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COC COCCOOOOCOOOOOO OOOO EOE A LOGICA DA ACAO COLETIVA OS BENEFICIOS PUBLICOS E UMA TEORIA DOS GRUPOS socials © MANcUR OLSON 9 Tetgio Fabio Fernandez od 1B BoooZ#24 fo =690 “Tila do ovignal em inglés: The Lagic of Collective Acton: Publi Goods and the Theary of Groups Copyright © 1965 nd 1971 by the Pesiden and Fellow of Harvard College bhp siversidade do Brasilia : ‘Dados interacial de Caagas3 a Publicgo (CIP) (Camara Brasilia do Live, SP, Bras) Olson, Muncur ‘A Les da Agio Colevs + Os Beeticos Pabticas ee Teor: dos Grupos Secs / Mancar Olin 1 tadugto Fave Femandes.~ $50 Plo Elton ds Univeside de So Pato 1999. (Cssias 16) Thule origina: The lose felletive ation SAN 45.31.0302 3 |. Grupos socinis 2 lnerago social 1, Talo Seve 99.0816 600 ~ 301-15 Saices para cto sistance: 1. Goepos svisis Aga eoltiva ; Sociologia sous, Dries em agua omugvess eseevados usp ~ Editors ds Universidade de Sie Pato ‘Av Prof. Luciano Guan, Tress J, 94 andor. d Anis Reitaria~ Cade Uivesia 5308-900 ~ Sto Paulo SP ail Pex (011) 211-5988 Tel. (011) 818-4008 ou 81-4150 wr up bedusp~ eal usp @edasp br Prine io Brash 1990 Poi eo 0 dept og 4 CECOOOCECOEOCEEEEEEEEOECEOCEOCEEEECEECEECECOCECEECE 1 CO COOCOCOCOOCOOCCOCOCCCOCECCOOCOOCCCOOEOOCOCOCOCOEE SUMARIO. Prefécio (1971) Tntrodugao /(1. Ya Teoria dos Grupos Sociis¢ das Organizagdes 4.0 Objet da Organicagio b Benes Pablicose Grandes Gaps A Tei Taicional dos Grupos Socials @ Grupos Pequens ©. Gros "Ekcusivos”¢“Inlsios” (Uma Tastnomia dos Grpos 2. Tamanho de Grupo © Comportamento Grupal &. A Coesio © a Bficigncia dos Grupos Pequenos ‘i Problemas das Teorias Tradicionais «. Incentivos Socials e Comportamento Racional 3. O Sindicato ¢ a Liberdade Econdmica a. A Coergo nos Sindivatos b, O Crescimento dos Sindicstos na Teoria e na Prétic. ©. O Estabelecimento Fechado ¢ a Lierdade Econdmica no Grupo Latente 4. intervenglo Estatal e Liberdade Econdmica no Grupo Latente u B TA ra ar 28 34 49 38 65 65 69 R 79 79 90 102 106 A LOGICA DA AGRO COLETIVA 4, Teorias Ortodoxas do Estado € das Classes Sociais 4. A Teoria do Estado dos Eeonomistas b. A Teoria Marxista do Estado e das Classes Sociais 6A Logica da Teoria Marxista (Biers Ontos os Craps de reso (CTR isi sis dos Gs de Pes 0. tzanomsinstsonl rao de Pessa Jon Common €- Teoria Motes dos Gaps de Meso ~ Bel, Tush Leia 6.4 Les era dos Goes Sea (hermano ubproduto” e do “Interesse Especial” .. A Teoria do “Subpraduto” dos Grandes Grupos ée Pressio B, Lobbies Trabathistas ©. Lobbies Profissionais 4. A Teoria do “Interesse Especial” e os Lobbies Empresariais ©. Promos Governamental da Pressto Politica Cooperativas Rurais © Lobbies Rurais. & Lobbies "Nao-econémicos fh. Os “Grupos Esquecidos” — Os que Sofrem em Silencio ‘Apéndice (1971) indice Remissivo 0 1B 1B 7 120 125 125 128 131 139 “a7 7 150 152 156 163 168. 4 180 183 198 CECCEECEEEEEEEEEEECECEOCECECEEEECEEEEEEOEOCOECEEEE COCOOCOOOOOOOOOOOOO OOOO EEOC PREFACIO «ag71) Dado que tanto 4 edigio de capa dura quanto a edigo em brochura deste livro esto sendo reimpressas mais ou menos ao mesmo tempo, esta seria uma boa ocasiao para considerar a possibilidade de algumas alteragées. Seria posst- vel aprimorar a argamentagao da obra, adicionar varias idéias que me ocorre- ram desde que ela foi escrta ¢ abordar trabalhos recentes de outros autores a ela relacionados. Mas optei por no fazer nenhuma grande revistio desse tipo. Nao houve mudangas nes meus pontos de vista que justificassem reeserever 0 texto, Algumas das idéias que eu acrescentaria a qualquer nova edigio ja foram apre- sentadas em outros ensaios de minha autoria, e seria demasiado moroso atender adequadamente 20s trabalhos que outros autores andaram escrevendo a esse res- peito. Limitei-me, portanto, a preparar um breve apéndice. Ele fornece 20s Iei- {ores interessados um guia para os artigos que escrevi sobre o tema tratado nes- te livro e discute uma intrigante idéia para um trabalho futuro proposta por alguns comemtaristas da obra. Embora muitas vezes a lembranga de favores que nos fazem se desvaneca ‘em um curto espago de tempo, nao foi o que ocorreu com minha gratido para ‘com 0s eriticas que tanto me ajudaram enquanto este livro estava sendo escrito. Freqiientemente tenho oportunidade de constatar que a reagio a ele teria sido menos generosa (ou mais rese‘vada) se 0s esbogos iniciais nao tivessem sido t20 bem crticados. O eritico que mais me ajudou dentre todos foi Thomas Schelling, da Universidade de Harvard. Embora nem ele nem os ineus outros eriticos se A LOGICA Da AGao COLETWA Jam responsiveis pelos defeitos do tivro, muito da validez que a obra possa por ventura ter demonstrado, seja ela qual for, deve-se em grande parte ds suas ett ticas. Edward C. Banfield e Otto Eckstein também fizeram observagbes muito Steis quando 0 livro era ainda um rascunho de uma tese de doutorado em Har Yard. Quando o trabalho estava ja em fase de prospecgii, tirei também grande Proveito das eriticas de Samuel Beer, John Kenneth Galbraith, Cat! Kaysen ¢ Talcott Parsons. Quando comecei a revisar a tese para publicagio, recebi comen. os extremamente siteis de Alan Holmans, Dale Jorgenson, John Kain, Douglas Keare, Richard Lester e George von Furstenberg. E ainda, em diversos estigios do processo de feitura do livro, Witliam Baumol, David Bayley, Arthur Benavie, James Buchanan. Edward Claiborn, Aldrich Finegan, Louis Foust, Gerald Gat Xe, Mohammed Guessous, W. E. Hamilton, Wolfram Hantieder, Stanley Kelley, Roland McKean, Richard Musgrave. Robert Reichardt, Jerome Rothenberg, Craig Stubblebine, Gordon Tullock, Alan Williams e Richard Zeckhauser fire. ram criticas importantes e construtivas. Por fim, espero que a dedicatsria da obra 4 minha esposa evidencie o quanto estimo sua ajuda e incentivo. Além de todas 8s outras coisas que tem feito por mim e por nossos ids filhos, ela me auxilion na claboragdo tanto do estilo quanto da substancia do presente trabalho, Também me sinto muito agradecido ao professor F. A. von Hayek, que con- Seauiu que o livro fosse traduzido para o alemio e contribuiu com um preficio Para a edicio alema, Este trabalho contou com o generoso apoio do Social Science Research Council, da Shinner Foundation e do Center for International Studies at Princeton University, Estou também muito grato a Brookings Institution, euja hospitalidn. ‘de muito impulsionou meu trabalho neste livro € em outro anterior. MaNcur OLson, Departamento de Economia da Universidade de Maryland College Park, Maryland 2 eae et ene Aeeraee ie MAGUS Cr aM AM Os dat CeO nda HCT ICG, CO COCCOCOCOCOCOCOCCOCCOCOEC OOOO ECE CEE EEE EEE INTRODUGAO Frequenteniente é dado por certo, 20 menos quando ha objetivos econdmi- cos envolvidos, que grupos de individuos com interesses comuns usualmente ten: __[am promover esses interesses comuns, Espera-se qué 0s grupos de individuas 6 Terese comuns ajam icresses tanto quanto se espera que os indi vviduos isoladamente ajam por seus interesses pessoais. Esse senso comum S0- bre comportamento prupal emerge com frequéncia no apenas em trivia discus- ‘sdes cotidianas como também em textos académicos. Muitos economistas das mais diversas tradigdes metodol6gicase idcolégicas aceitaram implicita ou ex- plicitamente essa idéia, Essa vio foi importante, por exemplo, na elaboragio {de muitastcorias sobre a organizaco sindical, das tetas marxstas sobre a ago das classes sociais, de conecitos de “poder compensatrio” e-em vérias discus: sGes sobre instituigdes econdmicas. Tem ocupado, além disso, um lugar proemi- nente nas ciéncias politicas, ao menos nos Estados Unidos, onde 0 esiudo de grupos de pressio tem sido dominado por uma celebrada “teoria dos grupos so- ciais” baseada na idéia de que os grupos agitao quando a agao for necessdria para promover seus interesses comuns ou grupais. Finalmente, em desempenhado um importante papel em muitos estudos sociolégicos bastante conhecidos. postamente baseada na premissa de que, na verdade, os membros de um gaps “agem por interesse pessoal, individual. Se.os individuos integrantes de um seve aliruisticamente desprezassem seu bem-estar pessoal, nfo Seria muito provéve que n

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