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PRECISAMOS DE UM ADVOGADO

João 8:1-11
Introdução
A. Esta é uma noite de festa, alegria e gratidão. Hoje nós nos juntamos aos
formandos da turma de direito da MAURÍCIO DE NASSAU e
agradecemos a Deus pela vitória alcançada com tanto esforço e dedicação.
B. No passado eram poucos aqueles que tinham um bacharel em direito na
família ou no seu círculo de amizades. Hoje essa é uma situação menos
rara, mas não menos importante. Por isso, todos estamos muito alegres
nesta noite.
C. Em sua origem latina (advocátus, causidicus) o advogado é alguém
chamado para se colocar ao lado de uma pessoa. Existem advogados para
defender o réu e para acusá-lo. Existem advogados que exercem suas
atividades pro bono (trabalho voluntário) e outros cuja uma simples
consulta alcança cifras inimagináveis. Há aqueles contratados pelos réus
e outros oferecidos pelo Estado. E, como em toda profissão, existem bons e
maus advogados.
D. Apesar de muito relevante para a sociedade, há pessoa que fazem de tudo
para não precisar de um advogado. Em pleno século XXI, parece ainda
perdurar o preconceito de que só precisa de advogado quem tem problemas
com a justiça. Mas o trabalho do causiducus vai muito além de defender
pessoas com problemas com a justiça.
E. Contudo, hoje quero apresentar aos novos bacharéis em direito e a todos
os demais presentes, um advogado do quem todos temos a mais urgente e
premente necessidade: Jesus Cristo. Ele é simplesmente único e
insubstituível. Ele é o melhor. Daqui a poupo lhe explico por que
precisamos dele como nosso advogado. Por enquanto, quero
convidá-lo para vê-lo em cena:
F. Vamos ler João 8:1-11
1Jesus, no entanto, foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou

novamente para o templo, e todo o povo se reuniu em volta dele; e Jesus,


assentado, os ensinava. 3Então os escribas e fariseus trouxeram à
presença dele uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar
em pé no meio de todos, 4disseram a Jesus:
— Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Na Lei,
Moisés nos ordenou que tais mulheres sejam apedrejadas. E o senhor, o
que tem a dizer?
6Eles diziam isso tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus,

inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. 7Como eles insistiam na


pergunta, Jesus se levantou e lhes disse:
— Quem de vocês estiver sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedra
nela.
8E, inclinando-se novamente, continuou a escrever no chão. 9Mas eles,

ouvindo essa resposta, foram saindo um por um, a começar pelos mais
velhos até os últimos, ficando só Jesus e a mulher em pé diante dele.
10Levantando-se, Jesus perguntou a ela:

— Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém condenou você?


11Ela respondeu:

— Ninguém, Senhor!
Então Jesus disse:
— Também eu não a condeno; vá e não peque mais.

G. Observemos com atenção o episódio narrado no texto bíblico! Uma mulher,


cujo nome o texto não menciona o nome, foi apanhada em flagrante
adultério. Ora queridos, a Bíblia nos diz em Deuteronômio 22.22: “Se um
homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos
morrerão; o homem que se deitou, e a mulher; assim, eliminarás o mal de
Israel”. Assim, tanto a lei de Moisés como as leis judaicas, eram claras: o
adultério deveria ser punido com a morte.
H. Os fariseus e escribas, queriam uma armar emboscada para Jesus e fazê-
lo cometer algum pecado ou crime, a fim de que tivessem alguma coisa
para acusá-lo e levá-lo à morte. No entanto, eles não sabiam que estavam
lidando com o Filho de Deus, que ver no íntimo, na alma, todas as
intenções do coração humano. Trouxeram ao Senhor Jesus, uma mulher
que fora apanhada em flagrante adultério e passaram a insistir com Ele
sobre o que fazer com aquela mulher; se deveriam apedrejá-la ou não. A
intenção era encontra alguma razão para acusar e condenar Jesus à morte.
I. Observemos a cilada armada pelos escribas e fariseus para embaraçar ao
Senhor Jesus:
1. Se ele recomendasse clemência, o perdão, Ele estaria contra a lei de
Moisés (Dt 22.2,23) e revoltaria o povo que tinha em alta
consideração a Lei mosaica.
2. Se Ele ordenasse o apedrejamento, entraria em choque com a
jurisdição romana; de que só o governador romano poderia
sentenciara alguém à pena de morte. E ainda, entraria em
contradição com sua missão e seus próprios ensinos; pois, ensinava o
amor e o perdão ilimitado; pregando que tinha vindo para busca e
salvar o que se havia perdido (Lucas 19.10).
J. E agora! Como sair do embaraço? Talvez, qualquer um de nós teria
cometido um grave erro; mas aqueles pecadores não sabiam com quem
estavam lidando, com o próprio filho do Deus vivo! Glória a Deus!
K. Ele se inclina na areia e começa a escrever no chão. Alguns manuscritos
antigos dizem que ele escrevia os pecados de todos os que ali estavam:
legalizo, hipocrisia, mentira, roubo, soberba etc. Como insistiam na
pergunta, Ele responde: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra”.
Tal resposta foi como espada cortante que penetrou alma de cada um. A
lei dizia que as testemunhas oculares deveriam atirar a primeira pedra. A
resposta do Senhor atingiu o alvo da moral humana corrompida; não há
nenhum justo se quer.
L. O senhor não estava dando desculpas para os pecados daquela mulher,
mas sua pureza de vida já a condenava.
M. Jesus já foi aclamado como um grande líder, considerado o professor dos
professores e apontado como o maior psicólogo de que se tem notícia –
Embora a Bíblia não lhe dê nenhum desses títulos. Mas essa história o
descreve como o maior advogado da história humana – essa sim é uma
função que lhe é atribuída pelas Escrituras. “Filhinhos meus, estas coisas
vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos
Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”; (1 João 2:1). Em sua
epístola, o apóstolo João usou a palavra grega parákletos (chamado para
o lado) para descrever uma das funções de Cristo: Ele é nosso advogado.
N. Mas porque precisamos de Jesus Cristo como nosso advogado? O texto
nos fornece as condições que apontam a necessidade quem todos
temos de tê-lo como nosso advogado. São as mesmas condições que
exigem a presença de um advogado nos dias de hoje.

I. PRECISAMOS DE JESUS CRISTO QUANDO QUEBRAMOS AS LEIS


DE DEUS - Romanos 3:10 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer”.
A. Advogados entram em cena quando uma lei é quebrada. Se não houve a
quebra da lei, não porque se falar em advogados. Esse também era o
pensamento do apóstolo João. Para ele a quebra da lei, que justificava a
entrada em cena de Jesus como um advogado, era o pecado.
B. A lei que a mulher quebrou.
C. Falar de pecado hoje, para alguns, pode soar antiquado e politicamente
incorreto. Mas não há nada que tenha acompanhado a raça humana tão
de perto quanto o pecado. Desde os tempos antigos até os nossos dias o
pecado faz parte de nossas vidas e de nossa sociedade.
D. Antes que você se aborreça com essa história de pecado e comece a achar
que eu estou falando de beber, fumar, matar, roubar, adulterar e outras
coisas do gênero, vou esclarecer que o pecado sobre o qual eu estou falando
é mais amplo e precede nossas atitudes pecaminosas.
E. Pecar é errar o alvo. Pecar é não alcançar o padrão que Deus planejou para
nós. Pecar é não manter o coração reto e o espírito descansado em Deus.
Pecar é rejeitar a autoridade de Deus sobre você. Pecar é abri mão de ser
amado e guiado por aquele que o criou. Pecar é encher-se de arrogância e
achar-se capaz de dar sentido à própria existência. Pecar é deixar de
reconhecer quem Deus é e afirmar mentiras sobre Ele. O pecado é um
crime de dano moral contra Deus.
F. Se o pecado está presente em sua vida, você precisa de um advogado. Se
você tem ofendido a deus com sua maneira de viver, você precisa de um
advogado. Se as suas palavras, o seu jeito de tratar as pessoas, a forma
como você usa seu dinheiro, a maneira como você gasta seus dias, são
ofensas a Deus, você precisa de um advogado.
G. Na verdade, esse “se” é retórico. Porque a Bíblia nos adverte que todos nós
somos culpados de pecado e precisamos de um advogado.
H. Tal como as escrituras afirma: ninguém é bom – ninguém no mundo
inteiro é inocente. Ninguém jamais seguiu realmente as veredas de deus,
nem mesmo desejou verdadeiramente fazê-lo. Todos se desviaram; todos
caíram no erro. Ninguém, em parte alguma, fez só o que é direito durante
toda a sua vida – nem uma só pessoa... estão prontos para matar, odiando
qualquer um que não concorde como eles. Por onde quer que vão deixam a
miséria e o transtorno atrás de si. Nunca chegaram a saber o que é sentir-
se seguro e desfrutar as bênçãos de Deus. Não se importam com Deus, nem
tão pouco com o que Ele pensa deles (Romanos 3:10-18 BV)
I. Eis o retrato da raça humano nesta e nas gerações passadas. Somos
culpados e precisamos de um advogado. Um advogado espiritual. Um
advogado para nos defender diante do maior de todos os crimes humanos
– o pecado.

II. PRECISAMOS DE JESUS CRISTO QUANDO SOMOS ALVOS DE


ACUSAÇÃO - João 8:9 “Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela
própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos
até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava”.
A. Advogados entram em cena quando há uma acusação a ser feita ou uma
defesa a ser sustentada.
B. A acusação feita à mulher.
C. Jesus não é um advogado de acusação. Ele não foi designado para acusar
a mim ou a você dos nossos pecados. Nossos próprios pecados já nos
acusam.
D. Você não precisa temer as palavras de Jesus. Ele não veio para acusar
ninguém. Você não precisa fugir ou virar as costas quando a Palavra de
Deus for pregada. Porque a legítima Palavra de Deus não pretende
condenar ninguém. Ao contrário, a missão de Cristo é buscar e salvar o
que se havia perdido.
E. Jesus entra em cena como um advogado de defesa. Ele foi incumbido
da missão de sustentar nossa defesa perante as acusações que pesam
contra mim e contra você. Acusações verdadeiras de que ofendemos a
honra de Deus: deixamos de reconhecer quem Ele é afirmamos mentiras
sobre Ele. Somos culpados, mas nem tudo está perdido – temos um
advogado para nos defender. João 5:45 Não penseis que eu vos acusarei
perante o Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem tendes firmado a vossa
confiança.
F. A consciência nos acusa, as pessoas nos acusam, o mercado nos
acusa, o mundo nos julga, mas Jesus nos defende. 1 João 3:21
“Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus. 1
João 2:1 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
Justo;

III. PRECISAMOS DE JESUS CRISTO QUANDO TEMOS DE NOS


APRESENTAR A UM TRIBUNAL - Romanos 14:10 “Pois todos
compareceremos perante o tribunal de Deus”.
A. As Escrituras afirmam o fato de que haverá um grande julgamento final
de crentes e incrédulos. Eles ficarão de pé diante do trono de julgamento
de Cristo em seu corpo ressurreto e ouvirão a proclamação do seu destino
eterno.
B. É evidente que todos os incrédulos ficarão de pé diante de Cristo para
serem julgados, pois esse julgamento inclui “os mortos, os grandes e os
pequenos” (Ap 20.12), e Paulo diz que no “dia da ira e da revelação do justo
juízo de Deus”, este “retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: [...]
ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à
injustiça” (Rm 2.5-8).
C. Os crentes serão julgados. Escrevendo para cristãos, Paulo diz: “Pois todos
compareceremos perante o tribunal de Deus. [...] Assim, pois, cada um de
nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.10, 12). Também diz aos
cristãos: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal
de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito
por meio do corpo” (2Co 5.10; cf. Rm 2.6-11; Ap 20.12, 15). Além disso, o
quadro do julgamento final em Mateus 25.31-46 inclui Cristo separando
as ovelhas dos cabritos e recompensando aqueles que recebem sua bênção.
D. Jesus Cristo será o juiz. Paulo fala de “Cristo Jesus, que há de julgar
vivos e mortos” (2Tm 4.1). Pedro diz que Jesus Cristo “é quem foi
constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos” (At 10.42; compare 17.31;
Mt 25.31-33). Esse direito de agir como juiz sobre todo o universo é algo
que o Pai deu ao Filho: “o Pai [...] lhe deu autoridade para julgar, porque
é o Filho do Homem” (Jo 5.26-27).
E. Esse é um ponto surpreendente sobre Jesus. O seu ministério como nosso
advogado foi algo concebido por Deus. Jesus é o advogado constituído por
aquele que foi ofendido (Deus), não para defesa própria, mas para defender
os réus (eu e você).
F. Ilustração do sujeito que tinha um julgamento para enfrentar e saiu a
procura de um amigo para ajudá-lo. Um ofereceu roupa nova, outro
ofereceu-se para deixá-lo no fórum, e outro ofereceu-se para assistir o
julgamento, mas a quarto ofereceu- para defendê-lo. (o primeiro é a
religião, o segundo é as boas obras, o terceiro a justiça própria, o quarto é
Jesus Cristo).

CONCLUSÃO
A. Em todas essas condições precisamos de Jesus.
B. É preciso aceitar que Jesus se torne seu advogado pessoal. Não importa se
ele é o advogado do seu irmão, da sua filha ou dos seus pais. É preciso que
você o aceite como seu advogado pessoal. Só dessa maneira suas algemas
serão quebradas e sua condenação anulada.
C. Não é nenhum rito mágico, nem um mistério esotérico para os iluminados.
É a boa notícia que Jesus veio trazer. É preciso confiar em Cristo e
entregar sua vida nas mãos dele. É preciso crer que Ele é capaz de defendê-
lo e confessar isso com sua boca.
D. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos
10:9)
E. Você precisa de um advogado como esse. Você não precisa de alguém que
apenas fale bem de você ou elogie seus pontos fortes diante do juiz. Não
adianta nada um advogado que apenas tente influenciar a decisão do júri,
não é suficiente! Você precisa de um advogado que ame você ao ponto de
assumir sua pena ele mesmo. Você precisa de um advogado perfeito, e o
nome dele é Jesus.
F. Ele é o advogado das causas perdidas. Ele não tem qualquer preconceito
contra os seus crimes e pecados, porque Ele não irá defendê-lo com
argumentos jurídicos. Simplesmente, ele se ofereceu para cumprir a pena
em seu lugar. Então, nenhuma condenação restará para aqueles que têm
a Jesus como seu advogado.
G. Ilustração do Advogado que virou Juiz

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