínuo; seu cilindro, com capacidade para 3250 litros (115 p.s.i.) de oxigênio
quando carregado a 1850 psi (130 kg/crn.), está instalado na caverna 27. O fluxo
de oxigênio fornecido a cada passageiro é dosado por uma válvula de corte e
redutora de pressão que o aumenta progressivamente em função da altitude. A
válvula de abastecimento possui um orifício calibrado que limita a velocidade e
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impede o aquecimento excessivo durante a recarga do cilindro; esta operação é
controlável pelo manômetro instalado no próprio painel de reabastecimento.
O suprimento de oxigênio é feito através das válvulas individuais instaladas ao
longo da fuselagem/cabine e conectadas as máscaras; duas destas são
especiais, equipadas com microfone para uso dos pilotos e 12 são comuns, para
uso dos passageiros. As máscaras ficam alojadas num compartimento próprio,
junto ao bar.
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DIMENSÕES E PESOS
DIMENSÕES GLOBAIS
ASA
- Área total 29,0 m. (312 pol.)
- Corda média aerodinamica 1,94 m (6,38 pol)
- Enflechamento a 25% da corda 19'48"
- Diedro a 28% da corda
- Alongamento 8,09
AILERONS
- Envergadura 2,69 m ( 8,82 pol )
- Área 2,18 m. (23,5 pol.)
FUSELAGEM
- Comprimento 13,7 m (45,1 pol)
- Largura máxima 1,70 m ( 5,57 pol)
CABINE
- Altura 1,60 m ( 5,24 pol )
- Largura 1,60 m ( 5,24 pol)
PORTA
- Altura 1,35 m ( 4,43 pol )
- Largura 0,85 m ( 2,78 pol )
- Volume do Compartimento de Bagagem 1,30 m. (45,90 pol.)
EMPENAGEM HORIZONTAL
- Envergadura 7,54 m ( 24,7 pol)
- .rea total 9,83 m. (105,7 pol.)
- Corda média aerodinamica 1,33 m ( 4,40 pol )
- Incidencia nula
- Diedro nulo
- Área do profundor 4,40 m. ( 47,3 pol)
EMPENAGEM VERTICAL
- Área (incluindo a barbatana dorsal - 0,65m.) 3,75m. (40,4 pol.)
- Corda média aerodinamica 1,60 m ( 5,24 pol )
- .rea do leme de dire..o 1,68 m. ( 18,1pol.)
FLAPE
Envergadura 3,96 m (12,99 pol )
Área 5,04 m. (54,2 pol.)
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TREM DE POUSO
- Bitola 4,94 m (16,2 pol)
- Distancia entre eixos 4,56 m (14,9 pol)
PESOS
Para as aeronaves que já incorporam os Boletins de Serviço N⁰ 110.53-
001,110.32.001, 110-32-010 e 110-31.002:
Peso máximo de decolagem 5600 kg (12346lb)
Peso máximo de aterragem 5300 kg (l1684lb)
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INTERIOR
ARRANJO INTERNO
DECORAÇÃO
ILUMINAÇÃO
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INSONORIZAÇÃO
AERAÇÃO
Ar Condicionado e Oxigênio.
OXIGÊNIO
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CABINE DE COMANDO
A cabine de comando tem urna área de, aproximadamente, 2,60 m e uma altura
máxima de 1,60 m e dispõe de ótima visibilidade através de 7 painéis de
plexiglass, resistentes a impacto.
O painel central é curvo e tem 12,7 mm de espessura; os painéis á frente dos
pilotos tem urna espessura de 15,8 mm e estão equipados com limpadores
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elétricos de velocidade ajustável; os painéis intermediários e laterais tem 10mm
de espessura.
Os dois painéis laterais incorporam urna janela articulada, para facilitar a visão
em condição de mau tempo.
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CINTOS DE SEGURANÇA
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PARA SOL
PORTA DIVISÓRIA
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REVESTIMENTO
CABINE DE PASSAGEIROS
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40 x 32 cm. O acabamento das janelas . feito com uma moldura de plástico ABS
parafusada na estrutura.
A porta principal, localizada no lado esquerdo da parte traseira da cabine, mede
135 x 85 cm e permite a passagem dos pilotos, passageiros e carga. A porta é
articulada ao nível do piso por duas dobradiças e, quando aberta, opera como
escada com degraus e corrimão; um amortecedor limita a velocidade de
abertura.
A porta pode ser acionada tanto do interior como do exterior do avião e dispõe
de um microcontactor de circuito quente, que acende uma luz vermelha, no
painel de alarmes, quando a porta não estiver completamente fechada e travada
(veja O.T. 1C95-2-7).
A porta de emergência, de 80 x 63 cm, está localizada no lado direito da
fuselagem, incorpora na parte central a quarta janela direita da cabine de
passageiros e possibilita a evacuação da cabine para a asa direita. Para abrir a
saída de emergência há uma alavanca de atuação, que pode ser movimentada
tanto por fora como por dentro do avião. Assim que a porta estiver destravada,
uma luz acende-se e ilumina a cabine e a asa perto da porta.
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ASSENTOS DOS PASSAGEIROS
CINTOS DE SEGURANÇA
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PISO
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CORTINAS
REVESTIMENTO
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- o quinto perfil prende a extremidade superior da calha, uma chapa de Clad,
uma placa de espuma e o revestimento de plástico "shan-shu.".
- o sexto perfil prende, em ambos os lados, uma chapa de Clad, uma placa de
espuma e o revestimento de plástico "shan-shu.".
O armário elétrico e o bagageiro dianteiro são revestidos com tela vinílica luta.
A parede posterior da cabine, que coincide com a caverna 27, é revestida com
espuma de borracha e tecido Guaíba na parte superior.
A porta de emergência é revestida com espuma de borracha e tecido Guaíba até
o trilho inferior da cortina e, daí para cima, é revestida com espuma e tela vinílica
Juta.
TAPETES
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LUZ E SAÍDA DE AR INDIVIDUAL
TOMADA DE OXIGÊNIO
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CALHAS
As calhas correm, uma de cada lado, por toda a extensão da cabine. Sua
finalidade é suportar as lâmpadas da iluminação interna, as saídas de ar e as
tomadas de oxigênio. No seu interior, acomodam redes de distribuição do ar
condicionado, do oxigênio, o tubo do sistema Pitot-estático e a cablagem de
iluminação.
TOILETTE E PORTA-BAGAGEM
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parede divisória com uma parte retrátil que possibilita a passagem para estes
compartimentos.
SANITÁRIO
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O conjunto do toilette é preso á estrutura do avião por hastes de fixação
destacáveis e pode ser rapidamente retirado do avião.
Os serviços de limpeza podem ser executados de duas maneiras: com o
conjunto instalado no avião ou retirando-se o vaso sanitário do avião e
transportando-o para local apropriado.
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PORTA - BAGAGEM
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EQUIPAMENTO DE EMERGÊNCIA
EXTINTORES DE INCÊNDIO
Os extintores de incêndio estão instalados atrás das cadeiras dos pilotos, presos
ás mesmas por braçadeiras de desconexão rápida.
Um deles é de C02 e o outro de pó químico, ambos com capacidade de 1 kg.
O extintor de pó químico leva acoplado um indicador de pressão.
MACHADINHA
A machadinha encontra-se atrás do assento do 2P, fixada no assoalho por meio
de braçadeira de desconexão rápida.
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ESTRUTURA
A asa, de construção cantilever, consiste de duas semi-asas ligadas á
fuselagem, incorporando dois ailerons de estrutura semimonocoque,
balanceados estaticamente por meio de massas fixadas ao bordo de ataque. O
aileron esquerdo é equipado com um compensador automático/comandável.
Dois flapes do tipo de fenda dupla, monolongarina, permitem baixas velocidades
na aterragem.
A fuselagem de seção quadrangular com cantos arredondados, é de estrutura
semimonocoque, dotada de isolamento termoacústico e subdivide-se em quatro
seções: dianteira, central, da porta e do cone de cauda.
Na seção dianteira localizam-se o compartimento de eletrônica, o alojamento do
trem de nariz e a cabine de comando.
A seção central abrange parte da cabine de passageiros e incorpora a estrutura
defixação da asa.
A seção da porta compreende parte da cabine de passageiros, instalações
sanitárias, parte do compartimento de bagagens e a porta principal.
A seção do cone de cauda, que incorpora as ferragens para fixação da deriva e
do estabilizador, compreende os compartimentos destinados ao reservatório
hidráulico, á unidade de refrigeração do ar condicionado e ao cilindro de
oxigênio.
A empenagem vertical consiste de deriva, leme de direção e barbatana dorsal e
a empenagem horizontal compõe-se de estabilizador e profundor. Tanto a deriva
como o estabilizador são totalmente metálicos, de estrutura semimonocoque,
bilongarina de construção cantilever; o leme e o profundor são monolongarina
do tipo convencional, o primeiro articulado á deriva e dotado de compensador
automático/comandável e o segundo articulado ao estabilizador e provido de
dois compensadores, sendo o esquerdo comandável e o direito comandado
diretamente pelo movimento dos flapes. á uma aeronave inteiramente metálica
do tipo semi-monocoque.
Emprega em sua construção chapas de alumínio do tipo ALCLAD.
OBS.: ALCLAD - consiste de um núcleo de liga de alumínio 2024 T3 revestido
de ambas as faces, de uma película de alumínio puro.
GRUPO DA ASA
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As nervuras da raiz da asa, bem como as de fixação do trem na asa, por serem
as mais altamente solicitadas, são usinadas a partir de placas de alumínio, para
maior segurança e simplicidade de fabricação.
Sua fixação á fuselagem é feita por intermédio de quatro pinos roscados que se
ligam á extensão reforçada, que atravessa a cabine de passageiros unindo uma
semi-asa a outra.
Na semi-asa esquerda encontra-se o transmissor da bússola giromagnética
(ponta da asa).
OBS.: a carenagem de ponta de asa, dever. ser fixada com parafusos e porcas
anti-magnéticas.
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CAIXÃO CENTRAL
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NACELE DO MOTOR
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BORDO DE FUGA
BORDO DE ATAQUE
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PONTA DA ASA
DESCRIÇÃO DO FLAPE
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DESCRIÇÃO DO AILERON
COMPENSADOR DO AILERON
FIXAÇÕES FLAPES/AILERON-ASA
Os flapes e ailerons são presos á asa por meio de suportes de fixação projetados
dentro do critério "FAIL-SAFE", localizados na longarina traseira da asa. Cada
ponto de fixação é constituído basicamente de buchas e parafusos que passam
através das ferragens-suportes. Este tipo de fixação proporciona uma ajustagem
perfeita na montagem, garantindo que todas as superfícies trabalhantes atuem
efetivamente.
Para fins de retrabalho nos furos dos olhais das ferragens suportes, será
permitido um alargamento para uma sobremedida de até 0,6 mm, no diâmetro.
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GRUPO DA EMPENAGEM
ESTABIIZADOR
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um perfil "J" longitudinal de chapa dobrada C1ad 2024- T3 em cada mesa: uma
longarina intermediária situada a 35,9% da corda, fabricada de chapa Clad 2024-
T3 dobrada com seção transversal em forma de "C" e nervuras estampadas de
chapa Clad 2024-T3, entre a longarina dianteira e a intermediária e entre esta e
a traseira.
As nervuras do bordo de ataque são fixadas na longarina dianteira e as ferragens
de articulação do profundor são fixadas na longarina traseira.
O revestimento do estabilizador é constituído de chapas Clad 2024-T3 no bordo
de ataque e no caixão central; neste último, as chapas são reforçadas com perfil
"L" de chapa Clad 2024- T3 dobrada, colocadas no sentido da corda. A
espessura do revestimento é de 0,032 in, com exceção do bordo de ataque e do
extradorso traseiro, que é de 0,025 in. O estabilizador horizontal pode ter angulos
de diedros 0 ou de 10 graus.
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PROFUNDOR
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Cada uma das superfícies é fixada em dois pontos de articulação dotados de
rolamentos autocompensados para minimizar o atrito nos comandos.
O profundor incorpora um compensador no lado esquerdo, articulado por meio
de dobradiça.
O compensador no lado direito encontra-se desativado. As pontas do profundor
são desmontáveis e fabricadas em plástico laminado reforçado com fibra de
vidro.
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DERIVA
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inclinada na raiz para fixação da barbatana dorsal; á longarina traseira são
fixadas as ferragens de articulação do leme de direção.
O revestimento da deriva é construído de chapas Clad 2024-T3 de 0,025 in no
bordo de ataque e na parte superior do caixão central e de 0,032 in na parte
inferior do mesmo.
As chapas de revestimento do caixão central são reforçadas com perfis "L" de
chapa dobrada em Clad 2024-T3, colocados no sentido da corda.
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LEME DE DIREÇÃO
O leme de direção é inteiramente metálico, trilongarina, com revestimento
trabalhante e comandável por meio de um tubo de torção ligado a um guinhol de
comando.
O leme é balanceado estaticamente por meio de placas de chumbo parafusadas
á nervura da extremidade na área de compensação aerodinâmica e por meio de
uma barra redonda de chumbo, instalada no interior de um tubo de aço,
localizado no bordo de ataque na região das 3 primeiras nervuras a partir da raiz.
As longarinas principal e secundária são fabricadas em chapa dobrada de Clad
2024-T3 com seção transversal em forma de "C".
A longarina traseira é fabricada em chapa do mesmo material, com seção
transversal em forma de "U", modificada para permitir o percurso efetivo do
compensador.
O leme de direção incorpora, ainda, nervuras do bordo de ataque e nervuras do
caixão central, estampadas em chapa Clad 2024-T3.
O revestimento é construído, também, de chapas Clad 2024-T3 de 0,025 in no
bordo de ataque e no caixão central.
O leme é fixado em 3 pontos de articulação dotados de rolamentos
autocompensados, para minimizar o atrito nos comandos. Incorpora um
compensador comandável articulado por meio de dobradiça.
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A ponta do leme, fabricada em plástico laminado reforçado com fibra de vidro,
desmontável.
BARBATANA DORSAL
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GRUPO DA FUSELAGEM
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SEÇÃO DO NARIZ (estações 43 até 1766)
A seção do nariz é constituída basicamente de quatro cavernas de chapa Clad
2024- T3, de diversos reforçadores longitudinais através das cavernas, de chapa
dobrada do mesmo material, com seção transversal em forma de "J" e de painéis
de revestimento também de chapa Clad 2024-TI de 0,032 in na parte superior e
nas faces laterais inferiores de 0,025 in nas faces laterais intermediárias.
Entre as cavernas 3 e 5, esta .última pertencente á seção da cabine de comando,
está situado o compartimento de eletrônica, o qual incorpora uma estrutura-
suporte adequada para apoio e fixação dos equipamentos de comunicação e
navegação da aeronave. É previsto o acesso ao compartimento de eletrônica
através de duas portas laterais articuladas e completamente vedadas para evitar
infiltração de umidade.
A seção do nariz incorpora, ainda, as portas do alojamento do trem de pouso de
nariz, articuladas na parte inferior da estrutura.
Na caverna 1, estão fixado o radome por meio de parafusos .
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SEÇÃO DA CABINE DE COMANDO (estações 1766 at. 3770)
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A estrutura-suporte do trem de pouso de nariz é constituída essencialmente de
duas longarinas reforçadas que se estendem desde a caverna 5 (estação 1766)
até a caverna 9 (estação 2863).
Esta seção é formada pelas partes laterais esquerda e direita e por uma parte
inferior, fabricadas separadamente e unidas entre si, na altura do piso e no topo
da fuselagem, por meio de emendas entre as cavernas e pelas chapas de
revestimento.
Cada uma destas partes é constituída basicamente de três semicavernas de
chapa Clad 2024-T3 dobradas em forma de "C", de diversos reforçadores
longitudinais passantes através das cavernas, de chapa dobrada do mesmo
material com seção transversal em forma "J" e de painéis de revestimento,
também de chapa Clad 2024-T3.
A parte lateral esquerda incorpora a porta dianteira, localizada das estações
3770 a 4398, no modelo EMB.110K1, das estações 3454 a 4084, nos modelos
EMB.-110 P1 e EMB-110 P2
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A parte lateral direita incorpora uma saída de emergência localizada entre as
estações 3770 e 4398.
A parte inferior incorpora a estrutura do piso que é constituída essencialmente
de vigas transversais de chapa dobrada Clad 2024-T3 em forma de "Z" e de
perfis longitudinais do mesmo material em forma de "C". Esta estrutura é
suportada pelas cavernas, por meio de colunas verticais de chapa dobrada Clad
2024-T3 em forma de "J" e pelas próprias fixações destas nos perfis "Z".
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SEÇÃO CENTRAL I (estações 4620 a 8533,7)
Esta seção é formada pelas laterais esquerda e direita pela parte inferior,
fabricadas separadamente e unidas entre si na altura do piso e no topo da
fuselagem por meio de emendas entre as cavernas e pelas chapas de
revestimento.
Cada uma destas partes independentes é constituída basicamente de seis
semicavernas simples e duas sernicavernas duplas (cavernas principais nas
seções de engastamento asa/fuselagem), de chapa Clad 2024-T3 dobrada em
forma de "C", diversos reforçadores longitudinais extrudados em liga de
alumínio, passantes através das cavernas simples, com seção transversal em
forma de "L" com bulbo e painéis de revestimento, também de chapa Clad 2024-
T3 de 0,025 e 0,032 in nas parte laterais e superior e de 0,040 in na parte inferior,
na região de engastamento. As partes laterais incorporam as janelas da cabine
que são instaladas em quadros reforçados com perfis "C" de chapa dobrada em
Clad 2024-T3.
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Duas portas de emergência, uma de cada lado, estão incorporadas nas partes
laterais, entre as duas cavernas principais: caverna 16 (estação 6850) e caverna
18 (estação 7733,7).
A parte inferior incorpora a estrutura do piso da cabine que é composta
essencialmente de vigas transversais de chapa dobrada Clad 2024- T3 em forma
de "Z" e de perfis longitudinais do mesmo material em forma de "C". Toda esta
estrutura . suportada pelas cavernas por meio de colunas verticais de chapa
dobrada Clad 2024- T3 em forma de "J" e pelas próprias fixações destas nos
perfis "Z".
Na parte inferior da seção da cabine, as semicavernas que constituem as
cavernas principais envolvem as pontes de fixação das longarinas das asas.
Estas pontes são constituídas de semilongarinas de estrutura similar á estrutura
das longarinas das asas, ou seja. De mesas em liga de alumínio 2024-T351 e
almas em chapa Clad 2024- T3. As ferragens de engastamento de aço cromo-
molibdênio, instaladas no interior das mesas, são fixadas ás mesmas por meio
de parafusos NAS 1106 na longarina dianteira e NAS 1105 na longarina traseira.
A fixação das mesas na longarina é efetuada por meio de parafusos "Hi-Lok" HL-
22-77. instalados sob pressão.
A estabilidade lateral das pontes é proporcionada por meio de perfis de chapa
dobrada Clad 2024.T3, os quais asseguram a união entre as mesas, as almas
das longarinas e as cavernas principais.
66
0,025 e 0,032 in, os quais são estabilizados por meio de perfis reforçadores
intermediários do tipo acima mencionado.
Esta seção incorpora, na parte lateral esquerda, a porta traseira da cabine,
localizada entre as estações 8533,7 e 10404 nos modelos EMB.110K1/EMB-
110P1 e entre as estações 9044 e 9894 no modelo EMB-110P2.
Nos modelos EMB-110K1 e EMB-100P1, a porta traseira se destina basicamente
á carga e descarga sendo articulada no batente superior para facilitar o acesso
de empilhadeiras; incorpora uma porta menor que abre para dentro, articulada
lateralmente de modo a permitir o salto de pára-quedistas nos modelos EMB-
110KI, EMB-110P1K e EMB- 110P1K(SAR).
No modelo EMB-110P2. essa porta permite o acesso ao avião pelos passageiros
e o carregamento da bagagem.
A região da porta . enrijecida estruturalmente por meio de um quadro de reforço
constitu.do pelas cavernas 20 e 25, nos modelos EMB-110K1/EMB-110PI e
pelas cavernas 21 e 24 no modelo EMB-110P2, pelos batentes e pelas chapas
digitais internas e externas. Todos estes elementos são fabricados de chapa
Clad 2024-T3.
A parte lateral direita incorpora três janelas, construídas dentro do mesmo critério
citado no parágrafo anterior, o mesmo ocorrendo com a estrutura do piso,
ressalvado o fato de que o piso . mais elevado entre as cavernas 25 e 26, nos
modelos EMB-110Kl/EMB- 110P1 e entre as caverna 24 e 26 no modelo EMB-
110P2.
67
SEÇÃO DO CONE DE CAUDA (estações 10854 até 14634)
68
FIXAÇÕES ASA/FUSELAGEM
69
PLÁSTICOS
70
conseqüencia, a peça poder. ser rapidamente danificada a ponto tal que seja
impossível a execução de reparos.
Avarias como rachaduras, mossas, dentes, perfurações etc, devem ser
reparadas conforme os procedimentos indicados nesta seção.
É permissível que a aeronave efetue vôo de traslado para uma base de reparos,
com avarias de até 7 cm. (exceto no bordo de ataque do conjunto de entrada de
ar do motor), desde que a área avariada seja convenientemente vedada com fita
adesiva especial "Scotchcal tape n⁰ 850" ou equivalente, para evitar infiltração
de umidade (veja a Tabela 7-1).
Para se obter uma colagem efetiva da fita adesiva, é necessário que a área
avariada esteja perfeitamente limpa e isenta de óleo ou graxa.
RADOME
O radome do "Bandeirante ", P/N 4060X, foi projetado para ser utilizado com um
radar de freqüência de banda X. Qualquer alteração na forma, mudança nas
espessuras dos revestimentos larninados ou no material do núcleo em colmeia
podem ter um efeito prejudicial no desempenho do radar.
71
O radome poderá ser utilizado por muitos anos, desde que sejam tornados os
devidos cuidados. E essencial que o mesmo seja inspecionado a intervalos
regulares. Toda vez que a aeronave for operada em condições de chuva forte
ou granizo, inspecione o radome quanto a sinais de erosão, pintura descascada
e queimaduras devidas á eletricidade estática.
Erosão e outras pequenas avarias superficiais, quando não reparadas, podem
evoluir rapidamente a ponto de não mais permitirem reparos econômicos, A
infiltração de umidade no núcleo em colmeia (honeycomb) e a ação de ciclos
repetitivos de congelamento causam expansão no interior das células e podem
provocar o rompimento da estrutura.
Grandes reparos de avarias resultantes do impacto com pássaros, choque com
equipamento de hangar e descargas eletrostáticas requerem a utilização de um
molde ou suporte para manter o contorno original. Não tente executar um reparo
desta natureza, se não possuir o equipamento apropriado.
CONSTRUÇÃO DO RADOME
REVESTIMENTO EXTERNO
Espessura: 0,030 pol (+ 0,008 / -0,000)
Composição: 3 camadas de tecido de fibra de vidro 128.
1 camada de tecido de fibra de vidro 181.
REVESTIMENTO INTERNO
Espessura: 0,030 pol (+ 0,008 / -0,000)
Composição: 4 camadas de tecido de fibra de vidro 128 .
A janela completa, com exceção da camada de proteção, tem uma espessura
total de 0,310 pol (+ 0,008 / -0,000).
A saia de plástico larninado tem uma espessura de 0,198 pol (+ 0,026 / -0.010)
incorpora 7 camadas de tecido 128 e uma camada de tecido 181 (prolongamento
das camadas constituintes dos revestimentos da janela) e mais 9 camadas
adicionais, sendo uma de tecido 181 e 8 de tecido 183.
Na construção do radome, é utilizada a resina poliéster "Selectron" 5003.
72
73
COMANDOS DE VÔO
O avião possui superfícies móveis de comando convencionais, a saber:
ailerons, profundores, leme de direção e flapes.
Os ailerons possuem articulações, cujos suportes são fixados às longarinas
traseiras das duas asas; o aileron esquerdo é dotado de compensador
automático/comandável.
Os profundores possuem articulações, cujos suportes são fixados à
longarina traseira do estabilizador; o profundor esquerdo possui
compensador comandável, ao passo que o profundor direito possui um
compensador automático, diretamente acoplado aos flapes (articulação do
flape esquerdo).
O leme de direção possui articulações, cujos suportes são fixados à
longarina traseira da deriva e possui compensador automático/comandável.
Os dispositivos de comando dos ailerons, dos profundores e do leme de
direção, são duplicados, a fim de permitir também ação do co-piloto; os
movimentos são transmitidos através de cabos, guinhóis, hastes e rol-
danas.
Os ailerons, os profundores e o leme de direção podem ser travados em suas
respectivas posições neutras, quando o avião estiver no solo, por meio de
um dispositivo que liga entre si os pedais, o manche e o volante.
Os compensadores do aileron, do leme de direção e do profundor são
acionados da cabine do piloto por meio de volantes situados logo abaixo das
manetes, no pedestal central. Esses volantes giram sobre escalas
graduadas que indicam a posição relativa entre o compensador e a
superfície.
74
COMANDO DOS AILERONS
75
COMANDO DOS PROFUNDORES
76
O sistema é dotado de batentes limitadores de curso junto ao manche e junto
aos profundares
Para maiores detalhes a respeito do comando dos profundores, consulte a
Seção III da O.T. 1C95-2-5 "Manual de Manutenção - Comandos de Vôo".
77
SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DO AILERON
78
SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DO PROFUNDOR
79
SISTEMA DE COMANDO DOS FLAPES
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PILOTO AUTOMÁTICO
COMPUTADOR-AMPLIFICADOR
81
INSTRUMENTOS E SENSORES
CONTROLES
SERVOMOTORES
82
FOLGAS MÁXIMAS PERMISSÍVEIS NOS COMPENSADORES E ATUADORES
DOS COMPENSADORES
83
84
VALORES DE TENSÃO DOS CABOS
a. Asa: 90 ± 10 lb
b. Fuselagem: 90 ± 10 lb
Sistema de comando dos profundores: 90 ± 10 lb
Sistema de comando do leme de direção: 90 ± 10 lb
Sistema de comando do piloto automático:
a. Leme de direção: 35 ± 3 lb
b. Profundor e aileron: 30 ± 3 lb
85
86
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
O combustível necessário para a operação do avião é armazenado em
quatro tanques integrais localizados, dois a dois, em cada casa, constituindo
os sistemas de combustível esquerdo e direito.
O volume total dos tanques, em cada asa, é de 881 litros, o volume máximo de
combustível é de 860 litros; os restantes 21 litros são para expansão. Em
operação normal (bomba de reforço principal operando), do volume máximo de
860 litros, 846 litros são de combustível utilizável e 14 litros de combustível não
utilizável.
Cada motor é alimentado, em operação normal, pelo sistema
correspondente. Em cada sistema o tanque interno alimenta o motor por
meios das bombas e é, por sua vez, alimentado por gravidade pelo tanque
externo.
87
atrás da parede de fogo; comandando-se está unidade, comanda-se
simultaneamente a válvula de corte da linha de alimentação de fluído para
bomba hidráulica do mesmo motor ( e as válvulas de corte de sangria de ar
de ambos os motores ).
O contactor manométrico, que faz parte do sistema de alarme de baixa
pressão de combustível, tem por finalidade acender a luz de alarme
“COMBUSTÍVEL”sempre que a pressão atingir 12 (mais ou menos) 1 psi ou
menos.
Tanto o contactor manométrico como o transmissor de pressão do sistema
indicador de combustível estão instalados na parte dianteira da parede de
fogo e a tomada de pressão para os memos é feita na linha entre a válvula
de corte e o aquecedor de combustível do motor.
À exceção das bombas de combustível e das válvulas unidirecionais, que
estão instaladas no interior dos tanques de combustível, os demais
componentes instalados na nacele do motor são acessíveis pelo alojamento
do trem de pouso principal, menos o contactor manométrico e o transmissor
de pressão que só são acessíveis removendo-se a capota superior do motor.
A válvula-dreno do filtro de combustível situa-se na parte externa posterior
da nacele do motor, ao lado do dreno do tanque coletor de drenos do motor.
Indicadores magnéticos, localizados acima dos interruptores de comando,
indicam, pelo alinhamento das duas listras com as marcações do painel,
quando estão ligadas as bombas de combustível e a alimentação cruzada.
88
OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL
89
A válvula de corte é acionada por meio de um motor elétrico, que recebe energia
da barra principal de 28 V DC através do disjuntor "ALIM CRUZ" do painel
esquerdo sob o título "COMBUSTÍVEL". Seu comando é efetuado por meio de
um interruptor colocado no painel de combustível com duas posições: ALIM
CRUZ e DESL. Acima do interruptor localiza-se um indicador magnético que
indica, quando suas listras estão alinhadas com a marcação do painel, estar em
funcionamento o sistema de alimentação cruzada.
Para por em funcionamento o sistema de alimentação cruzada basta levar seu
interruptor para a posição ALIM CRUZ. Isto comandará a abertura da válvula de
corte, interligando as linhas de alimentação dos motores e permitindo que um
motor possa ser alimentado com o combustível dos tanques da outra asa.
90
OPERAÇÃO DO SISTEMA DE INDICAÇÃO DE FLUXO
91
92
93
94
SISTEMA DE VENTILAÇÃO DOS TANQUES
95
O sistema com ventilação alternativa consiste essencialmente de uma válvula-
bóia, uma entrada de ar principal, uma entrada de ar alternativa e tubulações. A
válvula-bóia está montada na nervura 22, na parte mais alta do tanque externo.
Sua finalidade é evitar o transbordamento de combustível em qualquer atitude
do avião. Caso o nível de combustível aumente, devido á inclinação do avião, a
bóia bloqueia o tubo de entrada do ar atmosférico, evitando assim que o
combustível flua por esta tubulação e transborde.
A entrada de ar principal est. instalada no intradorso da asa entre as nervuras
23 e 24. É através dela que se faz, normalmente, a ventilação dos tanques. Está
ligada ao tanque externo, ao passo que o tanque interno está ligado, para efeito
de ventilação, ao externo por meio de um tubo.
A entrada de ar principal está montada em conjunto com uma caixa de
sedimentação para, em caso de chuva, separar e drenar a água para o exterior,
evitando que a mesma entre nos tanques.
A entrada de ar alternativa está instalada na ponta da asa, fixada á nervura 28.
Sua finalidade é garantir a ventilação para os tanques em qualquer condição,
mesmo em caso de entupimento da entrada de ar principal.
A comunicação entre a entrada de ar alternativa e a atmosfera é feita através de
frestas nas carenagens da ponta da asa.
O sistema é equipado com um supressor de chamas, cuja finalidade . evitar a
propagação de fogo iniciado por faíscas elétricas.
Uma das configuraçòes sem ventilação alternativa é idêntica ao sistema acima
descrito, exceto pela ausência da tomada de ar alternativa e tubulação
correspondente.
Ambos os sistemas possuem seus componentes (com exceção da válvula-bóia)
situados na área seca da asa, entre o tanque externo e a ponta da asa.
96
PRICIPAIS COMPONENTES
TANQUES DE COMBUSTIVEL
TANQUE EXTERNO
TANQUE INTERNO
TRANSMISSOR DE FLUXO
O transmissor de fluxo contém uma pequena turbina, que gira com rotação
proporcional á velocidade do combustível que passa através do transmissor. A
rotação da turbina produz uma tensão senoidal numa bobina instalada no corpo
do transmissor. Esta tensão é disponível como um sinal intermitente diretamente
proporcional ao volume de combustível e, também, proporciona ao fluxo em
libras, a urna determinada densidade.
97
O transmissor não requer, para seu funcionamento, nenhuma alimentação
elétrica. Para maiores detalhes sobre as unidades do sistema de indicação de
fluxo, consulte o "Manual de Manuten..o - Instrumentos".
VÁLVULA DE ALÍVIO
98
TRANSMISSOR DE PRESSÃO
CONTACTOR MANOMÉTRICO
99
VÁLVULA DE CORTE
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
100
O motor elétrico é resfriado pelo próprio combustível que circula pela bomba,
passando pelo espaço entre o cartucho e a parede interna da sede, dirigindo-se
para o bocal de descarga na extremidade superior da sede.
Este bocal é provido de uma válvula unidirecional, que retém combustível na
tubulação de descarga, impedindo o fluxo de combustível no sentido inverso, isto
é, do sistema de alimentação para a bomba.
O fluxo da bomba é de, aproximadamente, 680 litros por hora (3 gal/min) á
pressão de 22 psi (1,55kg/cm. ).
As bombas elétricas principais são alimentadas pela trama, principal de 28 V DC,
enquanto que as bombas auxiliares são alimentadas pela barra de emergência
de 28 V DC. Cada uma das bombas (quer seja auxiliar ou principal) tem
condições para, sozinha, alimentar os dois motores em regime máximo.
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
101
SISTEMA DE AR CONDICIONADO
A finalidade do Sistema de Ar Condicionado é prover um fluxo de ar a uma
temperatura controlada e isenta de contaminantes e excesso de umidade no
interior da aeronave, permitindo um maior conforto para tripulantes e
passageiros.
Constituição do Sistema:
Circuito de Extração de Ar
Circuito de Condicionamento de Ar
Circuito de Distribuição
Alimentação
Válvulas de Corte e Unidirecionais
Válvula Reguladora de Pressão
Venturi Limitador de Fluxo
Válvula By Pass do Venturi
Contactor Manométrico
ALIMENTAÇÃO:
102
O ar externo, é obtido através de uma entrada de ar NACA e serve para
proporcionar a ventilação da aeronave.
VÁLVULAS DE CORTE
VÁLVULAS UNIDIRECIONAIS
103
VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO
104
VÁLVULA BY PASS OU DESVIO DO VENTURI
CONTACTOR MANOMÉTRICO
105
UNIDADE DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
106
SISTEMA DE PROTEÇÃO:
-Contactor manométrico
-Interruptor de Sobrepressão
-Microinterruptor do Trem de Pouso (dir)
E mais:
-Sensor de Temperatura do Duto
-Contactor Manométrico
SISTEMA DE PROTEÇÃO:
107
SISTEMA DE VENTILAÇÃO
DESEMBAÇADOR DO PARA-BRISA
108
OPERAÇÃO DO AR CONDICIONADO
ADVERTÊNCIA
109
PAINEL DE CONTROLE
A) - INTERRUPTOR MESTRE:
DESL;
SOLO- abertura da válvula de derivação;
VENT- válvulas de corte fechadas;
AMBAS;
ESQ;
DIR.
SELETOR DE TEMPERATURA
110
CIRCUITO DE DISTRIBUICÃO
111
112
DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES
DUPLO “Y”
Está localizado no cone de cauda e recebe quatro dutos. Dois dutos vão para as
cabines, um duto vem do separador d'água e o outro vem da entrada NACA.
DUTOS DE DISTRIBUIÇÃO
ATUADOR LINEAR
PROTEÇÃO E CONTROLE
113
A chave seletora possui as seguintes posições:
1- DESLIGADO: Todo o sistema será desligado não havendo proteção elétrica
para nenhum componente.
2- SOLO: Serão alimentadas simultaneamente as válvulas de corte direita e
esquerda e a válvula de derivação (by pass) do venturi, permitindo que o
esfriamento no solo seja feito no menor tempo possível. O sistema de controle
de temperatura fica energizado.
3- VENTILAÇÃO: É cortada a alimentação elétrica para o circuito de controle de
temperatura e para as válvulas de corte, sendo alimentado apenas o atuador da
válvula de ventilação que introduzirá ar fresco na cabine proveniente da entrada
NACA da barbatana dorsal.
4- AMBAS: As válvulas da esquerda e da direita serão comandadas para abrir e
alimentar o sistema. O sistema de controle de temperatura fica energizado. (Esta
é a posição normal de funcionamento em vôo).
5- ESQUERDA: Somente a válvula de corte esquerda está comandada para abrir
e alimentar o sistema. O sistema de controle de temperatura fica energizado.
6- DIREITA: Somente a válvula de corte direita será comandada para abrir e
alimentar o sistema. O sistema de controle de temperatura fica energizado.
A figura abaixo representa o painel de comando e os controles do sistema de ar
condicionado.
114
O seletor de temperatura controla o sistema para uma adequada temperatura de
cabine, possuindo atuação contínua nos sentidos "fios" ou "quente", e sua ação
é diretamente dirigida para a válvula moduladora (controladora de temperatura)
O sistema dispõe das seguintes proteções:
a) Um micro interruptor do amortecedor direito corta a alimentação da válvula de
derivação do venturi, caso o avião decole com a chave seletora na posição
"SOLO".
b) Um interruptor térmico localizado na saída do compressor da unidade de
refrigeração cortará a alimentação das válvulas de corte, fechando-as caso a
temperatura ali ultrapasse 224°C (435°F) evidenciando urna falha de dispositivos
relativos aos trocadores de calor. Uma luz vermelha acende-se no painel de ar
condicionado.
c) Um interruptor de sobrepressão localizado na entrada da unidade de
refrigeração corta a alimentação das válvulas de corte, fechando-as caso a
pressão ultrapasse 39 psi, evidenciando um mal funcionamento da válvula
reguladora de pressão. A luz vermelha acende-se do mesmo modo no painel de
ar condicionado.
d) Um sensor de temperatura do duto envia um sinal para o controlador
eletrônico provocando uma abertura parcial da válvula de controle de
temperatura, cada vez que se iniciar um processo de congelamento no
separador d'água.
e) Toda vez que o interruptor geral de corte de um dos motores for fechado,
devido a qualquer situação anormal no mesmo, ambas as válvulas de corte de
ar condicionado serão fechadas (juntamente com a válvula de combustível e
115
hidráulica do motor que foi cortado), pois em vôo mono motor, julga-se
desnecessário carregar todo o condicionamento da cabine sobre o único motor
operante.
f) Do mesmo modo, a luz vermelha do painel acender-se-á.
116
OPERAÇÃO DO SISTEMA
DECOLAGEM
117
SUBIDA.CRUZEIRO E DESCIDA
118
POUSO
119
SITUAÇÕES NORMAIS
AR CONDICIONADO
Nova entrada de ar para refrigeração do trocador de calor do "PACK" de ar
condicionado.
AERONAVES AFETADAS: EMB-110- (bandeirante todos os modelos)
MOTIVO: A utilização do ar proveniente do interior do cone de cauda para
refrigeração do trocador de calor não tem apresentado resultados satisfatórios.
Ensaios efetuados com uma tomada de ar externo, demonstraram uma melhoria
120
significativa na refrigeração do trocador de calor, resultando no melhoramento
do desempenho do ar condicionado.
PANES FREQUENTES :
-Baixo (ou inexistente) fluxo de ar condicionado: Normalmente uma tubulação
solta no cone de cauda.
-Temperatura do t5 assimétrica na decolagem, ar cond em posição VENT.:
Possivelmente, uma das válvulas de corte ( a do motor com a temperatura mais
alta) está presa aberta. É recorrente em válvulas de corte.
121
SISTEMA DE OXIGÊNIO
O sistema de oxigênio é do tipo fluxo contínuo e tem como finalidade suprir os
tripulantes e passageiros de oxigênio medicinal, nas operações em altitudes
elevadas, bem como quando se fizer necessário.
Constituição do Sistema
-Cilindro de Oxigênio.
-Válvula de corte e redutora de pressão.
-Válvula compensadora de altitude.
-Contactor manométrico.
-Bocal de abastecimento.
-Manômetros.
-Linhas de distribuição.
-Máscaras de oxigênio.
O cilindro de oxigênio possui uma capacidade de 115 pés cúbicos (3250 litros),
a uma pressão de 1850 PSI o Cilindro de oxigênio está localizado na caverna
27.
122
VÁLVULA COMPENSADORA DE ALTITUDE
CONTACTOR MANOMÉTRICO
123
VÁLVULA DE ABASTECIMENTO
Tem a finalidade de, como o nome diz, servir para reabastecer o sistema.
Ela possui uma tela filtrante e uma unidirecional, evitando o retorno de oxigênio
após o abastecimento.
MANÔMETROS
124
LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO
MÁSCARAS DE OXIGÊNIO
125
CILINDROS PORTÁTEIS
SEGURANÇA
Ao reabastecer:
-Mantenha as ferramentas e o bocal de abastecimento isento de óleos, graxas
ou contaminantes a base de hidrocarboneto.
-Não abasteça simultaneamente oxigênio e combustível.
-É proibido fumar nas proximidades.
126
127
SISTEMA ELÉTRICO
O avião dispõe de um sistema de corrente contínua de 28 Volts e de um sistema
de corrente alternada de 115- e 26 Volts, 400 Hz.
O sistema de iluminação do avião compõe-se de luzes internas e externas.
O sistema de luzes de alarme e advertência compõe-se de um Sistema Integrado
de Alarmes, aviso de estol, avisos aos passageiros e alarme de porta aberta.
O sistema elétrico inclui ainda os circuitos do limpador de pára-brisa e do
sanitário.
Para informações detalhadas sobre o sistema elétrico, consulte a publicação
O.T. 1C95-2-7 "Manual de Manu- tenção - Sistema Elétrico".
128
SISTEMA DE CORRENTE CONTINUA
129
MONITORAMENTO DE TEMPERATURA DA BATERIA
130
DISTRIBUIÇÃO DE CORRENTE CONTÍNUA
131
SISTEMA DE CORRENTE ALTERNADA
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
132
Todos os interruptores das luzes internas e externas estão localizados no painel
superior, com exceção dos interruptores das luzes das portas e do sanitário.
As luzes de navegação são três e estão instaladas nas pontas das asas e no
cone de cauda.
As luzes anticolisão são duas, do tipo rotativo, e estão instaladas no topo da
deriva e na parte inferior da fuselagem central.
As luzes de inspeção da nacele estão instaladas uma em cada lado da
fuselagem e iluminam a nacele e o bordo de ataque da asa.
As luzes de inspeção do trem de pouso são duas e estão instaladas no
alojamento do trem de pouso.
133
Os faróis de aterragem, cada um de 450 Watts, estão instalados no bordo de
ataque das asas.
O farol de táxi, de 250 Watts, está montado no trem de pouso de nariz.
A iluminação dos painéis é regulável e compreende as luzes dos painéis principal
e superior, dos alarmes e dos disjuntores.
A luz da cabine de comando está instalada no teto da cabine e fornece uma
iluminação geral.
SISTEMAS DE ALARME
134
e 2 (conversor ligado e sem saída), 26 VOLTS AC (conversor ligado e 26 V AC
inadequado), DISJUNTOR (disjuntor desarmado), OXIGÊNIO (baixa pressão) e
FLD HIDRA (baixo nível).
Os 6 primeiros são vermelhos e os últimos são amarelos.
Além das indicações no painel, a unidade aciona os alarmes individuais
instalados no Painel de Alarmes: GERAL (pisca, quando ocorre qualquer dos
outros alarmes e rearma a si mesmo, quando pressionado), FOGO (dois,
esquerdo e direito) e PORTA (destravada). O aviso de estol dispõe de um
detector instalado no bordo de ataque da asa esquerda e de um alarme sonoro-
luminoso instalado no painel principal.
Os avisos aos passageiros, USE CINTOS E NÃO FUME, são comandados
individualmente no painel superior. Estes avisos estão instalados no teto da parte
dianteira da cabine de passageiros.
O alarme de porta aberta consta de uma luz vermelha "PORTA", que acende
sempre que a porta não estiver fechada e travada, sendo ainda energizada a luz
de alarme geral.
Para maiores detalhes a respeito dos sistemas de alarme, consulte a Seção VI
da O.T. 1C95-2-7 "Manual de Manutenção - Sistema Elétrico".
SISTEMAS DIVERSOS
135
INSTRUMENTOS
Os instrumentos do "Bandeirante" estão instalados nos painéis principal, inferior
e superior, ficando fora destes painéis apenas a bússola magnética instalada na
moldura central do pára-brisa e um indicador de oxigênio situado junto à tomada
de abastecimento de oxigênio, próximo à porta do avião.
Os instrumentos foram agrupados por analogia de função ou por sistema a que
pertencem, da seguinte forma:
-Instrumentos de vôo
-Instrumentos de navegação Instrumentos do motor
-Instrumentos do sistema de combustível
-Instrumentos indicadores de posição
-Instrumentos diversos
Os parágrafos seguintes dão uma idéia geral dos vários grupos de instrumentos.
Para detalhes, consulte o Manual O.T. IC95-2-8 "Manual de Manutenção -
Instrumentos".
PAINÉIS DE INSTRUMENTOS
136
SISTEMA ESTÁTICO
137
INSTRUMENTOS DE VOO
138
VELOCÍMETRO
Os dois velocímetros (um para cada piloto) são idênticos e utilizam para seu
funcionamento o diferencial de pressões do sistema Pitot-estático.
As indicações de velocidade são dadas por um ponteiro sobre uma escala
circular graduada em nós.
Quando a velocidade cai abaixo de 100 nós e o trem de pouso não está embaixo
e travado, o instrumento fornece um alarme visual, por meio de uma bandeira
com a inscrição U/C (undercarriage), que aparece numa janela do mostrador.
ALTIMETRO
139
INDICADOR DE RAZÃO DE SUBIDA
INDICADOR DE ATITUDE
Os dois indicadores de atitude (um para cada piloto) são basicamente idênticos.
No entanto, o indicador do 2° piloto não incorpora a escala de valores de arfagem
e a sua alimentação é feita pela barra de emergência de 28 V DC, ao passo que
o indicador do 1 piloto recebe energia da barra de 115 V AC.
O indicador de atitude fornece uma representação visual da atitude de vôo do
° avião em relação aos eixos de arfagem e rolamento.
Uma linha de horizonte simulada, solidária com um giroscópio, em combinação
com uma miniatura de avião no centro do instrumento, permite ao piloto obter
indicações de atitude.
Dois campos, um azul e outro negro, representam respectivamente o céu e a
terra.
Escalas graduadas, nos dois campos e na periferia do instrumento, fornecem as
indicações dos ângulos de arfagem e rolamento.
Uma bandeira listrada aparece na parte superior direita do instrumento, sempre
que o mesmo não estiver recebendo energia.
O piloto pode ajustar verticalmente a miniatura, por meio de um botão localizado
na parte inferior do instrumento.
GIRO DIRECIONAL
140
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA A
FORMAÇÃO DE GELO
141
SISTEMA DE DEGELO DA ASA E EMPENAGENS
Este sistema funciona com ar sob pressão sangrado dos compressores dos
motores. Este ar com pressão e vazão controladas é encaminhado para os
degeladores infláveis instalados nos bordos de ataque da asa, do
estabilizador e da deriva. Estes degeladores inflam e desinflam ciclicamente
e provocam a ruptura da camada de gelo, cujos fragmentos são então
removidos pelo fluxo de ar de impacto.
Depois de deixar os compressores dos motores, o ar sob pressão passa
pelas válvulas unidirecionais, de onde segue para duas válvulas reguladoras
de fluxo onde a pressão proveniente dos compressores (variável até 120
psi de acordo com o regime de potência, temperatura, altitude etc) é reduzida
para 18 ± 1 psi, que é a pressão de trabalho dos degeladores infláveis.
O sistema é protegido contra falhas das válvulas reguladoras por meio de
válvulas de alívio incorporadas às próprias reguladoras. Quando a pressão
atinge 21.± 1 psi, as válvulas de alívio abrem e descarregam para a
atmosfera.
Das válvulas reguladoras o ar, com pressão já reduzida, vai para as três
válvulas controladoras de fluxo, uma para a asa esquerda, uma para a asa
direita e a terceira para a empenagem. estas válvulas são atuadas por
solenóides, comandadas por um temporizador eletrônico e, de acordo com
os sinais recebidos do temporizador, controlam a seqüência e o ciclo de
atuação dos degeladores infláveis.
Três contactores manométricos, instalados entre as válvulas controladoras
de fluxo e os degeladores infláveis, fecham quando a pressão ultrapassa 10
± 2 psi, energizando as luzes verdes que indicam a alimentação correta para
os degeladores.
A alimentação elétrica do temporizador eletrônico para as válvulas
controladoras de fluxo dura 6 segundos, que é o tempo correspondente à
fase de pressurização dos degeladores infláveis. A alimentação elétrica para
as válvulas controladoras não é simultânea, isto é, os degeladores infláveis
das empenagens só começam a ser inflados depois de terminada a fase de
inflação dos degeladores infláveis da asa. A fase de desinflação dura
aproximadamente 20 segundos. Por este motivo ocorre um lapso de tempo
em que as três luzes verdes indicadoras do sistema ficam acesas, pois,
enquanto os degeladores da asa já estiverem desinflando, os degeladores
das empenagens estarão sendo inflados. 1
A parte elétrica do sistema de degelo, alimentada pela barra principal de 28 V
DC, é protegida contra alguma eventual sobrecarga por um disjuntor de 5 A
identificado pela inscrição PNEU.
A seção do painel de controle que engloba os comandos e indicadores para o
sistema de degelo dos bordos de ataque da asa e das empenagens é identificada
pela inscrição PNEUMÁTICO.
O interruptor de comando possui três posições assim definidas:
DESL - Todo o sistema permanece desligado, não havendo alimentação elétrica
para nenhum dos componentes.
RÁPIDO - O sistema é energizado e passa a funcionar em um ciclo de um minuto
de duração.
142
LENTO - O sistema permanece energizado, mas passa a funcionar em um ciclo
de três minutos de duração.
As luzes verdes ASA ESQ e ASA DIR indicam, pelo seu acendimento cíclico, o
funcionamento correto dos degeladores do bordo de ataque da asa.
A luz verde EMPENAGEM indica, pelo seu acendimento cíclico, o funcionamento
correto dos degeladores dos bordos de ataque do estabilizador e da deriva.
Para maiores detalhes a respeito do sistema de degelo da asa e empenagens,
consulte o "Manual de Manutenção - Sistemas de Combustível, Ar
Condicionado e Oxigênio".
143
proteção, sensor de corrente, relé de comando, contactor manométrico e luz
indicadora, além de um interruptor de comando comum aos dois motores; utiliza,
ainda, o contactor manométrico de baixa pressão de óleo dos motores.
Quando é acionado, o interruptor envia corrente para a energização dos relés de
comando do sistema de cada motor, completando o circuito através dos
platinados do termostato de proteção e do contactar manométrico. Ao ser
acionado, o relé de comando, por sua vez, envia corrente através de dois
disjuntores e do sensor de corrente para os aquecedores elétricos que estão
colados nos lábios da entrada de ar de cada motor.
Os aquecedores elétricos são constituídos de resistências elétricas alojadas
entre camadas de lona e neoprene e incorporam o termostato de proteção.
Este termostato abre o circuito quando a temperatura na superfície do aquecedor
atinge 49 ± 3ºC (120 ± 5°F) e toma a fechá-lo quando esta temperatura cai
para 32 ± 4ºC (90 ± 8°F).
O circuito de comando está interligado, ainda, com os contactores manométricos
de baixa pressão de óleo dos motores. Deste modo, os aquecedores elétricos
somente serão alimentados quando a pressão de óleo dos respectivos motores
for superior a 50 ± 2 psi, ou seja, com os motores funcionando.
O sensor de corrente comandará o acendimento da luz indicadora
correspondente sempre que a corrente de alimentação do aquecedor for superior
a 15 A.
O sistema é alimentado pela barra principal de 28 V DC.
O interruptor de comando, as luzes indicadoras e os disjuntores do sistema de
degelo da entrada de ar dos motores estão localizados no painel de controle do
sistema de proteção contra a formação de gelo, sob a indicação "ENT AR TURB".
O interruptor está localizado no centro do painel e possui 2 posições: LIGA e
DESL.
As luzes indicadoras, de cor branca, estão localizadas acima do interruptor e são
identificadas como ESQ e DIR para o motor esquerdo e direito, respectivamente.
Estas luzes permanecerão acesas enquanto os aquece- dores estiverem sendo
energizados e o seu apagamento indicará a atuação do termostato de proteção
ou uma eventual falha do sistema.
Abaixo do interruptor estão instalados os 2 disjuntores do sistema, de 20 A cada
um.
Para maiores detalhes a respeito do sistema de degelo da entrada de ar dos
motores, consulte o "Manual de Manu- tenção - Sistema Elétrico".
144
SISTEMA DE DEGELO DO PARA-BRISA
145
painel de controle do sistema de proteção contra a formação de gelo e
identificados como ''PÁRA-BRISA ESQ".
O interruptor, localizado no centro do painel, possui duas posições: ligado e
desligado.
A luz de aviso branca está localizada acima do interruptor e acende sempre que
o pára-brisa estiver recebendo corrente.
A luz de alarme vermelha, identificada como "FALHA", está localizada abaixo do
interruptor e acenderá sempre que ocorrer falha no sistema ou
superaquecimento do pára-brisa.
Se o pára-brisa direito possuir também aquecimento, haverá a instalação de
outro conjunto de interruptor e lâmpadas, identificado como "DIR", ao lado do
primeiro.
Para maiores detalhes a respeito do sistema de degelo do pára-brisa, consulte
o "Manual de Manutenção - Sistema Elétrico".
146
SISTEMA DE DEGELO DAS HÉLICES
147
SISTEMA DE DEGELO DOS TUBOS DE PITOT E TOMADAS ESTÃTICAS
148
GRUPO TURBOPROPULSOR
O grupo turbopropulsor do "Bandeirante" é composto de dois motores turboélice
"Pratt & Whitney PT6A-27", os quais acionam hélices "Hartzel; tripás, de rotação.
constante com passo bandeira e passo reverso.
Cada motor tem uma potência máxima no eixo da hélice de 680 SHP a 2200
RPM ao nível do mar.
Os motores estão instalados em naceles nas asas e são protegidos por uma
carenagem bipartida no plano horizontal, a qual é fixada por fechos de
desconexão rápida.
MOTOR
O PT6A-27 é um motor leve, do tipo turbina livre e fluxo reverso. Utiliza duas
turbinas independentes: uma que aciona o compressor na seção do gerador de
gases e outra que aciona a hélice através de um sistema de engrenagens de
redução.
O ar de admissão entra no motor através de uma câmara anular formada pela
entrada da carcaça do compressor, de onde é dirigido ao compressor. O
compressor consiste de três estágios axiais combinados com um único estágio
centrífugo e montados como uma única unidade. Esta unidade fornece uma taxa
de compressão de 7,0: 1.
Uma série de lâminas estatoras, localizadas entre cada estágio do compressor,
difunde o ar, aumenta sua pressão estática e dirige o ar para o próximo estágio.
Em seguida, o ar comprimido passa através dos tubos difusores, os quais
mudam sua direção em 90°; o ar é, então, dirigido para a câmara de combustão.
A camisa da câmara de combustão tem as paredes duplas, soldadas, formando
uma câmara anular provida de furos de vários tamanhos, os quais permitem a
entrada de ar. O fluxo de ar muda de direção para entrar na camisa da câmara
de combustão, onde inverte de sentido e mistura-se com o combustível.
A posição da câmara de combustão elimina a necessidade de um eixo longo
entre o compressor e a turbina, reduzindo o comprimento e o peso total do motor.
149
tacômetro de Nh e dos governadores da hélice, estão montados na caixa de
engrenagens de acionamento dos acessórios, localizada na traseira do motor. A
caixa de engrenagens é acionada pelo compressor por meio de um eixo de
acoplamento, o qual estende-se, através de um tubo cônico, na seção central do
tanque de óleo. A localização dos acessórios na parte traseira simplifica os
procedimentos de manutenção.
O suprimento de óleo do motor está contido em um tanque de óleo integral, o
qual forma parte da carcaça de admissão do compressor. O tanque possui
capacidade total de 2,3 US Gal (8,74 litros) e está provido de uma vareta
medidora de nível e de um bujão para drenagem. O filtro do sistema de óleo está
localizado no lado direito do tanque.
A turbina de potência aciona a hélice por meio de uma caixa de engrenagens de
redução de dóis estágios, localizada na frente do motor.
A caixa de engrenagens de redução incorpora um dispositivo integral medidor
de torque, cuja finalidade é fornecer uma indicação precisa da potência
produzida pelo motor.
Para informações mais detalhadas sobre o motor, consulte a Seção III deste
Manual.
150
HÉLICE
SISTEMAS DO MOTOR
SISTEMA DE PARTIDA
151
SISTEMA DE IGNIÇÃO
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
CARACTERISTICAS DO MOTOR
152
- Sentido de rotação da hélice (vista por trás)...................................Horário
- Configuração do eixo da hélice...................................................Flangeada
- Razão de redução do eixo da hélice. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,068 : 1
- Diâmetro do motor...........................................................48,26 cm (19 pol)
- Comprimento do motor.................................................157,48 cm (62 pol)
- Consumo máximo de óleo...............................................................0,2 lb/h /
REGIMES DO MOTOR
LIMITAÇÕES DO MOTOR
REGULAGENS NO SOLO
153
-Verifique todas as peças de reposição quanto ao P/N correto e assegure-se de
que a vida entre revisões (T.B.O.) não tenha sido excedida.
-Faça testes de pressão nas mangueiras que tenham ficado armazenadas por
dois anos ou mais.
-Inspecione cuidadosamente os tubos antes de instalá-los no motor.
-Sangre sempre o sistema de combustível depois de remover ou desconectar
qualquer tubulação ou componente.
-Não reutilize arame de freno, arruelas de freno ou contrapinos.
-Porcas autofreno podem ser usadas novamente desde que a porca, quando
afrouxada, não possa ser completamente atarraxada com a mão.
-Elimine todos os anéis de vedação que tenham sido removidos.
-Para evitar danos, use somente as ferramentas especificadas.
-Use sempre os torquímetros de acordo com as recomendações do Fabricante.
-A menos que especificado no texto, nunca use braços de extensão ou
adaptadores entre o torquímetro e o componente a ser apertado.
-Use somente equipamento de içamento aprovado, a fim de garantir a segurança
do motor e do pessoal.
-Use somente material de consumo, como arame de freno, graxa, vedantes etc,
do tipo especificado.
ADVERTENCIA
154
1-Em operação contínua o torque máximo é limitado a 1628 lb.ft. A rotação
da hélice (Nh) deve ser ajustada de forma a não exceder as limitações
de potência.
2-Para cada 10°C (18°F) abaixo de - 30°C (- 22°F) de temperatura
ambiente, reduza o Ng máximo permitido de 2,2%.
3-A faixa normal de pressão do óleo é de 80 a 100 psi com rotação do
gerador de gases acima de 72% e temperatura do óleo entre 60 e 70°C.
Pressões abaixo de 80 psi devem ser toleradas somente para completar o
vôo e usando de preferência potência reduzida. A discrepância deverá ser
relatada e corrigida antes de outra decolagem. Pressões de óleo abaixo
de 40 psi obrigam ao corte do motor ou a uma aterragem tão logo seja
possível, usando-se o mínimo de potência necessária ao vôo.
4-Para uma maior vida útil do motor é recomendada a faixa de
temperatura do óleo entre 74 e 80°C. A temperatura mínima de 55°C é
recomendada para operação do aquecedor do combustível nas
decolagens.
5-O regime máximo contínuo poderá ser usado em emergência, a critério do
piloto.
155
MOTOR
DESCRIÇÃO GERAL
O motor "Pratt & Whitney PT6A-27" (figura 3-1) é do tipo turbina livre, fluxo
reverso e utiliza duas turbinas independentes: uma para acionar o
compressor (for- mando com este o conjunto do gerador de gases) e a caixa
de engrenagens dos acessórios e outra para acionamento da hélice através
de um sistema de engrenagens de redução (constituindo a seção de
potência). O conjunto rotativo é montado em quatro rolamentos: dois para o
gerador de gases e dois para a seção de potência.
A combustão ocorre em uma câmara de combustão anular do tipo de fluxo
reverso, na qual estão instalados
14 bicos injetores de combustível alimentados, através de um distribuidor
duplo, por uma bomba tipo engrenagem acionada pelo motor. O combustível
é controlado por um sistema que consiste de três unidades separadas, com
funções interdependentes: uma unidade de controle de combustível (FCU),
uma unidade de controle de partida e um governador de hélice.
Uma unidade de aquecimento de combustível, instalada na seção de
acessórios, permite o pré-aquecimento do combustível para o motor,
utilizando para isto o calor do óleo. Duas válvulas-dreno, instaladas na
carcaça do gerador de gases, asseguram a drenagem do combustível
residual da câmara de combustão.
A partida do motor é feita por meio de um arranque gerador instalado na
seção de acessórios, que aciona o gerador de gases. Duas velas
incandescentes iniciam, automaticamente, a combustão no motor.
O óleo para a lubrificação do motor é armazenado em um tanque integral e
circula sob pressão por meio de uma bomba localizada na parte inferior do
reservatório. Bombas de retorno enviam de volta ao reservatório o óleo da
caixa de engrenagens dos acessórios e da caixa de engrenagens de redução,
através do radiador de óleo. O radiador está instalado na parte inferior
do compartimento do motor e recebe o ar através de uma entrada
na parte ventral da capota inferior do motor.
O ar para o sistema de ar condicionado do avião é sangrado do compressor
do motor.
Para detalhes sobre o motor, seus componentes e sistemas, consulte o
Manual P/N 3013242 "PT6A-27 and PT6A-28 Engines Maintenance Manual"
da United Aircraft of Canada Limited.
A montagem do motor na estrutura da nacele é feita por meio de um berço
fixado à parede de fogo e ligado ao motor por meio de três amortecedores
de borracha "LORD".
O berço é construído com tubos de aço soldados e fixados à parede de fogo
em quatro pontos por meio de ferragens e parafusos especiais.
A parte externa do motor, na frente da parede de fogo principal, é formada
pela capota (figura 3-3), de modo tal que esta e o motor sejam suportados
independentemente. A capota é composta de duas partes: a superior e a
inferior, constituídas de painéis reforçados por cavernas e reforçadores. A
parte inferior é fixada à nacele por meio de fechos e pinos-guia e inclui a
entrada de ar, a separação inercial e o circuito de refrigeração do radiador
de óleo. A parte superior é fixada à inferior por meio de três fechos de ação
156
rápida de cada lado, o que facilita as operações de inspeção e manutenção.
Pinos-guia alinham as duas partes entre si e com a parede de fogo, para
facilitar o fechamento.
ARREFECIMENTO DO MOTOR
157
SISTEMA DE ALARME DE FOGO NO MOTOR
INSTRUMENTOS DO MOTOR
158
depósitos de óleo ou de combustível dos acessórios montados no motor e dos
sistemas. Os pontos de drenagem do motor são mostrados na figura, e o
procedimento correto para efetuar a drenagem de cada sistema ou componente
é descrito no parágrafo correspondente àquele sistema ou componente.
Carne de Controle da Hélice (ou Carne de Controle de Beta). Este carne é atuado
pelo pino seguidor do carne. Por meio do cabo flexível de comando de Beta,
comanda a válvula Beta e reposiciona o conjunto pneumático da unidade de
controle da hélice na faixa de reverso.
159
Haste de Atuação do FCU. Interliga a alavanca de atuação do FCU com o braço
de comando do FCU.
Cabo Flexível de Comando de Beta. Este cabo faz a ligação entre o carne de
controle da hélice e a alavanca de reversão da hélice, atuando na válvula Beta.
160
Braço de Comando do Governador da Hélice. É instalado na parte superior do
governador da hélice e recebe o comando diretamente da marrete de hélice para
a ajustagem de rotação da hélice.
Terminais Roscados. São todos os terminais dos comandos Teleflex que podem
ser ajustados.
Anel Deslizante. É o anel solidário com a parte traseira da hélice que, por meio da
alavanca de reversão, comanda a válvula Beta, pelo deslocamento do
servomecanismo da hélice.
161
Bloco de Carvão. É fixado ao terminal da alavanca de reversão e está localizado
sobre o anel deslizante.
Batente Primário do Passo Mínimo. É a própria válvula Beta que impede, em vôo
normal, que o passo da hélice caia abaixo do valor mínimo de vôo.
Batente Secundário do Passo Mínimo (Desativado nos Aviões Pós-Mod. B.S.
110-61-016). E o conjunto formado por um atuador comandado pelo anel
deslizante que age sobre o microcontactor do sistema. O microcontactor aciona
a válvula solenóidedo batente secundário do passo mínimo, quando o passo da
hélice cai de 2 a 4 graus abaixo do mínimo de vôo, em caso de falha da válvula
Beta com a manete de potência na faixa de potência.
162
163
OPERAÇÕES PRELIMINARES
Nota
164
Em motores que estiveram parados por um período de doze horas ou mais
ou quando houver dúvidas sobre o nível do óleo, proceda da seguinte
maneira:
-Dê partida no motor, de acordo com os parágrafos e conserve em marcha
lenta por dois minutos, no mínimo.
-Embandeire a hélice duas vezes.
-Corte o motor.
-Verifique o nível do óleo e reabasteça como necessário.
ADVERTENCIA
Não faça testes ou regulagens sob chuva ou nevoeiro muito fortes. A água e
a umidade alteram o desempenho do motor.
Nota
165
As velas devem ser testadas ao abrigo do vento.
VERIFICAÇÕES NA CABINE
166
de combustível em CORTE.
18-Mantenha desligado o piloto automático, posicionando o interruptor "PILOTO
AUTOMÁTICO" em DESLIGA.
19-Verifique se os freios de estacionamento estão aplicados.
20-Constate a presença do extintor de incêndio e do encarregado de sua
operação.
21-Aguarde resposta do pessoal de terra para "LIVRE PARA PARTIDA".
PARTIDA DO MOTOR
ADVERTENCIA
167
INTERRUPÇÃO DA PARTIDA
FALHAS NA PARTIDA
Nota
168
No caso de persistência de fogo (o que é indicado pela não diminuição de
TIT), atue o interruptor "VALV CORTE" no painel de alarmes e continue
girando o motor, observando a limitação do arranque.
Se o outro motor estiver funcionando, corte-o para evitar acidentes aos
homens que venham socorrer com auxílio de extintores.
169
1. Leve a manete de combustível para CORTE.
2. Posicione o interruptor "PRINC" da bomba de combustível em
LIGA (para assegurar a lubrificação dos elementos da bomba de combustível do
motor).
3. Posicione o interruptor de ignição em DESAFOGAR.
4. Posicione momentaneamente o interruptor de partida em
PARTIDA.
5. Mantenha a operação por 30 segundos, no máximo.
6. Posicione momentaneamente o interruptor de partida em
INTERRUPÇÃO.
VERIFICAÇÕES NO SOLO
ADVERTENCIA
170
Caso seja necessário, em uma verificação qualquer, ultrapassar um torque
de 1000 lb.ft em um dos motoRS, mantenha o outro motor funcionando em
marcha lenta alta (65% de Ng),
Nota
• A tolerância entre os valores do torque ideal e o indicado é de ± 30 lb.ft.
Porém, a diferença entre os torques dos dois motores não deve exceder 20 lb.ft.
• Ao se fazer a verificação, supõe-se que os instrumentos utilizados
estejam corretos.
171
VERIFICAÇÃO DO GOVERNADOR DE SOBRE VELOCIDADE
172
1. Avance as manetes de potência até obter 500 lb-ft de torque.
2. Leve os interruptores de "EMBAND AUT" para TESTE e segure-os nesta
posição.
3. As luzes "EMBAND AUT" acendem.
4. Retorne a manete de potência esquerda. Observe se, quando o torque
do motor atingir 400 a 340 lb.ft, a luz "EMBAND AUT' do motor direito apaga.
5. Ao atingir de 230 a 170 lb.ft de torque no motor esquerdo, a luz
correspondente deve apagar e a hélice deve iniciar o embandeiramento.
Nota
Nota
173
1. Dê partida nos motores, de acordo com os parágrafos de 3-10 a 3-13.
2. Com as manetes de potência em MÍN, pressione os botões de teste "BETA"
e mantenha-os pressionados.
3. Traga vagarosamente as manetes de potência para a faixa de reverso.
4. Observe se as luzes Beta acendem, quando o Nh atingir 60% ± 1%.
5. Ao ocorrer o acendimento, mantenha as manetes de potência na posição
correspondente e, com os botões de teste "BETA" ainda pressionados, observe
se as luzes Beta começam a piscar.
6. Solte os botões de teste "BETA" e observe se as luzes Beta ficam acesas.
Retome as manetes de potência para a posição "MÍN".
7. Corte o motor, de acordo com o parágrafo 3-18.
Nota
Para verificar se o braço de comando do FCU está regula- do, posicione a manete
de potência em MÍN. A seguir, meça o ângulo, para trás e para baixo, formado
pelo braço de comando com a linha horizontal que passa pelo seu eixo de
articulação. O mesmo deve ser de 5 a 6°.
174
Para verificar se o parafuso de regulagem da faixa de táxi está ajustado,
posicione a manete de potência em MÍN e verifique se a distância do parafuso,
entre sua extremidade e a face interna da alavanca de aceleração em reverso,
é a indicada, conforme mostrado na figura 3-6, detalhe F.
175
176
3. Anote o valor da RPM do gerador de gases, obtida da placa do motor
(D.P.S.).
4. Procure, no gráfico da figura 3-9, o valor da temperatura T2.
5. Suba verticalmente na linha de temperatura T2 e anote os valores de TIT e
da relação entre a rotação observada do gerador de gases e a rotação de placa
do motor (Ng/ D.P.S.).
6. Suba, ainda verticalmente, na linha de temperatura T2 até alcançar a linha
de pressão barométrica local (pressão anotada no item 2) e anote os valores de
torque e fluxo de combustível.
177
os parágrafos 3-11 e 3-12.
2. Dê partida em ambos os motores, de acordo com o parágrafo 3-13.
3. Após a partida, proceda às verificações do parágrafo 3-17, após o que,
comande duas vezes as manetes da hélice para BANDEIRA.
4. Mantenha a manete de potência em marcha lenta para o aquecimento do
motor.
5. Ajuste as manetes de potência e hélice de modo a obter,
respectivamente, o torque do item 6, parágrafo 3-33 e 91% de Nh.
6. Aguarde até que a leitura dos instrumentos estabilize.
7. Anote o fluxo de combustível, a rotação do gerador de gases (Ng) e o TIT.
8. Corte o motor de acordo com o parágrafo 3-18.
Nota
Nota
178
2. Em bombas de combustível que evidenciarem presença de óxido de
ferro, proceda da seguinte maneira:
a. Remova a bomba de combustível.
Nota
ADVERTENCIA
Não desloque o eixo acoplador do eixo da bomba, pois isto poderá danificar as
estrias e/ou o anel de retenção. Este anel permite um limitado movimento relativo
entre os dois eixos.
179
Nota
• Se houver resíduos, substitua a bomba de combustível.
• Se não houver resíduos, reutilize a bomba de combustível.
Nota
PESQUISA DE PANES
180
181
182
183
184
185
186
187
188
189
190
191
192
193
194
195
196
CAPOTAS DO MOTOR
197
inferior, desconecte a haste de comando do defletor do sistema de separação
inercial e fixe-a no gancho de suporte.
3. Desconecte o conector elétrico do sistema de degelo e do sistema de
separação inercial.
4. Desconecte os fechos laterais posteriores que fixam a capota inferior à
nacele.
5. Com a ajuda de um auxiliar colocado no lado oposto, remova a capota,
deslocando-a para a frente, a fim de libertar os pinos-guia dos respectivos orifícios
na parede de fogo da nacele e baixando-a cuidadosamente.
6. Evitando o contato da capota com o solo, desloque-a por baixo do motor até
ter passado para a frente da hélice.
198
INSTALAÇÃO DAS CAPOTAS DO MOTOR
Nota
Nota
ADVERTENCIA
Apesar da robustez adequada para o fim em vista com que são construídos os
fechos, não utilize ferramentas para os forçar a fechar. Regra geral, quando a
instalação é recente, os fechos oferecem uma maior resistência ao serem
atuados, quer resistência para abri-los, quer para fechá-los. Se necessário, proceda
à regulagem dos fechos para obter o grau de resistência adequado.
199
Nota
200
MOTOR
REMOÇÃO DO MOTOR
ADVERTENCIA
d. Reinstale os bujões.
5. Desconecte toda a fiação, plugues e tubulações que ligam o motor à parede
de fogo da nacele.
6. Desconecte a tubulação de ar condicionado no anel de fogo do motor.
7. Retire os tubos de escapamento do motor.
8. Desconecte os comandos de potência e de combustível no motor.
9. Solte, na parede de fogo da nacele, o Teleflex de comando do governador.
1O. Remova a hélice, de acordo com a Seção VIII deste Manual.
11. Instale o estropo P/N 4A-6000-W-26H nos pontos de içamento do motor.
12. Ligue o estropo ao guindaste P/N 4A-6000-W-25H e acione o guindaste de
modo a aliviar o peso do motor.
13. Retire os quatro parafusos de fixação do berço à estrutura da nacele.
14. Vagarosamente e com cuidado, afaste um pouco o motor, verificando se
não existe nenhuma ligação prendendo-o à nacele.
15. Retire o motor e instale o conjunto motor/berço no carro P/N 4A-6000-W-
13H.
201
INSTALAÇÃO DO MOTOR
ADVERTENCIA
O tubo de escapamento direito do motor direito é diferente dos outros três tubos
restantes que são intercambiáveis. Posicione os tubos com a referência "para
frente" como requerido.
10. Conecte toda a fiação, plugues e tubulações que ligam o motor à parede
de fogo da nacele.
11. Conecte a tubulação de ar condicionado ao anel de fogo do motor.
12. Proceda às verificações de regulagem do motor descritas nesta Seção e
regule como necessário.
13. Verifique e regule como necessário os comandos do motor, de acordo com
a Seção V deste Manual.
14. Instale o "spinner" da hélice.
15. Instale as duas partes da capota do motor.
Nota
REGULAGENS DO MOTOR
202
liberdade de movimentos em todo o seu curso. Certifique-se de que não haja
interferência de frenos, atritos indesejáveis etc.
• Caso seja necessário, em uma regulagem ou verificação qualquer, ultrapassar
um torque de 1000 lb.ft em um dos motores mantenha o outro funcionando em
marcha lenta alta (65%de Ng).
Nota
Nota
203
passa pelo seu eixo de articulação, usando a marca do "pick-up" feita
anteriormente no FCU como base para esta· ajustagem.
Nota
Nota
Nota
204
AJUSTAGEM DO PARAFUSO DE REGULAGEM DA FAIXA DE TÁXI (figura
3-6, detalhe F)
Nota
205
5. Verifique a simetria do reverso, observando os seguintes pontos:
a. A aceleração em reverso deve ser simultânea nos dois motores.
b. O torque em reverso é de 700 a 800 lb ft.
c. O Ng máximo em reverso deve ser de 89% ± 1%.
Nota
Nota
ADVERTENCIA
206
VERIFICAÇÃO APÓS A REGULAGEM DO BRAÇO DE COMANDO DO FCU
207
AJUSTAGEM ESTÁTICA DA VÁLVULA BETA (figura 3-12A)
Nota
Nota
Não frene, ainda, a contraporca. Sua frenagem só deverá ser efetuada após a
verificação do batente primário de passo mínimo.
208
REGULAGEM DO BRAÇO DE COMANDO DO GOVERNADOR DA HÉLICE
(figura 3-13)
209
4. Leve a manete de hélice à posição BANDEIRA.
5. Gire, no FCU, o parafuso de ajustagem de marcha lenta (veja a figura
3-15) para 52% de Ng, como necessário.
Nota
210
ADVERTENCIA
211
REGULAGEM DA MARCHA LENTA ALTA (HI-IDLE)
Nas condições acima, verifique se a rotação de Ng é de 65% ± 1%. Caso isto não
ocorra, ajuste o comprimento da haste telescópica da unidade de controle de
partida, atuando em sua extremidade superior, do seguinte modo:
a. Se a rotação estiver abaixo de 64% de Ng, aumente o comprimento da
haste até atingir este valor.
b. Se a rotação estiver acima de 66% de Ng, diminua o comprimento da haste
até atingir este valor.
Corte o motor, de acordo com o parágrafo 3-18.
212
deslizante. Caso a folga entre o bloco de carvão e o anel deslizante seja inferior
ao mínimo permitido, ajuste o bloco de carvão com o auxílio de uma superfície
de desempeno e lixa nº 400, desgastando-o até ser obtida a folga desejada.
Caso a folga seja superior ao máximo permissível, substitua o bloco de carvão.
• As porcas-batentes de Beta, situadas nas hastes de acionamento do
anel deslizante (veja a figura 3-ISA) têm o seu posicionamento determinado em
regulagens de bancada. Sob nenhuma circunstância altere o posicionamento
original das porcas batentes, visando corrigir eventuais discrepâncias no torque do
motor.
O batente primário de passo mínimo deve ser ajustado sempre que, após a
verificação descrita no parágrafo 3--22, o torque esteja fora dos limites prescritos.
Nota
Nota
Reaperte a contraporca com um torque de 150 a 250 lb.in e frene-a com arame.
213
turbina de potência.
8. Ajuste o comprimento da haste de forma que, com a alavanca de reversão
puxada à frente e o braço (3) contra o batente de RPM máxima do governador
(9), o parafuso de ligação (10) entre livremente no terminal da haste e no orifício
do braço.
Diminua o comprimento total da haste, girando cada um dos seus terminais em
1/2 volta. Reaperte as contraporcas dos terminais (8) com um torque de 32 a 36
lb.in e frene-as com arame.
9. Instale o parafuso (1O) de ligação da haste ao braço, aperte a porca com
um torque de 24 a 36 lb.in e contrapine-a.
10. Ajuste o terminal traseiro do Teleflex de forma a poder conectá-lo ao carne
de controle de Beta, do seguinte modo:
a. Afrouxe a contraporca (11).
b. Gire o terminal bifurcado (4) até obter um alinhamento correto dos furos do
terminal com o furo central do carne de controle de Beta.
c. Diminua o comprimento total do cabo, girando o terminal bifurcado mais 1/2
volta, a fim de eliminar eventuais folgas.
d. Instale o pino (6), a arruela e o contrapino.
e. Aperte a contraporca (11) e frene-a com arame.
Nota
Nota
214
AJUSTAGEM DO PARALELISMO DAS MANETES DE POTÊNCIA COM
TORQUES IGUAIS
ADVERTENCIA
Cuide para não encurtar a haste de atuação do FCU em demasia pois, caso
contrário, será notada elevação na rotação de marcha lenta (Ng).
215
a. Se a folga for insuficiente, alongue a haste de atuação do FCU para
aumentar a folga até 1/8".
3. Se a ação de mola não for conseguida, ajuste de acordo com o item 4.
4. Após as verificações e ajustagens acima, se as manetes ainda estiverem
defasadas, corrija-as do seguinte modo:
a. Para atrasar a manete mais avançada, atue no espaçador dentado de
modo a reposicionar o braço de comando do FCU no sentido anti-horário,
abaixando-o em aumentos de 0,6° em relação à sua posição anterior.
Nota
LAVAGEM DO COMPRESSOR
216
Tais aditivos devem ser utilizados somente quando necessário, devido à
possibilidade de formação indesejável de resíduos do agente de limpeza nos
componentes do motor, como por exemplo, a válvula de sangria.
Na maioria dos casos, a lavagem para remoção de depósitos salinos é suficiente
para manter o compressor limpo. Para a lavagem do compressor são
recomendados os seguintes agentes de limpeza: B & B 3100, Turco 4217, Ardrox
624 e Clix.
Para a lavagem com o motor em funcionamento, o fluído de lavagem é injetado,
sob forma pulverizada, na entrada do compressor a uma pressão de 17 ± l psi,
com o gerador de gases operando aproximadamente a 60% de Ng (23000 RPM),
enquanto que para a lavagem com o motor sendo acionado somente pelo
arranque-gerador, o fluído de lavagem é injetado sob forma pulverizada, na
entrada do compressor, a uma pressão de 30-50 psi, com o gerador de gases
operando a 14-25% de Ng, dependendo das condições da bateria ou da fonte
externa.
Nota
ADVERTENCIA
217
6. Filtração na entrada do equipamento: não deve ser maior que 10
mícrons.
A água potável para lavagem do compressor só pode ser usada quando for
adotado o método de acionamento do motor somente pelo arranque-gerador;
deve apresentar as seguintes qualidades:
1. Aparência: visualmente clara e livre de sólidos.
2. Total de sólidos: 175 partes por milhão, no máximo.
3. Valor do PH: entre 6,0 e 8,0 incluído.
4. Cloretos: 15 partes por milhão, no máximo.
5. Sulfatos: 10 partes por milhão, no máximo.
218
fluxo da solução será indicado por um decréscimo de pressão.
Notas
219
220
TIT e uma pequena alteração de Ng para a mistura especificada a uma
temperatura ambiente acima de +2°C. Entretanto, o fluxo da solução
especificada para temperaturas ambientes abaixo de +2°C será indicado por um
pequeno acréscimo de TIT e por uma pequena alteração de Ng. Quando a
quantidade da mistura de limpeza for esgotada o TIT e o Ng retomam aos valores
anteriores à lavagem; enxágue o compressor, procedendo da seguinte , maneira:
a. Feche a válvula da fonte de ar comprimido para o tanque de limpeza.
b. Feche a válvula de saída do tanque de limpeza para o anel de injeção.
c. Injete a solução de enxague, selecionando a válvula seletora para a
posição enxague e abrindo a válvula de saída do tanque de enxague para o anel
de injeção e deixe a solução de enxague escoar para o compressor.
Nota
Nota
221
Nota
Para impedir que haja precipitação de depósitos por uso inadvertido de "água
pesada" deixe o motor resfriar durante um mínimo de 40 minutos desde o último
corte.
Nota
222
LAVAGEM PARA REMOÇÃO DE DEPÓSITOS SALINOS E POLUIÇÃO INDUSTRIAL,
COM O MOTOR SENDO ACIONADO SOMENTE PELO ARRANQUEGERADOR
(usado somente com anel de 50 furos)
Nota
Para impedir que haja precipitação de depósitos por uso inadvertido de "água
pesada", deixe o motor resfriar durante um mínimo de 40 minutos desde o último
corte.
Nota
Nota
Existem dois métodos que podem ser utilizados para se realizar a análise das
tendências de funcionamento do motor.
O primeiro método é conhecido como "COMPUT-TREND" que utiliza uma
calculadora de bolso programável. Este é o método mais acurado e é descrito na
publicação "GAS TURBINE OPERATION INFORMATIONLETTER(AGTOIL)No.
18",publicada pela Pratt & Whitney Canadá.
223
O segundo método é conhecido como Método Gráfico que é o descrito neste
manual.
224
225
MÉTODO PARA ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS OE FUNCIONAMENTO DO
MOTOR
Nota
226
a. TIT, Ng e fluxo de combustível (Fc).
b. Torque e Nh.
c. Distribuição de carga elétrica entre os geradores.
d. Altitude-pressão e temperatura do ar externo (AP e TAE).
e. Situação da separação inercial (ligada ou desligada).
f. Sangria de ar do compressor (em uso ou não).
g.
2. Entre no gráfico da figura 3-17 com a temperatura do ar externo (T AE) e com
a altitude-pressão (AP) anotadas durante o vôo e obtenha o índice
correspondente.
3. Entre no gráfico da figura 3-18 com o torque e o Nh anotados durante o vôo
e obtenha o SHP correspondente.
4. Entre no gráfico da figura 3-19 com o número-índice obtido no passo 2 e
com o SHP obtido no passo 3 e obtenha os seguintes valores teóricos:
a. TIT
b. Ng
c. Fluxo de combustível (Fc)
d.
5. Subtraia os valores obtidos no passo 4 dos valores de TIT, Ng e Fc
anotados em vôo, obtendo as diferenças LffT, .6.Ng e .6.Fc-
6. Utilizando gráficos iguais aos das figuras 3-20 e 3-21, anote periodicamente
as diferenças .6.TIT, .6.Ng e .6.fc.
Nota
Para exemplificar o uso dos gráficos, vamos considerar que, durante o vôo de
cruzeiro estabilizado, foram feitas as seguintes anotações:
- Temperatura do ar externo (TAE): - 14°C
- Altitude-pressão (AP): 8000 pés
- Torque: 1200 lb.ft
Nh: 86,4% (1900 RPM)
Nota
227
de 1200 lb.ft e siga, no sentido indicado pela seta, até encontrar a curva
correspondente ao Nh de 86,4%; em seguida, desça verticalmente, como
indicado pela seta, até a escala de SHP e anote o SHP correspondente: 435
SHP.
228
229
Estes dois exemplos mostram tendências que, no final, foram corrigidas com
medidas específicas, como detalhadas nos parágrafos 3-69 e 3-70 abaixo.
Outros tipos de problemas poderão ser detectados e corrigidos, à medida que
aumentar a experiência do operador e através do uso constante do método aqui
apresentado.
ADVERTENCIA
Deve-se tomar o máximo cuidado na análise das diferenças, para não se obterem
conclusões falsas por desvios abruptos dos parâmetros, devido à
instrumentação defeituosa, sangria de ar excessiva ou não paralelismo de carga
entre os geradores. Ao estabelecer as diferenças, portanto, verifique se, de
acordo com as anotações feitas em vôo, como indicado no passo 1 do parágrafo
3-66, a distribuição da carga entre os geradores estava correta e se a separação
inercial e o sistema de ar condicionado estavam ligados ou não, uma vez que o
uso destes sistemas afeta o desempenho do motor.
230
A figura 3-20 mostra o desenvolvimento das tendências de um motor analisado
a partir de anotações diárias das diferenças.
Primeiros vôos, não houve praticamente variação. Nos últimos, entretanto, 6TIT,
6Ng e 6Fc apresentam desvios acentuados.
Na época em que foi efetuada a manutenção corretiva, a 6TIT havia subido 30ºC
acima dos registros iniciais e 6Ng aumentou 3,5% e 6Fc aumentou 20 lb/h.
Estas tendências foram causadas por um aumento cada vez maior da poeira
atmosférica, agravado por um pequeno vazamento externo de óleo, em meio-
ambiente altamente contaminado com o aumento do acúmulo de poeira nas
palhetas e baixa eficiência do compressor, exigindo aumentos progressivos no
fluxo de combustível e na TIT, a fim de manter a potência de cruzeiro requerida.
Na figura 3-21, pode-se observar que os registros feitos para os primeiros oito
vôos não mostram nenhuma tendência aparente. Após estes, 6TIT e 6Fc
mostram uma tendência para subir, enquanto que 6Ng mostra uma tendência
para baixar.
Estas tendências aumentaram até o ponto em que 6TIT havia subido 50°C acima
da média inicial, 6Ng caiu para 3,5% e 6Fc subiu 10 lb/h, quando então foi
efetuada a inspeção da seção quente.
A tendência do 6TIT para subir iniciou logo após o roçamento da palheta de
turbina do compressor na armadura, danificando esta. A folga na ponta da
palheta aumentou, com uma consequente perda de eficiência da turbina,
causando a queda de Ng. Consequentemente, o fluxo de combustível e o TIT
foram aumentados para manter os níveis de potência requeridos
231
232
233
Sistema Hidráulico
O sistema hidráulico supre energia à pressão constante (3000 psi), gerada por
duas bombas acopladas uma a cada motor. A pressão do sistema é uti1izada
para a operação de abaixamento e recolhimento do trem de pouso, comando
dos freios e direção da roda de nariz.
O reservatório de fluído hidráulico está instalado num compartimento no lado
direito da fuselagem traseira. A sua capacidade aproximada é de 10 litros de óleo
hidráulico, com espaço para expansão e espuma. Dois visores, instalados
lateralmente, permitem a verificação do nível do fluido do reservatório. As linhas
de retorno descarregam o fluido numa câmara cilíndrica, dentro do reservatório,
a qual é abastecida em primeiro lugar, garantindo um suprimento para a bomba
manual em caso de emergência. O reservatório incorpora uma bomba elétrica
submersa de recalque com a finalidade de garantir a alimentação das bombas
principais em condições de demanda máxima.
Cada bomba tem capacidade para alimentar todo o sistema. As válvulas de corte
estão instaladas atrás das paredes de fogo antes das bombas e são comandada
por interruptores na cabine de comando.
Cada bomba é auto-regulada para 3000 psi, possuindo uma derivação (by-pass)
que faz com que uma pequena parcela do fluído retorne ao reservatório. Esta
parcela é responsável pela lubrificação interna e refrigeração da bomba. Uma
válvula de alívio na linha de pressão está calibrada para funcionar ao ser atingida
a pressão de 3290 psi. Duas válvulas de alívio térmico protegem os circuitos dos
freios no caso de elevação da temperatura, com a aeronave estacionada ao sol.
234
COMANDOS E INDICADORES
235
fecharem quando a pressão cair abaixo de 1000 psi, enviando corrente para
acender a luz de advertência HIDRÁULlCA no painel múltiplo de alarmes.
VÁLVULA SELETORA
236
Cada conjunto do trem de pouso compõem-se basicamente de uma perna de
força com um eixo de articulação, amortecedor óleo-pneumático, dispositivos de
travamento e cilindro atuador. O conjunto do trem de nariz, além disto, possui
um sistema que possibilita o controle direcional da roda no solo. Um pino de
desengate externo permite libertar o garfo da roda para fins de reboque da
aeronave no solo.
As portas dos alojamentos do trem, ligadas mecanicamente às pernas de força,
são abertas durante a movimentação do trem de pouso e fechadas logo após a
operação. As rodas recolhem para a frente.
Os sistemas de abaixamento e recolhimento das rodas, freios e controle de
direção da roda de nariz são operados com energia do sistema hidráulico. Um
circuito de emergência, com uma bomba manual, permite abaixar o trem de
pouso, no caso de falha do sistema principal.
Nota
237
O trem de pouso é equipado com um sistema de proteção para evitar o seu
recolhimento quando a roda dianteira não estiver alinhada com o eixo
longitudinal da fuselagem ou quando a aeronave estiver no solo, isto é, quando
os amortecedores principais não estiverem completamente distendidos. O
sistema compõem-se de três microcontactores que abrem ou fecham um circuito
elétrico ligado às válvulas solenóides de comando. O sistema poderá ser
superado quando se desejar, através de um interruptor de emergência
(normalmente frenado) no comando do trem de pouso.
238
239
COMANDOS E INDICADORES
Nota
ATENÇÃO
240
embaixo o pino estará visível. O pino é protegido por uma cúpula transparente e
o conjunto ‚ iluminado quando comandado o abaixamento do trem de pouso.
Nota
241
A aeronave é orientada no solo por um sistema de comando direcional da roda
de nariz. O sistema é servoassistido por pressão de 3000 psi do sistema
hidráulico do avião e controlado por uma eletroválvula e um distribuidor.
O mecanismo permite um movimento da roda de 45º para a direita ou para a
esquerda. Com a aeronave no solo, isto é, com os amortecedores comprimidos,
atuando-se o volante para o lado da curva desejada, quando é comprimido o
microcontactor em sua empunhadura, uma corrente elétrica é enviada a uma
eletroválvula que abre a passagem da linha de pressão hidráulica; ao mesmo
tempo, um distribuidor é posicionado para enviar pressão ao lado adequado do
cilindro atuador duplo, montado na perna do trem.
Sempre que não esteja sendo usado o sistema direcional da roda de nariz, a
linha do acumulador de centragem enviará pressão para a centralização da roda.
Nota
O sistema direcional da roda de nariz não impõem restrições ao uso de comando
de direção no solo por meio de aplicação diferencial de freios e/ou potência.
242
As rodas do trem de pouso principal são equipadas com freios a disco. O circuito
hidráulico do sistema de freios recebe pressão do sistema hidráulico da aeronave
e é dividido em dois ramos: um para a operação normal e outro para o freio de
estacionamento e emergência. Cada um deles possui um acumulador, provido
243
de válvula unidirecional na entrada, de forma a permitir o armazenamento de
pressão.
O sistema normal de freagem consiste na aplicação de pressão das pontas dos
pés nos pedais do piloto (e nos do co-piloto, opcionalmente). Cada pedal é
articulado para acionar um cilindro mestre, o qual envia pressão hidráulica para
uma válvula seletora de pressão do sistema. Esta válvula envia fluido sob
pressão dosada para o conjunto de freio da roda correspondente. A ação dos
freios é proporcional ao deslocamento dos pedais, o que permite o controle
direcional da aeronave pela aplicação dos freios, diferencialmente. O freio de
estacionamento, que também pode ser usado para freagem em emergência,
utiliza linhas independentes. No caso de falha total no suprimento de energia
hidráulica, o acumulador principal dos freios permitirá cerca de 25 acionamentos
dos freios das rodas, enquanto que o acumulador do freio de estacionamento e
emergência tem capacidade para cerca de 10 acionamentos. A pressão liberada
para os freios é proporcional à intensidade do comando e varia de zero a,
aproximadamente, 1000 psi.
COMANDOS E INDICADORES
244
levando-o no sentido do painel. O punho está conectado diretamente à válvula
redutora de pressão do sistema, a qual recebe fluido sob pressão da linha de
saída do acumulador.
245