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EXTENSOMETRIA E

TRANSDUTORES DE
FORÇA
Extensometria
“Extensometria é a técnica de medição de deformações na
superficiais dos corpos”

O conceito de deformação é expresso mediante uma


relação dimensional:
Tensão vs. Deformação
Deformação "=
! Tensão: ! = F
l A
Lei de Hooke :

" = E!
onde:
E = Módulo de Elastic.
σ = tensão
ε = deformação
 Efeito de Poison
 William Thomson (também conhecido por Lord Kelvin), em (1856), ao realizar
estudos experimentais com condutores de cobre e ferro submetidos à
solicitação mecânica de tração, verificou que a resistência elétrica que
percorria esses condutores era uma função da constante de resistividade
elétrica do material e das variáveis comprimento e seção transversal.
HISTORINHA …

 Entre 1937 e 1939, Edward Simmons (Califórnia Institute of


Technology, ­Pasadena, CA, USA) e Arthur Ruge
(Massachusetts Institute of Technology ­Cambridge, MA,
USA)
 A partir de 1950, o processo de fabricação dos
extensômetros adotou o método de manufaturar finas folhas
ou lâminas contendo um labirinto ou grade metálica, colado
a um suporte flexível feito geralmente de epóxi.
 As técnicas de fabricação de circuitos impressos são usadas
na confecção dessas lâminas, que podem ter configurações
bastante variadas e intrincadas.
Extensômetros Metálicos

(foil strain gage) - O elemento sensível é uma película de metal com poucos
micrometros de espessura, recortada mediante ataque fotoquímico. O comprimento
ativo é bem determinado, pois as espiras e as pistas de conexão são praticamente
insensíveis, devido a sua largura
Fundamentos dos Strain Gages
Deformação Def. Normal eT
Transversal
F eL F
e T = "! e L
A
Poisson’s
Δl l
ratio
! (stress)
E= Material resistivity
Mod. de Elasticidade: e (strain)
!l Element length
resistência de um strain gage: R=
A Cross section area

Quando um strain gage é deformado, a variação de resistência será:

( )R % ( )R % ( )R %
"R = & #"l + & #"A + & #"!
' )l $ ' )A $ ' )! $
Strain Gages

Variação relaiva de resistiencia:

!l #A #D
porque: = eL ; =2 = 2 e T = 2 ("! e L )
l A D
Poisson’s
ratio
logo:
"R
K= R
Define-se o Gage factor K: eL

Gage factor of a strain gage: K =

!
Strain Gages

Características:

1) Capazes de medir deformações de ±1%-5%


2) Pequenos e leves
3) Capazes de responder a
sinais em altas freqências (500kHz)
4) Ampla faixa de resposta linear
5) Constante de calibração
muito estável (gage factor aprox. 2)
6) Flexível e ajustável para diversas aplicações
7) Custo baixo (R$10)
Características elétricas:

São determinadas pelo sistema de aquisição:

• Valor da resistência: tipicamente 120 ou


350 ohms;
• Alimentação de 1,5V a 40V;
• Tipo de Conexão em ponte;
Sensibilidade dos Extensômetros

Em que K é conhecido como “gage factor” ou simplismente de sensibilidade,


cujo valor é fornecido pelo fabricante para cada lote de extensômetos.
Valores Típicos de Especificação

Faixa de Temperatura
Normal: -73 to +180°C
Short-Term: -190 to +200°C
Faixa de Deformação
+3% for gage lengths under 3,2mm
+5% for 3,2mm e acima
Fadiga
105 cycles at +1500 microstrain
106 cycles at +1500 microstrain
VALORES TÍPICOS
Tipos de Gages
strain gages tipo roseta

 Usado qdo a direção do carregamento for desconhecida (45°, 90°, 135°,


60°,120°) (a), (b)
 Existem rosetas para aplicações especiais (c)

(b)
(a)
(c)
EXEMPLOS : Esforços Radiais e Tangenciais

 Os extensômetros admitem configurações que tornam possível a medida


direta de esforços radiais e tangenciais
Amplification for Strain Gages

Sensitive instrumentation is
required to measure the small
changes in resistance produced by
strain gauges.

Wheatstone bridge is typically


used to measure resistances
accurately and dynamically over a
very large range (1 to 1,000,000 Ω).
Métodos de medida extensométrica:
Método Direto:

 Consiste em medir a diferença de potencial presente nos bornes de saída da ponte, com
a ajuda de um voltímetro.
Método de Zero:

Consiste em estabelecer o equilíbrio na ponte variando as resistências nos ramos


da ponte até se obter tensão zero na saída.
Compensação de temperatura

 Utilizando um extensômetro “dummy” pode-se compensar o efeito da temperatura.


De acordo com o estado de tensões:
 Medição de tensão numa única direção (ou
na principal): LINEAR;
 Direções Principais conhecidas: 90º;
 Medição de Torque: 45º (com referência ao
eixo de simetria);
 Direções Principais Desconhecidas: usa-se
rosetas. 0/45º/90º são usadas quando se
tem uma estimativa das direções principais.
Caso contrário usa-se: 0/60º/120º.
“Montagem” de medidas com pontes extensométricas:

Dependendo do tipo de solicitação no material formas diferentes de montagem


para os extensômetros devem ser utilizadas na ponte de Wheatstone.

CASO I : BARRA PRISMÁTICA DE EIXO RETO, SUBMETIDA A ESFORÇO DE


TRAÇÃO SIMPLES

 Para este caso podemos apresentar duas montagens diferenciadas do


sistema:
 Um gauge ativo, alinhado na direção da força
 Circuito 1: ¼ de ponte, alimentado com tensão constante
 Sem compensação de temperatura
Segunda montagem:

Dois gages ativos, em ramos adjacentes da ponte; um deles alinhado na direção


da força aplicada e o outro em direção perpendicular utilizando o efeito de
Poisson para aumentar a sensibilidade.
Circuito: ½ ponte.
Sem compensação de temperatura.
Terceira montagem:
 Quatro gauges ativos, dois de ramos opostos para a direção da força aplicada e os dois
restantes na direção perpendicular ao efeito Poisson.
 Circuito: ponte completa, alimentado com tensão constante.
 Com compensação de temperatura (resposta linear).
CASO II : BARRA PRISMÁTICA SUBMETIDA A ESFORÇO DE FLEXÃO SIMPLES

 Neste caso são produzidos esforços iguais e opostos: a superfície


convexa (superior) é solicitada por esforço de tração, enquanto a
côncava (inferior) é solicitada por compressão .
 quatro strain-gauges ativos, dois a dois em ramos opostos da ponte
e submetidos a esforços iguais, porém de sinal contrário
 Circuito: ponte completa.
 Com compensação de temperatura.
CASO III : BARRA PRISMÁTICA SUBMETIDA A ESFORÇO DE FLEXÃO E TRAÇÃO
Caso IV: Esforço de Torção

 Neste caso os strain-gauges são solicitados à máxima deformação, e por isso são
montados a 45° com as geratrizes.

• A equação de medida é idêntica à do caso Il, porém a relação entre a ten-são e a


deformação é determinada pelo Módulo de Elasticidade Transversal:
Aplicação Torque cont…
Strain gages usados como trandutores de
torque

e 2 = e 4 = !e1 = !e 3
T
Strained
e1 =
compressed
" ! G ! r3
V0 Fgage ! T
= Fgage ! e1 =
V " ! G ! r3
$
! T = Torque
!
# Fgage = Gage factor
! E
!G = = Shear mod ulus
" 2(1 + %)
Células de Carga

• Aplicado na medição de força e peso;


• Medição de forças compressivas
estáticas e dinâmicas;
• São tipicamente construídas com strain
gage e/ou sensores piezoelétricos;
• Abrangem faixas desde poucos kN a
700kN típicos;
Applicação : célula de carga com
elemento sensor do tipo viga engastada
Strain gages usados em
R1
R3 uma viga engastada
x l (cantilever type load cells)

R2 +e
w
R4
t
-e
F R1 R2 +
V0

-
Vs R1 R2 $"R1 "R3 "R2 "R4 ' Vs
V0 = 2&
+ # # )
(R2 + R1 ) % R1 R3 R2 R4 ( -
R4 R3

!
Applicações dos Extensômetros
Transdutores de Força:
F Strain gages usados
Como cel. De carga
tipo pilar

eT
R3 , R1
F $
eL = " ="
R2 , R4 A#E E
eL
!# F
eT = + = "! e L
A#E
Poisson’s
F ratio
Características gerais dos transdutores de força:

 Possuem elevada rigidez mecânica;


 Ótima linearidade;
 Baixa histerese com boa capacidade de
repetição;
 Alta sensibilidade com boa resolução;
 Trabalho em condições adversas.
Tipos de Células de Carga
 Célula de Carga Indutiva
Exemplos de células de carga:

Características Técnicas:
- Cápsula de medição piezo para 0-50g e
fotoresistiva para 0-5g
-Extrema precisão e linearidade dentro
de 0,1%
-- Faixa de medição entre 0,0 a 50,0g ou
0,0 a 5,0g.

Transdutor de Força
Celula de Carga (Exemplo Especificações)
Performance
Load range: 5 to 250 lbs Full

Non-Linearity: ±0.05% F.S. Scale


Hysteresis: ±0.03% F.S.
Non-Repeatability: ±0.03% F.S.
Output: 3 mV/V
Resolution: Infinite
Environmental
Temp. operating: 0 to 130 °F
Temp. compensated: 30 to 130 °F
Mechanical
Static overload: 50% over capacity
Arranjos para instalação dos
Extensômetros

R1 R2 R1 R2
VS VS

-
+

R4 R3 R4 R3

R1 R2 R1 R2
VS VS

-
+

R4 R3 R4 R3
Practical Implementation of Strain
Gages

Force
Strain gages Bridge Amplifier / filter
Input Computer

Preparation:
Parallel
• lixar a superfície
• limpar com um solvente
• colar = cianocrilato +
agente de cura
Most critical step !
Practical Implementation of Strain
Gages: Tape Installation method
• Surf ace preparation • Gage Bonding

- C leaning the s urfac e - P reparation

- A brading the s urfac e - P reparing the gage

- M arking the layout - T rans ferring the


L ines gage
- C onditioning - A pplying the
c atalys t
- A pplying the
adhes ive
- Removing the tape
• Leadwire A ttachment
- Stripping the
leadwires
• Protective
- A ttac hing the
Coating
leadwires
- A nc horing the
- A pplying the
leadwires
c oating
Extensômetro

É melhor ver um filme….

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