Capa
Ficha Técnica
Dedicatória
Agradecimentos
Capítulo 1 - Mania de Batalha Espiritual
Reféns Espirituais
Despojando os Principados e as Potestades
Um Comportamento Ridículo e Antibíblico
Por Que Tanta Preocupação com a Batalha Espiritual?
Não é Nenhuma Novidade
E Quanto aos Feiticeiros?
A Batalha Espiritual Bíblica
Como a Verdadeira Batalha Espiritual Tem Início
Lidando com o Vento e as Ondas em Sua Vida
Batalha Espiritual: Um Estado Mental
Uma Advertência Sobre Batalha Espiritual
Capítulo 2 - Armas Carnais VERSUS Armas Espirituais
Homens de Guerra com Sede de Sangue, Ousados e Comprometidos
Armas e Estratégias Espirituais
A Futilidade da Carne
As Fracas e Tolas Armas da Carne
O Que a Bíblia Diz Sobre o Propósito das Línguas?
Não Toque, Não Prove, Não Manuseie
Capítulo 3 - Descansando na Nossa Redenção
O Mercado de Escravos de Satanás
Dominados pela “Maldição deste Mundo”
Quem Está Trabalhando nos Bastidores?
Usados por Demônios
Comprados “do” Cativeiro
Pagando o Preço Exigido
Restaurados à Condição Plena
Transportados para Fora do Reino de Satanás
Capítulo 4 - Por que a Batalha Ainda Está Sendo Travada?
Batalha Espiritual e Renovação da Mente
Um Compromisso para Toda a Vida
Capítulo 5 - Uma Ameaça do Céu
Um Momento Oportuno para o Diabo Atacar
Ataques Demoníacos Que Não Prosperam!
Uma Porta Fechada Não Significa Fracasso
Se Você Tem Conquistado Novos Territórios, Prepare-se para Ser
Desafiado!
Ataques Contra Igrejas e Ministérios
Um Padrão de Contenda e Discórdia
Matadores Treinados e Fortemente Armados
Capítulo 6 - Uma Mensagem Importante a Lembrar
Cristãos Espiritualmente Desequilibrados
Companheiros de Luta
Soldados Que São Dignos de se Associar a Você
Capítulo 7 - Fortaleça-se no Senhor
Poder Sobre-humano para uma Tarefa Sobre-humana
Onde Encontrar Esse Poder
Está à Sua Disposição
A Evidência do Poder do Espírito Santo
O Poder Kratos
O Braço Forte de Deus!
Capítulo 8 - As Ciladas, os Desígnios e o Engano do Diabo
Roupas Novas
Como Revestir-se de Toda a Armadura de Deus?
Mantendo uma Posição Estratégica no Campo de Batalha de Sua Vida
e de Sua Mente
Um Confronto Olho no Olho!
Posicionando-se Contra as Ciladas do Diabo
Os Desígnios do Diabo
O Engano do Diabo
Um Exemplo de Intimidação Demoníaca
Fatos Incontestáveis sobre a Batalha Espiritual
A Carne para Nada Presta
Indo Além da Carne
Prevalecendo Sobre os Filisteus em Sua Vida
O Modo de Ação do Diabo
Capítulo 9 - Lutando Contra Principados e Potestades
A Sobrevivência dos Mais Fortes
Principados e Potestades
As Forças Militares do Diabo
Revelando Nomes, Símbolos e Tipos do Diabo na Bíblia
A Tendência Destrutiva de Satanás
A Natureza Pervertida de Satanás
O Desejo Controlador de Satanás
Satanás, o Manipulador da Mente
Um Pré-requisito para a Batalha Espiritual
Capítulo 10 - O Cinturão da Verdade
A Versão Expandida de Paulo da Armadura Espiritual
Para Revisão
A Arma Mais Importante
Uma Peça Visível da Armadura
A Diferença Entre Logos e Rhema
A Única Maneira de Vencer Espiritualmente
Como Andar em Justiça
Como Andar em Paz
Como Andar em uma Fé Forte
O Capacete e a Espada
Vencer ou Perder É Escolha Sua
A Capacidade Reprodutora de Deus
O Maior Erro Que os Cristãos Cometem
O Salmista Que Entendia a Centralidade da Palavra
A Chave para a Vitória e o Sucesso
O Melhor Conselho do Mundo
O Caminho para Vencer
Capítulo 11 - A Couraça da Justiça
A Beleza da Couraça
Alguém Quer Ferir Você
A Atitude Correta para a Batalha
Passagens Bíblicas sobre Justiça
Uma Nova Fonte de Confiança
Religião Sem Poder VERSUS Religião Poderosa
Justiça: Uma Arma de Defesa
Justiça: Uma Arma de Ataque
Capítulo 12 - As Sandálias da Paz
Dois Tipos de Paz
A Paz Dominante
Paz: Uma Arma de Defesa
Como a Paz Protege Você
Proteção Contra os Ataques do Diabo
Como Montar Guarda ao Redor do Seu Coração
Estacas para Ficar Firme
Como Ter uma Fé Inabalável
Paz: Uma Arma de Ataque
É Hora de Andar um Pouco!
O Que Significa “Em Breve”?
Capítulo 13 - O Escudo da Fé
O Escudo da Fé
Como Cuidar do Seu Escudo da Fé
O Que Significa “Acima de Tudo”?
O Propósito do Escudo da Fé
Os Dardos Inflamados do Maligno
Um Fogo que Inflama as Paixões Mais Vis
Quem É Responsável pelo Fracasso?
Fé Que Apaga, Extingue e Ricocheteia
Fé Coletiva na Igreja Local
Há Rachaduras em Seu Escudo?
Se Sua Fé Precisa de Uma Unção
Conclusão
Capítulo 14 - O Capacete da Salvação
O Capacete da Salvação
O Maior Dom de Deus
Armado e Perigoso
Jogando Jogos Mentais com o Diabo
O Que é uma Fortaleza?
Dois Tipos de Fortalezas
O Que é Opressão?
A Salvação Protege Sua Mente
O Que é uma Mente Moderada?
O Que Significa a Palavra “Salvação”?
Uma Mente Transformada
Capítulo 15 - A Espada do Espírito
As Espadas do Soldado Romano
O Que é uma Palavra Rhema?
A Espada e o Cinturão
O Que é uma Espada de Dois Gumes?
Meditação e Confissão
Como Ouvir de Deus
Quando Jesus Precisou de uma Espada
Uma Garantia de Vitória!
Capítulo 16 - A Lança da Oração e da Súplica
Vários Tipos de Lanças
Vários Tipos de Oração
Com que Frequência Devemos Orar?
Seis Tipos de Oração para o Cristão
Uma Palavra Final
Referências
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58.410-841 - Campina Grande - PB
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1a Edição
DEDICATÓRIA
Rick Renner
AGRADECIMENTOS
Rick Renner
CAPÍTULO 1
REFÉNS ESPIRITUAIS
Há multidões no mundo hoje sendo mantidas reféns pelo diabo em suas
mentes. A Primeira Epístola de João 3:8 diz: “... para isso o Filho de Deus
se manifestou: para destruir as obras do Diabo”.
A palavra “destruir” foi extraída da palavra grega luo, e se refere ao ato
de amarrar ou desamarrar alguma coisa. É a palavra exata que usamos
para retratar uma pessoa que está desamarrando os sapatos. Na verdade, a
palavra luo é usada dessa maneira exata em Lucas 3:16, quando João
Batista diz: “Mas virá alguém mais poderoso do que eu... tanto que não sou
digno nem de desamarrar...”.
Assim, Jesus Cristo veio ao mundo para desamarrar e desatar os poderes
de direito que Satanás tinha sobre nós. Na cruz, Jesus desatou o poder de
Satanás até que Sua obra redentora foi finalmente concluída e nossa
liberdade plenamente comprada.
Além do mais, Pedro disse à família de Cornélio: “Como Deus ungiu a
Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda
parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus
estava com ele” (Atos 10:38).
Sabemos a partir dos dois versículos citados que libertar as pessoas do
poder de Satanás é uma preocupação primordial de Jesus Cristo. E se essa é
a preocupação dele, também deve ser a nossa.
Para libertar as pessoas da opressão demoníaca, precisamos aprender a
reconhecer a obra do inimigo e a vencer os ataques dele contra a mente,
pois a mente é a principal área que ele procura atacar. O objetivo de
Satanás é plantar uma fortaleza de engano em alguma área da mente de um
indivíduo. Se ele tiver êxito, poderá então começar a controlar e a
manipular a pessoa a partir dessa posição de supremacia.
O Espírito Santo está nos transmitindo claramente uma mensagem forte
sobre a batalha espiritual nestes dias. Os líderes cristãos e as igrejas em toda
a nação estão despertando para essa realidade. Diante desse fato,
precisamos dar ouvidos ao que o Espírito está dizendo à Igreja e seguir em
frente, tendo a Palavra de Deus como nosso guia e fundamento.
À medida que procuramos nos envolver na batalha espiritual, precisamos
tomar muito cuidado para ter equilíbrio. Primeiro, precisamos entender que
esse assunto envolve mais do que apenas lidar com o diabo. Outros
elementos importantes da batalha espiritual têm a ver com assumir o
controle da nossa mente e crucificar a carne. Não devemos esquecer que
esses últimos elementos da batalha espiritual são tão vitais quanto o
primeiro.
A verdade é que os ataques do diabo contra a nossa vida não
funcionariam se a nossa carne não cooperasse. Se estivéssemos realmente
mortificando a carne diariamente (ver Colossenses 3:5), vivendo vidas que
estão “mortas para o pecado” (ver Romanos 6:2) como a Bíblia nos ordena
fazer, não aceitaríamos as sugestões demoníacas e não cederíamos à
tentação da carne. Homens mortos são incapazes de reagir a qualquer coisa.
Esse é o poder de uma vida crucificada!
Viver uma vida crucificada é uma parte crucial da batalha espiritual. Se
eu escrevesse um livro sobre batalha espiritual sem mencionar essa verdade,
cometeria uma grande injustiça contra os meus fiéis leitores, dando a eles
uma visão pouco realista do assunto.
Uma pessoa pode gritar com o diabo o dia inteiro, mas se ela permitiu
voluntariamente que alguma área de sua mente ficasse sem ser verificada e
protegida — se ela está ciente de uma área de pecado, mas não se dispôs a
lidar com ela — ela abriu a porta para um ataque sobre si mesma. Nesse
caso, todas as suas orações contra o diabo de nada valerão, porque o
verdadeiro inimigo dela não é o diabo. Ao contrário, são a sua própria
mente carnal e a sua carne que precisam se submeter ao controle do Espírito
Santo a fim de erradicar esses ataques.
O ponto principal é este: se as pessoas focarem apenas no diabo ao se
dedicarem ao tema da batalha espiritual e deixarem de considerar outras
áreas igualmente importantes, essa ênfase na batalha espiritual pode ser e
será muito prejudicial a elas.
1.De que maneiras a ênfase na batalha espiritual pode ser tanto boa
quanto má para a Igreja? O que você pode fazer para evitar as ciladas
que alguns cristãos sofreram ao estudar o tema da batalha espiritual?
2.Qual é o alvo principal do inimigo quando ele planeja atacar
alguém? Como esse conhecimento ajuda você a lidar com os ataques
do diabo em sua própria vida?
3.Por que crucificar a carne é uma parte tão crucial da verdadeira
batalha espiritual? O que acontece se você não der esse passo vital ao
tentar vencer as estratégias do inimigo contra a sua vida?
4.Qual é o ponto de partida fundamental para desenvolver uma visão
correta da batalha espiritual?
5.O que podemos aprender estudando a reação dos primeiros cristãos à
intensa perseguição e aos ataques demoníacos? Como podemos aplicar
essas lições à nossa caminhada diária com Deus?
CAPÍTULO 2
Deixe-me dizer desde o início que algumas pessoas adorarão este capítulo
e outras o desprezarão. Mas por causa dos vários tipos de ensinamentos
sobre batalha espiritual que circulam periodicamente pela comunidade
cristã, sou compelido pelo Espírito Santo a incluir este capítulo neste livro.
Em vez de magnificar a obra vitoriosa de Jesus Cristo sobre Satanás e a
nossa libertação do poder dele, muito do que é ensinado hoje sugere que a
obra da cruz está inacabada — que o sangue de Jesus nos salvou, mas na
verdade não nos libertou completamente do poder de Satanás. Embora essa
talvez não seja a intenção de alguns daqueles que ensinam a respeito de
batalha espiritual, em geral essa é a mensagem transmitida.
O fruto desse ensinamento é uma nova forma de legalismo
espiritualizado. Em outras palavras, o que Jesus Cristo fez não foi
suficiente; portanto, você agora precisa fazer algumas coisas “a mais” a fim
de adquirir a libertação adicional do controle do diabo. Na verdade, isso é o
equivalente a trocar uma forma de cativeiro por outra — e o segundo
cativeiro é muito mais perigoso. Ele vem na aparência de espiritualidade e,
pelo menos em princípio, é muito difícil de discernir.
Com relação a essas armas carnais e técnicas carnais feitas pelo homem,
Paulo tinha o seguinte a dizer: “Porque, embora andando na carne, não
militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Coríntios
10:3-4, ARA).
Observe como Paulo começa: “Pois embora andando na carne...”. A
palavra “andar” foi extraída da palavra peripateo e é um composto de duas
palavras peri e pateo. A palavra peri significa ao redor e a palavra pateo
significa andar. Quando as duas palavras são unidas (peripateo) a nova
palavra significa andar por aí ou viver habitualmente e continuar em uma
vizinhança geral.
Usando a palavra peripateo, Paulo está transmitindo uma mensagem
muito forte sobre a sua humanidade. A palavra transmite esta ideia:
“Praticamente tudo o que faço, faço nesta dimensão da carne; como na
carne; divirto-me na carne; durmo na carne; penso na carne; estudo na
carne. Minha vida consiste principalmente nesta dimensão terrena”.
Na verdade, o tempo grego aqui usado é a esfera de influência locativa.
Isso é extremamente importante! Em um sentido literal, significava que
Paulo sabia que ele estava “trancado” no seu corpo carnal e não podia sair
dele, nem podia trocá-lo por outro! Ele estava “preso ao corpo”. Esse estado
de estar “preso ao corpo” não mudaria até a morte, quando esse corpo
carnal e natural seria gloriosamente transformado em um corpo espiritual.
O próprio fato de Paulo dizer: “... não militamos segundo a carne [ou de
acordo com a carne]” nos diz que ele estava ciente da fraqueza e futilidade
do seu próprio homem natural. Paulo sabia que não havia esperança de
realizar nada de bom por intermédio do seu homem carnal; portanto, ele se
voltou para a dimensão do espírito onde a ajuda sobrenatural estava
disponível.
A FUTILIDADE DA CARNE
Agora chegamos ao ponto seguinte desse versículo. Paulo continua:
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais...”.
A palavra “carnal” foi extraída da palavra sarkos, que é a palavra grega
para “carne”. Escolhendo usar essa palavra, Paulo nos diz que as
verdadeiras armas espirituais não vêm da esfera da carne. Na verdade,
Paulo toma uma posição difícil neste assunto. Ele declara enfaticamente
que as armas espirituais não têm absolutamente nada a ver com a carne ou
com a atividade da carne.
Embora Paulo vivesse, agisse e andasse na carne, assim como nós o
fazemos hoje, ele não dependia da carne ou das técnicas carnais para
derrotar adversários espirituais. Para reforçar a vitória que Jesus alcançou
por meio da Cruz e da ressurreição, Paulo tinha de usar armas espirituais. A
carne pode combater a carne, mas a carne não é páreo para a dimensão
espiritual.
Embora Paulo fosse extremamente instruído:
Não importa quão boa seja a aparência da carne ou o barulho que ela
faça ao rugir, ela nunca se destinou a combater um inimigo espiritual.
Esse é o motivo pelo qual Deus nos deu em Sua graça armas espirituais,
como “o cinturão da verdade”, “a couraça da justiça”, “os calçados da paz”,
“o escudo da fé”, “o capacete da salvação”, “a espada do Espírito” e a
“lança da intercessão”. Sem essas armas, ficamos nus e indefesos diante do
adversário!
AS FRACAS E TOLAS ARMAS DA CARNE
Não obstante, muitos crentes buscam usar técnicas externas, físicas e
carnais na tentativa de derrotar a obra do adversário em suas vidas e para
travar a suposta “batalha espiritual”. Em vez de descansar na obra redentora
de Jesus Cristo e usar as armas que são fornecidas na Bíblia (Efésios 6:13-
18), esses crentes passam a seguir uma forma de “batalha espiritual” que é
totalmente estranha a qualquer ensinamento do Novo Testamento, onde eles
precisam fazer “coisas” adicionais a fim de se libertarem do controle do
diabo.
Mas não é de técnicas externas, físicas e carnais que os crentes que estão
com dificuldades precisam! Esses métodos não apenas são ineficazes —
eles eventualmente se tornarão uma nova forma de legalismo nas vidas das
pessoas que confiam neles para guerrear contra o diabo. Assim, além de
lutar contra as verdadeiras fortalezas que o diabo semeou em suas mentes,
esses crentes também terão de lutar contra os sentimentos de condenação
por não alcançarem a vitória por meio das supostas “técnicas de batalha
espiritual” que lhes foram ensinadas!
Esse legalismo de fazer supostas “coisas espirituais” a fim de obter
libertação passou a ocupar dolorosamente a vanguarda de muitos grupos ao
longo dos anos. Sinto a dor dessa tragédia profundamente em meu coração,
pois sou chamado por Deus para ministrar às pessoas. Portanto, quando
vejo pessoas sinceras envolvidas pelas obras da carne que, na verdade, não
acrescentam nada à sua liberdade, isso me entristece profundamente.
Não posso evitar lamentar pelos cristãos que constante e habitualmente
querem se libertar da possessão demoníaca quando Jesus Cristo já os
libertou. Por exemplo, lamento muito pelo grupo de cristãos que
começaram a ensinar há vários anos que os cristãos precisam se libertar do
controle da opressão demoníaca deliberadamente se obrigando a vomitar,
dia após dia, semana após semana — como se vomitar por si só de algum
modo removesse os poderes demoníacos! Eles viam essa forma de
purificação como prova de que os poderes demoníacos tinham saído do
corpo das pessoas.
Nas últimas décadas, também tive a infelicidade de ver muitos cristãos
abusando fisicamente de seus corpos e ferindo as suas gargantas com um
ensinamento chamado de “línguas guerreiras” — um ensino que cresceu em
popularidade há algum tempo. As pessoas que aderiram a esse ensinamento
acreditavam que gritando, berrando e orando violentamente com orações
barulhentas que chegavam a ferir suas gargantas, elas podiam exercer mais
poder contra o diabo.
Algumas dessas pessoas até ensinam que se você orar baixinho, é melhor
que encontre algo mais útil para fazer com seu tempo. Na visão distorcida
delas, a oração não exerce poder espiritual, exceto se for feita em voz alta
em um volume ensurdecedor. De algum modo elas acreditam que a
autoridade espiritual esteja ligada ao volume de sua voz!
Mas quando você está lidando com o diabo, o problema não é o nível do
som ou o volume da sua voz. O diabo não tem medo de barulho. Lembre-se
de que ele criou toda espécie de música horrenda, barulhenta e gritante nos
tempos modernos. O barulho obviamente não incomoda o diabo.
Um policial não grita nem berra para impedir um crime; ele
simplesmente puxa a sua arma e a empunha diante do ofensor. O policial
não precisa gritar ou berrar. Toda a gritaria do mundo não pararia o ofensor!
Por outro lado, a arma do policial tem grande autoridade. Com a arma em
punho, ele pode sussurrar para o ofensor, e o ofensor obedecerá de bom
grado.
Do mesmo modo, é a autoridade que reside no seu espírito que faz com
que o diabo obedeça. Se você sabe que está em Jesus Cristo e como usar
essa autoridade transmitida por Cristo contra o diabo, pode sussurrar
baixinho que ele fugirá. A questão não é o nível do volume da sua voz; é a
autoridade contida no seu espírito.
Toda a ideia que está por trás da gritaria violenta em línguas é que as
regiões celestiais estão cheias de poderes demoníacos e os cristãos estão
fisicamente sob essa nuvem tenebrosa e demoníaca. Portanto, eles precisam
tentar rasgar as regiões celestiais com os seus barulhos altos e gritantes na
tentativa de abrir caminho por meio dessa suposta barreira infernal. Assim,
irmãos e irmãs sinceros são levados a crer que precisam gritar
violentamente com o diabo por horas sem fim, dia após dia e semana após
semana, para alcançarem a libertação em suas vidas pessoais.
Após ouvir sobre essas reuniões, eu pessoalmente participei de uma, anos
atrás. Ao ouvir a mensagem naquela noite, eu mal podia acreditar nos meus
ouvidos. Durante uma hora inteira, o palestrante instruiu as pessoas sobre
como gritar, berrar, “começar a chorar” (forçar o choro), e “fazer
purificação” (forçar o vômito). Meu coração doeu ao ver o que os cristãos
sinceros estavam fazendo em nome do Espírito Santo e ao ouvir o que eles
pensavam ser a genuína batalha espiritual.
Não tenho dúvidas quanto à sinceridade desses irmãos, nem duvido do
seu verdadeiro desejo de derrotar a obra do diabo em suas vidas pessoais e
nas vidas de outros. O zelo deles é admirável, mas seus atos não têm base
bíblica nem “se baseiam no conhecimento” (Romanos 10:2).
De qualquer modo, a Bíblia não ensina que devemos gritar
incessantemente contra o diabo — e as Escrituras devem ser,
absolutamente, o fundamento de tudo o que cremos, ensinamos e fazemos.
Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem
ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à
celebração das luas novas ou dos dias de sábado...
... Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares
deste mundo, por que, como se ainda pertencessem a ele, vocês se
submetem a regras: “Não manuseie!”, “Não prove!”, “Não toque!”?
Todas essas coisas estão destinadas a perecer pelo uso, pois se
baseiam em mandamentos e ensinos humanos.
— Colossenses 2:16, 20-22
1.Ele é um príncipe.
2.Ele tem autoridade genuína.
3.Seu poder se fundamenta nas regiões inferiores do ar.
•Efésios 1:7 diz: “... no qual temos a redenção, pelo seu sangue...”.
•Colossenses 1:14 diz: “... no qual temos a redenção, a remissão dos
pecados”.
•Colossenses 1:20 diz: “... e que, havendo feito a paz pelo sangue da
sua cruz...”.
•Hebreus 9:12 diz: “... mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo
dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”.
•1 Pedro 1:18, 19 diz: “... sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro... mas pelo precioso sangue... de
Cristo”.
•Pensamentos errados.
•Crenças erradas.
•Lembranças de experiências terríveis que aconteceram antes de
conhecermos o Senhor, que ainda permitimos que dominem as nossas
emoções.
•Medos que foram transferidos a nós por nossos pais, membros da
família ou amigos.
•Anos de doutrina incorreta que nos foi ensinada em nossas antigas
igrejas, que agora precisamos “desaprender” e superar.
Observe que com todas essas coisas, a mente é o centro estratégico onde a
batalha espiritual com o “deus deste mundo” acontece.
1.Por que tantos crentes ainda têm dificuldades com fortalezas em suas
mentes, embora Jesus já os tenha libertado?
2.Qual é a principal chave para livrar-se de áreas residuais de cativeiro
do passado depois que uma pessoa nasce de novo?
3.Qual é a consequência de não se livrar dessas áreas residuais?
4.O que significa “cingir o seu entendimento”? Quais serão os
resultados na sua vida diária quando você torna a obediência a essa
ordem divina uma prática?
5.O que torna a verdadeira batalha espiritual um compromisso para
toda a vida em vez de um ato periódico de assumir autoridade sobre o
diabo?
CAPÍTULO 5
Você pode ter certeza de que Satanás estava observando com grande
preocupação enquanto o poder do Espírito Santo vinha sobre os cristãos
reunidos no Cenáculo, no Dia de Pentecostes. Com o surgimento da Igreja
sobrenatural de Jesus Cristo em Jerusalém, o diabo soube — sem sombra de
dúvida — que seu domínio terreno não estava mais seguro. Se Jesus pôde
derrotá-lo sozinho tão completamente, como ele poderia agora resistir a
multidões de pessoas cheias do mesmo Espírito que ressuscitou Jesus de
entre os mortos?
Imbuídos de poder sobrenatural do Alto, os cristãos em Jerusalém foram
milagrosamente transformados em um exército divino, equipado com
armamentos sobrenaturais para executar a vitória que Jesus já havia
alcançado sobre esse inimigo sobrenatural. O pior pesadelo de Satanás se
tornara realidade. Seu reino tenebroso, demente e diabólico que estivera
seguro por milhares de anos antes do nascimento de Jesus fora invadido —
primeiro por Jesus, e agora pela Igreja.
Do ponto de vista do diabo, uma ameaça celestial entrou em seu domínio
a fim de executar a vitória que Jesus Cristo conquistou sobre ele na Cruz e
no túmulo e para expor a sua derrota. O exército de Deus, a Igreja, tinha sido
enviado a partir do quartel-general do céu para retirar o domínio de Satanás
e devolvê-lo ao povo de Deus!
O Reino de Deus havia chegado! A Igreja começou a pregar, a ensinar, a
curar os enfermos, a ressuscitar os mortos, a expulsar demônios e a repelir as
forças do inferno um passo de cada vez. A segurança de Satanás se fora para
sempre. A Igreja chegara para exercer o juízo sobre ele e suas hostes
pervertidas.
Satanás estava desesperado para evitar o colapso total de poder do sistema
deste mundo perdido. Portanto, ele liberou toda a sua fúria em um esforço
para destruir essa ameaça celestial antes que ela pudesse executar
plenamente o julgamento já declarado sobre ele.
•A eleição (1:4).
•A predestinação (1:5).
•A adoção (1:5).
•O selo do Espírito (1:13).
•O penhor do Espírito (1:14).
•A nossa redenção total, glorificada (1:7, 14).
Mais tarde, passei a entender por que Paulo fez essa declaração incrível
sobre a batalha espiritual e a armadura espiritual. Falando de um modo geral,
essas questões não poderiam ser mais importantes que as outras doutrinas
bíblicas que Paulo aborda no livro de Efésios. É extremamente importante
conhecermos e entendermos essas doutrinas bíblicas; elas são fundamentais
a tudo o que cremos sobre a obra da Cruz.
Entretanto, nesse momento específico e para os leitores específicos a
quem Paulo estava escrevendo, a batalha espiritual e a armadura espiritual
eram temporariamente mais importantes por uma razão muito prática.
Como muitos no mundo da Igreja hoje, os cristãos a quem Paulo estava
escrevendo tinham acumulado um grande conhecimento espiritual, que
constava de fatos e informações. No entanto, mesmo com tudo isso à
disposição, eles ainda estavam espiritualmente derrotados em suas vidas
pessoais. Embora pudessem responder a praticamente todas as perguntas
sobre a Bíblia que se colocasse diante deles, suas vidas pessoais estavam
desmoronando.
Efésios 4:25-31 identifica alguns dos problemas que estavam afligindo os
leitores de Paulo. Mencionarei apenas alguns.
Paulo ordenou aos cristãos de Éfeso:
Esse era o pano de fundo do contexto em que Paulo escreveu sua carta à
igreja de Éfeso. É por isso que Paulo começa seu texto sobre batalha
espiritual e armadura espiritual dizendo, na essência: “Guardei a parte mais
importante desta epístola para o fim, para que, se vocês não se lembrarem
de mais nada, vocês se lembrem disto!”.
COMPANHEIROS DE LUTA
À medida que Paulo avança em Efésios 6:10, ele diz: “No demais, irmãos
meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (ACF).
Agora chegamos à palavra “irmãos”. Essa é outra palavra muito
significativa do Novo Testamento que é negligenciada e mal compreendida.
A palavra “irmãos” é de tremenda importância para o tema armadura
espiritual e batalha espiritual – tanto que devemos nos curvar por um
momento e estudar essa palavra antes de prosseguirmos em Efésios, capítulo
6.
A palavra “irmãos” foi extraída da palavra grega adelphos, uma das
palavras mais antigas do Novo Testamento. Em seu uso mais frequente,
adelphos significa simplesmente irmão. Entretanto, adelphos tem um
significado muito mais profundo.
Em seu sentido muito antigo, a palavra adelphos era usada pelos médicos
no mundo da medicina para descrever duas pessoas que nasciam do mesmo
ventre. Assim, quando os antigos gregos se dirigiam uns aos outros como
adelphos, eles queriam transmitir esta ideia: Você e eu somos
verdadeiramente irmãos! Saímos do mesmo ventre humano. Temos os
mesmos sentimentos; temos emoções similares e lidamos com os mesmos
problemas na vida.
Pelo menos em parte, esse era o pensamento de Paulo quando ele se
dirigiu aos seus leitores como “irmãos”. Usando essa palavra, ele estava se
colocando no mesmo nível de seus leitores, identificando-se tanto com as
lutas quanto com as vitórias pessoais deles.
Mas isso não é tudo que existe para a palavra “irmãos”. Preste muita
atenção, porque a discussão seguinte trará importante luz no sentido
completo dessa palavra.
A palavra “irmão” (adelphos) não era usada em um sentido popular, como
a empregamos hoje no Corpo de Cristo, até o tempo de Alexandre o Grande.
Durante esse período, a palavra “irmão” começou a adquirir um novo
sentido militarista em seu significado. Dado o fato de que Efésios 6:10-18 é
um texto sobre batalha espiritual e armadura espiritual, não há dúvida de que
Paulo também tinha essa ideia militarista em mente quando se dirigiu aos
seus leitores como “irmãos”.
Alexandre, o Grande, foi irrefutavelmente o melhor soldado que o mundo
já conheceu. Aos dezoito anos, ele já havia conquistado todo o império
oriental. Quando tinha trinta e três anos, o império ocidental também havia
caído em suas mãos. Alexandre, o Grande, conquistou praticamente todo o
mundo civilizado de seu tempo — desde a Europa à extremidade norte da
África, alcançando até a Grécia, a Turquia e a Ásia, até a fronteira ocidental
da Índia. Em um único golpe militar contra os persas, Alexandre venceu 40
mil agressores persas, perdendo apenas 110 de seus soldados.
A fama e a notoriedade desse jovem e poderoso homem de guerra eram
tão extensas e reverenciadas que soldados de todas as partes de seu império
remoto desejavam ter alguma espécie de relacionamento pessoal com ele.
Conhecer Alexandre pessoalmente e ganhar seu reconhecimento era a maior
honra que um militar poderia receber.
Portanto, em ocasiões muito especiais, Alexandre realizava cerimônias.
Durante essas cerimônias, ele convocava soldados especialmente corajosos,
que trabalhavam arduamente, a subirem a uma plataforma gigantesca para
ficar ao seu lado. Então Alexandre fazia reconhecimento público de forma
cerimoniosa a esses soldados especiais, que haviam lutado tão bravamente e
que tinham andado a segunda milha na batalha.
Diante de uma grande audiência de militares que o adoravam, Alexandre
colocava seu braço ao redor dos guerreiros fiéis um de cada vez e declarava
publicamente: “Que todo o império saiba que Alexandre se orgulha de ser
irmão deste soldado”. Assim, a palavra “irmão”, como usada no tempo de
Alexandre, também transmitia a ideia de companheiro ou irmão de armas.
Tendo isso em mente, sabemos que a palavra “irmão” retrata a imagem de
dois soldados que estão lutando a mesma luta e que compartilham
sentimentos, desejos e medos similares, assim como dois irmãos nascidos do
mesmo ventre. No entanto, esses soldados irmãos aprenderam a vencer suas
emoções e a alcançar a vitória em meio aos ataques e confrontos difíceis.
Se esses homens chamassem alguém de “irmão”, isso significava que ele
era um verdadeiro companheiro. Em meio a tudo isso, esses soldados
permaneciam juntos, unidos no calor da luta. Por conseguinte, eles atingiam
um nível especial de “irmandade” que somente os soldados conheciam.
Podemos ver, então, que Paulo estava transmitindo uma mensagem
poderosa aos seus leitores quando se dirigiu a eles como “meus irmãos”. Ele
estava dizendo: “Saímos todos do mesmo ventre da humanidade, e
compartilhamos sentimentos, lutas e emoções semelhantes na vida. Ainda
assim, não fomos vencidos por essas coisas. Assim como eu, vocês ainda
estão na luta e estão dando o seu melhor. Portanto, tenho orgulho de estar
ligado a pessoas como vocês. Somos irmãos!”.
SOLDADOS QUE SÃO DIGNOS DE SE ASSOCIAR A VOCÊ
Embora os cristãos de Éfeso obviamente estivessem tendo dificuldades
em suas vidas pessoais quando Paulo lhes escreveu, eles não haviam
desistido da luta! Eles ainda estavam ali, reunindo suas forças e avançando
vagarosamente, um passo de cada vez.
Esse tipo de comprometimento progressivo de permanecer na batalha é
uma característica-chave de crentes que vale a pena conhecer e com quem
vale a pena se associar. Independentemente do quanto esses crentes estejam
indo bem ou mal em meio à sua luta, pelo menos eles ainda continuam
lutando! Outros podem ter desistido, mas eles não. De acordo com Paulo,
esse é o tipo de pessoas a quem deveríamos ver como companheiros de luta!
Essa é particularmente uma boa notícia para você, se você estiver
passando por um momento difícil agora. O adversário pode tentar acusá-lo
de ser um fracasso espiritual porque você ainda não atingiu a vitória total em
sua vida. Mas enquanto permanecer fiel à luta e se recusar a abandonar sua
posição de fé contra o inimigo, você ainda é um soldado excepcionalmente
bom! Você é exatamente o tipo de soldado que qualquer cristão deveria estar
feliz em conhecer e em se associar!
Então, eis o ponto principal com relação à palavra “irmãos” usada por
Paulo em sua parte final e crucial dessa carta aos Efésios: não é o fato de
lutarmos bem ou mal que realmente conta na vida. O que realmente conta é
que continuemos lutando. Esse tipo de atitude de “nunca desistir” finalmente
produzirá a vitória para nós, sempre!
PERGUNTAS PARA CRESCIMENTO PESSOAL OU DEBATE EM
GRUPO
Por que Paulo foi tão enfático nesse ponto? Porque ele sabia que
precisamos receber esse poder antes que a nossa luta contra as forças
invisíveis comece. Sem o poder sobrenatural do Espírito Santo operando em
nós, nenhum de nós é páreo para os esquemas e artifícios astutos de Satanás,
ou pode resistir aos espíritos demoníacos que guerreiam contra as nossas
almas.
Satanás é inteligente, perspicaz, brilhante, sagaz, rápido, esperto e astuto.
Ele é forte, capaz, poderoso, influenciador e determinado. Ele é um
estrategista sábio, que planeja e arranja de forma ordenada ataques
sistemáticos contra a humanidade. Ele é a epítome de um oportunista, que
sabe exatamente quando atacar com seu poder destruidor.
Naturalmente falando, nossa força física nem de longe pode se comparar à
força do diabo. Nossa inteligência nem de longe alcança seu brilhantismo.
Nosso momento mais genial é completamente deficiente se comparado com
os métodos astutos de pensar e atuar do inimigo.
Satanás era um anjo poderoso e brilhante antes de cair em seu estado atual
de perversão. E embora caído, ele ainda reteve muito de sua antiga
inteligência que lhe foi dada originalmente por Deus.
É verdade que Jesus despojou Satanás de sua autoridade legal sobre nós;
não obstante, sua inteligência permanece intacta. E é essa mente perspicaz,
brilhante, sagaz, esperta e astuta que o diabo usa contra nós hoje. O poder de
Satanás não é páreo para o poder inigualável do Espírito Santo, e ele sabe
disso. Portanto, ele procura passar a perna em nossa mente natural com
estratégias malignas que inventou com a sua mente incrivelmente
inteligente.
Para impedir essas estratégias satânicas, precisamos receber o
revestimento de poder especial de Deus do Alto. Quando a força
sobrenatural do Espírito Santo é liberada dentro de nós, somos capacitados a
lidar vitoriosamente com esse arqui-inimigo da fé. Foi por isso que Paulo
ordenou à Igreja Primitiva que recebesse esse poder especial — e agora a
Palavra de Deus nos dá a mesma ordem específica e urgente: “Finalmente,
meus irmãos, fortalecei-vos...”.
Lembre-se, essa não é uma sugestão da parte de Paulo; é uma ordem
direta.
“Revistam-se de poder!”
“Recebam este fortalecimento interior!”
“Sejam infundidos com a força e a capacidade sobrenatural de Deus!”
O PODER KRATOS
Mas em Efésios 6:10, Paulo dá outra evidência subsequente muito
importante da obra de revestimento de poder do Espírito em nossas vidas!
Ele diz: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do
seu poder” (ACF).
Deixe-me primeiro lembrar a você que Efésios 6:10 é um versículo sobre
o poder sobrenatural que Deus disponibilizou para a nossa luta com os
poderes demoníacos invisíveis que vêm guerrear contra a alma. Como
discutimos, a palavra “forte” em Efésios 6:10 foi extraída da palavra
endunamoo, que descreve um poder destinado a infundir em um crente uma
dose excessiva de força interior. Esse tipo específico de poder endunamoo é
tão forte que pode resistir a qualquer ataque e pode se opor com êxito a
qualquer espécie de força.
Vimos que a natureza sobrenatural deste mundo pode ser historicamente
provada, como era usual pelos antigos escritores dos períodos clássicos
gregos para denotar indivíduos especiais, como Hércules, que foi escolhido
pelos deuses e eram investidos sobrenaturalmente de força sobre-humana a
fim de realizar uma tarefa sobre-humana.
Esse é o tipo de “força” que Deus disponibilizou para nós!
Mas agora vamos ver o que mais Paulo tem a dizer sobre esse poder. Ele
continua dizendo no versículo 10: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos
no Senhor e na força do Seu poder” (ACF).
Observe especialmente as palavras “força” e “poder”. Essas duas palavras
são extremamente importantes e você deve compreendê-las à medida que
avança em seu entendimento da batalha espiritual e da armadura espiritual.
A palavra “poder” foi extraída da palavra grega kratos, e descreve o que
passei a chamar de poder demonstrado. Em outras palavras, o poder kratos
não é um poder ao qual você meramente adere e no qual acredita
intelectualmente. Em vez disso, o poder kratos é um poder que é
demonstrativo, eruptivo e palpável. Ele quase sempre vem com algum tipo
de manifestação externa que uma pessoa pode realmente ver com os seus
próprios olhos. Isso significa que o poder kratos não é um poder hipotético.
Ao contrário, esse poder é muito real.
Efésios 1:19-20 declara que quando Deus ressuscitou Jesus de entre os
mortos, Ele usou esse mesmo poder kratos: “... e qual a suprema grandeza
do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu
poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos...”. A
estrutura da frase da versão King James é um pouco inversa ao grego
original. O grego diz “... de acordo com a operação da força do seu
poder...”.
Por que isso é tão significativo? Porque “a força do seu poder” é a
expressão idêntica usada em Efésios 6:10 para denotar o poder que está
operando por trás dos bastidores para nos dar forças para o nosso combate
contra os poderes malignos invisíveis. Pense nisso! O tipo de poder que
Deus usou quando Ele ressuscitou Jesus de entre os mortos é o mesmo
poder, exato, idêntico, que agora está em operação em nós! Temos o poder
da ressurreição!
O poder kratos se refere ao fluxo de poder mais forte que existe em todo o
universo. Na verdade, esse poder é tão supremo que, na Bíblia, ele é usado
apenas com referência ao poder de Deus. O homem não possui esse tipo de
poder — exceto que ele tenha sido dado a ele por Deus!
O poder kratos é tão avassalador que os poderosos soldados romanos que
estavam guardando o túmulo de Jesus na manhã da ressurreição desmaiaram
e caíram no chão sob o peso esmagador dessa força sobrenatural. Ali eles
ficaram, prostrados no chão, paralisados e incapazes de se mover, até que a
ressurreição de Jesus estivesse concluída!
Considere o quanto esse poder kratos era indomável, vencedor e
irresistível quando ele inundou o túmulo onde o corpo de Jesus jazia. O
poder da ressurreição de Deus literalmente permeou cada célula morta e
cada fibra do corpo de Jesus com vida divina — até que se tornou impossível
para a morte detê-lo!
Se você estivesse presente na ressurreição de Jesus, teria sentido o chão
tremer quando a força eletrizante — esse poder kratos avassalador — entrou
no túmulo onde o corpo de Jesus jazia. Então você teria observado enquanto
esse poder kratos ressuscitava Jesus de entre os mortos! Era um poder
eruptivo, um poder demonstrado e exteriormente visível. Era o tipo de poder
mais forte conhecido por Deus ou pelo homem!
E agora Paulo usa essa mesma palavra para descrever o poder que está
disponível ao nosso uso! Na verdade, Paulo nos diz enfaticamente que se
tivermos a experiência de ser cheios do Espírito Santo, esse poder kratos
será outra evidência da obra de revestimento de poder do Espírito em nossas
vidas.
É por isso que Paulo diz: “Finalmente, meus irmãos, fortalecei-vos no
Senhor e no kratos...”. A operação desse poder kratos na vida de um cristão
é evidência de que ele foi revestido de poder sobrenaturalmente pelo Espírito
de Deus. Somente pessoas divinamente revestidas de poder possuem esse
poder.
Quando a presença capacitadora do Espírito Santo opera em nossas vidas,
ela libera em nós o mesmo poder que fisicamente ressuscitou Jesus Cristo de
entre os mortos. Esse poder kratos é um tipo de poder eruptivo,
demonstrativo, externamente visível e manifesto — o tipo que podemos ver e
que vamos experimentar.
Isso nos diz que tão logo esse poder kratos comece a operar em nós, ele
imediatamente procura um caminho para ser liberado de modo que possa ser
demonstrado. Em outras palavras, Deus não nos dá kratos para ficarmos
sentados ociosamente sem fazer nada na vida. Esse poder vem para nos
capacitar a realizar algum tipo de tarefa sobre-humana.
Paulo sabia que, antes que ele pudesse sequer começar a discutir a
respeito de batalha espiritual contra as forças invisíveis ou sobre a armadura
de Deus, ele primeiro teria de abordar o assunto do poder. Por quê? Porque
sem esse poder operando em nossas vidas espirituais, não podemos nos
envolver na batalha contra o inimigo. Não podemos resistir contra os atos
das trevas na nossa própria força — isso é impossível. Além do mais, não
temos a força em nós mesmos para carregar a pesada armadura de Deus que
necessitamos tão desesperadamente na nossa campanha contra as manobras
do diabo.
Portanto, Paulo pega as prioridades e inicia o texto sobre a armadura
primeiro tratando do poder kratos de Deus.
Sem esse poder, não somos páreo para o adversário e não podemos operar
com a armadura de Deus. No entanto, quando o temos à nossa disposição, o
diabo não é páreo para nós. Somos totalmente capazes de vencer as
estratégias dele com a armadura que Deus nos concedeu!
ROUPAS NOVAS
Essas armas são claramente tiradas da imagem mental que Paulo tem a
respeito do soldado romano que vestia a armadura completa: um soldado que
estava armado para o combate! Após colocar esse exemplo diante de nós,
Paulo agora nos dá uma palavra poderosa de instrução. Ele diz: “Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do
diabo” (Efésios 6:11, ARA).
Observe principalmente que Paulo diz: “Revesti-vos...”. A expressão
“revesti-vos” é extraída da palavra grega enduo. (Nota: embora enduo seja
semelhante na aparência à palavra endunamoo, que estudamos no capítulo 7,
essas duas palavras não são similares em seu significado.)
A Palavra enduo é empregada com frequência ao longo do Novo
Testamento. Na verdade, é a mesma palavra que Lucas usou quando relatou
que Jesus disse: “... Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai;
permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos (enduo) de
poder” (Lucas 24:49, ARA).
A palavra enduo se refere ao ato de colocar uma nova muda de roupas. À
luz desse fato, um expositor traduziu adequadamente Lucas 24:49 do
seguinte modo: “... permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais
vestidos (enduo) com o poder”.
Paulo usou a palavra enduo nos seus escritos para retratar simbolicamente
o “revestimento” do novo homem. Tanto em Efésios 4:24 quanto em
Colossenses 3:10, ele nos incentiva a “nos revestirmos do novo homem”.
Usando a palavra enduo nessas duas passagens em particular, Paulo nos diz
que podemos nos “revestir” do fruto da nossa nova vida em Cristo da mesma
maneira que podemos colocar uma nova muda de roupa.
Agora Paulo usa a palavra enduo em Efésios 6:11 da mesma maneira — a
fim de denotar o ato de colocar uma nova muda de roupa. Entretanto, dessa
vez ele emprega essa palavra com relação à armadura espiritual. Ele nos
instrui: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus...”.
Além do mais, Paulo usa o tempo imperativo nesse texto. Significa que
ele não está fazendo uma sugestão; em vez disso, ele está dando o tipo de
ordem mais forte que pode ser dado. No tom de voz mais forte possível,
Paulo está nos ordenando com grande urgência a tomarmos um tipo
específico de ação imediata. Essa ação é tão importante que, quando Paulo
fala conosco, ele fala no tempo imperativo — ordenando que nos revistamos
de toda a armadura de Deus.
Podemos rejeitar a ordem de Paulo — ou podemos aceitá-la. Mas se
optarmos por aceitar a sua ordem, precisamos então aprender como nos
revestirmos da armadura espiritual que Deus colocou à nossa disposição.
•Graças a Deus pelo nosso cinturão da verdade, mas Ele nos deu mais
que um cinturão.
•Graças a Deus pela nossa couraça da justiça, mas Ele nos deu mais que
uma couraça.
•Graças a Deus pelos nossos calçados da paz, mas Ele nos deu mais que
sandálias.
•Graças a Deus pelo nosso escudo da fé, mas Ele nos deu mais que um
escudo.
•Graças a Deus pelo nosso capacete da salvação, mas Ele nos deu mais
que um capacete.
•Graças a Deus pela nossa espada do Espírito, mas Ele nos deu mais
que uma espada!
OS DESÍGNIOS DO DIABO
Em 2 Coríntios 2:11, Paulo nos dá uma pista de para onde essa estrada na
qual o diabo está viajando leva. Paulo diz: “... não lhe ignoramos os
desígnios [de Satanás]”.
A palavra “desígnios” é extraída da palavra noemata, que é derivada da
palavra nous. A palavra nous é a palavra grega para mente ou intelecto.
Entretanto, a forma noemata, como usada por Paulo em 2 Coríntios 2:11,
traz consigo a ideia de uma mente enganada. Especificamente, a palavra
noemata denota a trama insidiosa e malévola de Satanás para encher a mente
humana de confusão.
A palavra “desígnios” (noemata) realmente retrata as tramas insidiosas e
os esquemas malignos de Satanás para atacar e vitimar a mente humana. Um
expositor até afirmou que a palavra “desígnios” traz consigo a noção de
jogos mentais. Tendo isso em mente, você poderia traduzir o versículo
como: “... Não ignoramos os jogos mentais que Satanás tenta nos armar”.
Paulo usou a palavra “desígnios” para descrever os ataques aos quais ele
havia resistido pessoalmente, para que soubéssemos que até ele tinha de lidar
com os ataques mentais do adversário de tempos em tempos. Paulo sabia por
experiência própria sobre os jogos mentais que o diabo tenta armar para as
pessoas!
Foi por esse exato motivo que Paulo disse: “... anulando nós sofismas, e
toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10:4-5, ARA).
O diabo adora fazer um playground na mente das pessoas! Ele tem prazer
em encher as emoções e os sentidos delas com ilusões que cativam as suas
mentes e acabam por destruí-las. Ele é mestre no que se refere a jogos
mentais.
Como Paulo, precisamos tomar a decisão mental de assumir o controle da
nossa mente, “... levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”.
Precisamos parar de ouvir a nós mesmos e começar a falar com a nossa
própria mente! O diabo sempre tenta manipular as nossas emoções e os
nossos sentidos físicos a fim de armar seu jogo mental contra nós. Portanto,
precisamos falar às nossas emoções e sentidos, dizendo-lhes exatamente em
que eles devem crer!
Considerando as palavras “ciladas” e “desígnios”, agora vimos duas
coisas crucialmente importantes que precisamos saber sobre a estratégia do
diabo para atacar e vitimar a mente humana.
Primeiramente, a palavra “ciladas” (methodos) nos diz explicitamente que
o diabo viaja com uma estrada ou em uma estrada. Essa estrada onde o diabo
está viajando obviamente leva a algum lugar.
Para onde vai essa estrada? A palavra “ciladas” demonstra claramente
que essa estrada do diabo vai para a mente.
Quem quer que controle a mente de uma pessoa também controla a saúde
e as emoções dessa pessoa. O inimigo sabe disso! Portanto, ele procura
penetrar o intelecto de uma pessoa — o centro de controle mental da pessoa
— para que ele possa inundá-lo com engano e falsidade. Depois que faz isso,
o diabo pode então começar a manipular o corpo e as emoções dessa pessoa
a partir de uma posição de controle.
Quando Satanás tem êxito em penetrar e em pavimentar uma estrada até a
mente e as emoções de uma pessoa, o processo de cativeiro mental e
espiritual na vida dessa pessoa está em estado avançado. O que vem a seguir
cabe ao indivíduo que está sob ataque. Ele pode abortar esse processo
diabólico renovando a sua mente com a Palavra e permitindo que o poder de
Deus faça uma obra dentro dele. Mas se essa pessoa não optar por renovar a
sua mente e se render à obra do Espírito Santo, será apenas uma questão de
tempo até que uma sólida fortaleza de engano comece a dominar e
manipular a sua autoimagem, seu status emocional e seu pensamento de um
modo geral.
Isso nos leva à terceira palavra que precisamos entender quando falamos
de batalha espiritual: a palavra engano.
O ENGANO DO DIABO
O engano ocorre quando uma pessoa acredita nas mentiras que o inimigo
diz. No instante em que alguém começa a aceitar as mentiras de Satanás
como verdade é o exato momento em que esses pensamentos e jogos mentais
malignos começam a produzir a realidade do diabo em sua vida.
Por exemplo, o diabo pode atacar a sua mente lhe dizendo repetidamente
que você é um fracasso. Entretanto, enquanto resistir a essas alegações
demoníacas, elas não exercerão absolutamente nenhum poder sobre a sua
vida.
Mas e se você começar a dar crédito a essas mentiras e encará-las
mentalmente como a verdade? Essas mentiras então começarão a controlá-lo
e a dominar as suas emoções e seu pensamento. No fim, sua fé nessas
mentiras lhes dará poder e fará com que elas criem uma realidade genuína
em sua vida — e você se tornará um fracasso. Essa é uma manifestação
completa do engano.
Muitos casamentos fracassam por causa de falsas alegações que o inimigo
tenta plantar nas mentes de cada um dos cônjuges. Enquanto o casal repete
essas alegações, as mentiras do diabo não exercem qualquer poder sobre esse
casamento. Entretanto, quando um dos cônjuges começa a prestar atenção
nessas mentiras e a permanecer nelas, ele ou ela deu o primeiro passo fatal
rumo ao engano.
Veja, por exemplo, o caso de um casamento que está em excelente forma,
até que um dos cônjuges começa a cismar com dúvidas e suspeitas não
justificadas sobre o outro. Isso é claramente obra do inimigo para deteriorar
a confiança do casal em seu casamento.
Em princípio, esse cônjuge sabe com certeza que essas suspeitas são
mentiras absolutas do diabo. Na verdade, ele ou ela pensa: nosso casamento
nunca esteve melhor!
Mas o inimigo continua a triturar a mente desse cônjuge:
“Vocês se acham tão durões, mas eu vou lhes mostrar quem é o durão
aqui!”
“Vou usar esta situação negativa para acabar com vocês!”
“Vou abater vocês com tanta força e tão depressa, que vocês nem vão
saber o que os atingiu!”
Davi era filho de Jessé, o efrateu de Belém de Judá. Jessé tinha oito
filhos e já era idoso na época de Saul... Davi era o caçula. Os três mais
velhos seguiram Saul, mas Davi ia ao acampamento de Saul e voltava
para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém...
Levantando-se de madrugada, Davi deixou o rebanho com outro pastor,
pegou a carga e partiu, conforme Jessé lhe havia ordenado [para levar
comida aos seus irmãos]. Chegou ao acampamento... Enquanto
conversava com eles [seus irmãos], Golias, o guerreiro filisteu de Gate,
avançou e lançou seu desafio habitual; e Davi o ouviu.
— 1 Samuel 17:12, 14, 15, 20, 23
Observe que o versículo 23 diz: “... e Davi o ouviu”. Esse era o primeiro
encontro de Davi com o gigante agourento, e algo nas palavras de Golias
incitou a ira na alma de Davi. Que choque para aquele jovem pastor ouvir
um filisteu pagão insultar o Deus de Israel e perceber que ninguém estava
fazendo nada a respeito! Na verdade, os israelitas não estavam apenas
sentados ali sem fazer nada a respeito de Golias. O versículo 24 diz que na
verdade eles fugiram aterrorizados: “Quando os israelitas viram o homem,
todos fugiram cheios de medo”.
Mas o jovem Davi não teve medo do gigante filisteu, ao contrário, ele
ficou irritado com a arrogância verbal de Golias!
Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu,
porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos
exércitos de Israel, a quem tens afrontado.
Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas minhas mãos; ferir-te-ei,
tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje
mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra
saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o
SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR
é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos.
— 1 Samuel 17:45-47, ARA
... sem espada na mão, derrubou o filisteu e o matou. Davi correu, pôs
os pés sobre ele, e, desembainhando a espada do filisteu, acabou de
matá-lo, cortando-lhe a cabeça com ela. Quando os filisteus viram que
seu guerreiro estava morto, recuaram e fugiram.
— 1 Samuel 17:50-51
E quanto a você? Está cansado dos filisteus em sua vida? Você está
cansado de ser mentalmente assediado e emocionalmente atormentado pelas
insinuações mentirosas e as acusações caluniadoras do adversário? Você
gostaria de atirar uma pedra na cabeça desses pensamentos de acusação e
atirá-los perplexos ao chão — e depois cortar a cabeça deles para que eles
nunca mais possam assediá-lo?
É exatamente por esse motivo que Paulo nos incentiva: “Revesti-vos de
toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do
diabo” (Efésios 6:11)!
Treinamento e instrução natural são coisas boas, e todos nós precisamos
receber tanto disso quanto possível. Entretanto, todos nós devemos
finalmente descobrir que as armas naturais e a instrução natural não nos
ajudarão em nossa luta contra os inimigos espirituais invisíveis.
Nesses momentos, precisamos nos mover além da esfera dos nossos meios
carnais de defesa e entrar na esfera da armadura espiritual. Essa armadura
revestirá cada um de nós com poder para “... ficarmos firmes contra as
ciladas do diabo”.
1.Qual é a principal coisa que você precisa fazer a fim de “se revestir”
de toda a armadura de Deus? Que mudanças você deve fazer em sua
rotina diária para cumprir esse requisito?
2.Quais são as ações específicas que você precisa tomar a fim de
montar guarda sobre a missão que Deus lhe deu para cumprir?
3.Qual é o único método que o diabo usa nas suas estratégias contra as
pessoas? Como esse conhecimento pode ajudar você a permanecer
alerta aos ataques específicos do inimigo contra a sua própria vida?
4.Qual será o resultado final da sua vida se você meditar nas mentiras
do diabo e der crédito aos jogos mentais que ele planeja contra você?
5.Você consegue pensar em uma mentira específica do inimigo que
você costumava aceitar como verdade? Que consequências você
experimentou por ter acreditado nessa mentira, e o que mudou quando
você começou a abraçar a verdade?
CAPÍTULO 9
PRINCIPADOS E POTESTADES
Quais são essas forças malignas que estão trabalhando constantemente por
trás dos bastidores para seduzir, enganar, controlar e manipular a carne e a
mente? Paulo responde a essa pergunta ao prosseguir: “Porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais
do mal, nas regiões celestes”.
Paulo nos diz que existem quatro classificações de espíritos demoníacos:
1.Principados
2.Potestades
3.Dominadores deste mundo tenebroso
4.Forças espirituais do mal nas regiões celestes
Belzebu
O nome “Belzebu” foi usado inicialmente pelos filisteus do Antigo
Testamento para descrever o deus de Ekron. Ele significava literalmente
senhor das moscas (2 Reis 1:2-6). Originalmente ele se pronunciava
“Baalzebub”. À medida que o tempo passou, os judeus alteraram Baalzebub
para Belzebu, que acrescentava uma ideia ainda mais obscura a esse nome
específico do diabo. Esse novo nome “Belzebu” agora significava senhor do
esterco ou senhor do estrume.
Duas imagens poderosas e importantes de Satanás são apresentadas nesses
dois nomes. Primeiramente, ele é apresentado como “Baalzebub”, o senhor
das moscas. Essa é claramente a imagem de Satanás disfarçando-se como o
senhor dos espíritos demoníacos. Obviamente, os filisteus viam os espíritos
demoníacos da mesma maneira que uma pessoa vê as moscas perniciosas e
imundas que mordem, atormentam e irritam.
Em segundo lugar, ele é apresentado como “Belzebu”, o senhor do
esterco. Acrescentando uma mudança a esse nome específico de Satanás, os
judeus revelaram uma característica mais importante do diabo. Assim como
as moscas perniciosas e imundas voam, o diabo e seus espíritos malignos são
atraídos aos “montes de esterco”, ou a ambientes impregnados de
carnalidade podre e malcheirosa.
Belial
O nome “Belial”, de origem grega, significa inútil. Esse nome é sempre
usado com relação a imundície e maldade. Sempre que ele é empregado, seja
no Antigo Testamento ou no Novo Testamento, é usado para retratar homens
extremamente maus. Por exemplo, 1 Samuel 2:12 nos diz que os filhos de Eli
eram “filhos de Belial”.
Que exemplo os filhos de Eli eram dessa palavra “Belial”! Eles eram
fornicários e ladrões, cheios de idolatria e rebelião. Essas características
terríveis estavam enraizadas no caráter deles a tal ponto que o juízo de Deus
veio sobre eles, e eles foram retirados de cena em um dia. Pelo fato de 1
Samuel 2:12 chamá-los de “filhos de Belial”, sabemos que eles obtiveram
esse comportamento horrendo de Satanás, ele próprio a origem do nome
“Belial”.
Dragão
A palavra “dragão” também é usada em Apocalipse 12:9 para retratar o
diabo. Ali diz: “O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente
chamada Diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos
foram lançados à terra”.
Está claro, a partir desse versículo, que as expressões “dragão” e
“serpente” são usadas alternadamente com relação à natureza distorcida,
demente e pervertida de Satanás. Empregando essas duas imagens, a Bíblia
apresenta o diabo como uma criatura mortal e venenosa, pronta para atacar e
matar.
Maligno
O exemplo bíblico seguinte do diabo pode ser encontrado no que é
chamado tradicionalmente de “A Oração do Pai Nosso”. Em Mateus 6:13, o
Senhor Jesus orou: “e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do
mal...”. O idioma grego diz com mais precisão: “... mas livra-nos do
maligno”.
A partir desse uso, sabemos que Jesus via o diabo como o “maligno”.
Ninguém estava mais familiarizado com Satanás do que Jesus; por
conseguinte, é importante sabermos que Jesus, conhecendo o diabo tão bem,
o rotulou desse modo.
Homicida
Foi também o Senhor Jesus quem nos disse que Satanás é um “homicida”.
Em João 8:44, Jesus disse aos escribas e fariseus: “Vós sois do diabo, que é
vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o
princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade...”
(ARA).
A natureza homicida de Satanás manifestou-se primeiro em Gênesis 4:8,
quando ele inspirou Caim a matar seu irmão Abel. Também foi a natureza
homicida de Satanás que inspirou Herodes a matar todos os bebês em
Belém-Efrata. Continuamos a ver a natureza homicida do diabo nas mortes
de milhões de mártires cristãos primitivos e ainda hoje onde quer que a
injustiça assassina prevaleça na terra. O assassinato faz parte da natureza
insana de Satanás.
Príncipe da potestade do ar
O apóstolo Paulo chamou Satanás de “o príncipe da potestade do ar”
(Efésios 2:2). Mais uma vez, a palavra “príncipe” é extraída da palavra grega
archontas, que significa alguém que detém o mais alto trono de poder.
Isso está em total concordância com Efésios 6:12, que afirma que sob o
controle de Satanás existem vários níveis de poder espiritual maligno:
principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças
espirituais do mal nas regiões celestes.
Adversário
O nome “adversário” é extremamente importante ao procurarmos entender
o modo de operação do diabo. Ele é extraído da palavra grega antidikos, que
é um composto das palavras gregas anti e dikos.
A palavra anti significa simplesmente contra. Entretanto, no idioma grego
mais antigo e mais clássico, ela era usada para denotar o estado mental de
um homem ou mulher que estava à beira da insanidade. Essa, na verdade,
era uma pessoa terrivelmente perigosa que faria um grande mal a alguém se
não fosse impedida. Portanto, a palavra anti é uma palavra bastante negativa.
A segunda parte da palavra “adversário” é extraída da palavra grega dikos.
Dikos é a raiz da palavra grega que significa justiça. Ela se refere a justiça,
retidão, lealdade e honradez.
Quando as duas palavras são unidas, elas retratam alguém que se opõe
terminantemente à justiça. Pelo fato de a palavra anti trazer consigo a ideia
de hostilidade, isso nos diz que o diabo é alguém que é hostil com relação à
justiça ou que deseja destruir a justiça e eliminá-la.
Significa que o diabo não se opõe apenas passivamente à presença da
justiça ou das pessoas justas. Ele as persegue ativamente e faz tudo que está
dentro do seu poder para aniquilá-las! Ele odeia a justiça!
De uma forma ou de outra, Satanás tenta mentalmente nos devorar com
tentações presentes ou com lembranças passadas. Ele faz tudo isso a fim de
atacar o nosso senso de retidão. Seu objetivo definitivo é nos fazer sentir
abandonados, sem nenhuma confiança diante de Deus, do diabo ou do
homem.
Foi exatamente por isso que Pedro disse: “Estejam alertas e vigiem. O
diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a
quem possa devorar” (1 Pedro 5:8).
Anjo de luz
Satanás também é chamado de “anjo de luz”. Ao lidar com o problema
dos falsos profetas, falsos mestres, falsos apóstolos e enganadores que
estavam tentando penetrar na igreja de Corinto, Paulo diz em 2 Coríntios
11:14: “Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de
luz”.
Essa é outra imagem clara desse mestre manipulador de mentes. Satanás
se disfarça para ser algo que ele realmente não é! Mais uma vez, esse tipo de
ataque normalmente vem contra a mente de uma pessoa. O retrato de
Satanás como um “anjo de luz” é um exemplo claro de seu poder enganoso
de torcer o pensamento das pessoas.
Diabo
Naturalmente, Satanás também é chamado “diabo”. Na verdade, o Novo
Testamento se refere a ele desse modo mais de 40 vezes!
O nome “diabo” é extraído da palavra grega diabolos. Ela é um composto
das palavras dia e balos. Dia significa através e traz consigo a ideia de
penetração. A palavra balos é extraída da palavra ballo, que significa eu
atiro, como no caso de se atirar uma bola ou uma pedra. Quando as duas
palavras são unidas, a nova palavra retrata o ato de se atirar repetidamente
uma bola ou pedra contra algo até que ela penetre essa barreira e saia do
outro lado.
Portanto, no nome “diabo” não nos é dado apenas o nome próprio desse
arqui-inimigo, mas também seu modo de operação. O seu nome significa
que ele é alguém que ataca continuamente e sem parar, vez após vez —
batendo contra as muralhas da mente das pessoas incessantemente — até
que, finalmente, ele rompe as defesas e penetra no processo mental delas.
Satanás
Esse inimigo tanto de Deus quanto do homem é chamado Satanás, que é
extraído da palavra hebraica shatana e significa odiar e acusar. Essa palavra
é usada mais de cinquenta vezes no Antigo e no Novo Testamento, e também
traz consigo as ideias de difamação e falsa acusação.
Deus não nos deixou nus perante o inimigo; Ele nos deu um armamento
espiritual que tem a capacidade de contra-atacar e derrotar qualquer cilada
que o diabo tente usar contra nós. Deus sabe que para que possamos
combater com êxito os poderes invisíveis que foram organizados contra nós,
precisamos ter Seu poder sobrenatural especial que Ele forneceu para esse
combate.
Vimos que em Efésios 6:10-18, Paulo trata com elementos-chave da
batalha espiritual que precisamos conhecer e dos quais necessitamos nos
apropriar em nossas vidas pessoais. Neste capítulo, começaremos a examinar
as peças específicas da armadura que Deus entregou à Igreja.
Em Efésios 6:14-18 (ARA), Paulo diz:
Como foi dito, Efésios 6 não é a primeira vez em que Paulo menciona a
armadura espiritual na Bíblia. No livro de 1 Tessalonicenses, o livro mais
antigo do Novo Testamento, Paulo também dá uma lista mais breve da
armadura espiritual.
Em 1 Tessalonicenses, 5:8, Paulo diz: “Nós, porém, que somos do dia,
sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como
capacete a esperança da salvação” (ARA).
A primeira versão é claramente uma visão muito limitada da armadura, se
comparada à lista que encontramos em Efésios 6. A primeira visão de Paulo
estava tão pouco desenvolvida que se refere apenas à couraça da fé e do
amor. A única outra peça da armadura que ele menciona em seu texto prévio,
além da couraça, é o capacete da salvação.
PARA REVISÃO
No topo da cabeça, o soldado romano usava um enorme capacete. Era
uma peça de armamento decorativa muito elaborada, enfeitada, intrincada
em todas as suas partes e interessante de se ver. Esse é um dos motivos pelos
quais o Espírito Santo chama a nossa salvação de “capacete da salvação”,
pois ela é a coisa mais elaborada, ornamental, intrincada que Deus já fez por
nós!
Além disso, o soldado romano usava uma couraça que começava no topo
do seu pescoço e se estendia até os seus quadris, passando dos quadris como
uma saia até os seus joelhos. A couraça era feita de duas peças de bronze ou
metal. Uma folha de metal cobria a frente do soldado, e a outra cobria as
suas costas. Essas folhas de metal eram ligadas por anéis de bronze sólidos
em cima e dos lados. A superfície da couraça parecia as escamas de um
peixe, e em geral era chamada de “couraça de escamas”.
Como se isso não bastasse, o soldado romano usava caneleiras nas pernas
e sandálias perigosamente encravadas com espetos em seus pés.
É importante observar que o soldado romano estava completamente
coberto pela sua armadura. Ele tinha um capacete na cabeça, uma couraça
no peito e na parte central do corpo, e estava coberto de metal desde a parte
superior dos joelhos até a parte inferior das pernas.
As caneleiras do soldado eram muito decorativas e belas. Elas eram feitas
de uma peça de metal, normalmente bronze ou latão, que envolvia a tíbia ou
a panturrilha da perna e se estendia do calcanhar ao pé. Uma pesada peça de
metal cobria o topo do pé, e fortes faixas de pele de animal cobriam os lados.
Na parte inferior do pé havia espetos de 3 a 7 centímetros de comprimento.
Observe quanto metal esse homem carregava! Ele estava vestido com um
capacete de metal; sua couraça era de metal; suas caneleiras e sandálias eram
de metal; e preso ao seu cinturão havia uma pequena presilha onde ele podia
descansar o seu escudo, que também era parcialmente feito de metal.
Além de todo esse armamento, o soldado romano também carregava uma
lança ou arpão que descansava ao longo do sulco das suas costas e repousava
em uma bolsa especialmente projetada presa ao cinturão.
O CAPACETE E A ESPADA
Agora chegamos ao “capacete da salvação”! A palavra “salvação” é
extraída da raiz sodzo, que transmite a ideia de libertação, segurança,
preservação, equilíbrio mental e cura.
Você gostaria de andar habitualmente na libertação, na segurança, no
equilíbrio mental e na cura que Cristo comprou para você? Você gostaria
disso? Então precisa colocar o seu capacete!
Em 1 Tessalonicenses 5:8, você é informado que a salvação é um
“capacete”. Depois em Efésios 6:17, lhe é dito para “tomar o capacete da
salvação”. Então, qual é a relação entre os conceitos de salvação e a mente?
Como você coloca o capacete da salvação?
Paulo disse a Timóteo: “Porque desde criança você conhece as Sagradas
Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação...” (2 Timóteo
3:15). O poder da Palavra de Deus tem a capacidade especial de nos tornar
mentalmente alertas e sábios para a salvação. À medida que entregamos a
nossa mente à Palavra de Deus, a própria Palavra começa a construir uma
medida de libertação, segurança, preservação, equilíbrio mental e cura em
nossas vidas em todos os níveis.
Então, significa que a Bíblia coloca um capacete na sua cabeça! À medida
que você renova a sua mente com a Palavra de Deus, a verdade contida
nessa Palavra se torna o seu capacete espiritual.
Além de você usar a salvação como um capacete, Efésios 6 também lhe
informa que você tem uma espada poderosa chamada de “a espada do
Espírito”. Você gostaria de brandir essa “espada do Espírito” em sua vida de
forma mais consistente? Como isso pode ser desenvolvido? Onde você pode
encontrar essa espada?
Onde o soldado romano encontrava sua espada quando precisava dela?
Ela estava pendurada na bainha ao seu lado, presa a um suporte pendurado
no seu cinturão! Portanto, ele tinha de manter esse cinturão firme para
manter a espada ao seu alcance!
O que o cinturão representa em Efésios 6? A Palavra de Deus escrita.
Portanto, isso nos diz que na maior parte do tempo a “palavra do Senhor”
que precisamos virá diretamente da Bíblia — assim como a espada do
soldado romano vinha diretamente de uma bainha pendurada em seu
cinturão. O cinturão e a espada estavam ligados.
Hoje, muitos cristãos oram: “Senhor, preciso de uma palavra! Deus,
preciso que Tu fales comigo de uma maneira especial! Estou enfrentando
uma crise e preciso de uma palavra da Tua parte sobre isto, Senhor!”. Essas
pessoas passam todo o seu tempo esperando ter um sonho ou uma visão de
Deus ou querendo encontrar alguém que profetize a resposta para elas.
Quando vão à igreja, estão sempre esperando que alguém lhes dê uma
resposta especial que as direcione no caminho que elas devem seguir.
Louvo a Deus pelos sonhos, visões, profecia, palavras de conhecimento e
palavras de sabedoria. Entretanto, há algo mais confiável que uma palavra de
conhecimento, uma palavra de sabedoria, ou uma mensagem profética.
Como Pedro disse: “Temos, assim, uma palavra profética mais segura...” (2
Pedro 1:19, KJV).
Então, você precisa de uma palavra especial da parte do Senhor? Você
precisa de uma palavra rhema, uma “espada do Espírito”? É assim que você
a recebe: adote como prioridade ler e estudar a Palavra de Deus, e a sua
palavra rhema muito provavelmente será despertada no seu espírito à medida
que você andar na Palavra.
Como disse o autor de Hebreus: “Porque a palavra de Deus é viva, e
eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até
ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4:12, ARA). Quando
você anda na Palavra de Deus, está na posição para que a Palavra penetre
“até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas...” e possa discernir
os pensamentos e os propósitos do seu coração.
O que acontece se você optar por ignorar o cinturão — a Palavra de Deus
— e tentar a sua sorte com outra abordagem? Muitos santos tentaram isso.
Eles retiraram tolamente o seu cinturão e deixaram a Bíblia de lado. A
atitude deles é: Experimentei a Bíblia, e estou cansado dela. Posso andar
com poder e autoridade sem dedicar tempo à Palavra de Deus.
Pensando desse modo, a pessoa desata o seu cinturão e o deixa de lado.
Ela pode andar assim por algum tempo, mas logo as coisas começam a ficar
soltas. Logo ela começa a ouvir alguma coisa batendo, balançando — e
então, surpresa! Sua couraça cai do seu corpo! Sua espada cai por terra! Sua
lança desaba no chão!
O que aconteceu? A pessoa retirou o seu cinturão; então, ela não tinha
nada para manter sua vida espiritual no lugar. Agora, sem proteção, ela se
colocou em uma posição perigosa onde o inimigo pode vir atacá-la com
aflições e problemas.
Nunca se esqueça: a Palavra de Deus escrita sustenta tudo o mais na sua
caminhada com Deus!
Esse homem está dizendo: “Estou tão entristecido porque vejo pessoas
que não ouvem a Tua Palavra, e isso as está destruindo. Elas não guardam a
Tua lei, e estão sendo mortas. Elas estão sendo arruinadas. A iniquidade e o
pecado as estão dominando!”.
Por que o salmista disse isso? Porque ele sabia que manter a Palavra de
Deus em um lugar central em nossas vidas nos salva da destruição. Então,
nos versículos 153 a 157, ele continua dizendo:
Olha para o meu sofrimento e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.
Defende a minha causa e resgata-me; preserva a minha vida conforme
a tua promessa. A salvação está longe dos ímpios, pois eles não
buscam os teus decretos.
Grande é a tua compaixão, SENHOR; preserva a minha vida conforme
as tuas leis. Muitos são os meus adversários e os meus perseguidores,
mas eu não me desvio dos teus estatutos.
Com grande desgosto vejo os infiéis, que não obedecem à tua palavra.
Vê como amo os teus preceitos! Dá-me vida, SENHOR, conforme o teu
amor leal. A verdade é a essência da tua palavra, e todas as tuas justas
ordenanças são eternas.
A BELEZA DA COURAÇA
A couraça era extremamente elaborada e bela. Ela era feita ou de bronze
ou de latão — geralmente de latão. E quanto mais os soldados romanos
usavam as suas couraças enquanto andavam e marchavam, algo incrível
começava a acontecer.
Quando você esfrega duas peças de metal brilhantes uma contra a outra
por muito tempo, elas começam a lustrar uma à outra. Essas peças de metal
podiam ter começado brilhando, mas esse novo lustre as faz brilhar ainda
mais.
Era exatamente isso que acontecia quando o soldado romano andava com
a sua couraça. Essas peças de metal menores, semelhantes a escamas, batiam
umas nas outras, fazendo com que cada peça desenvolvesse um belo brilho.
Além disso, o latão tem uma cor dourada que brilha e cintila quando está ao
sol, principalmente se for uma boa peça de latão. Portanto, quando o soldado
totalmente armado saía em um dia de sol, os raios do sol refletiam em sua
couraça e criavam um espetáculo deslumbrante.
Assim, vemos que a beleza da couraça do soldado romano era aumentada
pelo uso quando ele andava vestido com ela. Se a couraça ficasse em um
quarto escuro e nunca fosse usada, ela seria bela simplesmente porque era
feita de latão. Mas à medida que o soldado usava a sua couraça, ela se
tornava cada vez mais bela com o tempo.
Você já dirigiu seu carro quando de repente o sol refletiu em uma peça
externa de metal, atingindo os seus olhos com um clarão tão grande que você
mal podia ver a estrada? Nesse caso, você pode imaginar como seria passar
por um soldado romano vestido com a sua couraça de latão com todo aquele
brilho! Quando um soldado romano saía ao sol da tarde, ele deveria parecer
um arco-íris, lançando raios de luz por onde passasse!
Como você acha que era quando toda uma legião de soldados romanos
andava ao sol? Todas as colinas e vales onde eles marchavam começavam a
brilhar enquanto eles avançavam com as suas couraças brilhantes e
resplandecentes!
Agora aplique essas características da couraça romana à sua justiça.
Quanto mais você usa a sua couraça da justiça, andando pela vida
plenamente consciente da sua justiça em Cristo, mais você brilha como a luz
em um mundo tenebroso de pecado. E à medida que anda com a sua couraça
firmemente ajustada, você aprenderá que a sua justiça não é apenas uma
arma de defesa para protegê-lo dos golpes do inimigo, mas também é uma
arma de ataque para ajudá-lo quando você atacar o inimigo e recuperar o
território perdido!
A PAZ DOMINANTE
Embora já tenhamos abordado isso uma vez, deixe-me repetir novamente
para dar ênfase. Paulo diz: “Que a paz de Cristo governe em vosso
coração...” (Colossenses 3:15). Nesse versículo, Paulo nos ordena que
deixemos “que a paz de Cristo governe em nossos corações...”. A palavra
“governar” é uma chave para entendermos a paz de Deus sobrenatural,
vencedora e dominante.
A palavra “governar” é extraída da palavra grega brabeuo. Essa palavra
era usada para retratar o árbitro ou juiz que julgava os jogos atléticos no
mundo antigo. Por que Paulo usou essa palavra para ilustrar a paz de Deus
governando em nossos corações?
Escolhendo usar essa ilustração, Paulo nos diz que há um lugar no qual a
paz de Deus — em vez do nervosismo, da ansiedade e da preocupação —
pode começar a tomar todas as decisões e a dar as cartas em sua vida. Você
poderia traduzir esse versículo assim:
O diabo obtém vantagem das áreas não renovadas da sua mente, tentando
transformá-las em montanhas-russas emocionais que constantemente fazem
você se sentir para cima um dia e para baixo no dia seguinte. Além do mais,
mesmo que não houvesse um diabo para atacá-lo, os assuntos instáveis da
vida por si só seriam o bastante para manter você continuamente jogado de
um lado para o outro em sua mente e emoções.
É por isso que precisamos aprender a deixar que a paz de Deus “governe”
em nossos corações — principalmente nesses dias difíceis em que vivemos!
Quando essa paz sobrenatural governa o seu coração — julgando a sua
vida e servindo como árbitro das suas emoções e das suas decisões — o
diabo não tem acesso à base de apoio em sua vida que ele deseja ter. Satanás
não pode jogar com as suas emoções ou a sua mente quando elas estão
sendo governadas pela paz!
Você está vendo por que Paulo incluiu a paz nessa seção da Bíblia sobre
armamento espiritual? Quando você está andando na paz de Deus, os ataques
do inimigo perdem o seu poder de lhe fazer mal. Esses ataques simplesmente
não são eficazes contra você quando você está andando na avassaladora,
vencedora e predominante paz de Deus!
O ESCUDO DA FÉ
Agora vamos passar a falar do escudo da fé, a arma seguinte do nosso
arsenal espiritual. Mais uma vez, Efésios 6:16 diz: “Acima de tudo,
embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os
dardos inflamados do Maligno” (ARA).
Os soldados romanos possuíam dois tipos de escudo. Eles usavam um nos
desfiles e cerimônias públicos e o outro em batalha.
O primeiro escudo era denotado pela palavra grega aspis. O escudo aspis
era um escudo pequeno e redondo, principalmente uma peça decorativa de
equipamento para ser usado em cerimônias e desfiles públicos.
Esse escudo em particular era absolutamente deslumbrante! Ele era
decorado com toda espécie de entalhes, gravações e marcações intrincados
na frente. Além disso, a parte do meio e da frente desse pequeno escudo em
geral retratava a interpretação de um artista de uma campanha militar
vitoriosa. O escudo aspis era lindo, mas era pequeno demais para ser usado
em um confronto militar real.
O segundo tipo de escudo usado pelo soldado romano era aquele ao qual
Paulo faz referência em Efésios 6:16, ao falar do escudo da fé. Essa palavra
específica para “escudo” é extraída da palavra grega thureos, empregada
pelos gregos para se referir a uma porta larga em sua largura e comprida em
seu comprimento. Os romanos usavam essa palavra para os escudos que
levavam para as batalhas porque eles tinham a forma de uma porta. Em
outras palavras, eles eram amplos na largura e longos no comprimento,
assim como a porta de uma casa.
O grande escudo de batalha era exatamente o oposto do primeiro escudo,
que era muito pequeno para proteger um soldado das fundas e flechas do
adversário. O escudo aspis nunca cobriria um soldado no meio da luta.
Embora fosse muito bonito de se ver nas cerimônias e desfiles públicos, uma
peça de armadura tão pequena deixaria o soldado aberto aos golpes mortais.
No entanto, o segundo escudo cobria o homem completamente!
Portanto, é muito significativo que o Espírito Santo tenha selecionado esse
segundo escudo (thureos) como a ilustração da fé em vez do primeiro escudo
(aspis). Ele está nos dizendo que Deus nos concedeu fé suficiente para
garantir que estejamos completamente cobertos — assim como um escudo
de batalha cobria completamente um soldado romano!
Romanos 12:3 diz: “... de acordo com a medida da fé que Deus lhe
concedeu”. Quanta fé Deus lhe deu? Ele lhe deu fé suficiente para garantir
que você esteja coberto nesta vida!
Não se preocupe nem se angustie por Deus ter dado mais fé a outros do
que deu a você. Permaneça seguro no fato de que Ele transferiu fé suficiente
para você a fim de garantir que você esteja coberto da cabeça aos pés! Como
um escudo largo e comprido, a fé que Deus lhe deu é adequada para cobrir
toda necessidade que possa surgir em sua vida.
Na maioria dos casos, o escudo do soldado romano era composto de
múltiplas camadas — geralmente seis — de couro grosso de animal
entrelaçado bem apertado. Essas camadas de couro de animais eram
especialmente tingidas e depois entrelaçadas tão apertadas que ficavam
quase tão fortes como o aço!
Uma peça de couro é forte, mas imagine o quanto eram fortes e duráveis
essas seis camadas de couro! Por ser feito de todas essas camadas de couro
de animal, o escudo do soldado romano era extremamente forte e
excepcionalmente durável e resistente.
Semelhantemente, sua fé é extremamente forte e excepcionalmente
durável — muito mais do que você jamais imaginou! Não importa quão
intenso e persistente seja o ataque do inimigo à sua fé, ela pode resistir ao
ataque. O escudo que Deus lhe deu é uma fé forte, durável e resistente.
CONCLUSÃO
Quando você anda com o seu escudo da fé erguido diante de você
cobrindo tudo, você está na posição para atacar as mentiras e alegações do
inimigo sem medo de se ferir.
Talvez você tenha tentado agir com fé no passado e se decepcionou com
os resultados. Talvez tenha crido em Deus para receber a sua cura, mas, em
vez disso, começou a se sentir pior, e isso o desanimou e o fez pensar que a
sua fé não gera resultados. Por causa de experiências como essas, você
talvez tenha medo de se levantar para crer em Deus outra vez.
Mas talvez você tenha sentido o golpe das setas malignas do inimigo no
passado porque sua fé não estava na frente, que é o seu lugar. Essas setas
malignas podem ter trazido tristeza, dor, sofrimento ou agonia mental. Elas
podem ter atacado a esfera da sua alma, atingindo a sua mente e as suas
emoções.
Lembre-se de que o diabo sabe que a mente é o centro de controle
estratégico da sua vida. Se ele conseguir capturá-la, poderá então começar
a guerrear contra as outras partes do seu ser.
Para impedir que a sua mente seja atingida no futuro por esses dardos
inflamados cruéis que vêm enganar e destruir, é imperativo que você pegue o
seu escudo da fé mais uma vez. Mas você não pode parar por aí. Precisa
manter a sua fé forte mergulhando diariamente na presença do Espírito Santo
e na água da Palavra. Então deve erguer o seu escudo diante de você
continuamente, a fim de que ele cubra e proteja todas as áreas da sua vida.
Ao fazer essas coisas e começar a andar em uma fé forte, você pode ter
certeza disto: Você não será afetado mental, emocional ou fisicamente pelos
dardos inflamados do inimigo!
PERGUNTAS PARA CRESCIMENTO PESSOAL OU DEBATE EM
GRUPO
1.Quais são as duas coisas que você precisa aplicar diariamente em seu
escudo da fé a fim de manter a sua fé forte e pronta para qualquer
desafio?
2.Por que alguns cristãos deixam de lado o seu escudo da fé, e o que
acontece com a caminhada espiritual deles quando fazem isso?
3.Que exemplo você pode dar de um dardo inflamado que Satanás
lançou no seu caminho no passado? Você permitiu que esse dardo
inflamasse suas emoções, ou o seu escudo da fé estava cobrindo-o da
cabeça aos pés, protegendo você do ataque do diabo?
4.O que você precisa fazer se encontrar uma rachadura em seu escudo
da fé, quer ela tenha sido causada por sua própria atitude errada ou
pelos atos errados de outra pessoa?
5.Você deixou de lado o seu escudo da fé porque estava decepcionado
com a falta de resultados das orações passadas? O que precisa fazer
para voltar à luta e se preparar para futuros desafios à sua fé?
CAPÍTULO 14
O CAPACETE DA SALVAÇÃO
Em Efésios 6:17, Paulo continuou com a sua lista de armamentos
espirituais dizendo: “Tomai também o capacete da salvação...” (ARA).
O capacete do soldado romano era uma parte bela e fascinante de sua
armadura. Era uma peça de armamento extravagante, muito enfeitada e
intrincada. Na verdade, parecia mais uma obra de arte do que um capacete!
Em vez de ser uma simples peça de metal formada para encaixar em sua
cabeça, o capacete do soldado romano era altamente decorado com toda
espécie de gravações e entalhes.
Não era raro cenas campestres pastorais com animais serem retratadas nos
capacetes de um soldado romano. Com frequência, todo o capacete do
soldado romano era adaptado para parecer a cabeça de um elefante, de um
cavalo ou de outro animal. Outros capacetes tinham gravações decoradas e
entalhes de frutas em toda a superfície.
Pense em como esses capacetes deviam ser estranhos de se ver. O
capacete do soldado romano em geral parecia mais uma peça de escultura do
que uma peça de armadura!
Além do mais, como se essas fabulosas gravações e entalhes não
bastassem, uma enorme pluma de penas de cores berrantes ou de crina de
cavalo erguia-se no topo do capacete. Se fosse do modelo de capacete para
ser usado em uma cerimônia ou desfile público, essa pluma de cores
berrantes podia ser muito longa — longa o suficiente para ficar pendurada
até as costas do soldado.
O capacete era feito de bronze e equipado com peças de armadura que
eram especificamente projetadas para proteger as faces e o maxilar. Ele era
extremamente pesado; portanto, o seu interior era alinhado com um material
esponjoso a fim de amaciar o seu peso sobre a cabeça do soldado. Essa peça
da armadura era tão forte, tão enorme e tão pesada que nada podia penetrá-la
— nem mesmo um martelo ou um machado de guerra.
Seria muito difícil passar por um desses soldados sem o perceber. Você
definitivamente perceberia um homem que tivesse uma peça de escultura em
sua cabeça! E com certeza os seus olhos seguiriam um homem que tivesse
uma pluma de cor berrante erguendo-se no topo de seu capacete. Esses
capacetes sem dúvida tornavam o soldado romano notável.
ARMADO E PERIGOSO
Lembre-se de que a ordem de Paulo é: “Revesti-vos de toda a armadura de
Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11).
Quando Deus envia você para reforçar a vitória de Jesus Cristo sobre
Satanás em diversas áreas de sua vida, Ele não o envia despido e indefeso.
Ele lhe dá uma armadura! Especificamente falando do tema que abordamos
neste capítulo, Ele lhe dá o capacete da salvação. Sem esse capacete, você
estará aberto ao ataque das “ciladas do diabo” (ver Efésios 6:11).
Por ser tão importante entender como as ciladas do diabo trabalham contra
nós, precisamos rever rapidamente as palavras “ciladas”, “desígnios” e
“engano”. (Para saber mais sobre esse assunto, veja o capítulo 8.) Essas três
palavras são fundamentais para a nossa compreensão de como o diabo tem
êxito em derrotar os cristãos.
Lembre-se de que a palavra “ciladas” é extraída da palavra methodos.
Essa palavra é um composto da palavra meta, que significa com, e da palavra
odos, a palavra para um caminho. A palavra odos é de onde tiramos a
palavra hodômetro, que é o instrumento em seu carro que mede quantos
quilômetros você já dirigiu. Usada como uma só palavra, methodos significa
literalmente com um caminho.
O que a Palavra de Deus está dizendo? Ela está dizendo que quando o
diabo trabalha contra um cristão, ele faz isso por um caminho.
Em outras palavras, não há criatividade ou variedade. Ele usa apenas um
caminho, uma avenida ou uma estrada de ataque na vida de um cristão. O
inimigo só tem uma maneira de trabalhar e ele sempre ataca os cristãos da
mesma maneira.
Entretanto, sabemos que todos os caminhos levam a algum lugar. Então,
para onde você acha que o “caminho” do diabo vai?
Algumas pessoas estão salvas há anos, mas elas não pensam ou falam
como pessoas salvas. Alguns cristãos têm mais incredulidade no que pensam
que Deus não pode fazer do que têm fé no que Ele pode fazer. É isso que
acontece quando pessoas salvas não andam no conhecimento da sua
salvação.
No entanto, quando um cristão medita na Palavra de Deus e começa a
compreender a abundância de bênçãos contidas na salvação, tudo o que ele
consegue pensar ou falar é sobre o que Deus pode fazer!
Você pensa diferente quando usa o capacete da salvação. Por que isso é
importante? Porque quando começar a viver uma vida de fé — quando você
estender a mão para fazer o impossível — o inimigo procurará atacá-lo
mental e emocionalmente na tentativa de impedir o seu progresso.
O diabo pode falar à sua mente e dizer: “Você não pode fazer isto! Você
não pode fazer aquilo! Isto não faz sentido! Você não sabe que precisa
pagar a prestação do carro? O que a sua família e os seus amigos vão
pensar disto?”. Ele pode tentar abrir um caminho para dentro da sua mente,
para que ele possa praticar jogos mentais com a sua cabeça e finalmente ter
êxito em enganar você.
É por isso que é tão importante certificar-se de que você está crescendo no
conhecimento da sua salvação. Tome o cuidado de proteger a sua mente com
a Palavra de Deus, e use o seu capacete da salvação enchendo a sua mente
com a Palavra de Deus. Quando você “anda” com o seu capacete da
salvação, você pensa como Deus pensa, raciocina como Deus raciocina,
acredita como Deus acredita e age como Deus age!
Em Romanos 8:6, Paulo diz: “Porque o pendor da carne dá para a
morte...”. Em Tito 1:15, ele reitera isso quando diz: “Para os impuros e
descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles
estão corrompidas”. Embora esses versículos sejam sobre a mente de um
homem perdido, existem muitos crentes por aí que ainda andam sendo
controlados por suas mentes naturais e carnais.
Não importa há quantos anos você foi salvo. Se tirar o seu capacete da
salvação e parar de andar no conhecimento dela, você acabará com uma
mente contaminada e corrompida.
Não subestime a importância de encher a sua mente com o entendimento e
o conhecimento adequados da salvação. Ela é uma peça de armamento
poderosa. Se a salvação funcionar corretamente na sua vida, ela defenderá a
sua mente de todos os ataques mentais que o inimigo possa tramar contra
você!
Entretanto, no instante em que você retirar o seu capacete da salvação, o
diabo irá começar a atingir a sua mente e as suas emoções e a jogar você de
lá para cá. E se você não colocar esse capacete de volta, finalmente
começará a vacilar habitualmente — crendo em Deus em um instante e
duvidando dele no outro!
Em um sentido muito real, você ficará espiritualmente deformado se não
passar pela vida usando o seu capacete da salvação. Você quer viver
espiritualmente deformado? Se não quiser, é melhor colocar o seu capacete
da salvação bem firme ao redor da sua mente e garantir que ele permaneça
ali!
•Você não pensará nem falará mais como um indivíduo que está
constantemente doente.
•Você não pensará nem falará mais como um indivíduo que é pobre.
•Você não passará mais pela vida como um indivíduo que é
continuamente derrotado.
A ESPADA E O CINTURÃO
Do mesmo modo que as outras peças da armadura que Deus nos deu, a
espada e o cinturão são inseparáveis.
Assim como o escudo repousava sobre uma presilha do lado direito do
cinturão, a espada ficava pendurava em uma presilha do lado esquerdo do
cinturão. O cinturão servia tanto como suporte para o escudo quanto como
um lugar de descanso para a espada do soldado.
Como vimos, o cinturão representa a Palavra de Deus escrita, a Bíblia.
Essa Palavra de Deus escrita é a fonte principal para uma palavra rhema de
Deus.
Uma palavra rhema genuína — uma palavra ou versículo que o Espírito
Santo aviva em seu coração em um momento específico e com um propósito
específico na sua vida — é tão forte e poderosa que é como se Deus tivesse
colocado uma espada sobrenatural em sua mão. Com essa espada na mão,
você tem uma arma poderosa com a qual pode repelir os ataques de Satanás.
As palavras rhema são dadas pelo Espírito Santo e revestidas de poder por
Ele para capacitar você a resistir aos ataques espirituais mentais, emocionais
e físicos do adversário. Elas são a reação poderosa do Espírito Santo à
tentativa do diabo de penetrar em sua mente com mentiras e acusações
caluniadoras!
Você já experimentou a “espada do Espírito”?
Quando enfrentou uma situação difícil, o Espírito Santo já buscou naquele
reservatório de versículos que você armazenou no seu coração por meio do
estudo, da oração e da meditação e avivou um versículo na sua mente que o
ajudou no momento de necessidade?
Você já foi revestido de poder por um versículo da Bíblia que pareceu cair
do nada de dentro da sua mente exatamente na hora certa? Você não estava
sequer pensando nesse versículo, no entanto, parece que ele brotou em sua
mente de repente. Naquele instante, aquele versículo foi avivado para você;
você simplesmente soube interiormente que tudo iria ficar bem.
Um versículo que salta das páginas da Bíblia para o seu coração transmite
uma medida especial de poder para a sua vida. É como se Deus estivesse
falando somente com você por meio dessas palavras transformadoras.
Poderíamos dizer que a Palavra escrita, a Bíblia, é como a espada gladius
de um soldado romano: uma lâmina larga e extremamente pesada. Essa
lâmina enorme é capaz de desferir um golpe abrangente no inimigo. Quando
necessário, porém, precisamos de uma palavra rhema específica — uma
espada menor, de dois gumes — para desferir no inimigo um golpe fatal!
Você precisa apunhalar o inimigo! Isso exigirá uma palavra rhema, ou
uma “palavra especificamente avivada” da Bíblia que o Espírito Santo
colocou no seu coração. Com uma palavra rhema de Deus como essa
colocada no seu coração e na sua mão, você terá o poder mortal de uma
espada para empunhar contra o diabo quando ele o atacar!
Vegécio, famoso historiador romano do século IV, disse: “... Um golpe
com os lados da espada, feito com muita força, raramente mata, uma vez que
as partes vitais do corpo são defendidas tanto pelos ossos quanto pela
armadura. Ao contrário, uma punhalada, embora penetre apenas 5
2
centímetros, geralmente é fatal”. (Para saber mais sobre a descrição
histórica dos soldados romanos feita por Vegécio, veja o capítulo 6 do meu
livro Vivendo na Zona de Combate.)
Não é a ação abrangente de uma espada que mata. Ao contrário, é a ação
de apunhalar que fere mortalmente um inimigo. Vegécio nos diz que uma
punhalada que penetra 5 centímetros é tudo o que é necessário para matar
um adversário.
Muitas pessoas erroneamente pensam que precisam memorizar toda a
Bíblia antes que Deus possa usá-las ou falar com elas. Certamente a
memorização da Bíblia é boa, e os crentes deveriam memorizar tantos
versículos quanto possível. Entretanto, não é necessário uma pessoa
conhecer toda a Bíblia para ter a “espada do Espírito” à sua disposição.
Por favor, entenda este ponto: não é necessário receber uma profecia de
dez páginas para ter a “espada do Espírito” em sua mão! Recebi inúmeras
supostas “palavras do Senhor” das pessoas ao longo dos anos. Jamais me
esquecerei de um homem que me escreveu e me pediu para verificar se a sua
“palavra do Senhor” para a sua vida pessoal era verdadeira.
Quando verifiquei essa “palavra”, vi que ela possuía aproximadamente
vinte páginas de comprimento! Isso foi tão sem propósito que me perguntei
como alguém poderia convencer a si mesmo a crer que aquilo fosse
realmente uma palavra válida do Espírito de Deus!
Uma palavra rhema específica do Senhor não precisa ser longa e
complicada para ser válida. Encontro muitas pessoas que possuem páginas e
páginas de profecias e “palavras do Senhor” com relação aos seus
ministérios, negócios ou famílias. A maioria dessas profecias prolongadas é
tão complexa e difícil de acompanhar que essas pessoas não seriam capazes
de obedecer a elas se tentassem. Na maior parte do tempo, elas não
conseguem sequer entender o que as “palavras” significam!
É verdade que o Espírito de Deus pode transmitir uma palavra pessoal
extensa aos nossos corações com relação à nossa vida. Entretanto, isso é uma
exceção e não a regra. Ao contrário, quando você estuda a História, fica
claro que a maioria dos grandes homens e mulheres de Deus, que
conquistaram um lugar nas páginas da História, o fez obedecendo a uma
única e simples palavra de Deus.
Considere estes exemplos da Bíblia:
Noé recebeu uma palavra relativamente curta de Deus que o salvou assim
como à sua família da destruição (ver Gênesis 6:13-7:4). Considerando as
consequências do dilúvio e as consequências históricas da obediência de
Noé, a Palavra do Senhor para ele foi bastante breve e simples. Essa palavra
salvadora e histórica do Senhor provavelmente não durou mais de dez
minutos!
Do mesmo modo, quando Deus chamou Abraão para sair da Mesopotâmia
e iniciar a sua caminhada de fé, a sua palavra de instrução da parte do
Senhor restringiu-se a três versículos e a apenas 75 palavras (ver Gênesis
12:1-3)! Essa palavra extremamente breve da parte de Deus levou ao
estabelecimento do povo judeu e, finalmente, à caminhada de fé que agora
desfrutamos.
José recebeu uma palavra de Deus sobre a sua vida pessoal por meio de
dois sonhos curtos. Por esses sonhos, o Espírito Santo falou claramente a
José e revelou a ele o seu futuro (ver Gênesis 37:6-9). Esses dois encontros
com Deus finalmente colocaram José na posição de cuidar de sua família e
de toda a nação de Israel.
Enquanto Moisés apascentava ovelhas no Monte Horebe, o anjo do
Senhor lhe apareceu em uma sarça ardente, revelando inconfundivelmente
que Moisés fora escolhido por Deus para conduzir Israel para fora do
cativeiro egípcio (ver Êxodo capítulos 3 e 4). Obedecendo a essa palavra
relativamente curta do Senhor, o cativeiro em Israel foi revertido e Moisés
tornou-se um dos maiores profetas de todos os tempos.
Maria, a mãe de Jesus, recebeu uma palavra de Deus que ainda está
operando maravilhas no mundo hoje. O anjo Gabriel entregou uma palavra
muito breve, porém que transformou a vida de Maria. Essa palavra
supremamente importante do Senhor teve apenas oito versículos de
comprimento (ver Lucas 1:28, 30-33, 35-37)! Pelo fato de o coração de
Maria estar receptivo a essa palavra de Deus, ela foi escolhida para dar à luz
o Filho de Deus.
O ministério do apóstolo Paulo era constantemente influenciado por
palavras sobrenaturais do Senhor.
MEDITAÇÃO E CONFISSÃO
Espero que agora você possa ver por que é tão importante meditar na
Palavra de Deus e por que é vital confessar a Palavra com a sua boca!
Meditando na Palavra de Deus, você permite que a Palavra faça a sua obra
maravilhosa em você. Hebreus 4:12 continua dizendo: “Pois a palavra de
Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela
penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os
pensamentos e intenções do coração”.
Quando a Palavra de Deus começa a sua obra dentro de você, ela
atravessa o tremedal de lama da sua mente e das suas emoções e vai direto
ao cerne da questão. Em outras palavras, ela divide a alma do espírito para
discernir os seus pensamentos, atitudes, desejos e motivos mais íntimos.
Poderíamos dizer, de modo figurado, que a Palavra de Deus tem olhos!
Ela vê o que o olho humano não pode ver; ela sabe o que nenhum ser
humano sabe. E uma vez recebida no coração, a Palavra começa
imediatamente a trabalhar para renovar essas áreas da sua mente, da sua
vontade e das suas emoções que estão fora dos limites e desajustadas.
Essa é precisamente a razão pela qual o autor de Hebreus continua
dizendo: “Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está
descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas” (Hebreus 4:13).
Ignorar a Palavra de Deus permitirá que os velhos padrões de pensamento
errado e os cativeiros do nosso passado continuem a exercer autoridade
sobre nós. No entanto, meditar na Palavra de Deus libera a sua obra de
divisão e discernimento dentro de nós.
Quando levamos voluntariamente a Palavra de Deus para dentro de nossas
vidas e permitimos que ela faça a sua obra sobrenatural em nós, essa
Palavra atua como uma lâmina divina, cortando direto até o cerne da
questão. Ela faz o que nenhum cônjuge, amigo, pastor, mestre, psicólogo ou
psiquiatra jamais poderia fazer: dividir a alma e o espírito e discernir
corretamente os pensamentos e as intenções do coração.
Quando a Palavra realiza essa obra extraordinária em nós, somos
transformados interiormente. Além do mais, ficamos cheios de fé quando
permitimos que a Palavra de Deus opere em nossas vidas. Por quê? Porque
“a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos
10:17).
Quando a Palavra criar raízes no seu coração, quando a sua mente e
emoções forem transformadas pelo seu poder, você então estará na posição
de declarar a Palavra de Deus vindo do mais profundo do seu ser.
Finalmente, a sua mente renovada cooperará com a sua fé, e você poderá
declarar a Palavra de Deus com ousadia e sem qualquer dúvida!
Uma razão pela qual as pessoas não experimentam resultados quando
confessam a Palavra de Deus é porque elas falam antes que a Palavra tenha
feito a sua obra pessoal e transformadora dentro delas. Elas começam
apressadamente a imitar o que outra pessoa confessou ou o que outra pessoa
fez, antes mesmo que a Palavra tenha tido tempo de criar raízes no coração
delas e de renovar a sua mente. Mas devido ao fato de a Palavra de Deus
ainda não ter se tornado uma revelação pessoal para elas, ela não gera
resultados duradouros.
Não subestime a importância de estudar, meditar e orar sobre a Palavra de
Deus. A obra vital de estudar, meditar e orar libera a Palavra para tornar-se
parte do seu próprio ser interior. Quando a verdade da Palavra de Deus cria
raízes no seu coração e começa a liberar o seu poder transformador em sua
mente, você então está na posição de confessar a Palavra de Deus de uma
maneira que liberará quantidades tremendas de poder espiritual. Esse tipo de
confissão é verdadeiramente o equivalente a enterrar uma espada de dois
gumes no coração do seu adversário!
Quando o Espírito Santo acessa aquele reservatório de versículos dentro
de você e aviva um deles na sua memória, você está pronto para empunhá-lo
como uma poderosa espada enquanto ele se ergue do seu homem interior
para a sua mente e então é pronunciado pela sua boca! À medida que ele sai
da sua boca, um segundo gume mortal é acrescentado a ele milagrosamente!
Nesse exato momento, essa Palavra torna-se uma espada de dois gumes ou
uma espada de duas bocas!
Alguns já disseram: “Eu tenho a Palavra em meu espírito. Não há
necessidade de confessá-la com a minha boca. Vou apenas guardar a Palavra
para mim mesmo”.
Mas deixar de confessar o impedirá de alcançar a vitória que você deseja.
É bom meditar na Palavra — é assim que a sua mente é renovada. Você
deve meditar na Palavra de Deus tanto quanto possível, pois a Palavra o
tornará rico interiormente! Entretanto, se apenas meditar, você terá somente
uma espada de um gume, e não uma espada de dois gumes. Pelo fato de a
Palavra ter passado apenas da boca de Deus para dentro do seu coração e
ainda não ter saído pela sua boca, ela será como uma lâmina que tem
somente um gume afiado.
Não tenha dúvida de que essa Palavra trabalhará em você pessoalmente.
Entretanto, ela nunca liberará todo o seu poder até que saia pela sua boca (a
segunda boca), acrescentando assim um segundo gume fatal a essa espada.
É interessante observar que a Bíblia descreve Jesus, que é a Palavra de
Deus, como tendo uma espada de dois gumes saindo de Sua boca. Observe
que a espada não está na mão de Jesus, mas em Sua boca!
Do mesmo modo, quando a Palavra que Deus avivou no seu espírito se
ergue até a sua mente e você a declara, você está empunhando uma poderosa
espada com dois gumes. Essa espada pôde gerar fé em você. Por
conseguinte, quando você declara essa palavra especial do Senhor, ela sai da
sua boca com força!
Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. O
tentador aproximou-se dele e disse: “Se és o Filho de Deus, manda que
estas pedras se transformem em pães”.
— Mateus 4:1-3
1.O que é uma palavra rhema? Como você sabe quando você recebe
uma palavra rhema de Deus?
2.O que torna uma palavra rhema inseparável de uma palavra logos?
3.Quando você recebe uma palavra rhema de Deus, o que deve fazer
para empunhá-la como uma espada contra os ataques do inimigo?
4.Pense em um momento em que você recebeu uma palavra rhema
muito definida de Deus. Qual foi o resultado dessa palavra específica,
seja por causa de sua obediência ou desobediência?
5.O que Jesus fez quando o inimigo o tentou no deserto? Como você
pode seguir Seu exemplo na próxima vez em que se deparar com a
tentação, a dúvida, o medo, etc.?
2 Flávio Vegécio Renato, The Military Institutions of the Romans,
traduzido por Lt. John Clarke. (Texto escrito em 390 d.C. Tradução em
inglês publicada em 1767. Copyright expirados.) Versão do E-texto por
Mads Brevik, 2001:
http://www.pvv.ntnu.no/~madsb/home/war/vegetius/dere03.php#10.
CAPÍTULO 16
1.Oração de Consagração
2.Oração de Petição
3.Oração de Autoridade (ou a Oração da Fé)
4.Oração de Ações de Graças
5.Oração de Súplica
6.Oração de Intercessão
Oração de Consagração
A palavra mais comum para “oração” no Novo Testamento foi extraída da
palavra grega proseuche. Essa palavra específica em suas diversas formas é
usada aproximadamente 127 vezes no Novo Testamento. É exatamente essa
palavra que Paulo utiliza em Efésios 6:18, quando diz: “com toda oração e
súplica, orando em todo tempo...”. Em ambos os casos, a palavra “oração”
foi extraída da palavra grega proseuche.
A palavra proseuche é um composto das palavras pros e euche. A palavra
pros é uma preposição que significa face a face. Já vimos essa palavra,
empregada em João 1:1 para retratar o relacionamento íntimo que existe
entre os Membros da Divindade.
Este versículo diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus...”. A palavra “com” foi extraída da palavra pros. Usando essa palavra
para descrever o relacionamento entre o Pai e o Filho, o Espírito Santo está
nos dizendo que o relacionamento deles é um relacionamento íntimo. Um
tradutor o traduziu assim: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava face a
face com Deus...”.
A palavra pros também é usada em Efésios 6:12 para retratar o nosso
contato próximo com os espíritos demoníacos invisíveis que se organizaram
contra nós. Quase em todo lugar onde é utilizada no Novo Testamento, a
palavra pros traz em si a ideia de um contato próximo, direto e íntimo com
outra pessoa.
A segunda parte da palavra proseuche foi extraída da palavra euche. A
palavra euche é uma palavra grega antiga que descreve um desejo, oração
ou voto.
A palavra euche era usada originalmente para retratar uma pessoa que fez
algum tipo de voto a Deus por causa de uma necessidade ou desejo em sua
vida. Esse indivíduo fazia um voto para dar algo de grande valor a Deus em
troca de uma resposta favorável à sua oração.
Um exemplo perfeito disso pode ser encontrado na história de Ana, a mãe
de Samuel. Ana desejava profundamente um filho, mas não conseguia
engravidar. Com grande desespero e angústia de espírito, ela orou e fez um
voto solene ao Senhor.
Em troca por receber o precioso presente que era esse filho, Ana fez um
voto de que seu jovem menino seria dedicado à obra do ministério.
Tecnicamente, esse era um euche, pois assumindo esse compromisso, Ana
deu o seu bem mais valioso e precioso a Deus em resposta à sua oração ter
sido atendida.
Com muita frequência, as pessoas que buscam uma resposta à oração
ofereceriam a Deus um presente de ações de graças antecipado. Essa era a
maneira de liberarem sua fé na bondade de Deus e de agradecer a Ele pela
Sua resposta favorável aos seus pedidos de oração.
Antes que uma pessoa verbalizasse a sua oração, ela levantaria um altar de
comemoração e ofereceria um sacrifício de ações de graças nesse altar. Essas
ofertas de louvor e ações de graças eram chamadas “ofertas votivas”
(derivadas da palavra “voto”). Essa oferta votiva era semelhante a uma
promessa, pois foi prometido por essa pessoa que se sua oração fosse
atendida, ela voltaria para dar novas ações de graças a Deus.
Toda essa informação estabelece o pano de fundo para a palavra
proseuche, usada mais do que qualquer palavra para “oração” no Novo
Testamento. Tenha em mente que a maioria dos leitores de Paulo era de
origem grega; por conseguinte, eles entendiam todas as ramificações dessa
palavra.
Que retrato da oração nós temos aqui! Com certeza, ele nos diz diversas
coisas importantes sobre o assunto. Primeiramente, a palavra proseuche nos
diz que a oração deveria nos colocar face a face com Deus e olho no olho
com Ele em um relacionamento íntimo. A oração é mais do que um ato
mecânico ou uma fórmula a ser seguida. É um veículo que nos ergue a um
lugar no Espírito onde podemos desfrutar de um relacionamento íntimo e
próximo com Deus!
A ideia de sacrifício também está associada a essa palavra para “oração”.
Ela retratava um indivíduo que desejava tão desesperadamente ver o seu
pedido de oração atendido que estava disposto a entregar tudo o que possuía
em troca de sua oração atendida. Isso descreve claramente um altar de
sacrifício e consagração em oração, onde a vida de uma pessoa é
inteiramente rendida a Deus.
Embora o Espírito Santo possa convencer o nosso coração de áreas que
necessitam ser rendidas ao Seu poder santificador, Ele nunca tomará essas
coisas de nós à força. Assim, essa palavra específica para a oração aponta
para um lugar de decisão e consagração, um altar onde votamos livremente
entregar nossas vidas a Deus em troca da Sua vida.
Pelo fato de que a palavra proseuche tem a ver com esses conceitos de
entrega e sacrifício, isso nos diz que Deus obviamente deseja fazer mais do
que meramente nos abençoar. Ele quer nos transformar!
As ações de graças também eram parte vital dessa palavra comum para a
oração. Portanto, sabemos que quando oferecemos uma oração genuína com
fé, nunca devemos deixar de agradecer a Deus antecipadamente por ouvir e
atender às nossas orações.
Logo, a palavra grega proseuche se refere a muito mais do que a fazer um
simples pedido de oração. Ela é também o ato de entrega, consagração e
ações de graças.
Essa forma de oração é a primeira “lança da súplica e da oração” que
Deus colocou em nossas mãos. Ao aprender a usar essa poderosa ferramenta
de oração, colocamos nossas vidas em Suas mãos em um ato de
consagração.
A ideia por trás de proseuche é esta: Fique face a face com Deus e
entregue a sua vida em troca da dele, consagrando a sua vida
progressivamente. E certifique-se de dar graças a Ele antecipadamente por
se mover em sua vida!
As possíveis referências para a palavra proseuche são muitas para
enumerar aqui. Sugiro que você estude muitas das 127 ocorrências dessa
palavra no Novo Testamento.
Oração de Petição
A segunda palavra usada com mais frequência para “oração” no Novo
Testamento foi extraída da palavra deesis. A palavra deesis e suas diversas
formas são traduzidas como “oração e petição” mais de 40 vezes no Novo
Testamento.
Paulo usa essa palavra em Efésios 6:18, quando diz: “Com toda oração e
súplica, orando em todo tempo...”. Nesse versículo, a palavra deesis é
traduzida pela palavra “súplica”.
Deesis foi extraída do verbo deomai, que descreve mais literalmente uma
necessidade ou um desejo. É a imagem de uma pessoa com alguma espécie
de necessidade ou desejo em sua vida pessoal.
À medida que o tempo passou, a palavra “necessidade” começou a
assumir o significado de oração — o tipo de oração que expressa as
necessidades e desejos básicos a Deus. Essa palavra, porém, tem a ver com
necessidades muito básicas, não com desejos de coisas palpáveis como casas
maiores, carros mais caros, etc. A palavra deesis tem a ver com as
necessidades básicas que precisam ser atendidas para que uma pessoa
continue com a sua existência.
Portanto, poderíamos dizer que uma deesis é uma petição ou um clamor
pela ajuda de Deus que expõe a insuficiência de uma pessoa para suprir as
próprias necessidades.
Vemos que Jesus orou dessa maneira em Hebreus 5:7: “Ele, Jesus, nos
dias da Sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e
súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da
Sua piedade”.
A palavra “orações” nesse versículo foi extraída da palavra deesis. Isso
nos diz claramente que o Senhor Jesus Cristo estava muito ciente da
fraqueza da Sua humanidade. Reconhecendo Sua necessidade e a capacidade
do Pai de supri-lo de força, Jesus orou profundamente com Seu coração e
Sua alma, pedindo ao Pai para suprir a ajuda divina para Sua humanidade.
Jesus estava tão ciente da própria necessidade que Ele orou (deesis) com
“forte clamor e lágrimas”. Alguns procuraram usar essa expressão “forte
clamor e lágrimas” como base bíblica para um novo método de oração;
depois, eles tentaram ensinar esse “novo método” como doutrina a outros.
Esse versículo, porém, não oferece uma nova fórmula de oração. Foi apenas
o clamor do coração de Jesus ao Pai, clamando para que Deus o revestisse de
poder e suprisse as Suas necessidades mais básicas de força e poder.
A palavra deesis é usada novamente em Tiago 5:17, onde diz: “Elias era
homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com
instância...”. A expressão “orou com instância” também foi extraída da
palavra deesis. Significa que embora Elias fosse um grande e poderoso
homem de Deus, ele reconhecia a sua própria incapacidade de fazer qualquer
coisa significativa para Deus. Em seu profundo senso de necessidade, ele
orou com instância (deesis), pedindo a Deus para intervir em seu favor.
Esse tipo de oração vem de alguém que é muito consciente da sua própria
necessidade na vida. A palavra deesis quase sempre retrata um grito de
socorro. Uma pessoa que faz esse tipo de oração apela para Deus de uma
posição de humildade enquanto pede a Ele para conceder-lhe algum tipo de
petição especial, como um pedido de poder espiritual para ministrar, de força
para resistir à tentação ou para ser sustentado em uma crise, entre outras
coisas.
Considerando que a palavra proseuche tem a ver principalmente com
entrega e consagração, a palavra deesis tem a ver com humildade. Mais uma
vez, essa palavra retrata a imagem de um cristão que reconhece a sua total
dependência de Deus e, portanto, a sua incapacidade de suprir a própria
necessidade. Contando completamente com a capacidade de Deus de suprir a
sua necessidade, seja ela espiritual, seja mental ou emocional, essa pessoa
ora com instância e sinceramente, suplicando a Deus do fundo do seu
espírito e alma que Ele se mova graciosamente em seu favor.
Agora, vemos que a palavra deesis é usada em Efésios 6:18 e traduzida
como “súplica”. A versão King James diz: “Orai no Espírito em todas as
circunstâncias, com toda petição e humilde insistência [deesis]...”. Uma
tradução melhor seria: Orando sempre com toda oração e com toda petição
sincera, ardente e profunda...
Essa forma intensa de oração vem da consciência de uma pessoa de sua
própria fragilidade humana. A oração de petição é, portanto, a oração que
expõe a insuficiência de uma pessoa e a sua necessidade contínua de Deus.
(Para ver outros exemplos de deesis, ver 2 Coríntios 8:4 e 1 Tessalonicenses
3:10.)
Oração de Autoridade (ou a Oração da Fé)
A terceira forma de oração usada no Novo Testamento é extraída da
palavra aiteo. A palavra aiteo é usada aproximadamente 80 vezes no Novo
Testamento, o que faz dela a terceira palavra mais comum para oração.
A palavra aiteo significa eu peço ou eu exijo. À primeira vista, essa
palavra grega parece uma palavra estranha para oração, porque não se refere
a alguém que pede algo humildemente a Deus. Em vez disso, aiteo descreve
alguém que ora com autoridade, quase exigindo algo de Deus! Essa pessoa
sabe o que necessita, e não tem medo de pedir com ousadia!
Diferente da palavra deesis, que tem mais a ver com necessidades e
desejos espirituais, a palavra aiteo tem a ver principalmente com
necessidades palpáveis, como alimento, abrigo, dinheiro, e assim por diante.
Mas como uma pessoa pode se aproximar de Deus com tal franqueza,
ordenando e exigindo que as suas necessidades sejam supridas por Ele?
Jesus nos deu a chave para entendermos a palavra aiteo em João 15:7. Ele
disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em
vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito”.
A palavra “pedir” nesse versículo foi extraída da palavra aiteo. Essa frase
poderia, portanto, ser traduzida como “... exigireis o que quiserdes...”.
Algumas pessoas perturbam-se com a noção de “exigir” algo de Deus.
Entretanto, ela não é tão perturbadora quando você a avalia no contexto
completo do versículo. No início do versículo, o Senhor Jesus disse: “Se
permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós...”.
Observe que a palavra “permanecer” é usada duas vezes nesse versículo. Em
ambos os casos, “permanecer” é extraída da palavra meno, que significa
ficar, permanecer, residir, habitar, continuar, permanecer em união constante
com, ou fixar residência permanente.
À luz dessa definição, poderíamos traduzir o versículo deste modo: Se
vocês habitarem, permanecerem, ficarem, residirem, continuarem
permanentemente em Mim, e se as Minhas palavras habitarem,
permanecerem, ficarem, residirem, continuarem permanentemente em vocês,
poderão pedir com força tudo o que desejarem e isso lhes será feito.
O Senhor Jesus sabia que se as palavras dele fixassem residência
permanente no nosso coração e na nossa mente, nunca pediríamos alguma
coisa que não estivesse alinhada com Sua vontade para as nossas vidas. Por
conseguinte, quando permitimos que a Palavra de Deus se aloje permanente
e habitualmente em nossos corações, essa Palavra transforma de tal forma as
nossas mentes que, quando oramos, fazemos isso de acordo com a vontade
de Deus.
Quando você sabe que está orando de acordo com a vontade de Deus, não
precisa pronunciar seus pedidos medrosamente. Em vez disso, você pode
afirmar a sua fé com ousadia e esperar que Deus se mova em seu favor!
Como diz o autor de Hebreus: “Assim, aproximemo-nos do trono da graça
com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos
graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hebreus 4:16).
A palavra aiteo também se encontra em 1 João 5:14-15. Nesses
versículos, João diz: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de
Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos
ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que
temos o que dele pedimos”.
Observe a primeira parte do versículo 14, onde João diz: “Esta é a
confiança...”. A palavra “confiança” é derivada da palavra parresia, e
sempre retrata alguém que é extremamente ousado ou corajoso. É como se
João dissesse: “Se você quer saber por que somos tão ousados, corajosos e
diretos quando oramos, eis o motivo...”.
O versículo continua dizendo: “... se pedirmos alguma coisa de acordo
com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em
tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos”.
Veja especialmente que João diz: “... se pedirmos alguma coisa de acordo
com a vontade de Deus...”. A palavra “pedirmos” é mais uma vez extraída
da palavra aiteo. Devemos enfatizar que essa palavra é mais uma vez usada
em conexão com conhecer a vontade de Deus para a sua vida. Logo, esse
versículo poderia ser parafraseado deste modo: “... Se pedirmos com
veemência alguma coisa que esteja de acordo com Seu desejo para as nossas
vidas...”.
Usando as mesmas palavras de Jesus em João 15:7, João faz uma
afirmação semelhante: se a Palavra de Deus habitar permanentemente em
nós, e se orarmos de acordo com essa Palavra que habita no nosso interior,
podemos entrar na presença de Deus e fazer os nossos pedidos conhecidos
com grande ousadia, coragem e confiança.
Deus claramente não se ofende com esse tipo de oração direta.
João continua: “E, se sabemos que Ele nos ouve quanto ao que lhe
pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito”.
Essa palavra “pedir” é extraída mais uma vez da palavra aiteo.
Se a Palavra de Deus habita em você — se a Palavra se alojou no seu
coração e na sua mente e fixou residência em sua vida — então você não
fará orações que não estejam alinhadas com o plano de Deus. Portanto,
quando você orar, as suas orações serão precisas e alinhadas com o plano
predeterminado do Pai para a sua vida. Você estará orando a vontade de
Deus!
Quando você acumulou em seu coração um firme fundamento de
conhecimento baseado na Palavra de Deus, você pode ser muito ousado e
corajoso em sua vida de oração, que é exatamente o que Deus quer que você
faça. O desejo dele é que você avance com ousadia e coragem em oração, a
fim de tomar posse da vontade dele para a sua vida e fazer com que ela se
manifeste!
Permitindo que a Palavra de Deus assuma um papel de autoridade no seu
coração e na sua mente, você está dando a essa Palavra a liberdade para
transformar o seu pensamento. E quanto mais a sua mente for renovada pela
Palavra de Deus, mais as suas orações estarão de acordo com o plano dele
para a sua vida.
Quando você está nessa posição, está pronto para experimentar esse tipo
aiteo de oração. Com a “lança da súplica e da oração” à sua disposição, você
pode se mover com ousadia, coragem e confiança a novas dimensões de
oração para obter a petição que você deseja de Deus! (Para outros exemplos
da palavra aiteo, veja Efésios 3:20; Tiago 1:5, 6 e 1 João 3:22.)
Oração de Intercessão
A sexta palavra para oração usada no Novo Testamento é extraída da
palavra huperentugchano. Essa palavra grega aparece apenas uma vez em
todo o Novo Testamento, o que a torna uma das palavras mais raras que
denotam diferentes formas de oração.
O único uso de huperentugchano no Novo Testamento está em Romanos
8:26. Entretanto, ela não é usada com relação aos cristãos; em vez disso, é
usada com relação ao Espírito Santo. Romanos 8:26 diz: “Também o
Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo [o próprio] Espírito intercede por
nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (ARA).
Você percebeu quem estava fazendo essa obra específica de intercessão?
O Espírito Santo! Paulo diz: “... mas o mesmo [o próprio] Espírito
intercede...”. Portanto, a palavra para intercessão huperentugchano não é
uma obra intercessória que nós fazemos, mas uma obra que o Espírito Santo
faz em nosso favor.
A palavra “intercessão” (huperentugchano) é uma palavra antiga que
significa descer em favor de outra pessoa. É o que chamaríamos de resgate.
Por exemplo, se alguém caísse no fundo de uma caverna, você teria de
descer para dentro daquela caverna junto com essa pessoa a fim de tirá-la e
resgatá-la.
É exatamente essa a ideia por trás dessa palavra para “intercessão”.
Usando-a, Paulo nos diz que essa é uma obra especial de intercessão, feita
pelo próprio Espírito Santo. Ela fala daqueles momentos em que o Espírito
de Deus se une a nós sobrenaturalmente em nossas circunstâncias,
compartilha as nossas emoções e frustrações, e depois começa a desenvolver
um plano que finalmente nos tirará do caos!
O verdadeiro ministério de intercessão do Espírito Santo ocorre quando
você não tem palavras e não sabe como orar. De repente, e
sobrenaturalmente, o Espírito Santo desce até esse lugar de incapacidade e se
une a você no ritmo da oração.
Com todos os Seus maravilhosos atributos e características de
personalidade, o Espírito Santo ainda sente tudo o que você sente. Ele se
compadece dos seus sentimentos de total inadequação. Ele entende as
batalhas que você está enfrentando. Ele desce voluntariamente até cada
circunstância difícil com você, sentindo as suas emoções de medo, ira ou
frustração. Então Ele dá início a um plano de resgate!
Portanto, embora a palavra “intercessão” signifique descer com outra
pessoa, o propósito não é ter Alguém com quem você possa compartilhar
sua experiência de estar no fundo do poço. Em vez disso, o propósito da
intercessão é resgatá-lo, renová-lo e livrá-lo da situação difícil que você está
enfrentando. É exatamente disso que se trata o ministério de intercessão do
Espírito Santo.
Quem experimenta esse tipo de intercessão e intervenção divina
sobrenatural? Romanos 8:26 começa dizendo: “Também o Espírito,
semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza...”. Preste atenção
especialmente à palavra “fraqueza”. Um grande expositor disse que esse
versículo poderia ser traduzido como: Semelhantemente, o Espírito ajuda
aqueles que sabem que são fracos e enfermos... Era exatamente essa a ideia
que Paulo tinha em mente!
Em outras palavras, é quando finalmente reconhecemos a nossa própria
fraqueza humana que começamos a abrir o nosso coração e a nossa alma
para esse ministério de intercessão do Espírito Santo. Até admitirmos a
nossa total necessidade da Sua obra em nós, o Espírito Santo está limitado
em Sua capacidade de se mover livremente em nossas vidas.
Entretanto, no instante em que lidamos com a nossa necessidade de ajuda
sobrenatural — no momento em que abrimos nossos corações para o
Espírito Santo e clamamos por Sua ajuda — nós permitimos que Ele libere
Seu poder dentro de nós. É então que o Espírito de Deus pode dar início ao
Seu ministério sobrenatural de intercessão em nossas vidas, lançando Sua
lança mortal no coração das estratégias do inimigo para destruí-las antes
mesmo que elas possam manifestar-se em nossas vidas!
Não importa qual seja o desafio a enfrentar, a sua vitória final depende de
você usar ou não as armas espirituais que Deus lhe concedeu. Portanto, se
quer viver como mais que vencedor nesta vida, as palavras de Paulo em
Efésios 6:13 devem definir a maneira como você enfrenta cada situação:
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia
mau e, depois de terdes vencido tudo, PERMANECER INABALÁVEIS!”.
PERGUNTAS PARA CRESCIMENTO PESSOAL OU DEBATE EM
GRUPO
1.O que significa “orar sem cessar”? Como você pode obedecer a essa
ordem em sua vida diária?
2.Quais são as características da oração de consagração? Você
consegue pensar em um momento marcante de sua caminhada
espiritual em que fez esse tipo específico de oração ao Pai? Como sua
vida mudou em resultado dessa oração?
3.Qual é o elemento principal da oração de petição? Em que tipo de
circunstâncias uma pessoa poderia fazer esse tipo de oração?
4.Qual é o pré-requisito vital que você precisa cumprir antes de poder
fazer a oração de autoridade?
5.Por que é tão importante obedecer à ordem bíblica de dar graças em
tudo por meio da oração de ações de graças?
REFERÊNCIAS
Bingham, Jane, Fiona Chandler, Jane Chisholm, Gill Harvey, Lisa Miles,
Struan Reid, e Sam Taplin. The Usborne Internet-Linked Encyclopedia of
the Ancient World. Londres: Usborne House, 2003.
Bunson, Margaret. Dictionary of the Roman Empire. Nova Iorque:
Oxford UP, 1991.
Clayton, Peter. Treasures of Ancient Rome. Nova Iorque: Crescent Books,
1995.
Collins, Michael, e Matthew A. Price. The Story of Christianity. Nova
Iorque: DK, 1999.
Connolly, Peter. Greece and Rome At War. Londres: Greenhill Books,
1998.
Conti, Flavio. A Profile of Ancient Rome. Los Angeles: Getty
Publications, 2003.
Cornell, Tim, e John Matthews. Atlas of the Roman World. Nova Iorque:
Checkmark Books, 1982.
Gabucci, Ada. Ancient Rome: Art, Architecture and History. Great
Britain: The British Museum P, 2002.
Goldsworthy, Adrian. The Complete Roman Army. Londres: Thames and
Hudson Ltd., 2003.
Guhl, E., e W. Koner. Everyday Life of the Greeks and Romans. Nova
Iorque: Crescent Books, 1989.
Klucina, Petr. Armor From Ancient to Modern Times. Nova Iorque:
Barnes & Noble Books, 1997.
Liberati, Anna Maria, e Fabio Bourbon. Ancient Rome: History of a
Civilization That Ruled the World. Nova Iorque: Barnes & Noble Books,
2000.
Matyszak, Philip. Chronicle of the Roman Republic: The Rulers of
Ancient Rome From Romulus to Augustus. Londres: Thames and Hudson
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Scarre, Chris. Chronicle of the Roman Empires: The Reign-by Reign
Record of the Rulers of Imperial Rome. Londres: Thames and Hudson Ltd.,
1995.
Stambaugh, John E. The Ancient Roman City. Baltimore: The John’s
Hopkins UP, 1988.
Stephens, William H. The New Testament World in Pictures. Nashville:
Broadman P, 1987.
Table of Contents
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
CAPÍTULO 1
REFÉNS ESPIRITUAIS
DESPOJANDO OS PRINCIPADOS E AS POTESTADES
UM COMPORTAMENTO RIDÍCULO E ANTIBÍBLICO
POR QUE TANTA PREOCUPAÇÃO COM A BATALHA
ESPIRITUAL?
NÃO É NENHUMA NOVIDADE
E QUANTO AOS FEITICEIROS?
A BATALHA ESPIRITUAL BÍBLICA
COMO A VERDADEIRA BATALHA ESPIRITUAL TEM INÍCIO
LIDANDO COM O VENTO E AS ONDAS EM SUA VIDA
BATALHA ESPIRITUAL: UM ESTADO MENTAL
UMA ADVERTÊNCIA SOBRE BATALHA ESPIRITUAL
CAPÍTULO 2
HOMENS DE GUERRA COM SEDE DE SANGUE, OUSADOS E
COMPROMETIDOS
ARMAS E ESTRATÉGIAS ESPIRITUAIS
A FUTILIDADE DA CARNE
AS FRACAS E TOLAS ARMAS DA CARNE
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O PROPÓSITO DAS LÍNGUAS?
NÃO TOQUE, NÃO PROVE, NÃO MANUSEIE
CAPÍTULO 3
O MERCADO DE ESCRAVOS DE SATANÁS
DOMINADOS PELA “MALDIÇÃO DESTE MUNDO”
QUEM ESTÁ TRABALHANDO NOS BASTIDORES?
USADOS POR DEMÔNIOS
COMPRADOS “DO” CATIVEIRO
PAGANDO O PREÇO EXIGIDO
RESTAURADOS À CONDIÇÃO PLENA
TRANSPORTADOS PARA FORA DO REINO DE SATANÁS
CAPÍTULO 4
BATALHA ESPIRITUAL E RENOVAÇÃO DA MENTE
UM COMPROMISSO PARA TODA A VIDA
CAPÍTULO 5
UM MOMENTO OPORTUNO PARA O DIABO ATACAR
ATAQUES DEMONÍACOS QUE NÃO PROSPERAM!
UMA PORTA FECHADA NÃO SIGNIFICA FRACASSO
SE VOCÊ TEM CONQUISTADO NOVOS TERRITÓRIOS,
PREPARE-SE PARA SER DESAFIADO!
ATAQUES CONTRA IGREJAS E MINISTÉRIOS
UM PADRÃO DE CONTENDA E DISCÓRDIA
MATADORES TREINADOS E FORTEMENTE ARMADOS
CAPÍTULO 6
CRISTÃOS ESPIRITUALMENTE DESEQUILIBRADOS
COMPANHEIROS DE LUTA
SOLDADOS QUE SÃO DIGNOS DE SE ASSOCIAR A VOCÊ
CAPÍTULO 7
PODER SOBRE-HUMANO PARA UMA TAREFA SOBRE-
HUMANA
ONDE ENCONTRAR ESSE PODER
ESTÁ À SUA DISPOSIÇÃO
A EVIDÊNCIA DO PODER DO ESPÍRITO SANTO
O PODER KRATOS
O BRAÇO FORTE DE DEUS!
CAPÍTULO 8
ROUPAS NOVAS
COMO REVESTIR-SE DE TODA A ARMADURA DE DEUS?
MANTENDO UMA POSIÇÃO ESTRATÉGICA NO CAMPO DE
BATALHA DE SUA VIDA E DE SUA MENTE
UM CONFRONTO OLHO NO OLHO!
POSICIONANDO-SE CONTRA AS CILADAS DO DIABO
OS DESÍGNIOS DO DIABO
O ENGANO DO DIABO
UM EXEMPLO DE INTIMIDAÇÃO DEMONÍACA
FATOS INCONTESTÁVEIS SOBRE A BATALHA ESPIRITUAL
A CARNE PARA NADA PRESTA
INDO ALÉM DA CARNE
PREVALECENDO SOBRE OS FILISTEUS EM SUA VIDA
O MODO DE AÇÃO DO DIABO
CAPÍTULO 9
A SOBREVIVÊNCIA DOS MAIS FORTES
PRINCIPADOS E POTESTADES
AS FORÇAS MILITARES DO DIABO
REVELANDO NOMES, SÍMBOLOS E TIPOS DO DIABO NA
BÍBLIA
A TENDÊNCIA DESTRUTIVA DE SATANÁS
A NATUREZA PERVERTIDA DE SATANÁS
O DESEJO CONTROLADOR DE SATANÁS
SATANÁS, O MANIPULADOR DA MENTE
UM PRÉ-REQUISITO PARA A BATALHA ESPIRITUAL
CAPÍTULO 10
A VERSÃO EXPANDIDA DE PAULO DA ARMADURA
ESPIRITUAL
PARA REVISÃO
A ARMA MAIS IMPORTANTE
UMA PEÇA VISÍVEL DA ARMADURA
A DIFERENÇA ENTRE LOGOS E RHEMA
A ÚNICA MANEIRA DE VENCER ESPIRITUALMENTE
COMO ANDAR EM JUSTIÇA
COMO ANDAR EM PAZ
COMO ANDAR EM UMA FÉ FORTE
O CAPACETE E A ESPADA
VENCER OU PERDER É ESCOLHA SUA
A CAPACIDADE REPRODUTORA DE DEUS
O MAIOR ERRO QUE OS CRISTÃOS COMETEM
O SALMISTA QUE ENTENDIA A CENTRALIDADE DA
PALAVRA
A CHAVE PARA A VITÓRIA E O SUCESSO
O MELHOR CONSELHO DO MUNDO
O CAMINHO PARA VENCER
CAPÍTULO 11
A BELEZA DA COURAÇA
ALGUÉM QUER FERIR VOCÊ
A ATITUDE CORRETA PARA A BATALHA
PASSAGENS BÍBLICAS SOBRE JUSTIÇA
UMA NOVA FONTE DE CONFIANÇA
RELIGIÃO SEM PODER VERSUS RELIGIÃO PODEROSA
JUSTIÇA: UMA ARMA DE DEFESA
JUSTIÇA: UMA ARMA DE ATAQUE
CAPÍTULO 12
DOIS TIPOS DE PAZ
A PAZ DOMINANTE
PAZ: UMA ARMA DE DEFESA
COMO A PAZ PROTEGE VOCÊ
PROTEÇÃO CONTRA OS ATAQUES DO DIABO
COMO MONTAR GUARDA AO REDOR DO SEU CORAÇÃO
ESTACAS PARA FICAR FIRME
COMO TER UMA FÉ INABALÁVEL
PAZ: UMA ARMA DE ATAQUE
É HORA DE ANDAR UM POUCO!
O QUE SIGNIFICA “EM BREVE”?
CAPÍTULO 13
O ESCUDO DA FÉ
COMO CUIDAR DO SEU ESCUDO DA FÉ
O QUE SIGNIFICA “ACIMA DE TUDO”?
O PROPÓSITO DO ESCUDO DA FÉ
OS DARDOS INFLAMADOS DO MALIGNO
UM FOGO QUE INFLAMA AS PAIXÕES MAIS VIS
QUEM É RESPONSÁVEL PELO FRACASSO?
FÉ QUE APAGA, EXTINGUE E RICOCHETEIA
FÉ COLETIVA NA IGREJA LOCAL
HÁ RACHADURAS EM SEU ESCUDO?
SE SUA FÉ PRECISA DE UMA UNÇÃO
CONCLUSÃO
CAPÍTULO 14
O CAPACETE DA SALVAÇÃO
O MAIOR DOM DE DEUS
ARMADO E PERIGOSO
JOGANDO JOGOS MENTAIS COM O DIABO
O QUE É UMA FORTALEZA?
DOIS TIPOS DE FORTALEZAS
O QUE É OPRESSÃO?
A SALVAÇÃO PROTEGE SUA MENTE
O QUE É UMA MENTE MODERADA?
O QUE SIGNIFICA A PALAVRA “SALVAÇÃO”?
UMA MENTE TRANSFORMADA
CAPÍTULO 15
AS ESPADAS DO SOLDADO ROMANO
O QUE É UMA PALAVRA RHEMA?
A ESPADA E O CINTURÃO
O QUE É UMA ESPADA DE DOIS GUMES?
MEDITAÇÃO E CONFISSÃO
COMO OUVIR DE DEUS
QUANDO JESUS PRECISOU DE UMA ESPADA
UMA GARANTIA DE VITÓRIA!
CAPÍTULO 16
VÁRIOS TIPOS DE LANÇAS
VÁRIOS TIPOS DE ORAÇÃO
COM QUE FREQUÊNCIA DEVEMOS ORAR?
SEIS TIPOS DE ORAÇÃO PARA O CRISTÃO
UMA PALAVRA FINAL
REFERÊNCIAS