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Princípio da Continuidade.

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. FORMA DE


DISSOLUÇÃO CONTRATUAL. JUSTA CAUSA. A imposição da maior penalidade aplicável
ao empregado, consistente na rescisão do contrato por justa causa, norteia-se pelos
princípios da atualidade, proporcionalidade, gravidade e caráter determinante,
necessitando, ainda, da produção de prova robusta sobre o cometimento da infração.
Por força, também, do princípio da continuidade da relação de emprego que vigora no
Direito do Trabalho, é ônus do empregador demonstrar, de forma inequívoca, a
presença dos motivos e dos requisitos ensejadores da referida modalidade de
dispensa. Assim, ausente prova robusta da dispensa motivada aplicada, não há que se
falar em violação dos dispositivos de Lei e da Constituição indicados. Agravo de
instrumento conhecido e desprovido" (AIRR-46-10.2016.5.23.0051, 3ª Turma, Relator
Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 13/03/2020).

Comentários:

Em regra, os contratos de trabalho são em tempo indeterminado, pois presume-se que


o empregado necessita desse meio de subsistência. Fora dessa regra, as exceções
necessitam ser de forma expressa (termo). Qualquer exceção da regra de
continuidade, tem que demonstrar. É ônus do empregador mostrar de forma
inequívoca a presença dos motivos e dos requisitos ensejadores da referida
modalidade de dispensa. Coisa que o empregador neste caso não o fez, pois prova
testemunhal não é o bastante para comprovar a justa causa ensejadora da demissão.

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