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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA

DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS.

MARIANE PEREIRA MACHADO, brasileira, menor


impúbere, representada pela sua genitora, ANA GLEICE ORTEGA
MACHADO, brasileira, solteira, auxiliar de costura, portadora do RG
783.430 SSP/MS e CPF 558.881.351-00, ambas residentes e
domiciliadas na Rua Antonio Gomes Pedrosa, 335, Bairro Portal do
Panamá, na cidade de Campo Grande/MS, vem respeitosamente, por
intermédio de sua advogada abaixo assinado, propor a presente AÇÃO
DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS em face de MARCOS ROBERTO
PEREIRA MACHADO, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG
482.160 SSP/MS e CPF 78638.948.821-15, residente e domiciliado na
Rua Engenheiro Antonio Goes, 205, Bairro Panamá, na cidade de
Campo Grande/MS, com fundamento no art. 733 do Código de Processo
Civil, conforme as razões abaixo delineadas:
I – DOS FATOS
Conforme se observa no acordo de separação consensual
retirado dos autos n. 001.03.019016-0 que tramitou pela 1ª Vara de
Família dessa comarca, o executado assumiu o compromisso de arcar
com 170% de um salário mínimo vigente, a título de pensão alimentícia,
as exequentes, equivalendo a R$ 1.496,00 ( mil quatrocentos e noventa
e seis reais) mensais.
Contudo, desde janeiro de 2015, o genitor não vem
cumprindo com as suas obrigações, colocando as exequentes em uma
situação difícil, limitando a vida destas tanto no âmbito educacional
quanto extracurricular, dificultando a mantença das mesmas.

Os valores executados na presente ação se referem aos


meses de Janeiro/2016, Fevereiro/2016 e Março/2016, sendo um total
de R$ 4.543,57 (quatro mil quinhentos e quarenta e três reais e
cinquenta e sete cinco centavos), conforme cálculo abaixo.

Mês de referência Valor


Novembro de 2014 R$ 1.532,27
Dezembro de 2014 R$ 1.515,30
Janeiro de 2015 R$ 1.496,00
TOTAL R$ 4.543,57

Assim, tendo em vista a impossibilidade do recebimento


pelas exequentes da quantia que lhes é devida, à título de pensão
alimentícia, não restou outra alternativa as autoras, senão o ingresso
da presente ação para que o executado seja compelido a fazer o
pagamento das parcelas cujos valores atualizados dos últimos três
meses se fazem em R$ 4.543,57 (quatro mil quinhentos e quarenta e
três reais e cinquenta e sete cinco centavos), conforme cálculo em
anexo, bem como as demais prestações vincendas no decorrer da
presente ação.

II - DO DIREITO
Tendo em vista que na presente ação se executa os
últimos três meses devidos de pensão alimentícia e as demais
prestações vincendas, cabível o procedimento de execução prevista no
art. 733 do Código de Processo Civil, o qual prevê a possibilidade da
decretação da prisão civil do devedor, caso ele não efetue o pagamento
nos três dias que lhe são concedidos a partir de sua citação/intimação.

Assim, veja-se o que dispõe o art. 733 do Código de


Processo Civil:

Art. 733 - Na execução de sentença ou de decisão, que


fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o
devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento,
provar que o fez ou justificar a impossibilidade de
efetuá-lo.
§ 1º - Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz
decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três)
meses.
§ 2º - O cumprimento da pena não exime o devedor do
pagamento das prestações vencidas e vincendas. (grifo
nosso)

Nesse sentido, oportuno destacar a Súmula 309 do


Superior Tribunal de Justiça, a qual destaca a possibilidade da prisão
civil do devedor de alimentos em Execução de Alimentos que segue o
procedimento do art. 733 do CPC.

Assim, observe-se:

Súmula 309. O débito alimentar que autoriza a prisão


civil do alimentante é o que compreende as três
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as
que se vencerem no curso do processo.

Destarte, Excelência, visto que o executado já está


inadimplente em relação às três últimas prestações, o que trouxe graves
danos às condições de vida das exequentes, caso não pague, deverá ser
compelido a proceder a quitação do débito, pelos meios coercitivos
previstos em lei.
Dessa feita, encontra-se fundamentado o pedido do
exequente, sendo legítimo e urgente, sob pena de prejuízos irreparáveis
para os menores.
Ressalte-se, ainda, que a obrigação alimentar veiculada
nestes autos se trata de título executivo judicial, de acordo com o art.
475-N, inciso III, do Código de Processo Civil (com a redação dada pela
Lei n. 11.232/2005), devendo seu rito seguir os arts. 733 e seguintes,
do mesmo codex.

III - DO PEDIDO

Outrossim, requer seja:

a) seja o réu citado em seu endereço, para que, em 3


(três dias), pague a quantia equivalente aos três meses anteriores à
propositura da ação, além das demais parcelas vincendas no decorrer
da presente ação, ou para que apresente prova de satisfação da
obrigação ou ainda justificar a impossibilidade real do seu
cumprimento, sob pena da decretação de sua prisão civil;

b) a Intimação do Ministério Público, nos termos do art.


82 do Código de processo Civil;

c) a concessão da Assistência Judiciária Gratuita, uma


vez que as autoras são hipossuficientes, não possuindo condições de
arcar com as custas do processo e honorário de advogados sem prejuízo
próprio e de sua família;

e) Seja o réu condenado a pagar as custas processuais e


os honorários advocatícios, na forma da lei, aos patronos dos
exequentes.
Protesta-se pela produção de todas as provas em direito
admitidas.

Requer, ainda, que todas as publicações sejam feitas


em nome da advogada MAYARA HORTENCIA CARDOSO
GONÇALVES, OAB/MS 16.323, sob pena de nulidade.

Dá-se o valor a causa de R$ 4.543,57 (quatro mil


quinhentos e quarenta e três reais e cinquenta e sete cinco centavos).

Termos em que,
pede deferimento.

Campo Grande - MS, 09 de Março de 2016.

Mayara Hortência Cardoso Gonçalves


OAB/MS 16.323

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