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O Big Five ou Modelo dos Cinco Grandes Fatores nasceu dos estudos sobre a Teoria dos Traços
de Personalidade, representando um avanço conceitual e empírico desta área, pois descreveu
dimensões humanas básicas de forma consistente e replicável.
O modelo do Big Five começou a ser estruturado no início da década de 1930, quando McDougall
sugeriu analisar a personalidade a partir de cinco fatores independentes que, na época, foram
denominados intelecto, caráter, temperamento, disposição e humor.
Nessa mesma época, na Alemanha, Baumgarten sugeria uma análise da linguagem para
entender os traços da personalidade. O trabalho de Baumgarten teve uma influência fundamental
sobre Allport que, em conjunto com Odbert, examinou cerca de 400.000 palavras do Webster’s
New International Dictionaire, derivando 4.500 descritores de traços de personalidade, estudo que
muito influenciou Cattell em suas publicações na década de 40. As publicações de Cattell e
Eysenck dominavam a literatura como os principais modelos obtidos através da análise fatorial.
1) Neuroticismo
No outro extremo da escala, indivíduos com baixo neuroticismo são mais difíceis de serem
perturbados e são menos reativos emocionalmente. São pessoas que tendem a ser calmas,
emocionalmente estáveis e livres de sentimentos negativos persistentes; no entanto, a escassez
de sentimentos negativos não significa necessariamente que estes indivíduos experimentem
muitos sentimentos positivos.
Em geral, pessoas com pontuações altas nessa escala são ansiosas, inibidas, melancólicas e
dotadas de baixa autoestima. Já as que obtêm baixa pontuação são de fácil trato, otimistas e
dotadas de boa estima para consigo mesmas.
2) Extroversão
É a mais ampla das cinco dimensões. Mede a sensação de bem-estar, o nível de energia e a
habilidade nas relações interpessoais. É caracterizada por emoções positivas e pela tendência
para procurar estimulação e a companhia dos outros. Este traço é marcado pelo profundo
envolvimento com o mundo exterior. Os extrovertidos gostam de estar com pessoas e são
frequentemente vistos como sendo cheios de energia. Eles tendem a ser indivíduos entusiastas e
inclinados para a ação, que provavelmente dizem “Sim!” ou “Vamos a isso!” diante de
oportunidades de excitação. Em grupos, eles tendem a ser mais falantes, assertivos e a atrair as
atenções para si.
Os introvertidos, por sua vez, não têm a exuberância social e os níveis de atividade dos
extrovertidos. Eles tendem a parecer calmos, ponderados e menos envolvidos com o mundo
social. A sua falta de envolvimento social não deve ser interpretada como timidez ou depressão.
Os introvertidos simplesmente necessitam de menos estimulação e de mais tempo sozinhos do
que os extrovertidos. Eles podem ser bastante ativos e enérgicos, mas não socialmente.
Abertura é o interesse pela arte, emoção, aventura, ideias fora do comum, imaginação,
curiosidade, e variedade de experiências. Este traço distingue as pessoas imaginativas das mais
convencionais. As pessoas com elevada abertura são intelectualmente curiosas, apreciadoras da
arte, e sensíveis à beleza. Elas tendem a ser, comparadas com as pessoas “fechadas”, mais
criativas, a prestar mais atenção aos seus sentimentos e a terem opiniões não convencionais.
As pessoas com baixo grau de abertura tendem a ter interesses mais convencionais e
tradicionais. Elas preferem o simples, claro e óbvio ao complexo, ambíguo e subtil. Elas podem
ver as artes e as ciências com suspeita ou achá-las desinteressantes.
Em geral, pessoas com pontuações elevadas gostam de novidades e tendem a ser criativas. Na
outra ponta da escala estão, os convencionais e ordeiros, os que gostam da rotina e têm senso
aguçado do certo e do errado.
Fantasia: vida mental ativa e forte imaginação; vida interior rica e criativa.
Estética: forte valorização da arte e da beleza; movido pela poesia, arte e música.
Valores: pronto para explorar e avaliar seus próprios valores sociais, políticos e religiosos.
4) Afabilidade
Afabilidade refere-se ao modo como nos relacionamos com os outros; é a tendência para ser
compassivo e cooperante, em vez de suspeitoso e antagonista face aos outros. Este traço reflete
diferenças individuais na preocupação com a harmonia social. Indivíduos “afáveis” valorizam a
boa relação com os outros. Eles são geralmente respeitosos, amigáveis, generosos, prestáveis e
dispostos a fazer compromissos. Pessoas “amigáveis” têm também uma visão otimista da
natureza humana. Elas acreditam que as pessoas são basicamente honestas, decentes e dignas
de confiança.
Indivíduos “menos afáveis” ou “não-amigáveis” põem o interesse próprio acima da boa relação
com os outros. Eles normalmente não se preocupam com o bem-estar dos outros e, por vezes o
seu ceticismo acerca dos motivos dos outros fá-los ser desconfiados e pouco cooperativos.
Em geral, pontuações altas indicam uma pessoa compassiva, amistosa e calorosa. Na outra
extremidade, estão os retraídos, críticos e egocêntricos.
5) Conscienciosidade
Em geral, aqueles com altas pontuações apresentam grande motivação, são disciplinados,
comprometidos e confiáveis. Os que apresentam resultados baixos são indisciplinados e se
distraem facilmente.
Pesquisas sugerem que indivíduos considerados líderes, tipicamente exibem baixos níveis de
neuroticismo, mantêm altos níveis de curiosidade (imaginam o sucesso), níveis balanceados de
conscienciosidade (organizados), e níveis balanceados de extroversão (sociáveis, mas não
excessivamente).
Quando a questão é ganhar dinheiro (área comercial, por exemplo), pesquisas sugerem que
aqueles com alto nível de afabilidade (especialmente homens) não são tão bem sucedidos em
acumular riqueza. É possível que esses indivíduos sejam muito passivos e não aspirem obter
altos níveis de renda.