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ADVOGADOS ASSOCIADOS
Sexta Avenida, nº 135, Setor Leste Universitário, Goiânia – GO – Fone: (62) 3218-1012
Federal, não lhe bastando a proteção de princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, há limite de dignidade
para o exercício da Administração Pública, embutido no art. 37 da Carta Maior
do País.
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Segundo extrato do CAUC, no dia 31/12/2012 o Município de
Vianópolis estaria pendente quanto à regularidade de tributos e contribuições
federais, regularidade quanto a contribuições previdenciárias, e regularidade
previdenciária.
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O Município de Vianópolis possui personalidade jurídica
própria, sendo responsável por seus atos, mas não pode a pessoa jurídica de
direito público, e todos os munícipes, serem prejudicados pelos desmandos do
ex-gestor público, que não soube tratar com a coisa pública, e deixou de prestar
contas e informações de sua responsabilidade.
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Vale dizer, que os órgãos concedentes e usuários do CAUC,
caso da Impetrada, ao considerarem que os recursos a serem transferidos a
determinado ente da Federação serão alocados em ações sociais, de educação, de
saúde, de assistência social, ou do Fundo Nacional de Segurança Pública, devem
suspender a aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias
decorrente da inobservância de exigências legais, conforme prescreve o § 3º, art.
25 e 26 ambos da Lei Complementar nº 101/1000, verbis:
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momentos antecedentes às liberações das respectivas
parcelas dos recursos, poderão utilizar os registros
constantes do CAUC para verificação do atendimento dos
requisitos legais discriminados nesta Instrução Normativa,
que será atestada mediante juntada ao processo de extrato
do registro no CAUC.
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CADASTRO ÚNICO DE EXIGÊNCIA PARA
TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA - CAUC.
APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO DO TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO. LIMINAR.
1. O município não pode ficar prejudicado pelas
irregularidades praticadas pelo seu administrador.
Impedi-lo de celebrar convênios, inclusive para execução
de obras de infra-estrutura urbana, é transtornar a vida do
munícipe. É certo que as contas têm de ser regularizadas, é
certo que o município deve pagar seus débitos, mas,
também, é certo que o município não pode ter seu
progresso coarctado. (grifei)
2. O administrador, o prefeito, deve comprovar que tomou
as providências necessárias para responsabilizar o ex-
administrador pela má gestão.
3. Agravo improvido.”
(TRF1; AG 2002.01.00.018379-9/MT; Rel. Dês. Tourinho Neto;
DJ de 16/09/2002)
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO.
CONVÊNIO CELEBRADO ENTRE MUNICÍPIO E
ÓRGÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO DE
CONTAS DO GESTOR ANTERIOR.
CANCELAMENTO DO REGISTRO DE
INADIMPLÊNCIA NO SIAFI.
1. Não se mostra razoável privar a sociedade dos recursos
que lhe são destinados constitucionalmente, ou seja,
impedir que os convênios com a União sejam realizados em
decorrência da ausência da prestação de contas do gestor
anterior, uma vez que a responsabilidade administrativa é
pessoal, intransferível e indelegável. (grifei)
2. Agravo de Instrumento improvido.”
(TRF1; AG 2002.01.00.018351-4/MA; Rel. Dês. MARIA ISABEL
GALLOTTI RODRIGUES; 02/02/2004 DJ p.61)
“(...)
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2. Como se sabe, a responsabilidade administrativa é
pessoal, intransferível e indelegável. Admitida a sanção,
esta não pode passar da pessoa do mau administrador e
atingir o município autor e seus habitantes.
3. Note-se, pois, que a manutenção da sanção
administrativa imposta impedirá o Município de receber os
recursos federais oriundos da celebração de convênios.
Inclusive, implicará na imediata suspensão de repasses de
recursos dirigidos a programas em execução, tais como o
PETI que, segundo indica a inicial, atende 636 famílias.
4. Assim, caso não deferida a medida pleiteada,
restarão inegavelmente prejudicados os munícipes, que são
os destinatários das ações viabilizadas através dos recursos
advindos dos convênios.
5. O tempo do processo (periculum in mora), no caso,
corre em desfavor do autor que, sem os recursos de
convênios e repasses de programas, fica impossibilitado de
realizar obras e serviços na área social.” (grifei)
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Ora, se o Ex-Prefeito foi ímprobo no trato com a coisa pública,
qualquer tipo de sanção não poderia, em tese, ultrapassar a sua pessoa. Punir o
ente federativo em decorrência de ato do ex-gestor público é, no mínimo,
privilegiar o infrator, em detrimento da pessoa jurídica de direito público e de
seus administrados.
DO PERICULUM IN MORA
DOS PEDIDOS
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Federal da 1ª Região, no que se refere ao cabimento do mandamus em casos
como o presente.
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Termos em que pede deferimento.
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