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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL

DA____VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE SÃO BERNARDO DO


CAMPO – SP.
 
 
 
 
 

FULANO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, CTPS nº. xxx,


inscrito no CPF nº xxx, RG xxx, PIS nº xxx, Celular (11) xxx, e-mail xxx,
residente e domiciliado na xxx, na Cidade de xxx, CEP xxx, vem, com a
presente, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu
Advogado sub firmado (doc. 01), interpor pedido de ALVARÁ PARA
LEVANTAMENTO INTEGRAL DO FGTS, em face da CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL – CEF, com endereço para intimações na Rua xxx, nº. xxx,
Centro, São Bernardo do Campo – CEP xxx, pelos fatos e fundamentos que
passa a expor:
1 – Da assistência judiciária gratuita. O Suplicante é pessoa pobre na
verdadeira expressão da palavra, estando inclusive desempregado, não
dispondo de condições para o sustento próprio e da família, consoante
consta da incluída declaração de pobreza (doc. 02) e como consta dos
poderes outorgados no incluso instrumento de procuração (doc. 01), pelo
que necessita e requer lhe seja concedido os benefícios amplos da
Assistência Judiciária Gratuita.
1.1 – C. TST, para adequar-se à disposição do NCPC, converteu a OJ 304 na
Súmula 463, com o seguinte conteúdo:

“Súmula nº 463  do TST


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC
de 2015) – Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada –
DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita
à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada
pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com
poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);

II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a


demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas
do processo”.
 

1.2 – A Lei 13.467/2017, alterou os parágrafos do art. 790, da CLT, passando


a vigorar com o seguinte conteúdo:
 

“Art. 790.  (…)

 3oÉ facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do

trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o

benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos,

àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento)

do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência

Social. (destaque nosso.
 4oO benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (Grifo nosso).
 

1.3 – O teto previdenciário a que se refere o § 4º do artigo 790, da CLT, na


data da propositura da presente reclamação trabalhista é de R$6.101,00 do
site: www.previdencia.gov.br). Logo, o valor de R$2.440,40, refere-se aos 40%
do teto previdenciário. O suplicante, percebia por último de sua
empregadora o valor mês de R$xxx, abaixo dos 40% do Teto Previdenciário.
1.4 – O suplicante é pessoa pobre, na verdadeira expressão da palavra, está
desempregado, e foi despedido), sendo certo que a sua empregadora não lhe pagou
as verbas rescisórias, alegando dificuldades financeiras, estando o obreiro,
por consequência, em situação financeira debilitada, razão pela qual não
tem como suportar pagamentos de despesas processuais e honorários
advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e da família, pelo que, nos
termos dos §§ 3º e 4º, artigo 790 da CLT, deve gozar dos benefícios da Gratuidade
de Justiça.
1.5 – Mesmo que assim não fosse, por outro lado, o acesso ao Poder
Judiciário é assegurado inclusive aos pobres, consoante art. 5º., inciso XXXIV,
letra “a”, LXXIV, art. 3º., III e IV, ambos da Constituição Federal.  Logo, é
assegurado a todo aquele que declarar não dispor de meios para pagar
despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio e da família,
exatamente como fez o obreiro suplicante(doc. 02).
                                              1.6 – A gratuidade de Justiça é uma forma de dar
efetividade ao disposto no preâmbulo e no inciso II do artigo 1º, inciso II,
artigo 4º, da Constituição Federal, como o disposto na Lei 9.534/97 e no
Decreto 678/92, que promulgou o “Pacto de São Jose da Costa Rica”, como
também no artigo 129 da Lei 8.212/91 e artigo 790, §§ 3º e 4º da CLT,
que asseguram direito à cidadania e a dignidade da pessoa humana, pois se não
for assegurado o direito de acesso ao judiciário ao pobre, logo, restará negado o
exercício da cidadania como a garantia de dignidade ao ser humano.
1.7 – Finalmente, o acesso à justiça significa não apenas o mero ingresso
em juízo em face da obediência ao princípio da inafastabilidade de
jurisdição garantido ao cidadão, mas, sobretudo, o acesso do indivíduo ao
devido processo legal, o direito de ser ouvido por um órgão imparcial, o direito de
produzir provas e de obter uma tutela adequada, efetiva, tempestiva e justa, como
bem afirmou o Desembargador do TRT da 15ª. Região, LOURIVAL FERREIRA
DOS SANTOS, em sua obra “A Justiça do Trabalho e a sua vocação
conciliatória” – In Revista LTr, 76-05/566/2012.
                                               1.8 – Diante do exposto o Obreiro(a) pleiteia desde
logo, lhe seja assegurado os benefícios integrais da Assistência Judiciária
Gratuita.
1.9 – AINDA EM GRATUIDADE DE JUSTIÇA – PEDIDO DE CONTROLE
DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. Em continuidade, e apenas na
hipótese de Vossa Excelência entender pela inaplicabilidade da comprovação pela
via de declaração, o suplicante, irá requerer, por cautela, a análise incidental
de sua constitucionalidade.
1.9.1 – Além disso, o suplicante também irá requerer, na hipótese do
julgamento da ADI 5.766, por ainda não ter terminado, a análise incidental
dos absolutamente teratológicos §4º do art. 791-A, e §4º do art. 790-B,
caput, e o faz para que a Justiça Gratuita seja concedida sem necessidade
de comprovação (art. 790 § 4º), e para que, uma vez concedida, que não
sejam aplicáveis as limitações impostas (art. 790-B, caput e § 4º, e § 4º do art.
791-A) pela Lei 13.467/17.
1.9.2 – Acerca da possibilidade do controle difuso de constitucionalidade
nesta especializada, Excelência, vale citar o que restou consignado no
Enunciado nº 2 da Comissão nº 1 da 2º Jornada de Direito Material e
Processual do Trabalho promovida pela Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra) entre os dias 9 e 10 de outubro de 2017:
“INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DA LEI 13.467/2017 Ementa OS JUÍZES
DO TRABALHO, À MANEIRA DE TODOS OS DEMAIS MAGISTRADOS, EM
TODOS OS RAMOS DO JUDICIÁRIO, DEVEM CUMPRIR E FAZER
CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO E AS LEIS, O QUE IMPORTA NO EXERCÍCIO
DO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE E NO CONTROLE
DE CONVENCIONALIDADE DAS LEIS, BEM COMO NO USO DE TODOS OS
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO/APLICAÇÃO DISPONÍVEIS.
[…] (grifamos).
1.9.3 – De qualquer forma, o Suplicante genuinamente lamenta, Excelência,
o fato de ser obrigado a apresentar razões processuais tão longas nesta
especializada, porém, a possibilidade real de advir prejuízo em decorrência
de uma legislação em grande parte inconstitucional, não poderia deixar
margem para atitude diversa.
1.10 – AINDA EM GRATUIDADE DE JUSTIÇA – AGRESSÃO AO DIREITO
DE ACESSO À JUSTIÇA. O acesso à justiça é o primeiro dos direitos do ser
humano a ser efetivamente assegurado, pois através de seu exercício é que
serão reconhecidos os demais. Dentre as regras de direito processual
introduzidas pela nova legislação encontram-se vários dispositivos que
possuem a nítida e declarada intenção de inviabilizar o acesso ao judiciário.
1.10.1 – Tais disposições referidas contrariam de forma direta e
incontestável o mandamento constitucional, na medida em que dificultam a
concessão e tornam a Justiça Gratuita parcial, limitando drasticamente seu
alcance e efeitos. Vejamos, então, com a brevidade possível, cada uma das
inconstitucionalidades específicas que se requer que sejam declaradas
incidentalmente, iniciando pelo disposto no artigo 790, § 4º do CPC:
[..] § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.” (NR) 
1.10.2 – Em sentido diametralmente oposto, Douto Julgador, o CPC de 2015
previu expressamente no § 3º de seu artigo 99 que:

“§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente


por pessoa natural”. 
1.10.2.1 – Então, Douto/a Magistrado/a, esta é a regra do processo civil,
onde não se considera, pelo menos não à princípio, que as partes estejam
em condição de desigualdade. De outro lado, no Direito do Trabalho, que é
(ou pelo menos era, até o advento da dita Modernização Trabalhista) norteado
pelo princípio da proteção, será necessário agora que o
trabalhador comprove que não possui condições de arcar com os custos do
processo.
1.10.2.2 – Procedendo de tal forma, a legislação trabalhista, ao conceder
incomparável vantagem ao litigante no processo civil, além de ofender
diretamente os incisos LXXIV, LIV, LV e XXXV, também ofendeu o princípio
da igualdade constante no caput do artigo 5º da CF, ofendendo, ainda,
outras disposições legais, constitucionais e convenções internacionais, as
quais estão consignadas expressamente em capítulo específico adiante.

1.10.3 – Destarte, requer desde já a declaração incidental de


inconstitucionalidade do § 4º (inteiro) do art. 790 da Lei 13.467/17, com
aplicação subsidiária do CPC (especialmente do art. 99 § 3º) para a
concessão da Justiça Gratuita.

1.11 – DAS REGRAS DO ART. 790-B CAPUT E § 4º, E O § 4º DO ART. 791. Na


observância da garantia efetiva ao direito de gratuidade de justiça, o
Ministro Edson Fachin do STF, assim se manifestou:
“… Assim sendo, impõe-se, nesse contexto, uma interpretação que garanta a
máxima efetividade desse direito fundamental, sob pena de esvaziar-se, por meio
de sucessivas restrições, ele próprio e todos os demais direitos por ele assegurados.
(Voto do Ministro Edson Fachin no julgamento da ADI 5766, que julga a
constitucionalidade da Reforma Trabalhista no que tange aos dispositivos
questionados neste capítulo). Destaque nosso. 
1.11.1 – Antes da chamada Modernização Trabalhista, o artigo 790-B da CLT
estabelecia que o pagamento dos honorários periciais seria da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça
gratuita. Agora, numa inversão completa dos valores constitucionais, o
referido dispositivo passou a determinar o pagamento ainda que o
sucumbente seja beneficiário da justiça gratuita.
1.11.2 – Trilhando mesma linha de restringir o acesso ao Poder Judiciário
pelo trabalhador hipossuficiente, o § 4 do artigo em questão estabelece a
possibilidade de descontar os honorários periciais dos créditos auferidos
pelo trabalhador, ainda que em outro processo.
1.11.3 – Tratando acerca dos honorários de sucumbência, a mesma
situação repete-se no § 4º do art. 791-A, ou seja, o beneficiário da Justiça
gratuita apenas será isento de pagamento caso “não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa […]” .
1.11.4 – Tais normas, Excelência, ignoram o fato de que a Justiça Gratuita,
quando concedida, não pode ser limitada em hipótese alguma, sob pena de
clara violação ao art. LXXIV da CF, que estabelece, expressamente, que a
assistência jurídica deve ser integral. Neste sentido foi o lúcido e
alvissareiro voto do Ministro Edson Fachin:

“As limitações impostas pela Lei 13.467/2017 afrontam a consecução dos objetivos
e desnaturam os fundamentos da Constituição da República de 1988, pois
esvaziam direitos fundamentais essenciais dos trabalhadores, exatamente, no
âmbito das garantias institucionais necessárias para que lhes seja franqueado o
acesso à Justiça, propulsor da busca de seus direitos fundamentais sociais,
especialmente os trabalhistas.” (Voto do Ministro Edson Fachin dando provimento
à ADI que julga a constitucionalidade da Reforma Trabalhista no que tange ao
acesso à Justiça). Destaque nosso. 
1.11.5 – Também neste sentido a orientação hermenêutica do Enunciado nº
3 da Comissão nº 7 da multicitada 2º Jornada de Direito Material e Processual
do Trabalho promovida pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça
do Trabalho (Anamatra), no sentido de que:
“HONORÁRIOS E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA Ementa – É
INCONSTITUCIONAL A PREVISÃO DE UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS
TRABALHISTAS RECONHECIDOS EM JUÍZO PARA O PAGAMENTO DE
DESPESAS DO BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA COM
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS OU PERICIAIS (ARTIGOS 791-A, § 4º, E
790-B, § 4º, DA CLT, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.467/2017),
POR FERIR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA E INTEGRAL, PRESTADA PELO ESTADO, E À PROTEÇÃO DO
SALÁRIO (ARTIGOS 5º, LXXIV, E 7º, X, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL)”. Destaque nosso. 
1.11.6 – Destarte, na hipótese de ainda não se ter concretizado o
julgamento da ADI 5766, requer desde já a declaração incidental de
inconstitucionalidade da expressão “ainda que beneficiária da justiça
gratuita”, do caput, e do § 4º (inteiro) do art. 790-B da CLT, bem como da
expressão “[…] desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro
processo, créditos capazes de suportar a despesa […]” encontrada no § 4º
do art. 791-A da CLT.
1.12 – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA E AS DISPOSIÇÕES LEGAIS,
CONSTITUCIONAIS, E TRATADOS INTERNACIONAIS VIOLADOS. E DAS
PROVAS CAUTELARES. O suplicante requer desde já o reconhecimento
incidental, em sede de controle difuso de constitucionalidade, das normas
elencadas anteriormente, todas por limitar o direito fundamental de acesso
à Justiça, ofendendo diretamente o artigo 5º, caput, e incisos XXXV, LXXIV,
LIV, LV e XXXV da Magna Carta, além de ofender os artigos 1º, incisos III e IV,
o artigo 3º , incisos I e III, e 7º, IV e X, e art. 9º também da CF, bem como os
princípios da proteção e da regra mais favorável ao trabalhador, o artigo 8,
item 1, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, os artigos 8 e 10
da Declaração Universal dos Direitos do Homem, e o artigo 14, item 1, do
Pacto Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos, tudo para que a Justiça
Gratuita seja concedida sem necessidade de comprovação, e sem as
limitações citadas anteriormente.
1.12.1 – Ademais ainda, o suplicante informa que recebeu como
último salário, o valor de xxx, inferior ao mínimo necessário para a
existência digna do trabalhador e de sua família, o qual, segundo estimativa
do Dieese para setembro de 2019, era de R$ 3.980,82.
1.12.2 – O suplicante, por derradeiro presta as seguintes informações: a) é
casado e possui filhos (docs. Xx e xx); b) paga aluguel onde reside (doc. Xxx;
c) não possui bens, como consta da inclusa declaração de IR (doc. Xxx).

1.12.3 – O suplicante está desempregado, estando amparado seu pleito na


tese nº 5, da Comissão nº 4-B, no XIXº Conamat (Congresso Nacional da
Magistratura do Trabalho), ocorrido em 2018, no sentido de que:

“JUSTIÇA GRATUITA. AUTOR DESEMPREGADO. PRESUNÇÃO DE


INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS. DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO
POR OUTROS MEIOS. ESTANDO DESEMPREGADO O AUTOR DA
DEMANDA TRABALHISTA, PRESUME-SE A INSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA, INDEPENDENTEMENTE DO ÚLTIMO SALÁRIO
PERCEBIDO OU DE QUALQUER OUTRA PROVA DOCUMENTAL,
BASTANDO A MERA DECLARAÇÃO DO INTERESSADO PARA A
CONCESSÃO DA BENESSE (ART. 99, §3º, CPC/15). DIREITO
CONSTITUCIONAL QUE DEVE SER ASSEGURADO A TODOS QUE SE
ENCONTREM EM SITUAÇÃO DE DESEMPREGO”. (Comissão 4-B. Reforma
Trabalhista: acesso, garantias processuais e efetividade Status Aprovada Conamat
Tipo Individual – sem grifos no original). Destaque nosso.
 
                                               1.12.4 – Por fim, caso Vossa Excelência entenda
que não foram atendidos os pressupostos para a concessão dos benefícios
da Justiça Gratuita, requer ainda que seja concedida a oportunidade para que
o Reclamante complemente com os documentos que Vossa Excelência julgar
necessários e aptos para a comprovação, nos termos do § 2º do art. 99, in fine do
CPC, para que lhe seja concedido os benefícios da assistência judiciária plena.
2 – DA COMPETÊNCIA. Com o advento da Emenda Constitucional nº 45, a
competência material da Justiça do Trabalho, além dos dissídios individuais
e coletivos decorrentes da relação de emprego, abarca os litígios oriundos
da relação de trabalho, nos termos do art. 114, inciso I, da Constituição
Federal, que assim disciplina:
“as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público
externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios”.
2.1 – Ademais, o art. 109, I, da Constituição da República aduz que:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:


I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal
forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as
de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
do Trabalho”. Destaque nosso.
2.2 – Infere-se, portanto, pela competência material da Justiça do Trabalho
para autorizar os saques pelo trabalhador na conta vinculada do FGTS. Está
superada, a nosso sentir, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.

3 – DOS FATOS QUE AMPARAM O PRESENTE PEDIDO. A grave situação


da Pandemia em nível mundial, causada pelo COVID-19, motivando,
inclusive, o Governo Federal a decretar no estado de Calamidade Pública
por meio do Decreto Legislativo nº 6, de 2020.
3.1 – É de notório conhecimento os efeitos nefastos da pandemia na
economia brasileira, impedindo a normal continuidade das atividades
comerciais, impactando especialmente o Autor que, por ser também
pessoa pobre.

3.2 – Para diminuir os impactos da crise tem a liberação do FGTS como


única saída.

4 – DOS FATOS. O suplicante, na via administrativa requereu junta à ré –


Caixa Econômica Federal, o levantamento de todos os valores constantes
em sua conta por FGTS, como consta do incluso documento (doc. xxx).
4.1 – A ré em resposta negou o pedido formulado, alegando em resumo,
não haver base legal para o pleito.
4.2 – A decisão da ré, fere elementares regras de direito, pois vejamos:

5 – DO DIREITO. A Lei nº 8.036/90, de forma muito clara, dispõe em seu


artigo 20, sobre as hipóteses de movimentação da conta vinculada do FGTS.
5.1 – O STJ já firmou entendimento que referido dispositivo elenca apenas
um rol exemplificativo, permitindo-se interpretação extensiva quando
relacionado ao princípio constitucional de proteção à finalidade social do
fundo, in verbis:

“(…) o Superior Tribunal de Justiça já assentou que o art. 20 da Lei n. 8.036/90


apresenta rol exemplificativo, por entender que não se poderia exigir do legislador
a previsão de todas as situações fáticas ensejadoras de proteção ao trabalhador,
mediante a autorização para levantar o saldo de FGTS. (…) Esta Superior Corte
tem entendimento firmado de que, com base no art. 35 do Decreto n. 99.684/90,
que regulamentou o art. 20 da Lei n. 8.036/90, permite-se utilizar o saldo do FGTS
para pagamento do preço de aquisição de moradia própria, ainda que a operação
tenha sido realizada fora do Sistema Financeiro da Habitação, desde que se
preencham os requisitos para ser por ele financiada (…). 11. Por isso, têm direito
ao saque do FGTS, ainda que o magistrado deva integrar o ordenamento jurídico,
em razão de lacuna na Lei n. 8.036/90, com base nos princípios de interpretação
constitucional da eficácia integradora e da unidade da Constituição, da
concordância prática e da proporcionalidade em sentido estrito. 12. Recurso
especial não provido.” (REsp 1251566/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA) – Destaque nosso.
5.1.1 – E no trecho da referida decisão, o STJ destaca:

“De há muito, o brocardo in clariscessatinterpretatio vem perdendo espaço na


hermenêutica jurídica e cede à necessidade de se interpretar todo e qualquer
direito a partir da proteção efetiva do bem jurídico, ainda que eventual situação
fática não tenha sido prevista, especificamente, pelo legislador. Obrigação do juiz,
na aplicação da lei, em atender aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum (art. 5º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro). Mas,
quando a lei não encontra no mundo fático suporte concreto na qual deva incidir,
cabe ao julgador integrar o ordenamento, mediante analogia, costumes e
princípios gerais do direito. (…) Logo, é da Constituição que devem ser extraídos
os princípios que, mais que simples regras, indicam os caminhos para toda a
atividade hermenêutica do jurista e ostentam caráter de fundamentalidade. (…) A
partir da dignidade da pessoa humana, a Carta Magna elencou inúmeros outros
direitos, nos arts. 5º e 6º, este último que engloba a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Ainda mais
especificamente, a CF/88 garante como direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, entre outros que visem à melhoria de sua condição social, o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.” – Destaque nosso.
5.1.1.1 – Nesse sentido, considerando a grave situação econômica que a
quarentena gerou, especialmente ao suplicante que dependia
exclusivamente de sua parca fonte de renda, sumariamente suspensa
também com os efeitos advindos da pandemia.
5.1.1.2 – A gravidade que assola os trabalhadores pela pandemia é
inequívoca, trazidos pela publicação do Decreto Legislativo nº 6, de 2020
que decretou Estado de Calamidade Pública.

5.1.1.2.1 – A Lei nº 8.036/90 foi clara ao prever a possibilidade de liberação


do saque do FGTS, em casos de calamidade pública, ao dispor:

“Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas
seguintes situações:
(…)
XVI – necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorra de desastre natural,
conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições:

1. a) o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas

de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em

estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo

Federal;

2. b) a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90

(noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo

Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e

3. c) o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do

regulamento. Destaques nosso.
5.1.1.2.2 – A mencionada lei permite que titular de conta vinculada do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, que resida em área do
Distrito Federal ou de Município, em situação de emergência ou estado de
calamidade pública objeto de decreto do respectivo Governo, poderá
movimentar a referida conta por motivo de necessidade pessoal, cuja
urgência e gravidade decorram de desastre natural.

5.2 – A lei não conceitua “desastre natural”, mas o Decreto nº 5.113/2004


traz a seguinte explicação:

Art. 2º Para os fins do disposto neste Decreto, considera-se desastre natural:


I – vendavais ou tempestades;
II – vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais;
III – vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais;
IV – tornados e trombas d’água;
V – precipitações de granizos;
VI – enchentes ou inundações graduais;
VII – enxurradas ou inundações bruscas;
VIII – alagamentos; e
IX – inundações litorâneas provocadas pela brusca invasão do mar.
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei nº
8.036, de 11 de maio de 1990, considera-se também como natural o desastre
decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de
massa, com danos a unidades. Destaque nosso.
5.2.1 – Em uma leitura atenta do texto percebe-se que a hipótese
“pandemia” não está incluída no rol do artigo 2°, assim como não está o
tsunami, terremoto, endemias, dentre outros. Conclui-se, portanto, que o
artigo é meramente exemplificativo.

5.3 – O Superior Tribunal de Justiça já firmou entendimento no sentido de


que referido dispositivo elenca apenas um rol exemplificativo, permitindo-
se interpretação extensiva quando relacionado ao princípio constitucional
de proteção à finalidade social do fundo, como exposto no item 4.1 supra.

5.3.1 – Ainda, o desastre natural é assim caracterizado pelo Instituto


Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que em linhas gerais dispõe que:

“Os desastres são conceituados como o resultado de eventos adversos que causam
grandes impactos na sociedade, sendo distinguidos principalmente em função de
sua origem, isto é, da natureza do fenômeno que o desencadeia. A Defesa Civil no
Brasil, obedecendo as normativas da Política Nacional de Defesa Civil, classifica os
desastres como naturais, humanos e mistos. Basicamente, a diferença nessa
conceituação está na participação direta ou não do homem. Simplificando a
análise, os desastres podem ser distinguidos como humanos e naturais. Como
fenômenos naturais comuns que podem resultar em desastres naturais, pode-se
citar: ciclones, dilúvios, deslizamentos de terra, endemias, epidemias, pandemias,
erosão, erupção vulcânica, ciclone tropical (furacão, tufão), incêndio florestal,
inundação, queda de meteoro, tempestades (gelo, granizo, raios), tornado, tsunami,
terremoto.
5.3.2 – No âmbito federal existe o Decreto Legislativo nº 6/2020, que
reconhece o estado de calamidade pública decorrente da pandemia de
coronavírus (Covid-19 – desastre natural). O referido decreto legislativo de
2020 impôs várias restrições à população por razões de medida sanitária.
Esse fato trouxe impacto financeiro para o trabalhador, modificando a
situação financeira de diversos empregados (necessidade pessoal urgente e
grave), pois, em virtude da MP 936/2020, é possível proceder com a
suspensão temporária do contrato; com a suspensão para realizar curso; e
com a redução do salário proporcional à jornada. Some-se a essas outras
causas capazes de interferir na capacidade econômica do obreiro.
Evidencia-se que o coronavírus já atingiu todo o País.

5.4 – Na mesma toada, a MP nº 946/2020, no artigo 6º, assim estabelece:


“(…) fica disponível, para fins do disposto no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei
nº 8.036, de 1990, aos titulares de conta vinculada do FGTS, a partir de 15 de
junho de 2020 e até 31 de dezembro de 2020, em razão do enfrentamento do estado
de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março
de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente da pandemia de coronavírus (covid-19), de que trata a Lei nº 13.979, de
6 de fevereiro de 2020, o saque do FGTS. Destaque nosso.
5.4.1 – A mencionada medida provisória estabeleceu um limite de saque no
valor R$1.045,00, por trabalhador. Já o Decreto nº 5.113/2004, que
regulamenta o art. 20, inciso XVI, da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990
(FGTS), determina que:

“Art. 4º O valor do saque será equivalente ao saldo existente na conta vinculada,


na data da solicitação, limitado à quantia correspondente a R$ 6.220,00 (seis mil
duzentos e vinte reais), por evento caracterizado como desastre natural, desde que
o intervalo entre uma movimentação e outra não seja inferior a doze
meses. Destaque nosso.
5.5 – Neste cenário, qual então a disposição que deve prevalece, já que
ambos os instrumentos são editados pelo Presidente da República. A
Medida Provisória (MP), nos termos do artigo 62da CRFB, pode ser editada
em caso de relevância e urgência. Não há dúvidas do preenchimento dos
requisitos formais do instrumento. Contudo, quanto aos requisitos
materiais, o artigo 62, §1°, IV, da CRFB, aduz que é vedada a edição de
medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei
aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do
Presidente da República.

5.5.1 – Ora, essa circunstância leva a uma reflexão: se a Constituição


Federal proíbe a edição de medida provisória sobre matéria disciplinada em
projeto de lei pendente de sanção ou veto do Presidente da República,
como se justifica a edição da MP 946/2020 existindo LEI expressa sobre o
assunto.

5.5.2 – Aqui já mencionado, o artigo 20, XVI, da Lei nº 8.036/90, abarca a


hipótese da Covid-19 (pandemia) e condiciona os requisitos do saque ao
regulamento. Sendo assim, não era necessária uma MP para regulamentar
a matéria se já existe lei própria/regulamento que tratam sobre o tema.
Sendo assim, fica evidente que é demasiadamente temerário e
contraditório limitar valores para saque dos depósitos do FGTS em caso de
pandemia, devendo o saque ser realizado, portanto, de maneira integral.

5.5.3 – O propósito dos depósitos do FGTS na conta vinculada do


trabalhador é formar um “patrimônio” para ser utilizado em momentos
especiais (situações emergenciais). Por esta razão, se o trabalhador, além
de outras situações, pode utilizar os recursos do FGTS para a moradia nos
casos de aquisição de imóvel novo ou usado, construção, liquidação ou
amortização de dívida vinculada a contrato de financiamento habitacional,
por qual motivo não pode utilizar ditos recursos para ajudar a mantê-lo em
sua sobrevivência e de sua família.

5.5.3.1 – Relevante e essencial é maiores reflexões para auxiliar a maturar o


tema. É certo que muitos defendem a “flexibilização” da negociação coletiva
em momentos de crise, por meio de sopesamento de princípios. Ora,
porque não antecipar um direito que já é do empregado, com o saque de
maneira integral se a hipótese está prevista em lei.

5.6 – Resta ainda acentuar que, nada obstante os termos da MP 946/2020, o


limite de um salário-mínimo e autorização de saque apenas a partir de 15
de junho de 2020 não é impeditivo ao exercício do direito ao levantamento
integral do FGTS, reforçando, sobretudo, o presente pedido que evidencia
que a situação se mostra necessária para o enfretamento do estado de
calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6/2020, em
decorrência da pandemia corona vírus.

5.6.1 – Nesse sentido, já temos, inclusive jurisprudência sobre o tema


exatamente aplicando ao caso em tela:

“….Tendo em vista que o FGTS é direito dos trabalhadores, nos termos do art. 7º,
III, da Constituição Federal; que o art. 20, XVI, alínea a, da Lei 8.036/90 autoriza
a movimentação da conta de FGTS dos trabalhadores residentes em áreas de
calamidade pública; que o Decreto Legislativo 6/20, reconhece o estado de
calamidade pública decorrente da pandemia de coronavírus (Covid-19); que estão
suspensas as sessões de julgamento neste Tribunal por conta desta mesma
pandemia, impactando de forma negativa no tempo razoável do processo e, por
fim, que a liberação do FGTS não prejudica qualquer direito da parte
empregadora, expeça-se alvará ao Autor para saque do montante depositado em
sua conta vinculada de FGTS. (TRT1 ROT 0101212-53.2018.5.01.0043 – 7ª Turma
Gabinete da Desembargadora Raquel de Oliveira Maciel. 26/03/2020. Destaque
nosso.
5.6.2 – Outrossim, situações de calamidade pública iguais a que vivemos
agora já motivaram a liberação do saque do FGTS, vejamos:

“ACÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE PASSIVA. UNIÃO. DEFENSORIA


PÚBLICA DA UNIÃO. DEFESA DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS.
POSSIBILIDADE. FGTS. CEF. SAQUE. CALAMIDADE PÚBLICA.
FINALIDADE SOCIAL. ROL NÃO TAXATIVO. 1. A legitimidade passiva da
União para esta causa decorre de seu poder regulamentar, sendo o ente
responsável pela análise do enquadramento dos casos de situação de emergência ou
calamidade pública para fins de liberação do FGTS. 2. (…). 4. As hipóteses de
saque previstas na Lei nº 8.036/90 não são exaustivas, mas meramente
exemplificativas, devendo ser dada prevalência ao caráter social da norma quando
em jogo o direito individual à vida, à saúde e à dignidade humana. Precedentes
TRF 4ª Região. 5. Embora a situação dos autos não esteja elencada no inciso XVI
do art. 20 da Lei nº 8.036/90, porquanto a situação de calamidade decretada pelo
Município de Alvorada não foi reconhecida pelo Governo Federal, entendo que
decorrem implicações de ordem constitucional que não podem ser afastadas, face
ao comprometimento do Estado perante à sociedade, ao ser humano, quando se
trata de direito assegurado pela lei ao trabalhador. 6. Apelações improvidas.
(TRF4, AC 5064563-86.2012.4.04.7100, TERCEIRA TURMA, Relator
FERNANDO QUADROS DA SILVA, juntado aos autos em 25/09/2014). Grifo
nosso.
5.7 – Diante do exposto, conclui-se que o FGTS é direito dos trabalhadores
(art. 7°, inciso III, Constituição Federal) e é possível o empregado sacar
integralmente o saldo da sua conta vinculada, com base no sopesamento
de princípios constitucionais e pela própria finalidade do FGTS.

5.7.1 – Salienta-se que a Covid-19 é um desastre natural que gera


necessidade pessoal urgente e grave, pois é indiscutível que trouxe ela
reflexos negativos na situação financeira dos trabalhadores em especial o
Autor da presente ação. Frise-se, em arremate, que o Decreto Legislativo nº
6/2020 reconheceu a atual situação como de estado de calamidade pública,
o que justifica o ajuizamento dapresente ação judicialcom a finalidade
exclusiva de liberação integral dos depósitos do FGTS do Autor desta
exordial.

5.7.2 – Portanto, com expresso amparo legal, torna-se abusiva a negativa ao


acesso ao fundo que tem como finalidade exatamente a de dar um suporte
em momentos como este. Sendo assim, outro não poderia ser o
entendimento se não o necessário provimento da presente ação, com a
determinação da Ré à liberação do saque da conta de Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço.

6 – DA AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS. O suplicante declara que os


documentos acostados na presente solicitação, que não estejam no
original, são cópia de reprodução fiel da original.
6.1 – Tal afirmação é feita por autorização do artigo 544, parágrafo 1º. do
CPC, através da modificação introduzida pela Lei 10.352/2001, artigo 897
parágrafo 5º., inciso I da CLT; Provimento GP 01/2004 do TRT-SP, e pelo
disposto na Portaria COGE nº. 34 do Egrégio Tribunal Regional Federal da
3ª. Região, § 3º., artigo 63, da Lei 8.934/94, modificado pela Lei 13.874, de
20.09.2020 e finalmente consoante entendimento pacífico do Supremo
Tribunal Federal.

7 – DOS PEDIDOS. Face ao todo exposto e nos termos da fundamentação


supra, pleiteia:
1. A concessão da gratuidade de justiça plena;
 

1. A citação do Réu para responder, querendo;


 

1. Decretação da total procedência da ação com a determinação da Ré à liberação

do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;


8 – DAS PROVAS. Protesta o reclamado provar o alegado por todos os
meios de provas admitidos em direito, especialmente pelo depoimento
pessoal da reclamante, que desde logo se requer, sob pena de confesso, na
forma e para os efeitos do Enunciado 74 do C.TST, vistorias, realização de
perícias, juntada de novos documentos, ouvida de testemunhas, entre
outros.
9 – DO VALOR DA CAUSA. À causa, para efeito de custas e despesas
processuais atribui o valor de R$xxxx.
Nestes termos,

1. deferimento.
 

São Bernardo do Campo, 06 de Julho de 2020.

Advogado de Tal

OAB-SP- XXX.XXX

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