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MP E MAGISTRATURAS ESTADUAIS PRIME

Disciplina: Direito Penal


Prof.: Cleber Masson
Aula: 05
Monitor: Adrian

MATERIAL DE APOIO - MONITORIA

Índice

I. Anotações da aula
II. Lousas

I. ANOTAÇÕES DA AULA

Teoria Geral do Crime

1. Conceito de crime

O conceito de crime varia em conformidade com o critério que se adota para defini-lo.

a) Critério material

Crime é a ação ou omissão humana ou da pessoa jurídica (crimes ambientais) que lesa ou
expõe a perigo de lesão um bem jurídico penalmente protegido.

Esse conceito funciona como um complemento ao princípio da reserva legal.

b) Critério legal

Crime é o que a lei define como tal

Infração penal (crime e contravenção penal), a diferença é meramente qualitativa e


quantitativa.

É o delito, é sinônimo de crime, o Brasil adota sistema dicotômico ou dualista, ou seja,


diferenciando crime ou delito de contravenção penal.

Alguns países adotam o sistema tricotômico. Isto é, dividido em: a) crime; b) delito; c)
contravenção penal.

Contravenção penal: Também chamado de crime anão, crime vagabundo, crime liliputiano. As
contravenções penais são de competência da Justiça Estadual.

Conceito legal de crime, perante o art. 28 da Lei de drogas? O STF disse que não houve
descriminalização da conduta.

c) Critério formal

Esse conceito leva em conta a estrutura do crime.


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2. Teorias para definição de crime

a. Teoria quadripartite

O fato típico é composto por (ilicitude, culpabilidade e punibilidade). O grande nome é


Basileu Garcia.

O grande problema é a punibilidade, sendo que não é elemento, mas sim apenas a
consequência do crime.

b. Teoria tripartite

Para essa teoria o crime é composto por (fato típico, ilicitude, culpabilidade).

c. Teoria bipartida

Para essa teoria o crime é composto de dois elementos (fato típico e ilicitude). Para essa
teoria a culpabilidade funciona como pressuposto de aplicação da pena.

3. Fato típico

a) Conceito

É o fato praticado pelo ser humano ou pessoa jurídica que encontra correspondência em um
modelo de crime ou contravenção penal

b) Elementos

a. Conduta
b. Resultado
c. Relação de causalidade
d. Tipicidade

c) Crimes materiais ou causa

Também chamados de crimes de resultado, são aqueles em que o tipo penal contém conduta e
resultado naturalístico, e exige a produção desse ultimo para a consumação.

d) Crimes formais ou de mera conduta.

Também chamados de crimes com consumação antecipada ou crime de resultado cortado. São
aqueles em que os tipos penais contem conduta e resultado naturalístico, mas dispensa este
ultimo para a consumação.

O que os crimes formais e os crimes de mera conduta têm em comum? Eles se consumam com
a prática da conduta.

Exaurimento, zaffaroni, diz que é a consumação material.

4. Conduta

a) Conceito finalista
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Conduta é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária dirigida a um determinado fim.

Cresceu na Alemanha – 1930 por Hans Welzel.

b) Formas de conduta

A conduta pode ser praticada por ação (crime comissivo) ou por omissão (crime omissivo).

Crimes omissivos:

Próprios ou puros

São aqueles em que a ação está descrita no tipo penal.

São crimes comuns ou gerais. Esses crimes são classificados como crimes
Unissubsistentes (São aqueles crimes em que a conduta é praticada mediante um único
ato suficiente para a consumação).

Esses crimes não admitem tentativa

Impróprios, espúrios ou comissivo por omissão

O tipo penal descreve uma ação, mas a inercia do agente leva a produção do resultado
naturalístico;

Os crimes omissivos impróprios são plurissubsistentes, com isso, admitem tentativa.

Os Comissivos estão previstos em normas proibitivas, os crimes omissivos estão por sua vez
previstos em normas preceptivas.

Crimes de conduta mista a) ação; b) Omissão.

Observações gerais

a) Não há crime sem conduta

O direito penal moderno não admite o crime de mera suspeita. Esses crimes são aqueles
em que o agente não pratica uma conduta penalmente relevante, ele é punido pela mera
suspeita despertada pelo seu estilo de vida.

O STF diz que esse art. 25 da LCP não foi recepcionado pela CF/88. Por que isso é um
típico exemplo do direito penal do autor.

b) Exclusiva do ser humano

O direito penal não se ocupa pelos atos da natureza, dos animais sem interferência do
homem.

c) Conduta voluntária

Apenas a conduta voluntária interessa ao direito penal.


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d) Atos projetados no mundo exterior

Apenas esses atos interessam ao direito penal. A fase de cogitação nunca é punível. Por
isso a fase da cogitação é chamada de “claustro psíquico”.

Exclusão da conduta

a) Caso fortuito e força maior

São acontecimentos imprevisíveis e inevitáveis que escapam do controle da vontade


humana.

b) Sonambulismo e hipnose

c) Coação física irresistível

Exclui a conduta – dato atípico

Coação moral irresistível há conduta ela exclui a culpabilidade, porque ela exclui da
exigibilidade de conduta diversa.

d) Atos ou movimentos reflexos

São reações corporais a uma determinada provocação.

Isso é diferente de ações em curto circuito, pois nessa é uma explosão emocional
repentina, essa ação pode ser controlada (aqui existe conduta).

Os atos habituais, mecânicos ou automáticos, são aqueles atos que as pessoas fazem
automaticamente (exemplo, dirigir apenas com uma mão).

5. Resultado

Efeito / reflexo da conduta

Espécies

a) Resultado jurídico ou normativo

É a violação da lei penal como ofensa ao bem jurídico penalmente protegido.

b) Material ou naturalístico

Apenas os crimes materiais consumados têm resultado material naturalístico.

II. LOUSAS

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