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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE..... 11
CAPÍTULO 1
MARKETING DE RELACIONAMENTO E GESTÃO DE SERVIÇOS AO CLIENTE................................. 11
CAPÍTULO 2
ESTRATÉGIA ‘ONE TO ONE’....................................................................................................... 21
CAPÍTULO 3
MARKETING DE TENDÊNCIAS: TENDÊNCIAS DE MERCADO E SUA IMPORTÂNCIA NO MARKETING.... 33
CAPÍTULO 4
FUNIL DE VENDAS, DESIGN THINKING E CRM........................................................................... 36
UNIDADE II
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO.......................................................................... 40
CAPÍTULO 1
GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM CLIENTES...................................................................... 40
CAPÍTULO 2
INDICADORES MULTIDIMENSIONAIS DE DESEMPENHO E DE VALOR........................................... 44
CAPÍTULO 3
CASES – ADMINISTRANDO O RELACIONAMENTO COM CLIENTES............................................. 49
CAPÍTULO 4
PRÁTICAS DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO QUE IMPACTAM O CRM.................................... 56
UNIDADE III
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO....................................................................... 61
CAPÍTULO 1
CONCEITUAÇÃO DA CADEIA DE APOIO E SUPRIMENTOS AO CRM........................................... 61
CAPÍTULO 2
GESTÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES – TI E CRM.................................................................... 67
CAPÍTULO 3
PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS – NOVA LEGISLAÇÃO NO BRASIL.......................................... 70
CAPÍTULO 4
CERTIFICAÇÃO EMPRESARIAL E AUDITORIA.............................................................................. 74
UNIDADE IV
SISTEMAS ESTRUTURADOS...................................................................................................................... 81
CAPÍTULO 1
SISTEMAS INFORMATIZADOS DE GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM CLIENTES...................... 81
CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO À INTELIGÊNCIA DO NEGÓCIO – BUSINESS INTELLIGENCE.................................. 88
CAPÍTULO 3
CRM & E-CRM: DIFERENÇAS E ESTRATÉGIAS QUE CONVERGEM PARA O MARKETING DIGITAL.... 90
CAPÍTULO 4
BIG DATA: O QUE É E PORQUE É TÃO ESSENCIAL..................................................................... 95
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 99
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
8
Introdução
Você já se colocou no lugar do outro em situações adversas que ocorrem no seu
dia a dia? Se a resposta for afirmativa, como você se sentiu estando do outro lado
naquela situação?
Criar um relacionamento sustentável e duradouro com um cliente parece tão óbvio que,
muitas vezes, simples ações e atitudes são ‘esquecidas’ ao longo do seu ciclo de negócios
entre a empresa e seus clientes. Estabelecer uma proximidade saudável com o seu cliente
é o primeiro passo para manter um ‘bom’ relacionamento. Porém, atualmente, com a
digitalização para diversas interfaces, o olho no olho se transformou no ‘touchscreen’.
A partir daí o desafio cresce.
Brevemente, poderemos entender que a gestão de serviços pode ser caracterizada pelo
foco e importância que a empresa dá na jornada da relação com o usuário/cliente,
abrangendo desde à prospecção ao pós-venda. Ou seja, a empresa passa a gerir o nível
de interação do cliente no processo desde a produção ao consumo ou a utilização do
serviço; e às vezes, de forma simultânea – principalmente quando há a impossibilidade
de estocar. Assim, assume-se o papel como parte da estratégia macro da organização,
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na produção, no controle da qualidade, nas pesquisas de satisfação e fidelização,
garantindo o crescimento sustentável através da comercialização constante dos
produtos ou serviços.
Objetivos
»» Capacitá-los com conhecimentos que o possibilitem a aplicá-los em um
ambiente de trabalho físico e virtual, no cotidiano da relação fornecedor/
cliente.
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CONCEITUAÇÃO E
ESTRATÉGIAS DA GESTÃO
DE SERVIÇOS DE UNIDADE I
RELACIONAMENTO COM
O CLIENTE
CAPÍTULO 1
Marketing de Relacionamento e Gestão
de Serviços ao Cliente
A palavra ‘gestão’ vem da área das ciências humanas onde pessoas habilitadas
dedicam-se ao ato de gerir, administrar ou gerenciar diversas instituições, sejam elas
privadas, públicas, sem fins lucrativos ou mistas, visando ao alcance dos objetivos
traçados, de forma eficiente (como fazer o que tem para ser feito da melhor maneira
possível, mais rádido e com menos disperdício); de forma eficaz (fazer o que deve ser
feito para atingir a meta/objetivo) e de forma efetiva (fazer certo as coisas certas com
qualidade. É um mix da eficiência com eficácia).
Eis o motivo de existir diversas áreas de gestão nas empresas, como gestão de pessoas
ou de recursos humanos, de projetos, comercial, financeira, de processos, de estoque,
de qualidade, ambiental etc. Todos visando a um mesmo objetivo – o negócio.
Agora, poderemos compreender melhor em que e como a Gestão de Serviços deve atuar.
Assim, a Gestão de Serviços compreende um conjunto de ações que transformam recursos
e insumos em bens e serviços demandados pelos consumidores/clientes, utilizando-
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Hoje, atuar na área de Gestão de Serviços de Relacionamento com o Cliente captura, não
somente dados dos clientes relacionados à sua jornada ao longo da vida das empresas,
mas, principalmente, o conhecimento de suas dores, necessidades e desejos, chegando
no auge da antecipação às necessidades dos clientes atuais e leads em potenciais.
Passamos a ouví-los.
Por outro lado, o que você acha que pode acontecer com uma empresa,
quando não há uma estratégia adequada, focada no entendimento das dores,
necessidades e desejos do cliente?
Quando não tratamos o cliente como ponto central na empresa, deixamos de entregar
algo (produto/serviço) que atenda às suas dores ou necessidades, tendemos, assim, a
sermos engolidos pela concorrência e fadados às críticas negativas expostas nas redes
sociais – forma rápida de disseminar críticas negativas à sua organização. Ou seja, a
velocidade de destruir a reputação de uma empresa é maior que sua construção.
Já, quando uma empresa utiliza uma estratégia centrada no cliente/consumidor, traz
um posicionamento dinâmico, baseada no conhecimento da estrutura do mercado,
através do desenvolvimento de relações com fornecedores, distribuidores, investidores,
clientes e até com as empresas concorrentes; construindo uma cadeia de gestão integrada
(conforme citei no início desta Unidade) e tornando o ciclo de feedbacks essencial.
Ou seja, com esse posicionamento dinâmico, clientes e influenciadores tornam as
mudanças nos produtos e serviços de forma constante, por meio da participação nessas
relações, fazendo com que o sucesso advindo dessa estratégia seja maior.
Quando definimos uma estratégia voltada para o cliente, precisamos definir a segmentação
do mercado, entender as dores/necessidades desses clientes, ter visão estratégica e objetivos
comerciais, que são importantes considerações, para se dimensionar os esforços que serão
empreendidos e, por consequência, o retorno consistente esperado à longo prazo.
Dessa forma, é possível dimensionar o impacto nos resultados globais que são esperados
com a gestão do relacionamento com o cliente, uma vez que investimentos em tecnologia
de CRM podem ser expressivos.
Eis o motivo que, integrar tudo isso, traduz-se na junção de informações e dados que
podem vir de dentro da empresa ou das diversas partes externas que interagem com
a empresa e transformá-las em conhecimento para a gestão do relacionamento com
o cliente. Atualmente, o chamado Big Data (falaremos sobre isso na Unidade IV),
assumirá cada vez mais o papel de contribuir para o sucesso da organização.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Pessoas
A jornada do consumidor/cliente é um termo muito discutido no ramo do Marketing
Digital. Mas, basicamente leva à busca ao entendimento do perfil do público que
adquire ou consome seus serviços ou produtos. Consequentemente, você conseguirá
compreendê-los e captar as suas necessidades, que estão implícitas e/ou não são
declaradas. Por exemplo, um potencial consumidor diabético não consome seu produto
porque tem açúcar; e você não sabe que ele é diabético e não entende o porquê do não
consumo, uma vez que ele não o declara.
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
por meio de normas) não serão declarados pelo cliente, que assume que, se a empresa
atua em determinado segmento, ela (a empresa) tem condições de atendê-lo.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Ferramentas e processos
Diante do cenário descrito acima, sem informações e ferramentas que permitam
manter um histórico do cliente, cada contato com a empresa corre o risco de parecer o
primeiro contato. Isso é um perigo para o negócio. Isso pode fazer com que a empresa
retome a identidade desse cliente, sem que haja uma evolução no relacionamento ou
um tratamento personalizado. E acreditem, isso é o que mais ocorre nas empresas
atualmente.
O maior gap para que as empresas sejam bem-sucedidas é não considerarem as pessoas
por trás de todo processo ou transações de vendas. Tratam o fluxo de vendas simplesmente
como entrada e saída de produto/serviços prestados. A partir do momento em que as
atividades de gerenciamento desse conhecimento têm objetivos bem definidos, como
segmentar toda a base de clientes, priorizar e repriorizar os clientes, saber o que eles
querem, gerar confiança, preocupar-se com a satisfação do cliente e inovar os produtos
existentes, as empresas terão maior sucesso nas vendas e melhores resultados. Ou seja,
a venda do produto/serviço não se torna um fim em si mesmo.
Para que isso não ocorra, utilizamos tecnologias que desempenham um importante
papel no sentido de integrar os processos internos aos canais de contato com o cliente.
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
O que se torna um grande desafio para as muitas empresas no mercado atual; pois,
quando citamos as ferramentas de soluções de CRM, elas são voltadas ao cliente, ao
relacionamento, ao processo de ‘ouvir a voz’ do cliente e, portanto, às vendas (atividades
de ‘front office’). Eis o motivo que, aquelas empresas que estão se voltando para a
implantação das tecnologias de CRM enfrentam o desafio de fazer a compatibilização
dessas ferramentas com os sistemas de ERP, já implementados.
A gestão dos processos operacionais é conhecida como BPM (Business Process Modeling)
e ajuda a identificar onde estão os gargalos, quais tarefas devem ser executadas, ajudam
a enxergar como foi o caminho realizado até a sua atividade, e em que status está,
focando sempre na melhoria contínua.
Marketing de Relacionamento
Podemos traduzir à semelhança de uma amizade ou namoro.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
O mercado vem crescendo com muita rapidez e com isso o aumento da competitividade.
Por isso o marketing é uma área empresarial bem complexa de trabalhar, porque deve estar
sempre criando medidas e fórmulas inovadoras para as tomadas de decisões. Estão sempre
em busca de informações em seus ambientes para adaptar programas para ouvir as dores,
desejos e necessidades dos clientes. Assim, podemos dizer que os profissionais da área de
marketing têm a função de estabelecer objetivos das organizações, implementar planos,
controlar e executar tarefas, influenciando tanto as organizações quanto a sociedade.
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
Lembre-se que, tudo se trata de estratégia e de objetivos claros que sua empresa deve
ter, e se o atendimento ao cliente realmente faz parte de sua estratégia. Marketing de
relacionamento se torna um pilar nessa frente de CRM, e se você não usa esse
pilar, então sua estratégia pode estar errada ou o cliente ainda não é seu foco.
Pense nisso!
Inteligência Analítica
A inteligência analítica abrange poderosas tecnologias computacionais que visam
armazenar grandes volumes de dados e algoritmos sofisticados, agilizando a produção
de insights necessários para a tomada de decisões baseadas em fatos. Aqui unimos a
ciência dos números, dos dados e o chamado ‘analytical discovery’ e, assim, podemos
descobrir se o que achamos ou acreditamos é realmente verdade e tem valor, além de
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
obtermos respostas para as perguntas que nunca pensamos em fazer. Esse é o verdadeiro
poder do ‘analytics’.
A análise dos dados dos clientes pode revelar correlações e padrões, fazendo com que
você saia da dependência de palpites, ‘achômetros’ ou da intuição. E ainda pode ajudar
a responder às perguntas que já fizemos no início desta Unidade: por que compram,
quando compram, o que compram, quem e quais são os clientes de maior valor e o que
pode acontecer agora no cenário atual.
O ‘Analytics’ vai ao encontro com o chamado Big Data, que são análises de grandes
concentrações de dados. Através dele, conseguimos determinar os riscos de crédito,
desenvolver novos produtos, descobrir métodos mais eficientes para entregas de
produtos e serviços, fazer a prevenção contra fraudes, revelar ameaças à segurança
cibernética ou reter clientes valiosos. Podemos dizer que o ‘analytics’ pode ajudá-lo
a entender sua organização e o seu mundo ao redor. Vamos detalhar um pouco mais
sobre o assunto na Unidade IV.
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CAPÍTULO 2
Estratégia ‘One To One’
Você já parou para pensar por que sempre volta aos lugares onde costuma
tomar um café, almoçar, fazer compras ou ir a um happy hour com os amigos?
Bem, podemos dizer que, provavelmente, não é apenas por causa do preço ou
da localização, mas pela qualidade do serviço prestado.
O marketing ‘one to one’ é uma ferramenta que surge justamente no momento em que
o consumidor anda cada vez mais exigente e em busca de um vínculo mais duradouro e
personalizado com as empresas com as quais se relaciona.
Antes dos anos 1960, o varejo e outros ramos de atividades, em algum momento
eram praticados em uma base individual. Ou seja, as empresas tinham orgulho em
manter relacionamentos especiais e duradouros com seus clientes. Assim, esse tipo de
relacionamento mantinha os clientes fiéis às empresas. Porém, nos anos 1960, 1970
e 1980, esses relacionamentos individuais se perderam, dando foco à produção e
distribuição em massa. O cuidado à personalização se perdeu. Hoje, diante dos avanços
tecnológicos, da globalização e da competitividade, demonstrar a individualização
retornou e estão surgindo novos comportamentos e desafios maiores ligados ao produto,
ao serviço ou à marca.
Assim, o marketing ‘one to one’ é considerado uma das mais emergentes ferramentas
de marketing e de relacionamento que surgiram com a nova economia, consistindo em
contatos diretos que ocorrem individualmente entre a empresa e um cliente (ou com
grupo de empresas com necessidades idênticas).
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
atender e cuidar dos seus clientes em tempo real. Assim, transformar esses dados em
informações é o objetivo principal disseminado pelas organizações, e que permitem que
o cliente seja “conhecido” e cuidado por todos, além de estar motivados em atender no
primeiro contato. É preciso responder o e-mail assim que chega à empresa e incorporar
todos os dados de contato no banco de dados de marketing para gerar uma comunicação
pertinente e continuada por qualquer meio (mala direta, e-mail e de forma pessoal).
Porém, não podemos esquecer que, se por um lado o CRM extrai ao máximo os dados
pertencentes àquela pessoa, por outro deve-se ter o cuidado de não deixar o cliente
acuado em meio a tantas perguntas. É essencial saber coletar e trabalhar os dados de
uma forma bastante profissional, limitando-se a consultar as informações que realmente
são relevantes.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Eis o motivo por que o objetivo maior desse ramo do marketing é satisfazer
as necessidades do cliente, formando a base para uma relação duradoura,
sedimentada na conquista da confiança e da lealdade à marca, produto ou
serviço, através da humanização do contato com o cliente.
E o marketing ‘one to one’, deve ser utilizado para conseguir uma relação próxima
e personalizada com os clientes, de forma a conhecê-los o suficiente para poder
oferecer a cada categoria os bens e serviços mais adequados.
Lembrando que o ambiente digital é o meio mais eficaz de se fazer marketing ‘one to
one’, seja por meio de e-mails (uma vez que é direcionado) ou de ações direcionadas
pelas redes sociais àqueles interessados. A internet permite identificarmos os potenciais
clientes com facilidade, interação e personalização.
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
De qualquer forma, vale reforçar, que o marketing one to one faz o cliente sentir que
é tratado de forma diferenciada e, principalmente, individualizada e que isto, por sua
vez, leva a empresa a ter uma vantagem competitiva diante da concorrência, já que o
cliente está “preso” a ela (empresa) face à credibilidade, segurança e confiança que a
organização lhe transmite, bem como eficiência e qualidade.
Fidelização
Que grande desafio para as empresas atualmente. A concorrência é com certeza a mais
acirrada de todos os tempos, e as razões são aquelas já mencionadas: globalização, alta
tecnologia, sem falar na enorme gama de produtos, marcas, preços e fornecedores;
entre outras.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Isso é sensacional, porque refletimos a nossa vida pessoal com as relações mercadológicas.
E funcionam do mesmo jeito.
Todavia, ao analisarmos por essa vertente, entendemos não ser razoável falar em
fidelidade, mas em preferência e satisfação. É mais producente falar em preferência,
em vez de fidelidade. Afinal, é exatamente isso que queremos de nossos clientes.
Quando eles têm opções e variedades, devem fazer valer suas escolhas com base nas
suas preferências, desenvolvidas com base em satisfação de suas necessidades, desejos
e a cura de suas dores. Tudo por causa de recomendações de clientes felizes e satisfeitos.
Vamos falar mais para frente sobre ‘os promotores’.
Lembra-se dos programas de fidelidade quem existem em várias empresas? Pois bem, eles
trazem mais valor para o cliente na medida em que lhe proporcionam maior durabilidade,
confiabilidade, desempenho, segurança, equipes de profissionais competentes, eficiente
e acessível, também porque oferecem melhores serviços periféricos como, por exemplo,
prazo de entrega e manutenção.
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
Vejamos algumas regras básicas para a fidelização de clientes, sinalizadas pela autora:
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
»» segmento de mercado;
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
»» sistema ERP;
»» plataforma digital.
Definido o modelo, temos que pensar nas etapas para gestão de serviços de relacionamento
com o cliente. Essas etapas seguem sequência abaixo3.
Descobrir clientes
Descobrir clientes é um jeito diferente de dizer “prospecção de clientes”. Anteriormente
mostramos a importância de conhecer profundamente seus clientes, definir um perfil
ideal para eles, segmentá-los com ajuda de ferramentas de CRM e definir uma lista de
“prospects”, para então entrar em contato com eles e qualificá-los; para, dessa forma,
encontrar as melhores oportunidades de venda para esse momento.
Mas que fique elucidado: preocupar-se menos com a segmentação não significa
abandoná-la. Mas sim, adotar uma estratégia de dosar os esforços para também se
conquistar novos perfis de clientes.
Muitas vezes, a empresa não enxerga um mercado ainda inexplorado para o qual seu
produto ou serviço é perfeito. E é isso que o vendedor deve se esforçar para encontrar,
além do perfil ideal de cliente, que a empresa já explora com sucesso.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Por exemplo, por muito tempo a tecnologia de GPS era oferecida apenas para empresas
de mapeamento por satélite, mineradoras e grupos militares, até que alguém pensou em
oferecer para empresas automotivas e até agrícolas, que usam o GPS em seus tratores
automatizados nas plantações, produzindo mais e melhor.
Conhecer os clientes
Redes sociais podem te ajudar a saber os hobbies do cliente, para onde costuma viajar,
como se diverte com os filhos e outras informações interessantes para gerar assunto e
criar ‘rapport’, principalmente para quem faz vendas complexas. Uma possibilidade
que pode ajudar a criar relacionamentos mais fortes ao conhecer seus clientes mais a
fundo é o Marketing de Experiência.
Conhecer seus clientes com ajuda de seu sistema CRM, se ele for bom, significa conhecer
grupos ou tipos de clientes e, em caso de necessidade, poder consultar o histórico de suas
interações com ele antes de uma conversa ou reunião, para se preparar adequadamente.
Por exemplo: se sua empresa vende facas profissionais de cozinha para hotéis,
restaurantes e lojas especializadas e, ao pesquisar nas mídias sociais você nota que
muitos de seus clientes gostam de churrasco, por que não organizar um workshop
ensinando a fazer churrasco (com suas facas em evidência), seguido de degustação.
Para que esse tipo de iniciativa funcione, há três elementos que precisam estar
presentes:
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
Portanto, o foco não está no produto ou serviço, mas em como eles vão atender
plenamente seu cliente. Um gerente de produto (ou de serviço) não tem esse contato
próximo e pessoal com o cliente para entender suas necessidades e promover a resolução
de suas dores por meio do produto ou serviço.
Sim, de agora em diante seu ‘prospect’ ou lead se tornou cliente, sua experiência com a
empresa deve ser perfeita, isto é, precisa assegurar que o cliente receba exatamente o
que deseja em todos os detalhes.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
A seguir, uma visão de longo prazo, totalmente focada em uma gestão de serviços de
relacionamento com o cliente, de forma contínua e duradoura.
Na prática: Qual o segmento de mercado que você trabalha ou conhece? Qual a estratégia
de Gestão de Serviços de Relacionamento com Cliente adotam? Caso não adotem ou
você não possua essa informação, qual a estratégia que você recomendaria e por que?
Justifique.
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CAPÍTULO 3
Marketing de Tendências: tendências
de mercado e sua importância
no marketing
Qual é a mágica para descobrir hoje o que os clientes vão querer amanhã? A
resposta para essa pergunta é a que vale milhões. Imagine se você soubesse...
E para que cheguemos próximo a essa resposta, utilizamos a tendência de mercado, que
nada mais é do que um norte ou um caminho que poderemos escolher seguir, visando
ao possível comportamento de consumidores, utilizando os dados e informações das
pesquisas. Vale lembrar que não é garantia de sucesso seguir as tendências de mercado
levantadas.
Você deve estar um passo à frente da concorrência. Há uma frase de Steve Jobs,
fundador da Apple, que descreve isso muito bem: “Inovação é o que distingue um
líder de um seguidor”. Ao perceber tendências antes da concorrência, tornando-se
pioneiro em um mercado novo e inexplorado, sua empresa conseguiria uma enorme
vantagem competitiva.
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UNIDADE I │ CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Existem diversas ferramentas on-line, como Google Trends, Google Adwords Keyword
Tool, entre outros softwares de CRM. Porém, é interessante considerar que a melhor
opção para uma empresa são as chamadas pesquisas de mercado e de tendências sob
medida, customizada e baseada em dados da própria empresa e de concorrentes.
Daí surge o valor da estratégia de CRM para a organização.
Essas pesquisas podem ser direcionadas ou focadas em algum tema como, por exemplo:
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
Agora, vou desafiá-lo(a)! Sabe-se que tecnologias, como a Internet das Coisas
(IoT), geram uma gama de dados e informações, permitindo através de big
data e analytics, termos insights de quase tudo que nos rodeia. Assim, como e
com que podemos integralizar todas essas ferramentas, pesquisas e dados para
que consigamos revelar tendências de mercado voltadas para o seu negócio?
Justifique.
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CAPÍTULO 4
Funil de Vendas, Design Thinking e CRM
Nesse tipo de estratégia, a empresa conhecerá em que fase esse potencial cliente está
dentro do processo de vendas e, como é o comportamento dele, guiando-o e ajudando-o
até o fechamento do negócio de forma personalizada e assertiva. Além disso, o funil de
vendas é um excelente auxílio para o gestor de CRM e do usuário durante o período de
relacionamento com a organização.
Essa é uma forma muito comum das empresas atuarem no processo de relacionamento
e vendas ‘on-line’ onde há diversas ferramentas de atração, encantamento e conversão.
Assim, empresas vem buscando, cada vez mais, o entendimento das carências e
necessidades, e mais, compreender o comportamento de quem está na ponta da cadeia.
Como vimos no início desta unidade, interpretar cada passo da jornada do consumidor
até encantá-lo é parte do relacionamento, e simplesmente, a busca do entendimento e
descoberta de quem ele é, em sua essência, suas ideais, desejos e valores.
Vamos agora, entender um pouco mais em detalhes cada etapa do funil de vendas como
forma de fortalecer o relacionamento com o mercado:
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CONCEITUAÇÃO E ESTRATÉGIAS DA GESTÃO DE SERVIÇOS DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE │ UNIDADE I
cuidarmos, faz-se de toda ação, em vão. Por isso, muitas empresas criam e renovam
ações de movimentação do tipo concessão de descontos e brindes especiais, convites
para coquetéis de lançamentos de novos produtos, eventos, pontuação, promoções
prévias etc. Além de as ferramentas digitais estarem sempre presentes na vida destes
clientes, como a criação de uma régua de relacionamento personalizada. Isso fortalece
a estratégia de gestão de serviços e de relacionamento com o cliente.
Quando olhamos para o funil de vendas, trazemos mais uma vez o conceito da Jornada
do Consumidor, tão em voga.
Digo isso porque, quando temos um problema para resolver, seja um produto ou serviço
inadequado, ou problemas relacionados ao posicionamento e estratégia de alguma
empresa, é possível utilizarmos uma forma de abordagem que nos ajudará na resolução
desses problemas, para que se consiga entrar e fluir com êxito no funil de vendas.
Essa abordagem, muito utilizada atualmente, é o ‘Design Thinking’, que são formas
de pensar e atuar em busca de soluções de problemas, que como disse anteriormente,
podem ser diversos.
Como você pôde ler acima, o ‘Design Thinking’ é uma forma de abordagem, e
não uma ferramenta. Você saberia o motivo dessa afirmação?
Agora, como e quais são as etapas do ‘Design Thiniking’ para serem aplicadas nas empresas?
É importante salientar que a utilização do design era focada na arte em si, mas muitas
vezes não era o suficiente para solucionar os problemas diagnosticados. Eis o motivo
que a coparticipação acrescentada de ferramentas e análises de forma integrada gera
um melhor resultado.
Agora, podemos retornar ao conceito do funil de vendas, que para haver melhor resultado
na trajetória do consumidor é preciso utilizarmos algumas abordagens e também
ferramentas de pesquisas que contribuem para uma melhor conquista de clientes.
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RELACIONAMENTO
COMO VALOR PARA O UNIDADE II
NEGÓCIO
CAPÍTULO 1
Gestão do Relacionamento com Clientes
Gerenciar sistemas de informações nas empresas modernas não é uma tarefa simples,
uma vez que os sistemas de informações têm um grande valor estratégico. Dada essa
característica, é fundamental que a informação tenha qualidade e retrate bem os fatos
que a motivaram.
Outro fator que causa dificuldades para os sistemas de gestão é a constante evolução
e atualização da tecnologia, programas e atualizações de segurança que suportam
os sistemas de gestão. Com isso e para atender certas especialidades dos sistemas
gerenciais, há uma série de ramificações ou classificações para se adaptar a diferentes
ambientes empresariais. Alguns autores classificam os sistemas CRM com base nessas
ramificações da seguinte forma: CRM operacional, analítico, colaborativo e estratégico.
CRM operacional
O CRM operacional é mais focado para atuar como ‘back office’. Voltado para aplicações
da tecnologia de informação para a criação e manutenção de canais de relacionamento
com o cliente. Pode auxiliar no processamento de pedidos ou ordens de compra,
no processamento da produção do bem ou do serviço e no feedback para as partes
envolvidas e com acesso ao sistema. O CRM operacional apoia processos de negócio.
Como opção, o CRM operacional pode também ter aplicação no ‘front office’ das
operações através da automatização de vendas e com apoio de um sistema móvel.
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RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
Centrais de atendimento operadas por meio desse sistema, podem proceder a coleta
de dados e informações, podem trabalhar operando parâmetros de identificação de
clientes com grande facilidade.
Em síntese, com esse tipo de sistema CRM operacional, pode-se trabalhar para a
fidelização de clientes, atuando:
»» na qualidade do atendimento.
CRM analítico
O CRM analítico trabalha com programas projetados para o armazenamento e o
processamento de dados para simular um uma visão mais consistente de cada cliente.
Os algoritmos desse sistema são configurados e atualizados com o histórico das
experiências de negócios da empresa nas relações com seus clientes. Assim sendo, o CRM
analítico analisa e projeta cenários, com dados, informações e gráficos utilizados para
conhecer os clientes e identificar suas necessidades, suas percepções e comportamento
podendo sugerir soluções inteligentes e com certo embasamento.
Ressalta-se que as informações geradas pelo CRM analítico devem ser objeto de
avaliação e decisão por parte do gestor. O sistema apenas trabalha com rapidez, mas
o que deverá ser feito e de que forma conduzir a ação está no foco das atribuições e
responsabilidades do gestor de relacionamento com clientes.
Vamos ressaltar que o sistema de relacionamento com clientes é dito inteligente, mas
com limitações. A intervenção do gestor deverá ter o foco na razão do que estiver sendo
tratado, mas não se pode esquecer que relacionamento pessoal tem uma forte variável
emocional e que precisa ser trabalhada com inteligência humana pelo gestor.
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UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
CRM colaborativo
O CRM colaborativo, é qualificado como um suplemento ao CRM operacional e ao CRM
analítico, pois trabalha com os perfis cadastrados de clientes nesses dois sistemas citados.
O papel do CRM colaborativo é o de disseminar informações técnicas e comerciais dos
produtos e serviços, procurando ampliar o alcance e o entendimento dos benefícios
para o consumidor.
Rainer (2016) argumenta que o CRM colaborativo é uma função dos sistemas de CRM
na qual as comunicações entre a organização e seus clientes são integradas por todos os
aspectos do marketing, vendas e processos de suporte ao cliente.
[...] costuma ser utilizado para adquirir uma visão mais ampla de mercado
e integrar um volume maior de informações ao banco de dados, em
menos tempo. Uma boa maneira de visualizar essa aplicação, é observar
o comportamento dos clientes por meio de kits de produtos similares ao
necessitado pelo consumidor e oferecimento de brindes para divulgação
de lançamentos; é por meio do estudo dos dados coletados pelos demais
CRM que é possível entender quais produtos Y e Z seriam do interesse
de um cliente que procura por um produto X e quais lançamentos são
interessantes divulgar em embalagem promocional, tendo uma maior
disseminação e um feedback mais efetivo4.
CRM estratégico
O CRM estratégico foca no comportamento e estudo do mercado onde atua a organização
para propor caminhos estratégicos, tornando possível estabelecer uma prioridade para
cada um dos demais tipos de CRM.
Rever a estratégia é um procedimento natural. Com o CRM estratégico você conta com
um aliado que processa informações prévias para o exercício de revisão da estratégia
empresarial. Isso favorece se traçar uma estratégia para que os demais tipos de CRM
possam ser implantados, sendo voltado à tecnologia e usabilidade antes de começar os
estudos específicos de cada cliente.
4 <http://www.acomsistemas.com.br/blog/os-tipos-de-crm-aprenda-diferenciar-os-quatro-tipos-mais-populares-de-crm/>.
Acessado em 6/8/2018
42
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
43
CAPÍTULO 2
Indicadores multidimensionais de
desempenho e de valor
44
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
45
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
»» Para que serve: identificar e destacar o que foi feito de acerto e motivou
sair vitorioso no processo comercial.
Nível de reclamações
»» Para que serve: identificar e priorizar ações junto à equipe com o cliente.
»» Para que serve: para balizar o que você pode entregar, indo ao encontro
com a expectativa dele, cliente.
46
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
»» Observação:
47
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
48
CAPÍTULO 3
Cases – administrando o
relacionamento com clientes
Para tangibilizarmos esses conceitos, vamos entender um pouco mais como as empresas
administram o relacionamento dos clientes em sua base.
Para atingir esse objetivo é fundamental que, a operadora apresente uma interface
integrada, consistente, e efetiva de relacionamento com clientes em diversos canais,
para atendê-los com eficiência dentro de todo o ciclo de vendas. Isso acontece porque a
expectativa do consumidor é por uma interação direta e padronizada com o “provedor”,
independentemente do ponto de contato utilizado, que pode ser loja móvel, loja física,
loja on-line ou via ‘contact center’ da empresa.
49
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
Observaremos também como a visão, missão e valores estão alinhados com os novos
projetos da empresa, para aumentar o poder de negociação da empresa com base
em serviços, por meio de planos customizados, nos quais os clientes podem montar
os planos de acordo com o seu perfil de consumo. Essa abordagem se traduz em
números como, por exemplo, o tamanho de mercado ocupado pela empresa em
2011 em relação ao total. Em 2011, no Brasil a empresa possuía 25,39% do ‘market
share’ de telefonia celular com 53,438 milhões de celulares em sua base de clientes.
Esses números expressam o sucesso da filosofia de negociação com fornecedores
de produtos e serviços. A empresa adota como principal base estratégica o poder
de negociação com os fabricantes de celulares para poder obter exclusividade em
50
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
Na época, o Brasil ocupava a quinta posição no ranking dos países que possuem o maior
número de celulares no mundo. A China lidera esse ranking, com aproximadamente
859 milhões de celulares, em seguida vem a Índia com cerca de 636 milhões, Estados
Unidos com 298 milhões e Rússia com 217 milhões. Lembramos que essa estatística é
muito dinâmica na atualidade.
Outro ponto observado foi que dentre os seis primeiros colocados no ranking de maior
número de celulares no mundo, quatro deles fazem parte do grupo de países que formam
o BRICS (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China), esses países formam o maior grupo
de economias emergentes do mundo.
51
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
Nem todos os pedidos são efetivados devido ao esforço de comunicação final para a
retenção do cliente. Essa migração de clientes de uma operadora para outra pode ser
gerada por falhas no atendimento pós-venda.
52
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
De acordo com pesquisas realizadas com os clientes e validadas também pelas pesquisas
dos fabricantes, a percepção de obsolescência do produto por parte do consumidor é de
nove meses. O entendimento dessa oportunidade levou a empresa a reduzir o tempo
de permanência para os seus clientes de forma a ampliar a vantagem competitiva sobre
os concorrentes.
53
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
eles devem receber atenção, cuidados e até “mimos” por parte da organização. Ainda
nessa direção, pode-se agregar a importância da comunicação em diversos níveis,
como o caso da empresa que possui um site específico, ações de mensagens no celular
e atenção para eventos em realização, como peças teatrais, cinemas, shows e outros
eventos de interesse dos seus clientes.
A atenção para o interesse deve ser permanente, refletida nas pesquisas e nas próprias
ferramentas da empresa. Um evento coberto por mensagens de celular tem interesse
medido pelas entradas dos usuários de celular e pelas entradas efetivamente compradas.
Dito de outra forma, a empresa dota mecanismos de tecnologia da informação para
poder se monitorar e aprender sobre a variação do perfil dos seus clientes.
Fidelizar não é um ato único ou estático, é uma postura para com o cliente, de
reciprocidade, preocupação, cuidado e inteligência organização por parte da gestão.
Essa postura é de longo prazo, envolve transparência e até o direito de crítica com um
serviço específico para tal fim.
Ações da empresa
A empresa lançou em 2010, para clientes pessoa física ou jurídica, um plano para atender
os clientes denominado “plano sob medida”. A estrutura do “plano sob medida” era
modular e adaptável às necessidades do cliente. O marketing dessas ações apareceu no
próprio nome “plano sob medida” no qual o cliente pode montar o plano de acordo com
suas necessidades e pode modificá-lo uma vez por mês, alterando na mesma velocidade
das suas demandas. Essa estratégia de marketing era inovadora na época em relação
aos seus concorrentes, pois as demais continuavam a oferecer planos sem tantas opções
de customização.
54
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
Nessa direção, a alta gestão esperava ter sido inovadora e criadora de tendências, pois
a gestão de serviços pressupõe a adaptação específica para cada cliente: uma autêntica
“customização de massas”. Nessa direção, a organização reproduz tendências de
serviços como os das grandes montadoras de automóveis que atuam no Brasil. O cliente
pode entrar no site e fazer o pedido de um automóvel com os opcionais que desejar.
A partir desse cenário, e do que já é feito nos dias atuais por essas empresas de
telefonia; você acha que os operadores devem manter esse formato de gestão
do relacionamento com o cliente ou ainda há muito para fazer ou, até mesmo,
renovar a forma atual? Você se sente privilegiado e único para as empresas de
telecomunicações (telefonia celular, provedoras de internet e TV) atuais do
mercado? Justifique.
55
CAPÍTULO 4
Práticas de segurança da informação
que impactam o CRM
A velocidade da inovação é assustadora, novas plataformas atraem cada vez mais clientes,
que buscam novas tecnologias, mais qualidade e total disponibilidade de serviços.
As operadoras e provedoras de serviços precisam acompanhar o ritmo acelerado dos
clientes, cada vez mais digitais e mais exigentes. Vários setores, incluindo o setor de
telecomunicações, vivem um momento desafiador.
Com esse grande desafio da inovação, vem o desafio da segurança da informação. Ou seja,
como assegurar que os dados dos clientes estão seguros? Porque, de nada adianta
oferecer um serviço inovador, tecnológico e acessível, se usuários e empresas correm
o risco de serem vítimas de ataques de hackers, de terem seus dispositivos infectados,
suas informações e dados corrompidos ou, até mesmo, sequestrados ou roubados.
A segurança não pode mais ser tratada como um segmento isolado, ela precisa estar
presente nas decisões e inserida no negócio das empresas. Soluções de segurança
não podem se tornar barreiras que a empresa precisa lidar, mas devem ser aliadas do
negócio, capazes de se moldarem de acordo com a necessidade de cada empresa.
Soluções clássicas lidam com problemas clássicos e elas ainda são muito importantes no
processo. Porém, devemos repensar a segurança corporativa, incluir mais inteligência,
cruzar informações, analisar os dados, e não mais, barrar acessos em busca de
proteção. Eis o motivo da necessidade de criarmos uma estratégia de segurança que
consiga abranger todos os setores da realidade de uma empresa de telecomunicação,
por exemplo, atualmente.
56
RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
Com a sofisticação e grande velocidade com que são criadas novas ameaças, não
é mais possível focar apenas na prevenção e detecção. Estamos na era da resposta e
do imediatismo. A principal questão agora é, estar preparado para quando o ataque
acontecer e ser capaz reduzir o tempo de resposta ao incidente. Isso é crucial para evitar
maiores proporções.
Segurança de rede
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UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
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RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO │ UNIDADE II
Criptografia quântica
59
UNIDADE II │ RELACIONAMENTO COMO VALOR PARA O NEGÓCIO
60
GESTÃO DA CADEIA
PRODUTIVA DO UNIDADE III
RELACIONAMENTO
CAPÍTULO 1
Conceituação da cadeia de apoio e
suprimentos ao CRM
Na atualidade, observe você que um dos desafios da cadeia de suprimentos para o bom
relacionamento com o cliente é fazer com que o produto possa chegar ao consumidor
final – cliente – dentro do prazo acordado, na quantidade certa requisitada, da maneira
como o cliente espera receber, e acima de tudo sem frustrar as suas expectativas.
Daí a importância da boa gestão da cadeia de suprimentos, para que resulte no aumento
da credibilidade da organização e reflita positivamente na satisfação dos seus clientes,
com impacto direto na administração do CRM.
Simplificando:
7 https://www.erpflex.com.br/blog/o-que-e-cadeia-de-suprimentos
61
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
O reflexo das deficiências das operações logísticas era imediato e impactava diretamente
os ciclos produtivos e de custeio no produto. Esses reflexos se multiplicavam e
influenciavam o chamado valor percebido pelo cliente final, comprometendo, muitas
vezes, a competitividade da organização.
Gerir uma cadeia de suprimentos que suporte o CRM é trabalhar com os fluxos dinâmicos
de bens, serviços, finanças e informações, planejando com foco no estratégico, nos
compromissos e nas relações com a cadeia de seus parceiros para alcançar resultados
para a organização.
62
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
Questões ambientais têm refletido nas políticas das organizações mais estruturadas no
que diz respeito a CRM. Empresas que trabalham com essas políticas a seu favor podem
alcançar um diferencial nas relações com seus clientes e ficam sujeitas a aumentarem o
seu faturamento e indicadores de ‘market share’ devido a essa maior conscientização.
Fator como demanda do cliente precisa ser conhecido para favorecer o planejamento
das perspectivas de negócios com reflexos diretos no CRM, de modo a melhorar a
previsibilidade de um mês para o outro, resultando em um complexo planejamento da
produção de bens e serviços.
A cadeia de apoio e suprimentos que apoie o relacionamento com clientes pode influenciar
a estratégia de custos de fornecimento, estoque e preços. Pode ser modificada de acordo
com as alterações na fabricação dos produtos, pelos mais diversos motivos (mudança
de estação, moda, melhorias, entre outros).
Se uma empresa quer manter o foco do seu negócio nos seus clientes e na customização
de novos produtos e serviços, possibilitando conhecer e se antecipar às necessidades
dos clientes, avalie as suas estratégias e a aplicação ou implementação do CRM.
Amplie vantagens competitivas. Com CRM, a vantagem competitiva pode ser mantida
por longo prazo, tornando-se sustentável. Para o desenvolvimento e a implementação
do CRM é necessária infraestrutura tecnológica.
A gestão de cadeia de suprimentos como apoio ao CRM deve incluir meios para
reduzir a imprevisibilidade e aumentar o rendimento de todas as etapas logísticas,
resultando na satisfação do cliente final. Algumas das etapas consistem no estudo
e planejamento do balanço de equilíbrio entre a demanda e a oferta do produto ou
do serviço; suprimentos por subfornecedores; fabricação de partes componentes do
produto final; embalagem; identificação e armazenagem; movimentação e transporte;
entrega; organização da devolução do produto pelo cliente e serviço pós-venda de
atendimento ao cliente.
Equilíbrio dos fluxos é um fator crucial para o CRM, visto que as alternâncias entre
oferta e demanda, em alguns momentos, pode gerar gargalos no atendimento, e em
outros momentos pode gerar falta de produtos. Por isso mesmo, o gerenciamento
da cadeia de suprimentos pode ser um diferencial de destaque entre as empresas.
A qualidade do gerenciamento precisa estar nivelada em termos de qualidade entre
todos os elos da cadeia de suprimentos de apoio ao CRM para gerar ganhos mútuos.
Falhou um elo, falhou a cadeia!
64
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
Processos - Mapeamento
Este é o primeiro passo comum a toda organização. Assim, a gestão pode ter o controle
total da produção. Quanto mais informações você tiver, mais fácil será para identificar
as fragilidades da cadeia de suprimentos, como, por exemplo:
»» pode ser o tempo maior que você leva para realizar determinada função
em relação à concorrência;
Acompanhar o processo do começo ao fim lhe dará segurança para prever problemas e
encontrar a solução para eles, quando aparecerem.
Ter como objetivo um estoque apropriado cada vez mais baixo, desde que exista
segurança, é uma opção sábia para diminuir custos. Para tanto, você pode utilizar
formas de gerenciamento de estoque, como o ‘just in time’, por exemplo.
65
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
66
CAPÍTULO 2
Gestão de Dados e Informações –
TI e CRM
Um dos ativos mais preciosos de uma empresa é o seu cliente. Prospectá-lo, conquistá-lo
e preservá-lo são metas que toda organização deve ter, por isso, as empresas não medem
esforços para desenvolver, implementar, fazer e refazer estratégias direcionadas para
esse foco.
A base para tudo isso é o tratamento de dados e informações. Nesse sentido, aspectos como
bom atendimento, satisfação e valor do cliente, retenção e lealdade à marca entram em
cena, muito em função das novas tecnologias que aproximam cada vez mais as empresas
de seus clientes, oferecendo uma gama de canais diferenciados de comunicação deverão
ser traduzidos em dados e informações. Assim recursos da tecnologia da informação,
sistemas de redes sociais e da internet ampliam as oportunidades dessa dinâmica, na
interação entre empresa, produtos e consumidores.
Sistemas de CRM têm como pilar operacional a gestão de uma enorme base de dados.
Para ser eficiente, essa base deve se manter organizada, higienizada e validada, pois é
ela quem vai auxiliar as organizações nas ações para reconhecer, atender e dar a devida
atenção ao cliente. Assim, criar mecanismos específicos e padronizados para colher
informações sobre os clientes, é fundamental para a empresa, de modo a alimentar a
sua base de dados.
Nesse processo de fortalecimento do banco de dados, cada cliente tem suas demandas
específicas, e ao tratá-lo de forma particular, pode-se criar um vínculo e com isso ampliar
o ciclo de vida da relação comercial. Gerenciar dados e informações de clientes de forma
personalizada e com qualidade fortalece a base de tomada de decisão na gestão.
67
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
Dados se referem a uma descrição elementar das coisas que nos cercam, eventos,
atividades e transações. Dados não expressam valor e podem ser gravados, classificados
e armazenados. Dados tratam de referências soltas e podem não estar relacionados ou
interconectados a um determinado contexto.
Considera-se que, em um contexto geral, um conjunto de dados tem como objetivo reduzir
a incerteza ou aprofundar os conhecimentos sobre um assunto de interesse a partir do que
já se possui referência, ou se conhece a respeito daquele cenário ou condição.
68
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
8 <https://canaltech.com.br/negocios/CRM-e-mais-que-tecnologia-E-estrategia-de-negocio/>.
69
CAPÍTULO 3
Proteção de dados pessoais –
Nova Legislação no Brasil
O usuário tem direito de saber quais dados estão sendo coletados e para
quais finalidades;
9 <https://tecnoblog.net/245101/gdpr-privacidade-protecao-dados/>.
70
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
No Brasil, a base para a legislação inicia-se com a Constituição Federal de 1988, no seu
Art. 5o, que prescreve:
[...]
Em termos práticos, definiu-se que o tratamento de dados por órgãos públicos e empresas
tem como objetivo, resguardar a privacidade das pessoas, tanto quanto as informações
tratadas nos meios documentais tanto quanto via internet. São considerados dados
pessoais: nome, endereço, e-mail, idade, estado civil e situação patrimonial, obtido em
qualquer tipo de suporte, através de papel, meio eletrônico, informático, som, imagem
e outros meios. Afirmou o colegiado da CAE, no parecer aprovado11:
10 <https://brasilpaisdigital.com.br/saiba-mais/legislacao-sobre-dados-no-brasil/>.
11 <https://g1.globo.com/politica/noticia/comissao-do-senado-aprova-projeto-que-define-regras-para-protecao-de-dados-
pessoais.ghtml>.
72
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
12 <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-07/senado-aprova-projeto-de-lei-de-protecao-de-dados-pessoais>.
73
CAPÍTULO 4
Certificação Empresarial e Auditoria
Certificação Empresarial
A Certificação ISO 9001 obedece a uma norma de padronização internacional para
aplicação em quaisquer empresas, produtos ou serviços. Essa norma faz parte do conjunto
de normas designado Série ISO 9000 e pode ser implementada por organizações de
qualquer tamanho, independentemente da sua área de atuação. A ISO 9001 contempla
requisitos para atender exigências de clientes que poderão ser monitoradas via sistemas
de gestão de relacionamento com clientes (CRM).
Entre seus reconhecidos padrões está a padronização do conjunto das normas da série
ISO-9000, para ser implementada por organizações de qualquer porte ou segmento
com o foco da gestão voltada para o desempenho e a qualidade.
Dessa série, destaca-se a norma ISO-9001, na última versão de 2015, para ser aplicada
em conjunto com outras padronizações como as normas de saúde ocupacional, de meio
ambiente e de segurança.
Para uma empresa alcançar a certificação ISO, deverá planejar e atender a certos
requisitos. Por meio da certificação mencionada, a empresa evidencia e assegura que
aplica conceitos e requisitos nos seus processos operacionais de forma padronizada
para o seu sistema de gestão e qualidade.
A certificação é uma decisão e uma ferramenta estratégica para se relacionar com o seu
mercado. Hoje, no mundo, mais de 1 milhão de empresas já operam com essa norma
implementada na organização.
74
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
Nas relações com clientes, as organizações que operam com a chancela de certificação
da Norma NBR ISO 9001 se comprometem a tratar os requisitos para os seus produtos e
serviços em plena consonância com exigência que destacamos a seguir, como referência
elucidativa sobre a importância do gerenciamento das relações com clientes (CRM –
Customer Relationship Management). Vejamos alguns requisitos:
14 <https://www.significados.com.br/iso-9001/>.
75
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
76
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
77
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
9.3.1 Generalidades.
6) resultados de auditoria;
d) a suficiência de recursos;
78
GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO │ UNIDADE III
c) necessidade de recurso.
10 Melhoria.
10.1 Generalidades.
79
UNIDADE III │ GESTÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO RELACIONAMENTO
Ações corretivas devem ser apropriadas aos efeitos das não conformidades
encontradas.
80
SISTEMAS UNIDADE IV
ESTRUTURADOS
CAPÍTULO 1
Sistemas informatizados de gestão do
relacionamento com clientes
Iniciamos este capítulo com uma constatação. Sistema significa um conjunto de elementos
físicos ou abstratos organizados com uma função pré-definida. Na conceituação básica,
todo sistema opera com elementos de entrada, elementos de processamento e elementos
de saída.
É fato, e creio que todos hão de concordar, que mesmo sem dar a devida ênfase, sempre
operamos uma organização associada ao conceito de sistemas. Sistemas abertos. E hoje
não é diferente.
Observe que vivemos e operamos em cadeia e cada vez mais dependentes de sistemas
abertos que representam cada parte do contexto empresarial.
Outra razão fundamental para se operar com sistemas estruturados é que clientes, na
modernidade, com a aplicação da tecnologia da informação, também demandam das
nossas organizações, capacidade, qualidade, confiabilidade e velocidade de respostas.
81
UNIDADE IV │ SISTEMAS ESTRUTURADOS
Por todo o exposto, já não é mais possível utilizar apenas de uma planilha eletrônica – tipo
Excel – para acompanhar quem são seus clientes e fazer anotações sobre as interações
com eles. Diríamos que, tecnicamente, você pode usar uma planilha eletrônica para
fazer tudo isso para meia-dúzia de clientes, em tese.
Palavra de um especialista15:
82
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
1 Salesforce 84
2 Zoho 83
3 Act! 63
4 Microsoft Dynamics 61
5 Hubspot 61
6 SAP 60
7 Maximizer 57
8 Infusionsoft 49
9 Oracle 49
10 Sage 48
11 Pipedrive 48
12 Appitivo 48
13 SugarCRM 47
14 Salesboom 44
15 Base 42
16 Bpm’online 38
17 Blazedesk 37
18 Nimble 35
19 Commence 35
Fonte: <https://wikiconsultoria.com.br/os-20-softwares-de-crm-mais-usados-no-mundo/>.
83
UNIDADE IV │ SISTEMAS ESTRUTURADOS
Salesforce
»» Um dos principais sistemas CRM no mundo.
Highrise
»» Focado na administração dos contatos.
Insightly
»» O Insightly é outra ferramenta direcionada às empresas de micro ou
pequeno porte.
84
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
»» Por outro lado, seu plano mensal por usuário mais básico custa $15 por
usuário, ou $12 se pago anualmente.
»» Isso acaba não significando tanto no final das contas, visto que o CRM
conta com um leque maior de opções em relação ao outro.
Hubspot CRM
»» Pode se integrar com e-mail e conta com apps para Android e iOS.
Oracle
»» Plano mais básico do Sales Cloud, seu CRM baseado em vendas, oferece
relatórios analíticos de vendas, montagem de catálogo para vendas e
possibilidade de criação e avaliação de campanhas.
Zoho
»» Zoho é um dos melhores CRM para negócios que estejam começando. Sua
edição gratuita permite incluir até 10 operadores, além de disponibilizar
aplicativos para dispositivos mobile.
Odoo
»» Diferente do Oracle e Salesforce, o Odoo é uma solução de CRM fora da
nuvem, podendo ser ambientada em seu próprio servidor.
»» Outras vantagens do Odoo é que ele foi construído em código aberto. Ou seja,
é possível criar uma versão própria do CRM de acordo com sua necessidade.
Customizar o software é uma vantagem, realizar esta personalização
necessita de um desenvolvedor.
86
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
»» Conta com versão gratuita e paga, no valor de oito dólares mensais por
usuário.
SugarCRM
BuddyCRM
»» Serviço também conta com apps mobile e possui período de teste gratuito
de 30 dias.
OnePageCRM
»» Como seu próprio nome diz, apresenta tudo o que necessita diretamente
em uma página. Para que isso seja possível, ele separa seus contatos de
acordo com as tarefas relacionadas a eles.
87
CAPÍTULO 2
Introdução à inteligência do negócio –
Business Intelligence
Nunca é demais lembrar que toda organização trabalhou e trabalha com a inteligência
de negócios. É importante ressaltar que a inteligência é advinda do dono do negócio
e do seu corpo diretivo e gerencial, das estratégias estabelecidas e dos processos de
acompanhamento e gerenciamento de resultados.
O Business Intelligence (BI) é suportado por tecnologias que transformam uma grande
quantidade de dados brutos em informação útil para tomadas de decisões estratégicas
e operacionais. BI é ferramenta de decisão, mas que necessita estar suportada por
estratégias de negócios. Aqueles profissionais que carreavam com suas experiências
a inteligência dos negócios no passado, hoje contribuem para assentar parte de suas
experiências para o banco de dados do BI da organização. BI é mais é que um processo.
É um conjunto de técnicas e conceitos.
88
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
Cada sistema de BI, tendo por base o objetivo organizacional, a visão da empresa e as
estratégias empresariais, determina uma meta específica.
89
CAPÍTULO 3
CRM & e-CRM: diferenças e estratégias
que convergem para o Marketing Digital
Porém, neste capítulo gostaria de trazer uma abordagem que une os preceitos de CRM
e a forma atual de o chamarmos: e-CRM.
Agora, para ser mais eficiente ao se comunicar com clientes que migram do off-line
para o on-line, as empresas que atuarem com a junção do tradicional CRM, mais a
informação integrada e com e-CRM podem ser mais eficientes para se comunicar com
os clientes por onde ele circular.
Na medida em que o sistema de e-CRM é implantado, pode conduzir a uma alteração dos
sistemas de controle de acordo com a movimentação do cliente nos ambientes on-line,
90
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
Assim, diante do cenário acima, podemos entender que, ao adotar a estratégia de CRM
em conjunto com as ferramentas de e-CRM, a empresa interage com todos os clientes
de forma robusta e completa, conhecendo melhor seus hábitos de consumo, criando
eventos, promoções e campanhas direcionadas ao mundo físico e virtual, tornando o
atendimento ainda mais personalizado e ganhando a confiança e fidelização do cliente.
No geral, a junção das ações de e-CRM com o CRM tradicional abrange quatro áreas
básicas, a saber:
»» a gestão comercial,
»» a gestão de logística, e
Essas atividades e processos, que alimentam estas áreas acima e seus sistemas,
acumulam um banco de dados de informações que, se utilizadas de maneira adequada
podem ser consultadas a qualquer momento e por qualquer departamento para uma
tomada de decisão.
Isso mostra que todas as atividades com o cliente, sejam on-line e, se possível, off-line
(utilizando diversas tecnologias, como o bluetooth, por exemplo), devem ser registradas
de uma forma padronizada, independentemente da forma de contato, seja por e-mail,
solicitação de orçamento, redes sociais, contatos telefônicos, eventos e outras atividades
ou informações sobre o cliente. Após a junção de todos os levantamentos, tudo isso
deve ser analisado para que se torne fonte para relatórios gerenciais.
91
UNIDADE IV │ SISTEMAS ESTRUTURADOS
Complexo, não?
Porém, a partir do momento que este conhecimento se torna mais claro para o aluno,
conseguimos caçar quais são as ações, as atividades e as áreas que se unem, para trazer
informações estratégicas para as empresas.
Para que, consigamos captar e conectar todas essas esferas, voltemos a alguns conceitos.
Ao conceito de MKT Digital, por sua vez, além de abranger diversas interfaces
tecnológicas, metodologias, abordagens e competências distintas, podemos acrescentar
que compõe um conjunto de estratégias que têm como objetivo gerar resultados ‘on-line’
– e por sequência ‘off-line – para as marcas, as empresas e pessoas. Assim, podemos
dizer como é a implementação do MKT Digital nas empresas.
Vejamos as áreas que fazem parte do MKT Digital para gerar resultados:
92
SISTEMAS ESTRUTURADOS │ UNIDADE IV
»» Criação e Brand: não poderá deixar de citar uma das áreas mais
glamorosas na visão de muitos, pois é onde sai o criativo que irá permear
por todas as áreas descritas acima, de certa forma.
Aqui, são feitas as peças que vão ser divulgadas pelos veículos, websites
e nas mídias tradicionais. E quando há a necessidade da empresa de ter
um novo posicionamento no mercado, seja em conceito, como marca ou
93
UNIDADE IV │ SISTEMAS ESTRUTURADOS
Com os conceitos acima creio que você consiga amarrar todas as frentes que realizam
a gestão de serviços de relacionamento com o cliente; além disso, reafirma que é uma
estratégia que engloba diversas áreas da empresa, engajando todos para que se unam
em busca de um objetivo em comum.
Vamos a um novo desafio: imagine que você foi contratado por uma empresa
para aprimorar a sua atuação no quesito de gestão de serviços relacionado aos
clientes. E, nesse caso, a empresa tem apenas um tipo de sistema de base de
dados qualquer. Pergunto, quais são os principais passos e os desafios que essa
organização precisa superar para que se torne a principal estratégia de negócios?
94
CAPÍTULO 4
Big Data: o que é e porque é tão essencial
É verdade que existem dados soltos e não estruturados que sobrecarregam as empresas
todos os dias. Mas também há o tratamento que esses dados recebem e que os tornam
estruturados. Aí é que está o maior desafio: o que as organizações fazem com esses dados?
Quando os grandes dados são analisados por especialistas e sistemas inteligentes, para
se obter insights e gerar ações estratégicas para o negócio, levam s grandes decisões
tomadas pelas empresas.
O que é muito importante ressaltar é que, o principal valor do ‘big data’ não são os
dados em sua forma bruta, mas das análises e processamentos desses dados que geram
‘insights’ para novas estratégias. Ou seja, a gestão do ‘Big Data’ suportará decisões e
inovações de produtos e serviços.
Uma maneira simples de complementar e explicar contexto do Big Data é falar sobre:
variedade de informações, volume de dados, à veracidade e ao valor das informações
que devem ser úteis.
Os dados são oriundos de diversas fontes, como: dados financeiros, recursos humanos,
logísticas; ou até mesmo acessos às redes sociais, comportamentos, navegações em
sites e chegar nas aquisições de produtos e serviços propriamente dito.
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Contudo, grandes instituições no mercado atual, utilizam a gestão do ‘Big Data’. São
de diversas áreas e categorias e que conseguem fazer grandes ações que revertem
positivamente para as empresas. Podemos observar as instituições de ensino, por
exemplo, onde utilizam os grandes dados para ajudar a identificar alunos em risco,
garantir que os estudantes estão progredindo de forma adequada e implementar sistemas
cada vez melhores de avaliação e apoio aos professores e diretores das instituições.
Por esse motivo, gostaria de trazer aqui um dos maiores cases do setor varejista do
mundo – a Amazon, a gigante do ‘e-commerce’ mundial. Muitos dizem que a Amazon
não criou um modelo de negócios, mas aprimorou o velho modelo.
Mas, entre elogios e críticas, tornou-se modelo dos principais negócios que empoderam
o consumidor, não perde a essência da sua origem, o varejo físico, tornando-se a gigante
do setor.
Contudo, para o novo se tornar normal, é preciso conquistarmos aqueles que não são
tão ligados em tecnologia, para que, o investimento para o novo, gere uma economia
forte suficiente para cobrir os custos da sua adaptação.
Tanto ‘BI’ quanto ‘Big Data’ trabalham com dados, e que de certa forma se complementam,
mas não são idênticos. Simplesmente porque, em geral, ‘BI’ é uma fase anterior ao ‘Big
Data’, com um amadurecimento ao trabalho, que ‘BI’ realizou.
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Já o Big Data:
»» É mais amplo, não só voltado para os negócios das empresas, mas para
qualquer área/segmento, setor de mercado, como educação, finanças,
saúde, entretenimento etc.
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Referências
DAVENPORT, Thomas H. et al. How do they know their customers so well? MIT Sloan
Management Review, 2001, vol. 42, ed. 2, pp. 63-73.
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