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Problemas
Carmem S. Comitre Gimenez
Nereu Estanislau Burin
2ª Edição
Florianópolis, 2011
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministro de Educação: Fernando Haddad
Secretário de Ensino a Distância: Carlos Eduardo Bielschowky
Coordenador da Universidade Aberta do Brasil: Celso José da Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica
Coordenação Geral: Andrea Lapa, Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Nilza Godoy Gomes, Maria Bazzo de Espíndola
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Daniela Karine Ramos
Ficha Catalográfica
G491r Gimenez, Carmem S. Comitre
Resolução de problemas / Carmem S. Comitre Gimenez, Nereu
Estanislau Burin. — 2. ed. — Florianópolis : UFSC/EAD/CED/
CFM, 2011.
183 p. : il. ; grafs. , tabs.
Inclui bibliografia
UFSC. Licenciatura em Matemática na Modalidade a Distância
ISBN 978-85-8030-011-6
2. Polinômios e Equações....................................................... 27
2.1 Polinômios.................................................................................... 29
2.1.1 Igualdade de polinômios................................................... 29
2.1.2 Raiz de um polinômio........................................................ 30
2.1.3 Operações com polinômios............................................... 32
Adição................................................................................... 33
Subtração.............................................................................. 33
Multiplicação........................................................................ 34
Divisão (algoritmo da divisão para polinômios)............. 34
Exercícios resolvidos....................................................................... 38
Exercícios propostos....................................................................... 39
2.2 Equações polinomiais................................................................. 40
Exercícios resolvidos....................................................................... 41
Exercícios propostos....................................................................... 42
4. Trigonometria...................................................................... 57
4.1 Relações fundamentais e fórmulas........................................... 59
4.1.1 Relações fundamentais e fórmulas para
valores x na primeira determinação positiva.................. 59
4.1.2 Relações apresentadas em .............................................. 60
Exercícios resolvidos........................................................................61
4.2 Equações trigonométricas fundamentais................................ 63
Exercícios resolvidos....................................................................... 66
Exercícios propostos....................................................................... 67
Tarefa.............................................................................................. 69
5. Geometria............................................................................. 71
5.1 Geometria plana.......................................................................... 73
Problemas resolvidos...................................................................... 73
Problemas propostos....................................................................... 76
5.2 Geometria espacial...................................................................... 77
Problemas resolvidos...................................................................... 77
Problemas propostos....................................................................... 80
1.1 Conjuntos
Exercícios propostos
1) Considere os seguintes conjuntos:
a) A ∩ B = {2} .
b) B ∩ C = {{1}} .
c) B − C = A ∩ B .
d) B ⊂ A .
a) A − B ⊂ B .
b) A − B ⊂ A ∪ B .
c) A ∪ B = B ⇒ B = ∅ .
d) A ∩ B = ∅ ⇒ A ∪ B = ∅ .
a) a > b ⇒ a 2 > b 2 .
b) a > b ⇒ ac > bc .
c) a 2 = b 2 ⇒ a = b .
d) a 2 + b 2 ≥ a .
c c c
e) = + .
a+b a b
11) No conjunto {101, 1 001, 10 001, ... , 1 000 000 000 001} cada
elemento é um número formado pelo algarismo 1 nas extre-
midades e por algarismos 0 entre eles. Alguns destes ele-
mentos são números primos e outros são compostos. Sobre
a quantidade de números compostos podemos afirmar que:
a) é igual a 11.
b) é igual a 4.
c) é menor do que 3.
e) é igual a 3.
c) {x ∈ / x = 7}× {t ∈ / | t | ≤ 2}.
16
Exercícios resolvidos
1) Em uma universidade, são lidos apenas os jornais A e B .
80% dos alunos dessa universidade lêem o jornal A e 60%
lêem o jornal B . Sabendo-se que todo aluno é leitor de pelo
menos um dos dois jornais, qual o percentual de alunos que
lêem ambos os jornais?
Resolução: Suponha que a universidade tenha 100 alunos, 80 de- Este tipo de procedimento
na resolução pode ser
les lêem o jornal A e 60 lêem o jornal B . Então, temos 40 alunos
utilizado para problemas
que lêem os dois jornais, pois 100 = 80 + 60 – 40. que solicitam a resposta
em porcentagem (sem
Resposta: Logo, a porcentagem de alunos que lêem os dois jornais dados sobre as quantidades)
é 40%. e a quantidade mais
conveniente a ser
Observação. Outra opção de resolução é considerar o conjunto S considerada é 100.
de todos os alunos como a união do conjunto K dos alunos que
lêem o jornal A com o conjunto M dos alunos que lêem o jornal
B , ou seja, S = K ∪ M . Chamando n o número de elementos de
S , temos que:
80n
i) o número de elementos de K é .
100
60n
ii) o número de elementos de M é .
100
iii) chamando x o número de alunos que lêem os dois jornais, isto
é, o número de elementos da intersecção K ∩ M , e lembrando
o resultado sobre o número de elementos de uma união, temos
que:
80n 60n
+ −x=n
100 100
140n
−n = x
100
40n
=x
100
a) A ∩ B = ∅ ⇔ A ⊂ B c ⇔ B ⊂ Ac
b) Se X = , A = {x ∈ X / x 3 − 1 = 0} e B = {x ∈ X / x 2 − 1 = 0} ,
então A = B .
c) A − ∅ = A e A − B = A − ( A ∩ B )
d) A − B ≠ A ∩ B c
18
1) A ∩ B = ∅ ⇒ A ⊂ B c
Hipótese: A ∩ B = ∅
Tese: A ⊂ B c
2) A ⊂ B c ⇒ B ⊂ Ac
Hipótese: A ⊂ B c
Tese: B ⊂ Ac
3) B ⊂ Ac ⇒ A ∩ B = ∅
Hipótese: B ⊂ Ac
Tese: A ∩ B = ∅
(b) Se X = , A = {x ∈ X / x 3 − 1 = 0} e, então A = B .
(c) A − ∅ = A e A − B = A − ( A ∩ B ) .
i) E − F = E ∩ F c
ii) ( E ∩ F )c = E c ∪ F c
iii) E ∩ ( F ∪ K ) = ( E ∩ F ) ∪ ( E ∩ K ) .
Então,
A − ( A ∩ B ) = A ∩ ( A ∩ B )c = A ∩ ( Ac ∪ B c ) = ( A ∩ Ac ) ∪ ( A ∩ B c ) = ∅ ∪ (
A − ( A ∩ B ) = A ∩ ( A ∩ B )c = A ∩ ( Ac ∪ B c ) = ( A ∩ Ac ) ∪ ( A ∩ B c ) = ∅ ∪ ( A ∩ B c ) = A − B
(d) A − B ≠ A ∩ B c .
x + y + xy = x + y (1 + x) = x + (1 − 1) + y (1 + x) = ( x + 1) − 1 + y ( x + 1) = ( x +
x + y + xy = x + y (1 + x) = x + (1 − 1) + y (1 + x) = ( x + 1) − 1 + y ( x + 1) = ( x + 1)( y + 1) − 1
20
( x + 1)( y + 1) − 1 = 120
( x + 1)( y + 1) = 121
Temos agora um produto de dois números inteiros cujo resultado é
121. Fatorando 121, obtemos 121 = 112 . Faremos uma tabela com
os possíveis valores inteiros de x + 1 e y + 1 :
1.2 Funções
Exercícios propostos
13) Sejam V = {( P, Q) / P e Q são vértices distintos de um he-
xágono regular} e f uma função que associa a cada par
( P, Q) ∈ V a distância de P a Q . Qual o número de elemen-
tos do conjunto imagem de f ?
a) F (0) = 1
21
b) F ( x + y ) = F ( x) ⋅ F ( y ), ∀x, y ∈
19) Qual o maior número real cuja soma com o próprio quadra-
do é igual ao próprio cubo?
20) Para produzir um objeto, uma firma gasta R$1,20 por uni-
dade. Além disso, há uma despesa fixa de R$4000,00, in-
dependente da quantidade produzida. O preço de venda é
R$2,00 por unidade. Qual é o número mínimo de unidades
que deve ser vendido, a partir do qual a firma começa a ter
lucro?
Exercícios resolvidos
5) Seja f uma função definida para todo número real x , satis-
fazendo as seguintes condições:
i) f (3) = 2 ;
ii) f ( x + 3) = f ( x) ⋅ f (3), ∀x ∈ .
(1) 4a − 2b − 1 = 1 e (2) 9a − 3b − 1 = 1 .
1+ b
Isolando a na equação (1), temos a = e, substituindo na
2
equação (2), temos:
23
1+ b
9⋅ + 3b − 1 = 1
2
1+ b
9⋅ + 3b = 2
2
9 ⋅ (1 + b) + 6b
=2
2
9 ⋅ (1 + b) + 6b = 4
9 + 9b + 6b = 4
15b = 4 − 9
15b = −5
5
b=−
15
1
b=− .
3
1+ b
Encontrado o valor b , e sabendo que a = , determinamos a :
2
1
1 + − 3 −1
3 2 1
a= = 3 = = .
2 2 6 3
1 1
Resposta: Para a = e b=− , o gráfico da função
3 3
Como verificar se a sua 1 1
resposta está correta?
f ( x) = x 2 + − x − 1 contém os pontos (-2,1) e (3,1).
3 3
Assim, f (n − 1) = (n − 1) − 2 = n − 3 .
Resposta: O valor de f (n − 1) é n − 3 .
24
Resolução: Pelos dados do problema podemos concluir que Lembre-se do estudo das
f (x) = ax + b, com a < 0 . Dessa forma, temos duas equações: funções afim!
(1) f (3) = a ⋅ 3 + b = 5 e
(1) 3a + b = 5 e
(2) a (a + b) + b = 1 , isto é, a 2 + ab + b = 1 .
b = 5 − 3a e
a 2 + a (5 − 3a ) + (5 − 3a ) = 1
a 2 + 5a − 3a 2 + 5 − 3a − 1 = 0
−2a 2 + 2a + 4 = 0 ou 2a 2 − 2a − 4 = 0 .
Tarefa
I) Elabore cinco exercícios sobre “conjuntos”, que contemplem:
c) inclusão de conjuntos;
d) conjuntos numéricos.
25
b) conceito de função;
d) gráfico de função;
e) função inversa.
Capítulo 2
Polinômios e Equações
Capítulo 2
Polinômios e Equações
2.1 Polinômios
Um polinômio é uma função do tipo
p ( x) = an x n + an -1 x n -1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0
p ( x) = an x n + an -1 x n -1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0 e
q ( x) = bm x m + bm -1 x m -1 + ... + b2 x 2 + b1 x + b0
an = bm , an -1 = bm -1 ,..., a2 = b2 , a1 = b1 , a0 = b0 .
30
p ( x) = an x n + an -1 x n -1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0
p ( x) = an x n + an -1 x n -1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0
p ( x) = an ( x - x1 )( x - x2 ) ( x - xn ) ,
Exemplos:
Demonstração:
c c
Seja p = 0 . Tomando em sua forma irredutível, temos
d d
n n -1 2
c c c c c
p = an + an -1 + ... + a2 + a1 + a0 = 0 .
d d d d d
Somando o oposto de a0 em ambos os membros, obtemos
n n -1 2
c c c c
an + an -1 + ... + a2 + a1 = -a0 .
d d d d
Multiplicando ambos os membros por d n ,
Colocando c em evidência,
c
n
c
n -1
c
2
c
an = - an -1 + ... + a2 + a1 + a0 .
d d d d
Multiplicando ambos os membros por d n , teremos
Exemplos:
c
Resolução: Se p ( x) admite uma raiz racional (irredutível), en-
d
tão c | -3 e d |1 . Logo, as possibilidades para o numerador c são
1, - 1, 3 e - 3 e para o denominador d são 1 e - 1 . As possíveis
raízes racionais seriam então -3 , -1 , 1 ou 3 . Vamos verificar:
Adição
p( x) = 3x3 - 2 x 2 + 4 x - 8
q ( x) = -5 x 4 + 7 x 3 + 2 x - 9
4 3
s ( x) =s ( xp)( x=) +
p (qx()x+) q=(-x5) x= -+5(3
x 4++7) - 2xx3 2-+2(4
(3x+ 7) (4x++2)
x 2 ++2) (-x8+-(9)
-8=- 9) =
= -5 x=4 -+510 3
- 2xx3 2-+26xx2 -
x 4x+ 10 + 17
6 x - 17
0 x 4 + 3x3 - 2 x 2 + 4 x - 8
+
-5 x 4 + 7 x 3 + 0 x 2 + 2 x - 9
-5 x 4 + 10 x3 - 2 x 2 + 6 x - 17 .
Subtração
Utilizamos, aqui, a palavra
diferença como sinônimo Dados dois polinômios, p ( x) e q ( x) , o polinômio d ( x) , que re-
de subtração. Note que sulta da diferença de p ( x) e q ( x) , é dado por
também aqui “subtrair é
somar o oposto”. d ( x) = p ( x) - q ( x) = p ( x) + (-q )( x) ,
Veja um exemplo:
p( x) = 3x5 - 8 x 4 + 5 x 2 + 1
q( x) = 7 x5 + 3x3 + x 2 - 9 x - 3
Multiplicação
Também na multiplicação de dois polinômios usamos o algorit-
mo da multiplicação de números inteiros. Veja o exemplo:
p( x) = x3 - 3x 2 + 5 x - 6
q( x) = 2 x 2 - 1
Portanto, m( x) = 2 x5 - 6 x 4 + 9 x3 - 9 x 2 - 5 x + 6 .
i) f ( x) = g ( x) ⋅ q ( x) + r ( x) ;
ii) r < g ou r = 0 .
2) f < g
3) f ≥ g
Dividir f ( x) = x 4 - 3x 3 + 6 x 2 por g ( x) = x 2 - 3x + 5 .
x 4 - 3x3 + 6 x 2 + 0 x + 0 x 2 - 3x + 5
- x 4 + 3x3 - 5 x 2 + 0 x + 0 x2 + 1
0 x 4 + 0 x3 + x 2 + 0 x + 0
- x 2 + 3x - 5
0 x 2 + 3x - 5
Temos então que
x 4 - 3 x3 + 6 x 2 = ( x 2 - 3x + 5) ⋅ ( x 2 + 1) + (3x - 5).
Assim, o quociente é q ( x) = x 2 + 1 e o resto é r ( x) = 3 x - 5 ,
com r = 1 < g = 2.
Teorema do Resto
O resto da divisão de um polinômio f ( x) pelo polinômio
g ( x) = x - a é igual a f (a ) .
p ( x) = a ( x - x1 )( x - x2 ) ,
ax 2 + bx + c = ax 2 + a(- x1 - x2 ) x + ax1 x2 .
p ( x) = an x n + an -1 x n -1 + ... + a2 x 2 + a1 x + a0
an -1
S1 = x1 + x2 + x3 + ... + xn = -
an
an - 2
S 2 = x1 x2 + x1 x3 + ... + xn -1 xn =
an
an -3
S3 = x1 x2 x3 + x1 x2 x4 + ... + xn - 2 xn -1 xn = -
an
...
a0
S n = x1 x2 x3 ...xn = (-1) n .
an
Exemplo:
abc = a 2 = 36 ⇒ a = 6 ou a = -6 .
b(1 - b) = -6
b - b2 + 6 = 0
b2 - b - 6 = 0 .
Resolvendo a equação do segundo grau, temos b = 3 ou b = -2 .
Exercícios resolvidos
1) Mostre que, se a soma dos coeficientes de um polinômio é
zero, então ele é divisível por x - 1 .
x 3 + 6 x 2 - x - 30 = ( x - 2)( x 2 + 8 x + 15) .
( x - 2)( x 2 + 8 x + 15) = 0 ⇒ x - 2 = 0 ou x 2 + 8 x + 15 = 0 .
Exercícios propostos
2 A B
1) Determine os valores de A e B tais que 2
= + .
x -1 x -1 x +1
2) Qual o número de raízes reais do polinômio
p ( x) = ( x 2 + 1)( x - 1) 2 ( x + 1) ?
Exemplos:
6) x 5 - x 3 + x - 1 = 3 x 2 + 5 x + 2
7) x 3 - x 2 + x - 1 = 0
Exercícios resolvidos
5) Qual a média aritmética das raízes da equação x3 - x 2 = 6 x ?
x3 - x 2 - 6 x = 0
x( x 2 - x - 6) = 0 .
0 + (-2) + 3 1
m= = .
3 3
1
Resposta: A média aritmética das raízes é .
3
(-2)
b + b + b = 3b = - = 6 ⇒ b = 2.
1
3
Assim, p (2) = 0 e teremos
23
p (2) = - 2 ⋅ 22 + m ⋅ 2 + n = 0
3
42
-16 + 6m + 3n
=0
3
6m + 3n = 16 .
m
3b 2 = = 3m ⇒ m = 4.
1
3
6 ⋅ 4 + 3n = 16
3n = 16 - 24
8
n=-
3
8 Você sabe verificar se
Resposta: Os valores procurados são m = 4 e q = - . encontrou os valores
3 corretos?
Exercícios propostos
11) Determine uma raiz real da equação (1 - 2) x 3 - 1 - 2 = 0 .
3.1 Sequências
Uma sequência é qualquer conjunto ordenado de elementos. Por
exemplo, o conjunto dos números primos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19,
23, 29, 31, ... ). Embora essa sequência seja muito importante, ela
não possui uma lei de formação, isto é, não temos uma “fórmula”
que nos forneça cada termo desta sequência.
an = an −1 + r , n ≥ 2, n ∈ .
Exemplos:
1) (1, 3, 5, 7, 9, ... ).
3 – 1 = 5 – 3 = 7 – 5 = 9 – 7 = 2. Portanto, r = 2 .
11 – 6 = 16 – 11 = 21 – 16 = 5. Portanto, r = 5 .
3) (– 4, – 1, 2, 5, ... ).
– 1 – (– 4) = 2 – (– 1) = 5 – 2 = 3. Portanto, r = 3 .
4) (5, 4, 3, 2, 1, 0, – 1, ... ).
3 7 17
5) −4, − ,1, ,6, , .
2 2 2
3 3 7 7 5 5
− − (−4) = 1 − − = − 1 = 6 − = ... = . Portanto, r = .
2 2 2 2 2 2
47
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
Seguindo com esse processo, para o n-ésimo termo obtemos as
fórmulas para termos quaisquer:
an = a1 + (n − 1)r , com n ∈ *
Exemplo:
b) Em
uma PA, a soma dos termos extremos é igual à soma
dos termos equidistantes a eles. Sendo ímpar o número de
termos da PA, a soma dos extremos é igual a duas vezes o
termo médio.
Exemplos:
1 3 5 3
7) Considere a PA , 1, , 2, e os termos a2 = 1 , a3 = e
2 2 2 2
a2 + a4 1 + 2 3
a4 = 2 . Então, = = = a3 .
2 2 2
48
8) Considere a PA com 10 termos (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20).
Observe que
2 + 20 = 22
4 + 18 = 22
6 + 16 = 22
8 + 14 = 22
10 + 12 = 22.
3.2.3 Classificação
Classifica-se uma PA em relação à sua razão r :
• Caso r = 0 , a PA é constante.
n −1 n +1
= a1 (n + 1) + nr + 1 = a1 (n + 1) + nr
2 2
nr nr
= a1 (n + 1) + (n + 1) = a1 + (n + 1)
2 2
2a + nr a1 + a1 + nr
= 1 (n + 1) = (n + 1)
2 2
a +a
= 1 n +1 (n + 1) = S n +1 .
2
Logo, a afirmação é verdadeira para todo n ≥ 1.
■
ou, equivalentemente,
Exercícios resolvidos
1) A soma dos n primeiros termos de uma PA é expressa pela
fórmula S n = 2n 2 − 12n . Calcule o décimo quinto termo des-
sa PA.
S1 = a1 = 2 ⋅12 − 12 ⋅1 = −10 .
Assim,
15
S15 = (a1 + a15 ) ⋅
2
15
2 ⋅152 − 12 ⋅15 = (−10 + a15 ) ⋅
2
2
270 ⋅ = −10 + a15
15
36 = −10 + a15
a15 = 46 .
Resolução:
a1 + a2 = 5 2a1 + r = 5
⇒
a9 + a10 = 53 2a1 + 17 r = 53 .
Resposta: A PA é dada por (1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28 ) .
51
an = an −1 ⋅ q com n ≥ 2, n ∈ .
Exemplo:
a2 = a1 ⋅ q
a3 = a2 ⋅ q = (a1 ⋅ q ) ⋅ q = a1 ⋅ q 2
a4 = a3 ⋅ q = (a1 ⋅ q 2 ) ⋅ q = a1 ⋅ q 3
an a
= n +1 ou an = an −1 ⋅ an +1 .
an −1 an
Isto é, para quaisquer três termos consecutivos, o termo cen-
tral é a média geométrica dos outros dois termos.
52
b) Em
uma PG, o produto dos termos extremos é igual ao pro-
duto dos termos equidistantes a eles. Caso o número de ter-
mos seja ímpar, o produto dos extremos é igual ao quadrado
do termo médio.
3.3.3 Classificação
i) Caso q > 1 .
Exemplos:
1 2
a6 = a4 ⋅ q 2 ⇒ 16 = 32q 2 ⇒ q 2 = ⇒q=± .
2 2
Resposta: Uma vez que a PG é alternada, concluímos que a razão
2
é q=− .
2
S n = a1 + a2 + + an −1 + an (I)
Multiplicando-se ambos os lados dessa equação pela razão q ≠ 0
da PG, obtemos:
S n ⋅ q = (a1 + a2 + + an −1 + an ) ⋅ q
S n ⋅ q = a1q + a2 q + + an −1q + an q
S n ⋅ q = a2 + a3 + + an + an ⋅ q (II)
S n ⋅ q − S n = an ⋅ q − a1
S n (q − 1) = an ⋅ q − a1
an ⋅ q − a1
Sn =
q −1
Substituindo an = a1 ⋅ q n −1 , ficamos com a fórmula
a1 ⋅ q n −1 ⋅ q − a1
Sn =
q −1
a1 (q n − 1)
Sn = .
q −1
■
54
Exercícios resolvidos
3) Em uma PG crescente de três termos, o segundo termo é
igual à razão. Se do terceiro termo subtrairmos 4, os três
novos números, na mesma ordem, formarão uma PA cres-
cente. Determine a soma dos termos da PG.
qq2 2−−44−−qq==qq−−11
qq2 2−−22qq−−33==00 .
3n − 1 = 2186
3n = 2187 = 37 ⇒ 3n = 37 ⇒ n = 7 .
Exercícios propostos
1) Determine a quantidade de múltiplos de 4 compreendidos
entre 190 e 1001.
8
10) A soma dos termos de ordem ímpar de uma PG infinita é ,
3
4
e a soma dos termos de ordem par é . Calcule o 1° termo
3
dessa PG.
Atenção: tenha em mãos os Neste capítulo vamos trabalhar com trigonometria, um assunto
materiais destas disciplinas que você já estudou nas disciplinas de Geometria e Introdução
durante o estudo deste
capítulo. ao Cálculo. Iniciaremos com uma relação das principais fórmulas
da trigonometria, ilustrando sua utilização com alguns exercícios
resolvidos. Em seguida, faremos uma exposição das equações tri-
gonométricas, de exercícios resolvidos e exercícios propostos.
1 3
cotg x = , ∀x ∈]0, 2 [ e x ∉ , ,
tg x 2 2
3
tg 2 x + 1 = sec 2 x, ∀x ∈ [0, 2 ] e x ∉ ,
2 2
tg 2 x 3
sen 2 x = 2
, ∀x ∈ [0, 2 ] e x ∉ ,
1 + tg x 2 2
a 1 + cos a
cos =± , ∀a ∈
Fórmulas da 2 2
divisão
a 1 − cos a
sen =± , ∀a ∈
2 2
61
a
2 ⋅ tg
sen a = 2 , a ≠ + k , k ∈
a 2 2 a
1 + tg 1 + tg ≠ 0
Seno e cosseno 2 e 2
em função da
tangente a
2 − tg 2
cos a = 2 , a ≠ + k , k ∈
a 2 2
1 + tg 2
2
p+q p−q
cos p + cos q = 2 ⋅ cos ⋅ cos , ∀p, q ∈
2 2
p+q p−q
cos p − cos q = −2 ⋅ sen ⋅ sen , ∀p, q ∈
Transformação em 2 2
produto p+q p−q
sen p + sen q = 2 ⋅ sen ⋅ cos , ∀p, q ∈
2 2
p−q p+q
sen p − sen q = 2 ⋅ sen ⋅ cos , ∀p, q ∈
2 2
Exercícios resolvidos
1) Um retângulo com lados adjacentes medindo sen a e cos a ,
com 0 < a < , tem perímetro igual a 6 . Qual é a área do
2
retângulo? Qual o valor de a ?
Resolução:
sen a
cos a
Figura 4.1
2a − 1
(i) −1 ≤ ⇔ −5 ≤ 2a − 1 ⇔ 2a ≥ −4 ⇔ a ≥ −2 . S1 = [−2, +∞[
5
2a − 1
(ii) ≤ 1 ⇔ 2a − 1 ≤ 5 ⇔ 2a ≤ 6 ⇔ a ≤ 3 . S 2 =] − ∞,3] .
5
Fazendo a intersecção: S = [2,3] .
Resolução:
tg x = 5 ⇔ tg 2 x = 5
1
Como 1 + tg 2 x = sec 2 x , temos que sec 2 x = 5 + 1 = 6 = .
cos 2 x
1 1 5
Então, cos 2 x = e sen 2 x = 1 − cos 2 x = 1 − = .
6 6 6
5
Resposta: sen 2 x =
6
63
3 3 a
M = cos x + − cos x − + tg − x + ,
2 2 2 1 − a2
com 0 < x < e a = sen x .
2
Resolução: Vamos calcular cada uma das parcelas:
3 3 3
(i) cos x = cos x ⋅ cos − sen x ⋅ sen
2 2 2
= cos x ⋅ 0 − [sen x ⋅ (−1)] = sen x = a
(ii) cos x − = sen x = a
2
3
sen − x sen 3 ⋅ cos x − sen x ⋅ cos 3
3 2 = 2 2
(iii) tg − x =
2 cos 3 3 3
− x cos ⋅ cos x + sen x ⋅ sen
2 2 2
− cos x cos x 1 − a2
= = =
−sen x sen x a
a sen x sen x a
(iv) = = =
1− a 2
1 − sen x2 cos x 1 − a2
Temos então:
1 − a2 a 1 − a2 + a2 1
M = a−a+ + = =
a 1− a 2
a 1− a 2
a 1 − a2
1
Resposta: O valor de M é .
a 1 − a2
i) sen = sen
iii) tg = tg
64
i) sen = sen
y
P2 Q P1
β
α
О x
Figura 4.2
P1
β α
О M x
P2
Figura 4.3
65
iii) tg = tg
P1
T
β
α
О A x
P2
Figura 4.4
= + k , para k ∈ .
Exercícios resolvidos
5) Resolva as equações a seguir.
1
a) cos 2 x =
2
b) cos x = sen 2 x
c) sen x + cos x = 1
Resolução:
1 2
a) cos 2 x = ⇔ cos x = ± .
2 2
No ciclo trigonométrico:
3π π
4 4
5π 7π
4 4
Figura 4.5
S = x ∈ / x = + k , k ∈ .
4 2
b) cos x = sen 2 x
(1) cos x ≠ 0 .
5
ou x = + 2k , k ∈
6
(2) cos x = 0 .
Se cos x = 0 , então x = + k , k ∈ .
2
Logo,
5
S = x ∈ / x = + 2k ou x = + 2k ou x = + k , k ∈
6 6 2
5
S = x ∈ / x = + 2k ou x = + 2k ou x = + k , k ∈
6 6 2
c) sen x + cos x = 1 .
u + v = 1 (1)
Resolvemos, então, o sistema: 2 2
u + v = 1 (2)
Isolando u em (1) e substituindo em (2), obtemos:
u + v = 1 ⇔ u = 1− v
(1 − v) 2 + v 2 = 1
1 − 2v + v 2 + v 2 = 1
2v 2 − 2v = 0
2v(v − 1) = 0 ⇔ v = 0 ou v = 1
Então, x = 2k , k ∈ .
Logo, S = x ∈ / x = + 2k ou x = 2k , k ∈ .
2
Exercícios propostos
1) Qual o conjunto de todos os valores x para que o ângulo
x
2
⋅ pertença ao primeiro quadrante?
x +1
68
3
5) Se cos x = − e < x < , qual o valor de
10 2
2 cotg x + cossec 2 x ?
1 x
6) Se f ( x) = sec x + 3 sec , qual o valor de f ?
2 2 3
7) Determine o domínio das funções a seguir.
a) f ( x) = cotg 2 x −
3
b) f ( x) = 2sen x − 1 para 0 ≤ x ≤ 2
11) Seja f : 0, → , definida por f ( x) = sec 2 x + cossec 2 x .
2
a
Se ∈ 0, e tg = , calcule f ( ) .
2 b
69
a) sen x + = 1
3
b) sen( x) = 0
2
c) cos x − =0
3
d) cos 2 x = 1
e) sen 3 x = sen x
f) cos x − sen(2 x) = 0
1 1 1
g) + =
1 + sen x 1 − sen x cos 2 x
h) tg x = sen(2 x)
i) 3 sen x + cos x = 2
j) sen x + cos x = 0
k) sen x − cos x = 1
l) sen x + cos x = 1
x 1
a) sen ≥ , para 0 ≤ x ≤ 2
2 2
x 1
b) cos < , para 0 ≤ x ≤ 2
3 2
Tarefa
i) Elabore e resolva cinco exercícios de inequações trigonomé-
tricas.
Capítulo 5
Geometria
Capítulo 5
Geometria
Atenção: tenha em mãos Neste capítulo, vamos resolver problemas de geometria, objeto de
seus materiais de Geometria estudo de duas disciplinas já cursadas. A primeira parte é dedi-
I e de Geometria II.
cada a problemas de geometria plana, e a segunda a problemas
de geometria espacial. Não esqueça que todos os conteúdos das
disciplinas já cursadas podem também aparecer!
Resolução:
M N
B C
8 cm
Figura 5.1
74
A
8−x
N
M
y
x
60°
B C
z z
Figura 5.2
z 1 z
Para encontrar y , fazemos cos 600 = ⇒ = ⇒ z = 1.
2 2 2
Logo, como y = 8 − 2 z , temos que y = 6 .
Resolução:
O a
2
a
Figura 5.3
A1 − A2 = 4(4 − )
2 a 2
a − = 4(4 − )
4
4a 2 − a 2
= 4(4 − )
4
2
75
A1 − A2 = 4(4 − )
a 2
a2 − = 4(4 − )
4
4a 2 − a 2
= 4(4 − )
4
a 2 (4 − )
= 4(4 − )
4
a 2 = 16
Resolução:
A
AC = b
x x AB = c
P BC = a
N
4 8
6 O
B 6 M 8 C
Figura 5.4
AT = r ⋅ s .
14 + (8 + x) + (6 + x)
s= = 14 + x
2
AT = 4 ⋅ (14 + x) e
76
4 ⋅ (14 + x) = 4 3 x(14 + x)
Resolvendo a equação irracional, obtemos: Lembre-se de Introdução ao
Cálculo!
4 ⋅ (14 + x) = 4 3 x(14 + x)
14 + x = 3 x(14 + x)
(14 + x) 2 = 3 x(14 + x) (1)
14 + x = 3 x
x=7
a = 14, b = 8 + 7 = 15, c = 6 + 7 = 13
Problemas propostos
1) Em um trapézio, cujos lados paralelos medem 4 cm e 6 cm,
as diagonais interceptam-se de tal modo que os menores
segmentos determinados em cada uma delas medem 2 cm e
3 cm. Qual é a medida da menor diagonal?
Resolução:
Figura 5.5
1
Vcilindro = (área da base) × (altura) = r 2 ⋅ .
2
A área de um círculo de raio 1 m é A = m 2 .
1
Acilindro = 2 r ⋅ + 2 r 2 = (r + 2r 2 ) .
2
Como A = Acilindro , igualamos as duas expressões e obtemos:
( r + 2r 2 ) =
2r 2 + r − 1 = 0 .
1
Resolvendo a equação, temos r = . Então, o volume do cilindro é:
2
1 1
Vcilindro = ⋅ ⋅ = .
4 2 8
3
Resposta: O volume do cilindro é m .
8
ou equivalentemente, ab + ac + bc = 2a 2 . Substituindo c = 2b ,
obtemos:
ab + 2ab + 2b 2 = 2a 2
3ab + 2b 2 = 2a 2
2a 2 − 3ab − 2b 2 = 0 .
3b ± 9b 2 + 16b 2 3b ± 25b 2 3b ± 5b
a= = = .
4 4 4
8b
Tomando o valor positivo, temos que a = = 2b . Logo, o volume
4
do paralelepípedo será dado em função de b :
79
VP = a ⋅ b ⋅ c = 2b ⋅ b ⋅ 2b = 4b3 .
N
8
M
B
12
C
Figura 5.6
4+ x 6 2
=
4 4 2
4+ x 6
=
4 4
16 + 4 x = 24
4x = 8
x = 2.
80
Problemas propostos
11) Um poliedro convexo P possui 7654 faces, todas triangula-
res. Determine o número de arestas e o número de vértices.
A
B
C
Figura 5.7
1) a m ⋅ a n = a m + n ;
am
2) = a m−n ;
an
3) (a m )n = a m⋅n ;
4) (a ⋅ b) n = a n ⋅ b n ;
m
a am
5) = ;
b bm
6) a f ( x ) = a g ( x ) ⇒ f ( x) = g ( x) ;
1
7) a − m = m ;
a
m
8) a n = n a m .
Exercícios resolvidos
2 x +3
3 x −1 1
1) Resolva 5 = .
25
Resolução:
2 x +3
1
53 x −1 = ⇔ 53 x −1 = (5−2 )2 x +3 ⇔ 53 x −1 = 5−4 x −6 ⇔
25
5
3 x − 1 = −4 x − 6 ⇔ 3 x + 4 x = −6 + 1 ⇔ 7 x = −5 ⇔ x = −
7
5
Resposta: Resolvendo, encontramos x = − .
7
2 x −3 + 2 x − 4 = 2 x − 2 − 2 x −1 + 14 .
2 x −3 + 2 x − 4 = 2 x − 2 − 2 x −1 + 14
2x 2x 2x 2x
⇒ + + − = 14
8 16 2 4
(2 + 1 + 8 − 4)2 x
⇒ = 14
16
⇒ 7 ⋅ 2 x = 14 ⋅16
⇒ 2 x = 25
⇒ x =5.
1
3) Qual a solução para a desigualdade ( 3 3) x ≤ ?
9
Resolução:
1
1 x
( 3 3) x ≤
⇔ 33 ≤ 3−2 .
9
Sendo a base 3 > 1, segue da propriedade 1 de inequações que
1
x ≤ −2 ⇔ x ≤ −6 .
3
Resposta: O conjunto solução é S = {x ∈ / x ≤ −6}= (−∞, −6] .
• f ( x) > 0, ∀x ∈ .
y
7
6
3
2
x
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
-1
Figura 6.1
88
y
7
6
5
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4 x
-1
Figura 6.2
Exercício resolvido
4) Construa o gráfico da função f : → definida por
x
1
f ( x) = − 1 e determine o conjunto imagem.
2
89
x y = f ( x)
1023
10 −
1024
3
2 −
4
1
1 −
2
0 0
−1 1
−2 3
−10 1023
y
9
8
7
6
5
4
3
2
1
1 2 3 4 5 6 7
-4 -3 -2 -1 x
-1
-2
Figura 6.3
x
1
Imagem: Como >0 para todo x ∈ , temos que
x 2
1
− 1 > −1 .
2
Resposta: A imagem da função é dada por
x
1
Observação: note que o gráfico de f ( x) = − 1 é o gráfico de
x 2
1
g ( x) = “transladado” uma unidade no sentido vertical, para
2
baixo.
6.3 Logaritmo
Dados a e b reais positivos, com b ≠ 1 , chamamos de logaritmo de
a na base b o expoente a que se deve elevar b para se obter a :
log b a = x ⇔ a = b x .
1) log b 1 = 0 ;
2) log b b = 1 ;
3) log b b m = m ;
4) blogb a = a .
Nota:
log d a
4) log b a = (mudança de base);
log d b
91
1
5) log b a = , a ≠ 1;
log a b
6) log b a = log b c ⇔ a = c .
Exercícios resolvidos
5) Determine o valor de log 3 5 ⋅ log 25 27 .
log 5 5 log 5 27
log 3 5 ⋅ log 25 27 = ⋅
log 5 3 log 5 25
1 log 5 33
= ⋅
log 5 3 log 5 52
1 3log 5 3
= ⋅
log 5 3 2 log 5 5
3
= .
2
3
Resposta: log 3 5 ⋅ log 25 27 = .
2
• f ( x) = 0 ⇔ x = 1 ;
• f ( x) = 1 ⇔ x = b ;
1 2 x
−1
Figura 6.4
93
1 2 x
−1
Figura 6.5
Exercício resolvido
8) Determine o domínio da função f ( x) = 2 + log 1 ( x − 3) .
2
1
Resolução: Desde que a base do logaritmo seja , portanto maior
2
do que zero e diferente de 1, basta termos x − 3 > 0 , ou seja, x > 3 .
Exercícios propostos
1) Resolva as equações:
x
2
a) = 2, 25
3
b) 5 x − 2 ⋅ x 252 x −5 − 2 x 53 x − 2 = 0
c) 2 x + 4 ⋅ 2− x = 5
d) 4 x − 2 ⋅ 6 x + 9 x = 0
e) 4 x − 3x −0,5 = 3x + 0,5 − 22 x −1
3 x +1 x −1
1 2 1
2) Resolva a inequação x . 41+ 2 x − x ≥ .
2 8
94
a) f ( x) = 3 + log 2 ( x − 2)
b) f ( x) = 4 − log 1 ( x − 3)
x 2
c) f ( x) = 3 ⋅ 2 10
x
−
d) f ( x) = 20 ⋅ 2 4
Tarefa
1) Elabore dois problemas cuja resolução dependa do uso ade-
quado da função exponencial.
Capítulo 7
Matrizes e
Sistema Lineares
Capítulo 7
Matrizes e Sistemas Lineares
7.1 Matrizes
Como foi visto em Geometria Analítica, as matrizes são formas de
organizar dados. Mais precisamente, uma matriz de ordem m × n
é um bloco retangular com m ⋅ n elementos dispostos em m linhas
e n colunas. Das operações que podemos realizar com as matrizes,
relembremos alguns detalhes e algumas propriedades:
7.1.1 Adição
Dadas duas matrizes A = (aij ) m×n e B = (bij ) m×n , a matriz soma de A
A + B = (aij + bij ), 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n.
• A + B = B + A ;
• A + 0 = 0 + A = A ;
• A + (− A) = (− A) + A = 0 ;
• ( A + B) + C = A + ( B + C ) .
98
• k ( A + B) = kA + kB ;
• (k + s ) A = kA + sA ;
• (ks ) A = k ( sA).
• ( AB)C = A( BC ) ;
• ( A + B)C = AC + BC ;
• C ( A + B) = CA + CB ;
Observações:
a) Em geral, AB ≠ BA .
Tarefa
1) Encontrar exemplos que ilustram as afirmações a, b, c e d.
99
Exemplos:
1 4
1 2 3 t
• A = ⇒ A = 2 5
4 5 6 3 6
1 0 1 7
• B = ⇒ Bt = .
7 3 0 3
• ( At )t = A ;
• ( A + B)t = At + B t ;
• (k ⋅ A)t = k ⋅ At ;
• ( AB)t = B t At .
Exemplo:
1 2 3 1 2 3
t
A = 2 4 − 5 ⇒ A = 2 4 −5 .
3 − 5 0 3 −5 0
Exemplo:
0 − 3 − 2 0 3 2
A = 3 0 5 ⇒ A = −3 0 −5 = − A .
t
2 − 5 0
−2 5 0
Exemplo:
2 7 −1
A = 0 3 2 .
0 0 −5
Exemplo:
1 0 0
A = 2 9 0 .
4 1 1
7.1.13 Determinante
Também em Geometria Analítica foi definido o determinante de
uma matriz. O determinante é uma função que associa a cada ma-
triz quadrada um número real. Vamos relembrar as propriedades
do determinante. Sejam A, B, C matrizes quadradas de ordem n e
k um número natural. Valem as seguintes propriedades:
6) det( A) = det( At ) .
1
7) det( A−1 ) = .
det( A)
8) O determinante de uma matriz triangular (inferior ou supe-
rior) é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.
Exemplos:
2 3 0 4 5 7
0 5 2 −3 0 0
• A =
0 0 0 1 2 3
0 0 0 0 4 5
0 1 4 5
0 0 0 1
• B =
0 0 0 0
0 0 0 0
1 2
0 1
• C =
0 0
0 0
Exemplos:
1 2 0
• A = 0 0 1
0 0 0
1 0 3 0 0
0 1 0 0 0
• B =
0 0 0 1 0
0 0 0 0 1
Notação: p ( A).
Exercícios resolvidos
1) Obtenha uma matriz equivalente linha à matriz A dada a se-
guir, na forma escalonada.
1 2 −1 4
A = 2 4 3 5 .
−1 −2 6 −7
105
2 − 2 ⋅1 = 0
4 − 2 ⋅ 2 = 0
1) L2 = L2 − 2 L1. Portanto,
3 − 2(−1) = 5
5 − 2(4) = −3 .
−1 + 1 = 0
−2 + 2 = 0
2) L3 = L3 + L1. Portanto,
6 + (−1) = 5
−7 + 4 = −3 .
A matriz resultante é:
1 2 −1 4 1 2 −1 4
2 4 3 5 → 0 0 5 −3 .
−1 −2 6 −7 0 0 5 −3
5 − 5 = 0
Fazendo L3 = L3 − L2 , portanto , obtemos a matriz es-
−3 − (−3) = 0
calonada por linhas
1 2 −1 4 1 2 −1 4
0 0 5 −3 → 0 0 5 −3 .
0 0 5 −3 0 0 0 0
1 2 −1 4
Resposta: A matriz 0 0 5 −3 está na forma escalonada.
0 0 0 0
1 2 −1 4
A = 2 4 3 5 .
−1 −2 6 −7
Resolução:
1 2 −1 4
0 0 5 −3 .
0 0 0 0
17
1 2 0
1 2 −1 4 5
0 0 1 −3 → 0 0 1 −3 .
5 5
0 0 0
0 0 0 0 0
17
1 2 0
5
−3
Resposta: A matriz B = 0 0 1 é a matriz canônica equiva-
5
0 0 0 0
1 2 3 6 − 2 − 3
3) Verifique se A = 1 3 3 é inversa de B = − 1 1 0 .
1 2 4 − 1 0 1
1 2 3 6 −2 −3 1 0 0
De fato, A ⋅ B = 1 3 3 ⋅ −1 1 0 = 0 1 0 .
1 2 4 −1 0 1 0 0 1
1 2
4) Seja A = , calcule: A2 e A3 .
− 1 0
1 2 1 2
A2 = A ⋅ A = ⋅
−1 0 −1 0
1 ⋅1 + 2 ⋅ (−1) 1 ⋅ 2 + 2 ⋅ 0 −1 2
= =
(−1) ⋅1 + 0 ⋅ (−1) (−1) ⋅ 2 + 0 ⋅ 0 −1 −2
−1 2
Portanto, A2 = .
−1 −2
−1 2 1 2
A3 = A2 ⋅ A = ⋅
−1 −2 −1 0
−3 −2
Portanto, A3 =
1 −2
−1 2 −3 −2
Resposta: A2 = 3
e A = .
−1 −2 1 −2
108
Exercícios propostos
a b c d
1) Mostre que as matrizes A = e B = comutam
b a d c
para todos os valores reais de a, b, c e d.
1 1 3
2) Mostre que a matriz A = 5 2 6 é nilpotente de índice
− 2 − 1 − 3
3
3, isto é, A é a matriz nula.
1 − 1 1 1
3) Mostre que A = e B = não comutam e que
2 − 1 4 − 1
( A + B ) 2 = A2 + B 2 .
4 3 3
4) Mostre que a matriz A = − 1 0 − 1 é involutória, isto é,
− 4 − 4 − 3
2
A é a matriz identidade.
0 0 1 3 −2
0 1 2 6 0
a) A = .
0 2 3 9 2
0 1 1 3 2
1 2 −1 −2
3 −1 2 5
b) B = .
−2 5 −2 3
1 2 3 4
1 2 −2 3
2 5 −4 6
c) C = .
−1 −3 2 −2
2 4 −1 6
109
1 2 3
7) Determine a matriz equivalente linha à matriz B = 2 3 4
na forma escalonada. 3 5 7
8 12 → Dióxido de enxofre
B = 7 9 → Óxido nítrico
15 10 → Partículas em suspensão
↓ ↓
Fábrica X Fábrica Y
S = .......................................................
.......................................................
am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 + + amn xn = bm .
110
C = C1 ∩ C2 ∩ C3 ∩ ∩ Cm .
Podemos ter:
a1 x + b1 y + c1 z = d1
a2 x + b2 y + c2 z = d 2
a x + b y + c z = d .
3 3 3 3
Exercícios resolvidos
1) Discuta o sistema abaixo, encontrando a solução, se existir.
x + y + z = 1
3 x + 3 y + 3 z = 3
4 x + 4 y + 4 z = 5 .
Resolução: Observando o sistema, vemos que ele não possui solução;
observe que, se x + y + z = 1, então deveríamos ter 4 x + 4 y + 4 z = 4 ,
e não 5. Porém, façamos a resolução desse sistema através da regra
de Cramer:
1 1 1 1 1 1 1 1 1
3 3 3 3 3 3 3 3 3
5 4 4 0 4 5 4 0 4 4 5 0
x= = y= = z= = .
1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0
3 3 3 3 3 3 3 3 3
4 4 4 4 4 4 4 4 4
113
Note que esse resultado nos leva a concluir que o sistema é possível e
indeterminado! Sabemos que isso não acontece, pois, como já foi co-
mentado, o sistema não possui solução. É claro que, se det[a, b, c] = 0
e algum dos determinantes det[d , b, c], det[a, d , c] ou det[a, b, d ] é
det[d , b, c]
diferente de zero, então as igualdades x = e suas análo-
det[a, b, c]
gas y e z nos levam a concluir que o sistema é impossível.
Note, portanto, que a regra de Cramer não deverá ser usada quando
det[a, b, c] = 0 .
x + y + z = 4
3 x − 2 y = z + 5
4 y + 2 z + 2 = 2 x .
1 1 1
Note que D = det[a, b, c] = 3 −2 −1 = 4 .
−2 4 2
4 1 1
Dx = det[d , b, c] = 5 −2 −1 = 8 .
−2 4 2
1 4 1
Dy = det[a, d , c] = 3 5 −1 = −4 .
−2 −2 2
1 1 4
Dz = det[a, b, d ] = 3 −2 5 = 12 .
−2 4 −2
114
4 1 1 1 4 1 1 1 4
5 −2 −1 3 5 −1 3 −2 5
−2 4 2 8 −2 −2 2 −4 −2 4 −2 12
x= = = 2, y= = = −1 e z= = = 3.
1 1 1 4 1 1 1 4 1 1 1 4
3 −2 −1 3 −2 −1 3 −2 −1
−2 4 2 −2 4 2 −2 4 2
Exercícios resolvidos
3) Determine a solução através do método de escalonamento para
x − 3y + 2z = 8
o sistema 2 x − 7 y − z = −9 .
x + 2 y − z = −7
115
Resolução:
1 −3 2 8
A matriz [ A B] = 2 −7 −1 −9 .
1 2 −1 −7
1 −3 2 8
0 −1 −5 −25 .
0 5 −3 −15
1 −3 2 8
0 −1 −5 −25 .
0 0 −28 −140
1 −3 2 8 1 −3 2 8
0 −1 −5 −25
L 2= − L 2
L3 = − 1 L3 → 0 1 5 25
28
0 0 −28 −140 0 0 1 5
1 0 17 83
L1 = 3L2 + L1 0 1 5 25
0 0 1 5
L1 = −17 L3 + L1
L2 = −5 L3 + L2
1 0 0 −2
0 1 0 0 .
0 0 1 5
Resposta: Portanto, x = −2 , y = 0 e z = 5 .
116
x + 3 y + z − 2w = 2
4) Resolver o sistema x + 2 y − 3 z − 4 w = 6 .
2 x + 5 y − 2 z − 5w = 10
1 3 1 −2 2 1 3 1 −2 2
L 2 = − L1 + L 2
[A B ] = 1 2 −3 −4 6
L 3 = − 2 L 1 + L 3 → 0 −1 −4 −2 4
2 5 −2 −5 10 0 −1 −4 −1 6
L2 = − L2
1 3 1 −2 2
0 1 4 2 −4
0 −1 −4 −1 6
L3 = L2 + L3
1 3 1 −2 2
0 1 4 2 −4 .
0 0 0 1 2
L1 = −3L2 + L1
1 0 −11 −8 14
2 −4
0 1 4
0 0 0 1 2
L1 = 8 L3 + L1
L2 = −2 L3 + L2
1 0 −11 0 30
0 1 4 0 −8 .
0 0 0 1 2
117
x − 11z = 30
Portanto, o sistema equivalente é y + 4 z = −8 e para cada z ∈
w = 2
(variável livre) obtemos x = 30 + 11z , y = −8 − 4 z e w = 2 .
( x + y ) 2 = 29 + 20 = 49
x+ y =7
x + y = 7
xy = 10
x(7 − x) = 10 ⇒ 7 x − x 2 = 10 ⇒ x 2 − 7 x + 10 = 0 .
Exercícios propostos
x + 2 y + z = 2
3 x + y − 2 z = 1
9) Resolva e discuta as soluções do sistema .
4 x − 3 y − z = 3
2 x + 4 y + 2 z = 4
x + z = 5
a) 2 x + y + 3 z = −1
−2 x − 2 z = 1
x + y + 2z = 3
b) x − y = −1
2 x + y + 3z = 4
x + y + z + w = 0
x − y + z + w = 2
c)
x + y + z − w = 4
x + y − z + w = −4
x + y − z = 6
a) 3 x − y + 2 z = 1
2 x + 6 y − 7 z = 5
1 + x 2 y + 1
b) = =1
2y 2x + 3
119
x + y + w = 0
x + 2 y + z + w = 1
c)
y + 3z − w = 3
3 x + 3 y + z + 2 w = −1
2 x − 3 y + z = 1
12) Determine o valor de a para que o sistema ax − y = −3
possua solução única. − x + 2ay − z = 0
Exercícios resolvidos
1) Quantos números com 4 algarismos distintos podemos for-
mar? E que sejam ímpares?
n n!
Cnp = Cn , p = = .
p p !(n − p )!
6!
Resposta: Portanto, existem = 5! = 120 posições distintas para
6
organizarmos 6 pessoas em uma mesa redonda para almoçar.
PCn = (n − 1)! .
Veja o esquema:
h1 h1 h1 h1 h1
h2 h2 h2 h2 h2
h3 h3 h3 h3 h3
h4 h4 h4 h4 h4
m1 + m2 + m3 + m4 + m5
h5 h5 h5 h5 h5
h6 h6 h6 h6 h6
h7 h7 h7 h7 h7
h8 h8 h8 h8 h8
Esquematicamente,
rua1
rua2 ruaa
S1 rua3 S2 ruab S3
rua4 ruac
rua5
Exercícios propostos
1) Escrevem-se números inteiros de 1 a 2222. Quantas vezes o
algarismo 0 aparece?
a) Calcule x.
C00
C10 C11
C20 C21 C22
C30 C31 C32 C33
C40 C41 C42 C43 C44
C50 C51 C52 C53 C54 C55
Em homenagem ao
matemático alemão Michael
Relação de Stifel: Cnp + Cnp +1 = Cnp++11 .
Stifel (1487-1567).
Desde que p represente a coluna e n a linha à qual Cnp perten-
ce, Cnp + Cnp +1 significa a soma entre um elemento e o elemento logo
ao lado; Cnp++11 significa o elemento logo abaixo e à direita de Cnp .
Sendo assim, a relação de Stifel fornece uma forma rápida para cons-
trução do triângulo de Pascal.
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
( x + a)n = ( x + a) ⋅ ( x + a) ( x + a) .
n fatores
Exercícios resolvidos
8
y
8) Para o binômio 2 x − , determine o coeficiente numérico
2
do seu termo médio.
9− p p
px 1 p 1 9− p 1
Tp +1 = C
9 = C9 ⋅ 29− p ⋅ x ⋅ p
2 x x
9− p
1 x
= C9p ⋅ 9− p
⋅ p
2
x2
p
p 1 9− p −
=C ⋅9 ⋅x 2
29 − p
18−3 p
1
= C9p ⋅ 9− p ⋅ x 2
2
21
Resposta: O termo independente de x é: T7 = .
2
Exercícios propostos
12 12
1) Determine o conjunto solução para a equação = 2 .
2x x
n !+ (n + 1)!
2) Simplifique a expressão .
2!(n − 1)!
3 4 5 9
4) Qual o valor para a soma + + + + ?
0 1 2 6
8.4 Probabilidade
8.4.1 Experimento aleatório
Chamamos de experimento aleatório aquele que, repetido várias
vezes sob mesmas condições, gera resultados que não podem ser
previstos. Dessa forma, o lançamento de uma moeda não viciada,
de um dado não viciado, ou a retirada de uma bola numa urna etc.,
são exemplos de experimentos aleatórios.
8.4.3 Evento
É a denominação de qualquer subconjunto de Ω . É comum repre-
sentarmos os eventos por letras maiúsculas do alfabeto.
8.4.4 Probabilidade
É a função que associa a cada evento A um número P ( A) tal que:
P ( A ∪ B ) = P ( A) + P ( B ) − P ( A ∩ B );
P( A) = 1 − P ( A).
1 3 1 6 1 5
P ( A) = P ( B ) = , P(C ) = = , P( D) = = 1 e P( E ) = 1 − P( A) = 1 − = .
6 6 2 6 6 6
P( A ∩ B)
P ( B | A) = .
P ( A)
Exercícios resolvidos
10) Lançando-se dois dados, d1 e d 2 , qual a probabilidade para os
eventos: (A) resultado 2 em d 2 ; (B) soma 6; ( C ) resultado 2 em
d 2 sabendo que a soma dos dados foi 6.
A = {(1, 2); (2, 2); (3, 2); (4, 2); (5, 2); (6, 2)}
(6 possibilidades);
Assim,
n( A) 6 1
P ( A) = = =
n(Ω) 36 6
n( B ) 5
P( B) = =
n(Ω) 36
Exercícios propostos
1) Um polígono regular de 2n + 1 lados está inscrito em um círcu-
lo. Escolhem-se três dos seus vértices, formando um triângulo.
Determine a probabilidade de o triângulo formado conter o
centro do círculo.
• Geral: ax + by + c = 0, a, b, c ∈ .
x y
• Segmentária: + = 1, p, q ≠ 0 .
p q
• Paramétrica: x = f (t ) , y = g (t ) , t ∈ .
• Reduzida: y = mx + n, m, n ∈ .
Exercícios resolvidos
1) Determine qual a relação entre a circunferência
( x − 2) 2 + ( y − 3) 2 = 4 e os pontos P (2,1) , Q (−1, 2) e R (1,3) .
4 ⋅ 2 − 3⋅ 2 + 8 8 − 6 + 8 10
d rs = d Ps = = = = 2 . Logo, d rs = 2 u.c.
2
4 + (−3) 2 5 5
Resolução:
y
P t
Q x
Figura 9.1
2 −1 3 + 0 1 3
M = , = , .
2 2 2 2
1 3
Resposta: O ponto M , é o ponto médio do segmento PQ .
2 2
x 2 + 12 x = ( x + 6) 2 − 36
145
y 2 − 4 y = ( y − 2) 2 − 4 .
Portanto,
x 2 + 12 x + y 2 − 4 y − 9 = ( x + 6) 2 − 36 + ( y − 2) 2 − 4 − 9
= ( x + 6) 2 + ( y − 2) 2 − 49 .
Logo, a equação na forma reduzida é
( x + 6) 2 + ( y − 2) 2 = 7 2 .
Resolvendo o sistema:
x + y − 3 = 0 y = 3− x
2 2
⇒ 2 2
x + y − 2x − 2 y − 3 = 0 x + y − 2x − 2 y − 3 = 0
y = 3− x
⇒ 2 2
x + (3 − x) − 2 x − 2(3 − x) − 3 = 0
y = 3− x
⇒ 2
x − 3x = 0 .
A segunda equação nos dá raízes x´= 0 e x´´= 3 . Consequente-
mente, y´= 3 e y´´= 0 .
Resposta: Uma vez que a reta tem dois pontos em comum com a
circunferência, ela é uma reta secante à circunferência.
146
Resolução:
y
A
5
3 Q
B
0 4 5 x
Figura 9.2
x + x + x y + yB + yC
G A B C , A . Assim:
3 3
x A + xB + xC 5 + 5 + xC
xG = 3
⇒4=
3
⇒ xC = 2
.
y = A y + y + y 5 + 0 + y
B C
⇒3= C
⇒ yC = 4
G 3 3
Resolução:
y
R (c,d)
P (0,a)
1
Q (b,0)
1 x
Figura 9.3
base × altura
Para calcular a expressão da área do triângulo, AT =
observemos que: 2
P(0, a ) ∈ r ⇒ a = 0 ⋅ x + n ⇒ a = n
a
Q(b,0) ∈ r ⇒ 0 = m ⋅ b + n ⇒ 0 = m ⋅ b + a ⇒ m = − .
b
a
Logo, a equação da reta r é dada por y = − x + a , ou em sua
b
a
forma geral x + y − a = 0 .
b
148
a ac bd ab
⋅ c + 1⋅ d − a + −
b b b b | ac + bd − ab | .
d ( R, r ) = = =
2 2 2
a 2
a +b a 2 + b2
+1 b
b
1 | ac + bd − ab | | ac + bd − ab |
AT = ⋅ a 2 + b 2 ⋅ = .
2 a 2 + b2 2
ac + bd − ab
Resposta: A área do triângulo PQR é AT = .
2
Exercícios propostos
1) Dados os pontos P ( x, 2) , A (4, −2) e B (2, −8) , determine o
número real x de modo que o ponto P seja equidistante de
A e de B .
2 ± −16
E, assim, x = . Porém, −16 ∉ !
2
Observe também a equação x 2 + 1 = 0 . Esta equação não tem solu-
ção real, isto é, não existe número real cujo quadrado somado a 1
resulte em zero. A ideia, então, é ampliar o conjunto dos números
reais para que, neste novo conjunto, essas equações tenham solu-
ção. É a mesma ideia da ampliação de para , feita em Funda-
mentos I: “acrescentamos” a as soluções (raízes) das equações
que não possuem raízes reais. Os números desse conjunto serão
da forma a + bi , com a e b números reais e i = −1 . O conjunto
será um subconjunto desse novo conjunto, chamado Conjunto
dos Números Complexos e denotado por . Note que um número
complexo fica determinado quando conhecemos o par ordenado
1
(a, b) de números reais. Por exemplo, 1 + i , −5 + 3i , 2 − 2i , − i
2
são números complexos relacionados, respectivamente, aos pares
1
(1,1) , (−5,3) , ( 2, −2) e 0, − .
2
Definição: O conjunto dos números complexos é o conjunto dos núme-
ros escritos sob a forma:
z = a + b ⋅i
em que a e b são números reais. O número real a é a parte real de z ,
Re ( z ) , e o número real b é a parte imaginária de z , Im ( z ) , enquanto que
i é definido como i = −1 ⇔ i 2 = −1 , chamado a unidade imaginária.
154
i0 = 1
i1 = i
i 2 = −1
i 3 = −i
i4 = i0 = 1
i 5 = i1 = i
i 6 = i 2 = −1
E, portanto, i n = i r , em que r é o resto da divisão de n por 4.
Exercício resolvido
1) Calcule o valor de 1 + i + i 2 + i 3 + + i199 + i 200 .
i1 = i 5 = i 9 = = i197 = i
i 2 = i 6 = i10 = = i198 = −1
i 3 = i 7 = i11 = = i199 = −i
i 4 = i8 = i12 = = i 200 = 1 .
Exemplo:
Resolução:
y
3 z
2
z1
2
1 z5
z3
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 x
−1 z4
−2
z6 −3
Figura 10.1
156
a + bi = c + di ⇔ a = c e b = d .
• z1 = z2 ⇔ a = c e b = d ;
• z1 + z2 = (a + c) + (b + d ) i ;
• z1 − z2 = (a − c) + (b − d ) i ;
Exemplo:
Resolução:
z1 − 5 z2 = 2 + 3i − 5(−5 + i )
= 2 + 3i + 25 − 5i
= 27 − 2i
z1 ⋅ z2 = (2 + 3i ) ⋅ (−5 + i )
= (2 ⋅ (−5) − 3 ⋅1) + (2 ⋅1 + 3 ⋅ (−5)) i
= (−10 − 3) + (2 − 15) i
= −13 − 13i .
157
Para todo a , b , c∈ , Note que a multiplicação pode ser efetuada pela lei da distributivi-
a ⋅ (b + c) = a ⋅ b + a ⋅ c dade para a soma, ou seja,
Exemplo:
a) z + z
b) z − z
Resolução:
a) z + z = 4 − i + 4 + i = 8 , real puro!
Propriedades:
z+z
1) z + z = 2 ⋅ Re( z ) ⇒ Re( z ) =
2
z−z
2) z − z = 2i ⋅ Im( z ) ⇒ Im( z ) =
2i
3) z ⋅ z = (a + bi )(a − bi ) = a 2 + b 2 ∈ +
Tarefas
1) Prove as propriedades acima.
m
Resolução: O quociente de m por n é dado por = x + yi , ou
n
seja:
2 + 3i
= x + yi ⇔ 2 + 3i = (1 + 2i )( x + yi )
1 + 2i
⇔ 2 + 3i = x + yi + 2 xi + 2 yi 2
⇔ 2 + 3i = ( x + 2 y ) + (2 x + y )i .
E pela igualdade entre dois números complexos, concluímos que
8
x=
2 = ( x − 2 y ) x − 2 y = 2 5
⇒ ⇒ .
3 = (2 x + y ) 2 x + y = 3 y = − 1
5
Assim, 2 + 3i 8 1
= − i.
1 + 2i 5 5
2 + 3i (2 + 3i ) (1 − 2i )
= ⋅
1 + 2i (1 + 2i ) (1 − 2i )
2 − 4i + 3i − 6i 2
=
12 + 22
8−i
=
5
8 i
= − .
5 5
159
Exercício resolvido
2) Qual o módulo de z = −3 − 4i ?
1
−3 1
0 x
(−3,−4) −4
Figura 10.2
Em geral temos:
P
b z = a + bi
|z|
θ Q
O a
Figura 10.3
• z1 ⋅ z2 =| z1 | ⋅ | z2 | [cos(1 + 2 ) + i ⋅ sen(1 + 2 )] ;
z1 | z1 |
• = [cos(1 + 2 ) + i ⋅ sen(1 + 2 )] ;
z2 | z2 |
• z n =| z |n [cos(n) + i ⋅ sen(n)] .
Exercícios resolvidos
3) Determine o módulo, o argumento e a forma trigonométrica
do número complexo z = 3 + i .
161
Resolução:
Im
z= 3+i
30°
Re
Figura 10.4
z = 3 + i ⇒ a = 3 e b = 1.
Módulo de z :
| z | = a 2 + b 2 = ( 3) 2 + 12 = 4 = 2 . Portanto | z | = 2 .
b 1
sen = | z | = 2
Argumento de z : ⇒ = 30° = rad.
cos = a = 3 6
|z| 2
Resolução:
| z | = a 2 + b 2 = 12 + ( 3) 2 = 2 .
b 3
sen = =
|z| 2
Portanto, ⇒ = 60° = rad.
cos = a = 1 3
|z| 2
162
z = 2 cos + i ⋅ sen .
3 3
Logo:
z 4 = 24 ⋅ (cos(4 ⋅ 30°) + i ⋅ sen(4 ⋅ 30°))
= 16 ⋅ (cos120° + i ⋅ sen120°)
1 3
= 16 ⋅ − + i ⋅
2 2
= −8 + 8 3 ⋅ i .
Resposta: Portanto, z 4 = −8 + 8 3 ⋅ i .
Tarefa
1) Faça uma pesquisa sobre tal igualdade detalhando sua his-
tória.
• Forma algébrica: z = a + bi ;
Exercícios resolvidos
x −i
6) Existe um número real x , tal que o quociente é um
1 − 3i
número imaginário puro. Determine o oposto de x .
Resolução:
x − i x − i 1 + 3i
= ⋅
1 − 3i 1 − 3i 1 + 3i
x − i + 3 xi − 3i 2
=
1 − 9i 2
x + 3 + (3x − 1)i
=
10
x + 3 (3 x − 1)i
= + .
10 10
Que é um número imaginário puro se, e somente se,
x+3
= 0 ⇒ x + 3 = 0 ⇒ x = −3 .
10
Resposta: O oposto de x vale −(−3) = 3 .
1 2 2 3
7) Sendo z1 = − i e z2 = − − i , faça o que se pede.
3 5 3 5
a) Determine a representação trigonométrica para z1 − z2 .
Resolução:
a) Seja z = z1 − z2 . Então:
1 2 2 3
z = z1 − z2 = − i − − + i
3 5 3 5
1 2 2 3
= − i+ − i
3 5 3 5
= 1− i .
Módulo de z : | z |= 12 + 12 = 2 .
164
b −1 − 2
sen = = =
|z| 2 2
Argumento de z : .
cos = a = 1 = 2
|z| 2 2
Então,
Exercícios propostos
1) Sendo que (a + 3i )(1 + 2i ) = b + 5i , determine o valor de a + b .
i 3 − i 2 + i17 − i 35
7) Qual o valor para a fração ?
i16 − i13 + i 30
8) Verifique a igualdade ei − 1 = 0 .
−1 − i
9) Determine a forma trigonométrica do número z = .
i
10) Seja z um número complexo de módulo 1 e de argumento
. Se n é um número inteiro positivo, determine o valor
1
para z n + n .
z
11) Seja z = cos t + i ⋅ sent com 0 < t < 2 . Mostre que
1+ z t
= i ⋅ cotg .
1− z 2
5
12) Os números complexos z e w têm e como argumen-
12 3
to, respectivamente. Encontre u e v reais tais que zw = u + v ,
sabendo que | zw | = 10 .
z z
13) Mostre que + é real ∀z ∈ .
1+ i 1− i
14) Determine todas as 5 raízes da equação x 5 − 1 = 0 . (Uma é
real e as outras quatro são complexas.)
Capítulo 11
Coletânea de Problemas
Capítulo 11
Coletânea de Problemas
O objetivo deste capítulo é apresentar uma coletânea de
problemas relativos aos conteúdos dos capítulos anterio-
res. Quanto mais problemas você resolver, mais caminhos
encontrará para trabalhar os conteúdos com seus alunos.
16
5) Em uma PG, o terceiro termo é e o sétimo 144. Qual é o
9
quinto termo?
m
9) Considere um número racional , em que m e n são primos
n
entre si. Sob que condições esse número admite uma represen-
tação decimal finita? Quando a representação é uma dízima
periódica simples?
170
14) Em um veículo viajam sete pessoas, das quais duas são moto-
ristas. De quantos modos é possível acomodá-las, sabendo que
no banco dianteiro há três lugares e no traseiro quatro?
a) log 4 (3 x + 2) = log 4 (2 x + 5)
11
c) log x 2 = log x + + 1
10
d) (log 2 x) 2 − log 2 x = 2
e) log x (2 x + 3) = 2
f) log 3 (2 x − 1) 2 − log 3 ( x − 1) 2 = 2
g) log x = log x
i) 9 x log x = x3
l) log x 2 + log 2 x = 2
a) log 3 (3 x + 2) < 2
c) | log x |< 1
d) log( x 2 + 3 x + 3) > 0
3
e) 2 x − 2 x +1 − 2 x + 2 − 2 x + 3 + 2 x + 4 <
4
f) ( 3 2 ) x < 4 8
g) 2 x > 128
x
3 125
h) ≥
5 27
1+ n
23) Em uma progressão aritmética o primeiro termo é ea
n
1 + 3n
soma dos termos é . Encontre a razão e o último termo.
n
2 2 → Cadeira
A=
3 4 → Mesa
↓ ↓
Estágio de Estágio de
montagem acabamento
9 10 → Estágio de montagem
B=
10 12 → Estágio de acabamento
↓ ↓
São Bento Rio Negro
80 120 → Masculino
A=
100 200 → Feminino
↓ ↓
Adultos Crianças
O número de gramas diários de proteínas, gorduras e carboidra-
tos consumidos por cada criança e adulto é dado pela matriz:
173
20 20 20 → Adultos
B=
10 20 30 → Crianças
↓ ↓ ↓
Proteínas Gorduras Carboidratos
31) Se log 2 log 1 x = 0 , qual o valor de x?
2
n
3 1
35) Sabendo que + i é real positivo, n > 0 , qual é o menor
2 2
valor inteiro n?
37) Uma urna contém três bolas; uma verde, uma azul e uma
branca. Tira-se uma bola ao acaso, registra-se a cor e coloca-se
a bola de volta na urna. Repete-se essa experiência mais duas
vezes. Qual a probabilidade de serem retiradas três cores dife-
rentes?
40) Num jogo com dados, o jogador X ganha se tirar, no seu lance,
um número de pontos maior ou igual ao do lance do jogador
Y. Qual a probabilidade de X ganhar?
48) Se seu salário sobe 26% e os preços sobem 20%, de quanto au-
menta seu poder aquisitivo?
(1 + sen 2) 2 − 5(1 + sen 2) 4 + 10(1 + sen 2)3 − 10(1 + sen 2) 2 + 5(1 + sen 2) − 1
56) No triângulo
1
3 5
7 9 11
13 15 17 19
... ... ... ...
determine:
2 A B
69) Determine os valores A e B tais que 2
= + .
x −1 x −1 x +1
1 x
74) Se f ( x) = sec x + 3 sec , qual é o valor de f ?
2 2 3
g ( x) = −3 + sen x − .
4
3
76) Se cos x = e − < x < 0 , qual é o valor de tg x?
5 2
2
84) Calcule z sabendo que z + 2 z = 3 + 3i .
2 + xi
85) Determine x real para que seja:
1− i
a) real.
b) imaginário puro.
a) z = z .
b) z ⋅ z = 1 .
d) z + i ≤ 1 .
2x +1 a b c
3
= + +
x − x x −1 x x +1
1
99) Determine todas as soluções da equação cos 2 x + = .
3 2
5 5
100) Calcule o valor de A = sen ⋅ cos .
12 12
315
270
1
180
Figura 11.1
• A : “soma igual a 8”
• B : “ambos pares”
Referências
COLEÇÃO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR.
São Paulo: Atual, 2004.