Cap. 01 – CONCEITO,
FONTES E PRINCÍPIOS DO
DIREITO
ADMINISTRATIVO.
Sumário
1. Introdução e objetivos dessa apostila. ............................................. 2
2. Conceito e fontes do Direito Administrativo. ..................................... 3
2.1 Conceito do Direito Administrativo. .................................................. 3
2.2 Fontes do Direito Administrativo. .................................................... 7
3. Sistema Inglês x Francês de Jurisdição. ........................................... 9
4. Administração Pública – sentidos.................................................... 11
4.1 Sentidos subjetivo e objetivo ......................................................... 11
4.2 Sentidos amplo e estrito ............................................................... 11
5. Princípios da Administração Pública ................................................ 13
6. Administração Pública – Princípios Constitucionais expressos ............. 15
7. Administração Pública – Princípios Constitucionais implícitos .............. 24
8. Regime Jurídico-Administrativo. ..................................................... 37
9. DICA DE OURO. ........................................................................... 39
10. Principais pontos a serem fixados ................................................... 39
11. Lista das questões que resolvemos. ................................................ 43
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P.S. – Tenha atenção aos grifos. O que está negritado sempre será algo
importante!
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Critério teleológico:
O termo “teleológico” retrata um adjetivo que serve para relacionar um fato
à sua causa; em sentido jurídico, a interpretação teleológica de uma lei é a
forma de interpretar a lei buscando-se compreender a finalidade para a qual
aquela lei foi editada.
Nesse sentido, portanto, o Direito Administrativo seria o ramo do direito que
se preocupa em regular as atividades do Poder Público voltadas para atingir
seu fim de interesse público.
O problema é que o direito constitucional, o tributário, e outros, além do
direito administrativo, também se preocupam com o fim de interesse
público.
Critério negativo:
O critério negativo, ou residual, foi apenas uma evolução do critério
teleológico a fim de deixar claro que o Direito Administrativo serviria para
estudar as atividades do Poder Público voltadas para atingir seu fim de
interesse público, excluindo-se as funções legislativa e judicial.
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d) Da atividade social.
e) Da distinção entre atividade jurídica e social do Estado.
Comentário:
Como a definição citou a atividade do Estado e os seus órgãos, foi baseada
no critério que faz a distinção entre a atividade jurídica e a social do Estado
(letra E).
Comentário:
O critério que busca o cumprimento dos fins do Estado é o critério
teleológico, preocupado em avaliar a finalidade da atuação estatal.
Gabarito letra D.
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CUIDADO!!!
As SÚMULAS DO STF são decisões do STF que não vinculam, não
obrigam os demais juízos.
As SÚMULAS VINCULANTES DO STF são decisões do STF que vinculam,
obrigam os demais juízos, que não poderão julgar de forma diferente.
Assim, se houver súmula vinculante dizendo que a cor é verde, nenhum juiz
poderá decidir por outra cor.
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Matéria administrativa
Poder Judiciário
Demais matérias
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Comentário
O Brasil não adota o sistema do contencioso administrativo (sistema
francês), mas sim o sistema de jurisdição única, ou una (sistema inglês),
uma vez que as decisões administrativas são passíveis de alteração pelo
Poder Judiciário. Gabarito: letra A
SENTIDOS:
SUBJETIVO, FORMAL, ORGÂNICO:
Agentes, órgãos e entidades
OBJETIVO, MATERIAL, FUNCIONAL:
Funções, atividades administrativas
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SENTIDOS:
ESTRITO: abrange apenas os órgãos e funções administrativos.
AMPLO: abrange ainda os órgãos de governo em suas funções políticas.
Função Legislativa
Função Jurisdicional
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Comentário
Essa afirmativa foi considerada correta, misturando-se os dois critérios. O
mais difícil foi, sem dúvidas, a interpretação da afirmativa. Vamos colocar
em outra ordem, para facilitar:
Em sentido estrito, Administração Pública compreende:
Em sentido subjetivo: os órgãos administrativos (excluindo-se os
órgãos governamentais, que seria em sentido amplo).
Em sentido objetivo: a função administrativa (excluindo-se a função
política, que seria em sentido amplo).
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Então:
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1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a lei não
proíba.
2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente aquilo que
a lei permite ou autoriza.
O princípio da legalidade é, assim, muito mais restrito para o agente
público do que para o particular. Nesse sentido é que a doutrina vem
apelidando de princípio da restritividade o princípio da legalidade
administrativa.
Mais amplo do que o princípio da legalidade (agir conforme a lei) é o
princípio da juridicidade, que contempla a lei e os demais instrumentos
normativos, tais como Constituição, tratados, costumes, decretos, princípios
gerais, costumes etc.
Comentário
A letra C demonstra o princípio da motivação, uma vez que a Administração
deve indicar a fundamentação, ou seja, os motivos de seus atos.
A letra D apenas demonstra que os atos só podem ser praticados por quem
possua competência para tal, o que não retrata o princípio da legalidade.
A letra E apresenta o princípio da impessoalidade, ou finalidade, que deve
ser sempre o interesse público.
As letras A e B tratam do princípio da legalidade. A letra B retrata o
princípio da legalidade voltada para os particulares em geral, que podem
fazer tudo aquilo que a lei não veda, de acordo com a Constituição federal
artigo 5º II:
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Tranquilo…
Comentário
O “fim”, ou seja, a finalidade de todo ato administrativo deve ser sempre
o interesse público, ou, senão, a finalidade buscada pelo agente será
pessoal, estará agindo em seu próprio benefício, para favorecer algum
amigo ou prejudicar um inimigo.
O princípio que obriga que o resultado dos atos seja o seu fim legal de
interesse público é o princípio da finalidade, sinônimo de impessoalidade.
Muitos alunos marcaram, nessa questão, o princípio da legalidade pelo fato
de a banca ter colocado (de propósito, a fim de confundir o candidato) que
o resultado do ato deva atingir “o seu fim legal de interesse público”. O
resultado de toda atuação da Administração deve ter sempre como fim o
interesse público, conforme determina a lei, uma vez que, obviamente, a lei
não poderá estabelecer uma finalidade que seja pessoal.
O mais importante no enunciado é que o agente deve buscar aquele
resultado de interesse público (princípio da finalidade) e não que o agente
deve buscar o resultado estabelecido em lei (e daí imaginar-se a
legalidade).
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Comentário
A afirmativa está correta. Conforme já comentado, de acordo com o
princípio da finalidade ou impessoalidade, a atuação do administrador
público deve visar sempre o interesse público. A finalidade deve ser pública,
nunca pessoal.
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Comentário
Essa é moleza! O princípio da publicidade tem exatamente esse contexto, o
da transparência dos atos da Administração, o que não significa que todos
os atos administrativos devam ser publicados no Diário Oficial. Mesmo os
atos que não são publicados no Diário Oficial devem ser públicos e
transparentes. Gabarito: letra C
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Comentário
Como já vimos, esse princípio, introduzido pela Reforma Administrativa,
serviu para exigir a qualidade dos serviços prestados pela Administração, o
que até então, em tese, não era exigido pelo texto constitucional.
Inaugurou-se o modelo de administração gerencial no serviço público
brasileiro. Gabarito: letra C
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Comentário
Essa questão é bem literal, retirada do livro do referido autor. De acordo
com o professor, e boa parte da doutrina, os princípios mais importantes
são os dois primeiros princípios comentados nesse material, quais sejam, a
supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do
interesse público.
O primeiro (supremacia) serve para demonstrar a máxima prerrogativa da
Administração (das pessoas de Direito Público) e o segundo
(indisponibilidade) demonstra uma sujeição, uma restrição imposta aos
agentes públicos.
Assim, se apresenta a gangorra das prerrogativas e sujeições da
Administração. Serve, em suma, para mostrar que o agente público (em
nome da Administração) pode MAIS do que o particular, mas NÃO PODE
TUDO! Ele não pode agir da maneira que quiser e bem entender, como se a
coisa pública estivesse à sua disposição. Gabarito: letra A
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Essa última ressalva significa dizer que a lei de greve da iniciativa privada
não se aplica indistintamente a todos os servidores.
Segundo o STF, a greve continua vedada (enquanto não for editada a lei
específica de greve no serviço público) para os servidores da área de
segurança pública, saúde e atividades da administração da Justiça, além de
fiscais de rendas.
A exceptio non adimpleti contractus é a “exceção do contrato não
cumprido”, se refere à permissão dada a uma das partes em um contrato
privado para deixar de cumprir com seus deveres assumidos, em função de
a outra parte não ter honrado com a sua contrapartida.
Ao contrário do que ocorre em um contrato privado, nos contratos
administrativos, ainda que a administração pública deixe de honrar com
suas obrigações, não realizando os pagamentos devidos, o contratado não
pode interromper imediatamente a prestação dos serviços (de acordo com a
lei 8666/93, isso só poderá ocorrer após 90 dias de atraso de pagamento).
Comentário
A afirmativa está correta, e é muito fácil...
Como já comentado anteriormente, a restrição (mas não a proibição
absoluta) do direito de greve decorre da necessidade de continuidade do
serviço público.
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princípio, não está disposto a cumprir), proíbe que ele faça algo, aplica a ele
alguma punição, faz a ele alguma exigência, alguma restrição, alguma
condição para que ele possa exercer um direito, entre outras intervenções,
a Administração deve atuar de forma razoável e proporcional.
A Administração não pode fazer imposições, restrições, exigências que não
sejam razoáveis, que não tenham fundamento, bom senso, e que sejam
desproporcionais, desnecessárias, excessivas.
Assim, por exemplo, a exigência de testes físicos de corridas e saltos é
perfeitamente razoável e proporcional em um concurso para agente da
Polícia Federal, mas é completamente irrazoável e desproporcional em um
concurso para merendeira de escola.
Comentário
A exigibilidade significa a “possibilidade de exigir”. Assim, quando a
Administração exige algo ao particular, deve observar o princípio da
razoabilidade e da proporcionalidade.
Dessa forma, a possibilidade de se exigir testes físicos em um concurso
público deve observar a razoabilidade. A exigência desses testes em um
concurso pode ser proporcional às atribuições daquele cargo, mas ser
desproporcional em relação a outro cargo.
Deve, assim, haver uma “adequação” entre as exigências feitas no concurso
e as atribuições do cargo, razão pela qual o gabarito é a letra D.
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Comentário
O enunciado utilizou duas palavras chaves, que sempre são usadas pelas
bancas quando se referem ao princípio da razoabilidade e
proporcionalidade: “restrições” e, principalmente, o termo “necessárias”.
Quando a Administração faz alguma restrição, ou toma uma medida
restritiva em nível acima do que seria o “necessário” e suficiente para o
caso, estará ferindo o princípio da razoabilidade e proporcionalidade.
Gabarito: letra C
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Comentário
Quanto mais você estuda e resolve questões, mais você verifica que o
assunto é simples e que a aprovação em concurso público não é nenhum
“bicho de sete cabeças”. Essa questão usou, mais uma vez, a palavra
“necessária”...
Quando a Administração exerce o seu poder de polícia (que será estudado
no capítulo relativo aos poderes da Administração), por exemplo, quando
um fiscal de vigilância sanitária autua ou interdita um estabelecimento, essa
sanção deve ser proporcional à irregularidade constatada.
Deve haver razoabilidade na atuação, não se admitindo medidas maiores
que as “necessárias”.
Assim sendo, a razoabilidade e proporcionalidade são os princípios a serem
observados, de forma a limitar a discricionariedade presente no poder de
polícia. Gabarito: letra C
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Isso não impede que a Administração anule atos ilegais, isto sim com
aplicação retroativa, já que atos ilegais não geram direitos.
A Administração precisa, portanto, respeitar os particulares que de boa-fé
interagem com a Administração, que não devem ser pegos de surpresa.
Comentário
A afirmativa está errada. A Lei nº 9.784/1999 dispõe, em seu artigo 54, que
“o direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.
Imagine, por exemplo, que a Administração tenha promovido um servidor
da classe 1 para a classe 2 e que, tempos depois, seja verificado que aquela
promoção foi feita de forma irregular. A promoção poderá ser anulada?
Depende da situação…
Se a promoção tiver ocorrido em decorrência de algum documento falso
apresentado pelo servidor (que, assim, agiu de má-fé), a promoção será
anulada.
Se a promoção tiver ocorrido por um engano, uma falha da própria
Administração, sem a participação do servidor (que, assim, agiu de boa-fé),
a anulação só poderá ocorrer no prazo de até 5 anos após a promoção.
Esse prazo máximo para que a Administração possa rever o ato decorre do
princípio da segurança jurídica, que serve para proteger os particulares
de boa-fé.
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Comentário
Como eu sempre digo, o aluno não pode deixar de observar as expressões
muito determinantes utilizadas nas provas, tais como “sempre”, “nunca”,
“todos”, “absolutamente”, “sem exceções”...
Quando a questão afirmar que “o time tal nunca foi rebaixado”, você tem
que se perguntar: “ele já foi rebaixado alguma vez?”. Se você lembrar de
uma única vez, ainda que isso tenha ocorrido há muitos anos, a afirmativa
está errada.
A afirmativa “A Administração deve obediência ao princípio da publicidade”
está correta, conforme artigo 37 caput da CF.
A afirmativa “A Administração sempre deve obediência ao princípio da
publicidade” está errada, uma vez que há exceções.
A questão da prova está errada por causa da palavra “quaisquer”.
A princípio, todos devem ser tratados igualmente pela Administração, mas
nem sempre.
Sabemos que nem todas as pessoas são iguais, e, portanto, há a
necessidade de tratamentos diferentes para pessoas diferentes. Assim é,
por exemplo, que a CF assegura que algumas vagas em concursos públicos
serão reservadas para os portadores de deficiência.
Isso significa dizer, então, que há tratamentos diferentes em situações
diferentes, sem que se possa alegar que está havendo aí uma discriminação
no acesso aos cargos públicos.
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CUIDADO!!!
Não podemos confundir as expressões regime jurídico-administrativo e
regime jurídico da Administração.
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Comentário
A afirmativa está certa. Repare que a questão se referiu ao regime jurídico
da Administração (e não ao regime jurídico-administrativo) e se preocupou
ainda em ressaltar que a expressão é utilizada em sentido amplo.
Nesse sentido (amplo), estaremos nos referindo ao regime jurídico da
Administração, que engloba ambos os regimes aplicáveis à Administração.
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9. DICA DE OURO
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Matéria administrativa
Poder Judiciário
Demais matérias
ADMINISTRAÇÃO (SENTIDOS):
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Função Legislativa
Função Jurisdicional
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO:
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS:
LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE
PUBLICIDADE
IMPESSOALIDADE
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d) eficiência
e) moralidade
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GABARITO:
9–C 10 – A 11 - V 12 – D 13 – C 14 – C 15 – F 16 – F
17 – C 18 – C
Atenção!!!
Precisamos de você.
FAÇA SUA PARTE!
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