É notório que combater o assédio moral no trabalho é uma tarefa desafiadora,
especialmente porque as vítimas ao estarem afetada emocionalmente com o abuso não
denunciam. Nesse viés, há configuração de um grave problema, em virtude do silenciamento e da insuficiência legislativa.
Primeiramente, o silencio dos trabalhadores caracteriza-se como dificultante. Com
isso, o sociólogo Habermas traz uma contribuição relevante ao defender que a linguagem verdadeira forma de ação. Porém, percebe-se uma lacuna no que se refere ao combate ao assédio moral no trabalho, que é muito silenciado pelas vítimas, pois o abusador promove um ambiente hostil de trabalho, por meio de exigência inadequadas e excessivas e, assim, muitos funcionários desenvolvem transtornos mentais. Desse modo, trazer à pauta asse tema e debatê-lo amplamente aumentaria a chance de atuação nele.
Ademais, é fundamental apontar a ineficácia legislativa. Nessa perspectiva, o filósofo
John Locke defende que “as leis se fizeram para os homens e não para as leis”. Ou seja, ao ser criada uma lei para combater o assédio moral no trabalho, é necessário e haja políticas públicas e investimento massivo. Mas, sem que a regulamentação seja projetada para as pessoas, o impasse persiste.
Portanto, é de extrema importância que o Ministério do Trabalho, em parceria com
as prefeituras, desenvolva e palestras em escolas e empresas – a serem web conferenciada nas redes sociais desses órgãos – por meio de entrevistas com as vítimas do abuso moral e psicólogos, a fim de trazer mais lucidez sobre o assédio moral no mercado de trabalho e leis mais eficientes.