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A Alienação dos Paradigmas

por Thiago Costa Rodrigues

Ser humano, ser humano, como este ser é contraditório. Ao observar características
interessantes de pessoas que acreditam em algo, que possuem certos paradigmas, vemos como
o homem consegue limitar-se em seu procedimento racional. Sinceramente, era de se esperar
mais de um ser que tem como principal atributo o uso da razão. Porém não é isto que vemos.
Na verdade, o homem pode possuir conceitos tão bem definidos que qualquer um que
se levante contra este conceito, geralmente aceito pela maioria, será odiado por todos. Mas
que padrão mais irracional de se avaliar um paradigma. As pessoas já não vêm a verdade com
base na razão, mas em suas próprias crenças. Quando alguém se levanta contra as tradições e
resolve tentar abrir os olhos daqueles que estão escravizados por elas, ou apenas gerar um
espírito crítico afim de que a própria pessoa, por meio de suas próprias investigações, chegue
a conclusões que corroborem ou excluam suas opiniões pessoais, esse alguém encontra
barreiras intransponíveis, encontra seres bitolados, cegos, que não conseguem usar suas
faculdades mentais, mas estão encharcadas numa espécie de fé que as fazem decidir por si
mesmas serem limitadas, serem escravas de suas próprias convicções. Tentar gerar nelas um
espírito crítico que apenas as levem a observar de uma forma mais lógica ou racional suas
convicções e ideologias é como ferir um filho delas ou tocar em uma ferida que elas não
querem que seja vista.
Diante disso, o que sobra é uma sociedade cheia de pessoas decadentes
intelectualmente simplesmente porque não quiseram pensar, preferindo viver a incerteza de
algo que pode não ser a verdade. Este espírito conformista que há nas pessoas as tornam
condescendentes com o erro de tal forma que as únicas frases que encontramos diante da
inserção de algum conhecimento é: Não importa o que ele diga, minha fé não mudará nada
por causa disso.
No final encontramos pessoas que preferiram firmar seus pés sobre a areia ao invés de
procurarem uma rocha onde pudessem estar mais firmes. Mas em algum momento isto virá a
tona, e quando elas forem confrontadas com seus paradigmas, elas enfrentarão dentro de si
uma luta sanguínea por não terem buscado respostas, por não fazerem perguntas. Negando o
conhecimento, elas se entregarão a dor de ver seus paradigmas morrendo da maneira mais
introspectiva possível, vendo seus castelos de ilusões ruírem. E tudo ocorrerá porque
preferiram acreditar em si mesmas, nos mentirosos, vivendo finais felizes.
Só há duas maneiras das pessoas se libertarem de um paradigma errado: por meio do
conhecimento, ou por meio da dor. Como as pessoas rejeitam o conhecimento, ou qualquer
um que tente gerar nelas o conhecimento, elas sofrerão a dor que poderiam ter evitado se
apenas parassem para ouvir antes de quererem falar de algo que não conhecem.

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