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FACULDADE CAMPOS ELISEOS

Educação Especial em Deficiência Física

Willian Alves

A DEFICIÊNCIA FÍSICA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CAMPO MOURÃO/PR
2018
WILLIAN ALVES

A DEFICIÊNCIA FÍSICA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Monografia apresentada à Faculdade Campos


Elíseos, como requisito parcial para obtenção
de título de especialista em Educação Especial
em Deficiência Física.

Orientador:

CAMPO MOURÃO/PR

2018
WILLIAN ALVES

A DEFICIÊNCIA FÍSICA NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Monografia apresentada à Faculdade


Campos Elíseos, como requisito parcial
para obtenção de título de especialista em
Educação Especial em Deficiência Física.

Campo Mourão, ____ de _____________ de _____.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof. (Nome do orientador)
Afiliações

________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações

________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
RESUMO:

PALAVRA-CHAVE:
ABSTRACT:.

PALAVRA-CHAVE:
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................xx

1.1. OBJETIVOGERAL...............................................................................................xx

1.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................xx

1.2 JUSTIFICATIVAS......................................................................................................xx

2. HISTORIA DA EDUCAÇÃO FISICA........................................................................xx

3. CONCEITO DE DEFICIENCIA FISICA....................................................................xx

3.1 EDUCAÇÃO FISICA E INCLUSÃO.........................

.................................................xx

..........................................................................................xx

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................xx

REFERÊNCIAS……………………………………………………..………………………..xx
1 INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS GERAL

Compreender as dificuldades encontradas pelos alunos que possuem algum


tipo de deficiência e como o professor de educação física pode trabalhar com esses
alunos, de forma a minimizar ou acabar com as barreiras encontradas.

1.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar possíveis alternativas para a inclusão de alunos com alguma


deficiência física, no âmbito escolar, especificamente nas aulas de educação física.

1.2 JUSTIFICATIVAS

Entende-se como importante tal estudo, visto que é preciso que os alunos de
escolas regulares se sintam de fato incluídos na dinâmica escolar, desta forma os
profissionais que o atendem precisam estar preparados para isso seja feito,
proporcionando acolhimento e inclusão no ambiente escolar.

2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Segundo Alves (2011) a Educação Física é toda atividade que tem por
objetivo educar fisicamente o sujeito, ocorrendo em qualquer idade. A relação da
Educação Física com a sociedade não é recente, segundo o autor citado há
registros entre seis e oito mil anos a.C., encontrados na China, Egito, Índia, Império
Persa e Mesopotâmia. Porém de acordo com Betti e Zuliani (2002) a expressão
Educação Física, surge apenas no século XVIII em obras filosóficas sobre
educação, em uma ideia de que a educação de crianças devia ser completa
contemplando corpo, alma e mente. Conforme explica Alves (2011) ao citar
Rousseu, ao fortalecer o corpo por meio da Educação Física, em consequência a
alma também se fortalece isso se dá pela a liberdade de movimentos proporcionada
pela atividade física.

Ao longo dos anos o entendimento da Educação Física foi se alterando, seja


por questões sociais, culturais e também pelo espaço físico que esta devia ocupar
(MOREIRA, org. 2006). Em sua história a Educação Física é baseada em um
modelo de ensino que a deixa aquém de outras disciplinas, tais como matemática,
geografia, ciências e línguas, devido estas serem bases para as ciências modernas.
Desta maneira, a Educação física é colocada, juntamente com educação artística,
cívica e moral como incomodas ao ensino que é proposto nas escolas, acrescendo
assim os questionamentos feitos sobre as mesmas (BETTI e ZULIANI, 2002).

Em 1837, ainda durante o império, criou-se “a cadeira de ginástica e defesa


corporal” (ALVES,2011 p. 16) da qual faziam parte o nado, equitação e dança como
disciplinas primárias. De acordo com Marinho (apud ALVES, 2011) a Educação
Física tornou-se disciplina obrigatória no jardim de infância, a partir de pareceres de
Rui Barbosa em 1882. Além disso, exercícios militares passaram a fazer parte das
atividades infantis nas escolas e o professor de Educação Física, passou a ser mais
valorizado. Segundo Alves (2011), o objetivo era que o modelo de corpos belos,
saudáveis e higiênicos fosse desenvolvido por meio da Educação Física. Na década
de 1920 esta disciplina era apresentada de forma isolada as demais disciplinas do
currículo, tendo como objetivo o treinamento pré-militar, a eugenia, nacionalismo e
formação de esportistas (BETTI e ZULIANI, 2002). Alves (2011) apresenta duas
concepções do início do século XX, que reafirmam a citação anterior:

a higienista, caracterizada pelos hábitos de higiene e


saúde, trabalhando o desenvolvimento moral e físico,
além de capacitar e preparar indivíduos para o trabalho
na indústria, a partir de exército; e a militarista, que
visava à formação e à preparação do indivíduo para a
guerra e, para isto, era necessário selecionar os homens
melhores preparados fisicamente, excluindo os
incapacitados (ALVES, 2011 p. 17).

Em 1937, com elaboração da Constituição, a Educação Física foi incluída


oficialmente nos currículos do ensino primário e médio como prática educacional e
obrigatória, contudo ainda não era uma disciplina curricular. Com a influência da
Escola Nova, que propunha a ensino total do indivíduo e após vários debates, na
década de 1960 baseados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a educação
física passou a fazer parte do currículo obrigatório do ensino primário e médio
(ALVES, 2011).

Em seus objetivos, atualmente a Educação Física visa integrar e introduzir o


indivíduo na cultura corporal do movimento, tendo como consequência o bem-estar
e a qualidade de vida. Com isso o aluno irá desenvolver aptidões, desenvolvimento
motor, mas não somente isso, o aluno poderá através da disciplina desenvolver o
suas habilidades sociais, aprender a trabalhar em grupo, respeitar seus colegas e
em esfera cognitiva este aluno será capaz de se relacionar com o movimento
corporal que ele mesmo produz (BETTI e ZULIANI, 2002).

Considerando as possibilidades apresentadas acima, como objetivo da


educação Física, no próximo item será abordado sua aplicação enquanto educação
física adaptada para as necessidades especiais dos indivíduos.

3 CONCEITO DE DEFICIÊNCIA FÍSICA

Segundo Amiralian et al (2000) as deficiências são classificadas de maneira


hierárquica de acordo com as limitações, intensidades e dependência, seguindo a
classificação de seu CID. Deficiência pode assim ser definida como uma : “perda ou
anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica,
temporária ou permanente” (Amiralian et al, p. 98, 2000). O autor (2000) destaca
ainda dois outros conceitos cabíveis de compreensão, que se referem à
incapacidade que pode ser compreendida como uma restrição, advinda de uma
deficiência, que dificulta ao individuo realizar atividades consideradas fáceis a
pessoas sem deficiência.

Os autores Diniz, Barbosa e Santos (2009) citam que a deficiência pode ser
compreendia de duas maneiras. A primeira maneira descrita pelos autores se refere
a uma manifestação da diversidade humana, ou seja, compreende-se como algo
que é inerente a condição do ser humano de um ser que diversas maneiras de se
apresentar ao mundo. A segunda tem um olhar sobre a desvantagem natural,
devendo o corpo deficiente buscar se adaptar a normalidade predefinida.
Compreende-se dessa forma, que fatores sociais que atravessam o fenômeno da
deficiência e que perpassam o ambiente escolar.

Os indivíduos com deficiência têm enfrentado lutas ao longo dos séculos


devido ao preconceito social em relação às deficiências. Tal fenômeno está
relacionado a fatores culturais, que são transmitidos pelos indivíduos que compõem
uma sociedade. Ao se inserir em tal sociedade o sujeito começa a se apropriar dos
conhecimentos preexistentes que lhe são fornecidos pelos demais (FERNANDES,
SCHLESENER, MOSQUERA 2011), dentre os conhecimentos que são passados,
encontram-se as formas de compreender as diferenças físicas entre os indivíduos.

3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO

De acordo com Winnick (2004) a Educação Física Adaptada é um programa


que visa suprir necessidades especiais do indivíduo, que de maneira individual
fornece elementos para a aptidão física e motora, que utiliza jogos, esportes, dança
e outras possibilidades. Adaptar então pode ser considerado neste caso, como a
modificação da estrutura da atividade física, a fim de suprir as necessidades que o
indivíduo possui. A adaptação na Educação Física, constitui uma subdisciplina que
proporciona aos alunos com alguma deficiência a possiblidade de participação nas
aulas.

No Brasil o processo de adaptação de esportes para pessoas com deficiência


tem seus primeiros passos na década de 1950. Em 1958 é fundado o Clube dos
Paraplégicos em São Paulo e o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro. No início a
adaptação é proposta a partir de um viés médico, com o intuito de prevenir e corrigir.
Com o ensino mais tecnicista proposto a partir de 1964, visando uma maior
produtividade do indivíduo, criou-se uma necessidade de uma Educação Física, que
se adapte aos deficientes físicos (COSTA; SOUSA, 2004).

A inclusão social das pessoas com deficiência reflete grandes mudanças no


contexto educacional e cultural nas ultimas décadas e essas mudanças estão em
evidencia. Em vários aspectos como nos parâmetros curriculares nacionais, nas
leis de acessibilidade, na universalização do acesso a escola e obrigatoriedade do
ensino. Com isso, é importante reconhecer se estas mudanças constituem ou não
mudanças cruciais na maneira de ensinar e, sobretudo se a pessoa com deficiência
usufruem o direito a educação, esporte e lazer em nossa sociedade.(PIMENTEL et
al, 2013).
Assim como ressalta Rodrigues (2017), a escola nos moldes como
conhecemos foi criada com o intuito de dar acesso de maneira igual aos indivíduos
ao capital intelectual, tendo como ideia primária oportunizar os indivíduos a ter
chances iguais na aquisição de conhecimento. Contudo, esta segundo o autor
(2017), tem se mostrado falha em sua missão, tornando-se muitas vezes o problema
que objetivava resolver. As escolas tradicionais, apesar de seu intuito de
homogeneização do saber, se mostraram preparadas a receberem uma população
também homogeneizada, ou seja, não havia ali espaço para as diferenças. Diante
disso, como afirma Rodrigues (2017), as escolas ditas especiais originam-se para
atender a demanda relacionada à população que não podia ser atendida pelas
demais escolas.

Para que o processo de inclusão seja assegurado, os direitos dos portadores


de deficiência são garantidos através das leis. De acordo com a Lei nº 13.146, de 6
de julho de 2015, no seu capítulo IV, artigo 27 afirma que

a educação constitui direito da pessoa com deficiência,


assegurados sistema educacional inclusivo em todos os
níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a
alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e
sociais, segundo suas características, interesses e
necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015).

O item XV, do artigo 28, capítulo IV, da Lei citada acima, ao se referir as
atividades físicas, garante o “acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de
condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema
escolar;” (BRASIL, 2015). De acordo com Winnick (2004) a Educação Física
Adaptada, pode contemplar inclusive alunos que não sejam considerados deficientes
pela legislação, mas possuam algum tipo de lesão, problemas de saúde, baixa
aptidão física, entre outras situações.

Para os estudantes com deficiência são necessários vários implementos,


modificação de regras e adaptações para organizar e planejar as atividades, o
profissional deve planejar atividades de forma que a criança participe o máximo
possível e procurar desenvolver habilidades das mais diversas possíveis para que
ela possa um dia participar das modalidades oficiais como arco e flexa (em pé e
sentado), atletismo; basquetebol sobre rodas, tênis em cadeira de rodas, futebol e
muitos outros esportes (PEDRINELLI, 2002).

Atualmente existem correntes que compreendem a necessidade da educação


de pessoas com deficiência de forma integrativa, em que não haveria uma
separação entre escolas regulares e escolas especiais. Como destaca Rodrigues
(2017, p. 74) acerca do assunto

a) "educação no meio menos restritivo possível", inicialmente esboçada nos


Estados Unidos por Lilly (1970) ao defender que a educação de alunos com
deficiências deveria ser realizado na escola regular através da criação de
"envolvimentos diferenciados na sala de aula";
b) a Lei Pública 94-142 dos Estados Unidos, obrigando à educação de todas
as crianças no "meio menos restritivo possível",
c) a perspectiva "não-categorial" enunciada por Smith e Neisworth (1975),
ao desvalorizar as categorias como pressuposto educacional,
d) o conceito de "normalização" desenvolvido por Nirjke (1978), indicando o
desiderato de proporcionar às pessoas com necessidades especiais
condições em tudo semelhantes às que não têm esse tipo de necessidades,
e) o conceito e modelo de apoio subjacente de "necessidades educativas
especiais", avançado pelo relatório Warnock (Reino Unido) em 1978, que
situa nas modificações do currículo e não na colocação especializada a
ênfase na educação de alunos com deficiências.

Salienta-se, contudo, que existem divergências quanto ao modelo de escola


integrativa. Notou-se que ao integrar alunos com deficiências identificadas, estes
recebiam auxílio necessário e podia alcançar o sucesso escolar, em contrapartida
outro público atendido que não possuía deficiências, mas mesmo assim tinha algum
tipo dificuldade de aprendizagem ou comportamental, ficava excluído, visto que não
possuía a mesma atenção (RODRIGUES, 2017).

Segundo explica Krug (2012) elencar vantagens e desvantagens acerca da


educação inclusiva de alunos no ensino regular é preciso analisar diversos fatores, o
que é de fato uma tarefa demasiado difícil. Tal tarefa torna-se difícil devido ao fato
da dificuldade em avaliação a população com deficiência e esta por sua vez possuir
diversas classificações, o que dificultaria o processo de avaliação.

Como afirmam Zittel e McCubbin (1996, apud Krug, 2012), estudos apontam
que a interação social aumenta as chances do desenvolvimento de habilidades
sociais e que o desenvolvimento motor pode ser adquirido tanto em escolas de
ensino regular, como em escolas de educação especial. É importante pontuar que
as escolas de ensino regular propiciam uma melhora nas habilidades sociais dos
alunos, mas que nas escolas de educação especial o aluno tem a possibilidade da
maior atenção do professor, tendo assim uma educação mais voltada ao seu nível
de desenvolvimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Incluir crianças com deficiência no âmbito escolar pode ser considerado muito
mais que um processo de ensino, pois incluir questões relacionadas a respeitar
ideias, situações e obviamente o indivíduo em si. Desta maneira, é importante que
os profissionais que atendem crianças com alguma deficiência, estejam preparados,
não apenas com conteúdos adequados, mas para as diversas situações que podem
ocorrer.
REFERÊNCIAS

ALVES, M. J. A Educação Física no contexto escolar: Interdisciplinarizando o


conhecimento e construindo saberes. Jundiaí-SP, Paco Editorial: 2011.

BETTI, M. e ZULIANI, L. R. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes


pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2002, 1(1):73-
81.

BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

Diniz, Barbosa e Santos http://repositorio.unb.br/handle/10482/8216

MOREIRA, C. E. (organizador) Educação Física escolar: propostas e desafios II.


Jundiaí-SP: Fontoura Editora, 2006.

WINNICK, J. P. Educação física e esportes adaptados. Tradução (da 3. Ed.


Original) de Fernando Augusto Lopes. Barueri-SP: Manole, 2004.

COSTA, M. A. e SOUSA, S. B. Educação física e esporte adaptado: história,


avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e
perspectivas para o século XXI. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 25, n. 3,
p. 27-42, maio 2004.

KRUG, H. N.. A inclusão de pessoas portadoras de necessidades educativas


especiais na educação física escolar. Revista Educação Especial, Santa Maria, p.
15-23, abr. 2012. ISSN 1984-686X. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5130. Acesso em: 04 de
abril de 2019.

PEDRINELLI, V. J. Possibilidades na diferença: o processo de 'inclusão', de


todos nós. Regional da Federação Internacional de Educação Física Adaptada,
2002.

PIMENTEL, S. C. et al. Universidade e escola na construção de práticas


inclusivas. Cruz das Almas/BA: UFRB, 2013. 196 p. Disponível em:
file:///C:/Users/Usuario/Desktop/w/universidade%20e%20escola%20na
%20construcao%20de%20praticas%20inclusivas.pdf. Acesso em: 31 de janeiro de
2018.

RODRIGUES, D. A Educação Física perante a Educação Inclusiva: Reflexões


conceptuais e metodológicas. Boletim Sociedade Portuguesa de Educação
Física, [S.l.], n. 24-25, p. 73-81, maio 2017. ISSN 2184-1594. Disponível em:
https://boletim.spef.pt/index.php/spef/article/view/111/98. Acesso em: 04 de abril de
2019.

 
 

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