Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
CursosOnlineSP.com.br
Carga horária: 60 hs
Conteúdo programático:
Diagnóstico
Deficiência auditiva
Oralismo
Comunicação total
Bilinguismo
Surdocegueira
Referências
Inclusão educacional e a necessidade de formação continuada
Diagnóstico
Para incluir um aluno com deficiência visual (DV) em uma escola regular,
necessita-se, primeiramente, conhecer como é essa deficiência e quais as
estratégias que deverão ser utilizadas para facilitar a vida desse sujeito. Esse aluno
precisa de um atendimento especial devido ao fato de possuir limitações
que o impedem de levar uma vida normal. Por isso, as escolas devem estar
preparadas para atender a esse público, possuindo materiais e espaços adequados
e, ainda, contar com profissionais especializados que viabilizem a construção do
conhecimento e do desenvolvimento de suas potencialidades, preparando esse
educando para a vida e para a convivência em sociedade.
Conceito
Define-se deficiência visual (DV) como perda parcial ou total da visão. Por
existirem diferentes graus da perda da visão, é importante esclarecer que o termo
“cegueira completa” é a deficiência que envolve a ausência total visão, ou seja, a
pessoa não consegue mais visualizar nada, nem mesmo a luz, e essa deficiência
não pode ser corrigida nem com o uso de lentes, enquanto que a pessoa que ainda
possui algum resquício de visão pode ser denominada pessoa com cegueira parcial,
baixa visão ou com visão subnormal.
De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, a cegueira é
a acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
óptica; já, na baixa visão, a acuidade visual fica entre 0,3 e 0,05 no melhor olho,
com a melhor correção óptica.
As pessoas com baixa visão são aquelas que possuem um
comprometimento do seu funcionamento visual e, mesmo usando óculos comuns,
lentes de contato, ou implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter uma
visão nítida. Podem, também, ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores
e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.
Segundo o Censo Demográfico 2010, mais de 45,6 milhões de brasileiros
declararam ter alguma deficiência, o que representa 23,9% do total da população
do país. Esse número é bastante elevado, considerando que grande quantidade
dessas pessoas está frequentando as escolas. (IBGE)
Dentre os percentuais de pessoas com alguma deficiência, a deficiência
visual foi a que mais se destacou, apresentando maior ocorrência e – num total de
35,7 milhões de pessoas –, afetando 18,6% da população brasileira que afirmaram
ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
A importância da visão
Causas
Diabetes
Acontece porque o pâncreas não pode mais produzir o hormônio
insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do
organismo. O descontrole da diabetes provoca fissuras
(microaneurismas) nos vasos da retina, por onde passam líquidos ou
gorduras e o próprio sangue, sendo que se depositam entre as
camadas da retina, comprometendo as funções visuais até provocar a
cegueira.
Glaucoma
Na maioria das vezes o glaucoma está relacionado aos danos causados
no nervo óptico, causando o aumento da pressão ocular. A parte frontal
do olho é preenchida por um fluido claro, chamado de humor aquoso.
Esse fluido é constantemente produzido na parte posterior do olho.
Qualquer evento que diminua ou bloqueie o fluxo desse fluido para fora
do olho provoca o aumento da pressão ocular,
que irá causar muito desconforto e a perda gradativa da visão.
Deslocamento da retina
É a separação da retina da parte subjacente que a sustenta. É a
separação da membrana fotossensível na parte de trás do olho (a
retina), das suas camadas de suporte. Quando houver o deslocamento
da retina, o sangramento dos pequenos vasos sanguíneos que a
drenam pode obstruir o interior do olho, que, normalmente, é
preenchido com o gel vítreo e, com isso, a visão
central fica gravemente afetada.
Catarata
Caracteriza-se pela opacidade total ou parcial do cristalino do olho.
Pode, assim, provocar:
- acuidade visual;
- sensação de visão nublada;
- sensibilidade à luz;
- alteração na visão das cores;
- mudanças frequentes na refração.
Essa doença pode ter origem congênita; pode ser provocada por
alguma doença que a mãe adquiriu na gestação, como é o caso da
rubéola, ou devido à falta de nutrientes suficientes para o bebê. Porém,
a catarata mais comum é a que ocorre na fase senil do ser humano,
geralmente após os 55 anos de idade.
Nesse período também pode surgir a degeneração macular, que
provoca:
- visão borrada;
- manchas no centro da visão;
- enxergar as cores desbotadas ou linhas distorcidas; -
dificuldades para a leitura.
Recursos pedagógicos
Alfabeto
Impressoras em braille
Leitura em braille
Sorobã
- Para que ele se sinta mais seguro, realize tarefas colaborativas entre
os alunos, como atividades em grupos ou em duplas. Atividades desse tipo
promovem a socialização e segurança do aluno em sala de aula.
Orientação e mobilidade
Para que as pessoas consigam ter uma percepção espacial do local em que
estão inseridas, precisam da orientação para melhor compreender como é este
espaço e, ao se locomoverem, necessitam da mobilidade. No caso das pessoas
cegas, são utilizados os sentidos remanescentes para adquirir mais confiança e
segurança. Como define Weishaln, orientação é o processo de utilizar os sentidos
remanescentes para estabelecer a própria posição e o relacionamento com outros
objetos significativos no meio ambiente, enquanto que a mobilidade é a habilidade
de locomover-se com segurança, eficiência e conforto no meio ambiente, através
da utilização dos sentidos remanescentes .
Felippe possui a mesma opinião, dizendo que “a orientação é a capacidade
de perceber o ambiente, saber onde estamos, enquanto que a mobilidade é a
capacidade de nos movimentar. A visão, normalmente, é o sentido que mais
diretamente colabora para a nossa orientação e mobilidade”. Esse mesmo autor
afirma que a orientação para o deficiente visual é o aprendizado no uso dos sentidos
para obter informações do ambiente. Saber onde está, para onde quer ir e como
fazer para chegar ao lugar desejado. A pessoa pode usar a audição, o tato, a
cinestesia (percepção dos seus movimentos), o olfato e a visão residual (quando
tem baixa visão) para se orientar. A mobilidade é o aprendizado para o controle dos
movimentos de forma organizada e eficaz .
Para o deficiente visual ter uma mobilidade segura é importante e necessária
uma boa orientação e, para que isso ocorra, deve ter percepção de espaço, como:
distinguir os pontos cardeais, saber a distância e posição dos pontos de referência
e conhecer bem o ambiente em que circula, entre outros.
Segundo Gil, o desenvolvimento das habilidades de orientação e mobilidade,
parte essencial do processo educacional de qualquer criança deficiente visual,
precisa começar desde cedo, em casa, com o apoio dos pais. Depois, o treinamento
continuará na escola, com o professor especializado.
Algumas técnicas são necessárias para que a pessoa que não enxerga
possa se orientar espacialmente e a introdução da bengala o mais cedo possível é
essencial, pois, assim, o indivíduo pode ter mais segurança e ter uma melhor
postura. Com a bengala, o cego pode fazer a varredura de onde está se
locomovendo, perceber objetos no meio do caminho, ter a noção da dimensão de
portas e, ainda, subir ou descer uma escada com o auxílio desse recurso.
Segundo Bruno, “na escola, o professor poderá auxiliar o aluno a se tornar
mais independente com a utilização de técnicas básicas de proteção, de coleta de
informações, de rastreamento, alinhamento e a utilização de um guia vidente”
(1997). Gil destaca que, se o sujeito nasce com o sentido da visão e vem a perdê-
lo mais tarde, ainda retém lembranças visuais de cores, luzes e imagens, o que é
muito bom para a readaptação.
Deficiência auditiva
O surdo na escola
Oralismo
Tem como foco o entrosamento do aluno surdo com crianças ouvintes,
favorecendo, assim, o desenvolvimento da linguagem, com a utilização das técnicas
relacionadas ao treinamento auditivo – reconhecimento e discriminação de sons
ambientais e da fala; o desenvolvimento da fala – exercícios com lábios, língua,
mandíbula, respiração e relaxamento; e a leitura labial – treino para a leitura labial
aliado à expressão facial, valorizando a utilização da prótese auditiva (aparelho de
ampliação do som de maneira individual).
Comunicação total
Enfatiza a utilização de qualquer forma de comunicação por uma pessoa
surda, que contribua para o desenvolvimento da língua, como gestos naturais,
português sinalizado, Libras, leitura labial e alfabeto datilológico.
No entanto, conforme Goldfeld, “na comunicação total, o desenvolvimento da
língua oral da criança surda é importante”, mas se deve levar em conta os aspectos
cognitivos, emocionais e sociais na interação da criança com esse sistema, pois
não se pode utilizar uma metodologia
em prol da exclusão da outra, e, sim, “utilizar a linguagem oral, de sinais, datilologia
ou a combinação destas”.
Bilinguismo
Assume a língua de sinais como primeira língua e a língua oficial do país
como segunda, havendo o uso dessas duas línguas simultaneamente no processo
educacional. No entanto, o ensino da língua de sinais com o da língua portuguesa
escrita deve estar baseado na visão (desenho), na escrita (língua oficial do país) e
nos sinais (língua de sinais), conforme figuras 1 e 2.
Para contribuir para a compreensão da abordagem bilinguista, Dizeu e
Caporali trazem breves explicações e diferenças sobre a aquisição da linguagem
pelas crianças ouvintes e surdas, sendo que, em relação à criança ouvinte, desde
seu nascimento, está exposta à língua oral, adquirindo, dessa maneira, a língua
naturalmente, realizando trocas comunicativas, vivenciando situações do seu
ambiente, desenvolvendo uma língua efetiva, o que não ocorre com a criança surda
exposta somente à língua oral. Ambas apresentando uma aprendizagem
diferenciada devido às relações e trocas comunicativas no seu ambiente, levando
em conta também a estimulação interna (família) e externa (sociedade)
O Decreto 5.626/2005 assinala que a educação de surdos no Brasil deve ser
bilíngue, garantindo acesso à educação por meio da língua de sinais como língua
de instrução e o ensino da língua portuguesa, do grupo ouvinte majoritário, como
segunda língua. Portanto, conforme o Decreto, a língua de sinais deve ser
aprendida em primeiro momento e, após, a língua portuguesa. Outras ações simples
também podem facilitar. Segundo Ampudia, traga-o para as primeiras carteiras e
fale com clareza, evitando cobrir a boca ou virar de costas para a turma, para permitir
a leitura orofacial no caso dos alunos que sabem fazê-lo. Dê preferência ao uso de
recursos visuais nas aulas, como projeções e registros no quadro negro. Para os
alunos com perda auditiva severa ou surdez, a aquisição da Língua Brasileira de
Sinais é fundamental para a comunicação com os demais e para o processo de
alfabetização inicial. […]. É importante que professores da escola solicitem
treinamento para aprender Libras ou peçam o acompanhamento de um intérprete
em sala. Isso garante a inclusão mais efetiva dos alunos
Outras possibilidades de aprendizagem, tanto para o aluno surdo, quanto
para o ouvinte, seriam os Centros de atividades, ou seja, salas de aula onde são
oferecidos materiais baseados em uma área de conteúdo.
Lima cita alguns centros:
Surdocegueira
Características da surdocegueira
Surdocego pré-linguístico
O surdocego pré-linguístico se refere àqueles “que adquiriram a
surdocegueira antes da aquisição de uma linguagem, seja oral ou gestual”. Para
entendermos, o termo pode ser aplicado a crianças que já nasceram com deficiência
visual e auditiva. Essa criança não possuía esses sentidos no processo de
aprendizagem da linguagem e da fala.
O surdocego pré-linguístico, conforme Silva, “pode vir a isolar-se de tal forma
do meio ambiente, fugindo também da interação pessoal, o que faz surgir graves
problemas de desenvolvimento global, sendo o mais importante deles o da
comunicação”. Outras considerações importantes são:
Surdocego pós-linguístico
Formas de comunicação
Comunicação receptiva
- Processo de recepção e compreensão da mensagem.
- Permite o início da compreensão dos significados das coisas e como elas
funcionam.
- Com o tempo, permite à criança “prever” o que vai acontecer.
- Difícil de identificar.
Comunicação expressiva
- Forma como expressa desejos, necessidades e sentimentos.
- Formas não verbais: sorrisos, movimentos, mudanças de posição.
- Compreendido por pessoas com quem tenham familiaridade.
- Adultos devem ter conhecimentos específicos sobre esse tipo de
comunicação.
Tadoma
Deficiência múltipla: práticas pedagógicas
Práticas pedagógicas
Ferramentas de apoio
O aluno com múltipla deficiência ou todo aluno com uma e/ou mais
necessidades específicas necessita que certas adaptações sejam feitas para que
tenha um melhor desempenho na sala de aula e em outras atividades propostas.
Essas ferramentas de apoio podem ser utilizadas para melhorar o desenvolvimento
motor e servem, muitas vezes, como extensão do próprio corpo, possibilitando uma
maior autonomia, independência e participação efetiva na aprendizagem. A esses
acessórios damos o nome de Tecnologia Assistiva ou TA.
O termo Tecnologia Assistiva é definido de várias maneiras, de acordo com
a linha de trabalho de cada pesquisador da área. No Brasil, este termo começou a
ser utilizado em 2006, pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República – SEDH/PR, através da portaria nº 142, que instituiu o
Comitê de Ajudas Técnicas – CAT. Dentre as diversas definições para TA, temos:
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas
e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e
participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida,
visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social
(BRASIL – SDHPR. – Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII).
Dentro das dificuldades e limitações do aluno com deficiência múltipla, a
comunicação é a mais prejudicada, e deve ser trabalhada sem descanso, para
que ao menos nosso aluno possa, de alguma forma, expressar o que sente e dar
um retorno quanto ao aprendizado. Estimular a comunicação, não necessariamente
a fala, é de extrema importância para que o aprendizado seja efetivo e proveitoso.
Como já mencionado, devemos conhecer bem nosso aluno e suas necessidades
para que possamos adaptar e selecionar o recurso de TA mais adequado
para suas especificidades. Há exemplos de alguns apoios que podem
ser oferecidos na escola.
Para o aluno que apresentar limitação no movimento das mãos, por exemplo,
pode ser usado outro recurso de TA junto com as pranchas de comunicação, como
a pulseira de peso, a ponteira de cabeça, o mouse de sopro, mouse de nariz. Tudo
vai depender do convívio com o aluno, para perceber suas necessidades,
limitações. A partir da observação, podemos identificar, selecionar e testar uma TA
adequada para o seu caso.
A inclusão já se faz presente na maioria das escolas nos dias de hoje. Várias
são as necessidades especiais que estão inseridas nesse contexto. Cada uma
delas requer um estudo cuidadoso, de modo a proporcionar os melhores resultados.
A partir de sua definição e classificação, apresentadas no segundo item,
forma-se um quadro mais claro sobre o que se pode trabalhar nas escolas para que
o aluno com DF consiga receber um atendimento adequado. Nesse mesmo sub-
tema, a paralisia cerebral recebe um destaque especial.
No terceiro tópico, algumas práticas pedagógicas são comentadas,
abordando, principalmente, a Educação Física, bem como são sugeridas atividades
que ajudam a tornar as aulas mais produtivas e agradáveis para o aluno com
deficiência física. Além das orientações pedagógicas, esta parte também orienta
quanto às adequações do espaço físico que se fazem necessárias.
Deficiência física
Sendo assim, Maciel explica que a deficiência física acarreta danos nas
funções motoras, mas, na grande maioria dos casos, conserva-se o cognitivo.
(1998). No entanto, existem alguns casos em que o cognitivo é afetado porque as
células responsáveis pelo intelecto são atingidas. De modo geral, a parte cognitiva
do cérebro funciona normalmente, deixando a pessoa com deficiência física com
plenas condições de aprendizagem e socialização.
A paralisia cerebral
Práticas pedagógicas
A seguir, vamos conhecer algumas dicas para trabalhar com alunos com
deficiência física.
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que
compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em
conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis,
segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.
Os alunos com deficiência física podem apresentar as seguintes
características: atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; perda total, parcial ou
alteração dos movimentos, da força muscular, ou de sensibilidade nos membros
superiores ou inferiores; dificuldades ou incapacidade na realização de atividades
da vida diária, como comer, pular, sentar, pegar, arremessar, etc. Alguns alunos
com deficiência física podem apresentar dificuldades na comunicação oral ou
escrita.
É relevante que o professor busque conhecer o aluno e diferenciar lesões
neurológicas não evolutivas (como a paralisia cerebral ou traumas medulares) de
outros quadros progressivos, como distrofias musculares ou tumores que agridem
o Sistema Nervoso.
Educação Física
Conceito
Quando se fala em Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é comum
associá-los ao Autismo e seus tipos, o que está certo, porém o conceito de TGD
não diz respeito somente a este distúrbio, vai um pouco mais além. De acordo com
Belisário Filho e Cunha: O conceito de Transtornos Globais do Desenvolvimento
surge no final dos anos 60, derivado especialmente dos trabalhos de M. Rutter e D.
Cohen. Ele traduz a compreensão do autismo como um transtorno do
desenvolvimento. O autismo é explicado e descrito como um conjunto de
transtornos qualitativos de funções envolvidas no desenvolvimento humano. Além
disso, o modelo permite uma compreensão adequada de outras manifestações de
transtornos dessas funções do desenvolvimento que, embora apresentem
semelhanças, constituem quadros diagnósticos diferentes. A compreensão dos
transtornos classificados como TGD, a partir das funções envolvidas no
desenvolvimento, aponta perspectivas de abordagem, tanto clínicas quanto
educacionais, bastante inovadoras, além de contribuir para a compreensão dessas
funções no desenvolvimento de todas as crianças
Conforme Tamanaha, Perissinoto e Chiari, na décima revisão da
Classificação Internacional de Doenças (CID), os TGDs foram classificados como:
Grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da interação social
e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e atividades
restrito e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica
global do funcionamento do indivíduo (2008, p. 298).
Além do já citado Autismo, quais seriam, então, os outros tipos de
Transtornos Globais do Desenvolvimento? Podemos classificar diferentes
transtornos que, em comum, apresentam afetadas as funções de desenvolvimento
do indivíduo e sobre os quais falaremos a seguir: Síndrome de Rett; Transtorno ou
Síndrome de Asperger; Transtorno Desintegrativo da Infância; Transtorno Global do
Desenvolvimento sem outra especificação.
Autismo
De três a cinco anos – É quando fica mais fácil de perceber que existe algo de
diferente com a criança. É comum um comportamento de exclusão com as
pessoas, limitando-se a viver em seu próprio mundo, fazendo movimentos
repetidos, como o balançar do corpo e das mãos. Em ambientes de socialização,
como em grupo de crianças e na escola, ficam evidentes as dificuldades do
autista. Alguns exemplos desses comportamentos: a) falta de contato visual; b)
pouco interesse pelas pessoas e brincadeiras em grupo; c) fala muito ou pouco,
copia e repete frases que ouviu; d) dificuldades de compreensão.
De seis a 11 anos – Por tratar-se da faixa etária onde a criança começa a ser
alfabetizada, é comum que os professores observem alguns comportamentos
como a falta ou pouco contato visual, a não utilização de gestos, a ausência de
amigos, não mostra as tarefas que realizou na aula aos professores e tem
dificuldades de compartilhamento; é repetitivo.
Síndrome de Rett
Prancha de comunicação
Carteira de comunicação
Mesa com símbolos: Este recurso é uma mesa fixa onde os símbolos são
colocados sobre ela para que a pessoa possa apontar para eles, se comunicando
com as demais (figura 12). Esta mesa/prancha é normalmente plastificada com
papel contact, para proteger e impermeabilizar os símbolos, e também para facilitar
o uso da mesa para outras finalidades (alimentação, escrita, pintura).
Mesa com símbolo
Avental
Vocalizador portátil.
Teclado adaptado
Adequação postural
Lupas auxiliares
Impressão em braille
Esta área aborda recursos que auxiliam a pessoa surda ou com déficit
auditivo a ser mais independente e autônoma na sua comunicação. Esses auxílios
incluem vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez (figura
33), telefones com teclado-teletipo (TTY) (figura 34), sistemas com alerta tátil-
visual, softwares que auxiliam o usuário a utilizar o computador, entre outros.
Equipamento para surdez
Adaptações em veículos