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CURSO DE

MOTORES DIESEL
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PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
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MOTORES DIESEL

BOMBAS DE INJEÇÃO suficientemente alta e dificultará a ignição do óleo die-


sel. O resultado é a perda de potência.

A bomba deverá injetar o combustível com o avanço


As bombas de injeção, junto com os injetores tem a certo e ele ficará ligado às revoluções do motor.
missão de fornecer o óleo Diesel, sob pressão, para que
ingresse na câmara de combustão dos diferentes cilin-
dros do motor. Duração
Para fazer com que isto aconteça, existem uma gran- A injeção do óleo diesel estende-se por um determina-
de quantidade de sistemas, e que em sua grande maio- do período de tempo, durante o qual, o pistão termina
ria, funcionam para atender os seguintes parâmetros: o seu curso no tempo de compressão e logo depois
• Pressão começa a descer.
• Volume ou medida Se esse período fica curto ou muito comprido, é igual
• Sincronização a que a injeção fique atrasada ou adiantada. Por outra
• Duração parte, se no período correspondente à pré-combustão,
o óleo diesel é injetado por um período de tempo mui-
• Atomização
to comprido, as batidas do motor serão excessivas.

Pressão O tempo de injeção varia nos diferentes motores, de-


pendendo principalmente do tipo de câmara de com-
bustão, velocidade do motor e as características do com-
A bomba injetora deverá atingir pressões desde os 80 bustível utilizado.
kg/cm2 até 300 kg/cm2. Para obter esses valores de pres-
são, são necessários materiais de muita resistência e
com uma usinagem de muita precisão dos elementos,
da ordem de milésimos de milímetros. Atomização
O combustível é introduzido em forma de spray na

Volume câmara de combustão, procurando a melhor mistura do


óleo diesel com o oxigênio do ar.

A quantidade de combustível injetado, deve ser per- O grau de atomização, dependerá do tipo de câmara
feitamente dosificado, segundo cada condição de funci- de combustão e podem ser obtidos diferentes tipos de
onamento do motor, ou seja: potência, velocidade do atomizações. Elas variam de acordo com as aberturas e
motor e cargas solicitadas. É muito importante que cada a ponta da agulha dos injetores.
cilindro do motor receba a mesma quantidade de com-
bustível em todas essas condições de funcionamento. Também devem ser considerados como fatores que
afetam a atomização, o desenho do injetor, a densidade
do ar e os valores de pressão da compressão do mesmo.

Sincronização Assim que foi definido o modelo do injetor, o que


mais afetará o seu funcionamento é a pressão de injeção.
O combustível deve ser injetado no momento certo.
Se é fornecido muito tarde, o motor perde potência. Se
é injetado muito cedo, a temperatura do ar não será
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SISTEMAS DE INJEÇÃO MECÂNICOS


Existem 4 grandes sistemas: com barra comum de distribuição, bomba lineal, injetor -bomba e bomba rotativa
ou tipo distribuidor.

Estes sistemas podem ser controlados eletronicamente, por meio de um computador que recebe informação
desde diversos sensores, semelhante à injeção eletrônica à gasolina.

ESQUEMA: ASSISTÊNCIA ELETRÔNICA.


Pressão
Sensor de temperatura coletor
Refrigerante motor admissão Voltagem da bateria

Sensor acelerador Sinal de alimentação


Computador
RPM

Controle de combustível
Controle de avanço

Bomba de
injeção

Retorno

Filtro de combustível

Injetores

!
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BOMBA ROTATIVA OU DISTRIBUIDOR


Este tipo de bomba, também é conhecida por bomba VE, abreviatura do alemão “Verteiler Einspritz” que signifi-
ca distribuidor de injeção. Existem muitos modelos deste tipo de bomba e quase todas funcionam com o mesmo
princípio de funcionamento.

Composição
Bomba de alimentação:
Tem no seu interior, uma bomba que puxa o combustível desde o tanque e faz com que ele passe pelo separador
de água, do seu elemento filtrante e pelo interior do corpo da bomba. O excesso de combustível volta para o
tanque, através dos tubos de retorno, depois de ter ajudado a esfriar e lubrificar as diferentes peças que se encon-
tram no interior da própria bomba de injeção.

Uma válvula interna, controla a pressão dentro da bomba de injeção (válvula de baixa pressão).

DIAGRAMA DA BOMBA MODELO VE-F(ROBERT BOSCH)

"
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1) Bomba auxiliar impulsionada pelo comando de vál-


vulas do motor ou pela excêntrica de um eixo auxili- Geração de alta pressão
ar.
2) Tanque de combustível. Um êmbolo que possui uma série de fendas e canais
3) Bomba de alimentação. Está montada perpendicu- internos, desloca-se em forma alternativa dentro do ci-
larmente ao eixo da bomba, como mostra-se no lindro com uma precisão de milésimos de milímetros. É
desenho. Para uma melhor compreensão, o desenho lubrificado durante seu deslocamento com o mesmo
da esquerda foi girado 90º. óleo diesel. O cilindro possui uma série de orifícios que
4) Engrenagens do regulador ou governador mecânico. permitem a entrada e saída do combustível. O
5) Anel de roletes. movimento alternativo é devido ao acionamento de uma
6) Placa de cames. placa de cames, impulsionada pelo eixo da bomba. Esta
7) Pistão do sincronisador. Ele também foi girado 90º última recebe o movimento desde o motor. O êmbolo
para que se possa apreciar melhor o seu mecanismo. não somente move-se em forma alternativa, mas
8) Mola para retorno do êmbolo. também para permitir a distribuição do combustível para
9) Colar de regulagem do anel do ladrão. Ele regula o os diferentes cilindros. Depois de fornecer o combustí-
fluxo de combustível até os injetores. vel, o excesso ou seja, o óleo diesel que não é enviado
10) Êmbolo principal da bomba, onde é gerada a alta ao injetores é retornado ao tanque de combustível.
pressão. Também conhecido como êmbolo distri-
buidor.
11) Válvula de alimentação ou válvula anti-pingo. Regulagem do fluxo
12) Injetor, um para cada cilindro do motor.
13) Esticador da alavanca que desliga o motor ou tam- O volume de combustível que é injetado, é controlado
bém chamado de mola de arranque (mola de lâmi- pelo regulador que a través de um sistema de alavancas
na de aço). e molas, controla o colar de regulagem ou anel do la-
14) Alavanca de controle ou alavanca de arranque. drão. (Nº 9 na fig.). O deslocamento deste anel, permite
15) Alavanca de tensão. controlar o óleo Diesel pressurizado que voltará para o
17) Parafuso de regulagem da carga máxima (máxima corpo da bomba. Imagine, que quanto mais à direita do
injeção). leitor ela se desloca, mais aumentará o fluxo de com-
18) Alavanca guia ou alavanca de ajuste da carga máxi- bustível que é injetado.
ma.
19) Orifício calibrado de retorno do combustível ao tan-
que. Sincronismo da injeção
20) Alavanca para desligar o motor ou estrangulador
(mecânico). No pistão sincronisador (Nº 7) o movimento é con-
21) Anel deslizante do regulador mecânico. trolado pela pressão da bomba de alimentação. A força
22) Mola do acelerador. oposta da mola, modifica a posição original do anel de
23) Alavanca do acelerador (ligada ao pedal do acele- roletes, variando assim, o momento da injeção.
rador).
24) Conjunto de contra-pesos (regulador mecânico).
25) Válvula reguladora de pressão da alimentação (bai- Válvula de alimentação
xa).
26) Válvula de sobre-pressão (exclusiva para bomba au- Realiza um serviço duplo. Evita que o combustível da
xiliar). tubulação de aço, aquele que liga a bomba com o
27) Elemento filtrante de combustível. injetor, volte para a bomba. Além disso, ele evita que o
injetor fique pingando (Nº 11).

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Desligar o motor Lubrifica-se com o mesmo óleo diesel que pressuriza.

As palhetas podem ser trocadas quando estão gastas.


Quando o estrangulador é atuado, manual ou eletrica-
mente, a alavanca (Nº 20) atua sobre a alavanca de con- A vida das palhetas depende principalmente do mate-
trole (Nº 15). Quando ela pivota no ponto M2, desloca- rial utilizado na sua fabricação e da limpeza e qualidade
se para a esquerda ao anel do ladrão (Nº 9), fazendo que do combustível.
aquele combustível que tenta comprimir ao pistão prin-
cipal (Nº 10), volte para o corpo da bomba. Então os
injetores param de receber óleo diesel e o motor apaga-
Válvula reguladora de pressão
se. Esta válvula é de fundamental importância, pois evita
que o combustível impulsado pela bomba de alimenta-
Em outras bombas, existe um solenóide que corta o
ção atinja determinados valores, além de regular a pres-
fornecimento de combustível para o pistão principal,
são diretamente proporcional às revoluções da bomba,
quando é desligada a chave geral do veículo.
ou seja, do motor.

Funcionamento
Não devemos esquecer que este tipo de bombas de
pressão de alimentação é utilizado para atuar o
sincronisador automático de injeção. Quanto maior a
Bomba de alimentação pressão maior o avanço.

Um dos modelos mais utilizados é a de palhetas ou Por exemplo, com o motor funcionando em marcha
excêntricas. lenta (ralentí), a pressão de alimentação pode atingir os
2 kg/cm2, quando o motor é acelerado e a velocidade
Está constituída por quatro palhetas montadas nas fen- da bomba atinja as 2.000 r.p.m., a pressão de alimenta-
das de uma peça excêntrica que recebe movimento do ção pode chegar aos 6 kg/cm2 ou mais.
eixo da bomba.
Uma válvula reguladora emperrada na condição de
fechada, provoca entre outros defeitos, que o motor tra-
Do filtro balhe muito avançado, muito barulhento.
Válvula Reguladora
Pelo contrário, uma válvula reguladora emperrada na
posição parcialmente aberta ou uma bomba de alimen-
tação com palhetas gastas, fará com que o motor funcio-
ne atrasado, com pouca potência.
Ao corpo da
bomba É por este motivo, que o especialista de bombas de
injeção resume o seu serviço na torça das palhetas da
Excêntrica bomba de alimentação.

Palheta

Ao sincronizador

$
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Sistema de alta pressão Duas molas mantém o pistão e a placa de cames em


contato permanente com uns roletes.
O eixo que impulsiona a bomba, ou seja, que recebe o
A placa de cames, é uma arruela grossa não plana ou
movimento do motor, aciona diretamente a bomba de
cames numa de suas faces. Ela tem tantas faces como
alimentação, a placa de cames e o pistão principal ou
cilindros tem o motor.
êmbolo deslizante.
Sobre a face que tem os cames estão encostados uns
roletes. Quando a placa de cames gira faz com que os
Fenda de sucção
Eixo roletes sejam deslocados para a direita da figura ou do
Alimentação Câmara de
Válvula leitor. Esse movimento de translação é transmitido ao
Placa de pressão pistão, originando assim, o curso do pistão no interior
cames Êmbolo do cilindro que serve como seu alojamento.

Pela relação que existe entre as engrenagens de distri-


buição, cada duas voltas do virabrequim, o eixo da bomba
pode dar só uma volta. A placa de cames, terá quatro
movimentos alternativos se o motor que está alimen-
tando é de 4 cilindros. Isto significa que o pistão ou
êmbolo deslizante, subirá e descerá quatro vezes para
fornecer o óleo diesel aos injetores.
Válvula de
Bomba de
alimentação
alimentação Cabeça
Mola do Saída ao
êmbolo injetor

Anel de roletes Roletes


Conexão

Eixo

Fenda de sucção
Êmbolo deslizante

Distribução

Placa de cames Came

%
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Pistão ou êmbolo deslizante Quando os roletes começam a pressionar a placa de


cames, o pistão desloca-se para a direita do leitor e como
não coincide com nenhuma abertura, o óleo diesel é
Possui na cabeça quatro fendas para poder puxar o
fortemente comprimido até os valores especificados pelo
combustível. Toda vez que uma dessas fendas coincide
fabricante. Num determinado momento do curso do
com o orifício de saída feito no cilindro, seja ela para a
pistão, que coincidem por seu próprio giro e desloque
alimentação de combustível, o pistão desce e carrega-se
lineal a abertura de distribuição do pistão, com um dos
com a pressão da alimentação.
orifícios do cilindro que está ligado com o injetor. Nesse
O combustível entra na câmara de pressão e enche o momento, o óleo diesel sai fortemente pressurizado,
interior do pistão. Conforme o pistão desce, ele também tentando vencer a resistência da mola do injetor cor-
gira e deixa de coincidir a fenda superior com o orifício respondente. Quando isso é conseguido, o combustível
de alimentação. sai para a câmara de combustão do motor, totalmente
atomizado.
É conveniente lembrar-se que o pistão desce pela ação
de duas molas, porque a excêntrica da face da placa Quando o pistão continua deslocando-se para a sua
dos cames não coincide com os roletes. direita, chega um momento que a passagem transver-
sal de descarga, que encontra-se à esquerda, aparece
Conforme a placa de cames e o pistão giram, a face fora do anel do ladrão. Portanto, a pressão é
que contém as levas fica perto dos roletes e o pistão descarregada no interior da bomba, fazendo com que o
aproxima o orifício de descarga para uma das saídas fornecimento de óleo diesel ao injetor seja finalizada
ligadas aos injetores. ou cancelada.

CARGA DO PISTÓN Solenóide


Aos injetores 4-2 Alimentação
Alimentação
Fenda de Cabeça
Êmbolo sucção Fenda de sucção
Êmbolo

Aos injetores 1-3


Orifício de Anel do
distribuição ladrão
Placa de Câmara de
cames Válvula de pressão
CANALIZAÇÃO DO CABEÇOTE alimentação
Roletes

&
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A folga existente entre o pistão, o cilindro e anel do ladrão é mínima e tem a finalidade de garantir um desloca-
mento sem atritos e para permitir que uma ínfima quantidade de óleo diesel, possa lubrificar todos estes compo-
nentes.

Quando uma má manutenção é feita e a água atinge alguns destes elementos, as peças ficarão emperradas entre

Solenóide
INJEÇÃO

Alimentação
Cabeça

Anel do
Rolete
ladrão
Placa de Êmbolo
cames
Orifício de Válvula de
distribuição Saída alimentação

FINAL DO CURSO Solenóide


DE INJEÇÃO

Cabeça
Êmbolo

Anel
Rolete do
Placa ladrão
de Válvula de
cames alimentação

elas, ocasionando grandes danos internos.

Assim que o pistão girou, depois do fornecimento de combustível pressurizado, a fenda equalizadora de pressões,
comunica com a passagem de saída para os injetores e o corpo da bomba. Isso permite igualar as pressões no

'
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interior da tubulação com as de alimentação.

Válvulas de Alimentação
As bombas rotativas tem uma ou mais válvulas de for- Válvulas de
necimento, válvulas de alívio ou válvulas anti-pingo, como saída ou
também são chamadas pelos diferentes fabricantes deste fornecimento
tipo de bomba.

As bombas lineares também possuem essas válvulas,


uma para cada cilindro do motor.

Geralmente estão localizadas embaixo das conexões


existentes na bomba, para os tubos de alta pressão, que
estão ligados com os injetores.

A precisão de seus componentes, é semelhante as dos


injetores. Sua lubrificação é feita com o mesmo com-
bustível utilizado.

No início da injeção, a válvula é levantada ou afastada


do seu assento, através do combustível sob pressão que
é pressurizado pelo pistão da própria bomba de injeção.
Conexão aos
Quando o êmbolo da bomba termina o seu curso, ou tubos de alta
seja, o fornecimento de combustível, a pressão cai pressão
fazendo com que a válvula volte, ou seja empurrada
Mola da válvula
para baixo pela pressão da mola. Quando o pistão da
válvula desce no cilindro, é gerado um efeito sobre a
tubulação que consegue uma rápida queda da pressão,
evitando assim que o injetor fique pingando. Válvula de
fornecimento
Quando a face da válvula apóia-se no seu assento,
mantém toda a tubulação e os injetores cheios de com- Assento da válvula
bustível, evitando que ele possa voltar para a bomba.
Junta
Quando o pistão ou guia da válvula fica gasta, os
injetores começam a pingar, ocasionando inconvenien-


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tes que modificam o processo da combustão.


Solenóide sem
corrente
Solenóide de Estrangulamento
Mola estendida
A maioria dos motores Diesel, podem ser desligados
quando é feita o cancelamento do fornecimento de óleo Válvula fechada
diesel aos injetores. Passagem de
alimentação
Muitos fabricantes, utilizam um solenóide para o seu
bloqueada
funcionamento, sendo que é muito semelhante aos uti-
lizados nos motores à gasolina, que evita a auto-ignição
naqueles motores com carburador.

Quando é ligado o veículo, ou seja, que é ligada a


chave geral, a passagem de corrente por um bobinado
gera um campo magnético. Isto levanta uma válvula
que permite o fluxo de combustível.
MOTOR DESLIGADO
Ao desligar o motor, ou seja, a chave geral, esse cam-
po magnético some e uma mola que antes estava com-
primida, fica livre e obriga a uma válvula a bloquear a
passagem de combustível.

Sincronisador Automático
Como foi adiantado, para acompanhar o aumento da
velocidade de deslocamento dos pistões dentro dos ci-
Combustível
lindros do motor, é necessário avançar a injeção de uma
da bomba de
forma diretamente proporcional as revoluções ( r.p.m.).
alimentação
O pistão do sincronisador, encontra-se localizado no
corpo do mesmo sincronisador e trabalha numa posi-
ção perpendicular e debaixo do eixo da bomba.
Curso do pistão
Um passador ligado ao pistão sincronisador, atua o Ângulo de avanço
anel de roletes. Com o motor desligado, uma mola de Êmbolo da bomba
lâminas e que pode ser ajustada por um parafuso, man-
tém todo o pistão para o lado, permitindo atrasar a
Placa
injeção. Quando o motor é ligado, a pressão da bomba
de
de alimentação força o pistão para que se desloque e
cames
possa comprimir a mola. Assim pode girar o anel de Rolete
roletes no sentido contrário ao eixo da bomba, fazendo
com que eles possam ir de encontro com a placa de
cames, adiantando assim, o momento da injeção. Ângulo de avanço
Através de arruelas de compensação da mola ou me-


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xendo um parafuso de regulagem da tensão da mola, gundo a aplicação do motor) e pelo posicionamento do
pode-se modificar o avanço da injeção. cabo do regulador centrífugo.

Arranque com giro no sentido contrário Construção:


Se um motor à gasolina for ligado e girar no sentido Uma engrenagem montada no eixo da bomba, mexe
invertido ao sentido normal é impossível que ele fique constantemente, uma outra de menor diâmetro. Ele
funcionando, devido a que não se pode encher com a transmite o seu movimento aos contra-pesos do siste-
mistura ar-combustível ao cilindro. ma centrífugo.

Como o motor Diesel convencional somente aspira


ar, pode acontecer que ele arranque, embora ele gire o
seu virabrequim no sentido contrário ao normal de fun-
cionamento.

Muitos fabricantes desenharam dispositivos para evi-


tar este inconveniente.

Os motores com bombas rotativas tipo VE, não po-


dem ser ligados se a bomba gira no sentido inverso,
devido a que os orifícios de sucção abrirão e os de distri-
buição fecharão, quando o pistão da bomba comece o
seu curso de pressão. Por este motivo o motor não ar-
rancará.

Regulador Mecânico para Bomba Injetora


VE BOMBA BOSCH - V - E - F
A missão principal do regulador é dar uma posição ao
anel do ladrão e assim, poder controlar o volume de O movimento dos contra-pesos, atuam sobre um anel
combustível fornecido para a injeção. deslizante que está apoiado sobre a alavanca de contro-
le.
A posição do anel do ladrão, dependerá do movimen-
to de uma série de alavancas. Sobre estas alavancas e O conjunto de alavancas está formado pela alavanca
molas atuam principalmente a mola de controle, coman- guia, a alavanca de controle e a alavanca de tensão.
dada pelo acelerador do veículo (pedal ou alavanca, se-


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Estas alavancas estão apoiadas no pivô


móvel “A”. A alavanca guia também pivota Acelerador Mola
no apoio “D”, que está fixo no corpo. amortecedora
Mola de
controle
A mola “amortecedora” e a mola de “mar-
cha lenta”, evitam que o regulador fique va-
riando a sua posição, empurrando leve- Batente Alavanca
Eixo do Anel guia
mente contra o anel deslizante as alavancas
regulador deslizante do Alavanca
de tensão e controle, respectivamente.
regulador de tensão

Controle do Volume Enviado aos Alavanca


de controle
Injetores
Contra-peso
Como se pode ver na figura, quando o anel Pivô D
do ladrão é deslocado para a esquerda, o Pivô A
curso efetivo do pistão da bomba fica menor,
ou seja, que diminui. Por isso, o volume de
combustível que vai ser injetado, também Injeção Injeção
diminui. diminui aumenta
Resumindo se pode dizer que, o conjunto Anel do
de alavancas do regulador controla a posição ladrão
do anel do ladrão, equilibrando assim, a força
centrífuga dos contra-pesos, que variam
segundo as revoluções do motor e a tensão
da mola de controle, a qual depende da Batente Mola amortecedora
Mola de
pressão sobre o pedal do acelerador.
controle
Alavanca guia
Funcionamento ao Arrancar Anel deslizante
de controle Mola de marcha lenta
Quando se pisa, até a tábua o acelerador e Alavanca de tensão
com o motor ainda desligado, a mola de
Mola de arranque
controle puxa a alavanca de tensão até o
batente. Alavanca de controle
Contra-peso Mola de
O giro anti-horário no ponto A, movimen- apoio da
ta o anel do ladrão para a direita, sendo esta Pivô A alavanca
a posição de arranque e de máxima injeção. Anel do
ladrão Êmbolo deslizante da
Nota-se que os contra-pesos estão fixos e bomba
a alavanca de controle, empurra o anel Máxima injeção
deslizante do regulador para a esquerda,
através da pequena pressão da mola da

!
MOTORES DIESEL

lâmina de aço, chamada de “arranque”. As


extremidades dos contra-pesos permanecem Mola de Mola amortecedora
fechadas. controle

Funcionamento na marcha lenta Alavanca guia

Ao ser ligado o motor, o motorista solta o Mola de marcha lenta


pedal do acelerador e a mola de controle para Alavanca de tensão
de puxar a alavanca de tensão. Alavanca de controle

Devido à força centrífuga, embora o motor


Contra-peso
está funcionando na marcha lenta, os extre-
mos dos contra-pesos começam a se abrir. O Pivô A
anel deslizante do regulador desloca-se á di-
reita, empurrando a alavanca de controle, fa- Êmbolo deslizante
zendo força ou pressão sobre as molas de da bomba
arranque e marcha lenta e movendo a mola
amortecedora.
Anel do ladrão
Então a alavanca de controle irá girar no sen-
tido horário ao redor do ponto A, levando o
anel do ladrão para uma posição na extrema esquerda,
ou seja, na posição de marcha lenta. Assim
pode ser reduzido o fluxo de combustível que
deverá ser injetado. Mola Parafuso de
Batente
amortecedora regulagem
Assim se mantém um fino balanço entre a Mola de
força centrífuga dos contra-pesos e a tensão controle
das molas de arranque, marcha lenta e
amortecedora. Esse equilíbrio permite manter Anel deslizante Alavanca guia
a velocidade do motor constante. do regulador
Alavanca de tensão

Aceleração rápida
Alavanca de controle
Ao pisar o pedal do acelerador até o final, a
alavanca de tensão puxada pela mola de con-
trole, vai até o batente. A mola amortecedora Contra-peso
é comprimida totalmente. Como a alavanca Pivô D
de controle está apoiada na extremidade do Pivô A
anel deslizante do regulador, as molas de mar- Êmbolo deslizante
cha lenta e arranque comprimem-se e através da bomba
do tope que está logo encima da mola de ar- Aumento da injeção
ranque, a alavanca de tensão faz força contra
a alavanca de controle. Anel do ladrão

"
MOTORES DIESEL

O anel do ladrão se desloca para a direita,


aumentando assim, o fluxo.
Mola de controle

Motor à Velocidade Máxima


Anel
Ao aumentar o volume de combustível, au- deslizante do
regulador Alavanca
mentam as revoluções do motor, a força cen-
de tensão
trífuga que atua nos contra-pesos aumenta e
ao afastar-se seus extremos, o anel deslizante
Alavanca
mexe-se para a direita do leitor, pressionan-
de controle
do sobre a alavanca de controle.

As alavancas de controle e tensão, giram Contra-peso


no sentido horário ao redor do ponto A, e o
Pivô A
anel do ladrão se mexerá para a esquerda,
reduzindo o fluxo do combustível que vai ser Êmbolo
injetado. A finalidade é evitar que o motor deslizante
fique acelerado. da bomba
Redução da
injeção
Ajuste do Volume de Combustível Anel do
sob Carga Total ladrão

Quando o parafuso para a ajustagem da


carga total é girado no sentido horário, a ala-
vanca-guia girará no sentido anti-horário, ao redor do
pivô D. E bom lembrar que o pivô D, está fixo ao corpo
do regulador, pois o pivô A, é um ponto móvel.

Se a alavanca-guia gira no sentido anti-horário ao re-


dor do pivô D, a alavanca de controle conectada ao pon-
to móvel A, também se mexerá no sentido anti-horário
Importante
ao redor do pivô D, movendo assim, o anel do ladrão
Somente numa bancada de testes para bombas
para a direita, ou seja, no sentido de aumentar o fluxo
Diesel, pode-se mexer neste parafuso. Alguns
de combustível aos injetores.
mecânicos possuem o mal costume de aumentar
o volume de injeção, trabalhando sobre este pa-
rafuso na oficina, sem nenhum controle. Podem
conseguir fazer com que o motor atinja um pou-
co mais de potência, o que ocasionará um maior
consumo, com níveis de contaminação mais ele-
vado, com excesso de fumaça preta pelo escapa-
mento, sendo que tudo isso afeta o motor.

#
MOTORES DIESEL

Para o fluxo para o


Alavanca de arranque Saída aos injetores
parada
Válvula de
alimentação 1
Controle Cabeça

Pistão ou êmbolo
deslizante
Anel do ladrão

Unidade de
controle

Guía
Rolete
Bomba
Alavanca
reguladora

Eixo da
Alavanca de
bomba
comando

Engrenagem
Contra-pesos do Lubrificação Avanço
regulador do óleo do automático
motor

Esta é uma variante da bomba rotativa BOSCH, tipo Êmbolo


Controle
PSJ, onde pode-se apreciar diferenças importantes com
Canalização
a do tipo VEF.
Cabeça
O êmbolo deslizante está perpendicular ao eixo da
bomba. Engrenagem

Possui somente uma válvula de alimentação para to- Tucho


das as saídas de pressão aos injetores.
Regulador
O êmbolo de pressão é acionado pelo cames e gira
através de engrenagens (Ver figura a direita). Comando
Came triplo

$
MOTORES DIESEL

BOMBA ROTATIVA TIPO DPA-CAV/LUCAS


Mola de Batente RPM
controle Acelerador máximo
Estrangulador Parafuso de
ajuste RPM
Retorno máximos

Entrada de
Válvula de combustível
medida

Rotor
Eixo

Filtro

Bomba

Válvula
reguladora

Pistões de pistão
pressão da
Contra-
válvula
pesos Saída aos
injetores
Avanço automático

A diferença principal desta bomba consiste, na forma em que pressuriza o combustível, já que em lugar de
mover-se de forma alternativa, o “êmbolo deslizante”, nesta bomba, cumpre somente a função de distribuir o
combustível.

Os encarregados de gerar a pressão, são os pistões que se ficam perto, ao mesmo tempo para bater com os cames
ou roletes. A bomba de alimentação encontra-se encima da cabeça.

Uma válvula medidora controla o volume de óleo diesel que será fornecido aos injetores.

Neste capítulo fora estudada a bomba rotativa. Nos próximos capítulos serão vistas as bombas tipo linear e
outros equipamentos.

%

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