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RESUMO
DISCENTES:
BRUNO SOUSA FIGUEIREDO DA FONSECA
LUCAS COSTA ALMEIDA
DAVIELSON SILVA PINHO
BOM JESUS – PI
JUNHO DE 2021
1
CULTURA DA GOIABA : COLHEITA, PÓS COLHEITA E
COMERCIALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
2
COLHEITA E MANUSEIO DA FRUTA
• Utilizar contentores exclusivos para a colheita, com superfície de material inerte, não
absorvente e higienizável.
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• Usar, no fundo e nas laterais dos contentores, material de proteção de fácil
higienização e que não transmita odor ou substâncias indesejáveis ao produto.
• Evitar o enchimento excessivo dos contentores, a fim de não causar danos às frutas
durante seu manuseio e transporte. É importante destacar que a máxima qualidade da
fruta é obtida no momento da colheita. A partir daí, a ocorrência de danos mecânicos, o
amadurecimento e a senescência naturais da fruta, a perda de água e a ocorrência de
podridões contribuem para a perda de qualidade. Portanto, devem ser tomados cuidados
para minimizar o efeito desses fatores.
OPERAÇÕES PÓS-COLHEITA
• Uma área para recepção da fruta e outra para manejo, classificação, embalagem,
armazenamento e expedição, denominada área de manuseio da fruta.
• Instalações adequadas para lavagem e secagem higiênica das mãos dos funcionários e
dos visitantes, e que fiquem próximas da entrada da área de manuseio da fruta.
• Mão de obra treinada, que use roupas limpas e adequadas ao serviço, cabelos presos,
unhas cortadas e mãos asseadas.
• Equipamentos para a lavagem das mãos e instalações sanitárias limpas para uso dos
trabalhadores, situadas a uma distância máxima de 500 m do local de trabalho.
Dispondo-se de um local adequado ao recebimento das frutas e de procedimentos bem
definidos de pós-colheita, as frutas destinadas ao consumo in natura deverão passar
pelas seguintes operações.
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As perdas durante a pós-colheita são fatores limitantes na produção de alimentos
hortifritícolas. Apesar de o Brasil se caracterizar como um país altamente produtor, é
também um dos países onde mais se perdem alimentos durante essa etapa.
Nos países em desenvolvimento como o Brasil, as perdas pós-colheita de frutas e
hortaliças ainda são uma realidade. Estas perdas poderiam ser reduzidas as práticas
adequadas desde o cultivo até o seu destino final fossem adotadas. A falta de
conhecimento dos processos fisiológicos dos frutos, a falta de infraestrutura adequada e
de uma logística de distribuição são os principais fatores responsáveis pelo elevado
nível de perdas pós-colheita observadas no Brasil. (AZZOLINI, 2002). O período de
pós-colheita, ou seja, aquele que se estende da colheita até o consumo do produto, é
caracterizado por grandes perdas da qualidade mercadológica, causadas por
deteriorações pós-colheita.
Os produtos agrícolas são organismos que continuam vivos depois de sua
colheita,
mantendo ativos todos seus processos biológicos vitais. Devido a isso e por causa do
alto
teor de água em sua composição química, os produtos agrícolas são altamente
perecíveis.
Para aumentar o tempo de conservação e reduzir as perdas pós-colheita, é importante
que se conheçam e se utilizem práticas adequadas de manuseio durante as fases de
colheita,
armazenamento, comercialização e consumo. No Brasil, estima-se que entre a colheita e
a mesa do consumidor ocorram perdas de até 40% das frutas e hortaliças produzidas.
Essas perdas podem ser de natureza quantitativa ou qualitativa, ocasionando assim
redução no seu valor comercial.
COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização pode ser definida como o conjunto de atividades ou funções
necessárias para levar o produto agropecuário ou matéria prima, desde a fonte produtora
até o consumidor final. A cadeia de atividades de comercialização é cada vez mais
orientada pelas exigências da distribuição, interface estratégica com o cliente final.
Assim, é toda uma sequência sofrida pelo produto, desde o produtor, à medida que
vai trocando de forma e de lugar, passando pela posse de vários intermediários e
condições de transações. Para satisfazer esse inter-relacionamento, certas condições
devem ser desenvolvidas dentro de suas exigências próprias; havendo assim a
intermediação com suas funções, etapas e problemas. Essas funções e suas múltiplas
etapas podem ser esquematizadas, nos seguintes serviços:
Coleta
Beneficiamento
Padronização e classificação
Acondicionamento e embalagem
Transporte
Armazenamento
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Conservação
Vendas por atacado
Distribuição - vendas no varejo (ao consumidor)
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frutas frescas têm baixo teor calórico e são ricas em fibras alimentares, vitaminas e sais
minerais. Além disso, geralmente, não contêm colesterol, gordura, sal e outras
substâncias nocivas à saúde.
Em se tratando do mercado nacional, representado pelos grandes centros de
consumo das macrorregiões geopolíticas, eles se situam fora dos polos de produção e
são constituídos principalmente pelas metrópoles do Centro-Sul do País.
Com relação ao destino do fruto nas regiões produtoras, grande parte é destinada
à indústria (polpa, doces, sucos, etc.) e a outra parte ao consumo in natura. Entretanto,
por conta do incremento das áreas irrigadas, registra-se um aumento no percentual de
frutos para consumo in natura. Um exemplo dessa situação é o Submédio do Vale do
São Francisco, onde a exploração da goiabeira é toda irrigada e 75% do produto
é comercializado na forma de fruta fresca. Outro comportamento de mercado que está
diretamente associado à ampliação das áreas de cultivos irrigados de goiaba no País é a
redução da sazonalidade da oferta, já que o produto pode ser ofertado praticamente
durante todo o ano, situação que traz como reflexos menor oscilação nos preços dos
frutos frescos e redução significativa da capacidade ociosa das indústrias de
processamento (CHOUDHURY, 2001).
Com relação à distribuição da goiaba no mercado doméstico, para consumo in
natura e para a indústria, os intermediários são os principais agentes do processo, que
compram e vendem o produto a granel ou em caixas. Geralmente, utilizam, como
principais critérios para a classificação comercial, o tamanho, a aparência e o estado
de maturação da fruta. Aquelas que estão em estado inicial de maturação são
comercializadas como frutos in natura, enquanto as maduras são destinadas às
agroindústrias processadoras.
Os tipos de intermediários que melhor representam a cadeia produtiva da goiaba
são os regionais e os locais. Os regionais são representados principalmente pelos
fornecedores dos atacadistas das Centrais de Abastecimento (Ceasas), situadas nas
capitais e nas principais cidades da macrorregião geopolítica onde está localizado
o polo de produção. Esses agentes adquirem a maior parte do produto dos
intermediários
locais, mas também obtêm a fruta nas áreas de produção. Os intermediários locais, por
sua vez, compram o produto nas áreas de produção e o repassam para os intermediários
regionais e para os varejistas locais (feirantes, proprietários de casas de frutas,
pequenos mercados de bairros e redes de supermercados). É interessante notar que é
inexpressiva a atuação dos intermediários nacionais que comercializam o produto dos
polos de produção para os grandes mercados consumidores das demais regiões do País.
Isso se deve ao reduzido tempo de prateleira dos frutos (CHOUDHURY, 2001).
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REFERÊNCIAS
ABREU, J. R.; et al.; Sugar fractionation and pectin content during the ripening of guava cv.
“pedro sato”. Ciência e tecnologia de alimentos, campinas, v. 32, n.1, p. 156-162, 2012b.
ALI, Z. M.; LAZAN, H. Guava. In: MITRA, S. K. (Ed.). Postharvest physiology and storage
of tropical and subtropical fruits. Wallingford: CAB, 1997. Cap. 6, p. 145-165.
BASSETO, E. Conservação de goiabas “Pedro Sato” tratadas com 1- metilciclopropeno:
concentrações e tempos de exposição. 2002. 71 p. Dissertação (Mestrado em Ciência e
Tecnologia dos Alimentos) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba,
2002.
CARVALHO, V. D. Qualidade e conservação pós-colheita de goiabas. Informe Agropecuário,
Belo Horizonte, v. 17, n. 179, p. 48-54, 1994.
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