Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Metrologia e
Instrumentação
Informações da disciplina
6. Fundamentos da metrologia
Certi/Prof. Donatelli
Metrologia, Unidades e
Padrões
Conceito de Metrologia
Abrangência da Metrologia
Importância da Metrologia
Comércio.
Inovação e transferência de
tecnologia.
Intercambialidade de produtos e
serviços.
Proteção ao consumidor.
Saúde e segurança.
NCSL INTERNATIONAL
Breve histórico do SI
9 O desenvolvimento da linguagem ...
9 A necessidade de contar ...
9 Só os números não bastam ...
9 Unidades baseadas na anatomia ...
9 A busca por referências estáveis ...
Área
Comprimento m m2 Força
Tempo s m.s-2
Pa pascal
Aceleração
Pressão
Fonte: NPL/Inglaterra
1 Pa = 1 N / 1 m2
O metro (m)
• 1793: décima milionésima parte do quadrante
do meridiano terrestre.
• 1889: padrão de traços em barra de platina
iridiada depositada no BIPM.
• 1960: comprimento de onda da raia alaranjada
do criptônio.
• 1983: definição atual
– é o comprimento do trajeto percorrido pela luz
no vácuo, durante um intervalo de tempo de
1/299 792 458 de segundo.
• Observações:
– assume valor exato para a velocidade da luz no
vácuo.
– depende da definição do segundo.
– incerteza atual de reprodução: 10-11 m.
14
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Curiosidades ...
15
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
O segundo (s)
• É a duração de 9 192 631 770
períodos da radiação correspondente
à transição entre os dois níveis
hiperfinos do estado fundamental do
átomo de Césio 133.
• Observações:
– Incerteza atual de reprodução: 3.10-14 s Relógio atômico
Relógio atômico do
do NIST
NIST /EUA
/EUA
Exatidão de
Exatidão de 11 ss em
em 20
20 milhões
milhões
de anos
de anos
Fonte:NCSL
Fonte: NCSL INTERNATIONAL
INTERNATIONAL
16
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Curiosidades ...
17
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
O quilograma (kg)
• É igual à massa do
protótipo internacional do
quilograma.
– Incerteza atual de
reprodução: 10-9 g
– Busca-se uma melhor
definição através de
outras propriedades
físicas mais estáveis.
http://www.bipm.fr
18
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Curiosidades ...
19
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
O ampère (A)
20
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
O kelvin (K)
• O kelvin, unidade de
temperatura termodinâmica, é a
fração 1/273,16 da temperatura
termodinâmica do ponto tríplice
da água.
Múltiplos e submúltiplos
24 -1
10 yotta Y 10 deci d
21 -2
10 zetta Z 10 centi c
18 -3
10 exa E 10 mili m
10
15
peta P 10
-6
micro µ
1012 tera T 10 -9 nano n
109 giga G 10 -12 pico p
106 mega M 10 -15 fento f
3 -18
10 quilo “k” 10 atto a
2 -21
10 hecto “h” 10 zepto z
1 -24
10 deca “da” 10 yocto y
23
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
24
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
25
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Exemplo: 5N ou 5 N
28
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Alguns enganos
O símbolo é um sinal convencional e invariável utilizado para facilitar e universalizar a escrita e a
leitura das unidades SI. Por isso mesmo não é seguido de ponto.
correto errado
segundo s s. ; seg.
metro m m. ; mt. ; mtr.
quilograma kg kg. ; kgr.
hora h h. ; hr.
O símbolo das unidades SI é invariável; portanto não pode ser seguido de "s" para indicar o plural.
correto errado
cinco metros 5m 5 ms
dois quilogramas 2 kg 2 kgs
oito horas 8h 8 hs
29
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Alguns enganos
Os símbolos das unidades SI não podem ser escritos na forma de expoente.
correto errado
250m 250m
10g 10g
2mg 2mg
correto errado
quilômetro por hora quilômetro/h
km/h km/hora
metro por segundo metro/s
m/s m/segundo
30
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Alguns enganos
Como escrever o grama
Grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever (e pronunciar) essa unidade, seus
múltiplos e submúltiplos, faça a concordância corretamente.
Exemplo: dois quilogramas; duzentos e cinqüenta gramas; quinhentos miligramas; oitocentos e um
gramas.
correto errado
quilograma quilo
quilômetro quilo
correto errado
quilograma kilograma
quilômetro kilômetro
quilolitro kilolitro
Os símbolos ' e " representam minuto e segundo enquanto unidades de ângulo plano e não de
tempo.
correto errado
9h 25min 6s 9:25h ou 9h 25' 6"
31
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Alguns enganos
• Errado • Correto
– Km, Kg – km, kg
–µ – µm
– a grama – o grama
– 2 hs, 15 seg – 2 h, 15 s
– 80 KM – 80 km/h
– 250°K – 250 K
– um Newton – um newton
32
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Exemplos
33
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Sistema Metrológico
34
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
DIMCI
IRD COMITÊ GESTOR ON
Atuação do Inmetro
INMETRO
NORDESTE
20 8
0
0
5,4% SUDESTE 2
/
C
R
291 A
M
NORTE 78,0% -
O
R
5 T
E
M
1,3% N
I
:
E
T
N
O
F
CENTRO OESTE
7
1,9%
NORDESTE
18
6,5% 8
0
0
SUDESTE 2
/
C
NORTE 213 R
A
M
4 76,9% -
O
R
1,4% T
E
M
IN
:
E
T
N
O
F
CENTRO OESTE
4
1,4%
É a propriedade do resultado de
uma medição, ou do valor de
um padrão, estar relacionado a
referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais
ou internacionais, através de
uma cadeia contínua de
comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas
(VIM).
Pirâmide da rastreabilidade
B unidades do SI
IP
M
padrões internacionais
LN padrões nacionais
M
padrões de referência de laboratórios
C
de calibração
al
ib
ra
padrões de referência de
ção
laboratórios de ensaios
En
s ai
os
In
dú
st
ria
padrões de trabalho de
e
laboratórios de chão de
ou
fábrica
tr
os
5E-7 m
Physikalisch-Technische
Bundesanstalt
6E-7 m
7E-7 m
20 a 30E-7 m
Confiabilidade
metrológica na
indústria
– A metrologia na atividade industrial
– Bases para confiabilidade metrológica.
– Por que implantar um sistema de confiabilidade metrológica na indústria?
– Normalização e Guias para metrologia
– Garantia da qualidade das medições na indústria
Cliente /
Distribuição
Distribuição Mercado Planejamento
Planejamento
eeserviço
serviço deproduto
de produto
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Vendas
Vendas doproduto
do produto
Desenvolvimento
Desenvolvimento
Fabricação
Fabricação doprocesso
do processo
Compras//
Compras
fornecedores
fornecedores Certi/Prof. Donatelli
Para reflexão...
É muito comum medirmos:
9demais,
9de menos,
9sem saber por que,
9sem sabermos para que,
9sem analisarmos como...;
Para reflexão...
Vibrações Classe de
Umidade
exatidão Qualidade
Prop. físicas de fabricação
Temperatura Estabilidade
Estabilidade Prop. químicas Desgaste
Erro de
medição
Padrões Cansaço
Supervisão
periódica Tédio
Calibração
Motivação
Medição Ajustes Treinamento
Procedimento Operador
ISO 9000:2000
ISO 10012:2003
ISO GUM
ISO/IEC 17025
ISO 14253
VIM
SI
Especialização em Engenharia de Gás Natural 52
Metrologia e Instrumentação
8.4 Melhoria
5 Responsabilidades
da gerência
dos clientes
Requisitos
Satisfação
do cliente
6 Gestão 8 Análise e melhoria
dos do sistema de gestão
recursos da medição
7 Confirmação e realização
Input do processo de medição Output
7.1
7.2 Processo Resultados
Confirmação
de medição de medição
metrológica
Portaria Conjunta Nº 1
Elaborada pela ANP/ INMETRO.
Emitida em 19 de Junho de 2000.
Regulamenta a medição de petróleo e gás natural na área de E&P e de
transporte.
• Turbina
• Ultra-sônico
Flow D
• ISO
• AGA (API)
Confirmação metrológica
Conjunto de operações necessárias para garantir que o equipamento de
medição atende os requisitos definidos pelo uso.
– Nota 1: geralmente inclui a calibração e verificação, qualquer ajuste ou
reparo necessário e a recalibração subseqüente, a comparação com
requisitos metrológicos determinados pelo uso e também qualquer
identificação necessária.
– Nota 2: a confirmação metrológica não é atingida até que a
adequabilidade do equipamento de medição para o uso seja
demonstrada e documentada.
– Nota 3: os requisitos determinados pelo uso incluem a faixa de medição,
a resolução e o erro máximo permissível.
Recomendações para a
garantia da qualidade
das medições na sua
empresa.
Recomendação No 1
Cultura metrológica
Desenvolver atividades que facilitem o entendimento de que atividade
metrológica pode e deve agregar valor aos produtos e processos da empresa.
Tentar demonstrar:
– Pode e dever ser disseminada para todos setores onde ela atua;
Recomendação No 2
Formação da Base de Conhecimento
Recomendação No 3
Gestão da Metrologia
Recomendação No 3
Gestão da Metrologia
Recomendação No 3
Gestão da Metrologia
Recomendação No 3
Gestão da Metrologia
– Conceitos
– Medidas de posição e de dispersão
– Coeficiente de variação
– Principais distribuições de probabilidades
– Intervalo de confiança
Conceitos
74
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Conceitos
75
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Se x1, x2, ..., xn são os valores dos dados, então podemos escrever a
média aritmética como
76
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
∑X
19
27 i
24 i =1 31 + 38 + L + 39
42 X= = = 29 ,82
32
11 11
18
43
15 Média 29,82 =SOMA(B4:B14)/CONT.NÚM(B4:B14)
39 Média 29,82 =MÉDIA(B4:B14)
MODA
MEDIANA
Amostra
Amostra
31 Mediana 31,00 =MED(B4:B14)
14 14 14 13
38
12 14 15 15
19
13 15 13 16
27
11 17 12 12
24
12 14 14 12
42
13 11 13
32
16 13 14
18
43
Moda 14,00 =MODO(B4:B10;C4:C10;D4:D10;E4:E8)
15
39
77
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
2ª propriedade:
Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante (c) a todos os valores de
uma variável, a média do conjunto fica aumentada (ou diminuída) dessa
constante.
3ª propriedade:
Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma variável por uma
constante (c), a média do conjunto fica multiplicada (ou dividida) por essa
constante.
78
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Quando nosso interesse não se restringe à descrição dos dados mas, partindo da
amostra, visamos tirar inferências válidas para a respectiva população, convém
efetuar uma modificação, que consiste em usar o divisor n - 1 em lugar de n.
A fórmula ficará então:
80
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
1ª propriedade:
Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante a todos os valores de uma
variável, o desvio padrão não se altera.
2ª propriedade:
Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma variável por uma
constante (diferente de zero), o desvio padrão fica multiplicado ( ou dividido)
por essa constante.
81
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
82
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
83
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
84
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
http://www.inf.ufsc.br/~marcelo/intro.html
85
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
86
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
87
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Intervalo de confiança
Toda afirmação deve vir acompanhada de um grau de confiança, ou grau de certeza, ou
seja quanto se está certo ao comunicar aquela informação.
90
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Lapponi
91
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Terminologia e
conceitos metrológicos
– Calibração, Aferição, Verificação e Ajuste
– Exatidão e Precisão
– Valor Verdadeiro Convencional
– Erro sistemático, Tendência, Correção e Incerteza da medição
– Valor de uma Divisão e Resolução
– Erro fiducial, Classe de Exatidão, Histerese e Linearidade
– Repetitividade e Reprodutibilidade
92
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
gerador da grandeza
ISMC
I Comparação ISMP
I I - Indicação
SMC SMP
93
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
94
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Ajuste Regulagem
Mecanismo de
Mecanismo regulagem do “zero”.
de ajuste
www.bringer.com.br
Observações:
1) “Valor verdadeiro convencional” é as vezes denominado valor designado,
melhor estimativa do valor, valor convencional ou valor de referência. “Valor de
referência”.
2) Freqüentemente um grande número de resultados de medições de uma
grandeza é utilizado para estabelecer uma valor verdadeiro convencional.
97
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
98
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Observação:
99
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Ea Ea
Es Es
A B
D C
Ea Ea
Es Es
100
Especialização
Prof. Armando Albertazzi/UFSCem Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
101
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
102
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Observação:
1) Tendência de um instrumento de medição é normalmente estimada pela
média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas
103
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Td C = -Td
Fonte: Prof. Armando Albertazzi/UFSC
Prof. Armando Albertazzi/UFSC
104
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
0 1 2 3 4
Observações:
1) Para dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o
dígito menos significativo varia de uma unidade.
108
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
109
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Por exemplo, manômetro classe de exatidão A3 (0,25% VFE, ABNT NBR 14105).
110
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Observação:
O valor especificado é geralmente denominado de valor fiducial, e
pode ser, por exemplo, a amplitude da faixa nominal ou o limite superior
da faixa nominal do instrumento de medição.
Exemplo:
Erro fiducial em relação ao valor final de escala (VFE):
Aplicado normalmente a manômetros, voltímetros, etc.
Exemplos:
Emáx = ± 1% do VFE
Re (95%) = ± 0,1%
111
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Histerese
Desvio entre os valores do sinal de saída para o mesmo valor do sinal de
entrada, quando medidos em sentido oposto do ciclo de medição. Usualmente
determinada pela diferença entre o desvio máximo das curvas ascendente e
descendente do ciclo de medição, expresso em porcentagem da amplitude da
faixa expandida).
Transmissor
Observações:
1) A zona morta pode depender da taxa de variação.
2) A zona morta, algumas vezes, pode ser deliberadamente ampliada, de
modo a prevenir variações na resposta para pequenas variações no
estímulo.
Fundamentos
da Metrologia
– Medição e seus Métodos
– Erros na Medição: tipos e fontes
– Calibração
– Avaliação da Incerteza da Medição
– Avaliação da Conformidade com a Especificação
– Exemplos de Calibração e Medição
127
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Medição
Medição é um procedimento experimental em que o valor momentâneo de uma
grandeza física (grandeza a medir ou mensurando) é determinado como um
múltiplo ou fração de uma unidade, estabelecida por um padrão reconhecido.
128
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Medição
A medição é realizada com o auxílio de um instrumento de medição ou sistema de
medição (SM). Desta operação de medição resulta a indicação, caracterizada por um
número, acompanhado da unidade da leitura.
RM – Resultado da medição
RB – Resultado base
RC – Resultado corrigido
IM – Incerteza de medição
129
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Métodos de Medição
130
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Métodos de Medição
O método da zeragem ou compensação
Esse método consiste na geração de uma grandeza padrão com valor
conhecido, equivalente e oposto ao mensurando, de forma que as duas,
atuando sobre um dispositivo comparador, indiquem diferença zero.
Uma variante deste método é a medição por substituição. Neste caso, substitui-
se o mensurando por um elemento que tenha seu valor conhecido e que cause
no SM o mesmo efeito que o mensurando. Quando estes efeitos se igualam,
assume-se que os valores destas grandezas também são iguais.
131
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Métodos de Medição
O método diferencial
É a combinação dos dois métodos anteriores. O mensurando é comparado a uma
grandeza padrão e sua diferença medida por um instrumento que opera segundo
o método da indicação.
Normalmente o valor da grandeza padrão é muito próximo do mensurando de
forma que a faixa de medição do instrumento que opera por indicação pode ser
muito pequena. Como conseqüência, seu erro máximo pode vir a ser muito
reduzido sem que seu custo se eleve.
Exemplo: calibração de blocos padrão, medição com relógio comprador, etc.
0
40 10
30 20
dA
P a d r ã o d e C o m p r im e n to :
B lo c o P a d r ã o = 5 0 m m
132
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Mensurand
o
Sinal fraco
133
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da indicação do
instrumento de medição e o valor verdadeiro convencional, isto é:
Onde
E = erro de medição
I = indicação E = I - VVC
VVC = valor verdadeiro
convencional
134
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Tipos de Erros
E = erro de medição
Es = erro sistemático E = Es + Ea +
Ea = erro aleatório
Eg = erro grosseiro Eg
O erro sistemático
135
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Tipos de Erros
O erro aleatório
O erro grosseiro
136
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Td = MI - VVC
137
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Tipos de Erros
O erro aleatório
138
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Tipos de Erros
O erro aleatório
Re = ± t . s
Re = faixa de dispersão dentro da qual se situa o erro aleatório
(normalmente para probabilidade de 95%)
t = é o coeficiente “t” de Student
s = desvio padrão experimental da amostra de n medidas
139
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Neste caso, o valor desta massa pode ser assumido como o valor verdadeiro
convencional (VVC) do mensurando.
140
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
141
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
Por observação direta nota-se que os valores das doze indicações estão
enquadradas na faixa de 1015 ± 3 g.
142
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
∑ (I i − I )2
s= i =1
n −1
143
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
144
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
Dicas no Excel®
Sintaxe
=INVT(probabilidade;graus_liberdade)
Probabilidade é a probabilidade associada à distribuição t de Student
bicaudal (1-probabilidade)
Graus_liberdade é o número de graus de liberdade que caracteriza a
distribuição (n-1)
Resulta em 2,201
145
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Erros na Medição
Exemplo
onde:
MI = valor médio das indicações
Td = tendência
Re = repetitividade
n = número de medidas efetuadas (12)
RM = (1000 ± 1) g
146
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Fontes de Erros
Os erros são provocados pela ação isolada ou combinada de vários fatores que
influenciam sobre o processo de medição, envolvendo o equipamento de medição, o
procedimento de medição, a ação de grandezas de influência, o mensurando, o
ambiente e o operador.
147
Especialização em Engenharia de Gás Natural
Metrologia e Instrumentação
Calibração
Métodos de Calibração
Calibração Direta
Métodos de Calibração
Calibração Indireta
De uma maneira geral, essa relação de incertezas entre o padrão e o que foi
calibrado é idealmente:
Uc
Up =
Onde: 10
Up é a incerteza expandida associada ao padrão de referência
Uc é a incerteza expandida associada ao sistema de medição a calibrar
ROTEIRO GENÉRICO
a) Definição dos objetivos da calibração
b) Caracterização do instrumento a calibrar
c) Seleção do Sistema de Medição Padrão
d) Planejamento e preparação do experimento
e) Execução da calibração
f) Processamento e documentação
g) Análise dos resultados
h) Apresentação dos resultados
9O tipo de instrumento;
9O custo da calibração.
Resultado conforme:
Máximo [tendência + Incerteza (95%)] <= Erro máximo admissível
Resultado conforme:
Máximo [tendência2 + Incerteza (95%)2]1/2 <= Erro máximo admissível
Atenção:
1. O erro máximo admissível deve muito menor que a tolerância do processo ou do
produto;
2.Rigorosamente falando, o erro máximo admissível é apenas uma fonte de
incerteza no balanço global de incerteza do processo de medição.
Sugestões:
1 – Fazer ajuste ou reparo;
Ações adotadas: Esse equipamento não deve retornar ao serviço e ações corretivas tais
como ajustes, reclassificação, análise crítica do intervalo de calibração ou retirada de uso,
devem ser tomadas.
Ações adotadas: Esse equipamento não deve retornar ao serviço e uma ação corretiva deve
ser tomada. Essas ações devem ser tomadas mesmo com a média estando dentro dos limites
de especificação porque, em função da incerteza da calibração, existe uma probabilidade
estatística da existência de valores que estejam fora da especificação.
Quando não está em nosso poder seguir o que é verdadeiro, deveríamos seguir
o que é mais provável.
René Descartes Matemático e filósofo francês 1596-1650.
Diversos são os fatores que contribuem para esse quadro, dentre eles
podemos destacar: a falta de cultura metrológica, a forma lacônica como as
normas de garantia da qualidade abordam essa questão e carência de guias
simplificados para auxiliar os setores de metrologia nas empresas[1].
[1]Opinião do autor.
Diversos são os fatores que contribuem para esse quadro, dentre eles
podemos destacar: a falta de cultura metrológica, a forma lacônica como as
normas de garantia da qualidade abordam essa questão e carência de guias
simplificados para auxiliar os setores de metrologia nas empresas[1].
[1]Opinião do autor.
Basicamente, dois parâmetros numéricos devem ser estimados para cada fonte de
incertezas: a incerteza padrão (u), e a correção (C).
A incerteza padrão é uma medida relacionada aos erros aleatórios trazidos pelas
fontes de incerteza.
y = f ( x1, x2 , ... , xn )
Procedimento Tipo A:
− 1 n
q = ∑ qk
n k =1
n 2
⎛⎜ q − q− ⎞⎟
∑
k =1
⎝ k ⎠
s( q ) =
n −1
Quando é utilizado o valor médio das indicações, obtido a partir da média de um conjunto
de “m” indicações de q, o desvio padrão experimental da média de q é estimado por:
⎛ −
⎞ s( q )
s⎜⎝ q⎟⎠ =
m
Neste caso, a incerteza padronizada associada à variável q, representada por u(q), é
estimada pelo desvio padrão da média das “m” observações efetuadas. Assim:
u(q) = s⎜⎝q⎞⎟⎠
⎛ −
Quando não são envolvidas médias de indicações, mas apenas um único valor da
indicação, a incerteza padronizada coincide com o desvio padrão experimental s(q), que já
deve ter sido determinado a priori.
υ = n −1
ν é o número de graus de liberdade com que a incerteza é determinada
n é o número de medições usadas para estimar a incerteza padrão
O tipo de distribuição de probabilidade assumida para a fonte de incerteza tipo “A” é a normal.
Procedimento Tipo B:
Para incertezas não correlacionadas, a incerteza combinada (uc) pode ser estimada a
partir das incertezas padronizadas de cada fonte de erro por:
U = k . uc
Onde:
Uc é a incerteza combinada;
k é o fator de abrangência ou t de student para o número de graus de liberdade efetivo (νef).
U é a incerteza expandida (aproximadamente 95%) para o processo de medição.
EEspecificação
specificação
Identificação
Identificação
das
das fontesde
fontes deincertezas
incertezas
RReavaliar
eavaliaras
asfontes
fontes
QQuantificação
significativas
significativasde
de 1
uantificação incertezas
incertezas
das
das fontesde
fontes deincertezas
incertezas
TTipo
ipoAA
Avaliação
A valiação AAvaliação
valiação
Tip
ou
ou
TipooAA TTipo
Tip
TipooBB
ipoBB??
CCálculo
álculoda
daincerteza
1 padrão
incerteza
padrão combinada
com binada
N ão
AAinincerteza
certeza
calcu
calculad
ladaa S im
CCálculo
álculoda
da
satisfaz
satisfazaa FFim
im
incerteza expandida inincerteza
certezareqrequuerid
eridaa
incerteza expandida ppara o S M ?
ara o S M ?
3 20,14
4 20,12
Balança digital
5 20,18
Resolução: 0,02 g
Temperatura ambiente: (20,0 ±
1,0)ºC Média 20,140
Incerteza da correção: ± 0,002 g
(95%) Sx 0,0316
9O mensurando neste caso é o peso-padrão, que está bem defino com um valor nominal,
uma correção e uma incerteza associada.
Condições gerais:
Outras fontes como reprodutibilidade de operadores, drift com a temperatura etc. podem
ser considerados desde que estimados suas variações e efeitos sistemáticos.
Repetitividade
A incerteza padronizada da repetitividade da balança pôde ser estimada a partir das cinco
indicações. O desvio padrão (s(x)) calculado para a amostra das cinco indicações é de
0,0316 g. O número de graus de liberdade é igual ao número de medições menos um, logo ν
Re = 4.
Como a média das cinco medições está sendo considerada, a incerteza padronizada a ser
adotada é a incerteza da média de cinco medições, calculada como segue:
s (x ) 0,0316
u rep = = = 0,0141
5 5
Especialização em Engenharia de Gás Natural 191
Metrologia e Instrumentação
(ν PP = ∞) Upp 0,002
u PP = = = 0,001 g
t 2
Resolução da balança
A incerteza padronizada proveniente da resolução limitada da balança pode ser
determinada assumindo uma distribuição retangular (ou uniforme) com a = R/2. Como a
distribuição retangular está sendo assumida, o número de graus de liberdade é infinito.
Assim:
a R /2 0,01
(ν PP = ∞) u res = = = = 0,00577 g
3 3 3
A correção combinada calculada pela soma algébrica das correções individuais coincide, neste
caso, com a única fonte de incerteza com contribuição sistemática. Logo:
Cc = Cpp = -0,005 g
uc = u rep uc = 2 2 2 uc = ±0,0153 g
1 + u pp + u res
2 2 2
( 0,0141) + ( 0,0010 ) + ( 0,00577 )
4 4 4 4
O número de graus de liberdade efetivo é calculado: (0,0153 ) (0,0141
) (0,0010) (0,00577)
= + +
νef 4 ∞ ∞
νef = 5,49.
O valor inteiro imediatamente inferior é 5. Esse é o valor que vamos utilizar na tabela t de
student.
RM = (19,99 ± 0,04) g
?
Então como tomar decisões
seguras sobre a aceitação ou
não de produtos na presença
da incerteza da medição?
Incerteza de medição
Incerteza de medição
nas calibrações
11 Incerteza de medição no processo de
Incerteza de medição no processo de
22
nas calibrações medição “em chão de fábrica”
internas medição “em chão de fábrica”
internas
Critério de aceitação
Não
Emav≤≤Emad
Emav Emad
Sim
Decidir sobre ações
Decidir sobre ações
a serem tomadas
a serem tomadas
O equipamento de medição
O equipamento de medição
pode ser utilizado
pode ser utilizado
para a medição
para a medição
das grandezas críticas
das grandezas críticas
Não
Revisão do procedimento
Revisão do procedimento
A relação está de medição
A relação está de medição
satisfeita? e suas fontes de incertezas
satisfeita? e suas fontes de incertezas
Sim
Bibliografia pesquisada
ABNT NBR ISO 10012-1, Sistemas de gestão de medição – Requisitos para os processos de medição e
equipamento de medição. 2004.
ABNT, NBR ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração.
2005.
ABNT/INMETRO - Guia para a Expressão da Incerteza de Medição. Terceira Edição Brasileira (Guide to
the Expression of Uncertainty in Measurement). Edição Revisada. Rio de Janeiro, Agosto, 2003.
ISO 14253- 1, Geometrical Product Specifications (GPS) – Inspection by measurement of workpieces and
measuring equipment – Part 1: Decision rules for proving conformance or non-conformance with
specifications, 1998.
Gonçalves, A, A, Metrologia - Parte 1, UFSC, Florianópolis, 2004 – Apostila utilizada nos cursos de
graduação e pós-graduação.