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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA REGIÃO XXXXXXXX


DA COMARCA DE XXXXXX- ESTADO DO PARANÁ.

LONATEC COMERCIO DE LONAS Ltda inscrita no CNPJ/MF sob n.0 ..........,


situada no endereço Rua: xxxxxxxxx, nº xxxxx Bairro XXXX Paraná,
endereço eletronico xxxxx@xxx.com.br, representada neste ato por seu
(sua) sócio(a) gerente Sr. Marcos Nolteneo Riesemberg Bastos,
brasileiro, casado, profissional da área comercial, titular do RG nº ..... e do
CPF/MF n.º ....., residente e domiciliado a Rua: xxxxxx, nº xxxx Bairro :
xxxx Paraná, por meio de seu advogado infra-firmados, nos termos do
instrumento de procuração em anexo, vem perante Vossa Excelência com
fulcro no art. 44 da lei 9.279/96 e artigos 277 ,287 e 300, § 2º CPC,
propor:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR


DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C TUTELA DE URGENCIA

em face de

PETRANOVA MINERAÇÃO E CONSTRUÇÃO Ltda, inscrita no CNPJ sob


o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado .....,
CEP ....., endereço eletronico xxxxx@xxx.com.br, representada neste ato
por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro, casado, profissional
da área comercial, titular do RG nº ..... e do CPF/MF n.º ....., residente e
domiciliado a Rua: xxxxxx, nº xxxx Bairro : xxxx Paraná, pelos motivos de
fato e de direito a seguir aduzidos.

Quanto à audiência de conciliação (CPC/2015, art. 319, inc. VII).

Opta-se pela realização de audiência conciliatória (novo CPC, art.


319, inc. VII), razão qual requer a citação das Promovidas, por carta (novo
CPC, art. 247, caput), para comparecerem à audiência, designada para
essa finalidade (novo CPC, art. 334, caput c/c § 5º).

Da Justiça Gratuita
A Carta Magna assegura às pessoas o acesso ao Judiciário, senão
vejamos:

CF/88 – Art. 5º – LXXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Nessa esteira, a Lei nº 1.060/50 garante a assistência judiciária a parte


processual. Vejamos:

Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência


judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição
inicial, de que não está em condições de pagar às custas do
processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio
ou de sua família. ”

Desta forma, requer o demandante o deferimento dos benefícios da


assistência judiciária gratuita, pois como atesta, não tem condições de
arcar com as custas e despesas processuais sem o comprometimento do
sustento próprio e de toda sua família, conforme declaração assinado
anexo.
DOS FATOS

Lonatec Comércio de Lonas Ltda. – EPP desenvolveu revolucionário


conceito de fixação de laminados em PVC para utilização em estações de
tratamento de água, em sistema de decantação, cujo protocolo do pedido
de registro, perante o INPI, data de 12.08.2011 (patente de Modelo de
Utilidade MU8201877-4).
O pedido de patente de Modelo de Utilidade foi depositado em 12.08.2011,
que, em termos práticos, se refere à patente na qual o seu titular pega um
produto já existente no mercado e o aperfeiçoa com novas técnicas.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI concedeu a patente
definitivamente em 05.04.2020, documento abaixo:
MU 8201877-4 U
Título: DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO
PARA LONAS DE DECANTAÇÃO
Depositante(s): Lonatec Comércio de Lonas LTDA-ME
lnventor(es): Marcos Nolteneo Riesemberg Bastos
(57) Resumo: "DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM DISPOSITIVO DE
FIXAÇÃO PARA LONAS DE DECANTAÇÃO”. O presente registro
de patente de modelo de utilidade refere-se a
"DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS ÈM DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO PARA
LONAS DE DECANTAÇÃO" composta por um dispositivo de fixação
das lorias utilizadas no tratamento de águas nas estações de
saneamento. Com a utilização desses dispositivos de fixação, a lona
utilizada passa a ter maior prazo de vida útil e também propiciam
resultados mais eficientes, porque permanecem esticadas. O
dispositivo contém um conjunto de peças (1), (2), (2.1), (3) e (4) que
possibilitam que ao acionar o sistema inicial, a manutenção seja feita
dentro de prazos maiores que o habitual.
Porém, Lonatec Comércio de Lonas Ltda. – EPP tomou conhecimento,
inicialmente por preposto seu e após, por perito contratado, que a
Petranova Mineração e Construção Ltda. instalou na estação de
tratamento da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - Casan
de Canoinhas um sistema idêntico ao seu, porém, com material de baixa
qualidade, violando não só sua patente como, também, causando-lhe
danos.
Tem conhecimento que continuam comercializando o sistema como
comprovado pelo e-commerce da empresa.
Ainda, não se pode olvidar o pioneirismo da autora com reconhecida
idoneidade e reputação em todo o Território.

Neste diapasão, merece destaque a menção ao contrato firmado


recentemente conforme documente em anexo.

Verificando-se o contrato supra mencionado, nota-se os vultuosos


investimentos que têm sido despendidos para a criação da marca pela
Autora.

DA CONCESSÃO DA MARCA À LONATEC COMERCIO DE LONAS


Ltda E UTILIZAÇÃO INDEVIDA PELA PETRANOVA MINERAÇÃO E
CONSTRUÇÃO Ltda

Consta no despacho do INPI de concessão, à Autora, do pedido de


registro da marca O Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI
concedeu a patente definitivamente em 05.04.2020, documento abaixo:
MU 8201877-4 U, Título: DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM
DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO PARA LONAS DE DECANTAÇÃO
Depositante(s): Lonatec Comércio de Lonas LTDA-ME
lnventor(es): Marcos Nolteneo Riesemberg Bastos
Assim, não é difícil concluir que, quanto à insígnia "..........., goza o titular,
in casu, a Rede .......... de exclusividade com relação a sua utilização em
todo o território nacional.

DO DIREITO

A proteção à propriedade industrial surgiu em 1880 com a Conferência de


Paris que culminou na promulgação da Convenção da União de Paris para
a Proteção da Propriedade Industrial - CUP, de 20 de março de 1883, que
entrou em vigor somente em 7 de julho de 1883, estruturada como o pilar
central do atual sistema de propriedade industrial brasileiro.

No Brasil, o direito sobre as criações imateriais é típico direito de


propriedade, constitucionalmente garantido no artigo 5º, XXIX, da
Constituição Federal, que prevê que "a lei assegurará aos autores de
inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como
proteção às criações industriais, à propriedade de marcas, aos nomes de
empresas e outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País."

Além da proteção garantida pela Carta Magna, a propriedade industrial,


onde se insere a marca, é regulada pela Lei nº 9279, de 14 de maio de
1996, revogadora da Lei 5772/71, que determina, em seu art. 122, que é
registrável como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não
compreendidos nas proibições legais, hipóteses estas previstas no artigo
124 do mesmo diploma legal.

Da mesma maneira, o Decreto n.0 1355, de 30 de dezembro de 1994,


publicado no Diário Oficial da União, em 31 de dezembro de 1994, que
promulga a Ata Final que incorpora os Resultados da Rodada do Uruguai
de Negociações Comerciais Multilaterais do GATT, dispõe que:

Seção 2 - Marcas

Art. 15 - Objeto da Proteção


1 - Qualquer sinal, ou combinação de sinais, capaz de distinguir bens e
serviços de um empreendimento daqueles de outro empreendimento,
poderá constituir uma marca. (...)

Art. 16 - Direitos Conferidos

1 - O titular de marca registrada gozará do direito exclusivo de impedir que


terceiros, sem seu consentimento, se utilizem em operações comerciais
sinais idênticos ou similares para bens ou serviços que sejam idênticos ou
similares àqueles para os quais a marca está registrada, quando esse uso
possa resultar em confusão. No caso de utilização de um sinal idêntico
para bens e serviços idênticos presumir-se-á uma possibilidade de
confusão. (...)

Portanto, o uso não autorizado da marca, ou seja, a reprodução sem


autorização dos elementos caracterizadores do sinal protegido a título de
marca qualquer que seja a sua destinação, desde que com conotação
comercial, caracteriza a contrafação.

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS PELA PRÁTICA


DE CONTRAFAÇÃO - DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DOS
PREJUÍZOS

Nos casos de contrafação não há que se exigir a comprovação dos


prejuízos, visto estarem eles, ínsitos na própria infração. A simples
utilização de denominação cor e design semelhantes à de outrem de modo
a confundir o consumidor levando-o a rensar que ambos Drovêm do
mesmo fabricante de marca conhecida, é suficiente rara gerar Prejuízos à
proprietária da marca. Assim são devidos os danos emergentes, não se
podendo falar em danos morais, porque incabíveis à espécie e lucros
cessantes, porque impossível aferir se houve e qual a perda dos ganhos.
(IAMG - Ap 0300905-6 - (30640) - 7ª C.Cív. - ReI. Juiz Antônio Carlos
Cruvinel -DJMG 14.09.2000).
"Art. 251 - Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o
credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer a sua
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos(...)

Gabriel Di Blasi; Mano Garcia; Paulo Parente Mendes, A Propriedade


Industrial, 1997, Editora Forens ,

página 165

É pacífico que as ações cabíveis em caso de violação à propriedade


industrial são, segundo entende Thomaz Thedim Lobo dentre outros
autores: indenização, cautelares e antecipação de tutela, podendo-se
determinar a indenização pelos benefícios que o prejudicado teria auferido
se a violação não tivesse ocorrido.

Esse é o entendimento da Jurisprudência Pátria acerca do tema:

PROPRIEDADE INDUSTRIAL - MARCA REGISTRADA - IMITAÇÃO E


USO EM EMBALAGEM DE MERCADORIAS DE CLASSES AFINS, MAS
NÃO EM PRODUTOS SIMILARES - PREJU1ZO MATERIAL
INEXISTENTE - DANOS MORAIS DEVIDOS - DESPESAS A CARGO DO
VENCIDO, INCLUÍDAS AS DE LOCOMOÇÃO DA PARTE PARA A
PRESTAÇÃO DE DEPOIMENTO PESSOAL - 1. Não há prejuízo de ordem
material a ser indenizado pela utilização de imitação da marca de terceiro
em embalagens de mercadorias, se o proprietário da marca imitada não
produz mercadoria similar. 2. Os danos morais relo uso de marca alheia
são devidos em razão do próprio fato, e devem ser arbitrados de modo a
desestimular o lesante na continuidade de sua atividade lesiva. 3.
Compete ao vencido ressarcir ao vencedor as despesas que teve para a
prestação de depoimento pessoal (CPC, art. 20, §10). (TJPR - AC
0101272-2 -(2001 8) - 3ª C.Cív - ReI. Des. Jesus Sarrão - DJPR
06.08.2001) (grifo nosso)
E assim, sendo, no que diz respeito, particularmente à propriedade
industrial, (...) HUMBERTO THEODORO JUNIOR bem salienta, "a
continuidade da contrafação e a possibilidade da venda dos produtos
irregularmente produzidos e marcados representam, sem dúvida, situação
de perigo sério de danos ao titular da propriedade industrial, que, como
tais, podem ser coibidos ou prevenidos por meio da atividade cautelar do
juiz da causa.

Assim, por estas razões de fato e de direito, não resta outra alternativa a
Autora senão buscar, através do presente pedido de tutela antecipada,
provimento judici que determine a proibição de que a Ré se utilize da do
PRODUTO, DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM DISPOSITIVO DE
FIXAÇÃO PARA LONAS DE DECANTAÇÃO, de titularidade da Autor,
seja de qualquer forma ou meio, dentre outros documentos, sob pena de
multa diária não inferior a R$ XX.xxxxxx, COMO FORMA DE
ANTECIPAÇÃO PARCIAL DA TUTELA PRETENDIDA, AMENIZANDO,
DESSA FORMA, OS PREJUÍZOS A QUE JÁ ESTÁ EXPOSTA A
AUTORA EM FUNÇÃO DA UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO PRODUTO
Assim sendo, impõe-se a imediata concessão de ANTECIPAÇÃO
PARCIAL DE TUTELA, pelos motivos já elencados, estando presentes os
requisitos para o seu deferimento:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO INDENIZATÓRIA COM


PRECEITO COMINATÓRIO - MARCA REGISTRADA HÁ MUITOS ANOS -
PAGINAS AMARELAS - Nome muito conhecido dos consumidores.
Insistência pelas empresas-agravadas de utilização de nome parecido.
Manifesta possibilidade de confundir o consumidor. Comprovação, de
pronto, da verossimilhança do alegado e da possibilidade da dano de difícil
reparação. inteligência do artigo 273, 1, do Código de Processo Civil.
Antecipação da tutela deferida. Recurso provido. (IJSP - AI 132.790-4 -8º
CDPriv. - Rela Desa Zélia Maria Antunes Alves - J. 26.04.2000) (grifo
nosso).
Assim sendo, impõe-se a imediata concessão de ANTECIPAÇÃO
PARCIAL DE TUTELA, pelos motivos já elencados, estando presentes os
requisitos para o seu deferimento:

a)que haja requerimento da parte - no caso em exame, não há dúvida de


que o requerimento é o presente pedido;

b)existência de prova inequívoca - como prova apresenta-se o documento


de concessão da marca "........." à Autora pelo Instituto da Propriedade
Industrial, cuja vigência iniciou-se em ...............

c)verossimilhança da alegação - que diz respeito ao grau de probabilidade


dos motivos elencados pela Autora e também não pode restar dúvidas
quanto a existência de verossimilhança da alegação, haja vista o
expendido na presente peça, principalmente em relação às questões de
direito invocadas, documentos probatórios anexados e ainda a troca de
correspondências realizada entre as partes, o que demonstra mais do que
a

probabilidade dos motivos invocados pela Autora, a certeza do direito


ferido de morte.

d)fundado receio de dano freparável ou de difícil reparação - também


demonstrado de forma satisfatória com os documentos em anexo,
principalmente no que refere à possibilidade de confusão que pode causar
à comunidade presbiteriana e sociedade brasileira como um todo, a
veiculação de programas e documentos televisivos (ressalte-se que a
partir do

A reforma do código de processo civil 2ª ed. 1995, pp.138/139.


início deste ano, a Autora entrará no ar com um programa na TV
Bandeirantes, cuja marca "............" será amplamente divulgada - o que já
é corrente - e notadamente é igual à marca utilizada pelo Grupo ......... em
programas veiculados no canal da ................), sendo que a Autora
certamente amargará sérios prejuízos materiais e, principalmente, morais,
com abalo de sua imagem, já tão difundida e respeitada.

Assim, vislumbra-se como aspecto relevante a ser sopesado, o impacto


social que certamente ocorrerá se frustrada a presente medida.

e)possibilidade de reversão do provimento antecipado - a reversibilidade


do provimento de antecipação é perfeitamente constatada, uma vez que a
tutela pleiteada nada mais representa do que a segurança de efetiva
execução da futura sentença. Ou seja, a indenização que fatalmente será
imposta à Ré por meio da presente ação será menos grave se as
conseqüências das ilegalidades perpetradas pela mesma forem afastadas
já de plano com a proibição de utilização indevida da marca pela Ré. Em
caso de reversão do provimento antecipado, verifica-se que o material
publicitário que vem sendo utilizado pela Ré com a insígnia "............", do
que busca-se abstenção nesta prática, pode voltar a ser veiculado,
importando na possibilidade de retorno ao status quo ante em qualquer
fase processual.

Assim, inexiste qualquer risco de dano para a Ré com a concessão da


medida pleiteada, ao contrário, ela estará da mesma forma garantindo sua
posição e público-alvo nos meios de comunicação. o que é de seu
interesse, havia vista os vultuosos investimentos que realiza
constantemente na área de telecomunicações. Ressaltando-se que o
provimento antecipado, uma vez concedido, virá somente a diminuir a
indenização que fatalmente será imposta à Ré pela inconteste utilização
indevida da marca de titularidade da Autora.

Deixe-se claro eu nesta ação a Autora não objetiva simplesmente a


satisfação financeira que certamente advirá com o pedido de reparação de
danos, mas sim, primordialmente pretende a .......... resguardar seu direito
patrimonial de utilização da marca "RPC" com exclusividade, evitando,
desta forma, a continuidade da prática do ato ilícito que lhe traz
diariamente prejuízos e difícil incerteza reparação.

DA TUTELA ANTECIPADA

Com relação à necessidade de concessão da antecipação de tutela, note-


se o julgado ora colacionado:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO INDENIZATÓRIA COM


PRECEITO COMINATÓRIO - MARCA REGISTRADA HÁ MUITOS ANOS -
PAGINAS AMARELAS - Nome muito conhecido dos consumidores.
Insistência pelas empresas-agravadas de utilização de nome parecido.
Manifesta possibilidade de confundir o consumidor. Comprovação, de
pronto, da verossimilhança do alegado e da possibilidade da dano de difícil
reparação. inteligência do artigo 273, 1, do Código de Processo Civil.
Antecipação da tutela deferida. Recurso provido. (IJSP - AI 132.790-4 -8º
CDPriv. - Rela Desa Zélia Maria Antunes Alves - J. 26.04.2000) (grifo
nosso)

A urgência no pleito antecipatório visa resguardar os interesses do Autor e


se funda no receio de dano, que é patente, caso não seja obrigada desde
já a Ré a se abster de utilizar a o produto depropriedade do Autor, haja
vista a iminência da maciça propagação e construção do mesmo pela
Empresa RÉ.
Quanto à condenação final da Réu por perdas e danos, por óbvio nota-se
que não busca a Autora enriquecer ilicitamente às custas daquela, haja
vista a reputação e idoneidade da Empresa Autor

Desta forma, se não for concedida a medida cautelar nesta peça pleiteada
(o que não se espera), fatalmente e inevitavelmente a Autora terá abalada
sua integridade moral, dilapidando-se, via de conseqüência, seu
patrimônio.

DOS PEDIDOS

ISTO POSTO,à luz destas considerações, a Autora requer à Vossa Autora


Excelência que:

a)receba a presente com os documentos que a acompanham, sendo


concedida liminarmente a ANTECIPAÇÃO PARCIAL DE TUTELA
pretendida, nos termos da presente peça, isto é, que seja determinado que
a Ré se abstenha de utilizar O DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM
DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO PARA LONAS DE DECANTAÇÃO, de
titularidade inconteste da Autora, conforme anexo certificado expedido em
......... pelo INPI, em qualquer FORMA, enquanto perdurar a presente ação;
b)a fim de se assegurar o resultado prático da medida ora pleiteada, seja,
em caso de descumprimento da ordem desse D. Juízo, a aplicação de
multa diária em valor não inferior a R$........, para que a Ré sinta-se
desestimulada a permanecer se utilizando indevidamente o
DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO PARA
LONAS DE DECANTAÇÃO, de titularidade da Autora, considerando-se
ainda sua favorável situação econômico-financeira;
c)seja citada, nos termos do art. 221, 1, do Código de Processo Civil para,
querendo, apresentar defesa aos termos da presente demanda, sob pena
de revelia;

d)quanto ao mérito, seja definitivamente proibida a utilização do produto


DISPOSIÇÕES INTRODUZIDAS EM DISPOSITIVO DE FIXAÇÃO PARA
LONAS DE DECANTAÇÃO, pela Ré, por qualquer meio, de qualquer
forma, com a conseqüente recolhimento de materiais que contenham tal
expressão e já estejam em circulação, e seja apurado o quantum
indenizatório devido à Autora em razão da utilização indevida;
e)a produção de todo tipo de prova em direito admitida, além da prova
documental que apresenta-se em anexo;

f)ao final seja julgada procedente a presente demanda e seja a Ré coagida


a se abster de utilizar indevidamente, e obrigada ao pagamento de
indenização à Autora, em valor a ser arbitrado pelo Juízo, em razão da
utilização indevida sem autorização desta;

g) seja juldado procedente o presente pedido em sua totalidade, devendo


ser condenada a Ré ao pagamento dos honorários de sucumbência, em
especial, custas e honorários advocatícios.

h)a concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser a Parte Autora
legalmente necessitada, com fulcro no art. 5º, inc. LXXIV da Constituição
da República e da Lei nº 1.060/50, vide declaração de hipossuficiência
econômica juntada;
i)a concessão da audiência de conciliação.

Dá-se à causa o valor de R$ xxx,xxx,xx

Nesses Termos,

Pede Deferimento.

SJP, 22 de Outubro de 2021.

Ageu Oliveira de Jesus

OAB/PR XXXXXX

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