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BÁSICOS
DE DESIGN
2003 K S Wildermann
email: wildermann@swish-tutorials.com
Este documento foi elaborado especialmente para o seu uso pessoal. Não deverá ser distribuído ou vendido.
Parte I
GERAL
Em tudo que fizermos, escolhamos apenas um mestre, a Natureza.
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Se o design é bom ou ruim isto depende muito de quem observa. Tanto quanto a música e a
literatura, nosso gosto pessoal pelo design é caracterizado pela nossa cultura, ambiente,
educação, e treinamento. Neste breve tópico nós abordaremos apenas aquilo que é
considerado aceito como um design bem elaborado, pelo ponto de vista ocidental. A razão
por ter optado por esta linha de exposição deve-se ao fato de que a grande maioria, senão
todos, leitores provavelmente são do Ocidente ou estudaram em escolas que ensinam através
do sistema de educação Ocidental, e estiveram expostos à cultura Ocidental.
Design envolve três elementos – cores, formas e texturas. Todos os três devem estar presente,
caso contrário não haverá elementos de design a serem abordados. E as “linhas”, você pode
estar se perguntando. “Linhas” estão inclusas em formas, desde que as formas são delineadas
ou compostas por linhas. Visto que esses três elementos são importantes, vamos dar uma
olhada na melhor maneira de trabalharmos com eles no Design.
Cores
O estudo das cores é uma ciência que se encerra em si mesmo. Abordar esse tema em
detalhes encheria volumes de informação e estaria além da extensão desse tópico e dos meus
conhecimentos limitados. Por exemplo, cores podem ser classificadas como puras, frias e
quentes, dependendo da hora do dia e da iluminação incidente do sol. Esta é uma questão
importante para o conhecimento de Designers de interiores.
As cores podem afetar o nosso humor e a nossa psique sutilmente. Vermelho, por exemplo,
parece aguçar o nosso apetite. Por essa razão tradicionalmente as toalhas de mesa nos
restaurantes são vermelhas, ou pelo menos são compostas em sua maior porcentagem pela cor
vermelha. Também simboliza raiva ou perigo. Azul nos ajuda a sentirmos relaxados,
promovendo uma agradável sensação de paz e harmonia. Amarelo é refrescante, simboliza
alegria, promovendo atividades nas quais usamos o nosso poder de persuasão. Certamente o
amarelo também é associado à covardia. Verde é calmante para nossos olhos e psique, por
isso a natureza nos presenteia com bastante dessa cor em suas formas e florestas.
Infelizmente o homem está destruindo as florestas como se não houvesse “amanhã”.
As principais ou cores primárias são indicadas em vermelho. São elas vermelho, amarelo e
azul, embora atualmente sejam aceitas quatro cores, sendo o verde a quarta cor.
Incidentemente, preto e branco também são consideradas cores, embora não sejam
consideradas tais pelos leigos.
Você poderá criar o seu próprio disco com cores adicionais. Por exemplo, você poderá
acrescentar mais quarto entre cada uma delas, amarelo (Y) e amarelo-esverdeado (YG)
obedecendo as seguintes proporções em porcentagem – 80Y20YG, 60Y40YG, 40Y60YG,
20Y80YG.
Quanto mais variantes você possuir, mais fácil será de reconhecer que cor combina ou
contrasta com qual.
Quaisquer três ou quatro cores adjacentes (Fig B) possuem harmonia entre si. Poderemos
observar isso na Natureza, por exemplo, as flores amarelas entre folhas verdes. Se não
sabemos como combinar cores, seguindo esta orientação será mais seguro. (Fig C) ilustra
uma seqüência de três cores separadas pela terceira. Qualquer uma das combinações
possíveis cria um design sensato baseado na pureza das cores. Entretanto não há a
necessidade de usarmos as três cores, poderíamos usar apenas duas, mas se usarmos duas ou
três cores, algo deve ficar bem estabelecido que somente uma delas deverá ocupar a maior
parte da área a ser preenchida e as outras duas em proporções menores obedecendo a uma
escala em porcentagem.
É interessante observar que o gênio da pintura Leonardo daVinci aconselhou para que
escolhêssemos apenas um mestre (referencial) em tudo o que criamos, Natureza.
Formas
Texturas
Uma pesquisa feita a alguns anos atrás revelou que o que visualizamos em primeiro lugar ao
abrirmos uma mídia impressa (livro, revista,
jornal, etc) é a parte do alto a direita da página
direita. Abra o seu jornal agora e você verá que
isso é verdade.
Distribuindo os elementos
No mundo da propaganda e marketing, qualquer coisa que for escrita para ser publicada ou
gravada é considerada uma cópia. A medida em que estamos publicando nossas páginas na
Internet, devemos usar a palavra “cópia” toda vez que fizermos referência a algum texto.
Geralmente quando indicamos a cópia em uma fonte do tipo serif torna-se mais fácil de se ler
do que, por exemplo, uma fonte do tipo sans serif. Por causa disso é que jornais, por exemplo,
são publicados em uma fonte do tipo serif. Times Roman é um bom exemplo de uma fonte do
tipo serif; Arial do tipo sans serif. Fontes do tipo serif possuem aqueles ornamentos em suas
extremidades, enquanto que as sans serif não. Sans significa “sem”, e serifi é a linha que
cruza a extremidade de uma letra.
Certamente isso não quer dizer que você deva usar sempre uma fonte do tipo sans serif. Se
você estiver certo de que sua cópia fica mais legível em uma fonte do tipo sans serif, então
use esse tipo de fonte.
O que mais precisamos saber para tornar o conteúdo de nossas páginas mais agradável a
visualização para nossos internautas?
Não deveríamos usar mais de duas fontes diferentes. Ao usarmos muito tipo de fontes
diferentes, seria algo parecido como entrar em um quarto cheio de mulheres atordoantes,
você ficaria sem saber para onde direcionar seu olhar. Além disso, o uso de muitos tipos
diferentes de fontes deixaria bem claro que você ainda é um designer iniciante ou que você
não tem o menor senso de como trabalhar com fontes. Isso não trará uma boa impressão para
seus clientes de maneira alguma.
O mesmo se aplica ao uso de cores. Mantenha os seus textos o mínimo colorido possível, pois
o uso de muitas cores faz com que o visual se torne um parque de diversões – agradável de se
ver por alguns minutos, mas logo cansativo aos olhos. Duas cores diferentes é o suficiente na
maioria dos casos, além do que nós podemos trabalhar com duas cores básicas e várias
nuances das mesmas. Vermelho por exemplo, pode ser aplicado em 100% para nossos títulos
e 50% para sub-títulos e cabeçalhos.
Fontes do tipo cursive parecem agradáveis, mas se você a usa de maneira prolongada a leitura
poderá se tornar cansativa. O mesmo podemos dizer com as fontes em itálico. Esse recurso
deve ser usado apenas para textos curtos e talvez para Capitulares, para indicação de
fotografias e diagramas. Textos muito longos não devem ser formatados todos os parágrafos
com capitulares, porque ao faze-lo tornaria a leitura muito difícil.
Outro ponto muito usado é o texto em sua versão negativa. Muitos profissionais atualmente
usam esse recurso. Muitas vezes esse recurso se torna desconfortável se comparado ao texto
normal. Se desejamos usar esse recurso devemos nos assegurar que:
1] usamos uma fonte do tipo sans serif ( o tipo serif torna-se melhor visualizado se colocado
em um tamanho bem destacado, eu diria, no mínimo 24 pontos para uma página da web)
2] o tamanho da fonte é bem maior do que o corpo de texto normal.
3] nossa cópia não é tão longa
4] o fundo do texto contrasta de maneira suave e harmoniosa com a cor da fonte.
Provavelmente o pior crime cometido por um designer é colocar o texto sobre um fundo
cheio de detalhes que competem com as letras pela nossa atenção.
É uma boa idéia dar uma olhada em publicações já conceituadas tais como National
Geographic, Life, Seleções, Time, etc para que se tenha uma idéia de como dispor o nosso
conteúdo em uma página. Certamente, algumas destas técnicas não serão possíveis de se ter
em uma página da web, mas lhe darão boas idéias de como desenvolver o layout.
Part III
WEB SITE DESIGN
Eu pessoalmente já tive a experiência de navegar por sites pessoais onde eu tive que esperar,
e esperar e esperar para que a página inicial estivesse totalmente carregada. Há sempre
“marquees”, luzes piscando, applets Java mostrando todo o conteúdo imaginável, cupidos
voando e setas sendo atiradas em corações em movimento, fotos do proprietário do site, e até
mesmo de toda sua família e ascendência, desde o Homo erectus ou desde que o Mayflower
baixou âncoras no Cabo Bacalhau, músicas barulhentas, e infinitas. Na realidade, até mesmo
o fundo cheio de imagens repetitivas demorava uma eternidade até ser completamente
carregado.
Eu já estive também em alguns sites comerciais que pareciam carregar um fascículo inteiro
da Enciclopédia Britânica ou quem sabe um manuscrito de “E o vento Levou”, tudo
devidamente disposto na página de entrada. Caso já houvesse ou não carregado todo o
conteúdo do site no meu cache, o sistema de navegação deles me deixava à vontade para
adivinhar ou tentar outra alternativa.
Moral da história: A nossa página inicial pode levantar ou derrubar o nosso site inteiro
Se você pretende que seus visitantes permaneçam no site e continuem navegando, esteja certo
de que sua primeira página prenda a atenção deles e aguce a sua curiosidade. Conforme ao
escrever, a regra KISSS (mantenha-o curto e doce, estúpido) se aplica aqui. Certamente sem
contar que todas as suas outras páginas também devem ser interessantes, ou no mínimo,
conter alguma informação que as pessoas desejem ler.
Lembre, que aquilo que para você pode ser um design espetacular, pode não ser para os
outros. Não porque você seja incapaz, mas porque você está imerso em seu trabalho você
poderá negligenciar certos itens pequenos, mas muito importantes. Ainda que a maioria de
nós costuma ter esse tipo de atitude, não se preocupe, escolha alguns amigos em quem você
confia para que eles dêem sua opinião sincera e honesta e façam uma crítica do seu site. Não
peça isso a sua namorada ou namorado, mãe, pai, irmã, irmão, esposa ou marido. Caso o seu
layout não esteja agradável, eles jamais diriam isso para você.
Muitos de nós iniciamos com o nosso web site pessoal ou o que comumente chamamos de
Home Page. (Eu prefiro usar o termo home page porque na realidade trata-se realmente da
primeira página de nosso site). Entretanto não devemos demorar muito na questão do design
de nosso web site pessoal, até mesmo porque a maior parte dos conceitos usados para a
criação de sites comerciais, também são aplicáveis nesse caso.
Obviamente existem dois tipos de web sites pessoais. Um é um veículo para que nós
meramente estejamos divulgando nossas informações pessoais com quem quer que seja que
deseje conhece-las. A outra é para nos promover de uma maneira suficiente que venhamos ter
recursos financeiros suficientes para não terminarmos em uma fila de sopa qualquer.
Se for para nos promover, deve ser então formal – porque provavelmente nós não desejamos
que nossos clientes pensem que somos frívolos, ou queremos? – e nesse caso usamos o
máximo da nossa habilidade. Depois de tudo, nossos clientes potenciais irão julgar nossa
habilidade baseado naquilo que eles estão vendo nos sites criados por nós.
A menos que estejamos desenvolvendo um site para uma indústria de entretenimento, nosso
design deverá refletir seriedade, um tom de oficial de negócios. Entretanto isso não
significará páginas e mais páginas de entendiantes textos e imagens. Com o advento do
HTML, filmes em Flash, usando as cores, as formas e texturas de maneira inteligente, e um
bom design do layout, nós poderemos elaborar páginas bem feitas contendo uma grande
variedade de informações e de fácil visualização e leitura.
Elaborar um web site parece um pouco como construir uma casa ou projetar uma máquina.
Precisamos primeiro planejar o seu conteúdo e seu visual. A quantidade e quais textos
usaremos? Que tipo de imagens (diagramas e fotografias) serão usadas e quantas são? Quais
imagens ilustrarão ou acompanharão qual parte de qual texto? Usaremos tabelas, efeitos
sonoros, musicas, animações? Temos que lidar com esses itens de maneira sistemática para
que posteriormente seja mais fácil de distribuirmos o conteúdo do nosso site.
Havendo definido os itens mencionados acima, poderemos então prosseguir fazendo alguns
rascunhos rudimentares das páginas. Um bloco de notas e canetas coloridas serão necessárias.
No universo da propaganda, esses rascunhos são chamados de “scamps” (patifes – numa
tradução literal, correspondendo na linguagem coloquial brasileira aos “bonecos”) e nos
darão uma idéia de como o conteúdo do nosso site ficará.
Coloque os “bonecos” sobre a mesa,
estude-os cuidadosamente, e faça um
julgamento imparcial do que necessita
ser removido, adicionado,
reposicionado ou substituído.
Finalmente, começamos a desenvolver nossas páginas. Você irá perceber que necessita de
algumas alterações, mas provavelmente serão bem menores. O seu trabalho será bem mais
fácil e simples.
Grandes corporações normalmente prestam muita atenção para a imagem que os sites
apresentam para o público. Elas valorizam a sua identidade visual tanto quanto preservam os
seus patrimônios materiais, e geralmente são muito exigentes em relação ao seu logotipo e
cores corporativas, sendo fiéis a um manual de identidade visual.
De que forma esses itens devem ser usados, geralmente vem especificado cada detalhe em
um documento chamado manual de identidade visual. (Incidentemente, em uma companhia
onde eu passei a maior parte da minha vida profissional e a qual estava entre as 10 mais
eleitas da revista Fortune 500, tão certo quanto eu possa me lembrar, o manual possuía 1½” /
4cm de espessura.) Como todo bom manual, geralmente traz um detalhe minucioso de
quantos milímetros a “logo” deve ficar posicionada no topo do canto esquerdo dos cartões de
visita (ou no canto direito) da companhia em questão, que tipo de fonte e tamanho deverão
ser usados na confecção de material impresso tais como papel timbrado, folders, catálogos e
etc, bem como a profundidade largura, cores corporativas a serem usados na sinalização
interna ou em seus veículos.
*Palavras chave são colocadas no cabeçalho do nosso script em html. As palavras deverão ser aquelas as quais
os internautas provavelmente digitariam em um campo de busca quando estivessem procurando por um site com
a mesma classificação que o nosso. São colocadas entre símbolos. Abaixo você poderá ver um exemplo típico.
<meta name="PALAVRACHAVE" content="animações em flash turoriais de swish sons edição de imagens
rasterizadas e vetorizadas">
O que precisamos
Se o nosso desejo é desenvolver um layout profissional, teremos que ter vários tipos de
programas além do Swish. Por exemplo, é recomendável que se tenha mais do que o
Photoshop como editor de imagens. Ainda em tempo, Photoshop edita imagens rasterizadas,
e precisamos de algum outro programa que edite imagens vetoriais. Pessoalmente eu prefiro o
Adobe Illustrator, o qual uso para criar a maioria dos meus gráficos ou modificar letras e
exporta-las no formato “swf” para que sejam inseridas no meu arquivo “swi”. Essas imagens
se tornam editáveis dentro dos filmes que criamos também.
Além de editores de imagem, será necessário que tenhamos um editor de sons. Como todo
tipo de programa existe uma gama infinita deles no mercado. Escolha algum que esteja
dentro de suas condições financeira e que seja também popular. Lembre-se, embora, esses
programas não sejam baratos, nada que é barato é bom.
Estas são as ferramentas básicas. Conforme prosseguimos e ganhamos experiência,
poderemos optar por outros programas como aqueles usados para animações em 3D, sons, e
para a conversão de diferentes tipos de formatos.
Enquanto estamos ainda tratando deste assunto, por favor, tenha cuidado em relação alguns
editores de html, porque os mesmos têm o péssimo hábito de removerem códigos que não são
reconhecidos pelos mesmos, mesmo que os códigos estejam corretos. Seria talvez uma boa
idéia se pudesse aprender a lidar com os códigos da sua página para edita-los caso
eventualmente seja necessário. Para informação geral, dê uma busca sobre XML e SGML na
internet. Trata-se de extensões para o html.
Navegação
Incidentemente, existe um site especializado em testar os links de nossos sites. É uma boa
idéia fazer uma consulta neste momento e depois. Faça uma busca em sites populares tais
como o Google, por tal site.
Animação
Animações ajudam a dar um visual mais interessante nas páginas, mas nunca exagere, pois os
visitantes podem ficar exaustos. Devemos limitar as animações para não distrair nossos
visitantes do conteúdo que é o mais importante, e também para não irritá-los. É óbvio que no
caso da animação ser o único conteúdo então esta parte é irrelevante.
Medida em bytes
Aparentemente, algumas pessoas ainda insistem que as páginas não devem ultrapassar o
tamanho de 45Kb. Eu tenho quase certeza que essa regra foi introduzida quando a maioria
dispunha de conexão dial up em um modem de 14.4K. Atualmente com conexões bem mais
velozes e banda larga com acesso mais facilitado, talvez fosse melhor incrementar esse
tamanho para no mínimo 100Kb. Tenha em mente, que a página inicial deverá ser o menor
(sabedoria em bytes) possível sem comprometer todo o esquema.
Caso tenhamos uma página inicial relativamente grande (em bytes), por exemplo, devido à
música que usamos em um determinado filme, talvez devêssemos acrescentar um carregador
(recurso visual que retém a atenção do visitante durante o tempo em que o filme é carregado
no cache). Por falar nisso é uma atitude delicada e educada se colocarmos no carregador o
tamanho do filme que está para ser visualizado. Não queremos frustrar o visitante sem deixar
que ele tenha o conhecimento exato de quanto tempo ele ainda deverá aguardar, pois do
contrário após alguns minutos o mesmo provavelmente irá clicar no botão de voltar, enquanto
que as vezes restava apenas 1 ou 2 segundos para serem carregados.
Agradar a todos – este é o principal alvo do designer ao desenvolver web sites – é uma idéia
muito agradável se você puder segui-la. Se você realmente deseja faze-lo, deverá
primeiramente descobrir as limitações e idiossincrasias dos diversos tipos de browsers que
podemos encontrar hoje na Internet, então fazermos layouts com linguagens diferentes para
cada página. Ou faça apenas um layout que se encaixe nas especificações de todos os tipos de
browsers. Se você optar pela primeira opção, eu desejo boa sorte – porque, na minha opinião,
você acabará desenvolvendo um site enfadonho. Entretanto parece que mais de 95% dos
usuários de computadores preferem o Internet Explorer.
Em algum ponto da sua carreira, os clientes lhe pedirão que desenvolva uma logo ou que
desenvolva algum tipo de slogan. Eu estou incluindo estes itens neste “guia” porque já
observei diversos logos mal confeccionados e fáceis de serem esquecidas e também muitas
frases ineficiente e infantis associadas à imagem corporativa.
Logo
Devemos nos lembrar que uma logo é o alter-ego de uma entidade. Geralmente vemos uma
empresa associada à imagem de seu logo. Vamos mencionar, por exemplo, IBM, e
automaticamente já visualizamos aquele acrônimo renderizado em azul com hélices brancas a
correr horizontalmente através dele. Mencionamos Ferrari, e visualizamos um cavalo
empinado. A lista continua...
Se escolhermos criar um gráfico para o logo que estamos elaborando, então a imagem deverá
ter relação com o logo, ainda que de uma maneira simples e abstrata, para aquilo que a
companhia desenvolve, sua estrutura, ou seu fundador. Por exemplo, Ford no logotipo da
Ford. A maioria, senão todos, sabemos exatamente quem foi o sr.
Henry Ford. Outro exemplo é o gigante conglomerado britânico-
holandês Royal Dutch-Shell Group, o qual tem uma concha em
seu logo. Isso se dá porque o seu fundador, sr. Marcus Samuel,
iniciou o seu negócio importando e comercializando conchas do mar. Ele resolveu
casualmente investir em óleo e o resto todos nós já sabemos. Durante a era Vitoriana, as
conchas eram muito caras na Inglaterra e em algumas partes da Europa, por se tornarem
ornamentos, caixas de jóia, botões e escovas de cabelo. Hoje em dia aquele pictograma é
reconhecido em pelo menos uns 200 países ao redor do mundo. A Logo da Volkswagen é tão
simples quanto o carro era originariamente por ser o carro popular (Volkswagen), um veículo
utilitário das massas. Tudo o que temos aqui é uma letra “V” apoiada sobre uma letra “W”
ambas dentro de um círculo. É muito fácil de se lembrar. Uma maçã comida em parte é o
sinônimo do Macintosh do Steve Job’s.
Um logo deve ser simples e única de maneira
que permaneça fixa em nossa memória após
uma ou duas visualizações.
Note como estas bem conhecidas corporações tendem a ter um logo simples de fácil
memorização, enquanto que obscuras, dez entre doze companhias possuem logos complexas
e de difícil assimilação. Isso nos ensina muito.
Frases de efeito
Você provavelmente não será requisitado a criar algum slogan ou frase de efeito, caso o seu
cliente seja uma grande corporação, porque essas empresas geralmente possuem um contrato
com agências de publicidade. Você só será requisitado a faze-lo caso o seu cliente seja de
pequeno ou médio porte. O que é uma frase de efeito?
Uma frase de efeito é uma breve frase colocada abaixo do logo da empresa ou do logotipo.
Ou em alguns casos diretamente ligada ao nome da empresa. Nike’s Just Do It é um exemplo.
Uma frase simples, certo? Você também poderá criar alguma frase bem poderosa para o seu
cliente certo? Hmmmm... Se eu fosse você, pensaria muito cautelosamente a respeito disso.
Ao mesmo tempo em que não devemos subestimar nossa capacidade, também não devemos
nos supervalorizarmos. Muito embora haja alguns poucos de nós que conseguem escrever tão
bem quanto são designers, não se trata da maioria. Estaremos prontos para criar designs
premiados, mas isso não significa necessariamente que estamos aptos para a mídia escrita.
Ainda que possa lhe parecer estranho, até mesmo pessoas cuja língua de origem é inglesa e
possui mestrado no idioma por algum motivo pode não estar apta a escrever textos em sua
própria língua. Provavelmente a maioria possa escrever um pouco sem que sejam feitas
grandes exigências gramaticais e idiomáticas. Entretanto muitos se perdem quando se trata de
textos especializados e técnicos. Mesmo Bacharéis ou formandos de Universidades podem
tranformar em cópias que deixaria qualquer um apreensivo, textos de rádio, filmes ou até
mesmo bestsellers!
Escrever frases de efeito e slogans exige que se tenha muita experiência em escrever.
Redatores em agências respeitáveis são as pessoas mais qualificadas para desenvolverem esse
tipo de trabalho. Eles são treinados a usar as palavras certas para indicar determinadas coisas,
de maneira precisa e mais curta possível. Eles podem pintar milhares de imagens com uma
única palavra. Então, diga a um redator o que você realmente deseja, faça-o sorrir com
alguma boa proposta. Valerá mais a pena, eu posso lhe assegurar.
Conclusão – Aumentando o seu valor
Saber muito sobre algo e algo sobre muito também é um dos segredos do sucesso.
Outra coisa a ser fixada é que os nossos clientes geralmente preferem lidar com o menor
número de pessoas que for possível, por isso a grana, o larjã, o dinheiro que iria geralmente
para a Mary, Jane, Sally, Tom, Dick e Harry irá para você ao invés disso.
Boa Sorte! Que trabalho em cima de trabalho possa vir para você, que o farão rir de alegria, e
também ao seu gerente. Quando, - não se, mas quando, ok? – se isso acontecer, me paga uma
xícara de café, pode ser? ☺