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Roma se transformou no maior império de sua época, mantendo uma extensão territorial
que contemplava desde o sudeste europeu até toda a bacia do Mediterrâneo. A civilização
romana deixou um legado importantíssimo para as sociedades vindouras, com destaque
para o desenvolvimento do direito, da arquitetura e do alfabeto latino. Sua história é
dividida em três grandes fases: Monarquia, República e Império.
Plebeus: pequenos proprietários e comerciantes; eram livres, mas não participavam da vida
política;
Durante a Monarquia, Roma foi governada por um rei, chefe militar e religioso supremo
com cargo vitalício, por um Senado, reunião dos chefes das famílias patrícias que
elaboravam as leis e limitavam as ações do rei, e posteriormente por uma Assembleia
Curiata, formada por todos os patrícios adultos que discutiam e votavam as leis elaboradas
pelo Senado.
O período da República foi marcado pela constante disputa dos plebeus por melhores
condições de vida e direitos semelhantes aos dos patrícios. Embora constituíssem a maioria
da população, os plebeus não tinham direitos políticos, não podiam se casar com os
patrícios, além do fato de se tornarem escravos quando não eram capazes de pagar suas
dívidas. Como uma reação a tal realidade, os mesmos se retiraram de Roma com o intuito
de fundar uma nova cidade. Com tal ameaça, os patrícios se viram obrigados a ceder e
atender às reivindicações das classes menos favorecidas por meio de leis mais favoráveis:
Lei das Doze Tábuas: conjunto de normas gravadas sobre pranchas de bronze e expostas
publicamente, já que as mesmas eram transmitidas oralmente somente aos patrícios;
Com a morte de Tibério e Caio Graco, um clima de desordem e agitação tomou conta das
cidades romanas. Isso fez com que diversos chefes militares tenham lutado pelo poder.
Após vencer Marco Antônio, Otávio assumiu o poder e procurou estabelecer uma relação
harmônica com o Senado, aspecto que pode ser percebido mediante os vários títulos que
os senadores lhe concederam, como “Príncipe” (mais importante cidadão do mundo
romano), “Augusto” (divino) e “Imperador” (general vitorioso).
Durante os mais de 40 anos de seu governo, Otávio elaborou políticas que favoreciam
tanto nobres, concedendo aos mesmos os mais altos cargos públicos, quanto plebeus,
concedendo a estes terras e até mesmo dinheiro (a famosa política “pão e circo”). O
resultado do governo de Otávio foi um longo período de paz e prosperidade, conhecido
como Paz Romana. Nessa época, houve um grande desenvolvimento urbano por meio da
construção de diversas obras de infraestrutura, como aquedutos, esgotos e estradas.
Entre os anos de 14 e 235, Roma se transformou na capital do mundo e viveu seu apogeu.
Durante esse período, o Império Romano foi governado por quatro dinastias de
imperadores:
Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;
Dinastia Antonina (96-192): imperadores Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, Marco
Aurélio e Cômodo;
A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a
crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra
imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.
O século III foi marcado por uma grande sucessão de imperadores, o que evidenciou a
instabilidade desse período, pois, em um período aproximado de 50 anos, o Império
Romano teve cerca de 16 imperadores – muitos deles mortos após conspirações.
Além disso, o fim da expansão territorial romana afetou fortemente a economia. A partir do
século II, o Império Romano passou a priorizar a manutenção do gigantesco território
conquistado. Isso afetou diretamente o sistema escravista, que era sustentado a partir dos
prisioneiros de guerra levados ao Império como escravos. A crise do sistema escravista foi
ampliada na medida em que os povos conquistados recebiam o direito à cidadania romana.
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