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LÍNGUA PORTUGUESA

A derivação e a composição são os dois processos que servem de base na


formação de palavras. Eles são classificados da seguinte forma:

Processo de derivação - prefixal, sufixal, parassintética, imprópria e


regressiva.
Processo de composição - justaposição e aglutinação.
A diferença entre derivação e composição está no modo como eles formam as
palavras.

Na composição, as palavras são formadas pela junção de radicais, por


exemplo: guarda-sol. A palavra guarda-sol é formada por dois radicais: guard +
sol. Radical é a parte da palavra que contém o seu significado, ou seja,
podemos dizer que é a sua parte mais importante.

Na derivação, uma das formas mais simples de formar palavras é


acrescentando prefixos e sufixos, por exemplo: solar. A palavra solar é formada
através da junção de um sufixo ao radical: sol é o radical e -ar é o sufixo.

Processos de derivação
Derivação prefixal (ou derivação) - as palavras são formadas pelo acréscimo
de prefixos (elemento que vem antes do radical, por exemplo: anti-, des-, -in,
-re, sub-).
Exemplos de derivação prefixal:

 anti-inflamatório (anti + inflamatório)


 desleal (des + leal)
 incapaz (in + capaz)
 ressalvar (re + salvar)
 subgerente (sub + gerente)
Derivação sufixal (sufixação) - as palavras são formadas pelo acréscimo de
sufixos (elemento que vem depois do radical, por exemplo: -ada, -agem, -ar, -
mente, - ista).
Exemplos de derivação sufixal:

 martelada (martel + ada)


 folhagem ( folh + agem)
 entrevistar (entrev + ista)
 simplesmente (simples + mente)
 dentista (dent + ista)
Derivação parassintética (parassíntese) - as palavras são formadas pelo
acréscimo de prefixos (por exemplo: a-, en- es-) e de sufixos (por exemplo:
-ecer, -ar, -oar) no mesmo processo. Isso quer dizer que para haver
parassíntese deve ser acrescentado à palavra os dois, um prefixo e também
um sufixo.
Exemplos de derivação parassintética:

 amanhecer (a + manh + ecer)


 entardecer (en + tar + ecer)
 esquentar (es + quent + ar)
 abençoar (a + benç + ar)
 empobrecer (em + pobr + ecer)
Derivação imprópria - as palavras são formadas sem nenhum acréscimo,
mudando apenas a sua classe gramatical (por exemplo: um advérbio que
passa a ser um substantivo).
Exemplos de derivação imprópria:

 Que andar esquisito… (“Andar” é um verbo que, neste caso, tem valor
de substantivo.)
 Sou zero em matemática. (“Zero” é um numeral que, neste caso, tem
valor de substantivo.)
 Já trato do jantar! (“Jantar” é um verbo que, neste caso, tem valor de
substantivo.)
 Sinto falta do azul do mar. (“Azul” é um adjetivo que, neste caso, tem
valor de substantivo.)
 Não lhe dê um não, por favor. (“Não” é um advérbio de negação, mas a
palavra “não” em negrito tem valor de substantivo.)
Derivação regressiva - as palavras são formadas pela redução de uma
palavra primitiva e, assim, dão origem a uma palavra derivada.
Exemplos de derivação regressiva:

 ataque (surge do verbo “atacar”, que é a palavra primitiva)


 agito (surge do verbo “agitar”, que é a palavra primitiva)
 debate (surge do verbo “debater”, que é a palavra primitiva)
 mergulho (surge do verbo “mergulhar”, que é a palavra primitiva)
 trabalho (surge do verbo “trabalhar”, que é a palavra primitiva)
Processos de composição
Composição por justaposição - as palavras são formadas pela união de dois
ou mais radicais, sem apresentar alterações nos seus sons, ou seja, sem
alterações fonéticas.
Exemplos de composição por justaposição:

 cachorro-quente (cachorro + quente)


 pé-de-meia (pé + de + meia)
 passatempo (passa + tempo)
 guarda-chuva (guarda + chuva)
 pontapé (ponta + pé)
Composição por aglutinação - as palavras são formadas pela união de dois
ou mais radicais, mas sofrem alterações.
Exemplos de composição por aglutinação:

 vinagre (vinho + acre)


 planalto (plano + alto)
 embora (em + boa + hora)
 fidalgo (filho + de + algo)
 aguardente (água + ardente)
Verbos Regulares
Verbos regulares são todos os verbos que ao serem conjugados, não sofrem
alterações em seu radical.
Exemplo: O verbo falar (radical: fal-) pode ser conjugado em qualquer tempo e
pessoa, sem que seu radical se modifique: falei, falassem, falariam.
Quando conjugamos os verbos amar (1ª conjugação), vender (2ª conjugação) e
partir (3ª conjugação), estamos seguindo um modelo.

Assim, ao substituirmos o radical, temos as terminações de pessoa, número,


tempo e modo válidas para a maioria dos verbos.

Conjugação do verbo regular amar: (radical: am-)


Modo indicativo
 Presente: amo, amas, ama, amamos, amais, amam.
 Pretérito perfeito: amei, amaste, amou, amamos, amastes, amaram.
 Pretérito imperfeito: amava, amavas, amava, amávamos, amáveis,
amavam.
 Pretérito mais-que-perfeito: amara, amaras,amara, amáramos,
amáreis, amaram.
 Futuro do presente: amarei, amarás, amará, amaremos,
amareis,amarão.
 Futuro do pretérito: amaria, amarias, amaria, amaríamos,amaríeis,
amariam.
Conjugação do verbo regular vender: (radical vend-)
Modo indicativo
 Presente: vendo, vendeste, vende, vendemos, vendeis, vendem.
 Pretérito perfeito: vendi, vendeste, vendeu, vendemos, vendestes,
venderam.
 Pretérito imperfeito: vendia, vendias, vendia, vendíamos, vendíeis,
vendiam.
 Pretérito mais-que-perfeito: vendera, venderas, vendera, vendêramos,
vendêreis, venderam.
 Futuro do presente: venderei, venderás, venderá, venderemos,
vendereis, venderão.
 Futuro do pretérito: venderia, venderias, venderia, venderíamos,
venderíeis, venderiam.
Conjugação do verbo regular partir: (radical part-)
Modo indicativo
 Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem
 Pretérito perfeito: parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
 Pretérito imperfeito: partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam.
 Pretérito mais-que-perfeito: partira, partiras, partira, partíramos,
partíreis, partiram.
 Futuro do presente: partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis,
partirão.
 Futuro do pretérito: partiria, partirias, partiria, partiríamos, partiríeis,
partiriam.
Outros exemplos de verbos regulares: viver, dividir, caminhar, pular.
Já os verbos irregulares são aqueles que, ao serem conjugados, sofrem
alterações, em geral em seu radical, ou nas suas terminações. Exemplos: dar e
dizer.

Classificação dos Verbos


Os verbos em língua portuguesa são classificados em regulares,
irregulares, defectivos ou abundantes.
A classificação está condicionada à flexão verbal e não ao
significado. Verbo é a classe de palavras que tem o maior número de flexões
na língua portuguesa.
Flexões Verbais
As flexões verbais ocorrem em número (singular e plural), pessoa (primeira,
segunda, terceira), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), tempo (presente,
pretérito, futuro) e voz (ativa, passiva, reflexiva).
Pode indicar ação (fazer, copiar), caráter de estado (ser, ficar), fenômeno
natural (chover, anoitecer), ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar,
almejar) e outros processos.
Os verbos são divididos em três grupos de flexões, as chamadas conjugações,
identificadas respectivamente pelas vogais temáticas (a), (e), e (i).

Para cada uma das conjugações, há um paradigma indicativo das formas


verbais consideradas regulares.

E é a relação estabelecida com tais paradigmas que classifica os verbos como


regulares, irregulares, defectivos ou abundantes.

Para saber mais sobre esse tema, não deixe de consultar os textos abaixo!

 Voz ativa
 Voz passiva
 Voz reflexiva

Verbos Regulares

São considerados regulares os verbos que obedecem de maneira precisa a um


paradigma de respectiva conjugação.
Frase, oração e período
Para que possamos compreender a sintaxe da Língua
Portuguesa, ou seja, o conjunto das relações que as
palavras estabelecem entre si, é necessário, antes de
tudo, estudarmos a respeito dos enunciados e suas
unidades, os quais apresentam características
estruturais próprias: a Frase, a Oração e o Período.
Vejamos cada um deles!
FRASE

A frase pode ser definida por seu propósito


comunicativo. Isso significa que Frase é todo
enunciado capaz de transmitir, de traduzir sentidos
completos em um contexto de comunicação,
de interação verbal.
Observe algumas características das frases:

 O início e o final da frase são marcados, na escrita,


por pontuação específica (. ! ? …);

 Na fala, o início e o final da frase são marcados por


uma entoação característica. Não se esqueça de
que a entoação é a forma como os falantes
associam o contorno da expressividade, como é
visto na frase interrogativa ou declarativa;
 Podem ser elaboradas por uma única ou por várias
palavras;

 Podem apresentar um verbo ou não;

 Na escrita, os limites da frase são indicados pela


letra inicial maiúscula e pelo sinal de pontuação
(. ! ? …).
Observe alguns exemplos de frases:

– Ai!

– Socorro!

– O quê?

– Mas que coisa terrível!

– Quanta bagunça...

– Que tragédia!

– Como assim?

– Tenho muito a fazer.

– Fogo!
Tipos de Frases

 Frases interrogativas: Entonação de pergunta.


Geralmente, é finalizada com ponto de interrogação
(?). Exemplo: Que dia você volta?

 Frases exclamativas: Entonação expressiva,


reação mais exaltada. Geralmente, finalizada com
ponto de exclamação ou reticências (!
…). Exemplo: Que horror!
 Frases declarativas: Não são marcadas pela
entonação expressiva ou intencional. Geralmente
apresentam declarações afirmativas ou negativas e
são finalizadas com o ponto final
(.). Exemplo: Amanhã não poderei levantar.

 Frases imperativas: Enunciado que traz um verbo


no modo imperativo. Geralmente sugere uma
ordem e é finalizado pelos pontos de exclamação e
final (! .). Exemplo: Fale mais baixo!
ORAÇÃO

A oração é uma unidade sintática. Trata-se de


um enunciado linguístico cuja estrutura caracteriza-se,
obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na
verdade, a oração é caracterizada, sintaticamente, pela
presença de um predicado, o qual é introduzido na
língua portuguesa pela presença de um verbo.
Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos
essenciais, integrantes ou acessórios.
Observe alguns exemplos de orações:

– Corra!
– Esses doces parecem muito gostosos.

– Chove muito no inverno.
PERÍODO

O período é uma unidade sintática. Trata-se de um


enunciado construído por uma ou mais orações e possui
sentido completo. Na fala, o início e o final do período
são marcados pela entonação e, na escrita, são
marcados pela letra maiúscula inicial e a pontuação
específica que delimita sua
extensão. Os períodos podem ser simples ou
compostos. Vejamos cada um deles:
 Período simples

Os períodos simples são aqueles constituídos por uma


oração, ou seja, um enunciado com apenas um verbo
e sentido completo. Exemplo: Os dias de
verão são muito longos! (verbo ser)

 Período composto

Os períodos compostos são aqueles constituídos


por mais de uma oração, ou seja, dois ou mais
verbos. Exemplo: Mariana me ligou para dizer que
não virá mais tarde. (Período composto por três
orações: verbos ligar, dizer e vir.)

Formação de Palavras
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas principalmente por
dois processos morfológicos:

 Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)


 Composição (justaposição e aglutinação)
Palavras Primitivas e Derivadas
Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de
formação das palavras.

Os vocábulos “primitivos” são as palavras que originam outras. Já as palavras


“derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas
Exemplos:
 dente (primitiva) e dentista (derivada)
 mar (primitiva) e marítimo (derivada)
 sol (primitiva) e solar (derivada)
Afixos
Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são
morfemas, ou seja, as menores partículas significativas da língua.
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra
(palavra primitiva) e pedreira (palavra derivada). Nesse exemplo, foi
acrescentado o sufixo -eira.

Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra. Assim,


os sufixos vem depois do radical, por exemplo, folhagem e livraria.
Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal
e ilegal.
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, sendo
representados por uma consoante ou vogal, por exemplo, cafeteria e cafezal.

Radical e Prefixo
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi formada, faz-se
necessário o conhecimento de seu radical e de seus prefixos.
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, ou seja,
as línguas que mais influenciaram o léxico da língua portuguesa.

Processos de Derivação
Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre
com um radical e os afixos (sufixos e prefixos):

 Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva,


por exemplo: infeliz, antebraço, enraizar, refazer, etc.
 Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva,
por exemplo: felicidade, beleza, estudante, etc.
 Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e de
um sufixo à palavra primitiva, de forma simultânea, por
exemplo: entardecer, emagrecer, engaiolar, etc.
 Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da
retirada de uma parte da palavra primitiva, por exemplo: beijar-beijo, debater-
debate, perder-perda, etc.
 Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da
palavra, por exemplo, O jantar estava muito bom (substantivo);
Fui jantar ontem à noite com Luís. (verbo)
Processos de Composição
Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de
palavras, sendo classificadas em:

 Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer


alteração em sua estrutura, por exemplo, surdo-mudo, guarda-chuva, abre-
latas, etc.
 Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre
alteração em sua estrutura, por exemplo, planalto (plano alto), vinagre (vinho e
acre), etc.
Neologismo
O neologismo é um processo de formação de palavras em que são criados
novos termos para suprir alguma lacuna de significação. Podemos citar como
exemplo a palavra "internetês", que se refere à linguagem da internet.

Hibridismo
O hibridismo também é um processo de formação de palavras. Esses termos
são formados com elementos de idiomas diferentes, por exemplo, “sociologia”
(do latim, “sócio” e do grego “logia”).
Relações semânticas entre as palavras
O uso das palavras em um contexto comunicativo pode
criar diferentes relações de sentido entre elas. São os
casos de sinonímia, antonímia, hiperonímia e hiponímia.

As palavras podem estabelecer diferentes relações de sentido


entre si
A Semântica é a área da Linguística que estuda o significado das
palavras, das frases, das expressões, etc., em um contexto
específico. Assim, algumas vezes, os significados podem receber
diferentes interpretações por estarem em situações
comunicativas também diferentes. Essa relação entre os
diferentes significados de uma palavra é chamada de relação de
sentido.
A relação de sentido pode ser classificada em: sinonímia,
antonímia, hiperonímia e hiponímia. Vamos analisar cada uma
delas a seguir.
 Sinonímia – relação que ocorre quando diferentes palavras
e expressões possuem um sentido semelhante, ou seja,
são sinônimas.
Exemplos:
sinal – sinaleira – semáforo – farol
pele branca – pele alva
colóquio – diálogo
casa – moradia – lar – abrigo
 Antonímia – relação que ocorre quando diferentes palavras
e expressões possuem sentidos opostos, ou seja,
são antônimas.
Exemplos:
leal – desleal
bonito – feio
limpo – sujo
claro – escuro
rico – pobre
alto – baixo
aberto – fechado
largo – estreito

Palavras homógrafas são palavras que apresentam a mesma grafia, embora


possuam pronúncia e significação diferentes. Assim, são escritas da mesma
forma, mas apresentam significados diferentes e são pronunciadas de forma
diferente.
 
As palavras homógrafas são também chamadas de homógrafos ou de palavras
homônimas homógrafas.

Lista de palavras homógrafas


 acerto (correção) e acerto (verbo acertar);
 acordo (combinação) e acordo (verbo acordar);
 apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar);
 boto (golfinho) e boto (verbo botar);
 choro (pranto) e choro (verbo chorar);
 colher (talher) e colher (apanhar);
 começo (princípio) e começo (verbo começar);
 cor (coloração) e cor (memória);
 coro (coral) e coro (verbo corar);
 corte (palácio) e corte (golpe);
 força (pujança) e força (verbo forçar);
 gelo (água solidificada) e gelo (verbo gelar);
 gosto (sabor) e gosto (verbo gostar);
 governo (ministério) e governo (verbo governar);
 jogo (entretenimento) e jogo (verbo jogar);
 molho (caldo) e molho (verbo molhar);
 olho (órgão da visão) e olho (verbo olhar);
 seca (enxuta) e seca (verbo secar);
 sede (vontade de beber) e sede (matriz);
 sobre (acerca de) e sobre (verbo sobrar);
 torre (construção elevada) e torre (verbo torrar).
Além dos exemplos acima citados, existem pares de palavras que se diferenciam
apenas devido a uma acentuação gráfica diferente. Alguns autores defendem
que essas palavras podem ser igualmente consideradas como homógrafas:

 dúvida (incerteza) e duvida (verbo duvidar);


 sábia (sabedora) e sabia (verbo saber);
 hábito (costume) e habito (verbo habitar);
 análise (exame) e analise (verbo analisar);
 avó (progenitora) e avô (progenitor);
 ...

Exemplos de uso de palavras homógrafas


A maior parte dos casos de palavras homógrafas se refere à comparação de um
substantivo e de uma forma verbal.

Apoio (ô) e apoio (ó)


Muito obrigada pelo seu apoio.
Claro que eu apoio essa causa!

Gelo (ê) e gelo (é)


Minha bebida precisa de gelo.
Quando penso em espíritos, até gelo de medo!

Sobre (ô) e sobre (ó)


Esta conversa é sobre o quê?
Comam à vontade! Não quero que sobre comida.

Jogo (ô) e jogo (ó)


Você viu o jogo de futebol feminino?
Todos os sábados eu jogo handebol com as minhas amigas.

Palavras homógrafas, homófonas e homônimas 


Além das palavras homógrafas, existem também palavras homófonas e
homônimas.

Palavras homógrafas: 
som diferente;
escrita igual;
significado diferente.

Palavras homófonas:
som igual;
escrita diferente;
significado diferente.
Palavras homônimas perfeitas:
som igual;
escrita igual;
significado diferente.

Gêneros literários
A Literatura é uma manifestação artística difícil de ser conceituada.
Para nos ajudar a melhor entendê-la, Aristóteles, em sua Arte Poética,
definiu aquilo que chamamos de gêneros literários. Portanto, é
interessante observar que a história da teoria dos gêneros pode ser
contada a partir da Antiguidade greco-romana, quando também
surgiram as primeiras manifestações poéticas da cultura ocidental.
Os gêneros literários reúnem um conjunto de obras que apresentam
características análogas de forma e conteúdo. Essa classificação pode
ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos,
formais, contextuais, entre outros. Eles se dividem em três categorias
básicas: gêneros épico, lírico e dramático. Vale salientar também que,
atualmente, os textos literários são organizados em três gêneros:
narrativo, lírico e dramático.
Gênero épico ou narrativo: No gênero épico ou narrativo há a
presença de um narrador, responsável por contar uma história na qual
as personagens atuam em um determinado espaço e tempo. Pertencem
a esse gênero as seguintes modalidades:
Épico;
Fábula;
Epopeia;
Novela;
Conto;
Crônica;
Ensaio;
Romance.
Gênero lírico: Os textos do gênero lírico, que expressam sentimentos
e emoções, são permeados pela função poética da linguagem. Neles há
a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa, além da
exploração da musicalidade das palavras. Estão, entre as principais
estruturas utilizadas para a composição do poema:
Elegia;
Ode;
Écloga;
Soneto.
Gênero dramático: De acordo com a definição de Aristóteles em
sua Arte Poética, os textos dramáticos são próprios para a
representação e apreendem a obra literária em verso ou prosa passíveis
de encenação teatral. A voz narrativa está entregue às personagens,
atores que contam uma história por meio de diálogos ou monólogos.
Pertencem ao gênero dramático os seguintes textos:
Auto;
Comédia;
Tragédia;
Tragicomédia;
Farsa.
Para que você conheça melhor os gêneros épico ou
narrativo, lírico e dramático e aprofunde seus conhecimentos sobre o
assunto, o Brasil Escola preparou para você uma seção sobre os
gêneros literários na qual você encontrará vários artigos que discutem
o tema de maneira clara, simples e eficiente. Boa leitura e bons
estudos!

ALGUMAS FIGURAS DE ESTILO


'Aliteração – Repetição das mesmas letras, sílabas ou sons, na mesma frase, para
produzir um efeito de harmonia.

Anáfora -– Figura de estilo que consiste em repetir a mesma palavra no princípio de


várias frases; processo mediante o qual um termo da cadeia textual reenvia para
outro termo anteriormente manifestado na mesma cadeia; designação, nos ritos
orientais, de parte do cânone da missa.

Antítese – Oposição de sentido entre dois termos ou duas proposições; oposição;


coisa contrária; o contrário. Na área da Filosofia, é proposição oposta a uma tese
(asserção afirmativa).

Antonomásia – Substituição de um nome próprio por um comum ou por uma


perífrase, ou vice-versa; alcunha; sobrenome.
Apóstrofe – Interrupção que o orador faz no discurso, dirigindo-se a coisas ou
pessoas reais ou fictícias; frase injuriosa; invectiva. Não confundir com apóstrofo que
é sinal gráfico (') designativo de elisão de uma ou mais letras, numa palavra.

Catacrese – Tropo que consiste no emprego de termos com significação diferente da


usual, por falta de termos próprios na língua.

Elipse – Em gramática, é omissão de uma ou mais palavras que facilmente se


subentendem. Em Geometria, trata-se de curva de intersecção de uma superfície
cónica ou cilíndrica de revolução por um plano que corta todas as geratrizes; curva
cónica, cuja excentricidade é menor que a unidade.

Eufemismo – figura de estilo com que se disfarçam ideias desagradáveis por meio de
expressões suaves.

Gradação – Aumento ou diminuição sucessiva e gradual; transição gradual. Em


retórica, trata-se do emprego de sinónimos em ordem crescente ou decrescente de
intensidade expressiva.

Hipérbole - Na área da gramática, é figura de estilo que consiste no exagero de


expressão, ampliando a verdadeira dimensão das coisas. Em Geometria, trata-se de
curva cónica, secção de uma superfície cónica de revolução por um plano paralelo ao
eixo (e, por isso, paralelo a duas geratrizes), que tem as duas propriedades
características seguintes: é constante o valor absoluto da diferença das distâncias de
cada ponto da curva a dois pontos fixos (focos da hipérbole) do seu plano; é constante
o quociente das distâncias de cada ponto da curva a um ponto fixo (foco) e a uma
recta fixa (directriz) do plano da curva.

Ironia – Figura de estilo que veicula um significado contrário daquele que deriva da
interpretação literal do enunciado; zombaria.

Metáfora  – Tropo em que a significação natural de uma palavra se transporta para


outra em virtude da relação de semelhança que se subentende; imagem; figura.
Metonímia – Alteração do sentido natural dos termos, pelo emprego da causa em vez
do efeito, do todo pela parte, do continente pelo conteúdo, etc., e vice-versa.

Perífrase – Emprego de muitas palavras para exprimir o que se podia dizer mais
concisamente.

Pleonasmo – Figura literária que consiste na redundância de palavras para expressar


uma ideia, como em parece-me a mim, entra para dentro, etc.; essa redundância;
circunlóquio.

Prosopopéia – figura de retórica em que se atribui o dom da palavra a seres


inanimados, a irracionais, e até aos mortos; personificação; discurso empolado.

Sinédoque – tropo, fundado na relação de compreensão, em que se emprega o nome


do todo pela parte ou da parte pelo todo, do plural pelo singular ou do singular pelo
plural, etc.

Sinestesia – Termo que caracteriza a experiência sensorial de certos indivíduos nos


quais sensações correspondentes a certo sentido são associadas às de outro sentido.
Nos casos em que se tratam de sensações visuais associadas a sensações auditivas, a
sinestesia denomina-se sinopsia.'

SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

A relação comum ou oposta das palavras

Os sinônimos e antônimos são dois assuntos importantes abordados na língua


portuguesa, eles expressam a relação com os significados. Os sinônimos
correspondem aos termos que apresentam significados similares. Já os antônimos
representam palavras com sentidos contrários. 

O estudo dos sinônimos e antônimos

O significado das palavras é parte do assunto da semântica. Nele são englobados


assuntos da sinonímia e antonímia. O primeiro corresponde a relação entre os
termos que possuem significados semelhantes e o segundo diz respeito às palavras
que têm sentidos contrários. Portanto, os dois conteúdos abrangem o estudo dos
sinônimos e antônimos.

Entenda os sinônimos
Os sinônimos correspondem as palavras que apresentam conceitos parecidos ou
muito semelhantes. Porém, em algumas definições eles são considerados como a
relação entre palavras com significados iguais. 

Obs.: há linhas de pesquisas sobre sinônimos e antônimos que não consideram o


primeiro como a relação de palavras que apresentam significados equivalentes, mas
apenas com conceitos próximos. 

Termos sinônimos

Os sinônimos

Duro Rígido

Delicado Fino

Casa Lar

Difícil Árduo

Cansado Afadigado

Mostrar Revelar

Tranquilo Calmo

Transformação Metamorfose

Parar Deter

Falar Dizer

Anunciar Comunicar

Revelar Mostrar

Essencial Fundamental
Contente Alegre

Rigoroso Severo

Correto Certo

Novo Atual

Moço Jovem

Claro Límpido

Terra Planeta

Baixo Pequeno
O quadro abaixo mostra o exemplo de palavras sinônimas. 

Como é classificado os sinônimos

A língua portuguesa classifica os sinônimos em perfeitos e imperfeitos. O primeiro


corresponde aos termos que apresentam sentidos próximos. Já o segundo trata-se de
palavras que apresentam sentidos muito próximos. 

Exemplo de sinônimos perfeitos

•    Após e depois

•    Alfabeto e abecedário

•    Brado e grito

•    Morte e falecimento

Exemplo de sinônimos imperfeitos


•    Município e cidades

•    Amor e paixão

•    Cansado e fadigado

•    Moço e Jovem

•    Terra e planeta

Entenda os antônimos

Os antônimos correspondem a relação de duas palavras ou mais que apresentam


significados opostos. O termo originado do grego se refere a junção das palavras
“anti”, que quer dizer contrário e "onymia" diz respeito a nome.

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